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Instituto de Egenharia Mecânica - IEMInstituto de Egenharia Mecânica - IEM Graduação em Engenharia de Materiais - EMTGraduação em Engenharia de Materiais - EMT EMT 028 - REOLOGIAEMT 028 - REOLOGIA 6. Reologia de Dispersões6. Reologia de Dispersões Prof. Gerson Avelino FernandesProf. Gerson Avelino Fernandes UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEIUNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI • Conceitos básicos • Dispersões coloidais • Suspensões SUMÁRIOSUMÁRIO 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS O que é uma dispersão do ponto de vista químico? Mistura de duas ou mais substâncias, onde as partículas da fase dispersa se encontram distribuídas na fase dispergente. fase dispersa dispersante, dispergente ou fase de dispersão disperso dispergente 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS São classificados conforme o tamanho das partículas no disperso em: solução, coloide e suspensão 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS Principais características: Soluções Coloides Suspensões Partículas dispersas Átomos, íons ou moléculas Aglomerados de átomos, íons ou moléculas, ou macromoléculas ou macroíons Grandes aglomerados de átomos, íons ou moléculas Visibilidade das partículas Invisíveis Visíveis ao ultramicroscópio Visíveis ao microscópio comum Sedimentação das partículas Não se sedimentam Sedimentam-se nas ultracentrífugas Sedimentam-se nas centrífugas comuns Separação por filtração Impossível Com ultrafiltros Com filtros comuns 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS Aerosol e AerogelAerosol e Aerogel Suspensão, Suspensão, Emulsão e Gel Emulsão e Gel Emulsão e PastaEmulsão e Pasta 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS Exemplos: • Soluções: açúcar dissolvido em água, sal de cozinha dissolvido em água, liga metálica de cobre e níquel, ar atmosférico. • Coloides: gelatina na água, argilas, fumaças, espumas, fluidos de células vivas, maionese, chantili, leite, tintas, marshmallow, manteiga, vidro vermelho, neblina. • Suspensões: terra em água, areia em água. 6.1 CONCEITOS6.1 CONCEITOS 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES SUSPENSÃOSUSPENSÃO Apresenta uma microestrutura composta por partículas sólidas incluídas em um meio líquido REOLOGIAREOLOGIA O comportamento reológico de uma suspensão se apresenta dentro dos limites entre um sólido e um líquido. As propriedades reológicas de uma suspensão são influenciadas, de maneira marcantes, pelas características físico-químicas da fase sólida presente. 1 – Concentração volumétrica de sólidos1 – Concentração volumétrica de sólidos 2 – Distribuição de tamanho de partículas2 – Distribuição de tamanho de partículas 3 – Interações 3 – Interações (atração e repulsão)(atração e repulsão) entre as partículas dispersas entre as partículas dispersas 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES As características de fluxo de uma suspensão são definidas em As características de fluxo de uma suspensão são definidas em função da relação entre o movimento de translação/rotação função da relação entre o movimento de translação/rotação das partículas sólidas no interior do líquido e as interações das partículas sólidas no interior do líquido e as interações interpartícula.interpartícula. O movimento das O movimento das partículas durante o partículas durante o fluxo é dependente fluxo é dependente da da “concentração”“concentração” da da suspensãosuspensão 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Fullman (1953), Modelo quantitativo microestruturalFullman (1953), Modelo quantitativo microestrutural O livre caminho médio (O livre caminho médio () é um ) é um bom indicador para definir-se a bom indicador para definir-se a “concentração” de uma “concentração” de uma suspensãosuspensão = (2/3).d= (2/3).d .( 1-.( 1- )/ )/ = Livre caminho médio= Livre caminho médio dd= Diâmetro médio= Diâmetro médio = Fração volumétrica= Fração volumétrica 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES SUSPENSÕES DILUÍDASSUSPENSÕES DILUÍDAS Ocorre quando Ocorre quando é “pequeno” (< 0,05) e/ou d é “pequeno” (< 0,05) e/ou d é “grande” é “grande” é grandeé grande >> d>> d Probabilidade de contatos Probabilidade de contatos entre partículas é pequenaentre partículas é pequena Teoria das Teoria das colisões entre colisões entre 2 corpos2 corpos 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Suspensões diluídasSuspensões diluídas 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES SUSPENSÕES “MODERADAMENTE” CONCENTRADASSUSPENSÕES “MODERADAMENTE” CONCENTRADAS Ocorre para Ocorre para “intermediário” (> 0,05 ) e/ou d “intermediário” (> 0,05 ) e/ou d é “pequeno” é “pequeno” Suspensões onde não há interações interpartículas já apresenta Suspensões onde não há interações interpartículas já apresenta comportamento viscoelasticocomportamento viscoelastico é pequenoé pequeno > d> d Probabilidade de contatos Probabilidade de contatos entre partículas é grandeentre partículas é grande Colisões entre Colisões entre diversos diversos corposcorpos 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Suspensões Moderadamente ConcentradasSuspensões Moderadamente Concentradas 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES SUSPENSÕES CONCENTRADASSUSPENSÕES CONCENTRADAS Ocorre quando Ocorre quando é elevado (> 0,3) e/ou d é elevado (> 0,3) e/ou d é “muito pequeno” é “muito pequeno” Forças de interação interpartícula começam a atuar (dForças de interação interpartícula começam a atuar (d≤ 1≤ 1m)m) é pequenoé pequeno ≤ ≤ dd Probabilidade de contatos Probabilidade de contatos entre partículas é ~ 100%entre partículas é ~ 100% Colisões entre Colisões entre diversos diversos corposcorpos 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Suspensões ConcentradasSuspensões Concentradas 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Suspensões ConcentradasSuspensões Concentradas 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES Suspensões ConcentradasSuspensões Concentradas ~0,65~0,65 6.2 SUSPENSÕES6.2 SUSPENSÕES 6.3 COLÓIDES OU 6.3 COLÓIDES OU DISPERSÕES COLOIDAISDISPERSÕES COLOIDAIS Reologia de Suspensões ColoidaisReologia de Suspensões Coloidais - Os sistemas coloidais envolvem uma classe específica de dispersões onde o diâmetro das “partículas” dispersas exercem papel determinante sobre as propriedades dessa dispersão. - As dispersões coloidais são obtidas quando o tamanho das partículas dispersas estão dentro do intervalo entre 1 1 m e 1 m e 1 nmnm. 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS ClassificaçãoClassificação De acordo com a natureza das partículas do disperso: Coloide micelar: as partículas do disperso (aqui chamadas de micelas ou tagmas) são agregados de átomos, moléculas ou íons. Exemplos: Enxofre coloidal (S8)n na água; ouro coloidal (Au)n na água, polimerizações em emusão Coloide molecular: as partículas do disperso são macromoléculas (moléculas gigantes). Exemplos: amido (C6H10 O5)n na água. Coloide ionico: suas partículas são íons "gigantes" (macro íons), ou melhor, macromoléculas com cargas elétricas em um ou mais locais. Exemplos: proteínas na água. 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Exemplos: Exemplos: gelatina, leite, sorvete, sangue, etc.gelatina, leite, sorvete, sangue, etc. 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Fase dispersa Dispersante Nome técnico Exemplos sólido gás aerossol fumaça líquido gás aerossol spray de cabelo, névoa sólido líquido sol ou gel tintas líquido líquido emulsão leite, maionese gás líquido espuma espuma extintora de incêndio sólido sólido dispersão sólida ou sol sólido vidro rubi, algumas ligas gás sólido espuma sólida espuma isolante Tipos de Coloides 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Classificaçãodos colóides:Classificação dos colóides: Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em que um imiscíveis em que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. mistura estável. Exemplos de emulsões: incluem manteiga e margarina, Exemplos de emulsões: incluem manteiga e margarina, maionese, café expresso e alguns cosméticos.maionese, café expresso e alguns cosméticos. 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS EMULSIONANTES: substâncias que têm em suas moléculas grupos lipofílicos e hidrofílicos (agentes tensoativos) que permite melhor homogeneização do sistema. A escolha de um emulsionante, ou de misturas para obter uma dispersão estável, baseia-se na relação que existe entre seus grupos hidrofílicos e lipofílicos. Quando essa relação é expressa pela razão entre as % em peso de cada grupo na molécula, o valor é denominado “BHL” (balanço hidrofílico-lipofílico) Conforme o valor de BHL o emulsionante será lipofílico ou hidrofílico e será usado em emulsões do tipo água/óleo ou óleo/água. Valor do BHL Caráter do emulsionante Usado em emulsão Menos que 9 Lipofílico, pouco solúvel em água Água/óleo Entre 9 e 11 Intermediário Acima de 11 Hidrofílico, muito solúvel em água Óleo/água 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Classificação dos colóides:Classificação dos colóides: Aerossol solido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é gasoso e o disperso é sólido, por exemplo a fumaça . Aerossol liquido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o gasoso e o disperso é o líquido, por exemplo a neblina 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Classificação dos colóides:Classificação dos colóides: Sol: é uma dispersão coloidal na qual o dispersante é o líquido e o disperso é o sólido, por exemplo um pouco de maizena com água, sangue, pó de gelatina dissolvido em água. Sol solido: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é sólido e o disperso é sólido, por exemplo o rubi e safira 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Classificação dos colóides:Classificação dos colóides: Espuma solida: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o sólido e o disperso é gasoso, como por exemplo pedra –pomes, EPS Espuma liquida: é a dispersão coloidal na qual o dispersante é o líquido e o disperso é gasoso, como por exemplo espuma de sabão e creme chantilly. 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS HidrofóbicosHidrofóbicos Sistemas CerâmicosSistemas Cerâmicos Propriedades do sistema são Propriedades do sistema são governadas por eventos que governadas por eventos que ocorrem na interface, ou seja, ocorrem na interface, ou seja, por propriedades de superfície.por propriedades de superfície. Interface Interface Sólido-LíquidoSólido-Líquido Sólido InsolúvelSólido Insolúvel Pó 1Pó 1m a 1 nmm a 1 nm mm22/g/g Sistema coloidal hidrofóbico Sistema coloidal hidrofóbico não possui estabilidadenão possui estabilidade TermodinâmicaTermodinâmica Coalescência/floculação Coalescência/floculação e/ou precipitaçãoe/ou precipitação Separação de fases Separação de fases tende a ser espontâneatende a ser espontânea 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Partículas pequenasPartículas pequenas CinéticaCinética Pequena velocidade de Pequena velocidade de sedimentaçãosedimentação Lei de StokesLei de Stokes Suspensões Suspensões ConcentradasConcentradas Suspensões Suspensões DiluídasDiluídas CoalescênciaCoalescência FloculaçãoFloculação GelificaçãoGelificação Estrutura 3DEstrutura 3D 6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS6.3 DISPERSÕES COLOIDAIS Efeito Tyndall • Desvio da luz por partículas coloidais. Efeito Tyndall Este efeito recebeu esse nome, em homenagem ao brilhante físico inglês, John Tyndall (1820 – 1893), que demonstrou por que o céu é azul, e estudou de forma muito completa os fenômenos de espalhamento da luz por partículas e poeira. Esse efeito também foi observado por Tyndall quando um pincel de luz atravessava alguns sistemas coloidais. Esse espalhamento da luz é seletivo, isto é, depende das dimensões das partículas dispersas e do comprimento de onda da radiação. Dessa forma, é possível que uma determinada cor de luz se manifeste de maneira mais acentuada do que outras. O efeito Tyndall é, na verdade, um efeito óptico de espalhamento ou dispersão da luz, provocado pelas partículas de uma dispersão do tipo aerossol. O efeito Tyndall é o que torna possível, por exemplo, observar as partículas de poeira suspensas no ar através de uma réstia de luz, ou, ainda, observar as gotículas de água que formam a neblina através do farol do carro. 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