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LÍNGUA PORTUGUESA, RESUMO - Verbos

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1
AULA 2 - VERBO 
Olá, amigos 
Hoje nossa aula vai tratar do “coração” da unidade oracional – o VERBO. Não é à toa 
que esse assunto vem logo após vermos os processos de formação das palavras e antes 
de qualquer outro. 
O verbo também fará parte das próximas aulas – concordância (nominal e verbal), 
regência (nominal e verbal) e até mesmo crase. 
Nesta aula, veremos a classificação dos verbos, sua forma de conjugação (que é um calo 
para muita gente), as flexões que o verbo pode sofrer (número, pessoa, tempo, modo e 
voz), a relação que os verbos têm em uma estrutura oracional e como manter essa 
relação harmônica, dentre tantas outras coisas. 
Bem, essa palavrinha é muito especial. O verbo não tem sintaticamente uma função que 
lhe seja privativa, pois, como veremos, o substantivo e o adjetivo também podem ser 
núcleos do predicado (veremos no módulo 10 - Termos da Oração). 
Sua única função na estrutura oracional é a de participar do predicado. 
CONSTRUÇÃO DOS VERBOS 
Todas as formas do verbo se irmanam pelo RADICAL, a parte invariável que lhes dá a 
base comum de significação. 
São aceitas as seguintes flexões: de número (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª ou 3ª), 
modo, tempo ou vozes. Celso Cunha identifica uma outra flexão: aspecto, que, em 
suas palavras, “manifesta o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa 
pelo verbo”, por exemplo: pontual (“acabo de chegar”) ou durativa (“fico a esperar”), 
contínua (“vou andando pelas ruas”) ou descontínua (“voltei a fumar”) etc. 
Em relação ao processo de formação, como vimos, ao radical junta-se a terminação: 
vogal temática (define as três conjugações), desinências modo-temporal e número-
pessoal. 
Alguns conceitos são importantes: 
Formas rizotônicas – o elemento de composição grego riz(o)- significa “raiz”. Assim, 
nas formas RIZOTÔNICAS, a sílaba tônica (a que fomos apresentados em nosso primeiro 
encontro) recai no radical. 
verbo RECLAMAR Î radical RECLAM Î eu reclamo 
Como a sílaba tônica recai no radical, essa forma chama-se rizotônica. 
Formas arrizotônicas - quando a sílaba tônica recai fora do radical. 
Verbo CONSERVAR Î radical CONSERV Î nós conservaremos 
Como a sílaba tônica recai fora do radical, essa forma chama-se arrizotônica. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
Os verbos classificam-se em regulares, irregulares, anômalos, defectivos e 
abundantes. 
1. REGULARES - conservam o mesmo radical. 
 
 
2
eu canto, tu cantas, nós cantávamos, eles cantariam, ele cantasse 
2. IRREGULARES - apresentam variação no radical ou nas desinências. 
SABER (eu sei, ele soube) PERDER (perco) FAZER (fiz, faço) 
Alguns autores consideram que alteração exclusivamente gráfica (PROTEGER – 
PROTEJO), em função da ortografia, não poderia levar à indicação de irregularidade 
verbal. Assim, segundo eles, são considerados irregulares somente os verbos que 
apresentam alteração GRÁFICA E FONÉTICA. Se não houver alteração fonética (como no 
exemplo: g/j), não se classifica como verbo irregular, sendo chamado por alguns 
autores de “aparentemente irregular”. 
3. ANÔMALO – são verbos irregulares que, por apresentarem profundas variações, 
recebem classificação autônoma. São só dois: SER e IR. 
Curiosidade: Esses dois verbos são idênticos na conjugação dos seguintes tempos: 
pretérito perfeito do indicativo (fui, foste, ...), pretérito mais-que-perfeito do indicativo 
(fora, foras...), pretérito imperfeito do subjuntivo (fosse, fosses...) e futuro do 
subjuntivo (for, fores...). Só dá para identificar se está sendo usado um ou outro a partir 
do contexto. 
4. ABUNDANTE - apresentam duas ou três formas em certos tempos, modos, pessoas 
ou particípio. Por exemplo, no imperativo afirmativo, os verbos terminados em –zer, 
como o verbo fazer, na 2ª pessoa do singular, aceitam duas formas – faze e faz. 
5. DEFECTIVOS - apresentam defeito, ou seja, não se conjugam em todas as formas 
(tempo, pessoas, modos). 
Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação do 
PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do Subjuntivo e 
Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe no passado nem no 
futuro. Por isso, mesmo defectivo, o verbo poderá ser conjugado inteiramente nos 
outros tempos e modos verbais, como, por exemplo, no Pretérito do Perfeito do 
Indicativo, no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc. 
Há dois tipos de defeitos: 
1º) o verbo não possui a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir, 
delinqüir); 
2º) o verbo só apresenta as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar, 
reaver). 
Alguns autores definem como defectivos também os verbos que, de acordo com o seu 
emprego, só podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência), 
DOER (no sentido de “sentir dor” - alguma coisa dói) e os unipessoais, que representam 
vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados no sentido original 
(sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto é o sentido conotativo, 
também chamado de figurado, quando a palavra é usada em um significado diferente do 
original). 
FLEXÕES DOS VERBOS 
NÚMERO 
Como as outras palavras variáveis, o verbo admite dois números: o singular e o plural. 
Dizemos que um verbo está no singular quando ele se refere a uma só pessoa ou coisa 
e, no plural, quando tem por sujeito mais de uma pessoa ou coisa. 
 
 
3
PESSOA 
É a variação de forma que indica a pessoa do discurso a que se refere a ação verbal. 
1ª pessoa - aquela que fala. Corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós 
(plural). 
2ª pessoa - aquela a quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais tu (singular) e 
vós (plural). 
3ª pessoa - aquela de quem se fala. Corresponde aos pronomes pessoais ele/ela 
(singular) e eles/elas (plural). 
MODO, TEMPO e VOZES 
Essas modalidades de flexão merecem uma análise mais aprofundada. 
MODOS E TEMPOS VERBAIS 
A classificação dos verbos nos MODOS VERBAIS depende da relação que o falante tem 
com aquilo que enuncia – se constata um fato (indicativo); se apresenta uma hipótese, 
uma suposição (subjuntivo); se faz um pedido ou dá uma ordem (imperativo). 
Em outras palavras, depende do modo com que enuncia a ação verbal (percebeu? 
“modo” verbal). São três modos verbais: 
ƒ INDICATIVO - como sugere o nome, indica um fato real, que pode pertencer ao 
presente, ao passado ou ao futuro. 
ƒ SUBJUNTIVO - enuncia um fato hipotético, duvidoso, provável ou possível. 
ƒ IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo, convite. 
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da certeza, o 
SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável, hipotético, possível, sem a 
certeza apresentada pelo modo indicativo. O modo SUBJUNTIVO também é bastante 
usado com determinadas conjunções (embora, caso, que etc.) 
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo. O sujeito vai à farmácia e diz ao 
balconista: 
Eu quero um remédio que acaba com a minha dor de cabeça. 
Eu quero um remédio que acabe com a minha dor de cabeça. 
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que vai pedir e produzir resultado. 
Já teve dor de cabeça outras vezes e sabe qual o remédio que surte efeito. O fato situa-
se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO. 
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir efeito. 
Certamente está pedindo uma indicação ao balconista. O resultado que o remédio trará 
(acabar com a dor de cabeça) ainda está no plano da hipótese. Por isso, está no modo 
SUBJUNTIVO. 
IMPERATIVO 
Sobre a conjugação no imperativo, em vez de memorizar várias regras, vamos guardar 
apenas a exceção. 
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do subjuntivo. São 
conjugados pelo presente do subjuntivoos verbos em todas as pessoas (2ª do singular e 
do plural, 3ª do singular e do plural e 1ª do plural) no imperativo negativo, e nas 3ª 
 
 
4
pessoas (singular e plural) e 1ª pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a 
regra. 
1 - Venha para a Caixa você também Î 3ª pessoa do singular (O comercial estava 
errado e você não vai nem acreditar: uma banca examinadora explorou exatamente 
esse fato em prova!!! Veremos nos exercícios de fixação.). 
2 - Não nos deixeis cair em tentação Î 2ª pessoa do plural (Ao se dirigir ao Pai, usa-se 
vós.) 
Agora veremos a exceção, que deve ser memorizada por ser em menor número. 
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo afirmativo. 
Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s” final. 
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural) buscam a 
conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o restante tem origem no 
presente do subjuntivo. 
Exemplo: 
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é a redução 
do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] = dize). Esse verbo, 
aliás, é abundante. Aceita as formas “dize” e “diz”, no imperativo afirmativo. 
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a conjugação no 
presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis), sem o “s”. 
Os quadros abaixo resumem as conjugações dos verbos no modo imperativo. 
PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
 IMPERATIVO 
NEGATIVO 
eu fale - 
tu fales Î não fales (tu) 
ele fale Î não fale (você) (*) 
nós falemos Î não falemos (nós) 
vós faleis Î não faleis (vós) 
eles falem Î não falem (vocês) (*) 
 
PRESENTE DO 
INCATIVO 
 IMPERATIVO 
AFIRMATIVO 
 PRESENTE DO 
SUBJUNTIVO 
eu falo - eu fale 
tu falas Î fala (tu) tu fales 
ele fala fale (você) (*) Í ele fale 
nós falamos falemos (nós) Í nós falemos 
vós falais Î falai (vós) vós faleis 
eles falam falem (vocês) (*) Í eles falem 
 
(*) Como o imperativo é o modo em que se determina ou pede algo à pessoa a quem 
se dirige (2ª pessoa), as terceiras pessoas se referem a “você / vocês”, e não a eles (3ª 
pessoa). 
 
5
 
Os TEMPOS VERBAIS têm a função de indicar o momento em que são enunciados os 
fatos. 
No modo INDICATIVO, os tempos são: 
ƒ PRESENTE 
– fato ocorre no momento em que se fala (Ouço ruídos na cozinha.); 
- fato que é comum de ocorrer (Eu morro de inveja dele. / Chove todos os dias 
em Belém.); 
- apresenta um princípio, um conceito ou um dado (Todos os anos, muitas 
crianças morrem de desnutrição no Brasil.) 
ƒ PRETÉRITO PERFEITO 
– fato ocorrido e perfeitamente concluído antes do momento em que se fala 
(Todos souberam do assassinato de Celso Daniel.) 
ƒ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO 
– denota repetição de um ato ou sua continuidade, com início no passado, 
chegando ao momento presente, em que falamos (Eu tenho cometido muitos 
erros na escolha dos meus namorados. / Eu tenho lutado contra vários 
preconceitos.); 
ƒ PRETÉRITO IMPERFEITO 
– fato realizado e não concluído ou que apresenta certa duração (Ele buscava 
a perfeição antes de morrer./ O tempo corria sem que ninguém notasse.); 
– indica, entre ações simultâneas, a que ocorria no momento em que 
sobreveio a outra (Ele andava pela rua quando foi abordado pelos ladrões.); 
– denota ação passada habitual ou repetida (imperfeito freqüentativo) (Sempre 
que eu chegava, ela saía do recinto.) 
ƒ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO 
– fato realizado antes de outro fato também no passado (Antes de sua morte, 
ele pedira o perdão aos filhos.) 
ƒ PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO 
– forma mais comum de expressar o fato realizado antes de outro fato 
também no passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.) 
ƒ FUTURO DO PRESENTE 
– fato posterior certo de ocorrer no futuro (Doarei todo o material de estudo 
após a minha aprovação.); 
– afirmação de valor categórico (De todas as mulheres do mundo, você será a 
mais bela – o que se afirma é que “certamente você é a mais bela”). 
ƒ FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO 
– denota futura ocorrência de um fato que se iniciou no presente (Até o 
próximo ano, terei acumulado quase um milhão de reais em dívidas.) 
 
 
6
- indica uma ação futura que estará consumada antes de outra também no 
futuro (Amanhã, quando você chegar, eu já terei assinado o contrato.) 
- denota incerteza sobre fatos passados (Terá João sabido da traição?) 
 
ƒ FUTURO DO PRETÉRITO 
– fato posterior a um fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o 
nosso amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO PASSADO].); 
– fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua casa, mas tive um problema.); 
– pode denotar incerteza (“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”) 
– hipótese relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro 
[CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) 
– polidez (“Você poderia me passar o sal?”). 
ƒ FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO 
– o mesmo que o Futuro do Pretérito com relação aos três primeiros 
aspectos. 
 
FORMAS NOMINAIS 
Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que também podem 
ser empregadas nas funções próprias de adjetivos, substantivos ou advérbios. São elas: 
INFINITIVO, GERÚNDIO E PARTICÍPIO. 
INFINITIVO: 
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo) 
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo) 
Causa-me agonia o seu ranger de dentes. (substantivo) 
Precisamos colocar óleo na porta que está a ranger.(verbo) 
O infinitivo divide-se em impessoal e pessoal. 
O infinitivo impessoal não tem sujeito (pessoa) e, por isso, não se flexiona. É usado em 
sentido genérico (“o ato de”). 
Amar se aprende amando. 
Já o infinitivo pessoal tem sujeito e pode flexionar-se ou não. Os casos em que o 
infinitivo pode, deve ou não pode se flexionar será objeto de estudo na aula sobre 
CONCORDÂNCIA. 
GERÚNDIO: 
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia. (verbo) 
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado (advérbio de condição = 
“Caso persistam os sintomas...”) 
 
 
 
7
PARTICÍPIO: 
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo) 
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo) 
 
O particípio tem grande importância na construção de LOCUÇÕES VERBAIS. 
Emprega-se com os auxiliares TER e HAVER para a formação de tempos compostos 
(“Temos feito grande progresso.”, “Nunca havia visitado este lugar antes.”), com o 
verbo SER para formar os tempos da voz passiva de ação (“O trabalho foi feito por 
todos nós.”) e com o verbo ESTAR nos tempos de voz passiva de estado (“Estou 
chocada com essa notícia.”). 
No particípio, a maior parte dos verbos só apresenta a forma regular (terminadas por 
“ado” / “ido”). Contudo, existem algumas exceções: alguns verbos apresentam mais de 
uma forma: a regular (“ado” / “ido”), usada com os verbos ter e haver (tempo 
composto) e a irregular, ligada aos verbos ser e estar (voz passiva). 
Dentre os irregulares, estão: 
¾ ACEITAR – (ter/haver) aceitado; (ser/estar) aceito 
¾ ELEGER – (ter/haver) elegido; (ser/estar) eleito 
¾ ENTREGAR - (ter/haver) entregado; (ser/estar) entregue 
¾ IMPRIMIR - (ter/haver) imprimido; (ser/estar) impresso 
¾ SALVAR – (ter/haver) salvado; (ser/estar) salvo 
¾ SUSPENDIDO – (ter/haver) suspendido; (ser/estar) suspenso 
Outras curiosidades: 
• Apresentam somente a forma irregular do particípio os verbos abrir (aberto), 
cobrir (coberto), dizer (dito), escrever (escrito), fazer (feito), pôr (posto), ver 
(visto), vir (vindo) e seus derivados. 
Observe que, neste último (vir), a forma participial é igual ao gerúndio, o mesmo 
ocorrendo com os verbos dele derivados (intervir– intervindo). Essa 
peculiaridade costuma ser objeto de questões de prova. 
ƒ Alguns verbos aceitam ambas as formas (regular e irregular) para qualquer dois 
verbos auxiliares – ou seja, não tem como errar - com qualquer verbo auxiliar 
pode-se usar qualquer forma participial. Segundo a maioria dos gramáticos, são 
quatro os verbos: pagar, pegar, ganhar e gastar (para memorizá-las, imagine 
a seguinte situação: no dia do pagamento, você ganha o salário e, no 
supermercado, pega o produto, paga por ele e gasta o dinheiro – gostou do 
método mnemônico?). 
ƒ O particípio do verbo CHEGAR é um só – o regular CHEGADO. A forma “chego” é 
a conjugação de 1ª pessoa do singular do presente do indicativo (“Eu chego”). 
Não existe a forma de particípio irregular para esse verbo. Então: “Eu tinha 
chegado ao escritório bem cedo.”. 
 
 
 
 
 
8
C O N J U G A Ç Ã O V E R B A L 
Para ajudar a resolver questões de conjugação verbal, uma boa dica é a técnica do 
PARADIGMA. 
Como funciona isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo 
regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu dia-a-dia), 
basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR – 1ª conjugação, BEBER 
– 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação). 
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”, “er” ou “ir” 
do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as desinências, que são 
idênticas nos demais verbos regulares de mesma conjugação: 
Por exemplo: 
CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.): 
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???) 
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???) 
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos “paradigmas”. 
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo 
Falar Eu falo (que) eu fale 
Consumar Eu consumo (que) eu consume 
Partir Eu parto (que) eu parta 
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma 
Se o verbo for irregular, ou seja, apresenta alteração no radical em determinadas 
conjugações, procure outro verbo, também irregular, de mesma construção. 
Por exemplo: COMPETIR (3ª conjugação) – Eu comp.... (???) 
Esse verbo é irregular, ou seja, não mantém o radical nas conjugações. Normalmente 
não conjugamos esse verbo (pelo menos, não com convicção) fora de uma locução 
verbal. Mas usamos bastante outro verbo de idêntica estrutura. Já sabe qual é??? 
REPETIR. Então, como fica a conjugação desse paradigma? 
Eu repito Î Eu compito 
E “ADERIR”? Como você conjugaria a primeira pessoa do singular do Presente do 
Indicativo? Está com dúvida? Busque um paradigma. Aceito sugestões.... Lembrou de 
algum? Eu conheço um – FERIR. Como fica a conjugação do paradigma? 
Eu firo Î Eu adiro 
 
 
 
 
 
9
A título de exemplo, observe o seguinte item de uma questão de prova da ESAF 
(TCU/2002): 
O fato do patrimônio gerar empregos e receitas por meio do turismo não abule o 
paradoxo de que nativos e visitantes se distanciam do fenômeno cultural tanto quanto 
pessoas que, longe daquelas paragens, pouco valor atribuem a heranças destituídas de 
familiaridade. 
Essa opção está errada. Você percebeu qual é o erro? O que significa “abule”? O 
contexto indica tratar-se do verbo ABOLIR. 
Se não tivermos certeza da conjugação desse verbo, vamos fazer o quê??? Buscamos o 
paradigma. 
Um verbo que apresenta a mesma forma de conjugação é o verbo ENGOLIR. Na 
passagem, o verbo “abolir” está na terceira pessoa do singular, no presente do 
indicativo (“O fato ... não abule...”). O verbo “engolir” ficaria “Ele engole”. Logo, a 
conjugação correta é abole (“O fato ... não abole...”). 
IMPORTANTE: Guarde esse dica do PARADIGMA. Ela pode ser de grande valia em uma 
questão de prova. 
LOCUÇÕES VERBAIS 
Sempre que se fala “locução”, significa “mais de uma palavra” formando uma unidade. 
Assim, em locuções verbais, mais de um verbo (ligados ou não por uma preposição) 
formam um conjunto. 
Formam-se locuções verbais em: 
ƒ tempos compostos, com os verbos auxiliares TER e HAVER; 
ƒ construções de voz passiva, principalmente com os verbos auxiliares SER e 
ESTAR; 
ƒ construções com auxiliares modais, que determinam com mais rigor o modo 
como se realiza – ou deixa de se realizar - a ação verbal. Expressam 
circunstâncias de: início ou fim (comecei a estudar, acabei de acordar), 
continuidade (vai andando), obrigação (tive de entregar), possibilidade 
(posso escrever), dúvida (parece gostar), tentativa (procura entender) e outras 
tantas. 
Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o empregado (ou 
você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal, quem exerce a função de 
“chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só mandando, e o pobre do auxiliar se 
flexiona de acordo com as suas ordens. 
TEMPO COMPOSTO 
É o tempo constituído por um verbo auxiliar flexionado, seguido do verbo principal no 
particípio. Forma-se com os auxiliares TER e HAVER. Para simplificar, usamos nos 
exemplos somente o verbo auxiliar TER. 
 
 
 
 
 
10
1) Modo Indicativo 
TEMPO VERBAL EXEMPLO 
presente falo bebo parto 
simples falei bebi parti 
perfeito 
composto tenho falado tenho bebido tenho partido 
imperfeito simples falava bebia partia 
mais-que-perfeito simples falara bebera partira 
pretérito 
 composto tinha falado tinha bebido tinha partido 
simples falarei beberei partirei 
do presente 
composto terei falado terei bebido terei partido 
simples falaria beberia partiria 
futuro 
do pretérito 
composto teria falado teria bebido teria partido 
 
VEJA SÓ: 
Os tempos PRESENTE e PRETÉRITO IMPERFEITO não se subdividem, ou seja, só 
apresentam a forma verbal simples. 
Salvo nos futuros, em que os auxiliares ficam nos tempos correspondentes, os auxiliares 
dos demais tempos verbais compostos buscam a conjugação do tempo imediatamente 
anterior (segundo a ordem apresentada no nosso quadro): 
- no PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no presente do indicativo: 
tenho falado 
- no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO, o auxiliar fica no pretérito 
imperfeito do indicativo: tinha falado 
 
2) Modo Subjuntivo 
TEMPO VERBAL EXEMPLO 
presente fale beba parta 
pretérito perfeito composto tenha falado tenha bebido tenha partido 
 imperfeito falasse bebesse partisse 
 mais-que-perfeito composto tivesse falado tivesse bebido tivesse partido 
simples falar beber partir 
futuro 
composto tiver falado tiver bebido tiver partido 
 
No subjuntivo, assim como ocorre no modo indicativo, os tempos PRESENTE e 
PRETÉRITO IMPERFEITO não se subdividem. Só apresentam a forma simples. 
 
11
Agora, surgem outros dois tempos compostos – PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO e 
PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO. 
. 
Salvo no caso do futuro composto, em que o auxiliar também se apresenta no futuro do 
subjuntivo, os auxiliares dos tempos compostos buscam o tempo verbal imediatamente 
anterior. Ou seja, o raciocínio em relação à conjugação do auxiliar é o mesmo, só os 
nomes dos tempos verbais se modificam 
- no pretérito perfeito composto, o auxiliar fica no presente do subjuntivo: tenha 
falado; 
- no pretérito mais-que-perfeito composto, o auxiliar fica no pretérito imperfeito do 
subjuntivo: tivesse falado. 
 
 O quadro a seguir visa facilitar a compreensão e memorização das conjugações 
dos verbos regulares. 
 
Trata-se de um quadro resumo com todas as desinências regulares dos tempos 
simples. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12
MODOS 
INDICATIVO SUBJUNTIVO 
Tempos 
1ª2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 
Presente 
o 
as 
a 
amos 
ais 
am 
o 
es 
e 
emos 
eis 
em 
o 
es 
e 
imos 
is 
em 
e 
es 
e 
emos 
eis 
em 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
Pret. 
Imperfeito 
ava 
avas 
ava 
ávamos 
áveis 
avam 
ia 
ias 
ia 
íamos 
íeis 
iam 
ia 
ias 
ia 
íamos 
íeis 
iam 
asse 
asses 
asse 
ássemos 
ásseis 
assem 
esse 
esses 
esse 
êssemos 
êsseis 
essem 
isse 
isses 
isse 
íssemos 
ísseis 
issem 
Pret. 
Perfeito 
ei 
aste 
ou 
amos 
astes 
aram 
i 
este 
eu 
emos 
estes 
eram 
i 
iste 
iu 
imos 
istes 
iram 
***** ***** ***** 
Pret.mais-
que-
perfeito 
ara 
aras 
ara 
áramos 
áreis 
aram 
era 
eras 
era 
êramos 
êreis 
eram 
ira 
iras 
ira 
íramos 
íreis 
iram 
***** ***** ***** 
Futuro do 
presente 
arei 
arás 
ará 
aremos 
areis 
arão 
erei 
erás 
erá 
eremos 
éreis 
erão 
irei 
irás 
irá 
iremos 
ireis 
irã 
ar 
ares 
ar 
armos 
ardes 
arem 
er 
eres 
er 
ermos 
erdes 
erem 
ir 
ires 
ir 
irmos 
irdes 
irem 
Futuro do 
pretérito 
aria 
arias 
aria 
aríamos 
aríeis 
ariam 
eria 
erias 
eria 
eríamos 
eríeis 
eriam 
iria 
irias 
iria 
iríamos 
iríeis 
iriam 
***** ***** ***** 
IMPERATIVO 
AFIRMATIVO NEGATIVO 
e 
a 
e 
emos 
ai 
em 
a 
e 
a 
amos 
ai 
am 
a 
e 
a 
amos 
i 
am 
e 
es 
e 
emos 
eis 
em 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
a 
as 
a 
amos 
ais 
am 
 
 
13
DERIVAÇÃO VERBAL 
Você já deve ter se deparado com dúvidas como: em “quando eu ..... o professor, 
passarei o seu recado”, devemos usar “ver” ou “vir”? 
Para compreendermos a conjugação de alguns verbos, principalmente dos irregulares, é 
necessário conhecer a formação de alguns tempos derivados. 
Abaixo, segue um quadro com a indicação das formas primitivas e das derivadas. 
Salvo algumas poucas exceções (como o verbo SER, SABER e outros), basta que se 
mantenha o radical das formas primitivas e a ele se acrescentem as desinências 
correspondentes. 
 
 
 
FORMA PRIMITIVA FORMAS DERIVADAS 
VERBO VER 
presente do 
indicativo 
1ª pessoa do 
singular 
eu vejo Î 
presente 
do 
subjuntivo 
eu veja 
tu vejas 
ele veja 
nós vejamos 
vós vejais 
eles vejam 
presente do 
subjuntivo 
eu veja 
tu vejas 
ele veja 
nós vejamos 
vós vejais 
eles vejam 
Î imperativo 
negativo 
- 
não veja (tu) 
não vejas (você) 
não vejamos (nós) 
não vejais (vós) 
não vejam (vocês) 
Î 
pretérito 
mais-que-
perfeito 
do 
indicativo 
eu vira 
tu viras 
ele vira 
nós víramos 
vós víreis 
eles viram 
pret. perfeito do 
indicativo 
3ª pessoa do 
plural 
eles viram 
Î 
pretérito 
imperfeito 
do 
subjuntivo 
eu visse 
tu visses 
ele visse 
nós víssemos 
vós vísseis 
eles vissem 
 
 
14
 
Î 
futuro do 
subjuntivo 
eu vir 
tu vires 
ele vir 
nós virmos 
vós virdes 
eles virem 
 
VERBO CABER 
Infinitivo 
impessoal 
caber 
Î 
Futuro do 
presente 
do 
indicativo 
caberei 
caberás 
caberá 
caberemos 
cabereis 
caberão 
 
 
Futuro do 
pretérito 
do 
indicativo 
caberia 
caberias 
caberia 
caberíamos 
caberíeis 
caberiam 
 
 
Infinito 
pessoal 
Caber 
Caberes 
Caber 
Cabermos 
Caberdes 
caberem 
 Gerúndio cabendo 
 
 
Partícipio Cabido (nos verbos de 
2ª.conjugação, a vogal temática 
passou de “e” para “i”, por 
influência da vogal temática da 
3ª.conjugação - IR) 
Agora, experimente com outros verbos irregulares, como os verbos trazer, vir, fazer, 
pedir, caber e outros. 
TRAZER – TRAGO Î TRAGA 
TROUXERAM Î TROUXERA /TROUXESSE /TROUXER 
VIR - VEJO Î VEJA 
VIERAM Î VIERA /VIESSE / VIER 
FAZER - FAÇO Î FAÇA 
 FIZERAM Î FIZERA / FIZESSE / FIZER 
PEDIR - PEÇO Î PEÇA 
 
15
 PEDIRAM Î PEDIRA / PEDISSE / PEDIR 
CABER - CAIBO Î CAIBA 
 COUBERAM Î COUBERA / COUBESSE / COUBER 
 
CUIDADO COM A CONJUGAÇÃO DE ALGUNS VERBOS!!! 
VERBOS PERIGOSOS 
- REQUERER - não é derivado do QUERER. No presente do indicativo: requeiro, 
requeres, requer... e no presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira... 
Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. 
- PRECAVER-SE - não é derivado do VER. É defectivo. No presente do indicativo, só se 
conjuga nas 1ª e 2ª pessoas do plural: precavemos, precaveis. Conseqüentemente, 
por não haver a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo, não há presente do 
subjuntivo. Os demais tempos seguem o modelo do paradigma BEBER. 
- REAVER - É derivado do HAVER, mas só se conjuga quando houver a letra V na 
conjugação do “haver”. Assim, no presente do indicativo, só existem as formas da 1ª e 
2ª pessoas do plural: reavemos, reaveis. Como não possui a 1ª pessoa do singular do 
presente do indicativo, não apresenta presente do subjuntivo. 
No pretérito perfeito, conjuga-se: reouve, reouveste, reouve, reouvemos, 
reouvestes, reouveram 
- PROVER - Não é derivado do VER, apesar de coincidir na 1ª pessoa do singular do 
presente do indicativo e do subjuntivo. 
Pres.indicativo: provejo, provês, provê,... 
Pres.subjuntivo: proveja, provejas, proveja,... 
Pret. perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram 
- VIGER – É defectivo. Não possui, no pres.indicativo, a 1ª pessoa do singular. Logo, 
não há Pres.Subjuntivo nem Imperativo. Nas demais, conjuga-se como BEBER. 
 
Vamos analisar outras conjugações especiais. 
1. VERBOS TERMINADOS EM HIATO: 
–UIR, exceto no caso dos defectivos (verbos que não possuem todas as formas de 
conjugação, como ruir), os verbos terminados em –UIR apresentam duas formas de 
conjugação: 
1ª) O paradigma será POSSUIR (o radical é possu) – De acordo com esta regra, 
classificam-se praticamente todos os verbos com essa terminação. Nas 2ª e 3ª do 
singular trocam a letra ‘e’ da conjugação regular (como em ‘partir’) pela letra ‘i’. 
Mantêm as demais conjugações inalteradas em relação à conjugação do verbo 
paradigma ‘partir’: possuo, possuis, possui, possuímos, possuís, possuem. 
Dessa forma, conjugam verbos como OBSTRUIR, AFLUIR, INFLUIR, ANUIR, ARGUIR 
(respeitada a acentuação), CONCLUIR, DISTRIBUIR, INCLUIR 
2ª) CONSTRUIR (o radical é constru) e DESTRUIR (o radical é destru)– São verbos 
abundantes. Além da forma regular de conjugação (igual à do verbo POSSUIR: construo, 
 
 
16
construis, construi, construímos, construís, construem), mais comum em Portugal, 
apresenta também a conjugação irregular, bastante usada no Brasil, em que as 2ª e 3ª 
pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo aberto “ói": construo, 
constróis, constrói, construimos, construís, constroem, da mesma forma que os 
verbos terminados em -OER. 
 
–OER: As 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo formam o ditongo 
aberto ‘ói’. As demais pessoas, em todos os outros tempos verbais seguem o paradigma 
‘beber’, respeitadas as devidas acentuações tônicas. 
Na hora de escolher um exemplo, lembrem que DOER (sentir dor) e SOER (costumar, 
ter hábito de) são defectivos e só se conjugam nas terceiras pessoas. 
Exemplos: MOER (o radical é MO-): môo, móis, mói, moemos, moeis, moem 
 
–EAR: recebem a letra ‘i’ nas formas rizotônicas (sílaba tônica no radical). Nas demais, 
segue o paradigma ‘falar’. Exemplo: pentear (radical PENTE-). 
A sílaba tônica foi sublinhada. 
Pres.indicativo - penteio, penteia, penteia, penteamos, penteais, penteiam 
Pres.subjuntivo – penteie, penteies, penteie, penteemos, penteeis, penteiem 
Pret.perfeito: penteei, penteaste, penteou, penteamos, penteastes, pentearam 
 
–IAR: os verbos dessa terminação são regulares, ou seja, seguem a conjugação do 
paradigma ‘falar’. Exemplos:ADIAR (radical ADI-) – Pres.Indicativo: adio, adias, adia, adiamos, adiais, adiam 
VARIAR (radical VARI-) - Pres.Indic.: vario, varias, varia, variamos, variais, variam 
Dessa mesma forma, conjugam-se os verbos ARRIAR, MAQUIAR, VICIAR. 
Por isso, nada de “VAREIA”, senão “VICEIA”!!! Como vimos, esses verbos são 
REGULARES. 
Mas, então, por que será que tanta gente se engana? Porque ocorre uma 
“contaminação” com os verbos terminados em “EAR”, como “pentear”, apresentado 
acima. 
No entanto, há cinco verbos terminados em -IAR que recebem a letra ‘e’ nas formas 
rizotônicas (formas em que a sílaba tônica recai no radical), como no presente do 
indicativo e presente do subjuntivo. Suas iniciais formam o anagrama M-A-R-I-O: 
Mediar (e derivados, como intermediar), Ansiar, Remediar, Incendiar, Odiar 
Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos, intermediais, 
intermedeiam 
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum deles. 
2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA – DESAGUAR, ENXAGUAR - mantém a 
acentuação de água na conjugação. 
Pres.indicativo: deságuo, deságuas, deságuas, desaguamos, desaguais, deságuam 
 
17
Pres.subjuntivo: deságüe, deságües, deságüe, desagüemos, desagüeis, deságüem 
No presente do subjuntivo, como o “u” é pronunciado de forma fraca (átona), recebe o 
trema. 
3. AVERIGUAR, APAZIGUAR - Não seguem a regra dos “derivados” de água. Têm a 
acentuação tônica nas formas rizotônicas (no radical). 
O radical de averiguar é [averigu-] e segue o paradigma “falar”, ressalvada a 
acentuação gráfica (especialmente no Pres.Subjuntivo). 
Pres.indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam 
Pres.subjuntivo: averigúe, averigúes, averigúe, averigüemos, averigüeis, averigúem 
Antes da vogal “e”, quando o “u” é pronunciado sem intensidade, recebe trema; com 
intensidade, leva acento agudo. 
 
VOZES DO VERBO 
Voz ativa 
Sujeito pratica a ação expressa pelo verbo: sujeito agente (ativo). 
O presidente decretou a reforma econômica. 
Voz passiva 
O verbo principal deve ser transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Sujeito recebe 
(sofre) a ação expressa pelo verbo: sujeito paciente (passivo). A voz passiva pode ser: 
a) Analítica: (análise é uma coisa demorada, longa, comprida...) É construída com 
verbo auxiliar (ser, estar) + particípio do verbo principal. 
Por ser “longa” (analítica), possui locução verbal (que pode ser formada com dois ou até 
mesmo três verbos) e pode apresentar o agente da passiva, elemento que efetivamente 
pratica a ação verbal. Você notou como essa construção é grande?! Basta comparar com 
a seguinte – a voz passiva sintética. 
A reforma econômica foi decretada pelo presidente. 
b) Sintética: (síntese é uma coisa breve, resumida) É construída com verbo principal + 
SE (pronome apassivador ou partícula apassivadora). 
Note que essa construção é tão resumida que emprega somente UM verbo e dispensa o 
agente da passiva. 
Decretou-se a reforma econômica. 
Como veremos na aula de concordância, são muitas as questões de prova que exploram 
a concordância verbal em voz passiva sintética. 
Voz reflexiva 
Construída com o verbo e um pronome reflexivo. O sujeito é agente e paciente ao 
mesmo tempo. 
A jovem vaidosa olhava-se no espelho a todo momento. 
Voz recíproca (destaque feito por Evanildo Bechara) 
 
 
18
Construída com verbo e um pronome recíproco. Os sujeitos são agentes e pacientes, ao 
mesmo tempo. 
Mãe e filho fitavam-se carinhosamente. 
TRANSPOSIÇÃO DE VOZES VERBAIS 
São muitas as questões de provas que abordam a transposição da voz ativa para a 
passiva, ou vice-versa. 
Por isso, vamos verificar o procedimento necessário para essa transformação. 
O termo que exercia a função sintática de objeto direto na voz ativa será o sujeito 
da voz passiva. 
No lugar de um verbo (ou uma locução verbal), teremos uma locução verbal com idéia 
de passividade (inclusão do verbo SER/ESTAR). 
O elemento que exercia a função de sujeito da voz ativa será, na voz passiva analítica, 
o agente da passiva. 
Não há alteração nos demais complementos, como objeto direto, predicativo do objeto 
ou complementos adverbiais, que continuarão a exercer as mesmas funções. 
Veja o esquema abaixo: 
O professor deu o livro ao aluno. 
VOZ ATIVA SUJEITO 
(AGENTE) 
VERBO OBJETO 
DIRETO 
OBJETO 
INDIRETO 
 
 
 
 
O livro foi dado pelo professor ao aluno. VOZ 
PASSIVA 
ANALÍTICA SUJEITO 
(PACIENTE) 
LOCUÇÃO 
VERBAL 
AGENTE DA 
PASSIVA 
OBJETO 
INDIRETO 
O livro deu-se - ao aluno. VOZ 
PASSIVA 
SINTÉTICA Na passiva analítica, normalmente o verbo antecede o sujeito, 
formando: Deu-se o livro ao aluno. 
 
Cuidados que devem ser tomados na transposição: 
- identificar corretamente o objeto direto da voz ativa, elemento que exercerá a função 
de sujeito da voz passiva e com o qual o verbo irá concordar; 
- realizar a concordância verbal corretamente; 
- manter a conjugação do verbo auxiliar da locução passiva no mesmo tempo e modo 
do verbo apresentado na voz ativa. 
Veja, agora, uma questão de prova em que a ESAF explorou brilhantemente esse 
assunto: 
 
 
 
19
(ESAF / ACE / 2002) 
Entre os males que afligem a sociedade brasileira o contrabando é, sem dúvida, um dos 
mais sérios, sobretudo porque dele decorrem inúmeros outros. Observa-se, no dia-a-dia, 
que o contrabando já faz parte da rotina das cidades, tanto nas atividades informais 
quanto no suprimento da rede formal de comércio, tomando o lugar de produtos 
legalmente comercializados. Os altos lucros que essas atividades ilícitas proporcionam, 
aliados ao baixo risco a que estão sujeitas, favorecem e intensificam a formação de 
verdadeiras quadrilhas, até mesmo com participação de empresas estrangeiras. São 
organizações de caráter empresarial, estruturadas para promover tais práticas nos mais 
variados ramos de atividade. 
(Adaptado de www.unafisco.org.br, 30/10/2000) 
c) A estrutura “Observa-se”(l.2) corresponde, semanticamente, a Foi observado. 
Este item estava INCORRETO, pois o verbo originalmente, na voz passiva pronominal, 
apresentava-se no presente do indicativo (“Observa-se”), e na voz passiva analítica foi 
empregado no pretérito perfeito do indicativo (“Foi observado”). Erro na transposição da 
voz passiva sintética para a analítica, em virtude da alteração do tempo verbal. 
 
DIFERENÇA ENTRE VERBOS REFLEXIVOS E VERBOS PRONOMINAIS 
Os verbos reflexivos indicam que o sujeito ao mesmo tempo pratica e sofre a ação 
verbal. O pronome exerce a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou 
indireto). 
Eu me cortei com a faca. Ele se veste muito bem. 
Esses verbos podem ser usados sem o valor reflexivo, com outro objeto que não o 
pronome: 
Eu cortei o braço com a faca. Ele vestiu o seu filho muito bem. 
Já os verbos pronominais apresentam o pronome como parte integrante do verbo. 
Esses verbos não admitem conjugação com outro objeto que não o pronome. 
Eu me queixei do tratamento que recebi. Ele sempre se arrepende do que faz. 
Os pronomes que acompanham esses verbos não exercem nenhuma função sintática na 
oração. 
 
 
C O R R E L A Ç Ã O V E R B A L 
 
CORRELAÇÃO VERBAL consiste na articulação entre as formas verbais no período. Os 
verbos estabelecem, assim, uma correspondência entre si. 
Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o “ouvido”. 
Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se você se acomodasse 
com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso acontece porque não houve correlação 
entre a forma verbal da primeira oração (acomodasse) – que indica hipótese, 
possibilidade - com a da segunda (tornará) – que indica certeza.20
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar decorando listas), 
seguem alguns exemplos de construções corretas sob o aspecto de correlação verbal: 
a) “Exijo que me diga a verdade.” - presente do indicativo + presente do 
subjuntivo 
b) “Exigi que me dissesse a verdade.” – pret.perf.indicativo + 
pret.imperf.subjuntivo. 
c) “Espero que ele tenha feito uma boa prova.” - presente indic.+ 
pret.perf.comp.subjuntivo. 
d) “Gostaria que ele tivesse vindo.” – fut.pretérito.ind.+ pret.mais-que-
perf.comp.subjuntivo 
e) “Se você quiser o material, eu o trarei.” – futuro do subjuntivo + fut.presente 
indicativo 
f) “Se você quisesse o livro, eu o traria.” - pret.imperf.subj.+ fut.pretérito do 
indicativo 
Mais um exemplo de correlação entre os verbos. Veremos na aula sobre concordância os 
casos em que o verbo haver é impessoal. Um deles: indicação do tempo decorrido. Isso 
significa que o verbo ficará na terceira pessoa do singular, qualquer que seja o seu 
complemento (plural ou singular). 
Esse verbo deve estar em harmonia temporal com os demais do período, isto é, se a 
estrutura oracional aponta para um fato passado, o verbo haver também deverá ser 
conjugado no passado. 
Na edição da revista Veja sobre a morte de Cássia Eller, a manchete foi: 
“A polícia suspeita que um coquetel de droga, álcool e remédios matou a cantora, que 
havia dois anos lutava para se livrar da dependência de cocaína” 
Na época, houve uma enxurrada de perguntas (inclusive para a redação da revista) 
sobre a correção dessa forma do verbo haver. Está CORRETÍSSIMA! Note que a 
afirmação se refere a um fato passado (afinal, infelizmente ela já não estava mais viva 
naquele momento). Assim, o tempo decorrido se encontrava concluído no passado, o 
que justifica o emprego de “havia”, da mesma forma que a forma “lutava”. 
Se a afirmação se referisse a um fato ainda atual: “Fulano há dois anos luta para se 
livrar das drogas.”, todos os verbos se conjugariam no mesmo tempo verbal – presente 
do indicativo. 
Vamos às questões de fixação. Mais uma vez, lembramos que são questões aplicadas 
nos mais diversos concursos públicos do país. 
Bons estudos a todos. 
 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
(NCE UFRJ/ADMINISTRADOR PIAUÍ/2006) 
TEXTO - A SAÚDE E O FUTURO 
Dráuzio Varella – Reflexões para o futuro 
Ficaremos sobrecarregados, pagando caro pela ignorância e irresponsabilidade do 
passado. Acharemos inacreditável não havermos percebido em tempo, por exemplo, que 
 
 
21
o vírus da Aids, presente na seringa usada pelo adolescente da periferia para viajar ao 
paraíso por alguns instantes, infecta as mocinhas da favela, os travestis da cadeia, as 
garotas da boate, o meninão esperto, a menininha ingênua, o senhor enrustido, a mãe 
de família e se espalha para a multidão de gente pobre, sem instrução e higiene. Haverá 
milhões de pessoas com Aids, dependendo de tratamentos caros e assistência 
permanente. Seus sistemas imunológicos deprimidos se tornarão presas fáceis aos 
bacilos da tuberculose, que, por via aérea, irão parar nos pulmões dos que passarem por 
perto, fazendo ressurgir a tuberculose epidêmica do tempo dos nossos avós. Sífilis, 
hepatite B, herpes, papilomavírus e outras doenças sexualmente transmissíveis atacarão 
os incautos e darão origem ao avesso da revolução sexual entre os sensatos. 
No caldo urbano da miséria/sujeira/ignorância crescerão essas pragas modernas e 
outras imergirão inesperadas. Estará claro, então, que o perigo será muito mais 
imprevisível do que aquele representado pelas antigas endemias rurais: doença de 
Chagas, malária, esquistossomose, passíveis de controle com inseticidas, casas de 
tijolos, água limpa e farta. 
Assustada, a sociedade brasileira tomará, enfim, consciência do horror que será pôr 
filhos em um mundo tão inóspito. Nessas condições é provável que se organize para 
acabar com as causas dessas epidemias urbanas. Modernos hospitais sem fins 
lucrativos, dirigidos por fundações privadas e mantidos com o esforço e a vigilância das 
comunidades locais, poderão democratizar o atendimento público. Eficientes programas 
de prevenção, aplicados em parceria com instituições internacionais, diminuirão o 
número de pessoas doentes. 
Então virá a fase em que surgirão novos rebeldes sonhadores, para enfrentar o desafio 
de estender a revolução dos genes para melhorar a qualidade de vida dos que morarem 
na periferia das grandes cidades ou na imensidão dos campos brasileiros. 
1 - Como o texto tem um tom de profecia, a construção dessas previsões se apóia 
fundamentalmente: 
(A) no emprego do futuro do presente; 
(B) na abordagem de temas ainda desconhecidos; 
(C) na antevisão de um futuro sombrio; 
(D) na condenação do atraso social e cultural; 
(E) na utilização de expressões de dúvida. 
 
2 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) “... desses mesmos sentimentos que 
têm levado o Brasil à beira do abismo,...”; a forma verbal têm levado indica uma ação: 
(A) que já terminou; 
(B) anterior a outra ação passada; 
(C) habitual no passado; 
(D) iniciada no passado que continua no presente; 
(E) iniciada no presente que continua no futuro. 
 
3 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) 
TEXTO - DROGAS: A MÍDIA ESTÁ DENTRO 
 
22
Eugênio Bucci 
Há poucos dias, assistindo a um desses debates universitários que a gente pensa que 
não vão dar em nada, ouvi um raciocínio que não me saiu mais da cabeça. Ouvi-o de um 
professor – um professor brilhante, é bom que se diga. 
Ele se saía muito bem, tecendo considerações críticas sobre o provão. Aliás, o debate 
era sobre o provão, mas isso não vem ao caso. O que me interessou foi um comentário 
marginal que ele fez – e o exemplo que escolheu para ilustrar seu comentário. Primeiro, 
ele disse que a publicidade não pode tudo, ou melhor, que nem todas as atitudes 
humanas são ditadas pela propaganda. Sim, a tese é óbvia, ninguém discorda disso, 
mas o mais interessante veio depois. Para corroborar sua constatação, o professor 
lembrou que muita gente cheira cocaína e, no entanto, não há propaganda de cocaína 
na TV. Qual a conclusão lógica? Isso mesmo: nem todo hábito de consumo é ditado pela 
publicidade. 
A favor da mesma tese, poderíamos dizer que, muitas vezes, a publicidade tenta e não 
consegue mudar os hábitos do público. Inúmeros esforços publicitários não resultam em 
nada. Continuemos no campo das substâncias ilícitas. Existem insistentes campanhas 
antidrogas nos meios de comunicação, algumas um tanto soporíferas, outras mais 
terroristas, e todas fracassam. Moral da história? Nem que seja para consumir produtos 
químicos ilegais, ainda somos minimamente livres diante do poder da mídia. Temos 
alguma autonomia para formar nossas decisões. 
Tudo certo? Creio que não. Concordo que a mídia não pode tudo, concordo que as 
pessoas conseguem guardar alguma independência em sua relação com a publicidade, 
mas acho que o professor cometeu duas impropriedades: anunciou uma tese fácil 
demais e, para demonstrá-la, escolheu um exemplo ingênuo demais. 
Embora não vejamos um comercial promovendo explicitamente o consumo de cocaína, 
ou de maconha, ou de heroína, ou de crack, a verdade é que os meios de comunicação 
nos bombardeiam, durante 24 horas por dia, com a propaganda não de drogas, mas do 
efeito das drogas. A publicidade, nesse sentido, não refreia, mas reforça o desejo pelo 
efeito das drogas. Por favor, não se pode culpar os publicitários por isso – eles, assim 
como todo mundo, não sabem o que fazem. 
 “A favor da mesma tese, PODERÍAMOS dizer que...”; o uso do futuro do pretérito, nesse 
segmento, indica: 
a) uma hipótese; 
b) uma forma polida de presente; 
c) uma possibilidade não realizada; 
d) ação posterior ao tempo em que se fala; 
e) incerteza sobre fatos passados. 
 
4 - (NCE UFRJ/ MPE RJ / 2001) 
TEXTO - RACISMO 
O Globo, 13/7/01 
A imprensa brasileira vem noticiando uma proposta milionária do Lazio da Itália, que 
pretende adquirir o passe do zagueiro Juan por 10 milhões de dólares. 
 
23
Este é o time cuja torcida já agrediu o jogador brasileiro Antonio Carlos, do Roma, e 
perdeu o mando de campo por incitamento racista em pleno estádio. 
Aqui fica uma sugestão a este jovem negro, atleta brasileiro de 22 anos, com um 
brilhante futuro profissional: recuse o convite e não troque o Brasil pela Itália, pois 
moedas não resgatam a dignidade. Diga não aos xenófobos e racistas. 
 
Considerando que a ação de agredir o jogador brasileiro Antonio Carlos ocorreu antes de 
o Lazio perder o mando do campo, ação também passada, o verbo agredir deveria estar 
no: 
a) mais-que-perfeito do indicativo; 
b) imperfeito do indicativo; 
c) futuro do pretérito; 
d) imperfeito do subjuntivo; 
e) presente do subjuntivo. 
 
5 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm ./2006) 
TEXTO - Racismo, discriminação, preconceito... Colocando os pingos nos “is” 
Maria Aparecida da Silva 
Recentemente assisti ao programa esportivo Cartão Verde, da TV Cultura, no qual se 
discutia, de maneira tímida, a discriminação racial que um jogador branco do Palmeiras 
(Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores negros, Rincón (Corinthians) e 
Wagner (São Paulo), em momentos distintos. Havia controvérsias quanto à veracidade 
dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade ou 
oportunismo das denúncias. Mas o que de fato despertou minha atenção foi a 
relativização do racismo presente no futebol brasileiro. Os cronistas utilizavam a todo 
tempo a expressão preconceito, quando as situações em foco constituíam, na verdade, 
práticas de discriminação racial. 
A autora não afirma com segurança, no primeiro parágrafo, que o jogador Paulo Nunes 
cometeu um ato discriminatório; o meio lingüístico empregado para relativizar essa 
afirmação é: 
(A) a adjetivação de “tímida”, dada à discussão; 
(B) o emprego do futuro do pretérito composto “teria praticado”; 
(C) o discurso indireto; 
(D) a inversão dos termos da frase; 
(E) a utilização dos parênteses. 
 
6 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) 
ESBOÇO DE UMA CASA 
Casa fria, de apartamento. Paredes muito brancas, de uma aspereza em que não dá 
gosto passar a mão. Aí moram quatro pessoas, com a criada, sendo que uma das 
pessoas passa o dia fora, é menina de colégio. 
 
 
24
Plantas, só as que podem caber num interior tão longe da terra (estamos em um décimo 
andar), e apenas corrigem a aridez das janelas. Lá embaixo, a fita interminável de 
asfalto, onde deslizam automóveis e bicicletas. E ao longo da fita, uma coisa enorme e 
estranha, a que se convencionou dar o apelido de mar, naturalmente à falta de 
expressão sintética para tudo o que há nele de salgado, de revoltoso, de boi triste, de 
cadáveres, de reflexos e de palpitação submarina. 
Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela, se nos 
debruçássemos. 
Mas adquire-se o costume de olhar só para a frente ou mais para cima ainda. Então 
aparecem montanhas, uma estátua de pedra que é às vezes cortada pelo nevoeiro, 
casas absurdas dançando - ou imóveis, após a dança - sobre precipícios. Há também um 
coqueiro irreal, sem nenhum coco, despojado e batido de vento (que se diria um vento 
bêbedo), no alto do morro, quase ao nível da casa. 
(ANDRADE, C. Drummond de. Confissões de Minas. In Poesia e Prosa. 5 ed. Rio de 
Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p. 959.) 
Na correlação entre os dois verbos sublinhados no trecho “Do décimo andar à rua, seria 
a vertigem, se chegássemos muito à janela...” (linhas 15-16), o enunciador manifesta 
uma atitude de: 
A) certeza, pois sabe que o fato não pode acontecer; 
B) subjetividade, pois não sabe se o fato tem possibilidade de acontecer; 
C) dúvida quanto à possibilidade de um fato acontecer, pois não há hipótese de o outro 
também acontecer; 
D) certeza quanto à possibilidade de um fato acontecer, na condição de também o outro 
acontecer; 
E) descrença sobre a realização do fato, pois está condicionado à realização de outro 
fato. 
 
7 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
A forma “envoltas”, em “envoltas num cambiante véu de nuvens”, corresponde ao 
particípio irregular do verbo “envolver”, que também possui a forma “envolvido”. O 
verbo abaixo que NÃO admite duplo particípio é: 
(A) morrer; 
(B) escrever; 
(C) matar; 
(D) pegar; 
(E) eleger. 
 
8 - (NCE UFRJ / MPE RJ / 2001) 
Noticiando é forma do gerúndio do verbo noticiar; a frase em que a forma verbal 
destacada pode NÃO estar no gerúndio é: 
a) As notícias estão chegando da Itália cada vez mais rapidamente; 
b) Transformando-se o ódio em amor, acabam-se as guerras; 
 
25
c) Vindo o resultado, os clientes começaram a protestar; 
d) Os jogadores italianos estão reclamando dos estrangeiros; 
e) O atleta viajou, completando sua missão. 
 
 
9 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) 
O emprego do particípio verbal está errado em 
A. O menino tinha matado a fome. 
B. O diretor havia suspendido alguns auxiliares. 
C. O ônibus tinha chego atrasado. 
D. As pessoas estavam salvas. 
 
 
10 - (CETRO / TCM SP / 2006) 
Milton Friedman, agora com 92 anos de idade, é um daqueles economistas que não 
pode ser acusado de simpatias esquerdistas. Suas credenciais conservadoras incluem o 
título de papa do neoliberalismo, ferrenho defensor do mercado livre, republicano, 
membro do Instituto Hoover e o Prêmio Nobel de Economia de 1985. É com essas 
qualificações que Friedman tem defendido a polêmica proposta de legalização de todas 
as drogas. 
Em entrevista exclusiva à Folha, o economista voltou a sustentar que, se há algo que 
deve ser eliminado, não são as drogas, mas o programa antidrogas dos EUA. Com base 
num estudo recém-divulgado pela Universidade Harvard, segundo o qual os EUA 
economizariam US$ 14 bilhões por ano se a maconha fosse legalizada (menos US$ 7,7 
bilhões de despesas com policiamento e mais US$ 6,2 bilhões com impostos), 
Friedman e outros 499 economistas enviaram a George W. Bush e ao Congresso norte-
americano uma carta na qual pedem a liberação dessa droga. 
Em termos filosóficos, a posição liberal do venerando economista é sustentável. Se 
acreditamos que a liberdade é um valor a respeitar e cultivar – e cremos nisso –, então 
a decisão sobre utilizar drogas, desde que tomada conscientemente, deveria ser 
estritamente pessoal e intransferível. Se o Estado tem algum papel a exercer seria o de 
regulamentar o comércio e zelar para que as pessoas recebam toda a informação 
disponível a respeito dos perigos do consumo. 
(...) 
Sobre o terceiro parágrafo do texto acima, levando-se em consideração as 
recomendações da gramática normativa tradicional, JULGUE a afirmação que segue. 
(A) no primeiro período, o termo “venerando” é forma verbal de gerúndio do verbo 
“venerar” e faz parte, no texto, de uma oração subordinada reduzida de gerúndio. 
 
 
11 - (ESAF/AFC SFC/2002) 
Assinale a opção gramaticalmente correta. 
 
 
26
a) Sob a ótica de um Estado em particular – a despeito de a “Guerra Fiscal” do ICMS ser 
prejudicial à nação –, há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural 
de receita para o Estado. 
b) Se todos os Estados parassem de conceder incentivos, todos ganhariam; mas se um 
Estado se abstesse de tal política e os demais continuassem a praticá-la, esse perderia. 
c) Tendo em vista a análise histórica da “Guerra Fiscal”, alguns autores propuseram uma 
divisão de períodos que começam com a criação do ICM e chegam até a atualidade. 
d) No primeiro período, o Governo Central tirou dos Estados a competência de instituir e 
aumentar alíquotas dos impostos, e ficou estabelecido que couberiamtais atribuições 
somente ao Senado. 
e) Pressionado pelas disputas inter-regionais, o Governo Federal interviu no incipiente 
mecanismo de concessão de incentivos, e, por meio de lei complementar, criou o 
CONFAZ. 
(Com base em artigo de André Eduardo da S. Fernandes & Nélio L. Wanderlei) 
 
 
12 - (NCE UFRJ / ELETROBRÁS - Assistente Técnico Administrativo /2005) 
 “E tantas vezes vim aqui...”; a frase abaixo que apresenta uma forma INADEQUADA do 
verbo VIR é: 
(A) Hoje vimos aqui para visitar a velha casa; 
(B) Amanhã virão outros a visitar a mesma casa antiga; 
(C) Quando virem outros, a casa não será a mesma; 
(D) Antigamente vinha muito a esta casa; 
(E) Eles não têm vindo a esta casa. 
 
13 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
“Se ele trabalhar, eu também trabalharei!”; a alternativa que tem uma frase com essa 
mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: 
(A) Se ele for, eu também irei; 
(B) Se ele ver, eu também verei; 
(C) Se ele quiser, eu também quererei; 
(D) Se ele requerer, eu também requererei; 
(E) Se ele couber, eu também caberei. 
 
14 – (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
 “Se ele lesse, eu também leria”; a alternativa que apresenta uma frase com essa 
mesma estrutura, mas com forma verbal EQUIVOCADA é: 
(A) Se ele trouxesse, eu também traria; 
(B) Se ele aprovasse, eu também aprovaria; 
 
27
(C) Se ele pusesse, eu também poria; 
(D) Se ele viesse, eu também viria; 
(E) Se ele mantesse, eu também manteria. 
 
15 - (NCE UFRJ/ ANTT / 2005) 
Do segmento “onde havia estado anteriormente e morara algum tempo”, se 
quiséssemos substituir a primeira forma verbal sublinhada a fim de que tivesse a mesma 
forma simples da segunda, deveríamos escrever: 
(A) estava; 
(B) estaria; 
(C) esteve; 
(D) estivera; 
(E) tinha estado. 
 
 
16 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) 
Está corretamente flexionada a forma verbal sublinhada na frase: 
(A) Se alguém propor medidas para economia de energia, que seja ouvido com atenção. 
(B) Caso uma represa contenhe pouco volume de água, as turbinas da usina desligam-
se. 
(C) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos gastando. 
(D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram. 
(E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por eles. 
 
17 - (NCE UFRJ / Guarda Municipal /2002) 
 “E agora passemos a outro programa”; se nesta frase empregássemos o verbo 
PASSEAR em lugar do verbo PASSAR, a forma equivalente seria: 
a) passeiemos; 
b) passeamos; 
c) passeiamos; 
d) passeemos; 
e) passeiam. 
 
18 - (FGV/PREF.ARAÇATUBA/2001) 
O verbo "despedir-se" apresenta erro gráfico em: 
A. Despedir-se-ão após o jantar. 
B. Pedem que se despessam logo. 
 
28
C. Não nos despediriam nessas circunstâncias. 
D. Despeço-me de todos amanhã. 
 
19 - (Fundação José Pelúcio Ferreira / ICMS RO / 2006) 
Há erro de conjugação verbal em: 
a) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento. 
b) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se anacrônica. 
c) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois meses. 
d) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. 
e) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. 
 
20 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004) 
Marque a opção em que a lacuna pode ser adequadamente preenchida com uma forma 
simples flexionada do verbo entre parênteses. 
(A) É provável que muitas empresas _____ com as novas medidas econômicas. (falir) 
(B) Atualmente, todos se _____ contra as oscilações decorrentes de planos mal 
sucedidos. (precaver) 
(C) Nós _____ todos os documentos e contrato perdidos durante a mudança, na semana 
passada. (reaver) 
(D) É uma pena que o vice-presidente da empresa _____ por causa de pequenos 
problemas. (explodir) 
(E) Os funcionários ficarão mais bem dispostos caso a firma _____ as salas de cores 
claras. (colorir) 
 
21 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Tendo em conta a flexão verbal, é CORRETO afirmar que as formas PROVÉM, PROVEM, 
PROVÊEM E PROVÊM referem-se, respectivamente, aos 
seguintes verbos: 
a) prover, provir, provar e provir 
b) provir, provar, prover e provir 
c) provar, prover, provir e prover 
d) provir, provar, provir e prover 
 
22 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Assinale a alternativa que complete CORRETAMENTE as lacunas das sentenças abaixo. 
Caso haja qualquer irregularidade, __________ as eleições. (impugnar) 
O condenado foi __________________ diante de uma multidão. (decapitar) 
O governo quer que se _______________ as causas do acidente. (averiguar) 
 
29
a) impúgno – decaptado – averigüe 
b) impugno – decapitado – averigúem 
c) impuguino – decapitado – averígüem 
d) impugno – decaptado – averigüem. 
 
 
23 – (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
Na frase – Vem pra CAIXA você também – há um erro gramatical que já foi bastante 
comentado; o desvio da norma culta, neste caso, está: 
(A) no uso de “pra” em lugar de “para”; 
(B) na grafia em maiúsculas do vocábulo CAIXA; 
(C) no tratamento íntimo “você” em lugar de “o senhor”; 
(D) o uso do imperativo, com um tom inadequado de ordem; 
(E) a mistura de tratamentos. 
 
 
24 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003) 
Considere a flexão do verbo sublinhado no trecho "Os trabalhadores se submetem a 
formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho..." (linhas 12-14) 
e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo. 
Pode-se afirmar que o referido verbo está flexionado de forma INCORRETA na opção: 
A) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorização 
da força de trabalho. 
B) Trabalhadores, não se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorização 
da força de trabalho. 
C) Não somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas de 
desvalorização da força de trabalho. 
D) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas de 
desvalorização da força de trabalho. 
E) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou menos intensas de desvalorização 
da força de trabalho. 
 
 
25 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós, obtém-se: 
(A) Adivinhais. 
(B) Adivinhai. 
(C) Adivinheis. 
(D) Adivinhei. 
 
 
30
(E) Adivinde. 
 
26 - (NCE UFRJ / PCRJ / 2002) 
Se a forma verbal Tenha estivesse na forma negativa da mesma pessoa do imperativo, 
sua forma correta seria: 
a) não tem; 
b) não tenhas; 
c) não tende; 
d) não tenha; 
e) não tens. 
 
27 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) 
Aqui há plantas que dão duas, três safras por ano. 
Substituindo-se a forma verbal do trecho acima por outra, só não se respeitou a norma 
culta em: 
(A) Aqui existem plantas que dão duas, três safras por ano. 
(B) Aqui deve haver plantas que dão duas, três safras por ano. 
(C) Aqui podem existir plantas que dão duas, três safras por ano. 
(D) Aqui há de existir plantas que dão duas, três safras por ano. 
(E) Aqui pode haver plantas que dão duas, três safras por ano. 
 
28 - (ESAF / ACE / 1998) 
A diplomacia econômica dos Estados Unidos consagrou a idéia de grandes mercados 
emergentes (Big Emerging Markets). Países como a China, o Brasil, a Índia, a Coréia do 
Sul ou a Indonésia, os maiores entre os grandes, reuniram oportunidades e vantagens 
excepcionais. Deveriam tornarem-se(A) alvos de uma diplomacia econômica ofensiva e 
insistente cujos(B) objetivos incluiriam a abertura comercial e o aumento do 
investimento estrangeiro. Entre os grandes, a Índia é dos maiores. Há previsões de 
crescimento populacional que colocam(C) os indianos à frente(D) dos chineses em umhorizonte(E) de 25 anos. 
(Baseado em Gilson Schwartz, Folha de São Paulo, 8/03/1998) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
29 - (FCC / TRE AP - Técnico Judiciário/ 2006) 
Transpondo-se para a voz passiva a frase Ele gasta dinheiro que nem água, a forma 
verbal resultante será 
 
31
(A) será gasta. 
(B) foi gasta. 
(C) está sendo gasto. 
(D) será gasto. 
(E)) é gasto. 
 
30 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) 
Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a oração “Com verba do 
Estado, 18 composições já estão sendo reformadas” (linhas 5-6) deve ter a forma 
expressa na opção: 
A) Já estão reformando 18 composições com recursos do tesouro estadual. 
B) O Estado, com recursos próprios, já está reformando 18 composições. 
C) Já estão sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composições. 
D) 18 composições já estão sendo reformadas com recursos próprios do Estado. 
E) Através da verba do Estado estão reformando 18 composições. 
 
 
31 - (FUNDAÇÃO JOÃO GOULART/PGM RJ/2004) 
“O martelo de percussão é confundido com um instrumento ameaçador.” 
Em voz ativa, essa frase do texto seria escrita da seguinte maneira: 
A) Confunde-se o martelo de percussão com um instrumento ameaçador. 
B) Um instrumento ameaçador confundiu-se com o martelo de percussão. 
C) Confundem o martelo de percussão com um instrumento ameaçador. 
D) Um instrumento ameaçador é confundido com o martelo de percussão. 
 
32 - (NCE UFRJ / Inspetor de Polícia / 2001) 
“nem todo hábito de consumo é ditado pela publicidade.”; colocando-se esse segmento 
do texto na voz ativa, temos como forma adequada: 
a) a publicidade não dita todo hábito de consumo; 
b) a publicidade dita todo hábito de consumo; 
c) o hábito de consumo dita a publicidade; 
d) o hábito de consumo não dita a publicidade; 
e) nem toda publicidade dita todo hábito de consumo. 
 
33 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
Na voz passiva, a forma correta da frase “o lenhador quebrou o silêncio” é: 
a) quebraram o silêncio; 
b) quebrou-se o silêncio; 
 
 
32
c) quebrou-se o silêncio pelo lenhador; 
d) o silêncio foi quebrado pelo lenhador; 
e) o silêncio era quebrado pelo lenhador. 
 
34 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
 “Se você é assalariado... tem crédito”; a alternativa abaixo que mostra uma 
concordância INADEQUADA entre os tempos verbais é: 
(A) Se você fosse assalariado... teria crédito; 
(B) Se você for assalariado... terá credito; 
(C) Se você foi assalariado... teve crédito; 
(D) Se você tivesse sido assalariado... teria tido crédito; 
(E) Se você seja assalariado... tem crédito. 
 
35 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
NÃO há a devida correlação temporal das formas verbais em: 
(A) Seria conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário; 
(B) É conveniente que o time ficaria sem saber quem é o adversário; 
(C) Era conveniente que o time ficasse sem saber quem foi o adversário; 
(D) Será conveniente que o time fique sem saber quem é o adversário; 
(E) Foi conveniente que o time ficasse sem saber quem era o adversário. 
 
36 - (ESAF / AFC SFC / 2000) 
Assinale a opção em que a correlação entre tempos e modos verbais constitui erro de 
sintaxe. 
a) Há pelo menos dois séculos, desde que Adam Smith inaugurou a profissão, os 
economistas consomem boa parte de seu tempo, enaltecendo os benefícios do livre 
comércio e pregando a liberdade econômica. 
b) O mundo perfeito, garantem, é aquele em que não há nenhum tipo de obstáculo ao 
fluxo de mercadorias, pessoas e idéias. 
c) Deixada sem amarras, a economia funcionaria de maneira harmoniosa, regida por 
uma mão invisível que a fazia viver sempre em equilíbrio. 
d) Presa, seria como uma máquina com areia nas engrenagens, cujo atrito traria 
desperdício de energia e empobreceria os cidadãos. 
e) A virada do milênio reservou um paradoxo e tanto para os seguidores do economista 
escocês. Nunca como agora o mundo aderiu com tanta garra a suas teses. 
(Adaptado de Exame, 1/11/2000, p.135) 
 
37 - (ESAF/AFT/2006) 
 
 
33
No atual estágio da sociedade brasileira, se se deseja um regime democrático, não basta 
abolir a necessidade de bens básicos. É necessário que o processo produtivo seja capaz 
de continuar, com eficiência, a produção e a oferta de bens considerados supérfluos. 
Em se tratando de um compromisso democrático, uma hierarquia de prioridades deve 
colocar o básico sobre o supérfluo. O que deve servir como incentivo para a proposta de 
casar democracia, fim da apartação e eficiência econômica em geral é o fato de que o 
potencial econômico do país permite otimismo quanto à possibilidade de atender todas 
essas necessidades, dentro de uma estratégia em que o tempo não será muito longo. 
(Adaptado de Cristovam Buarque, Da modernidade técnica à modernidade ética, p.29) 
Julgue o item a seguir. 
- Substituir o conectivo de valor condicional “se” (l.1) por caso, resultando em: caso 
se. 
 
38 - (CESPE UNB / AGU / 2002) 
A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços 
para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a idéia de 
que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e 
fraquezas nacionais, o prazo que ainda tem de duração legal — calculadas todas as 
influências que lhe estão precipitando o desfecho — será assinalado por sintomas 
crescentes de dissolução social. 
Joaquim Nabuco. O abolicionismo. In: Intérpretes do Brasil, v. I. Nova Aguilar, 2000, p. 
148-51 (com adaptações). 
 
Julgue a assertiva abaixo. 
- As estruturas condicionais “se não fizermos” (l.1) e “se não tivermos” (l.2) podem ser 
substituídas, respectivamente, por caso não façamos e caso não tenhamos, sem 
prejuízo para a correção gramatical do texto. 
 
39 - (NCE UFRJ / ANALISTA FINEP / 2006) 
Na frase “O autor do texto pensa que a Terra se tornará inviável”, criada a partir do 
tema do texto, a correspondência de tempos verbais INADEQUADA correspondente, 
respectivamente, a pensa e se tornará é: 
(A) pensou / se tornaria; 
(B) tinha pensado / se tornaria; 
(C) pensava / tornará; 
(D) pensará / se tornará; 
(E) teria pensado / se tornaria. 
 
40 - (NCE UFRJ / MPE RJ AUXILIAR / 2001) 
“Se houvesse uma lei que proibisse...”; se, em lugar de SE, escrevêssemos QUANDO, as 
formas verbais sublinhadas deveriam ser, respectivamente: 
 
 
34
a) houver / proíba; 
b) haver / proibisse; 
c) haja / proibindo; 
d) haver / proíba; 
e) houver / proíbisse. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
 
1 – A 
A expressão “um tom de profecia”, no enunciado, já dá a “deixa” para a resposta certa. 
A partir do título da matéria (“Reflexões sobre o futuro”) se verifica que o autor 
apresentará fatos que poderão ocorrer no futuro. Por isso, o texto se constrói 
basicamente com verbos no futuro do presente do indicativo, apresentando um certo ar 
de previsão. 
 
2 – D 
O pretérito perfeito composto (tem levado) retrata fatos iniciados no passado que 
apresentam duração até o momento presente (o que justifica a conjugação do verbo 
auxiliar nesse tempo verbal). Essa questão vem afirmar o conceito desse tempo verbal 
composto. 
 
3 – B 
Precisamos ler o texto para perceber o intuito no emprego do tempo verbal em questão. 
Em vez do futuro do pretérito, o verbo poderia se apresentar no presente do indicativo: 
“A favor da mesma tese, PODEMOS dizer que...”. Contudo, o autor optou por uma forma 
mais educada, polida de se dirigir ao leitor: “PODERÍAMOS”. 
Perceba que a banca explorou também algumas outras possibilidades de emprego do 
futuro do pretérito (hipótese, incerteza sobre fatos passados), motivo pelo qual tornou-
se necessáriaa transcrição do texto. 
 
4 – A 
O tempo que indica um fato passado ocorrido antes de outro fato também no passado é 
o pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Uma possibilidade de construção do período 
é: “A torcida do Lazio já agredira (ou a forma composta tinha agredido) o jogador 
brasileiro Antonio Carlos, do Roma, quando o time perdeu o mando de campo por 
incitamento racista em pleno estádio”. 
 
5 – B 
Quando não se tem convicção acerca do que será pronunciado, pode-se usar o futuro do 
pretérito simples ou composto. 
 
 
35
Essa foi a forma utilizada pela autora do texto ao empregar: “a discriminação racial que 
um jogador branco do Palmeiras (Paulo Nunes) teria praticado contra dois jogadores 
negros”. 
Note que essa incerteza é confirmada no período seguinte: “Havia controvérsias quanto 
à veracidade dos fatos, quanto à sinceridade dos protagonistas, quanto à oportunidade 
ou oportunismo das denúncias.”. 
Para não afirmar categoricamente a ocorrência de um crime, a autora usa a forma 
verbal do futuro do pretérito composto e se mantém à margem de qualquer acusação, 
apenas relatando os fatos. 
 
6 – D 
É sempre bem-vinda a oportunidade de ler Drummond. 
Nessa questão, a banca foi extremamente inteligente ao jogar com as palavras “certeza” 
e “condição”. 
Uma das possibilidades de emprego do futuro do pretérito do indicativo é estabelecer 
uma hipótese (certeza de ocorrência) relacionada a uma condição (incerteza de 
ocorrência). Desse modo, estabelece-se a relação entre o modo indicativo e subjuntivo. 
A “indicação” apresentada no futuro do pretérito (modo indicativo) apresenta uma certa 
incerteza, haja vista necessidade de a condição se realizar (modo subjuntivo). 
No trecho “Do décimo andar à rua, seria a vertigem, se chegássemos muito à janela...”, 
afirma-se que, se chegássemos junto à janela [CONDIÇÃO], teríamos vertigem 
[HIPÓTESE]. 
O que define como correta a afirmação do item D (e não a opção E) é a certeza da 
ocorrência do fato (ter vertigem) uma vez concretizada a condição (chegar junto à 
janela). 
 
7 – B 
Abordaremos, agora, as formas nominais. 
Como vimos, alguns verbos possuem mais de uma forma válida para o particípio: 
regular e irregular. Dentre os verbos apresentados na questão, o único que possui 
somente uma forma (irregular) é o verbo escrever. Aliás, fizemos menção a ele na 
nossa aula. 
As formas participiais dos demais verbos são: 
- MORRER – morrido (regular) e morto (irregular) 
- MATAR – matado (regular) e morto (irregular) 
[CURIOSIDADE: o particípio irregular morto tanto pode se referir ao verbo matar como 
ao verbo morrer.] 
- PEGAR – pegado (regular) e pego (irregular) 
- ELEGER – elegido (regular) e eleito (irregular) 
Lembrando que os particípios regulares são empregados nos tempos compostos com os 
verbos TER e HAVER, enquanto que os particípios irregulares são usados nas locuções 
verbais de voz passiva, com os verbos SER e ESTAR. 
36
Os únicos verbos que admitem emprego indistinto (auxiliares TER, HAVER, SER ou 
ESTAR) de qualquer forma participial (regular ou irregular) são GANHAR, GASTAR, 
PEGAR E PAGAR (dois com P e dois com G). 
 
8 – C 
Como vimos em nossa aula, o verbo VIR (e seus derivados) apresentam uma única 
forma tanto para o gerúndio quanto para o particípio: VINDO (intervindo, convindo, 
advindo). 
Por isso, a forma “Vindo o resultado” tanto pode estar no gerúndio como no particípio. 
Note essa dupla possibilidade a partir da troca do verbo VIR por outro, como o 
RECEBER: 
Recebido o resultado, os clientes começaram a protestar. – oração reduzida de 
particípio 
Recebendo o resultado, os clientes começaram a protestar. – oração reduzida de 
gerúndio 
As demais formas apresentam-se no gerúndio e possuem forma participial distinta: 
chegando (chegado), transformando (transformado), reclamando (reclamado), 
completando (completado). 
 
9 – C 
Essa questão é para os que acharam um absurdo nosso comentário sobre a forma do 
particípio do verbo CHEGAR. Não sei em relação às demais regiões do Brasil, mas aqui 
no Sul do país é muito comum ouvir: “Ele não tinha chego ainda.”. Tanto isso deve ser 
comum que a banca da Fundação Getúlio Vargas, uma das melhores do país, explorou 
esse conceito. 
Repetimos a lição: o verbo chegar apresenta uma ÚNICA forma de particípio: o regular 
CHEGADO. 
Por isso, a forma correta da opção C seria: O ônibus tinha chegado atrasado. 
 
10 – ITEM INCORRETO 
É verdade que a forma venerando é o particípio do verbo venerar. Contudo, no texto 
(que transcrevemos apenas parcialmente), esse vocábulo tem valor adjetivo, 
equivalente a “venerável”, “respeitável”. 
É por esse motivo que gerúndio, particípio e infinitivo são chamadas FORMAS 
NOMINAIS. Derivam de verbos, mas podem ser usadas como adjetivos, advérbios ou 
substantivos. 
 
11 – C 
A partir de agora, nosso assunto passou a ser CONJUGAÇÃO VERBAL. 
Está correta a conjugação do verbo PROPOR em “alguns autores propuseram”, pois esse 
verbo é derivado do verbo PÔR e se conjuga por ele: eles puseram / eles propuseram. 
 
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Estão incorretas as formas verbais em: 
a) “há ganhos a serem obtidos se ouvesse um aumento conjuntural” - houvesse, 
pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo HAVER. 
b) “mas se um Estado se abstesse de tal política” – o verbo ABSTER é derivado do verbo 
TER e se conjuga como ele: “se tivesse” Î “se abstivesse”. 
d) “ficou estabelecido que couberiam tais atribuições somente ao Senado” – o verbo 
CABER se conjuga, no futuro do pretérito do indicativo, caberiam. 
Aliás, essa é a diferença entre o futuro do subjuntivo (couber) e o infinitivo 
pessoal (caber): o primeiro deriva da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do 
indicativo (couberam), formando “quando eles couberem”; já o segundo, deriva 
do infinitivo impessoal: “para eles caberem”. 
Na maior parte das vezes, especialmente nos verbos regulares, essas formas são 
grafadas de modo idêntico: “quando eles chegarem” (fut.subjuntivo); “para eles 
chegarem”(infinitivo pessoal). 
Em outras, as formas são diferentes: TRAZER (“quando eles trouxerem” / “para 
eles trazerem”), VER (“quando eles virem” / “para eles verem”), dentre tantas 
outras. 
Essa distinção é muito importante, pois muitas vezes, na linguagem do dia-a-dia, 
nos verbos irregulares, acaba-se trocando uma pela outra. 
e) “o Governo Federal interviu” – o verbo intervir é derivado do vir e se conjuga como 
seu paradigma: ele veio / ele interveio. 
 
12 – C 
Dando seqüência ao estudo das formas verbais primitivas e derivadas, vamos analisar 
outra questão sobre o tópico. Está em foco, agora, o verbo VIR. 
A forma verbal da opção C é o futuro do subjuntivo. Como revimos na questão anterior, 
esse tempo verbal deriva da 3ª.pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (eles 
vieram). 
Assim, a forma correta seria: “Quando vierem outros, a casa não será a mesma.”. 
Em caso de dúvidas, reveja o quadro de formas primitivas / formas derivadas. 
A opção “a”, que pode ter deixado muita gente em dúvida, apresenta a 1ª. pessoa do 
singular do presente do indicativo: “nós vimos”, tempo indicado pelo advérbio “hoje”. 
Não confundam com o pretérito perfeito desse verbo (viemos). 
 
13 – B 
O futuro do subjuntivo deriva da 3ª. pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. 
Assim, no verbo VER, a forma primitiva será (eles) viram. Por isso, no futuro do 
subjuntivo, a forma correta é “Se ele vir, eu também verei.”. 
Veja como estão corretas as demais construções verbais: 
 
 
 
 
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FORMA PRIMITIVA FORMA DERIVADA 
VERBO 
3ª.pessoa plural – pret.perfeito futuro do subjuntivo 
IR ELES FORAM SE ELE FOR 
QUERER ELES QUISERAM SE ELE QUISER 
REQUERER ELES REQUERERAM SE ELE REQUERER 
CABER ELES COUBERAM

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