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Acidose e Alcalose Animal

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Amanda Garlonetti
Ayelen Alejandra Correa
Bruna Marks Likes
Débora Gonçalves Pereira
Jhennifer Souza
 ACIDOSE E ALCALOSE RUMINAL 
INTRODUÇÃO
Fisiologia do Rúmen
O rúmen serve como um grande tanque de fermentação.
Nesse local, forças físicas, químicas e biológicas interagem para seu desdobramento e retenção. 
É nele que ocorre a degradação do alimento de origem fibrosa.
O rúmen tem um volume aproximadamente de 100 litros para bovinos e 10 litros para ovinos (animais adultos)
Desenvolvimento ruminal
Fisiologia do Rúmen
Os produtos da fermentação (na maior parte são: acido acéticos, propiônicos e butíricos).
O dióxido de carbono (C2) e o metano (CH4) formados no processo de fermentação são liberados através da eructação.
Bactérias e protozoários são encontrados no rúmen.
Fisiologia do Rúmen
™Carboidrato é o nutriente mais importante na dieta dos ruminantes. 
Os vegetais contém aproximadamente 75% de carboidratos.
™Polissacarídeos (vegetais): celulose, hemicelulose, pectinas, frutosanas e amido, com menor concentração de outras moléculas de dissacarídeos e monossacarídeos. 
A celulose é a mais abundante.
™Produtos finais fonte de energia.
Fermentação ruminal dos CHOS
Acético + Propriônico + Butírico.
70 – 80 exigência energética do animal
FDN 49 – 50% fermentada no rúmen
CHOS 90 – 100% fermentada no rúmen
Pectina 90 – 100% fermentada no rúmen
Amido 50 -80% fermentada no rúmen
Fermentação ruminal dos CHOS
Fermentação ruminal dos CHOS
Conteúdo do Rúmen e a Microflora
No Rúmen há, por grama de conteúdo, cerca de 10¹⁰ bactérias distribuídas em mais de 1.000 espécies e de 10⁶ protozoários em mais de 30 espécies.
São todas anaeróbicas ou aeróbicas facultativas.
 São classificadas em :
 Fermentadoras de carboidratos estruturais (CE)
 Fermentadoras de carboidratos não estruturais (CNE)
 Fermentadoras de carboidratos estruturais
Degradam a celulose e hemicelulose da parede celular dos vegetais.
Taxa de crescimento lento.
Dependentes de amônia e ácidos graxos de cadeia ramificada para síntese de proteína.
Fermentadoras de carboidratos estruturais
Fonte: REDVET. Revista electrónica de Veterinaria 1695-7504 
2007 Volumen VIII Número 6 
Fermentadoras de carboidratos não-estruturais
Degradam amido, dextrinas, frutosanas e açúcares.
Taxa de crescimento alta.
Utilizam amônia, aminoácidos e peptídeos para síntese de suas proteínas.
Fermentadoras de carboidratos não-estruturais
Proteolíticas: Utilizam aminoácidos como principal substrato energético; degradam proteínas mais intensamente que os demais.
Prevotella ruminicola
Ruminobacter amylophilus
 
 Metanogênicas : São as mais estritamente anaeróbias do rúmen; produzem metano a partir de CO2 e H2.
Methanobrevibacter ruminantium 
Methanobacterium formicicum 
Fermentadoras de carboidratos não-estruturais
 Lácticas: Crescem em condições de baixo pH ruminal e utilizam ácido láctico como substrato energético. 
 Pectinolíticas: Fermentam pectina; são semelhantes às bactérias que utilizam carboidratos não-estruturais. 
Treponema saccharophilum 
Lachnospira multiparus
 Lipolíticas: Hidrolisam triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos.
Anaerovibrio lipolytica 
 Ureolíticas: Se encontram no rúmen aderidas no epitélio ruminal; hidrolisam uréia liberando amônia.
Megasphaera elsdenii 
Existe ainda no rúmen, espécies de Clostridium, Eubacterium, Bifidobacterium e bactérias que não fermentam açúcares. 
Conteúdo do Rúmen e a Microflora
A maior parte dos protozoários no rúmen são ciliados.
Classificados em dois grupos:
Entodiniomorfos: ingerem partículas insolúveis suspensas no fluido ruminal (dieta a base de forragem).
Holotriquias: ingerem materiais solúveis e grânulos de amido (dieta rica em grãos de cereais).
Conteúdo do Rúmen e a Microflora
Os Fungos eram antes conhecidos como protozoários flagelados.
Pouco ainda se sabe sobre sua importância.
Estão associados com a degradação da fibra no rúmen.
Presentes em grande numero em animais com dietas fibrosas.
Colonização do rúmen em bezerros
Condições de desenvolvimento dos microorganismos
Anaerobiose, ou seja, ausência quase total de oxigênio (O2); 
pH entre 5,5 a 7,0, sendo mais comum, valore entre 6,8 a 6,9; 
temperatura entre 39 à 40 °C, ideal para a atividade enzimática microbiana;
fornecimento contínuo de substrato, que é o alimento destes microorganismos; 
alta umidade (em torno de 80% até 90% de água); 
retirada contínua dos produtos finais da fermentação, que poderiam acumular e se tornarem tóxicos. 
Condições extremas, podem causar enfermidades: 
Acidose
Alcalose
Condições extremas, podem causar enfermidades: 
Acidose
Alcalose
ACIDOSE
Ocorre quando o pH do rúmen cai abaixo de 5,8
Crescimento bacteriano é reduzido
Digestibilidade total da dieta fica comprometida
SINTOMAS NO REBANHO
Consumo de alimentos cai drasticamente
O teor de gordura do leite diminui
Surgem casos de laminite
Desempenho dos animais
 pode ser prejudicado
Depressão geral 
 na aparência da vaca
SINTOMAS NO REBANHO
PORQUE O pH CAI?
O pH cai devido ao acúmulo de ácidos no rúmen, principalmente o ácido propiônico
Derivado da fermentação de CNF (especialmente do amido)
 À medida que o pH cai, as condições tornam-se propícias para o crescimento de microrganismos que produzem ácido lático, que é cerca de 10 vezes mais forte do que a maioria dos AGV produzidos no rúmen.
Contribuindo ainda mais para a redução no pH do meio. 
NA DIETA 
Vacas que consomem quantidades elevadas de CNF, (grãos de cereais), enfrentam períodos de elevada acidez ruminal, especialmente imediatamente após o fornecimento do concentrado ou ração completa.
NA DIETA
Dietas ricas em carboidratos não fibrosos, de fermentação rápida, particularmente as que contém alto teor de amido,levam a quedas significativas no pH ruminal. Isso é muito evidente em vacas que consomem grandes quantidades de concentrado, poucas vezes ao dia, como é o caso de vacas a pasto de produção elevada, que recebem suplementação com alimentos concentrados
NA DIETA 
Com muita ração concentrada a vaca experimenta picos de pH baixo no rúmen, o que abre as portas para o desenvolvimento de microrganismos que produzem bastante ácido lático, instalando-se a condição de acidose, que prejudica bastante o desempenho dos animais.
NA DIETA 
Para vacas que recebem ração completa, é importante prestar atenção ao tamanho de partículas da dieta. É fundamental que haja fibra efetiva suficiente para estimular a mastigação, pois com isso há maior produção de saliva, que tem forte ação tamponante no rúmen, evitando muitas flutuações de pH. 
COMO PREVENIR? 
Não se recomenda formular dietas para vacas leiteiras com mais de 40% CNF na MS total
Oferecer concentrado, com tamanho de partículas reduzido, o que facilita a digestibilidade 
COMO PREVENIR? 
 Uma vaca que produz 25 kg de leite, e come em torno de 8-9 kg de concentrado de uma só vez, pode sofrer muito com acidose, principalmente se esse concentrado for rico em amido.
 Quebrar esse fornecimento em pelo menos duas vezes é recomendável, bem como substituir parte do amido por uma fonte de energia de degradação mais lenta, como subprodutos fibrosos (polpa cítrica, casca de soja, farelo de trigo, farelo de glúten de milho, caroço de algodão, etc)
Polpa crítica
Farelo de trigo
Caroço de algodão
COMO PREVENIR? 
Leveduras úteis na prevenção da ocorrência de acidose
Produtos à base de leveduras vivas estimulam o crescimento de microrganismos utilizadores de ácido lático, o que contribui para a estabilização do pH ruminal 
COMO PREVENIR? 
Outra possibilidade de uso fácil são os tampões, como bicarbonato de sódio ou calcário calcítico. Esses produtos impedem a queda drástica do pH, contribuindo para a melhoria do ambiente ruminal.
Outro grupo
de aditivos que têm se mostrado bastante efetivos no controle de pH é o dos ionóforos. Sua adição às dietas inibe o crescimento de espécies produtoras de ácido lático, favorecendo as que produzem ácido propiônico, o que além de ajudar no controle do pH, resulta em maior produção de precursores de energia para a vaca. Além disso os ionóforos também ajudam no controle do crescimento de espécies que produzem metano, que constitui-se numa importante fonte de perda energética no rúmen.
ALCALOSE
A alcalose ruminal é uma disfunção digestiva originada por desiquilíbrio na dieta, determinando um aumento na concentração de radicais NH3 no rúmen.
Essa doença inicia-se com excesso no consumo de substâncias nitrogenadas ou compostos alcalinizantes, o que gera a produção excessiva de NH3, a qual ao não ser utilizada apropriadamente acumula-se aumentando o pH ruminal.
Nessas condições, os protozoários diminuem e desencadeiam a alcalose metabólica com a consequente diminuição de cálcio ionizável no sangue.
PRINCIPAIS CAUSAS:
Fornecimento de alimentos com alto conteúdo de substâncias nitrogenadas (proteína e ureia)
Aporte deficiente de glicídios e simultâneo fornecimento de substâncias nitrogenadas
Alto conteúdo de nitratos e nitritos em algum componente da dieta
Aplicação de grandes quantidades de substâncias alcalinizantes, como NaHCO3 e MgO
Consumo de alimentos contaminados com terra
Intoxicação com ureia
SINAIS CLINICOS
Anorexia em diferentes graus
SINAIS CLINICOS
Diminuição da ruminação e da mobilidade ruminal
Hipersalivação
SINAIS CLINICOS
Diminuição da produção leiteira 
Alterações reprodutivas 
Diminuição na qualidade do sêmem
Timpanismo residual leve 
SINAIS CLINICOS
Tremores e espasmos causados pela falta de cálcio (hipocalcemia) ou Síndrome da vaca caída. 
DIAGNÓSTICO
Baseado no líquido ruminal
Cor marrom-verde
Cheiro amoniacal
Maior viscosidade
Ph 7,2 – 8,0 em casos agudos; 7,2 - 7,5 casos subclínicos
Baixo nímero de protozoários
Ácidos graxos voláteis: propiônico diminuído e butírico aumentado
DIAGNÓSTICO
 Baseado na urina
pH 7,0 - 7,5 por excesso de substâncias nitrogenadas
 pH 8,5 – 9,0 por excesso de substâncias alcalinizantes
DIAGNÓSTICO
Baseado no leite
Baixa acidez
Baixo teor de proteínas e lactose
Alto teor de ureia
TRATAMENTO
Casos leves: 
é necessário acidificar o meio ruminal ao tempo que se corrige a dieta. 
A neutralização se realiza aplicando 1 a 2 L de acido acético a 8%; 70ml de ácido lático ou fórmico em 5 litros de água. Deve ser acompanhada de uma massagem forte sobre o rúmen e monitoração do pH.
Administrar 5L de líquido ruminal de uma vaca sadia e 100g de propionato de sódio por dia direto no rúmen por 2 a 3 dias.
TRATAMENTO
Casos graves:
Além da terapia descrita anteriormente, deverão ser feitas lavagens ruminais no início e fornecer a seguinte terapia sistêmica:
 Soluções acidificantes
 Aplicar soluções de glicose
 Administrar soluções de cálcio e magnésio
 Aplicar antibióticos
 Utilizar infusões de linhaça ou camomila com propinato de sódio
REFERENCIAS
http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/nutricao/probioticos-ruminais-ganham-atencao-15943n.aspx
http://www.farmpoint.com.br/radares-tecnicos/sanidade/acidose-ruminal-em-ovinos-e-caprinos-67630n.aspx
http://rehagro.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=496
de Ondarza, M. B. Rumen acidosis....causes and remedies. Hoard's Dairyman, v. 151, n. 09, 2006.
http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n060607/060703.pdf
http://zootecniae10.blogspot.com.br/2011/08/microbiota.html
Archives of Veterinary Science, v.14, n.1, p.63-73, 2009 
Fisiologia animal. Adaptação e Meio Ambiente. Knut Schmidt-Nielsen
Tratado de Fisiologia Veterinária. James G. Cunningham, Bradley G. Klein
Bioquimica Veterinária. Metry Bacila
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