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Expressando a raiva totalmente

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FACULDADE CATÓLICA DOM ORIONE
CURSO DE DIREITO
EXPRESSANDO A RAIVA PLENAMENTE
ARAGUAÍNA
2015
EXPRESSANDO A RAIVA PLENAMENTE
						
ARAGUAÍNA
2015
SUMÁRIO
1 INJUSTIÇADOS POR SENTIR RAIVA ............................................................. 4
2 A RAIVA E O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS .................................... 5
3 USANDO A CULPA PARA CONTROLAR AS PESSOAS .............................. 7
4 REVELANDO A CAUSA DA RAIVA ................................................................ 9
5 A RELAÇÃO ENTRE O JULGAR E A VIOLÊNCIA ......................................10
6 O PERIGO DE NÃO IDENTIFICAR O MOTIVO DA RAIVA .......................11
7 VIVENDO EM HARMONIA ...................................................................................12
1 INJUSTIÇADOS POR SENTIR RAIVA
 	
	No mundo atual, a paciência é um dos bens mais valiosos que uma pessoa pode possuir. Quantas vezes queremos matar pessoas nos nossos pensamentos, por achar que é mais fácil do que chegarmos a um acordo. Nesse momento de raiva, em que nossos nervos estão aflorados, que percebemos a diferença entre uma conversa e as demais formas de comunicação. Felizmente, matar pessoas na nossa mente é superficial demais, geralmente queremos uma maneira muito mais poderosa de nos expressarmos. 
	Nossa forma de expressar o que estamos pensando em um momento de raiva reflete muito mais de quem nós somos do que nosso modo habitual de nos comportar. A palavra “calma” ganha significados muito distintos quando estamos em um momento de raiva. Por exemplo: Quando eu penso, eu preciso ter calma para conversar com essa pessoa. Logo após alguém vem até mim e diz: Você precisa ter calma, está muito estressada. Num momento de raiva, você esquece completamente aquilo que pensou no primeiro momento e se sente totalmente ofendida. Na verdade, esse tipo de comportamento de outras pessoas faz com que nos sintamos tão ofendidos e pressionados a ter uma postura diferente, que nos faz ter a sensação que os outros estão sendo injustos conosco. 
	Algumas pessoas costumam ouvir o termo “comunicação não-violenta” ou a palavra “compaixão” e se sentirem totalmente injustiçadas. Porque foram forçadas a sufocar a raiva, elas sentem como sua raiva fosse algo tão negativo e pesado que seja necessário oprimi-las e eliminar as impurezas que vêem com esse sentimento. A raiz do problema de bloquear, ou sufocar a raiva das pessoas é que a essência desse sentimento nunca será descoberta, e será sempre visto como algo negativo que pode por muitas vezes trazer problemas irreparáveis quando expressa da forma errada. 
2 A RAIVA E O COMPORTAMENTO DAS PESSOAS
	Enquanto não saímos da esfera de ver a raiva como um sentimento sem explicação, nos colocamos totalmente distantes daquilo que deveríamos ter domínio sobre: os nossos sentimentos. Ao ignorarmos a raiz do problema nos tornamos seres totalmente sem opinião e ignorantes por opção. O primeiro passo para expressarmos a nossa raiva na conversa é dissociar a outra pessoa de qualquer responsabilidade por nossa raiva. O problema é que instantaneamente quando estamos com raiva, associamos esse sentimento à outra pessoa, pensamos “essa pessoa me deixou com raiva quando fez aquilo”. Esse tipo de pensamento faz com que nossa raiva seja expressa superficialmente, culpando ou punindo a outra pessoa. O comportamento de outras pessoas é um estímulo para os nossos sentimentos, correspondemos aquilo que vemos e ouvimos o outro fazer, mas esse comportamento do outro não é causa dos nossos sentimentos. Nunca ficamos com raiva por causa do que outra pessoa fez. Nessa etapa, é preciso ter o equilíbrio para identificar o que seria o estímulo e o que seria a causa daquilo que sentimos. 	
	Ao tentar fazer essa diferenciação é necessário demonstrar que existem formas corretas de expressar a raiva, em vez de matar, espancar, ofender outras pessoas. Nesse momento é necessário separar tudo o que está acontecendo ao nosso redor por caixinhas na nossa cabeça, pois ao igualar estímulo e causa, nos convencemos que o comportamento do outro é a razão da nossa raiva, o que se torna totalmente o oposto daquilo que realmente acontece. 
3 USANDO A CULPA PARA CONTROLAR AS PESSOAS
	“Eu estou com raiva porque fulano não responde às minhas mensagens...” Ao analisarmos essa frase podemos observar a tendência de culparmos às pessoas pelos nossos sentimentos, transferimos para elas a responsabilidade de nos sentirmos bem ou não. Usamos a culpa como forma de manipular as pessoas, fazemos com que elas se sintam responsáveis pela forma na qual nos sentimos. Ao utilizar a manipulação e a coerção, damos espaço para que o nosso bem-estar possa ser determinado de acordo com o comportamento delas. E isso torna quase impossível estabelecer a diferença entre o estímulo e causa de nossa raiva. Ou seja, por diversas vezes usamos a culpa como uma maneira de controlar as pessoas e através desse controle estabelecemos limites no quais são permitidos aceitarem a nossa opinião ou não. A manipulação faz com o nosso pensamento sempre prevaleça ao pensamento do outro, usamos táticas para fazer com que o outro se sinta culpado por nos fazer sentir mal, cansado, desapontado. Podemos observar essas situações em relacionamentos entre pais com crianças, que por saberem da sensibilidade da criança, usam de artifícios para com que elas se sintam culpadas no caso de não serem bem sucedidas naquilo que fazem, na escola por exemplo. Outro exemplo marcante de manipulação e culpa, é a relação entre parceiros íntimos. A linguagem utilizada facilita o uso dessa tática indutiva de culpa. 
	Não é difícil usarmos a nossa própria linguagem para iludirmos as pessoas que os nossos sentimentos são resultados daquilo que elas fazem. Ouvimos muitas pessoas dizendo que não podem ser verdadeiras quando estão perto de outras que são mais sensíveis em relação à alguns assuntos. Isso acontece porque esse segundo grupo citado usa técnicas de manipulação para que a pessoa se sinta culpada por explanar aquilo que sente. O primeiro passo para expressar verdadeiramente nossa raiva é entender que o que as outras pessoas fazem nunca é a causa de como nos sentimos. 
4 REVELANDO A CAUSA DA RAIVA
	Até percebermos que aquilo que o outro faz não é o real motivo da nossa raiva, passamos por um longo caminho. De fato, sempre que estamos com raiva, estamos julgando alguém culpado, transferimos a autoridade que temos sobre os nossos sentimentos aos outros. Pode parecer contraditório, mas a causa da raiva está localizada em nosso próprio pensamento. 
	Ao localizarmos a causa da raiva no nosso pensamento, deixaremos de fazer uma análise mental no que alguém supostamente fez de errado conosco, e teremos a oportunidade de analisar ao que está dentro de nós. Ao invés de olhamos para as falhas do outro, retornaremos nossa visão para os nossos próprios pensamentos. Quando alguém falhar em algum encontro conosco, não precisamos nos sentir magoados, antes, utilizaremos desse tempo para fazer uma analise no motivo pelo qual nos sentimos magoados ao sermos frustrados por essa falha. Não é o comportamento de outra pessoa, e sim nossas próprias necessidades que causam nossos sentimentos. A raiva é o resultado de pensamentos egoístas, pensamos tanto em nossas necessidades, daquilo que nós precisamos, nos nossos motivos, que nos esquecemos de olhar para o outro com a mesma intensidade que olhamos para nós. Na realidade, quando sentimos raiva, estamos mais preocupados em analisar e julgar alguém, do que realmente nas nossas próprias necessidades que não estão sendo atendidas. 
	Ao olharmos para os sentimentos da outra pessoa, não estamos reprimindo a raiva, estamos vendo como a raiva não existe quando deixamosde julgá-las e passamos a compreender o seu estímulo. 
5 A RELAÇÃO ENTRE O JULGAR E A VIOLÊNCIA
	Até aqui entendemos que nunca ficamos com raiva por causa do que os outros dizem ou falam, e que o verdadeiro motivo da raiva está no nosso próprio pensamento. Na verdade, toda raiva é resultado de uma necessidade que não está sendo atendida e para a expressarmos plenamente, devemos ter a consciência dessa necessidade. Onde temos essa necessidade? Em que área especificamente? Na nossa área emocional, na nossa área familiar, na nossa área profissional? É preciso descobrir e ter energia para fazer com que essa necessidade seja atendida. Entretanto, essa energia, é direcionada para punir as pessoas, em vez de descobrir a nossa própria necessidade e atendê-la. Algo surpreendente acontece quando nos desligamos dessa carga de julgar os outros e passamos a tentar resolver os nossos próprios problemas, conseqüentemente, acabamos também, por ajudar aqueles que antes roubavam toda nossa energia ao nos deixar com raiva. Toda raiva pode ser valiosa, se a usarmos como um despertador para nos acordar e transformar a nossa vida em algo melhor. Quando não fazemos isso, acabamos por transformar esse sentimento em violência, o que faz com que ele seja uma causa principal na maioria dos crimes cometidos dolosamente, a raiva nos rouba energia ao dirigi-la para ações punitivas. Não é o que a outra pessoa faz, mas as imagens e as interpretações em minha própria cabeça que provocam a minha raiva. Ou seja, antes de pensarmos “Estou com raiva porque eles...” devemos pensar “Estou com raiva porque estou precisando de...” Isso causará uma transformação tanto no nosso mundo interior como no mundo exterior. 
	
	 
6 O PERIGO DE NÃO IDENTIFICAR O MOTIVO DA RAIVA
	Quando julgamos as pessoas, ou rotulamos as suas ações como egoístas, esse tipo de pensamento faz com que nos sintamos injustiçados, e já vimos que esse sentimento de injustiça traz a raiva como principal acessório. Rotular as pessoas faz com que nossos olhos estejam mais dispostos a revelar a identidade delas, do que prestar atenção nas nossas necessidades. Através desse julgamento a outras pessoas, nos iludimos, e acreditamos que a nossa dor se origina dos outros e que, portanto, eles merecem ser punidos. Essa mentalidade é a origem de toda violência. 
	Julgar outra pessoa diminui a probabilidade de que nossas necessidades venham a ser atendidas. É raro o ser humano que consegue se concentrar em nossas necessidades quando as expressamos por meio de imagens que ele está errado. Ou seja, julgar, apontar o erro, pressionar a pessoa, não é a maneira certa de fazer com que ela mude de comportamento, a maioria das pessoas quando se sentem pressionadas a mudar, tendem a fugir, a se isolar, ou ignorar os conselhos de mudança. O passo mais importante no primeiro momento é ouvir, conhecer a pessoa, tentar chegar à raiz daquele sentimento, tentar observar o motivo por trás de a pessoa expressar a raiva de maneira tão violenta e não se sentir culpada pela dor do outro. 
	A raiva pode sim ser expressa, temos quatro opções quando escutamos uma mensagem que confronta a nossa própria vontade: Culpar a nós mesmos, culpar os outros, perceber nossos próprios sentimentos e necessidades e perceber os sentimentos e necessidades dos outros. Depois de decidirmos como agir, o nosso mundo exterior será mudado por essa decisão. 
7 VIVENDO EM HARMONIA
	A raiva pode ser fatal, o não entendimento de como expressar os nossos próprios sentimentos e a transferência de culpa para outras pessoas, faz com que esse sentimento que pode ser libertador para o nosso autoconhecimento, se torne em algo violento e de conseqüências graves. Quando decidimos agir não da maneira que achamos que é correta, mas da maneira que leve em consideração aquilo que a outra pessoa sente e o real motivo da nossa raiva, entramos em um patamar de conhecimento próprio o qual pode gerar uma paz geral. É essencial ponderar todos os prós e contras de expressarmos nossa opinião sem levar em conta os sentimentos dos outros. A prática de olhar para o outro é algo que devemos levar para toda vida. Nossa raiva vem de julgamentos, de rótulos e acusações a respeito do que as pessoas deveriam fazer e do que elas merecem. Seria interessante traduzir cada julgamento que temos numa necessidade não atendida que nós temos. Não devemos nos sentir pressionados, devemos avançar no nosso próprio ritmo. O importante é viver em harmonia com os nossos valores.

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