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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS
CURSO DE DIREITO
SANDRA GOMES DE MELO
O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS
OURINHOS
2012
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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS
CURSO DE DIREITO
SANDRA GOMES DE MELO
O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNAS
Trabalho acadêmico apresentado à Faculdade Estácio de Sá de Ourinhos como exigência parcial à aprovação na disciplina de Introdução ao Estudo do Direito.
Professora: Me. Vilma Aparecida de Lima
OURINHOS
2012
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO........................................................................................05
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................07
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA............................................................................08
INTRODUÇÃO
A leitura deste livro teve como propósito a visualização do estudante iniciante no Direito, a aprender e estabelecer concepções acerca dos fatos, e como se posicionar perante eles.
Enquanto o fato é descrito aborda questões cruciais de subtração da liberdade, homicídio e julgamento. São regras fundamentadas em nosso consciente,e que se vêem contextualizadas em relação a um evento trágico, em que atrocidades vis vindas de seres humanos tão arrazoavelmente corretos, deixam perplexos uma cidade.
Restam a vários juízes determinarem a sentença, se é que se cabe uma no referido episódio, que por si só, já nos coloca em pausa para pensarmos e refletirmos extenuamente.
As posições diversificadas e contrárias umas as outras, mostram que esse caso não é tão simples de ser resolvido pelo nosso judiciário.
Temos as leis e os nossos julgamentos. E cada um tem que se posicionar no papel e defendê-lo com argumentações concretas, capazes de embasar convicções e decisões relativas ao caso em questão. 
DESENVOLVIMENTO
Cinco homens, membros da Sociedade Espeleológica (exploração de cavernas), adentraram no interior de uma caverna calcária. Quando lá estavam ocorreu um desmoronamento que bloqueou a saída. Como haviam levado um rádio estabeleceu-se uma comunicação com o mundo exterior. Informados do tempo que seria necessário para libertá-los chegaram a conclusão de que não sobreviveriam pois não havia no local mantimentos para subsistência por tanto tempo. Tendo indagado um médico sobre a capacidade de se manterem vivos alimentando-se da carne de um deles, a resposta foi afirmativa, embora a contragosto. Perguntado sobre se deveriam tirar a sorte entre eles para verificar qual seria o sacrificado, ninguém do mundo exterior quis responder a questão. Segundo informações prestadas pelos sobreviventes, a mesma pessoa que sugeriu este procedimento também desistiu dele pois sentia ser este um meio terrível e veramente odioso. Entretanto, não foi aceita a sua desistência e os dados foram lançados, recaindo sobre o mesmo a trágica sorte.
Após o resgate, e passado o período em que ficaram no hospital, foram denunciados pelo homicídio e tendo sido considerados culpados pelo júri, sentenciados a forca. Enviou-se então uma petição ao Chefe do Executivo para comutação da pena em prisão por seis meses. Também entrou-se com recurso em segunda instância, o que gerou conturbadas explanações.
Foster,J. – favorável a absolvição, utilizou-se do direito positivo que se fundamenta na possibilidade de coexistência dos indivíduos em sociedade. Quando inexiste esta possibilidade, segundo ele, em situações adversas, a privação da vida torna-se possível para a preservação da mesma. Arguiu também que a ordem jurídica única somente pode ter validade dentro do mesmo limite de área na superfície da terra. E que todo homem cuja vida é ameaçada, repelirá seu agressor, não importa o que diga a lei.
Tatting,J. – recusou-se a votar, utilizando-se do argumento de nível emocional que se encontrou estudando e refletindo sobre o caso, do qual não lhe veio nenhuma possibilidade de decisão, embora essa fosse a sua função. Revelou-se incapaz de proferir qualquer sentença, em virtude de dúvidas que não conseguiu sanar em sua consciência.
Keen,J. – favorável a condenação, expôs a sua opinião como cidadão, que em virtude do conhecimento dos fatos, se pudesse e em outra posição estivesse, daria aos réus o perdão total, baseado em todo o sofrimento pelo qual já tinham passado. Colocou de lado a questão da moralidade e decidiu aplicar o direito. Baseou seu voto, na premissa de que em época remota os juízes legislavam livremente e nesse período praticamente reelaboraram leis. Leis que são vigentes e precisam ser acatadas para desempenho correto do dever.
Handy,J. – favorável a absolvição, justificou sua posição dizendo que “.. homens são governados não por palavras sobre o papel ou por teorias abstratas...bem governados quando seus governantes compreendem sentimentos e concepções do povo e mal governados quando não existe esta compreensão.” Decidiu pela aplicação do senso comum que absolvia os réus, pois já tinham sofrido mais tormento e humilhação do que poderia ser suportado em mil anos.
Tatting,J. – tendo em vista os votos enunciados, o presidente do Tribunal perguntou se não desejaria reexaminar a posição anteriormente assumida. Com convicção, não quis participar. 
Ocorrendo empate na decisão, foram os réus condenados e confirmada a sentença. 
Determinou-se a execução as 6 horas da manhã da sexta-feira, dia 2 de abril do ano de 4300 através da forca. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desse caso vislumbrei a possibilidade embora distante, de me colocar no cargo de um profissional embuído do poder de decidir sobre vida e morte de seres humanos. Isso, definitivamente não é tarefa fácil de se executar.
Tendo em vista o caso por inteiro, em concordância com os fatos ou a omissão deles, no decorrer da leitura via-me decidindo automaticamente a favor de cada defesa, omissão ou condenação, conforme cada um deles a descrevia.
A primeira vista parecia-me todos estarem corretos em suas argumentações.
Mas a necessidade imperiosa de manifestar a minha visão dos fatos e pautá-la com argumentação plausível, foi me limitando a visão.
Ao final, minha opção foi também pela condenação, por motivos óbvios e um tanto quanto simples. Nada tem a ver com o que foi apurado no caso, mas pelo saber fazer contas. 
Dez trabalhadores perderam a vida, para os trazerem de volta. Isso me tocou muito mais do que todo o resto. Todos em terra, dispostos a salvá-los, não pouparam esforços. Se era o momento deles morrerem nada poderia salvá-los, mas como sabê-lo? Por contas? Até elas podem dar errado!
Todos sabemos que se pularmos do quinto andar de um prédio estamos sujeitos a morte. Entretanto, poderemos morrer ou não.
Eles se dispuseram a empreitada juntos, e deveriam ter se mantido assim, mesmo que fosse para morrerem. 
Então agora, os fins justificam os meios? 
Será lícito matar aquele que se joga na água para nos salvar do afogamento, se esse for o único meio para salvar a própria pele?
No caso em questão, não vislumbrei tentativa de defender a vida. E o direito a vida não é uma lei dos homens apenas, é uma lei natural. 
E existe outra lei em questão. Homicídio é crime! Ponto Final!
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FULLER, L. Lon. O caso dos exploradores de cavernas. Tradução do original inglês e introdução por Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre: Fabris, 1976.

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