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POR32_Revisao_Gramatica_Osorio

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2007 
 
 
 
 
 
 
www.resumosconcursos.com 
Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 2
 
Português 
 
 
 
Assunto: 
 
 
 
REVISÃO DE GRAMÁTICA 
 
 
 
 
 
Autor: 
 
 
 
 
JOAQUIM ELITON DELMONDES OSORIO
www.resumosconcursos.com 
Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 3
 
 
 
 
 
 
 
Cientistas tentam cura para o ciúme 
 
 Pesquisadores norte-americanos fizeram, em 1966, experiências para descobrir uma injeção contra o 
ciúme. Eles inocularam em gatos, animais considerados extremamente ciumentos, um tranqüilizante. A 
experiência não deu certo com seres humanos. 
 (Folha de São Paulo, 12 jun. 1994) 
 
Todas as palavras da língua portuguesa e, portanto, do texto acima têm finalidades específicas: umas dão 
nome aos seres, outras indicam ações e qualidades desses seres, outras apenas estabelecem ligações 
entre termos de uma frase. De acordo com essas finalidades, as palavras da nossa língua dividem-se nas 
seguintes classes gramaticais: 
 
Substantivo Palavra que dá nome aos seres: cientista, ciúme, pesquisador etc 
Verbo Palavra que indica ação, estado ou fenômeno: tentar, fazer, ser, ventar etc 
Adjetivo Palavra que caracteriza os seres: (gato) ciumento, (seres) humanos, (pesquisadores) 
norte-americanos etc 
Artigo Palavra que acompanha o substantivo, determinando ou indeterminando-o: o (ciúme), 
uma (injeção) etc 
Pronome Palavra que indica quantidade ou ordem dos seres: o texto foi publicado no jornal do dia 
12 de junho de 1994 
Numeral 
 
Palavra que representa ou acompanha o substantivo, considerando-o apenas como 
pessoa do discurso: Eles inocularam em gatos um tranqüilizante. (Eles) representa o 
substantivo pesquisadores e indica a 3ª pessoa do plural) 
Advérbio 
 
Palavra que indica circunstância de tempo, modo, lugar, intensidade etc. Pode 
acompanhar um verbo, um adjetivo ou mesmo um outro advérbio: 
- A experiência não deu certo com seres humanos. (O advérbio não está modificando o 
verbo.) 
- Trata-se de um comportamento muito ridículo. (O advérbio muito está modificando o 
adjetivo ridículo.) 
- Falam muito bem. (O advérbio muito está modificando o advérbio bem.) 
Preposição Palavra que serve para ligar dois termos de uma mesma oração: 
Inocularam em gatos um tranqüilizante. 
Conjunção 
 
Palavra que serve para relacionar duas orações ou dois termos semelhantes de uma 
mesma oração: 
A experiência pode ter funcionado com animais, mas não deu certo com seres humanos. 
(A conjunção, mas está relacionando duas orações). 
Interjeição Palavra que expressa sentimento ou emoção: 
Ah! Ui! Viva! 
 
Essas dez classes gramaticais dividem-se em dois grupos: 
• Variáveis: palavras que apresentam mudança de forma. São elas: substantivo, verbo, 
adjetivo, artigo, numeral e pronome. 
• Invariáveis: palavras que não apresentam mudança de forma. São elas: advérbio, 
preposição, conjunção e interjeição. 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 4
 
 
 
Toda palavra tem uma sílaba mais forte, a que chamamos sílaba tônica. Vamos, então, rever e praticar a 
classificação das palavras de acordo com a tonicidade. 
 
• Oxítona: tem a última sílaba tônica. Exemplos: marajá, saber, caqui. 
• Paroxítona: tem a penúltima sílaba tônica. Exemplos: bondade, saúde, têxtil. 
• Proparoxítona: tem a antepenúltima sílaba tônica. Exemplos: súplica, paralelepípedo, aquático. 
 
Os monossílabos, palavras de uma única sílaba, são chamados de átonos ou tônicos, de acordo com a 
intensidade de sua pronúncia. 
 
Exemplo: O que você quer? O e que são átonos; quer é tônico. 
 
Algumas palavras tônicas têm suas sílabas tônicas assinaladas por um sinal chamado: acento gráfico. 
 
REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
PROPAROXÍTONAS: todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente. 
Exemplo: árabe, cédula, lâmpada, sábado, trânsito. 
 
OXÍTONAS: são acentuadas graficamente todas as palavras oxítonas terminadas em: 
• a(s), e(s), o(s) – Pelé, café cipó, você, marajá. 
• em (ens) – porém, também, armazém, parabéns, convêm. 
• os monossílabos tônicos: sé, fé. 
• formas verbais com pronomes átonos: fazê-lo, ajudá-lo, tratá-lo. 
 
PAROXÍTONAS: são acentuadas graficamente todas as palavras paroxítonas terminadas em: 
• l, n,r,x: útil, amável, têxtil, tórax, hífen, éter, caráter. 
• Ditongo: sério, colégio, estratégia, órgão, órfão. 
• um (uns): médium, álbuns. 
• i(is), (us): júri, tênis, lápis. 
• ã(s): órfã, ímãs. 
• ps: bíceps, fórceps. 
 
 
Lembretes: 
 
São acentuados: 
Ditongos abertos éi/ói/éu, tônicos. Ex.: assembléia, platéia, geléia, coronéis, anéis, troféu, chapéu, rói, dói, 
mói, tipóia, jibóia, apóio. O ditongo fechado não é acentuado. Ex.: bebeu, correu, apoio, joio, aveia teia, 
meia. 
 
Hiatos: 
- 1- Ôo: vôo, abençôo, perdôo, enjôo, destôo (observe: oa não leva acento – boa, pessoa, canoa, coroa, 
leitoa – ver observação). O primeiro o do hiato oo não é acentuado. Ex.: Mooca. 
 
2- Êe: O primeiro e tônico - vêem, dêem, lêem, crêem e derivados (singular em ê: crê, dê, lê, vê e 
derivados). 
 
3 - As letras i, u levam acento quando: 
• formarem hiato com a vogal anterior. 
• forem tônicas. 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 5
• vierem isoladas ou formarem sílaba com s (somente com s). 
 
Ex.: saí, daí, caí, saída, Aída, faísca, Luís, Taís, balaústre, Jundiaí, Jacareí, baú, Anhangabaú, saúde, viúva. 
 
Quando o i e o u estiverem sozinhos em suas sílabas, mas seguidos de nh, não são acentuados: rainha, 
tainha, bainha, moinho ladainha, coroinha. 
Quando houver repetição das letras “i – i” e “u – u” não levam acento. Exemplos: xiita, vadiice, sucuuba, 
paracuuba. 
 
Observação: A regra dos ditongos e hiatos têm prevalência sobre a das paroxítonas. Exemplo: 
assembléia (paroxítona terminada em a); vôo (paroxítona terminada em o). 
Exemplos: Eles crêem - Eles vêm - enjôo - vôo. 
 
4- Emprega-se o acento agudo no u tônico dos grupos gue, gui, que. Exemplo: averigúe, argúi, obliqúe. 
 
5- O trema é o sinal (dois pingos) que se coloca no u átono para indicar que ele é pronunciado nos grupos 
qüe, qüi, güe, güi. Ex.: cinqüenta, tranqüilo, ensangüentado, pingüim. Observe que o trema ainda está em 
uso e não é usado em qua, quo, gua, guo. 
 
 
ACENTOS DIFERENCIAIS: 
 
Pára (verbo), para (preposição); pôr (verbo), por (preposição); pêra (fruta), pera (expressão arcaica); pêlo 
(cabelo), pélo (verbo= tirar a pele ou gostar muito), pelo (per+o); pólo (extremidade, jogo), polo (contração 
arcaica de por +a ); pôde (pretérito), pode (presente); côa, côas (verbo), co ‘ a, co’ as (com + a – as). 
Na terceira pessoa do plural dos verbos ter e vir (e seus derivados), para diferenciá-la da terceira pessoa do 
singular. 
 
Exemplo: 3.ª pessoa do plural 
 
Ele tem Eles têm 
Ele vem Eles vêm 
Ele detém Eles detêm 
Ele obtém Eles obtêm 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 6
 
 
Os sinais de pontuação têm a função de reproduzir na escrita alguns dos inúmeros recursos que temos na 
fala, tais como as pausas e a melodia da frase. 
 
VÍRGULA: 
 
1- Não se usa vírgula entre sujeito e verbo, entre o verboe o seu complemento(s). O complemento 
nominal e o adjunto adnominal não podem ser separados do núcleo por vírgula. Também não pode vir 
com vírgula o agente da passiva. 
 
Exemplos: 
A diretora da Escola Municipal de Primeiro e Segundo Graus Aristarco de Oliveira (sujeito - ela) estava à 
disposição dos pais para esclarecimento. 
 
Não sei se já lhe havia dito antes que não haveria aula nos próximos dois dias (objeto direto). 
 
A esperança em dias melhores só nos faz robustecer. (complemento nominal) 
 
Os brasileiros de cidades distantes devem fazer o cadastramento. (adjunto adnominal) 
 
Os trabalhos já foram feitos por pessoas experientes. (agente da passiva) 
 
 
2- A vírgula deve ser usada para separar apostos e vocativos. 
 Exemplos: Senhor, não permitais que me abandonem. (vocativo) 
 A vida, meus filhos, é muito boa para quem sabe viver. (vocativo) 
 Ignoro o que lhe aconteceu, mestre. (vocativo) 
 Nós, alunos, estamos sempre atentos. (aposto) 
 Amanhã, seu aniversário, iremos cumprimentá-lo. (aposto) 
 
3- A vírgula deve ser usada para separar o adjunto adverbial anteposto (ou oração adverbial). Isso porque a 
ordem normal em português é: SVO = sujeito, verbo, objeto. 
Exemplos: Naquele dia, senti-me desamparado. 
 Apesar do frio, não usavam agasalho. 
 Embora estivéssemos tristes, procuramos não demonstrar. 
 
Se o adjunto adverbial for de pequena extensão, pode-se dispensar a vírgula. 
Exemplo: Aqui, trabalha-se ou 
 Aqui se trabalha. 
 
 4- Devem vir entre vírgulas conjunções coordenativas pospostas, pois o normal seria a conjunção vir no 
início da oração (deslocamento – mudança de ordem): 
Porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois. 
 
Exemplos: O trabalho, porém, não o cansava. 
 Meu amigo precisa de mim; devo, pois, ajudá-lo. 
 
Se a conjunção coordenativa vier no início da oração, haverá somente uma vírgula antes dela. Ex.: Todos 
queriam saber o que houve, entretanto ninguém se dispunha a sair do lugar. 
Sempre haverá vírgula antes de: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto (adversativas), logo, 
portanto, por conseguinte (conclusivas), pois, que (explicativas). 
 
5- Palavras e expressões que indicam correção, explicação, esclarecimento devem vir entre vírgulas: Isto é, 
quer dizer, digo, ou por outra, ou seja, a meu ver, por assim dizer, além disso, a saber. 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 7
Exemplos: O sistema carcerário deveria, a meu ver, ser remodelado. 
 Vamos ao cinema, isto é, se você quiser. 
 
6 - A vírgula deve ser usada para indicar a elipse do verbo. 
Exemplos: Sempre gostei de esportes: ele, de cinema. 
 Você estuda francês, e sua irmã, italiano. 
 
7-Usa-se a vírgula nas enumerações: entre vários sujeitos, entre vários objetos (enumeração). 
Exemplos: João, Pedro, Mário são amigos. (sujeito) 
 Lágrimas, pedidos, súplicas nada o movia. (sujeito) 
 Todos desejam saúde, dinheiro, paz, amor. (objeto) 
 Todos querem que o mundo melhore, que todos se entendam, que a fome desapareça. (objeto 
direto oracional) 
 
Nas enumerações, pode-se substituir a última vírgula por e. 
Exemplos: Comprei lápis, livros, cadernos, pastas. 
 Comprei lápis, livros, cadernos e pastas. 
 
 
Antes da conjugação e não se usa vírgula, senão: 
Quando indicar adversidade (mas). Exemplo: Estudamos, e (mas) fomos reprovados. 
Quando a oração seguinte for pleonástica. Exemplo: Neguei-o eu, e nego. 
Quando os sujeitos das orações forem diferentes: Exemplo: A cerimônia começou, e o diretor foi aplaudido. 
Quando houver polissíndeto (repetição do e): Ex.: E chora, e fala, e se desabafa, e geme, e sofre. 
 
9- A vírgula deve ser usada para separar orações coordenadas assindéticas (enumeração de orações). Ex: 
Maria borda, Mariana costura, Tatiana lava, Luciana passa. 
 Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha. 
 
10- Antes de gerúndio (que não forme locução nem tenha valor de adjetivo). 
Ex.: O sol escondia-se, deixando-nos apreensivos. 
 
 
PONTO-E-VÍRGULA: 
 
O ponto-e-vírgula marca uma pausa mais longa que a vírgula, porém menor que o ponto. 
Emprega-se o ponto-e-vírgula para: 
 
1- separar orações que tenham uma certa extensão. 
 Exemplos: Muitos daqueles antigos livros de poesias populares eram interessantes; porém, a 
maioria do povo daquela cidade do interior desconhecia a existência deles. 
 Cheguei tarde ao sítio ontem; as luzes já estavam apagadas, todos já dormiam. 
 
2- separar os vários itens de um considerando ou de uma enumeração. 
Considerando: 
a) a desvalorização do cruzeiro; 
b) as altas taxas de juros; 
c) o congelamento de preços e salários; 
d) o crescente desemprego; 
 resolvemos revogar as medidas anteriormente editadas. 
 
 
DOIS PONTOS: 
 
Além de introduzir falas, os dois pontos são usados quando se vai explicar ou enumerar algo. 
Exemplos: Só tenho o seguinte a declarar: não me caso com você. 
 Saí com tanto dinheiro e veja o que trouxe: um quilo de arroz, um de feijão, dois de batatas, 
quatro bifes e um litro de leite. 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 8
PONTO DE INTERROGAÇÃO E PONTO DE EXCLAMAÇÃO: 
 
O ponto de interrogação é usado quando fazemos diretamente a pergunta: 
Aonde você vai? 
 
O ponto de exclamação aparece no final da frase para expressar espanto, admiração etc.: 
Meu Deus! Que susto! 
Conseguimos! Conseguimos! Ganhamos o jogo! 
 
 
PARÊNTESES: 
 
Os parênteses são usados para um comentário ou explicação, nunca para isolar algo que se tenha escrito 
errado. 
“Dona Chapeuzinho sentou-se confortavelmente, colocou a cestinha ao lado (ela não largava aquela 
bendita cestinha!), tirou um sanduíche de mortadela e pôs-se a comer (aliás, Dona Chapeuzinho tinha 
engordado muito desde aquela aventura com o Lobo Mau).”(Pedro Bandeira) 
 
 
ASPAS: 
 
As aspas são usadas em citações e na indicação de gírias, estrangeirismos, palavras usadas em outro 
sentido, neologismos e arcaísmos. 
Você assistiu ao ”show “do Caetano? 
Como disse Chico Buarque: ”Devagar é que não se vai longe”. 
Moravam em um “flat” onde havia “playground”. 
Era uma pessoa muito “careta”. 
 
 
TRAVESSÃO: 
 
Além de introduzir a fala das personagens no discurso direto, o travessão pode ser usado para ressaltar ou 
explicar algo. 
O pouco que comprei hoje – gêneros de primeira necessidade na maioria – levou todo o meu salário. 
 
 
RETICÊNCIAS: 
 
As reticências (...) indicam uma interrupção da seqüência lógica da frase. 
 
Estou tentando um novo emprego. Senão der certo... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 9
 
 
 
Dá-se o nome de crase à fusão da preposição a com o artigo definido feminino a ou as. Quando o termo 
regente exige a presença dessa preposição e o termo regido vem acompanhado do artigo definido, então 
ocorre a crase, que vem sempre marcado pelo acento grave ( ` ). 
 
Irei à cidade de Santos. 
Irei a + a cidade de Santos. 
 
Faça um teste para saber se há artigo: use o verbo gostar: Se a palavra que sucede o “a” não aceita artigo, 
não ocorrerá crase. Assim, se não pudermos dizer gostar da, não ocorrerá crase. Ex.: A você, dedicamos 
nosso carinho. Posso dizer“Gosto da você? Não. Então ocorrerá crase aí. Se pudermos dizer gostar “da”, 
isso significa que devemos partir para outros procedimentos. 
 
Como saber se ocorreu crase? 
1- Dirigi-me `a(s) diretora(s) de transportes. = Dirigi-me ao(s) diretor(es) de transporte. Ao(s) = aa(s) = à(s). 
 
2- Se vou a e volto da, acento no a; 
 Se vou a e volto de, acento para quê? 
 
Exemplo: Vou a Brasília (volto de). Vou à Bahia (volto da). 
 
3- Aquele(s) = este; aquela(s) = esta; aquilo = isto 
 Àquele(s) = a este; àquela(s) = a esta; àquilo = a isto. Ex. Aquele jovem é meu amigo (este jovem). 
Dirigi-me àquele jovem (a este). 
 
Observação: Quando a preposição a for seguida dos pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas, 
aquilo, ocorre a crase. 
 Irei àquele espetáculo. (a + aquele) 
 Não me refiro à moça da direita, mas à da esquerda ( a = àquela ). 
 
4- Nas expressões indicadoras de horas. 
Exemplos: Chegarei às oito horas. 
 O vôo partirá às 13h00. 
 Os ingressos esgotaram-se à uma hora da tarde. 
 
Observação: Mas há casos em que o numeral é precedido de um artigo indefinido. Nessas situações, 
não ocorrerá a crase. Veja: Os ingressos esgotaram-se a uma hora do espetáculo. 
 
 
5- Locuções, adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas: às claras, às escuras, às mil maravilhas, às 
tontas, à vontade, à toa, à risca, à baila, às apalpadelas, às pressas, à procura de, à cata de, à espera de, à 
moda de, à proporção que, à medida que. Observe que, se a locução à moda de vier subentendida, 
ocorrerá crase. 
Exemplos: O jovenzinho escreve à Guimarães Rosa (a moda de). 
 Ela se veste à antiga. 
 Ele escreve à Machado de Assis. 
 
6- Antes de nomes de cidade que se usam sem artigo feminino. Ex. Ele foi a Roma. 
Observação: Se o nome da cidade vier modificado, então ocorrerá a crase. Ex.: Ele foi à bela Roma. 
 
 
7- Antes da palavra casa, quando significar o próprio lar. Ex.: Voltei a casa para almoçar. 
 
Observação: Se a palavra casa vier modificada, admite artigo; portanto, nesse caso, havendo preposição, 
pode ocorrer a crase. Ex.: Voltei emocionado à casa materna. 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 10
 
8- Antes da palavra terra, quando significa terra firme, em oposição a mar. Ex.: Assim que o navio aportou, 
todos voltaram a terra 
 
Observação: Se a palavra terra vier modificada, admite artigo, nesse caso, portanto, havendo preposição, 
pode ocorrer a crase. Ex.: Todos voltaram à terra amada. 
 
9- Antes de expressões formadas de palavras repetidas. Ex.: Tomei o remédio gota a gota. 
 Eles ficaram cara a cara. 
 
 
A CRASE NÃO OCORRE NOS SEGUINTES CASOS: 
 
Observe: a mulheres (somente a seguido de nome plural), frente a frente, (não há artigo diante do primeiro 
termo, não haverá diante do segundo), a cavalo (nome masculino), a cuja, a quem, a você, a tudo, a cantar 
(use o verbo gostar - de-). 
 
a) antes de palavra masculina. Exemplo: Eles passeavam a pé. 
b) antes de verbo. Exemplo: Ela começou a chorar. 
c) antes de pronomes pessoais, inclusive os de tratamento. Exemplo: Vinde a mim os que sofrem. 
Dirijo-me a Vossa Excelência. 
 
Observação: As únicas exceções referem-se aos pronomes de tratamento senhora e senhorita e aos 
pronomes relativos a (qual) e as (quais). Quando, antes deles, houver a preposição a, 
ocorre a crase. 
 
Exemplos: Escrevi imediatamente à senhora. 
 Dirigiu-se à senhorita com muita delicadeza. 
 Nunca poderei esquecer essa professora, à qual muito devo. 
 
 
CASOS FACULTATIVOS DE CRASE: 
 
Antes de pronomes possessivos femininos e antes de nomes próprios femininos, o uso da crase é 
facultativo. 
Exemplo: Ele desejou felicidades aos meus amigos a (à) minha família. 
 Ele referiu-se a (à) Fabiana e não a mim. 
 
DICAS: Na dúvida, tente imaginar uma palavra masculina – se aparecer ao, existe a crase (Vou à 
praia./Vou ao clube) – ou o desmembramento – para a, pela, com a, na ou outra 
preposição mais o artigo a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 11
 
 
 
 
REGRA GERAL: O artigo, o numeral, o adjetivo, o pronome adjetivo concordam em gênero e número com 
o substantivo a que se referem. 
 
Exemplo: Aqueles dois jornais publicaram as notícias trágicas. 
 
Observe que as palavras que determinam os substantivos jornais e notícias concordam com eles em 
gênero e número. 
 
 
CASOS ESPECIAIS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
ANEXO - INCLUSO - OBRIGADO - MESMO- PRÓPRIO 
 
Todos esses termos são palavras adjetivas, devendo, portanto, concordar com o substantivo a que se 
referem. 
 
Exemplos: O memorando segue anexo. 
 As duplicatas seguem anexas. 
 A foto segue inclusa. 
 Os mapas seguem inclusos. 
 Ele respondeu: muito obrigado. 
 Ela disse: muito obrigada. 
 Ele mesmo fez o desenho. 
 Elas mesmas fizeram o acordo. 
 Ela própria entregou o documento. 
 Eles próprios receberam o prêmio. 
 
MEIO – BASTANTE 
 
As palavras meio e bastante, quando se referem a substantivos, são palavras adjetivas, devendo, portanto, 
concordar com o substantivo a que se referem. 
Exemplos: Tomou meia garrafa de vinho depois de beber meio litro de leite. 
 Bastantes alunos participaram da reunião. 
 
Quando as palavras meio e bastante funcionarem como advérbios (estarão se referindo a verbo, adjetivo ou 
advérbio), permanecerão invariáveis. 
 
Exemplos: A porta estava meio fechada. 
 Leila andava meio aborrecida. 
 Eles falaram bastante. 
 Eram alunos bastante simpáticos. 
 Elas chegaram bastante cedo. 
 
 
MUITO – POUCO – CARO – BARATO – LONGE 
 
Palavras como muito, pouco, caro, barato, longe, também ora funcionam como palavras adjetivas, 
concordando, portanto, com o substantivo a que se referem, ora funcionam como advérbios, permanecendo 
invariáveis. 
Lembre-se de que tais palavras somente concordarão com os substantivos a que se referem. Observe os 
exemplos: Poucas pessoas tinham muitos motivos. 
 Compraram livros caros. 
 Eram mercadorias baratas. 
 Andavam por longes terras. 
 Eles estudaram pouco. 
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Resumo: Revisão de Gramática – por Joaquim Eliton Delmondes Osorio 
 
 
 12
 Eram alunas muito simpáticas. 
 Os livros custaram caro. 
 Pagaram barato aqueles livros. 
 Eles moram longe. 
 
 
É BOM – É NECESSÁRIO – É PROIBIDO 
 
As expressões formadas de verbo ser mais adjetivo não variam se o sujeito não vier precedido de artigo 
(ou outro determinante). 
 
Exemplos: Cerveja é bom. 
 Chuva é necessário. 
 Bebida alcoólica é proibido para menores. 
 
Caso o sujeito dessas expressões venha antecedido de artigo (ou outro determinante), a concordância será 
obrigatória. 
 
Exemplos: A cerveja alemã é boa. 
 Aquela chuva foi necessária. 
 As bebidas alcoólicas são proibidas para menores. 
 
 
QUITE 
 
A palavra quite concorda em número com o nome a que se refere. 
 
Exemplos: Eu estou quite com você. 
 Nós estamos quites com o governo. 
 
 
MENOS – ALERTA 
 
As palavras menose alerta são invariáveis. 
 
Exemplos: As pessoas devem permanecer alerta. 
 É preciso que fiquemos alerta. 
 Havia menos pessoas na reunião. 
 Há menos gente pobre no país. 
 
 
SÓ 
 
A palavra só no sentido de somente é invariável; no sentido de sozinho, sofre flexão. 
 
Exemplos: Só (somente) vocês podem convencer. 
 Vocês preferem ficar sós (sozinho)? 
 
 
LEMBRETE 
1- Caso o determinante se refira a mais de um substantivo há duas posições que devemos considerar. 
 
a) anteposição – o determinante concorda com o mais próximo. 
 
Exemplos: Bela filha e filho você tem. 
 Belo filho e filha você tem. 
 Belos filhos e filhas você tem. 
 Belas filhas e filhos você tem. 
 
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Caso o determinante seja predicativo (do sujeito ou do objeto) concordará com todos os núcleos. Ex.: Achei 
inteligente o pai e a filha. São monstruosos os comentários e as críticas que fizeram ao escritor. 
 
b) posposição – o determinante pode concordar com todos os substantivos ou com o mais próximo. Ex.: 
Compramos quadros e molduras maravilhosas (ou maravilhosos; com feminino plural próximo ao 
determinante é preferível a primeira forma). Compramos molduras e quadros maravilhosos. Compramos 
quadros e moldura maravilhosos (ou maravilhosa). Compramos molduras e quadro maravilhoso (ou 
maravilhosos). Há casos em que a concordância com o mais próximo é obrigatória. Ex.: Comprei telefone, 
televisão, torradeira, aspirador de pó e uma torta deliciosa. 
 
Caso se tenha mais de um determinante para um substantivo, admitem-se as seguintes construções: 
a- Admiro o político brasileiro e o argentino. 
b- Admiro os políticos brasileiro e argentino. 
 
Os numerais ordinais antepostos a substantivo admitem as seguintes concordâncias: 
a- Os alunos do primeiro e do segundo ano. 
b- Os alunos do primeiro e do segundo anos. 
c- Os alunos do primeiro e segundo ano. 
d- Os alunos do primeiro e segundo anos. 
 
 
Adjetivos compostos: somente o último elemento flexiona: concorda com o nome a que se refere. Ex.: 
saias azul-claras; gorros verde-escuros. Exceções: azul – marinho e azul – celeste que não flexionam e 
surdo-mudo, que têm os dois componentes flexionados. Se houver substantivo na composição do adjetivo, 
não flexiona. Ex.: blusas roxo-batata; saias verde-espinafre; vestidos vermelho-tomate; coletes amarelo-ovo; 
pedras cinza-escuro; olhos violeta-claro (subentende-se da cor de). 
 
Com as expressões o mais...... possível; os mais ..... possíveis, possível concorda com o artigo. Ex.: Suas 
poesias eram o mais belas possível. Seus quadros eram os mais exóticos possíveis. 
 
A olhos vistos = expressão invariável. O bebê crescia a olhos vistos. A conta bancária do comerciante 
aumentava a olhos vistos. 
 
Santo, São. Usamos santo antes de nome começado por vogal: Santo Antônio, Santo André, Santo Ângelo, 
São Cipriano, São Bernardo. Exceções: Santo Tirso (ou São Tirso), Santo Jó (ou São Jó), Santo Tomás (ou 
São Tomás). 
 
Numerais cardinais usados pelos ordinais ficam invariáveis. Ex.: casa vinte e dois. 
 
O adjetivo referente a pronome de tratamento concorda com a idéia. Ex.: V.Sª é generoso (para homem). 
V.Sª é generosa (para mulher). Substitua o pronome por você (Vossa Mercê) e faça a concordância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os termos essenciais da oração, o verbo e o sujeito, estão sempre ligados pelo mecanismo de 
concordância, mesmo que o sujeito venha posposto ao verbo. 
 
Exemplo: “Pra ficar perfeito só faltavam três listras” – o sujeito “três listras”, está em relação de 
concordância com o verbo faltavam. De acordo com essa relação, verbo e sujeito concordam em número e 
pessoa. 
 
Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural: 
 
“Pai e filho conversaram longamente” 
Pais e filhos devem conversar com freqüência. 
 
 
LEMBRETES 
 
1- O verbo concorda com o sujeito simples. Cuidado com a inversão. Ex.: Dois metros de tecidos bastam. 
Bastam dois metros de tecido. 
 
2- Sujeito composto ligado por ou: se houver exclusão, o verbo fica no singular. Caso não, fica no plural. 
Ex.: Marina ou Augusta será eleita para a presidência no próximo pleito (uma ou outra). Marina ou Augusta 
estão na exposição? 
 
3- Quando o sujeito vier precedido de artigo, o verbo concorda com ele. Ex.: Os Estados Unidos ficaram 
atônicos com o acontecimento. 
 
4- Com o verbo ser há duas possibilidades, quando ele liga sujeito ao predicativo: 
a) o verbo une coisa a qualidade (coisa a coisa): se houver um termo no plural, o verbo concorda com ele; 
b) se um dos termos for pessoa ou pronome referente a pessoa, o verbo concorda com ele. Ex.: A vida são 
escolhas. Seu pai não é dois. 
 
5- Quando o verbo está na voz passiva, concorda com o sujeito. Ex.: Vende-se um terreno. Vendem-se 
apartamentos. 
 
6- Caso o verbo seja seguido de se e de preposição, ficará no singular. Ex.: Confia-se em pessoas 
religiosas. 
 
7- Com coletivo, o verbo fica no singular. Ex.: A turma chegou tarde. 
 
8- Se o coletivo vier com especificação no plural, o verbo poderá concordar com o coletivo ou com a 
especificação. Ex.: A turma de estudantes chegou (ou chegaram) tarde. 
 
9- Quando houver o pronome quem o verbo deverá, de preferência, ficar na 3ª pessoa do singular. Ex.: 
Fomos nós quem contou o que houve. Foram eles quem saiu. Fui eu quem deixou o escritório. Você poderá 
concordar com o pronome (fica mais eufônico): Fomos nós quem contamos. Foram eles quem saíram. Fui 
eu quem deixei. 
 
10- O verbo haver, significando existir, nunca vai para o plural. Se ele vier com auxiliar, o auxiliar também 
deverá ficar no singular. Ex.: Havia vários funcionários participando do curso. Deverá haver funcionários 
repetindo o curso. 
 
11- O verbo existir, no entanto, flexiona, de acordo com o sujeito. Ex.: Existiam vários funcionários 
participando do curso. Deverão existir funcionários repetindo o curso. 
 
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12- Com número percentual, há as seguintes possibilidades: 
a) o verbo concorda com o número da porcentagem: A turma saiu. Vinte por cento querem redução de 
horas extras; 
b) se a porcentagem vier especificada, o verbo poderá concordar com o número ou com a 
especificação. Ex.: Vinte por cento da turma saiu (ou saíram); 
c) se houver artigo, o verbo concordará sempre com ele. Ex: Os 20% da turma querem redução de 
horas extras. 
 
13- A expressão mais de...... leva o verbo a concordar com o número. Ex.: Mais de um gerente participou 
da reunião. Mais de dois redatores estiveram ausentes. 
 
14- O verbo ser, indicando horas, concordará com o número. Ex.: Já era uma hora. Deveria ser meio-dia e 
meia. Eram nove horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Denomina-se colocação pronominal o conjunto de regras referentes à colocação dos pronomes pessoais, 
oblíquos e átonos que funcionam como complementos: me, te, se, o lhe, a, nos, se, os, as, lhes. 
 
Em relação ao verbo, esses pronomes podem ocupar três posições: 
 
Próclise Após o verbo: Respondi-lhes que voltaria logo. 
Mesóclise Antes do verbo: Todos se revoltaram com o fato. 
Ênclise No meio do verbo: Dar- lhe-ei a resposta hoje. 
 
 
 
USO DA PRÓCLISE 
 
A próclise ocorre quando, antes do verbo, houver uma palavra que tenha força atrativa sobre o pronome 
oblíquo, Tais palavras são principalmente: 
 
• Palavras negativas: não, nunca, jamais...Exemplo: Nunca se esqueceu de nós. 
 
• Advérbios: sempre, já, agora, talvez, ali... 
 Exemplo: Eles sempre se deram muito bem. 
 
Obs.: Se houver vírgula depois do advérbio, deve-se usar ênclise e não próclise. (Agora, esquecem-se 
dos amigos.) 
 
• Pronomes relativos: que, quem, qual, cujo... 
 Exemplo: Essas são as pessoas que me ajudaram. 
• Pronomes indefinidos: tudo, nada, ninguém, alguém... 
 Exemplo: Alguém o encontrou no cinema. 
• Pronomes demonstrativos: este, esta, aquele, isto, aquilo... 
 Exemplo: Isso me aborreceu muito. 
• Conjunções subordinativas: embora, quando, enquanto, se... 
 Exemplo: Quando o encontrar, dê-lhe o recado. 
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• Nas orações exclamativas e nas optativas (orações que exprimem um desejo). Os céus te 
protejam! Deus te guie! 
• Com a preposição em + gerúndio (terminação NDO). 
 Exemplo: Em se tratando de futebol, sou neutra. 
 
 
USO DA MESÓCLISE 
 
O pronome oblíquo só pode ficar em mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou do 
pretérito. 
 
Poder-se-ia dizer que ele era bom. 
(poderia = futuro do pretérito) 
 
Dar-lhe-ão outra oportunidade. 
(darão=futuro do presente) 
 
Obs.: Caso o verbo esteja no futuro, mas antes dele haja um fator de próclise, deve-se usar próclise e não 
mesóclise. 
 
Dar-te-ei meu apoio. / Não te darei meu apoio. 
 
 
 
USO DA ÊNCLISE 
 
O pronome é colocado após o verbo nas seguintes situações: 
• quando o verbo inicia a oração: Dei-lhe as instruções que me pediu. 
 
Obs.: Nas orações imperativas afirmativas: Meu amigo, esqueça-se desse fato. 
 
Observação importante: De acordo com a norma culta da Língua Portuguesa, nunca se inicia uma oração 
com um pronome oblíquo átono. 
Me espere amanhã cedo. (errado) 
Espere-me amanhã cedo. (correto) 
 
 
RECOMENDAÇÕES ORTOGRÁFICAS 
 
POR QUE, POR QUÊ, PORQUE, PORQUÊ 
 
Por que (razão, motivo). – usado em perguntas diretas e indiretas e no interior de frases, equivalendo a 
pelo qual e variações. Ex.: Por que o caso foi encerrado? Não sei por que (motivo) o caso foi encerrado. 
 
Por que = pelo qual. Ex.: As ruas por que (pelas quais) passamos estavam desertas. Os caminhos por que 
passei são abençoados. 
 
Por quê: (razão, motivo), seguido de ponto de interrogação ou ponto final. Ex.: Saí cedo e ninguém ignora 
por quê. Você está tenso. Por quê? 
 
Porque = (conjunção) – usado para dar causas e explicações. Ex.: O caso foi encerrado, porque não havia 
prova. 
 
Porquê = (substantivo), vem precedido de artigo ou outros modificadores. Ex.: Apresentou-me vários 
(muitos, seus, os) porquês e nenhum me convenceu. 
 
 
 
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ONDE - AONDE 
 
Aonde – usa-se com verbos que exigem a preposição (a). A que lugar (dinâmico). Ex.: Aonde chegarei sem 
sapato? Aonde vamos hoje à noite? 
 
Onde – usa-se com verbos que exigem a preposição (em). Em que lugar (estático). (poderia = futuro do 
pretérito). Ex.: Onde está seu sorriso? Onde pôs a linha azul? Onde nasceram os bebês? 
 
 
 
MAS, MAIS / MAU, MAL / SENÃO, SE NÃO / A FIM DE, AFIM DE 
 
Mas = porém, entretanto, todavia; más – ruins, feminino de maus; mais – antônimo de menos. Ex.: Saí, 
mas não me senti bem no meio de tanta gente. Que más companhias ela escolheu! Quanto mais rezo, 
mais aparece assombração. 
 
Mau = antônimo de bom; nos demais casos, mal. Que mau costume ela revelou! Mal me viram, puseram-se 
a correr. O mal de chagas foi transmitido pelo refresco (substantivo). Ele estava mal de saúde, mas estava 
tratando-se (advérbio). 
 
Se não = caso não, quando não; o não pode ser retirado. Nos demais casos, senão (a não ser, caso 
contrário, defeito, mas). Se não chegarmos a tempo, seremos impedidos de fazer o concurso. Todos, senão 
Pedro, apresentaram propostas interessantes (a não ser). Fique quieta, senão (caso contrário) vão 
descobrir que você não domina o assunto. O produto estava com bom preço porque apresentava um senão 
(defeito). Fiz isso não foi por falta de dignidade, senão por amor (mas). 
 
A fim de = com o fim de / afim de = que tem afinidade. Assinamos o contrato a fim de começarmos logo o 
programa. Elenice é prima afim de Pedro. 
 
Ao encontro de = significa estar a favor de, ter posição convergente, caminhar ao encontro de alguém. 
Exemplo: Éramos muito parecidos: suas idéias iam ao encontro das minhas. 
 
De encontro a = significa em sentido oposto a, ser contra, entrar em choque. Exemplo: Nunca nos 
entendemos: suas idéias iam de encontro às minhas. 
 
A par / ao par = é usado no sentido de estar bem informado, ter conhecimento. Só se usa ao par para 
indicar equivalência entre valores de câmbio. 
Exemplo: Todos estão a par dos acontecimentos. 
 O dólar está ao par do real. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS 
 
Homônimas são palavras que têm grafia ou pronúncia igual. Quando as palavras têm a mesma grafia, 
damos-lhe o nome de homógrafas. Ex.: leste (verbo – ê) / leste (ponto cardinal – é). Quando o som é igual, 
chamamos-lhe homófonas. Ex.: cartuxo (frade), cartucho (canudo). 
 
Parônimos são palavras que têm grafia e som parecido. Ex.: pleito (disputa), preito (homenagem). 
 
Absolver (descriminar) Absorver (sugar, assimilar) 
Acender (iluminar) Ascender (subir) 
Acento (sinal diacrítico) Assento (lugar para se sentar) 
Acerca de (sobre) Cerca de (perto de) 
Há cerca de (tempo aproximado passado) 
Acessório (não essencial) Assessório (relativo a assessor) 
Afear (tornar feio) Afiar (pôr corte) 
Afim de (que tem afinidade) A fim de (com o fim de) 
Aonde (onde com a preposição a exigida 
pelo verbo) 
Onde (o verbo exige a preposição em) 
Apreçar (pôr preço) Apressar (pôr pressa) 
Arrear (pôr os arreios) Arriar (descer) 
Apreço (consideração) Apresso (verbo apressar) 
À-toa (insignificante) À toa (a esmo) 
Bem – vindo (saudação) Benvindo (nome próprio) 
Brocha (preguinho) Broxa (pincel) 
Bucho (estômago de animais) Buxo (arbusto) 
Caçar (capturar) Cassar (fazer cessar o mandato) 
Cadafalso (patíbulo) Catafalco (estrado para pôr o caixão) 
Cartucho (canudo) Cartuxo (ordem religiosa) 
Cavaleiro (que monta a cavalo) Cavalheiro (homem elegante) 
Cela (compartimento) Sela (arreio) 
Censo (recenseamento) Senso (juízo) 
Cerrar (fechar) Serrar (cortar) 
Cervo (veado) Servo (criado) 
Cessão (ato de ceder) Seção ou secção (corte, departamento) 
Sessão (duração) 
Cesta (recipiente) Sesta (sono após o almoço) Sexta (ordinal 
correspondente ao numero 6) 
Chá (infusão) Xá (soberano da antiga Pérsia- hoje Iraque e Irã) 
Chalé (casa) Xale (agasalho) 
Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez) 
Comprimento (medida) Cumprimento (saudação; ato de cumprir) 
Conjetura (suposição) Conjuntura (situação) 
Concerto (harmonia musical) Conserto (reparo) 
Coser (costurar) Cozer (cozinhar) 
Decente (decoroso) Descente (que desce) 
Deferimento (consentimento) Diferimento (adiamento) 
Defeso (proibido) Defesso (cansado) 
Degradado (decadente) Degredado (exilado) 
Delatar (denunciar) Dilatar (aumentar) 
Descrição (retrato) Discrição (qualidade de quem é sóbrio, discreto) 
Descriminar (absolver) Discriminar (distinguir) 
Despensa (lugar para guardar 
mantimentos) 
Dispensa (ato de dispensar) 
Destinto (desbotado) Distinto(decoroso) 
Destratar (maltratar) Distratar (desfazer o trato) 
Devagar (lentamente) Divagar (sonhar) 
Discente (relativo a aluno, a discente) Docente (relativo a professor) 
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Emergir (erguer-se acima da água, 
aparecer) 
Imergir (mergulhar, desaparecer) 
Emigrar (sair de um país) Imigrar (entrar em um país) 
Eminente (ilustre) Iminente (prestes a acontecer – aqui não existe a 
oposição in/ex)) 
Espectador (que olha) Expectador (que está na expectativa) 
Esperto (inteligente) Experto (perito) 
Espiar (olhar de relance) Expiar (pagar) 
Estático (parado) Extático (arrebatado) 
Esterno (osso) Externo (fora); hesterno (relativo ao dia de ontem) 
Estrato (camada, nuvem) Extrato (que foi extraído) 
Flagrante (no ato) Fragrante (perfumado) 
Fluir (correr – água) Fruir (gozar) 
Fúsil (que pode ser fundido) fusível 
(dispositivo elétrico) 
Fuzil (arma) 
Incerto (não certo) Inserto (inserido) 
Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante) 
Inflação (inchação) Infração (transgressão) 
Infligir (aplicar) Infringir (cometer uma infração) 
Lactante (que amamenta) Lactente (que é amamentado) 
Malgrado (apesar de) Mau grado (má vontade) 
Mandado (ordem ou despacho) Mandato (delegação, procuração) 
Paço (corruptela de palácio) Passo (passada) 
Peão (que anda a pé) Pião (brinquedo) 
Pequenez (qualidade do que é pequeno) Pequinês (de Pequim) 
Plaga (lugar) Praga (calamidade, maldição) 
Pleito (disputa) Preito (homenagem) 
Posar (fazer pose) Pousar (descansar) 
Precedente (que vem antes) Procedente (proveniente) 
Prescrever (receitar, perde a validade) Proscrever (exilar) 
Ratificar (confirmar) Retificar (consertar) 
Reincidir (insistir) Rescindir (romper) 
Sobrescrever (escrever no envelope) Subscrever (assinar-se) 
Soar (produzir som) Suar (transpirar) 
Sustar (interromper, parar) Suster (amparar, sustentar) 
Tacha (prego) Taxa (imposto) 
Tenção (intento , plano) Tensão (rigidez) 
Vadear (atravessar a vau) Vadiar (flanar) 
Vultoso (de grande vulto, volumoso) Vultuoso (inchado – rosto) 
 
 
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FONTE DE CONSULTA 
 
Bibliografia: 
 
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. São Paulo, Ática, 2004. 
 
GRION, Laurinda. Dicas para uma boa Redação. São Paulo, Edicta,2004. 
 
LOPES, Marília. Revisão Gramatical. Santos, 1999. 
 
ROSA, Carlos José Morais. Erros de Português mais Freqüentes na Elaboração de Relatórios. São 
Paulo, 2000. 
 
ANDRADE Clarice. Gramática e Redação, CAP-Centro de Aperfeiçoamento em Português, São Paulo, 
2006. 
 
Internet: www.icms.usp.br-12/09/2006 
 www.gramaticaonline.com.br-19/09/2006 
 www.portrasdasletras.com.br- 20/09/2006 
 www.salves.com.br/virtua/comverbn-verb.html-27/09/2006
 
 
	JOAQUIM ELITON DELMONDES OSORIO 
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