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A formação moral e o combate 
ao bullying na Educação Infantil 
Projeto: A literatura infantil desenvolvendo a 
formação moral e combatendo o bullying. 
Há necessidade de que a escola perceba que a mesma importância e 
responsabilidade que tem em formar os sujeitos para o trabalho, ela 
também tem na formação de cidadãos éticos e participativos, 
buscando um sentido para suas vidas, e que possam, também, ter 
um sentido na coletividade. 
Yves de La Taille 
Objetivos do projeto 
 Formar leitores. 
 Desenvolver a educação moral dos alunos. 
 Combater o bullying. 
Justificativa 
O bullying, na atualidade, é uma das maiores preocupações dos educadores. Esse termo, 
em inglês, refere-se a um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e 
repetitivos, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), sem motivação evidente, 
causando dor, angústia e sofrimento e executado dentro de uma relação desigual de 
poder, tornando possível a intimidação da vítima. 
Atinge um grande percentual de alunos (mais de 40% dos estudantes) e apresenta-se na 
forma de múltiplos atos: apelidar, agredir, difamar, ameaçar, pegar pertences, 
humilhar, além dos comportamentos que utilizam ferramentas da internet e de 
outras tecnologias de informação e comunicação para causar sofrimento às 
vítimas. 
Sejam presenciais ou virtuais, as consequências de uma vida em torno 
do bullying podem ser graves, pois, para as vítimas, o sofrimento atua de maneira a 
produzir traumas severos, uma vez que “fora dos muros da escola, um jovem que sofre 
intimidação pode escolher trocar de grupo ou companhia, mas dentro da sala de aula é 
obrigado a conviver com seus companheiros durante todo seu percurso 
escolar”.(CONSTANTINI, Alessandro. Bullying – como combatê-lo?. São Paulo: Italia Nova, 2004. p. 74). 
É necessário que, no centro dessa reflexão, o bullying seja visto e reconhecido, pois, 
caso contrário, corre-se o risco de que o desconhecimento torne os olhos dos educadores 
cegos, com dificuldade de reconhecê-lo e, consequentemente, sem condições de 
combatê-lo. 
Para acabar como esse problema na escola devemos nos preocupar com os sentimentos 
das crianças, assim como os julgamentos que fazem de certo e errado. Na atualidade 
tem se tornado cada vez mais difícil ensinar às crianças o que é bom e o que é mau, o 
que é certo e o que é errado. Ações educacionais baseadas nessas certezas contribuem 
para educar moralmente as crianças, assim como transformá-las em sujeitos éticos. 
 
“O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê.” – 
Manoel de Barros 
 
Buscando encontrar meios de combater o bullying na escola com base no 
desenvolvimento de valores morais sólidos, propomos um trabalho que tenha como foco 
a literatura infantil, visto que estes textos são capazes de criar situações oportunas para a 
discussão acerca de valores morais, sentimentos e atitudes necessárias para uma 
convivência saudável, pacífica e solidária. 
Compõem o projeto 
23 livros de literatura infantil da Editora do Brasil; 
orientações sobre os temas formação moral e combate ao bullying associadas aos livros 
indicados; 
boletim do Projeto Ler mais no Ensino Fundamental, com orientações sobre como 
trabalhar com literatura infantil e fazer a formação de leitores. 
Causas do bullying 
Alguns comportamentos são apontados como desencadeadores de práticas de bullying, 
seja na posição de agressor ou alvo. São eles: 
Baixa autoestima 
Para trabalhar esta questão podemos fazer uso do livro A tartaruga infeliz, de 
Therezinha Casasanta. Nele, uma tartaruguinha que não gosta de seu físico descobre o 
que nos ensinou o poeta: cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. 
 
“Bilila não gostava de sua figura. Não gostava do seu casco duro e escuro. Desejava ter 
pelo macio e bonito como o de alguns animais.” (p. 4) 
Professor, muitas vítimas de bullying têm baixa autoestima. Com base nesse texto, 
promova discussões sobre autoaceitação, destacando com os alunos que todos têm 
pontos positivos. Destaque como Bilila descobriu isto, mostrando que todos podem 
encontrar seus aspectos positivos e de seus colegas. 
Ver o outro como agressor 
Muitas crianças veem nos outros a possibilidade de serem futuros agressores. Com 
medo de se tornarem vítimas, terminam, elas mesmas, assumindo o papel de agressor. 
Para ajudá-las a entender essa questão, utilize o livro O mistério da bola de espinhos, de 
Nye Ribeiro. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-A-Tartaruga-infeliz.jpg
 
“– É, acho que nós sempre temos medo de quem ainda não conhecemos direito...” (p. 
22) 
Professor, promova com os alunos situações nas quais a turma possa se conhecer 
melhor. Muitas vezes, nessas atividades, os autores de bullying descobrem que seus 
alvos têm muitas coisas parecidas com eles. Isso pode ajudar a diminuir a vitimação na 
escola. 
Não utilização do diálogo para resolução de conflitos 
As crianças, de modo geral, não utilizam a conversa para a resolução de conflitos. É 
comum que, por motivos fúteis, os alunos agridam, batam, utilizem de variadas 
manifestações violentas para resolver problemas na escola. O livro A gargalhada do 
Jacaré, de Elza César Sallut, mostra que podemos utilizar a fala para resolver, de forma 
pacífica, nossas diferenças. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-O-mist%C3%A9rio-da-bola-de-espinhos.jpg
 
“– Hum-hum... é verdade. Sou muito bravo. Mas... posso deixar de ser bravo por alguns 
instantes.” (p.7) 
Professor, destaque para os alunos o momento em que o Jacaré procurou os macacos 
para perguntar-lhes o que havia acontecido. É importante eles perceberem que foi por 
causa do diálogo que estes ficaram mais felizes. 
Percepção de que tem poder 
Algumas crianças acreditam que têm mais poder que as outras. Às vezes, esse poder é 
legitimado por uma condição financeira privilegiada em relação aos demais colegas, 
porque é maior fisicamente, porque é mais popular etc. Não há uma justificativa única 
para que alguns alunos se coloquem numa condição superior de poder. 
Essa questão pode ser ilustrada por meio do livro O Jacarezinho egoísta, de Chlóris 
Arruda de Araújo. Com essa obra, podemos levar às crianças a uma importante reflexão 
acerca do que acontece quando alguém resolve fazer uso demasiado do poder. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-A-gargalhada-do-jacar%C3%A9.jpg
A solidão, por exemplo, pode ser uma consequência desse fato. É importante os alunos 
perceberem que ser um valentão traz, necessariamente, alguns prejuízos a quem faz essa 
opção. 
 
"Quando o Jacarezinho estava na lagoa, ninguém mais lá podia ir, nem mesmo de longe, 
pois o valentão, sozinho, tomava conta de tudo, fazendo muitos desaforos e brigando 
com todo mundo. Era mau e egoísta.” (p.3) 
Professor, leia este livro com os alunos, destacando os prejuízos enfrentados pelo 
Jacarezinho ao assumir a posição de valentão. A lagoa do Jacarezinho ficou seca. 
Conosco acontece a mesma coisa. Quando assumimos a posição de valentão, nossa vida 
fica “seca” de amizade, carinho, afeto... Seca de coisas que podem nos deixar mais 
felizes e aos outros também. 
Individualismo 
Na atualidade, as pessoas estão cada vez mais centradas em suas próprias vidas, 
interesses, necessidades. Isso vem gerando fragilidade nas relações, de modo que a 
solidão vem tomando conta do coração das pessoas. 
O livro A redoma invisível, de Therezinha Malta e Inhandjara da Silva Yamamura, traz 
uma bonita reflexão sobre esse problema, que contribui para o aumento do bullying na 
escola. Quanto mais o sujeito estiver centrado apenas em sua vida, mais probabilidade 
terá de causar sofrimento ao outro, visto que não o reconhece como sujeito que 
necessita de cuidado. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/o_jacarezinho_egoista.jpg
 
“Numa redoma invisível,foi o terráqueo encerrado, e lhe tem sido impossível sentir o 
vizinho ao lado; por mais que tenha vontade, não pode estender-lhe a mão... Para esta 
dura realidade, qual será a solução”? (p. 12) 
Professor procure, com os alunos, a solução para o problema da individualidade dos 
terráqueos. Mostre-lhes alguns indicadores de comportamentos individualistas. Na 
escola, um exemplo desse tipo de comportamento é sujar o pátio desnecessariamente, 
sem se importar com quem fará a limpeza. Isso ajudará a desenvolver empatia nas 
crianças. 
Exposição a cenas violentas e utilização de brinquedos que 
incitem a violência 
É comum encontrarmos crianças utilizando brinquedos que lembram armas de verdade. 
Frequentemente crianças apontam armas umas às outras, “matam” os colegas nas 
brincadeiras de polícia e ladrão e fazem uso de espadas para intimidar “seus inimigos” 
no faz de conta. Esses atos levam à banalização do uso da arma, o que, 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-A-Redoma-Invisivel.jpg
consequentemente, vem a aumentar o índice da violência dentro e fora da escola. Para 
superar esse problema, utilize o livro O boneco da paz, de Telma Guimarães Castro 
Andrade, despertando nas crianças a necessidade de reconhecer outros tipos de 
brinquedos e brincadeiras. 
 
Professor, promova uma pesquisa sobre os brinquedos mais utilizados pelas crianças. 
Reflita com elas sobre o que esses brinquedos representam para a sociedade. 
Manifestações do bullying 
Difamação 
A fofoca é uma manifestação comum do bullying, sobretudo no praticado pelas 
meninas. Muitas crianças sofrem bastante nas escolas em função de fofocas inventadas 
por colegas. Utilizar o livro Dona Fofoca, de Regina Rennó, é importante para levar as 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Boneco-da-Paz.jpg
crianças a perceber como somos capazes de mudar a forma pela qual as histórias, de 
fato, aconteceram. 
 
Professor, ajude aos alunos a perceber a consequência de uma difamação. Utilize as 
atividades das páginas 16 e 17 para refletir com as crianças sobre essa questão. 
Exclusão 
A exclusão na escola pode gerar muito sofrimento para quem é alvo dela. Por vezes, as 
crianças excluem sem nem oportunizar o entrosamento do alvo. Leia com os alunos o 
livro Meu amigo Etevildo, de Telma Guimarães Castro Andrade. Nessa obra, as crianças 
poderão perceber que aquele que, de repente, parece mais estranho pode ser nosso 
grande amigo. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Dona-Fofoca.jpg
 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Meu-amigo-Etevildo.jpg
 
Xingamentos 
Não há coisa pior do que ser rotulado, sobretudo quando os rótulos buscam nos difamar. 
Utilize o livro Ninguém é igual a ninguém, de Regina Rennó, para que as crianças 
percebam isso. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/pg-15-Meu-amigo-Etevildo.jpg
 
 Na página ao lado é explícito o sentimento do Paulinho diante dos xingamentos: 
“Paulinho, baleia, saco de areia!” 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Ningu%C3%A9m-%C3%A9-igual-a-Ningu%C3%A9m.jpg
 
Apelidos 
Os apelidos compõem o maior grupo de manifestações de bullying na escola. De todas 
as práticas apresentadas, apelidar o outro representa 54,2% delas. Para combater esse 
problema em sala de aula, faça uso do livro Apelido não tem cola. Esse material ajuda 
as crianças a refletirem sobre o que sentem aquelas que têm apelidos pejorativos, 
enfocando o sentimento de empatia. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/pg-4-Ningu%C3%A9m-%C3%A9-igual-a-Ningu%C3%A9m.jpg
 
Professor, um exemplo desse trabalho pode ser visto na página 19, na qual a autora 
pergunta como o leitor se sentiria se estivesse no lugar da menina apelidada. 
Além disso, nas páginas 24 a 30 é trabalhada a questão da aceitação dos alvos 
de bullying, destacando que cada um é como é. 
O livro A Bruxinha Domitila e O robô Supertudo, de Edson Gabriel Garcia, também 
aborda essa questão, enfocando, sobretudo, o ambiente escolar. Nessa obra, os alunos 
podem refletir sobre algumas atitudes excludentes e humilhantes que temos diante dos 
outros, percebendo que por vezes as naturalizamos, como pode ser percebido no trecho 
a seguir. 
“A classe recebeu a menina como toda classe recebe um aluno novo: primeiro analisam 
o aspecto físico e a aparência, depois ouvem a voz, fazem perguntas, descobrem 
características negativas e procuram encontrar um bom apelido.” (p.9) 
Que tal utilizar essa obra e levar os alunos a perceberem que poderíamos, inicialmente, 
dar oportunidade ao novo colega de mostrar seus gostos, hábitos, conhecimentos e 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Apelido-n%C3%A3o-tem-cola.jpg
atitudes fazendo perguntas e descobrindo características positivas que nos levassem a 
encontrar um novo amigo? 
 
“Toda vez que passar por um de nós deverá pagar um pedágio. O Valor do pedágio é 
um sorriso” (p. 47). Esse trecho mostra como uma amizade pode ser construída por 
meio de relações pacíficas e bem-humoradas. Ajude os alunos a perceberem que o 
sorriso de um colega pode ser algo de muito valor. 
Preconceito 
Trabalhar o problema do preconceito é mudar culturas na escola. Por meio do livro Ri 
melhor quem ri... no fim!, de Telma Guimarães Castro Andrade, os alunos conseguirão 
perceber que as bases que sustentam o preconceito são muito frágeis. É importante 
lembrar que o fato de haver preconceito na escola fortalece a existência do bullying. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-A-bruxinha-Domitila.jpg
 
“No primeiro dia de aula, apenas um aluno compareceu: o burro.” (p. 11) 
Professor, é importante que as crianças percebam que a anta era uma estudiosa. Essa 
informação nega algo que desenvolvemos com base no imaginário popular: Anta é 
alguém com pouca inteligência. Esse fato pode ajudar os alunos a romper outros 
preconceitos. 
Outro livro bastante oportuno para abordar essa questão é O menino que tinha rabo de 
cachorro, do Maurício Veneza. Por meio dessa obra, os alunos podem desenvolver 
competências relacionais importantes, valorizando as pessoas por suas atitudes e não 
por suas aparências. 
Outro conteúdo bastante significativo tratado na obra é questão da autoaceitação. De 
modo geral, os alunos alvos de bullying apresentam dificuldades com a percepção que 
têm deles mesmo; por isso, terminam assumindo a condição de vitimação. Ajudá-los a 
se enxergar como alguém de valor é muito importante. A leitura dessa obra os levará a 
pensar que podemos ser aceitos pelos outros sendo nós mesmos. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Ri-melhor-quem-ri-no-fim.jpg
 
“Assim, de descoberta em descoberta, descobriram também que, sendo cada pessoa 
diferente da outra, um rabo até que não era uma diferença tão importante assim.” (p. 22) 
Professor, descobrir a si próprio e descobrir, de forma progressiva, o outro é uma 
importante conquista para minimizar as atitudes de preconceito e, consequentemente, de 
exclusão. 
Intervenções de combate ao bullying 
1. Desenvolvimento do respeito às diferenças 
Para trabalhar esta questão podemos fazer uso do livro E não tinha briga não!, de 
Márcia Glória Rodriguez Dominguez. Esse livro ensina a trabalhar a questão do respeito 
às diferenças, ajudando as crianças a perceber que podemos conviver de maneira 
harmoniosa com as diferenças. O velho ditado “Brigam feito cão e gato” será negado 
com essa história. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-O-menino-que-tinha-rabo-de-cachorro.jpg
 
Professor, use esse texto com os alunos levando-os à percepção de que diferentes 
convivem demaneira harmoniosa. A não aceitação das diferenças é um dos maiores 
motivos de uma perversa prática de bullying: a exclusão. 
Uma prática importante é fazer os alunos reconhecerem os aspectos positivos uns dos 
outros. Para esta atividade promova uma reflexão em torno do livro O concurso das 
aves, de Telma Guimarães Castro Andrade. Nessa obra, algumas aves pensam que são 
mais bonitas que outras, até que conseguem se ver como de fato são: sujeitos que têm 
defeitos e qualidades. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-E-N%C3%A3o-Tinha-Briga-Nao.jpg
 
É que narciso acha feio o que não é espelho... Muitas crianças são extremamente 
narcisistas. Por se acharem mais bonitas, mais inteligentes, mais populares que outras 
excluem os colegas. Trabalho o texto do livro ao lado para que os alunos superem esse 
narcisismo. 
Ninguém é igual a ninguém – Regina Rennó e Regina Otero. Nesse livro, as crianças 
são levadas a reconhecer que cada um é do jeito que é. Esse fato torna a convivência 
mais prazerosa e possível. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-O-concurso-das-aves.jpg
 
“Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas teriam que andar com o nome 
escrito na testa para não serem confundidas com as outras.” (p. 11) 
Professor, conseguir se colocar no lugar do outro, sendo capaz de sentir seus 
sentimentos é muito importante. Por meio desse livro leve os alunos a reconhecer o que 
sentimos quando nos tratam mal e quando nos tratam bem. 
2. Desenvolvimento de atitudes solidárias 
Para trabalhar esta questão faça uso do livro Bolos gigantes, de Jonas Ribeiro. Nessa 
obra, o autor leva as crianças a uma importante reflexão: a solidariedade modifica a vida 
das pessoas. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Ningu%C3%A9m-%C3%A9-igual-a-Ningu%C3%A9m.jpg
 
O incentivo a paz e a solidariedade estão presentes em quase todos os programas de 
combate ao bullying. Esse livro, de maneira poética, ajuda às crianças a perceber como 
podem ser solidárias. 
Com o livro Quem pegou minhas pintas?, de Telma Guimarães Castro Andrade, é 
possível trabalhar a questão da partilha, fundamento para a prática solidária. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Os-bolos-gigantes.jpg
 
“O sabido macaco preparou uma grande surpresa para a onça sem pintas. Combinou 
com todos os bichos com os quais a onça havia conversado e cada um passou um pouco 
de suas pintas para o corpo do felino.” (p. 14) 
3. Desenvolvimento de atitudes positivas ao convivio social 
Tratar bem o outro é uma questão importante para combater o bullying, visto que 
estimula a convivência pacífica entre os sujeitos. Para trabalhar essa questão utilize o 
livro Seu Gentil, de Regina Rennó. Com essa obra, as crianças poderão refletir sobre a 
melhor maneira de conviver na escola. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Quem-pegou-minhas-pintas-.jpg
 
“Ana Raquel, não se assuste, só vim lhe desejar mais de perto um bom dia!” (p. 10) 
4. Equidade de gênero 
Que existem diferenças entre meninos e meninas não há dúvida. 
Embora tenhamos essa certeza, devemos propor brincadeiras entre os gêneros, 
estimulando uma convivência saudável entre os sexos. O aprendizado da sociabilidade 
passa pelo contato com a diferença. Ao brincarem juntos, meninos e meninas aprendem 
a se relacionar, a se frustrar e valorizar a diferença. Com o Livro Menina não entra, de 
Telma Guimarães Castro Andrade, os alunos poderão compreender bem como “um 
diferente” pode fazer “a diferença”. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Seu-gentil.jpg
 
Professor, promova situações em que meninos e meninas tenham de trabalhar em 
cooperação. Isso os ajudará a superar a diferença entre os gêneros. 
Autoconhecimento como auxílio no combate 
ao bullying 
As crianças não nascem com empatia e aprendem a regular suas emoções através da 
interação. 
Uma pesquisa preliminar na Universidade de Toronto sugere que as histórias podem 
agir como “simuladores de voo” para a vida social. Verificaram que estudantes que 
tinham tido maior exposição à ficção tenderam a se sair melhor nos testes de habilidade 
social e empatia. (Revista Mente e Cérebro, jun. 2009) 
Por esse motivo, indicamos literaturas para que os alunos possam conhecer e explorar 
seus sentimentos e assim ter mais chances de desenvolver o autocuidado e a 
possibilidade de cuidar do outro. Esse cuidado está diretamente ligado ao fenômeno 
do bullying porque a violência é o não cuidado, é a negação do outro. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Menina-n%C3%A3o-entra.jpg
No livro Coração que bate, sente, de Regina Otero e Regina Rennó, cria-se a 
oportunidade de exploração de sentimentos e pensamentos das crianças. Por meio da 
personagem Juliana é possível considerar dois momentos importantes: o primeiro é a 
indignação com o fato de os outros terem pensado em suas próprias dores antes de 
acudi-la, e o segundo é a conscientização de que a dor de cada um é de cada um. 
Propõe-se assim o desenvolvimento da capacidade de ouvir o outro e de habilidades de 
gerenciamento de conflitos. 
 
Professor, por ser um livro interativo, você terá potencializado um trabalho que envolve 
empatia e autoconhecimento. Os alunos podem perceber que precisam “ouvir a voz do 
coração”, ouvir o outro, pedir ajuda e não sentir vergonha do que sentem. É a abertura 
de um canal fundamental na resolução de algumas situações apresentadas em seu 
cotidiano. 
Bullying é uma ação intencional revelada por uma inabilidade de lidar com sentimentos 
e expressa por meio de violência. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Cora%C3%A7%C3%A3o-que-bate,-sente.jpg
O livro Você pode escolher, de Regina Rennó, é uma excelente opção para refletir com 
os alunos sobre a composição humana: coração (afetivo), cabeça (cognitivo) e corpo 
(físico). Ao conhecê-la surge a possibilidade de debater sobre o poder de escolha que 
temos e suas consequências. Isso desenvolve a autonomia moral nos alunos. 
“Quando a cabeça não pensa o corpo padece.” Este é um ditado sábio, que demonstra a 
relação direta entre emoção e ação. 
 
“[...] quando não há uma aprendizagem, o sujeito recorre a ‘contar com os dedos’. No 
caso dos conflitos, isto supõe deixar-se levar pelas emoções e pelos impulsos sem 
nenhuma reflexão prévia, o que conduz a respostas primitivas, tais como agredir, inibir-
se para agir, esconder-se no ressentimento e respostas afins.” (Sastre e Moreno, 2002) 
“Todas as pessoas sentem todos os sentimentos, mas é o pensamento que escolhe o que 
fazer com o que se está sentindo.” (p. 26) 
Professor, a leitura desse livro possibilita que o aluno saiba, por exemplo, que todos nós 
sentimos raiva, mas podemos decidir o que fazer com ela e escolher sentimentos que 
nos fazem bem. 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-Voc%C3%AA-pode-escolher.jpg
Procure ampliar as propostas do material usando situações ocorridas em sala de aula, 
tomando o cuidado para não ocorrer uma exposição indevida dos alunos. Eles devem 
sentir-se mobilizados para deixar aflorar seus pensamentos e sentimentos. 
Construção de espaço de fala como superação da 
violência 
Para superar as situações de bullying, torna-se necessário que a escola abra um espaço 
no qual os alunos possam falar como se sentem nos conflitos interpessoais entre pares, 
atribuindo valor aos outros e a si mesmos. 
Para isso, faça uso do livro O menino de muitas caras, de Jonas Ribeiro e César Obeid. 
Nele os alunos vão perceber como o menino pequeno, um dos personagens principais da 
obra, desvencilhou-se das situações de vitimação. O importante é perceberem que foi a 
capacidade defalar sobre o que sentia que possibilitou a superação do problema. 
 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/capa_-O-menino-de-muitas-caras.jpg
 
Produzido pelo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Novos Produtos da Editora do Brasil. 
fonte: http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/formacao.aspx 
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/formacao.aspx
http://www.editoradobrasil.com.br/educacaoinfantil/material_de_apoio/img/pg-16-O-menino-de-muitas-caras.jpg

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