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Nutrição Animal - Exercícios

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55
Nutrição – B2
1. Quais carboidratos (CHO’s) são utilizados com maior eficiência?
A fermentação dos carboidratos no rúmen varia com a sua disponibilidade. Por ordem de velocidade de degradação, são:
· Açucares solúveis, como hexoses, sacarose e frutosonas, que sofrem rapidamente a ação da microbiota. 
· Em segundo lugar os amidos.
· Os componentes estruturais dos tecidos vegetais, celulose e hemicelulose são fermentados bem lentamente. 
2. Qual a importância da produção suficiente de saliva para a fisiologia do rúmen?
A saliva possui inúmeras funções, uma delas é promover a mistura dos alimentos e formação do bolo alimentar. É importante também no processo de regurgitação, quando há a remastigação e uma estimulação do processo de salivação, garantindo mais saliva para o rúmen, sendo essa sua principal função: manter o pH ruminal estável. A saliva é composta por água, mucina, mucinato e principalmente bicarbonatos e fosfatos. A sua constituição lhe garante um alto poder tampão (capacidade de se ligar aos íons H+) e, isso associado à sua intensa produção nos ruminantes (50 a 150 litros/dia) permite que o pH ruminal não oscile muito, ficando estável em torno de 6,5. A saliva é indispensável para o bom funcionamento do rúmen, pois se houvessem oscilações no pH desse órgão, grande parte dos microrganismos que constituem sua microbiota seriam eliminados. Além disso, o processo de fermentação ruminal causa um processo de acidificação do rúmen e a saliva é responsável por neutralizar o pH, prevenindo um quadro de acidose. Quanto maior for o teor de fibra no alimento fornecido, maior é o estímulo para a produção de saliva com suas substâncias tamponantes e maior é o controle do pH ruminal. 
Resposta da Apostila
Pode haver o comprometimento da fisiologia ruminal, devido à queda do pH ruminal, caso não haja produção suficiente de saliva em dietas pobres em fibra efetiva e/ou muito ricas em carboidratos solúveis, que são facilmente fermentados por bactérias amilolíticas. Este grupo de bactérias não consegue fermentar a celulose e a hemicelulose. Há um abaixamento do pH matando as bactérias desejáveis e crescendo outras, que são indesejáveis e que causam problemas para os bovinos, como a acidose ruminal que tem como consequência a laminite, diarreia, torção de abomaso, mastite, infecções uterinas e etc. 
 
3. Qual a composição da parede celular das gramíneas?
A parede celular das plantas é constituída por pectinas (polissacarídeo), celulose (CHO estrutural), hemicelulose (CHO estrutural) e lignina. Suas concentrações vão variar de acordo com o crescimento da planta. Quanto mais madura for, maior será a quantidade de lignina, ou seja, pouco digestível. Quanto mais jovem e tenra for, maior será a concentração de celulose, carboidrato estrutural altamente digestível pelos microrganismos ruminais. A lignina não é considerada um carboidrato estrutural, mas é encontrada ligada à hemicelulose e representa importante função de proteção para as plantas, conferindo rigidez. A celulose se apresenta sob a forma de uma malha estrutural chamada de microfibrila. Existem pequenos espaços entre as microfibrilas que podem ser preenchidos com lignina, cutina (substância graxa) ou outros. 
4. Quem hidrolisa as proteínas no rúmen e qual é o produto adquirido?
As proteínas (PDR – Proteínas Degradáveis no Rúmen) são hidrolisadas (digeridas) por enzimas microbianas, dando aminoácidos que as constituem. Parte destes aminoácidos é digerida pelas bactérias ruminais, produzindo AGVs, metano, CO2 e NH3. O último, amônia (NH3), é utilizado como fonte de nitrogênio para a síntese da proteína microbiana, que é necessária para o desenvolvimento da microbiota ruminal. 
5. Os microrganismos após morrerem, são digeridos e qual órgão? Qual é o produto dessa digestão e onde são absorvidos?
As bactérias e protozoários (microrganismos) que morrem constantemente no rúmen representam fonte de proteína bruta microbiana. Esses microrganismos são digeridos tanto no abomaso quanto no intestino delgado em aminoácidos. Esses aminoácidos são absorvidos principalmente nas porções finais do intestino delgado (parte final do jejuno e íleo) e parte do intestino grosso. Esses aminoácidos absorvidos são utilizados para a produção de proteínas pelo bovino. 
Em bovinos a pasto, a proteína microbiana é a principal fonte de aminoácidos. 
6. Quais são os principais AGV’s produzidos pela fermentação ruminal? Para que servem?
Os principais AGV’s produzidos a partir da fermentação dos carboidratos são Ácido Acético (acetato), Ácido Butírico (butirato) e Propiônico (propionato). A sua concentração vai depender do tipo de alimento (volumoso ou concentrado). Na dieta de volumosos há maior produção de acetato, enquanto que na dieta rica em concentrados há maior produção de propionato. Os AGV’s são, posteriormente, absorvidos no rúmen e retículo. Representam a principal fonte energética para os ruminantes e também têm função importante em manter o pH ruminal.
7. Porque na dieta de bovinos não podem conter elevados teores de lipídeos?
Os lipídeos possuem efeito tóxico sobre os microrganismos ruminais, ainda mais sobre aqueles que digerem a fibra. Além disso, formam uma barreira física, o que impede as bactérias de se aderirem à fibra e isso acaba afetando de forma negativa a digestão dos carboidratos estruturais (celulose e hemicelulose). 
8. Onde ocorre a digestão dos lipídeos nos ruminantes?
No rúmen não há fermentação de certos lipídios, mas pode ocorrer lipólise (quebra de lipídeos) e biohidrogenação (consiste em saturar os ácidos graxos insaturados com hidrogênio, tornando-os menos tóxicos para as bactérias ruminais). Ao chegar ao abomaso os lipídios sofrem ação do suco gástrico, rico em HCl (ácido clorídrico), mucina e outros, incluindo enzimas lipolíticas (degradam lipídios), como a lipase gástrica. A lipase gástrica só age sobre lipídios de baixo ponto de fusão e já emulsionados, portanto sua ação é baixa. A verdadeira digestão dos lipídios se da no intestino delgado pela ação da lipase pancreática liberada pelo pâncreas. A bile, produzida no fígado, tem ação de emulsificar os lipídios, tornando-os fáceis de serem digeridos e isso potencializa a ação da lipase pancreática em até 4x, que transporta os compostos lipídicos em AGL (ácidos graxos livres) que posteriormente são absorvidos pelo intestino delgado. 
9. Qual a origem das proteínas que chegam ao ID?
As proteínas que chegam ao ID são advindas de três fontes: proteínas microbianas, proteínas que não passam pela fermentação ruminal e proteínas de células de descamação epitelial. Elas sofrem ação de proteases intestinais e pancreáticas em aminoácidos e peptídeos pequenos que serão absorvidos. 
10. Qual a temperatura da água aceita pelos bovinos?
Aceitam bem água com temperatura acima de 10 graus célsius. Porém, isso vai depender de diversos fatores, como por exemplo, as condições ambientais. Preferem então, a água entre 25 a 32 ºC.
11. Quais os processos que envolvem a digestão do alimento pelos ruminantes?
Primeiramente o alimento sofre ação de processos fermentativos, processos nos quais os microrganismos presentes no rúmen e retículo irão fermentar a fibra, produzindo ácidos graxos voláteis, principal fonte de energia para os ruminantes. Há também síntese de vitaminas do complexo B e K e produção de proteínas de origem microbiana. A partir do abomaso ocorrem os processos químicos de digestão, onde há a liberação de sucos digestivos ricos em enzimas e ácidos ou substâncias alcalinas (depende do suco) que realizarão funções específicas sobre nutrientes específicos. O suco gástrico, liberado no abomaso, é rico em HCl, pepsina, Catepsina, renina (lactentes) e outras enzimas que realizam principalmente a digestão de proteínas e pouca digestão de lipídios. Já a partir do intestino delgado há a liberação de enzimas que atuam nos três nutrientes fundamentais, proteínas (proteases), carboidratos (amilases) e lipídios (lipases) e a atuação dessas enzimas depende, principalmente, da liberação de secreções biliarese pancreáticas. A digestão se finaliza na porção média do jejuno, após isso, os nutrientes oriundos da digestão das macromoléculas, são absorvidos pelo epitélio intestinal rico em microvilosidades. 
Resposta da Apostila
1. Ingestão;
2. Mastigação;
3. Ruminação;
4. Fermentação Microbiana (nos pré-estomagos);
5. Digestão ácida;
6. Digestão enzimática;
7. Fermentação Microbiana (no intestino). 
12. Qual o nome dado às projeções localizadas na parede ruminal? Qual a função?
As projeções são as papilas ruminais, cuja função é aumentar a área de absorção do rúmen, o que permite uma maior absorção de nutrientes em direção à corrente sanguínea. Há absorção principalmente de AGV’s e Amônia. 
13. Quais são os microrganismos que digerem a maior parte das fibras ingeridas pelos ruminantes?
Bactérias como Prevotella ruminicola, Fibrobacter succinogenes, Ruminococcus (R. flavefaciens e R. albus) e Butyrivibrio fibriosolvens. É importante lembrar que a ação dos fungos também é indispensável, esses liberam enzimas que perfuram a parede celular rígida, permitindo a entrada das bactérias no interior da célula vegetal e sua digestão de dentro para fora. Logo, somente após a ação fúngica sobre a parede celular é que as bactérias irão atuar. 
Resposta da Apostila
Cerca de 50% da celulose e hemicelulose são digeridos pelos fungos e o restante pelas bactérias e protozoários, sendo que a parte “mais dura” destes carboidratos é digerida pelos fungos e o “resto mais mole”, pelas bactérias e protozoários. 
14. As principais exigências básicas para o crescimento e multiplicação dos microrganismos do rúmen são?
Umidade adequada (85 a 90%), temperatura ótima (38 a 41 ºC), pH (ideal é de 6,5 – pode haver pequena oscilação), matéria seca (10 a 18%), substratos como nitrogênio, aminoácidos, minerais e carboidratos e, por fim, anaerobiose (pouca quantidade ou ausência total de oxigênio). 
15. O que é necessário para que ocorra a utilização com eficiência dos CHO’s da parede celular?
A utilização dos CHO’s com eficiência vai depender da digestibilidade da forragem. Quanto maior a quantidade de lignina nessa forragem, ou seja, quanto mais crescida e maturada ela for, menos digestível ela é. Quanto mais jovem e tenra for, maior sua digestibilidade e, portanto, maior o aproveitamento.
A utilização com eficiência também vai depender da concentração de determinados microrganismos ruminais, os fungos, responsáveis por atuar na parede celular através de enzimas e impacto físico, abrindo-a para a entrada das bactérias, que digerem a parte nutritiva da célula vegetal pela liberação de enzimas.
16. Quais os principais CHO’s estruturais presentes na parede celular das gramíneas tropicais?
Celulose (principalmente), hemicelulose e lignina. A diferença entre as gramíneas temperadas é que nas tropicais a lignina é mais presente, pois as altas temperaturas (clima tropical) estimulam uma transformação dos carboidratos, nitratos e proteínas em componentes estruturais. Isso faz com que a digestibilidade da pastagem caia consideravelmente. 
Ressaltando, a lignina não é considerada um carboidrato estrutural, mas encontra-se ligada à hemicelulose e celulose. 
Equinos – Metabolismo de Carboidratos
1. Sendo os equinos, monogástricos de estomago simples, quais as principais substâncias digeridas e porque há a possibilidade da fermentação microbiana nos equinos?
O TGI dos equinos é capaz de realizar dois tipos de digestões, a enzimática, que realiza a digestão de carboidratos não estruturais dos alimentos, como amido, maltose e sacarose, e a fermentativa, que ocorre devida à grande população de microrganismos presente no ceco e cólon funcional desses animais, que realiza a digestão de, principalmente, carboidratos estruturais presentes na parede celular das plantas. 
2. Que tipos de digestão ocorre nos equinos?
Ocorrem dois tipos, a digestão pré-cecal (antes do ceco) que é basicamente realizada por enzimas, e a digestão pós-íleal (após a válvula ileocecal), que é a digestão fermentativa realizada pela microbiota local. Vale ressaltar que no estômago ocorrem alguns processos fermentativos (pouco, quando comparado ao intestino grosso) em razão de uma extensa área aglandular (desprovida de glândulas) localizada na região do corpo e fundo do estomago. 
3. Porque a qualidade da ingesta que chega até o intestino grosso pode prejudicar a digestão microbiana?
Em decorrência da digestão enzimática e absorção dos nutrientes (carboidratos solúveis e proteínas), que ocorre antes que o alimento chegue ao intestino grosso, a qualidade daquela massa prejudica a digestão microbiana, pois faltam nutrientes para a microbiota (proteínas, carboidratos e minerais). Devido a isso, a energia obtida pela fermentação dessa fibra é muito menor. 
4. Como ocorre a mastigação dos alimentos nos equinos?
Os equinos captam os alimentos com auxilio de lábios, língua e dentes, sendo fundamental a dentição completa e sem anomalias para que ocorra a mastigação, sendo que a duração da mesma vai depender do tipo de alimento. 
5. Onde ocorre a digestão e absorção das gorduras nos equinos?
A digestão de gorduras acontece no intestino delgado, principalmente pela ação do suco pancreático, rico em enzimas lipases (quebram lipídios) e também pela ação do suco biliar, que emulsifica as gorduras, tornando-as mais fáceis de serem quebradas. A absorção dos lipídeos acontece ao longo do intestino delgado através das microvilosidades pela circulação linfática. 
6. Porque os alimentos permanecem por mais tempo no intestino grosso dos equinos, em relação aos outros órgãos do trato gastrointestinal? Com qual função?
Os equinos apresentam um intestino grosso altamente desenvolvido e com muita motilidade. O cólon, por exemplo, é subdividido em cólon ventral direito e esquerdo, cólon dorsal direito e esquerdo e cólon distal. Graças a isso, o alimento fica por muito mais tempo nessas porções e isso favorece a fermentação, pois possibilita a ação dos microrganismos na digestão da parede celular das forragens por muito mais tempo.
7. Quais são os principais carboidratos estruturais e qual a porcentagem que estes são digeridos?
Celulose, hemicelulose e pectinas. Os equinos digerem entre 40 a 50% dos carboidratos da parede celular. 
8. Como há diferenças na fisiologia digestiva de equinos e ruminantes, em relação à digestão de carboidratos estruturais e não estruturais, descreva como ocorre a digestão dos carboidratos pelos equinos, tanto na digestão enzimática como na microbiana, como também, os produtos formados por essas digestões. 
Na região do intestino delgado, os carboidratos não estruturais serão hidrolisados (quebrados) por ação de enzimas, principalmente as pancreáticas, o que inclui sacarases, maltases, lipases e amilases. As enzimas irão digerir os carboidratos não estruturais a monossacarídeos, partículas que, posteriormente, serão absorvidas no próprio intestino delgado. Os carboidratos não estruturais que escapam a essa digestão enzimática serão fermentados no IG, gerando ácidos graxos voláteis. 
Os carboidratos estruturais são fracionados em carboidratos rapidamente e lentamente fermentáveis, são eles celulose, hemicelulose, pectinas, frutanas e outros. Serão convertidos por ação enzimática dos microrganismos do IG em ácidos graxos voláteis, acetato, propionato, butirato, valérico e isovalérico.
9. Com a possibilidade de aproveitamento da fibra pelo ceco e colon dos equinos, a geração de energia través dos carboidratos estruturais, é suficiente para suprir as exigências energéticas dos equinos?
Essa geração de energia PODE ser capaz de satisfazer as exigências dos equinos, entretanto, animais que realizam esforço intenso (alto desempenho) necessitam de uma maior quantidade de energia na dieta. Essa suplementação é feita com adição de grãos ou subprodutos de grãos de cerais, pois estes contém muito amido (fornece muita energia – 95% digerível) e açucares. 
10. Porque a quantidade de carboidratos, como o amido, em excesso pode causar problemas para os equinos?
A digestão enzimáticaque acontece no intestino delgado não é capaz de realizar a digestão completa desse excesso de amido, resultando no transporte desse carboidrato não estrutural para o ceco e cólon. Lá ele é rapidamente fermentado, produzindo gases em excesso e também ácido lático. O ácido lático retém água e diminui o pH intestinal, o que afeta diretamente a microbiota, resultando em desordens digestivas. Ainda, o excesso de gases distende a parede intestinal e comprime o TGI, causando cólicas. 
11. Qual a importância da fibra para os equinos?
A fibra é importante para todas as espécies, inclusive para as aves. Ela auxilia e facilita a movimentação do alimento pelo TGI. Nos equinos ela previne distúrbios comportamentais (como aerofagia) que ocorrem quando há falta de fibra. 
12. Em relação à digestão da fibra, qual fator pode levar a diminuição da digestibilidade das pastagens? Por quê?
A lignificação (aumento da quantidade de lignina) é um fator limitante para a digestão, pois os herbívoros são limitados em sua digestão pelo curto período de tempo que a fibra fica exposta à digestão microbiana. A lignina presente na parede celular das fibras é capaz de inibir a digestibilidade de outros carboidratos estruturais como a celulose e hemicelulose. 
13. Porque os equinos apresentam uma eficiência de digestão inferior a dos ruminantes?
O fato de o alimento passar muito mais rápido pelo TGI do equino faz com que haja uma ação microbiana por menor tempo, quando comparada à digestão microbiana dos ruminantes. Desta forma, os equinos digerem a fibra com 60 a 70% da eficiência dos ruminantes. 
Ainda, a eficiência na utilização dessa fibra depende de três fatores: composição da dieta, atividade de digerir fibras (fibrolítica) da microbiota e o tempo que o alimento fica em determinado segmento do trato digestório. 
14. Esquematize o fracionamento dos carboidratos das plantas, fazendo observações úteis para o melhor aproveitamento dos mesmos.
Para os equinos foi feito um sistema de fracionamento mais adequado à sua fisiologia digestiva. Os carboidratos são fracionados em: fração dos carboidratos hidrolisáveis em açucares simples no intestino delgado, fração dos carboidratos fermentáveis no intestino grosso. A fração dos carboidratos fermentáveis ainda pode ser dividida em frações rapidamente e lentamente fermentável. 
Conhecer as frações e características físicas e químicas dos alimentos, de acordo com a fisiologia digestiva dos equinos, permite avaliar a qualidade, o valor nutricional e a importância do alimento no balanceamento de dietas. Isso auxilia na prevenção de desordens digestivas que acontecem frequentemente em equinos. 
Os equinos absorvem 95% dos carboidratos não estruturais e 40 a 50% dos carboidratos estruturais, por isso, faz-se importante a presença dos carboidratos não estruturais. Entretanto, deve-se ter cuidado, pois estes carboidratos (amido e frutanas) em excesso podem ser rapidamente fermentados e causar desordens digestivas, como cólica e distensão intestinal por acúmulo de gases. 
De preferência, aconselha-se fornecer gramíneas ricas em celulose e principalmente hemicelulose (equinos aproveitam melhor a hemicelulose). A presença de lignina é um fator inibitório para a digestão dos carboidratos estruturais supracitados. 
Resposta da Apostila
Carboidratos das plantas são divididos em:
· Conteúdo Celular: amido (CHO hidrolisável), açúcares mono e dissacarídeos (CHO Hidrolisável), oligossacarídeos e frutanas (CHO Rapidamente Fermentável).
· Parede Celular: b-glucanas e galactanas (CHO Rapidamente Fermentável), Pectinas e Gomas (CHO Rapidamente Fermentável), Hemicelulose, Celulose e Lignina (CHOs Lentamente Fermentáveis). 
15. Resumidamente, o que você entende da utilização de carboidratos pelos equinos?
Os equinos podem utilizar, de maneira eficaz, tanto carboidratos não estruturais (amido, monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e frutanas) quanto carboidratos estruturais (hemicelulose, celulose, pectinas e gomas, b-glucanas). 
Devido às suas características anatômicas, os equinos possuem a capacidade de realizar a fermentação da fibra, e isso representa uma fonte a mais de energia (não a principal). A digestão enzimática é muito mais eficaz, digerindo cerca de 95% dos carboidratos não estruturais contidos no alimento, enquanto que a digestão microbiana consegue aproveitar cerca de 40 a 50%. Isso se deve mais pelo fato de faltar nutrientes (foram absorvidos no intestino delgado – proteínas, carboidratos e minerais) para os microrganismos do ceco e do cólon. Portanto, os carboidratos não estruturais, digeridos no intestino delgado são a fonte primária de energia.
É de suma importância conhecer a composição do alimento fornecido para o equino, pois um excesso de carboidratos não estruturais, como amido e frutanas podem ocasionar desordens digestivas, pois estes em excesso escapam à digestão enzimática e são rapidamente fermentáveis no ceco e no cólon, produzindo gases em excesso. 
Metabolismo de Lipídeos
1. Quais os principais constituintes dos lipídios?
Nas forrageiras, os lipídios são representados pelos fosfolipídeos e glicolipídeos, enquanto que nos grãos há predominância dos triglicerídeos. 
2. Cite as principais funções dos lipídios.
· A fração em excesso dos carboidratos absorvidos no ID de aves e suínos é metabolizada em gordura e armazenada. Como funções básicas para os lipídios, temos estruturais e reserva energética. 
· As espécies possuem uma camada de gordura que recobre o corpo com função de proteção e isolamento, o panículo adiposo.
· Os lipídios são também precursores (antecedentes) de vitaminas lipossolúveis e ácido graxo essencial. 
· A presença de lipídios no intestino delgado estimula a liberação de colecistocinina, que por sua vez, atua na vesícula biliar, estimulando a liberação de bile. 
· Precursores para síntese de prostaglandinas e hormônios de importância vital na reprodução. 
· Em casos de desidratação, a quebra das gorduras gera maior quantidade de água do que o seu peso oxidado. 
· Nas rações os lipídios melhoram a palatabilidade, reduzem a poeira e a perda de nutrientes, auxilia na manutenção de equipamentos, facilitam a peletização e é um método prático de elevar o conteúdo energético e melhorar a conversão da dieta. 
3. Nos monogástricos, onde são digeridos e absorvidos os lipídios da dieta?
Os lipídios são, basicamente, absorvidos e digeridos no intestino delgado. Neste segmento do TGI há emulsificação e hidrólise dos triglicerídeos, constituintes de micelas com os ácidos e sais biliares (facilitam a digestão e absorção) e são absorvidas através do microvilo intestinal. 
4. Qual o principal órgão que metaboliza a maior quantidade de lipídios nos monogástricos?
O fígado, sendo que este tem grande importância para as aves, pois é onde ocorre 98% da lipogênese (síntese de lipídios). 
5. O que é lipogênese?
Lipo – Lipídios
Gênese – Síntese
Síntese de lipídios, que, nas aves ocorre principalmente (98%) no fígado e nos suínos, no tecido adiposo. 
6. O que são ácidos graxos e como são classificados?
Os ácidos graxos são produtos da hidrólise (quebra) dos triglicerídeos. São classificados em saturados e insaturados. 
7. Quais são os principais ácidos graxos insaturados?
Palmitoleico, oleico, linoleico, linolênico, araquidônico, clupanodônico, eicosapentaenoico – EPA, docosahexaenóíco – DHA. 
8. O que são ácidos graxos essenciais?
São os ácidos graxos que não são sintetizados pelo organismo animal e, portanto, devem ser fornecidos na dieta. São ácidos graxos essenciais Linoleico e Araquidônico. Entretanto, como ocorre síntese do ácido araquidônico a nível hepático a partir do linoleico com a presença da vitamina B6, somente o ácido linoleico faz-se necessário na dieta. 
9. Principais sintomas de deficiência de ácido linoleico em aves e suínos?
Aves:
· Crescimento retardado;
· Fígado gorduroso;
· Redução do tamanho dos ovos;
· Redução da taxa de postura;
· Redução na eclodibilidade dos ovos;
· Elevação da mortalidade embrionária durante a incubação.Suínos:
· Perda do pelo;
· Dermatite escamoso-casposa;
· Pelo seco e quebradiço;
· Deficiência na produção de bile;
· Atrofia dos testículos;
· Redução ou falta de espermatogênese. 
10. Em relação ao ácido ômega 3, qual a importância deste ácido?
Os ácidos graxos da cadeia ômega (EPA e DHA) têm efeitos fisiológicos positivos. 
O EPA está associado à proteção e saúde cardiovascular estando ligado aos processos do metabolismo dos lipídios plasmáticos, agregação plaquetária e coagulação sanguínea. O DHA é fundamental para a formação do tecido nervoso e visual, sendo responsável principalmente pela boa formação da massa encefálica. 
Alguns animais, como as galinhas poedeiras, têm eficiência considerável de conversão do ácido linolênico em EPA/DHA. 
11. Em relação à digestibilidade das gorduras, os ácidos graxos apresentam diferenças na absorbabilidade no intestino delgado. Quais os fatores que mais influenciam essas diferenças?
Os fatores são:
· Comprimento da cadeia carbônica do ácido graxo – ácidos graxos saturados de cadeia longa têm baixa digestibilidade, enquanto que ácidos graxos de cadeia curta podem ser absorvidos pela mucosa gástrica antes de chegar ao intestino. 
· Número de insaturações (ligações carbono-carbono) do ácido graxo – quanto mais, melhor, pois facilita a formação das micelas. 
· Presença ou ausência da ligação éster (glicerol com ácido graxo) – maior parte dos lipídios é absorvida na forma de monoglicerídios. Ácidos graxos livres têm maior digestibilidade na forma de triglicerídeo, quando comparados a digestibilidade dos ácidos graxos livres. 
· Relação entre ácidos graxos insaturados e saturados – é necessário a presença de AG insaturados para o bom aproveitamento dos AG saturados. 
· Integridade da parede intestinal – destruição dos sítios de absorção por Eimeria (coccídeos) ou micotoxinas (toxinas fúngicas) causa redução da absorção. 
· Idade dos animais – animais jovens com dificuldade de produção de bile têm menor digestibilidade de gorduras. 
· Afinidade da FABP (Fatty acid binding protein – proteína de ligação de ácidos graxos) – proteína que possui alta afinidade pelos ácidos graxos. É responsável por transportar ácidos graxos da membrana da parede intestinal para o citossol (citoplasma) do enterócito (célula intestinal). A FABP tem afinidade maior por ácidos graxos de cadeia longa e insaturados. 
12. O que a rancidez das gorduras provoca? Quais os tipos de rancidez? Descreva-as.
São alterações na composição química das gorduras, que modificam seu aspecto físico e suas características organolépticas. Existem dois tipos: hidrolíticas e oxidativa. 
Hidrolítica: pode ocorrer no meio ambiente por ação de microrganismos ou ação de fatores de rancificação, que causam uma hidrolise simples liberando mono e diglicerídeos e ácidos graxos. Não afetam valor energético, somente suas características organolépticas. 
Oxidativa: a rancidez oxidativa resulta em perca de valor energético. A entrada de O2 na cadeia insaturada dos ácidos graxos diminui a capacidade de receber O2 durante o processo de oxidação, resultando em perda energética. Além disso, por modificar as características físico-quimicas, afeta o mecanismo de absorção das vitaminas lipossolúveis além de oxidá-las. 
13. Em relação aos problemas no metabolismo dos lipídios nos monogástricos, descreva a síndrome do fígado e rins gordurosos.
A síndrome do fígado e rins gordurosos acontece com frangos de até 8 semanas de idade e com idade próxima de 21 dias. 
Tem como características, alta mortalidade (até 30%), resulta em paralisia e presença de muita gordura e coloração alterada no fígado e rins. 
14. Quais os produtos da digestão dos lipídios nos ruminantes?
Ácidos Graxos e Glicerol. O glicerol é rapidamente fermentado à ácido propiônico e os AGL são hidrogenados à ácidos graxos saturados. 
15. Nos ruminantes, qual o principal ácido graxo absorvível?
O ácido esteárico (C18).
16. Porque nas dietas de ruminantes, o elevado teor de lipídios pode provocar problemas de digestão de certos nutrientes? Qual seria este nutriente e porque razão isto ocorre?
Os lipídios afetam negativamente a digestão dos carboidratos estruturais por dois motivos, possuem efeito tóxico sobre os microrganismos ruminais, principalmente os que digerem a fibra, e formam uma barreira física que impede a adesão das bactérias às fibras (prejudica a digestão). 
17. Como ocorre a digestão e absorção dos lipídios nos ruminantes?
A digestão dos lipídios tem inicio no abomaso, pela ação da enzima lipase gástrica, entretanto, essa ação é baixa. A verdadeira digestão dos lipídios se da no intestino delgado, onde esses compostos (lipídios) são emulsificados (tornam-se mais solúveis) pelos sais biliares presentes na bile. Após o processo de emulsificação, faz-se possível a atuação das enzimas pancreáticas lipolíticas (lipases) que degradam os glóbulos de gordura em, principalmente, ácidos graxos livres e glicerol. 
Os ácidos graxos voláteis produzidos na fermentação são, em sua grande maioria, absorvidos no próprio rúmen e retículo. 
A composição dos lipídios vai ser alterada durante a digestão microbiana, sendo que, ao chegar no abomaso, a maior proporção de lipídios (70 a 80%) está em forma de ácidos graxos livres, produzidos pela lipólise (quebra de gorduras) microbiana dos triglicerídeos (principais constituintes dos lipídios). 
Os AGL serão hidrolisados por ação da lipase pancreática no ID e serão transformados em micelas por ação dos sais 
biliares, facilitando sua absorção pelas vilosidades intestinais. 
18. A digestão dos lipídios depende de secreções de alguns órgãos. Quais são esses órgãos? 
 A digestão dos lipídios, que ocorre no intestino (maior parte), depende de secreções do fígado (bile), que libera sais biliares emulsificantes; pâncreas (secreção alcalina e diversas enzimas) que libera substância alcalina (bicarbonato) que neutraliza o pH do quimo e libera várias enzimas, dentre elas as lipases; e a própria mucosa intestinal, que protege o epitélio intestinal contra o pH ácido do quimo. 
Nutrição de Cães e Gatos
O segmento pet vem crescendo intensivamente e ganhando espaço significativo no mercado nacional. Com essa grande evolução, os estudos da nutrição desses animais também avançaram consideravelmente. Anteriormente, os pets comuns (cães e gatos) tinham uma nutrição baseada em restos de alimentação humana. Com o avanço do melhoramento genético nesses animais, criaram-se animais sensíveis e muito mais exigentes em relação à alimentação. Foi a partir daí que chegaram as grandes indústrias produtoras de ração e revolucionaram o segmento alimentício do mercado pet. 
Atualmente os tipos de ração são divididos em basicamente quatro tipos:
· Econômica – baixo custo e baixa qualidade;
· Padrão – baixo custo e baixa qualidade;
· Premium – médio custo e qualidade média;
· Super Premium – alto custo e alta qualidade.
A frase “nem sempre o mais caro é o melhor” torna-se uma inverdade quando se trata de nutrição de cães e gatos. As diversas categorias (jovem, adulto, idoso, gestante, lactante) possuem exigências nutricionais diferenciadas, entretanto, todas elas precisam de um alimento completo e de boa composição. 
As rações com muitas fibras e sem produtos de origem animal são as mais baratas, porém, as menos completas para o pleno desenvolvimento do animal, consequentemente, será preciso uma maior quantidade de alimento para satisfazer o animal e, ainda assim, este poderá apresentar distúrbios nutricionais.
A proteína do farelo de soja pode ser aproveitada pelos cães e gatos, entretanto, não possui muita digestibilidade. As melhores rações são aquelas balanceadas e com ingredientes de origem animal. 
Sabendo disso, é possível perceber que o mercado de alimento para animais de companhia é uma boa oportunidade de investimento. Os cães estão presentes em 46,5% e gatos em 20% dos lares do Brasil. A alimentação destes animais se incorporou à rotina diária dessas famílias. 
Após a chegada da indústria alimentícia para pets e o aumento da busca porpets, o mercado alavancou de maneira assombrosa:
1994 – Produção: 220,000 toneladas;
2012 – Produção: 2.300,000 toneladas;
Em 2012 o mercado pet faturou 12,7 bilhões, permitindo assim ao Brasil conquistar o segundo lugar no mundo em produção de rações. 
De todo esse faturamento, temos:
· 66% - Alimento: maior preocupação da população em relação ao tipo de alimento a ser fornecido, entretanto, as rações fornecidas são de baixa qualidade, pois o consumidor busca sempre pelo mais viável;
· 13% - banho e tosa: importância em unir clínica com outros serviços como banho e tosa aumento do ganho para o Veterinário;
· 6% - serviços veterinários;
· 5% - snacks e petiscos; 
· 4% - medicamentos veterinários;
· 3% - higiene e beleza;
· 2% - acessórios;
· 1% - suplementos: muito utilizados em cães de competição e também de maneira incorreta em cães que não necessitam para aumentar o faturamento. 
Segmentação Comercial das Rações
55% - Econômico: para o consumidor, é a mais viável. Entretanto, as rações econômicas não são ideais quanto à sua composição para garantir o desenvolvimento dos animais, principalmente quando se trata de filhotes. O animal irá necessitar de muito mais quantidade de ração para suprir suas exigências básicas. 
22% - Padrão;
20% - Premium: é mais acessível à população que as rações super premium e podem ser uma boa opção para consumidores de baixa renda, pois são nutricionalmente melhores para os animais que as rações econômicas.
3% - Super Premium: são as rações consideradas completas e de boa composição, entretanto, devido ao alto custo, pequena porção da população opta por utilizar deste tipo de ração.
Entendendo o Alimento pelo Rótulo
A partir do entendimento do rótulo, o objetivo será reconhecer e selecionar bons alimentos, definir seu modo adequado de uso e também introduzir conhecimentos sobre formulação e fabricação de alimentos industrializados. 
· A maioria das rações para cães e gatos são extrusadas. Ou seja, passam por um processo industrial que melhora a digestibilidade de seus nutrientes. As rações podem ser secas, semi úmidas e úmidas. As rações úmidas são os famosos sachês ou rações enlatadas, muito utilizados para alimentação de gatos e cães de pequeno porte. 
Interpretação do Rótulo
1. Avaliação técnica das informações contidas no rótulo, destacando-se:
- Concentrações;
- Recomendações de uso;
- Ingredientes.
2. Avalição da apresentação, aspecto e processamento do produto.
Rótulo
· Explicita se é alimento para cão ou gato.
· A que se destina?
· É completo e balanceado? – Muitos fabricantes de ração não destacam esse item nos sacos de ração.
· Informações Nutricionais (matéria original):
- Umidade (máx);
- Cálcio (máx/mín) – animais em fase de crescimento e gestantes têm maior necessidade;
- Proteína (mín);
- Fósforo (P) (mín) – animais em fase de crescimento têm maior necessidade;
- Extrato etéreo (mín) – energia em forma de lipídeos;
- Fibra (máx);
- Matéria Mineral (máx);
- ENN – extrativo não nitrogenado (parte de carboidratos da ração);
· Instruções de uso;
· Lista de ingredientes;
· Fabricante (endereço);
· Data de validade e fabricação;
· Peso líquido. 
Alimentos “completos”
São aqueles que garantem todos os níveis nutricionais necessários à correta alimentação diária de cães e gatos saudáveis.
Alguns alimentos apresentam níveis de utilização e, caso sejam ultrapassados ou não atingidos os níveis ideais, o animal pode apresentar complicações e partes do alimento podem ter sua digestibilidade comprometida em decorrência do excesso de outras partes. Por exemplo: proporções erradas de cálcio, fosforo ou muito amido pode resultar na formação de cálculos renais. 
O cálcio e o fosforo são trabalhados, normalmente, em 2:1 (2 cálcio para 1 fosfato). 
Para bom desenvolvimento de filhotes, o mínimo de proteína bruta é de 28%, para adultos é de 18%. 
1. Máximo
· Umidade: níveis acima do máx estipulado podem resultar em perda da ração (estraga);
· Fibra Bruta: é importante e sem ela o TGI não funciona corretamente. Retém o alimento em determinado local para facilitar a digestão e/ou facilita o movimento do mesmo. Excessos de fibra (acima do máx) podem gerar compactação e complicações;
· Matéria Mineral: níveis acima do máx estipulado podem resultar em formação de cálculos renais (excesso de cálcio, fósforo ou até amido);
· Cálcio: importante para a formação dos ossos e várias outras estruturas.
2. Mínimo
· Proteína bruta: importante para a formação e desenvolvimento dos músculos;
· Extrato etéreo: nessa porção, óleos são mais importantes que as gorduras, pois a quebra dessas gorduras forma ácidos graxos saturados que não possuem ômega 3, ácido graxo essencial importante (principalmente para os olhos);
· Fósforo. 
Necessidades Nutricionais do NRC (Órgão Europeu que fiscaliza a indústria de alimento para pets). 
1. Necessidades Mínimas: concentração ou quantidade mínima biodisponível do nutriente que supre as necessidades em um determinado estado fisiológico. 
2. Ingestão Adequada: concentração ou quantidade de um nutriente que supre as necessidades em uma determinada fase de vida, estimada nos casos em que não foram determinadas experimentalmente as NM.
3. Ingestão Recomendada: “recommended allowance” representa a concentração ou quantidade recomendada de um nutriente em dieta prática formulada para um determinado estado fisiológico.
O limite superior de segurança – concentração ou quantidade máxima de nutrientes que não está associada a efeitos adversos em cães e gatos. Disponível para poucos nutrientes. 
Questões
1. Qual a importância da gordura na nutrição de cães e gatos?
As gorduras funcionam no organismo como uma forma de armazenamento de energia (panículo adiposo e revestimento das vísceras e órgãos vitais). Os depósitos de gordura servem como isolante térmico e camada protetora. As gorduras suprem ácidos graxos essenciais e funcionam como transportadores de vitaminas lipossolúveis. Também possuem numerosas funções metabólicas e estruturais, proporcionando isolamento ao redor das fibras nervosas mielinizadas, auxiliando na transmissão do impulso nervoso. Fosfolipídeos e lipídeos funcionam como componentes estruturais das membranas celulares.
2. Qual a importância da fibra na nutrição de cães e gatos?
Alguns microrganismos da IG degradam fibras e produzem AGCC (Ácidos Graxos Livres de Cadeia Curta), que são uma fonte de energia importante para os enterócitos e os colonócitos do IG. As fibras também auxiliam no funcionamento do TGI e atuam como diluente dietético diminuindo a densidade total de energia da dieta. 
3. Qual a importância da proteína na nutrição de cães e gatos?
São os principais componentes estruturais de pelos, pernas, pele, unhas, tendões, ligamentos e cartilagem. Estão envolvidos na regulação da atividade muscular, compõe enzimas que catalisam as reações metabólicas do organismo, compõe hormônios que controlam mecanismos homeostáticos, proteínas transportadoras no sangue (ferro, oxigênio) e estão envolvidas na síntese de anticorpos. 
Gorduras
Lipídeos são uma mistura de TAG (Triacilgliceróis). Os TAG são compostos por três moléculas de ácido graxo ligadas à uma molécula de glicerol. A qualidade das gorduras vai depender se ela é saturada ou insaturada. As gorduras insaturadas são as melhores e correspondem aos óleos. 
Funções: a principal função das gorduras é o fornecimento de energia, sendo, portanto um importante fator de qualidade das rações. Permite a absorção de vitaminas A, D, E e K e também aumenta a palatabilidade do alimento, tornando a ração mais aceitável. Entretanto, isso até certo ponto. A adição exagerada de lipídeos na alimentação promove comprometimento da absorção de proteínas. 
As gorduras fornecem ácidos graxos essenciais ao organismo e que devem ser fornecidos na dieta, são eles: 
· Ac. Linoleico (ômega 6);
· Ac. Alfa-linolênico (ômega 3);
· Ac. Araquidônico (gatos);
· Ac. Eicosapentaenoico;
· Ac. Docosahexaenóíco.
A presença de Ac. Linoleico e Ac. Alfa-linolênico permite a transformação de ambos em Ac. Araquidônico,por isso, o ac. Araquidônico não é estritamente necessário na dieta.
Os ácidos graxos essenciais promovem saúde em geral, pele saudável, índices reprodutivos e saúde renal. São os constituintes das membranas celulares, garantindo a integridade celular e dos órgãos. 
Anotações: pela evolução os sugere-se que os cães aproveitam muito melhor os alimentos fibrosos do que os gatos, sendo classificados como onívoros. Gatos são considerados estritamente carnívoros.
Para utilização de amido, o mesmo deve ser processado para que sua digestibilidade seja melhorada. 
· Farinha de peixe – fonte proteica de excelente digestibilidade.
· O óleo de peixe é importante fonte de ômega 3. 
Gordura nas rações
A sua quantidade acompanha o segmento comercial (premium, super premium, standard...) e determina o teor de energia da ração.
1. Necessidade Individual: de acordo com a necessidade energética do animal:
- até 8%: alimento de baixa energia;
- até 9 a 15%: alimento de energia moderada;
- mais de 16%: alimento de alta energia.
2. O NRC definiu a necessidade de 5 ácidos graxos. Devem-se misturar ingredientes de origem vegetal e animal para entender estas necessidades. Óleo ou farinha de peixe são as únicas fontes viáveis de ômega 3 (EPA e DHA).
- EPA e DHA promovem proteção das funções cardíacas e renal (possui ação anti-inflamatória e ação anti-hipertensiva) e promove redução do risco de tumores. 
OBS*: gatos são mais exigentes que os cães em relação às proteínas e energia. São carnívoros, não possuindo, portanto, um estomago preparado para a digestão de proteína de origem vegetal. 
Lipídeos
Felinos: 
· Não convertem Ac. Linoleico em Araquidônico;
Cães:
· Convertem Ac. Linoleico em araquidônico. 
Ac. Linoleico Ac gama Linolênico Acido dihomo-gama-linolênico Ac. Araquidônico.
Proteínas e Aminoácidos
Gatos: têm maior requisito proteico que os cães, possuem gliconeogênese intensa (síntese de glicose a partir de compostos não carboidratos), necessidade dietética de taurina (ácido beta-amino-sulfonico), não convertem triptofano (aminoácido) em niacina (vitamina B3) e são sensíveis à deficiência de arginina (aminoácido). 
Cães: têm menor requerimento proteico, não necessitam de taurina dietética, convertem triptofano em niacina e são menos sensíveis à deficiência de arginina. 
Proteínas: são macromoléculas constituídas por aminoácidos. São 20 aminoácidos que compõe todas as proteínas –
· 10 são essenciais;
· 10 não-essenciais. 
Deficiência proteica pode ser a falta de proteínas ou a falta de aminoácidos. 
Taurina – aminoácido essencial para os gatos.
Proteínas e AA
· Arginina: é extremamente importante para os gatos. Na digestão proteica, há formação de ureia que tem de ser excretada na urina e, para tal, é preciso a presença da arginina para que isso ocorra. Do contrário a ureia será quebra em amônia e irá se acumular no fígado, se tornando tóxica para o animal. 
- Sem a arginina, não há excreção de ureia na urina. 
· Taurina: regula a glicosúria (presença de glicose na urina), resposta imune, mobilidade espermática, sais biliares, componentes de hemácias, leucócitos e plaquetas. Contração, ritmo cardíaco e integridade das células musculares, integridade da retina e do sistema nervoso. 
A quantidade de proteínas na ração acompanha o segmento comercial e também o teor de energia, logo, quanto mais teor energético houver em uma ração, maior será a quantidade proteica necessária.
Em cães adultos é necessário + de 18% e em gatos 26%. Não há limite tóxico para animais saudáveis, desde que não haja deficiência dos compostos nutricionais essenciais. 
Quanto mais energia (gordura) do alimento, menor a ingestão de matéria seca, portanto este deve ter proteínas. 
A necessidade individual vai de acordo com a necessidade proteica do animal. Sempre que formos avaliar um rótulo de ração, nunca devemos olhar apenas para a quantidade de proteínas, mas também para a qualidade dessa proteína. De nada serve uma para os cães e gatos ração com bons índices proteicos, porém, com proteína proveniente de fonte vegetal.
É necessário avaliar os ingredientes (fonte proteica). Nem sempre a proteína vegetal é ruim. É interessante a mescla de ambas as proteínas, tanto de origem vegetal quanto de origem animal. 
Extrativos Não Nitrogenados (ENN)
É a fração de carboidratos na dieta. Não é um nutriente essencial para cães e gatos.
Funções: 
1. Fornecer energia metabolizável: cães digerem mais de 98% e gatos mais de 95% de amido de rações adequadamente processadas.
2. Possibilitar a extrusão, com a produção de extrusados com adequada aparência, estrutura, crocância e palatabilidade.
ENN
Alimento seco amido cozido
Extrusão = pressão + calor + cisalhamento (fenômeno de deformação).
A extrusão aumenta a digestibilidade (qualidade é essencial).
A quantidade, o tipo e o processamento do amido influenciam a resposta de glicose e insulina de cães e gatos. 
ENN (CHO) não aparece no rótulo da ração. É calculado da seguinte maneira:
ENN = 100 (total dos nutrientes) – (H2O + Proteínas + Gorduras + Fibras + Material Mineral) = o resultado são os carboidratos totais no alimento.
Fibra: são polissacarídeos não digeríveis por cães e gatos. São encontrados nos tecidos vegetais (celulose, hemicelulose, lignina, pectina e gomas). 
Análise que consta no rótulo: A fibra bruta corresponde à celulose, hemicelulose e a lignina (que não é carboidrato, mas está entremeada à celulose e hemicelulose). Tem efeito diluidor e diminui a energia da dieta.
*OBS: em relação aos ruminantes, quanto mais lignina na fibra, pior para o animal.
*OBS: quanto mais fibra de pior qualidade, pior será o aproveitamento adequado da proteína e da energia contida no alimento. 
*OBS: a fibra não está restrita aos vegetais, é encontrada em todos os alimentos, diferenciando-se apenas na quantidade. 
Funções da Fibra
1. Ao ser fermentada, gera ácidos graxos de cadeia curta (voláteis), importantes na nutrição das células que formam a parede do cólon (colonócitos).
2. Estímulo ao peristaltismo previne constipação (retenção de fezes resultando em fezes secas) e diarreia. 
Em suínos, a grande quantidade de fibras fornecida na dieta tem efeito laxativo. 
Fibra – Questões Chave
· Acompanha o segmento comercial e o proposito da ração (baixa energia, light).
· Necessidade individual de acordo com a necessidade energética e a presença de afecções do TGI.
- Para manutenção: menos de 3 ou 4%;
- Baixa energia: mais de 6% (podendo ser maior que 12%).
- Alta energia: menos de 2%.
· Condições intestinais responsáveis à fibra, como colite, retenção de fezes, diabetes mellitus, dentre outros têm indicação específica. 
Não esquecer, rações com alta fibra dificultam a digestão de proteínas e energia. Rações ditas econômicas possuem muita fibra.
Material Mineral
É a soma dos minerais do alimento. São divididos em macroelementos (Ca, P, Mg, K, Na, Cl e S – exigidos em maior quantidade) e microelementos (Fe, Cu, Zn, I, Se, Mn e Co – exigidos em menor quantidade).
Quanto mais material mineral na ração, pior ela será, pois em excesso, tendem a diminuir a digestibilidade e o valor energético do alimento. Em excesso tendem a ressecar as fezes e podem ser fator que contribui para urolitíases (cálculos na renais), principalmente em gatos.
Outros elementos como sílica, sem valor nutritivo.
· Acompanha o segmento comercial do produto (maior em produtos econômicos e menor em produtos de alta qualidade).
· O excesso ocorre quando do emprego de farinhas de origem animal com elevada inclusão de ossos, ou pela adição incorreta de minerais. Deve-se evitar o excesso, especialmente para animais com retenção de fezes, idosos, nefropatas, urolitíases e filhotes.
· Pela legislação, é permitido até 12% de minerais (rações baratas);
· Ideal: menor que 7 ou 8% (rações top). 
Utilização de alimentos de origem animal, cuidado com farinha de osso e carne, pois possuem altos teores de cálcio.
Classificação dos Alimentos
Para facilitar o estudo dos alimentos, é feita a classificação a seguir:
Alimentos Volumosos, Concentradose Aditivos
Volumosos: são divididos em forragens secas e forragens aquosas ou úmidas. Os volumosos apresentam 25% de FDN (Fibra em Detergente Neutro) na MS (matéria seca). Os volumosos possuem reduzida taxa de nutrientes digestíveis totais (NDT), sendo, portanto, mais utilizados na alimentação de ruminantes e outros herbívoros, já que esses possuem capacidade de digestão da fibra de forma mais eficaz. 
· Forragem seca: compreende feno, restos de cultura e restos vegetais. Os volumosos secos apresentam menos de 25% de água e mais de 18% de fibra bruta (FB). O exemplo mais comum da forragem seca é o feno.
- Quando o processo de fenação é feito adequadamente, não deixando o feno muito seco ou muito úmido, esse alimento torna-se uma ótima fonte de nutrientes (com exceção da água, claro). Para o feno, a umidade é o pior inimigo, pois se esse feno for armazenado na forma de fardo, a temperatura se eleva de tal maneira que o feno entra em combustão (pega fogo). 
- Outras forragens secas são palhadas ou restos de culturas (soja, arroz, milho e trigo). 
· Forragem úmida ou aquosa: apresentam mais de 25% de água. Compreende as forragens verdes, silagens, raízes e tubérculos. 
- Para silagem se utilizam alimentos com muita MS e com pouca umidade. O segredo da silagem bem sucedida está no tamanho da partícula (maquinas devem estar calibradas) e no processo de compactação. Quanto mais compactada for uma silagem, menor vai ser a presença de ar nela e, portanto, menor a quantidade de bactérias aeróbias ali se desenvolvendo. 
- Posteriormente à compactação é feita a vedação, processo no qual a silagem é coberta por uma lona e todo o ar é tirado de onde essa silagem está. O processo de fermentação dentro desse local pode atingir até 80 ºC e, desde que não entre ar ou água, a silagem pode ser fornecida durante todo o ano. 
- Milho, sorgo, girassol, abacaxi e cana são amplamente utilizados para silagem, sendo o milho o principal. 
Os volumosos são alimentos básicos que reduzem o custo da produção, fornecendo minerais e atendendo, inclusive, à sazonalidade da produção. 
Para bovinos de leite, os volumosos participam de 58,7% da dieta, bovinos de corte 84,5% e para caprinos 93,8%. Hoje em dia essa realidade está um pouco diferente, com considerável redução na utilização de volumosos para os caprinos e ovinos, maior produção em confinamento nos bovinos de corte e aumento dos concentrados na dieta dos bovinos de leite. 
Concentrados: são divididos em concentrados energéticos (< 20% Proteína Bruta – PB) e concentrados proteicos ( > 20% PB). Os concentrados são divididos pelos níveis de proteínas presentes. Os energéticos compreendem os cereais e seus subprodutos (milho, aveia, trigo...). 
Concentrados Proteicos: Os concentrados proteicos correspondem às sementes oleaginosas, das quais se extrai o óleo e o que sobra dessa extração são os farelos ricos em proteínas (soja, algodão, amendoim, canola, girassol...). 
Os proteicos ainda podem ser subdivididos em proteicos de origem animal e proteicos de origem vegetal. Vale ressaltar que a utilização de alimentos proteicos de origem animal é estritamente proibida para os animais de produção, em especial para os ruminantes. Para as aves poedeiras de produção e peixes a utilização é liberada.
As fontes proteicas de origem vegetal são os subprodutos (farelos) das oleaginosas (farelo de soja, farelo de algodão, farelo de amendoim, farelo de canola, glúten de milho e glúten de amendoim). 
** Quando se tira a porção proteica do milho (gérmen), ele se torna um alimento proteico. 
As fontes proteicas de origem animal compreendem as farinhas adquiridas das carcaças, como farinha de penas, peixe, ossos, carne, sangue...
Concentrados Energéticos: são mais utilizados, de forma exclusiva, por monogástricos (aves, peixes e suínos). Compreende os grãos de cereais como milho, sorgo, trigo e aveia, gorduras, melaço em pó (custo elevado), polpa cítrica e raspa de mandioca (pouco utilizada no Brasil). 
Os concentrados têm alto custo na produção e na obtenção. Entretanto, são ricos em nutrientes. Participam na alimentação de:
· Bovinos de leite: 41,3%
· Bovinos de corte: 15,5%
· Caprinos: 6,2%
Atuam como fonte de substrato para o crescimento microbiano e animal, entretanto, o excesso promove perda de nutrientes, distúrbios digestivos (principalmente em relação ao amido – timpanismo, acidose e problemas no casco). Permite também aumentar a eficiência da utilização da forragem e contribui significativamente para aumentar a produção. funcionam como o sal proteinado (apenas comparação) fornecem nutrientes para os microrganismos, alimentando-os e melhorando a digestão. 
** O ganho de peso sem a utilização de concentrados é extremamente difícil. 
Aditivos: não são alimentos! São substâncias complementares que, adicionadas à ração, promovem o crescimento animal.
Minerais: as fontes de minerais são fosfato bicálcico (Ca e P), Calcário (Ca) e Sal (Na e Cl), principalmente. Em bovinos é feita a administração de sal mineral em 1 a 1,5%, sendo que caso haja falta de algum mineral, pode-se utilizar de fontes alternativas, como farinha de ostra ou as fontes supracitadas. 
Para aves utiliza-se principalmente os núcleos minerais.
Vitaminas: os monogástricos são mais exigentes em relação às vitaminas. Para eles utilizam-se principalmente os premix vitamínicos e os núcleos vitamínicos, por exemplo: cloreto de colina, mononitrato de tiamina... 
Para monogástricos, principalmente aves e suínos, utiliza-se bastante das fontes de aminoácidos, como monocloridrato de lisina e triptosina. 
 
Elaboração: Guilherme S. Andrade (2015)

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