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Resumo Analise Textual - Anotações Aulas

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LÍNGUA PORTUGUESA (CEL0465/1909511) 9049 
 
Aula 1: Língua, Linguagem e Variação Linguística - Capitulo 1 
 
Mesmo quando buscamos dar sentido aos fatos, ponderamos a nossa maneira de falar, com base nas 
situações em que somos colocados (as). Informalidade e Formalidade 
 
Linguagem: Temos necessidade de compreender a realidade em que vivemos, o mundo, nossas relações 
com essa realidade e nossas relações com as pessoas. O que é linguagem: É o que nos une em 
sociedade. É um fenômeno dinâmico. É uma faculdade humana. Pode ser verbal ou não-verbal 
 
A língua é um produto social e cultural constituído por signos linguísticos, caracterizado por um código, e 
a linguagem é o veículo de expressão. Como vimos anteriormente, a língua também varia de acordo com 
o contexto de comunicação, já que não falamos sempre do mesmo modo. Sendo necessário, portanto, 
distinguir informalidade da linguagem vulgar ou popular. 
 
O Português é a língua oficial de Brasil, Portugal, Moçambique, Angola e outros países. Porém, possui 
algumas variações, de acordo com a região em que é falado, formando o que chamamos de dialetos 
regionais ou geográficos. Assim como a dança, a música, as imagens, os gráficos e os gestos, as línguas 
são diferentes formas de expressão ou linguagens. Uma vez que o texto é um produto social, existe uma 
relação intrínseca entre ele, a cultura, o momento histórico e a ideologia em que é formado. 
 
Diferença entre Linguagem e língua: Podemos dizer que linguagem é uma faculdade (capacidade) que 
permite exercitar a comunicação, latente ou em ação. Já a língua refere-se a um conjunto de palavras e 
expressões usado por um povo, por uma nação, munido de regras próprias (sua gramática). 
 
A língua é uma construção social e corresponde à cultura, história e sociedade de um determinado povo, 
de uma determinada nação. A Língua, portanto, é uma instituição social, comum a todos os membros de 
uma comunidade, que permite a comunicação. A atividade de comunicação que fazemos todos os dias, 
aparentemente sem muito esforço, não é tão simples assim. Antes da fala sair de sua boca, você pensa, 
elabora o que quer comunicar, depois procura palavras e construções adequadas na língua para que essa 
fala possa ser entendida pelos outros. A linguagem é uma capacidade humana e a língua uma espécie de 
“contrato” entre as pessoas em uma sociedade e é por ser uma capacidade humana que os analfabetos 
conseguem se comunicar, mesmo sem saber ler e escrever. Isso quer dizer que, para haver comunicação, 
basta o indivíduo “acionar” a capacidade mental (linguagem) e articular o código social (língua). 
 
DIVERSIDADE: Variações que acontecem nas línguas humanas. Temos: 
VARIAÇÕES GEOGRÁFICAS - a partir de regiões diferentes; 
VARIAÇÕES SOCIAIS - a partir de nível de escolaridade, meio ambiente adequação às diferentes 
situações. Neste tipo de variação, convivemos com as Inadequações da linguagem em situações formais, 
as chamadas falta de concordância, pronúncia não cuidada etc.... 
VARIAÇÕES REGISTRO – Para cada situação há uma linguagem adequada. Variações por conta da idade 
etc.... 
 
As situações formais exigem linguagem formal. Nestas situações não temos intimidade com o ambiente 
nem com as pessoas. As situações informais ou semiformais exigem linguagem informal ou semiformal, 
linguagem mais relaxada, mas não quer dizer que haja, necessariamente, falta de concordância, palavras 
cortadas etc. Variação situacional - uma espécie de variação social. Adequação às situações. 
 
Linguagem: faculdade que permite ao homem a comunicação. Pode ser entendida também como todo 
sistema de sinais convencionais que nos permite realizar atos de comunicação. 
Língua: é um aspecto da linguagem. Consiste em um sistema formado por um conjunto de regras para a 
combinação dos sinais que utiliza. Pertence a um grupo de indivíduos, portanto é o resultado de uma 
convenção entre os membros da comunidade que a utiliza. 
Fala: é o uso individual da língua, condicionado por regras socialmente estabelecidas. Assim, em língua 
portuguesa podemos dizer "Comprei uma casa bonita" ou "comprei uma bonita casa", mas não dizemos 
"Casa uma comprei bonita", pois não teria sentido para os demais falantes da língua. 
A variação linguística diz respeito às alterações que a língua pode apresentar, dependendo da região em 
que é falada, da classe social de quem a fala, da situação de comunicação em que estejam os falantes, 
bem como da época em que a língua é falada. 
 
O que é linguagem Verbal e o que é linguagem não verbal? 
Os humanos conseguem se comunicar por conta da faculdade de linguagem que todos possuem. Este 
dispositivo chamado linguagem é o que promove a comunicação entre as pessoas e garante o convívio em 
sociedade. Entretanto, a linguagem nem sempre se manifesta por meio da palavra, podendo se via 
gestos, olhares, cores, sons, etc. Em outras palavras, temos a linguagem verbal e a linguagem não-
verbal. Quando usamos a linguagem verbal, é porque estamos utilizando as palavras de determinada 
língua. Então, língua é um sistema de palavras que garante a comunicação de determinado povo ou 
nação. 
 
Aula 2: Adequação Vocabular, Variação Linguística, Texto e Hipertexto - Capitulo 2 e 3 
 
Como vimos, a língua varia de acordo com a situação, com a idade do falante, com a formalidade ou 
informalidade do encontro, com as pessoas envolvidas etc. Enfim, possuímos diversos contextos em que a 
língua se acomoda. Esse fenômeno é chamado de Variação Linguística. Entretanto, mesmo que haja 
variação, sempre será necessário que os elementos da língua estejam ordenados e relacionados de forma 
a haver textualidade. Variações diatópicas ou geográficas; Variações diastráticas ou sociais; Variações 
diafásicas ou situacionais, registro; Variações diacrônicas ou Histórica, mudanças ao longo do tempo. 
 
Para haver comunicação de uma ideia completa, não há obrigatoriedade de uma grande quantidade de 
palavras. Necessitamos de combinações que comuniquem uma ideia completa. Podemos dizer, 
basicamente, que a maneira como as palavras estão conectadas - a coesão - e o sentido que a 
mensagem produz - a coerência - são os pontos fundamentais de entendimento do texto. 
 
Coesão: Fala-se de coesão (junção) quando temos palavras, expressões, isto é, conexões colocadas 
estrategicamente ao lado de outras para produzirem a sequência da mensagem com sentido. Há 
diferentes tipos de coesão, que são responsáveis pela chamada “tessitura do texto”. Veja um exemplo: 
Pai, depois da aula, vou à casa do Roberto pegar o meu casaco, porque hoje ele me avisou que o deixei 
lá. A palavra porque estabelece uma noção de causa. No texto, ela explicará o motivo da filha ir à casa 
do colega. Já as palavras ele, o e lá, ligam as duas partes do texto por se tratarem de referentes. Assim, 
a palavra ele se refere a Roberto, o se refere a casaco e lá se refere a casa. 
- Coesões referencial: a informação é retomada – Lexical: Permite o entrelaçamento do texto pela 
substituição/omissão de palavras (podemos destacar o uso de sinônimos e hiperônimos). – Gramatical: 
Permite o entrelaçamento do texto pelo emprego de pronome, conjunções e numerais, dentre outros. 
- Coesão sequencial: a informação progride – Temporal: Permite a progressão da informação pela 
ordenação linear dos elementos, pela utilização de partículas temporais e pela correlação dos tempos 
verbais. – Por conexão: Auxilia na compreensão do texto como um todo. Pode ser vista por meio dos 
operadores do tipo lógico e operadores discursivos, dentre outros. 
 
Coerência: A coerência diz respeito ao sentido, à unidade da mensagem 
 
Hipertexto: conexão entre as informações que pode ser lida em diferentes sequências. O leitor segue 
vários caminhos para desvendar/desdobrar a mensagem, segue, inclusive, links. Portanto, é necessário 
exercitar a habilidade de estabelecer relações entre o texto e outros elementosque o compõem. No 
mundo contemporâneo, por exemplo, os hipertextos se tornaram uma forma de interatividade, 
fundamental para que possamos compreender e organizar a enorme quantidade de informações a que 
somos expostos diariamente. Deste modo, mais do que um texto tradicional, construído a partir de 
palavras impressas, o hipertexto exige a participação do leitor. 
 
Enunciado: é a expressão de uma ideia, um sentimento, uma informação ou qualquer outro tipo de 
manifestação feita por meio de palavras. O ato de expressar-se é chamado de enunciação. 
Ao expressarmos nossas ideias, podemos organizá-las em torno de um verbo, criando um enunciado 
oracional. Já o enunciado não oracional é a expressão que se realiza sem o auxílio do verbo. 
 
Para cada situação temos uma linguagem diferente, importante é sabermos adequá-la a cada contexto; A 
língua possui uma uniformidade que convive com as variações (geográfica, social, situacional, 
diacrônicas). O texto é uma unidade de comunicação que transmite uma ideia completa através de coesão 
e coerência. O hipertexto conecta informações de figuras, desenhos, links, além de palavras. Além da 
composição e da derivação, existem outros processos de formação de palavras em nossa língua, são eles: 
neologismo, onomatopéia, hibridismo, reduplicação e sigla/abreviação. 
 
Aula 3: Textualidade – Coesão sequencial, Articulações Sintáticas e Relações Semânticas - 
Capitulo 5 e 6 
 
Textualidade: é o que faz um texto ser texto, é a soma dos fatores que caracterizam o texto. Dois desses 
fatores são a coesão e a coerência. 
 
A coesão: é um dos requisitos imprescindíveis à construção de todo e qualquer texto. Há, portanto, 
alguns elementos que funcionam como principais agentes nesse processo, para fazer com que a 
mensagem aconteça de forma clara e precisa. 
Coesão sequencial: e a relação com o sentido. Quando falamos que um texto se caracteriza por 
apresentar uma ideia completa, queremos dizer que as informações estão conectadas umas às outras 
coerentemente, ou seja, estabelece-se relações lógicas entre as ideias contidas no texto. A coesão 
sequencial que garante a textualidade é facilitada pela utilização de conectivos, como preposições e 
conjunções. Adição: Também, e, ainda, não só, mas também, além disso; Proporção: À medida que, 
quanto mais, ao passo que, à proporção que; Conformidade: Como, segundo, conforme, consoante; 
Condição: Se, caso, desde que, contanto que; Finalidade: Para que, a fim de que, com o objetivo de, com 
o intuito de. 
Coesão referencial: Esse tipo de coesão diz respeito ao uso de termos que retomam vocábulos ou 
expressões que já ocorreram, porque existem entre eles traços semânticos semelhantes, até mesmo 
opostos. Qualquer falante do Português, reconheceria que o pronome “-la” na frase seguinte refere-se à 
“fruta”, assim como o pronome “aquela”. “Comprei aquela fruta, vou comê-la”. Quando há termos que 
retomam outros no texto, temos coesão referencial. 
 
Mas...pra que serve o texto? Todo texto possui sempre um alvo – o seu interlocutor! Interatividade - na 
identificação dos objetivos do texto, reconhece-se que atitude tomar diante da mensagem: ir para algum 
lugar, responder a perguntas, emocionar-se diante do que está escrito. 
 
Lembra-se de que falamos de incoerência na aula passada? A junção de informações de forma inadequada 
é um dos principais motivos da falta de coerência nos textos. Não existe uma forma única de fazer a 
conexão das ideias. Entretanto, dentre as várias possibilidades, é provável que haja junções inadequadas 
como mostrou o exemplo com o erro. Assim, deduzimos que nem todas as conexões são possíveis para 
formar uma ideia completa, coerente. Isso nos leva a perceber que essas junções, que podemos chamar 
de articulações sintáticas, devem ser utilizadas para encontrar o sentido adequado. Chegamos, então, a 
uma importante informação: são as articulações sintáticas que estabelecem as relações semânticas. 
Os elementos articuladores fazem parte do que chamamos de articulações sintáticas, função responsável 
pelo estabelecimento das relações semânticas. 
Ao ler um texto, necessitamos estabelecer relações sintático-semânticas (causa, consequência, 
comparação, disjunção etc.). O que isso quer dizer exatamente? Quer dizer que as palavras, as 
expressões com as quais ligamos as ideias, estabelecem significados, conduzem o sentido das 
mensagens. Sendo assim, não se pode utilizar um elemento qualquer para conectar as informações. É 
importante, portanto, que tenhamos em mente de forma clara os tipos de relações que podemos 
estabelecer entre as informações. 
A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, mas sempre interagindo, de maneira 
cooperativa, com o seu interlocutor. 
 
Semântica: Estudo das significações das palavras. 
Relações Semânticas: relações que se estabelecem entre as palavras e formam o sentido de um texto. 
 
Relação de concessão - embora o dia esteja bonito, está muito calor. 
Relação de causalidade/explicação - Paulo se apressou, pois estava atrasado. 
Relação de consequência - os trabalhos foram muito bem organizados, foram feitos todos os registros 
necessários, em suma, o dia foi muito proveitoso. 
 
Aula 4: Tipos e Fatores de Coerência – Capitulo 5 
 
A coerência, como você já sabe, é a ligação de cada uma das partes do texto com o seu todo, de forma 
que não haja contradições ou erros que gerem incompreensão, mal-entendido ou até mesmo falha na 
comunicação. A coerência diz respeito à intenção comunicativa do emissor, interagindo, de maneira 
cooperativa, com o seu interlocutor. Podemos organizar, de acordo com Ingedore Koch, a coerência em 
quatro tipos: 
Coerência semântica: Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em sequência. A 
incoerência aparece quando esses sentidos não combinam ou quando são contraditórios. É estabelecida 
entre os significados dos elementos do texto através de uma relação logicamente possível. 
Coerência sintática: Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a coerência semântica: 
conectivos, pronomes etc. Trata da adequação entre os elementos que compõem a frase, o que inclui 
também atenção às regras de concordância e de regência. 
Coerência estilística: Vem da utilização de linguagem adequada às possíveis variações do contexto. Na 
maioria das vezes, esse tipo de coerência não chega a perturbar a interpretabilidade de um texto. É uma 
noção relacionada à mistura de registros linguísticos (formal x informal, por exemplo). É desejável que 
quem escreve ou lê se mantenha em um estilo relativamente uniforme. 
Coerência pragmática: Podemos dizer que esse tipo de coerência é verificado através do conhecimento 
que possuímos da realidade sociocultural, que inclui também um comportamento adequado às 
conversações. Refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Para haver coerência nesta 
sequência, é preciso que os atos de fala se realizem de forma apropriada, isto é, cada interlocutor, na sua 
vez de falar, deve conjugar o seu discurso ao do seu ouvinte, de forma a manter a expectativa de 
conteúdo de acordo com a situação em que o texto é usado. 
 
Incoerência semântica: A casa que desejo comprar é bastante jovem. Essa frase é incoerente quando 
levamos em consideração o significado da palavra jovem. Embora tenha o sentido de coisa nova, o 
vocábulo jovem só é empregado para caracterizar seres humanos; e não seres inanimados, como é o caso 
de casa. Para essa caracterização, a palavra nova seria mais apropriada, concorda? 
Incoerência sintática: As pessoas que têm condições procuram o ensino particular, onde há métodos, 
equipamentos e até professores melhores. Apesar de haver comunicabilidade, já que possível 
compreender a informação, a coerência desse período está inadequada. Ela poderia ser restabelecida se 
fosse feita uma alteração: a troca do pronome relativo onde,específico de lugar, para no qual ou em que 
(ensino particular, no qual/em que há métodos). 
Incoerência estilística: O ilustre advogado observou que sua petição não prosperaria, haja vista seu 
cliente ter enfiado o pé na jaca. Imagine iniciar uma fala, em um contexto formal, com palavras mais 
“sofisticadas” e depois misturar com uma forma de linguagem bem popular, usando gírias. Esta 
incoerência poderia parecer inclusive uma brincadeira, modificando o sentido que o autor da frase 
desejava. 
Incoerência pragmática: Veja esta conversa entre amigos: - Maria, sabe dizer se o ônibus para o Centro 
passa aqui? - Eu entendo, João. Hoje faz um ano que minha avó faleceu. Note que Maria, na verdade, não 
responde a pergunta feita por João, pois não estabeleceu uma sequência na conversa. Ela propôs outro 
assunto, irrelevante para a pergunta feita. Assim, percebemos que na sequência de falas deste exemplo 
não há coerência. 
 
A coerência se estabelece por uma série de fatores que afetam os possíveis sentidos de um texto. 
Portanto, ao considerarmos que a coerência é o princípio de interpretabilidade, podemos observar os 
seguintes fatores: 
- O Conhecimento linguístico: Domínio das regras que norteiam a língua: isto vai possibilitar as várias 
combinações dos elementos linguísticos; 
- Conhecimento de mundo: Aquele proveniente de nossas experiências com o mundo conhecimento 
sociocultural. Através dessa interação armazenamos esse conhecimento, constituindo modelos cognitivos; 
- Conhecimento partilhado: Conhecimento compartilhado entre as pessoas, entre quem estabelece uma 
interação. Essa interação se torna possível graças à experiência comum dos envolvidos; 
- Inferência: São as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. 
Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve uma história, 
um fato etc.; 
- Contextualização: São elementos que compõem uma história, um texto: data, local, elementos gráficos 
etc.; 
- Situacionalidade: Conhecimento de onde a História se situa, com todos os elementos necessários; 
- Informatividade: Diz respeito ao grau de previsibilidade (ou expectabilidade) da informação contida no 
texto. É a informatividade que vai determinar a seleção e o arranjo das alternativas de distribuição da 
informação no texto, de modo que o receptor possa calcular o sentido com maior ou menor facilidade, 
dependendo da intenção do produtor de construir um texto. Já se contiver informação inesperada ou 
imprevisível, o texto terá um grau máximo de informatividade, podendo, à primeira vista, parecer até 
incoerente por exigir do receptor um grande esforço de decodificação; 
- Focalização: Constitui-se no próprio foco do texto, no assunto a ser tratado. Esse conceito tem a ver 
com a concentração dos usuários (produtor e receptor) em apenas uma parte do seu conhecimento que 
enfatizam. Koch e Travaglia (2002:82) citam os seguintes exemplos fornecidos por Grosz: uma 
construção pode ser considerada uma maravilha da arquitetura, uma casa ou um patrimônio cultural. Um 
evento pode ser visto como uma compra ou uma venda; 
- Intertextualidade: Interação com outros textos, mecanismo importante para entendimento de 
determinadas mensagens. O texto faz alusão a outros textos, exigindo do leitor uma busca de 
informações fora do universo do texto em questão; 
- Intencionalidade e aceitabilidade: O primeiro fator diz respeito à intenção do emissor e o segundo 
refere-se à atitude do receptor de aceitar a manifestação linguística como um texto coeso e coerente. 
 
Coerência Textual: No texto deve haver uma organização, uma unidade de sentido para que o texto seja 
considerado texto e cumpra sua função: estabelecer contato com seu interlocutor, a fim de informar, 
influenciar, questionar, sensibilizar, convencer, divertir, enganar, seduzir. É disso que trata a coerência 
textual. 
 
Aula 5: Tipologia Textual e Gêneros Textuais – Parte 1 – Capitulo 3 
 
Organização básica de um texto: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. A introdução deve conter a 
proposta do texto, a ideia principal. Normalmente é construída por um parágrafo. O desenvolvimento 
deve trazer os desdobramentos do que foi proposto na Introdução. Este desenvolvimento pode conter 
quantos parágrafos forem necessários. Pode trazer exemplos, comparações com outros autores, citações 
sobre o caso etc. A Conclusão trata do fechamento do texto, pode deixar a ideia em aberto, pode 
apresentar um ponto de vista coerente com o que foi desenvolvido, mas precisa trazer um fechamento. 
Para isso retoma a ideia apresentada na introdução. Este é um ponto importante, porque reforça a 
coerência do texto: o que foi anunciado no início foi desdobrado, desenvolvido, retomado e concluído, 
segundo quem o escreveu. Esta é uma boa estratégia para não fugirmos do assunto. 
Topologia Textual: O tipo de texto, por sua vez, é limitado, pois se refere à estrutura composicional da 
língua. Diz respeito à forma como um determinado texto é apresentado. O aspecto tipológico de um texto 
diz respeito ao propósito com o qual o texto foi escrito. De forma geral, temos cinco tipos textuais 
(narração, argumentação, exposição, descrição e injunção). 
Não esqueça que em um tipo textual pode aparecer em qualquer gênero textual, da mesma forma que 
um único gênero pode conter mais de um tipo textual. Uma carta, por exemplo, pode ter passagens 
narrativas, descritivas, injuntivas e assim por diante. 
- Narração: A narração conta um fato, que pode ser ou não inventado, narrar é contar história. Esse tipo 
de texto compõe-se de personagens, tempo e lugar. Normalmente, os verbos utilizados estão no tempo 
passado. A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas 
essenciais: O QUÊ? o(s) fato(s) que determina(n) a história; QUEM? a personagem ou personagens; 
COMO? o enredo, o modo como se tecem os fatos; ONDE? o lugar ou lugares da ocorrência QUANDO? o 
momento ou momentos em que se passam os fatos; POR QUÊ? a causa do acontecimento. 
- Dissertação: Expor um assunto, esclarecendo as verdades que o envolvem, discutindo a problemática 
que nele reside; Defender princípios, tomando decisões; Analisar objetivamente um assunto através da 
sequência lógica de ideias; Apresentar opiniões sobre um determinado assunto; Apresentar opiniões 
positivas e negativas, provando suas opiniões, citando fatos, razões, justificativas. A dissertação é uma 
série concatenada de ideias, opiniões ou juízos. 
- Argumentação: A argumentação é um tipo de texto através do qual o emissor da mensagem tenta 
convencer o ouvinte/leitor. O texto argumentativo defende uma ideia específica. 
- Exposição: A exposição é um tipo de texto que apresenta uma ideia, uma reflexão, um conhecimento, 
uma explicação sobre um objeto (pessoa, fato, circunstância). Como traz informações específicas sobre 
um tema, também é chamada de texto informativo. 
- Descrição: A descrição apresenta um objeto do discurso (pessoa, coisa, circunstância, fato etc.). Situa 
seres e objetos no espaço (fotografia), realçando suas características e pode ser objetiva ou subjetiva. No 
primeiro caso, destacam-se características concretas do objeto, aproximando-o o mais possível da 
realidade. No segundo, o observador apresenta o objeto segundo a emoção que o envolve. Veja um 
exemplo: Era 1 hora da manhã. Ouvia-se as corujas lá fora, o vento soprava forte, e eu não conseguia 
dormir. A frase apresenta a caracterização do ambiente, típico texto descritivo. 
- Injunção: A injunção é uma tipologia textual que se caracteriza por determinar, indicar, orientar como 
se realiza uma ação. 
 
Gêneros Textuais: podem ser encarados como as diversas formas que um texto assume para cumprir 
determinados objetivos, ou seja, para informar. Sendo assim, podemos admitir que diferentes formas de 
textos fazem parte de nosso cotidiano, levando emconta que a comunicação atende a vários propósitos. 
Os gêneros textuais são praticamente infinitos, visto que são textos orais e escritos produzidos por 
falantes de uma língua em um determinado momento, em um determinado contexto. Os gêneros textuais 
adaptam-se às circunstâncias da comunicação, bem como aos interesses do emissor e do receptor da 
mensagem, portanto, são ações discursivas que se constituem para representar o mundo, as experiências 
vivenciadas, os conhecimentos, os desejos etc. Exemplos de gêneros textuais: 1- Poesia: Linguagem com 
fins estéticos; 2- Noticia: O objetivo principal é a informação; 3- E-mail: Comunicação rápida; 4- 
Publicidade: Uso da linguagem para convencimento; 5- Carta: Mensagem individualizada; 6- Charge: 
Associação entre texto e imagem. 
 
Síntese 
Podemos concluir, portanto, que as mensagens, os textos, se organizam devido a exigências sociais que 
compreendem, além de organizações gramaticais, a produção desses textos em situações específicas, 
com propósitos específicos e com determinado público também. Nesse sentido, a importância de se 
conhecer a “linguagem formal”, a “norma culta”, além das necessidades de comunicação na 
informalidade, é essencial para que o indivíduo exerça realmente seu papel de cidadão, pois poderá estar 
em contato com as diferentes situações. Na informalidade digamos que ninguém precisa nos ensinar, a 
própria interação com o meio se encarrega disso. Porém, as situações formais exigem de nós outro 
comportamento, não é verdade? E exigem também outro tipo de linguagem. Essa, nós temos de adquirir 
nas instituições de ensino, pois o meio social não é capaz de nos ensinar 
 
Revisão - Aula 1 a 5 
 
Professora conversando e ppt 
 
Aula 6: Tipologia Textual e Gêneros Textuais – Parte 2 
 
Os gêneros textuais surgem em decorrência da necessidade que o homem tem de se comunicar de acordo 
com as circunstâncias em que se encontra. Assim, ele não pode levar apenas em consideração a 
modalidade linguística, deve adequar o seu texto ao receptor, ao conteúdo de sua mensagem, ao objetivo 
que pretende alcançar e mesmo ao veículo que servirá de canal de comunicação. Se o meio é a música, 
ao elaborar a mensagem, o autor empregará recursos como ritmo, rima, refrão, entre outros, para 
transmitir suas ideias ou sentimentos. Tipos de organização discursiva nos gêneros textuais - Gêneros: 
Notícia de jornal. Receita culinária. Texto de horóscopo. Bula de remédios. Etc. 
Na publicação, por exemplo, observam-se vários tipos de suporte para divulgar um produto ou serviço: a 
televisão, o outdoor, o busdoor, o rádio, o cinema, a revista, o jornal e a internet, entre outros. Para 
tornar-se mais eficiente, o gênero se adapta ao veículo procurando aproveitar os recursos que cada um 
fornece; como o som, a imagem ou a velocidade de transmissão, por exemplo. 
No caso do outdoor, observamos o emprego de imagem e ou frases de efeito que possam atrair a atenção 
do receptor. A ambiguidade e o humor são elementos muito frequentes usados nesse tipo de mídia. 
A propaganda é um Gênero Textual e por objetivo influenciar o receptor da mensagem a adquirir um 
produto ou um serviço, mas também pode procurar mudar uma atitude. São bons exemplos as 
campanhas de antitabagismo, consumo consciente de recursos naturais, direção responsável, controle de 
poluição do meio ambiente, entre outras. A rapidez na transmissão de conteúdos propiciada pela internet 
deu origem a gêneros adaptados à especificidade do espaço cibernético. O e-mail é um bom exemplo de 
um novo gênero e de suporte, pois podemos enviar uma mensagem via e-mail ou enviar um e-mail. 
 
Diferença entre Conto e Crônica: O Conto e a Crônica são gêneros narrativos, ou seja, eles trazem 
sempre a apresentação de um episódio como essência do texto. Contudo, algumas distinções existem 
entre eles: O Conto é uma narrativa curta, que envolve todos os elementos: ambiente, tempo, 
personagens, narrador, etc. A história trazida no conto deve ter início, meio e fim, e envolver um grupo 
pequeno de personagens, podendo incluir o narrador. Já a Crônica apresenta na sua narrativa uma 
reflexão crítica sobre assuntos do cotidiano. Pode não envolver personagens ou acontecimentos. A crônica 
também pode trabalhar o humor, a ironia, o tom engraçado que está presente nas histórias do dia a dia 
das pessoas. 
- Conto: Reconhecemos o conteúdo do texto como um conto, uma narrativa, porque reconhecemos 
personagens, fatos, local e tempo. Um aspecto característico também é o fato de podermos contar esta 
história em qualquer época. O tempo de ocorrência já estará inscrito na narrativa, não é preciso 
recorrermos a um tempo real. 
- Crônica: Conta fatos do cotidiano, fatos reais que necessitam que o tempo, as personagens e o local 
sejam esclarecidos, porque não traz um contexto pronto. Logo, precisa do contexto da situação, 
exatamente por lidar com fatos do cotidiano. As crônicas também apresentam outro aspecto, como o de 
analisar, comentar, argumentar, criticar determinadas situações. Assim, um grande propósito do texto da 
crônica é aproveitar o fato para fazer comentários e até apresentar aspectos divertidos da situação. O 
texto apresenta uma situação cotidiana. A narrativa é informal e a linguagem utilizada é coloquial. 
 
Artigo científico: Estrutura do texto. Resumo do trabalho. Introdução. Desenvolvimento. Conclusão. 
Bibliografia. 
 
Texto jurídico – Petição: apresentação das partes. Fatos (passíveis de serem resolvidos pela área 
jurídica). Fundamentos (argumentação favorável ao pedido, com citações legais). Valor da causa. 
Fechamento. 
 
Na escrita acadêmica precisamos ter: Clareza. Concisão (Colocar no menor números de palavras uma 
quantidade maior de informações). Impessoalidade. Correção. 
Paráfrase: Escrever com outras palavras (as próprias). As principais ideias de outro autor, de outro texto. 
Resumo: Extrai as principais ideias de um texto, é fiel ao conteúdo original e também ao ordenamento do 
assunto, não se emite opinião no texto do resumo. O resumo é elaborado com as próprias ideias de quem 
o está organizando. 
Resenha: É uma espécie de resumo em que são emitidos julgamentos, comentários (resenha crítica). 
Paródia: Uma forma cômica de se remeter a um outro texto. 
 
Aula 7: Estrutura do Parágrafo 
 
Parágrafos: são as estruturas formadas por unidades autossuficientes de um discurso que compõem um 
texto, apresentando basicamente uma ideia, pensamento ou ponto principal que o unifica. Essas unidades 
são chamadas de tópico frasal, que é acompanhado por detalhes que o complementam. A organização do 
texto em parágrafos permite que o leitor detecte as ideias principais do texto e acompanhe como foram 
desenvolvidas em seus diferentes estágios. 
Tópico Frasal: Designa um ou dois períodos curtos iniciais que contêm a ideia-núcleo do parágrafo em 
texto dissertativo, descritivo ou narrativo. O tópico frasal é uma maneira prática e eficiente de estruturar 
o parágrafo, pois já de início expõe a ideia que se quer passar, a qual é comprovada e reforçada pelos 
períodos subsequentes. 
§ - Temos dois s unidos, abreviação do latim signum seccione. Indica, como o nome diz, um sinal de 
corte, fragmentação, secção. Essa é a ideia do parágrafo: ele contém uma unidade, que é parte de um 
todo. Segundo Garcia, o parágrafo-padrão é composto por: a) Introdução ou tópico frasal. Um ou dois 
períodos curtos iniciais, em que se expressa de maneira sucinta a ideia-núcleo. b) Desenvolvimento. 
Explanação da ideia-núcleo. c) Conclusão. Mais rara, principalmente em parágrafos curtos. 
 
Tipos de tópicos Frasal mais comuns 
- Declaração Inicial: O autor declara uma opinião por meio de uma frase afirmativa ou negativa, é 
usualmente encontrado em textos argumentativos. Ex.: A violência foi banalizada pelos meios de 
comunicação; 
- Definição: Trata-se de um recurso didático. Define-se algo quandose delimita o seu significado dentro 
de um campo semântico, é usualmente encontrado em textos dissertativos/informativos. Ex.: O jornal é 
um meio de comunicação periódico constituído por notícias, reportagens, crônicas, entrevistas, anúncios e 
outro tipo de informação de interesse público; 
- Divisão: O parágrafo pode se iniciar dividindo o assunto, indicando como será tratado em seu 
desenvolvimento. Serve para vários tipos de texto. Ex.: As informações tomam dois caminhos para atingir 
o receptor: o jornal impresso e a televisão; 
- Interrogação: O autor quer aguçar a curiosidade do leitor acerca do tratamento dado a um determinado 
tema, mediante uma pergunta, é usualmente encontrada em textos argumentativos. Ex.: O crescente uso 
da internet provocará o fim do jornal impresso?; 
- Alusão/Citação: O autor faz referência a um fato histórico, às palavras de outra pessoa, usa um 
exemplo, uma lenda ou, até mesmo, uma piada, com o objetivo de prender a atenção do leitor. Serve 
para vários tipos de texto. Ex.: Conta a tradição que comer manga e, em seguida, tomar leite tem como 
resultado morte certa. 
 
Coesão sequencial e a relação com o sentido: É o texto que se segue ao tópico no espaço do parágrafo 
chama-se desenvolvimento. Que, de fato, é o desenvolvimento da ideia introduzida no tópico. 
- Explanação da declaração inicial: O autor esclarece a afirmação ou negação que fez no tópico. Ex.: A 
violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Somos bombardeados todo o tempo por relatos de 
agressões, via televisão, rádio e jornais. Parece até que o objetivo é tornar normal a barbaridade, 
repetindo os feitos dos bandidos vezes sem conta, até a exaustão. 
- Enumeração de detalhes: Trata-se de um tipo de desenvolvimento muito específico, pois é bastante 
comum em parágrafos descritivos. Nesse sentido, há uma preocupação em apresentar detalhes da 
afirmação que foi feita, de maneira mais genérica, no tópico. Ex.: A violência foi banalizada pelos meios 
de comunicação. Sendo assim, os jornais só falam de sangue e tragédia. A televisão, por sua vez, prioriza 
as mazelas como forma de manter a audiência. Até a internet, embora seja um meio jovem, não se 
diferencia dos seus antecessores, pois é ela também meio de prática de crimes de pedofilia, por exemplo. 
- Comparação: Há quem faça distinção entre Analogia e Contraste, distinguindo as formas de 
comparação. Assim, a analogia seria uma comparação entre semelhantes, enquanto o contraste se 
configuraria pela aproximação de termos acentuando suas diferenças. Ex.: A violência foi banalizada pelos 
meios de comunicação. Nos primórdios, as marcações nas rochas feitas pelos povos primitivos indicavam 
caminhos, perigos, símbolos de sentido restrito etc. Atualmente, a mídia ultrapassou esses limites físicos 
e permite uma pluralidade de significados que, sem controle ou censura, podem ferir a sociedade. 
- Causa e consequência: Esse desenvolvimento apresenta uma relação de causas para a declaração feita 
no tópico ou dela decorrentes. Em outros casos, pode apresentar as consequências ou até mesmo as 
causas e consequências juntas. Ex.: A violência foi banalizada pelos meios de comunicação. Tal uso 
resulta em uma série de distorções, como a apresentação de cenas chocantes em horários inadequados 
na televisão, por exemplo. Isso gera nos telespectadores uma espécie de senso comum que aceita a 
violência como algo natural. 
 
Paráfrase: Fazemos uma paráfrase quando transmitimos uma informação ouvida ou lida para outras 
pessoas com as nossas palavras. A paráfrase é muito útil quando temos necessidade de reproduzir um 
conteúdo para um público específico. Além disso, é um recurso muito utilizado nos textos acadêmicos, já 
que, por meio dela, conseguimos apresentar as ideias dos autores estudados sem recorrer à citação direta 
ou mesmo quando a intenção é apresentar o pensamento de um autor de forma mais objetiva. Para 
produzir uma paráfrase é preciso seguir as ideias do texto original, reproduzindo-as de outra maneira, de 
forma resumida ou mesmo ampliando o texto. 
 
Resumo: é uma apresentação sintética, fiel e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e 
a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto e devem ser omitidas as 
nossas impressões e interpretações. Significa reduzi-lo ao que é essencial, mas sem perder de vista três 
elementos: Cada uma das partes essenciais do texto; A progressão em que elas acontecem; A correlação 
que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. Quem resume deve exprimir somente o que é 
essencial no texto, por isso, assim como a paráfrase, não podemos fazer comentários ou julgamentos. 
Resumir é apresentar, com suas próprias palavras, apenas os pontos que julgamos relevantes no texto, 
sendo obrigatoriamente menor do que o original. 
É imprescindível responder a duas perguntas quando estiver elaborando o resumo: O que o autor 
pretende demonstrar? - De que trata o texto? - Leve também em consideração os aspectos 
metodológicos, o estilo e extensão do texto. 
Os dois principais tipos de resumo são: 
- Resumo indicativo ou fichamento: Caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados qualitativos 
e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. É conhecido também como descritivo. Refere-se 
às partes mais importantes do texto. Pode ser usado, por exemplo, para adiantar o assunto de um anexo 
de e-mail. Indica as principais ideias em torno das quais o texto foi elaborado. Normalmente é utilizado 
em propagandas, catálogos de editoras, livrarias e distribuidoras ou ainda em breves exposições de 
determinadas obras. 
- Resumo informativo: Também conhecido como analítico, pode dispensar a leitura do texto original. 
Apresenta o objetivo da obra, métodos e técnicas empregados, resultados e conclusões. Nele evitam-se 
comentários pessoais e juízos de valor. Apresenta todas as informações, de forma sintética, que o autor 
usou para criar o texto. Indispensavelmente deve conter: Assunto; Problema e/ou o objetivo; 
Metodologia; Ideias principais em forma sintética; Conclusões. É o mais utilizado em universidades. 
Segundo a ABNT, há outros dois tipos de resumo 
- Resumo informativo/indicativo: Combina os dois tipos anteriores que acabamos de ver (Resumo 
indicativo ou fichamento e Resumo informativo). Este tipo também pode dispensar a leitura do texto 
original quanto às conclusões, mas não quanto aos demais aspectos tratados. 
- Resumo crítico: Também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas e compreende 
análise e interpretação de um texto. Trata-se de uma espécie de julgamento. É uma das atividades que 
pode ser solicitada como exercício no meio acadêmico. 
Podemos concluir que resumo é uma apresentação concisa dos elementos mais importantes de um texto 
sem perder a sua essência. Portanto, trata-se um procedimento de reduzir um texto sem alterar seu 
conteúdo. 
 
Aula 8: Raciocínio Argumentativo 
 
Argumento: é um conjunto de afirmações encadeadas de tal forma que se pretende que uma delas, a que 
chamamos a conclusão (ou tese), seja apoiada por outras afirmações (os argumentos propriamente 
ditos). A diferença mais importante entre um argumento e um raciocínio é que em um argumento 
pretendemos persuadir alguém de que a conclusão é verdadeira, ao passo que em um raciocínio 
queremos apenas saber se uma determinada conclusão pode ser justificada ou não por um determinado 
conjunto de afirmações. Os argumentos são sustentados por dados, exemplos, experiências pessoais ou 
conhecimentos alheios a que atribuímos um valor indiscutível. Os argumentos podem apoiar-se em dois 
métodos: 
Método Indutivo - parte do particular para o geral. O raciocínio indutivo parte de premissas para chegar a 
uma conclusão. Premissas = proposições, afirmativas que servem de base para uma conclusão. 
Método Dedutivo - parte do geral para o particular.É o método que faz uso da dedução para obter uma 
conclusão a respeito de determinada(s) premissa(s). 
- Raciocínio Argumentativo indutivo: Muitas vezes, para formularmos um ponto de vista, uma opinião, 
precisamos analisar diversas situações que nos levam a uma conclusão (tese). Nesse caso, estamos 
tratando de um raciocínio indutivo. A Indução é o princípio lógico segundo o qual se deve partir das partes 
para o todo. Ou seja, ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo 
número de casos, pode-se generalizar, afirmando que sempre que a situação se repetir o resultado será o 
mesmo. A base desse princípio, portanto, é a experimentação. 
- Raciocínio Argumentativo dedutivo: Por outro lado, também podemos ter uma ideia geral, uma visão 
geral sob um determinado tema, que será comprovada a partir da verificação de alguns casos 
particulares. Nesse caso, estamos tratando de um raciocínio dedutivo. A dedução é o princípio lógico 
segundo o qual devemos partir do geral para o particular. Assim, devemos primeiro criar uma lei geral e 
depois observar casos particulares e verificar se essa lei não se contradiz. Para os adeptos da dedução, o 
cientista não precisa de mil provas indutivas. Basta uma única prova dedutiva para que a lei possa ser 
considerada válida. A base desse princípio, portanto, é a observação. 
 
Tipos de argumento mais comuns: 
Argumento de Autoridade: é um tipo de argumento feito a partir de citações de autores renomados, 
autoridades num certo domínio do saber, numa área da atividade humana, para corroborar uma tese, um 
ponto de vista. 
Argumento Baseado no Consenso: tem-se este tipo de argumento quando se usa proposições evidentes 
por si ou universalmente aceitas. 
Argumento por Causa e Consequência: Para comprovar uma tese, você pode buscar as relações de causa 
(os motivos, os porquês) e de consequência (os efeitos). 
Argumento de Exemplificação/ilustração: a exemplificação consiste no relato de um pequeno fato (real ou 
fictício). Esse recurso argumentativo é amplamente utilizado quando a tese defendida é muito teórica e 
necessita de esclarecimentos com dados concretos. 
Argumento de Provas Concretas: para a construção deste argumento, utiliza-se uma opinião embasada 
em fatos comprobatórios. 
Argumentos com Base no Raciocínio Lógico: neste tipo de argumento, a argumentação baseia-se nas 
relações de causa e consequência. Em alguns casos, a falta de coerência entre as proposições serve como 
estratégia para fugir do tema. Esse recurso é muito usado por políticos. 
Argumento da competência linguística: neste tipo de argumento, a utilização de diferentes mecanismos 
linguísticos contribui para a persuasão. Ex.: Propaganda compre Batom. 
 
Nos dois tipos de raciocínio, necessitamos de fazer inferências, porém na dedução as inferências são 
organizadas a partir das premissas, a conclusão é dependente das premissas. Se houver premissas falsas, 
corre-se o risco de haver conclusão falsa. Na indução as inferências são organizadas a partir do real. 
Pode-se dizer que se examina a informação específica para se chegar à generalização. Um argumento 
indutivo afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas. 
Argumentação informal - linguagem informal. Argumentação formal - linguagem formal - Inferências - 
deduções a partir das situações. 
 
Contra-argumentação: nada mais é que uma nova argumentação em que se procura desmontar um 
raciocínio anteriormente apresentado. Uma forma bastante eficaz de se contra-argumentar é utilizar o 
senso comum (aquilo que as pessoas usam no seu cotidiano; o que é natural e fácil de entender, o que 
elas pensam que sejam verdades, geralmente porque ouviram de alguém, que também ouviu de alguém). 
 
Aula 9: Sentidos Metafórico e Metonímico 
 
Metáfora: é um princípio onipresente da linguagem, pois é um meio de nomear um conceito de um dado 
domínio de conhecimento pelo emprego de uma palavra usual em outro domínio. A metáfora é o emprego 
da palavra fora de seu sentido normal, e como já cria uma associação de sentidos de forma figurada, ela 
é classificada como figura de linguagem. A metáfora entre palavras funciona a partir do estabelecimento 
de uma relação/comparação de sentido entre um elemento comparado e um elemento comparante. 
Relação de adesão semântica entre duas palavras ou expressões, como uma comparação implícita (sem a 
presença do elemento comparativo) 
 
Metonímia: consiste na transferência de um termo para o âmbito de um significado que não é o seu, 
processado por uma relação cuja lógica se dá, não na semelhança, mas na contiguidade das ideias. Na 
metonímia, a relação entre os elementos que os termos designam não depende exclusivamente do 
indivíduo, mas da ligação objetiva que esses elementos mantêm na realidade. A metonímia consiste em 
empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. 
Relação de aproximação, em que parte do conteúdo semântico de uma palavra ou expressão é 
relacionado a outra palavra ou expressão, também numa comparação implícita. 
 
Na metáfora a substituição de um termo por outro se dá por um processo interno, intuitivo, estritamente 
dependente do sujeito que realiza a substituição. Na metonímia, o processo é externo, pois a relação 
entre aquilo que os termos significam é verificável na realidade externa ao sujeito que estabelece tal 
relação. Metáfora e metonímia são duas figuras de linguagem. A metáfora é uma comparação implícita. 
Isto é: não há o elemento gramatical de comparação o "como". Digo assim: você é uma flor! Não quero 
dizer que você seja uma flor, mas que possui características de uma flor: é suave, delicada, bonita etc. 
Você faz a comparação por similaridade e aproxima duas coisas que semanticamente estariam distantes. 
Na metonímia, fazemos uma aproximação por contiguidade entre os termos. Dizemos assim: "eu bebi 
uma Brahma inteira". Você bebeu a marca ou o líquido? Você bebeu o líquido. Mas você toma a marca 
pelo líquido. Assim como a Coca-Cola, etc. Posso dizer assim: "Eu li Machado inteiro". Na verdade, você 
leu a obra inteira, não o homem. 
 
Sentido explícito é o que está escrito claramente no texto. Sentido implícito é o que está por trás do 
escrito. Para entendermos o sentido implícito, precisamos ler nas entrelinhas do texto, ou seja, 
precisamos interpretar o texto. Quando o sentido está ESCONDIDO, IMPLÍCITO, ele precisa ser 
desvendado pelo ouvinte/leitor, que o transformará em uma informação EXPLÍCITA, assim como os 
sentidos que estão presentes, claramente, nos elementos do enunciado. Os sentidos IMPLÍCITOS também 
podem vir através de ironias. Podem vir através de construção com ausência, com mensagens 
aparentemente desconectadas, mas que fazem sentido. 
Ironia: Consiste em um processo de interpretação sofisticado em que o interlocutor (ouvinte/ leitor) 
necessita interpretar todo o contexto da fala para chegar ao entendimento. Ex.: “você, baixinho desse 
jeito, vai tapar minha visão” (alguém fazendo um comentário sobre uma pessoa alta que está na sua 
frente) 
 
Saiba mais 
Metonímia: http://www.filologia.org.br/viiifelin/32.htm 
 
Aula 10: Polissemia, Duplo Sentido e Ambiguidade 
 
Polissemia: Peculiaridade de algumas palavras possuírem mais de um sentido, podendo ser empregadas 
em mais de um contexto. Em outros termos, todas as palavras "tendem" a ser polissêmicas, justamente 
pela possibilidade de se tomar um determinado termo em sentido figurado (como na metáfora e na 
metonímia), entre outras causas. Podemos identificar nelas o emprego de um sentido próprio ou de um 
sentido figurado. Ex.: Ela tem o chapéu na cabeça (Parte que comanda o corpo). Ela vinha à cabeça do 
grupo que entrou na sala (à frente). Ela é muito inteligente, é a cabeça do grupo (líder). Características: 
Mesmo significado literal; Mesma origem; Forma idêntica. 
 
O Duplo Sentido: é umesforço intencional de se explorar dois sentidos distintos da mesma palavra ou 
expressão. Em outros termos, o autor do texto intencionalmente apela para a dupla possibilidade de 
interpretação do leitor e usa tal possibilidade como forma de enriquecer seu texto. Uma das ferramentas 
discursivas para se explorar o caráter polissêmico das palavras é o duplo sentido. Por esse princípio, 
podemos definir duplo sentido como a propriedade que têm certas palavras e expressões da língua de 
serem interpretadas de duas maneiras diferentes em diferentes contextos de utilização da língua. 
 
Homonímia: é outro fenômeno, temos palavras que possuem “raízes” distintas, mas que são idênticas na 
maneira de escrever e de falar. Nesses casos, forma-se um homônimo: dois vocábulos que possuem a 
mesma configuração fonológica e ortográfica. As palavras homônimas são aquelas que apresentam a 
mesma forma (fonética e gráfica), mas que têm dois significados diferentes não relacionáveis entre si. 
Ex.: Eu rio (do verbo rir) e tu choras. O rio (corrente de água) Amazonas atravessa a Região Norte do 
Brasil. Pelo contexto, percebe-se que são palavras de grafia igual, mas que são usadas em sentido 
próprio, pois não há qualquer relação de sentido entre elas. Características: Significados literais distintos; 
Origens distintas; Forma idêntica. 
 
Ambiguidade: Diferentemente do duplo sentido, a ambiguidade é a indeterminação de sentido que certas 
palavras ou expressões apresentam, dificultando a compreensão de uma determinada passagem do texto, 
ou até dele como um todo. É uma possibilidade de haver outro contexto, admite interpretações 
alternativas. A Ambiguidade deve ser evitada, pois pode gerar problemas na interpretação de quem lê o 
texto. Embora muitas pessoas considerem duplo sentido e ambiguidade sinônimos, eles não são. A 
ambiguidade não é intencional, já que sua ocorrência é resultado de alguma construção linguística 
problemática. Note que o fenômeno da ambiguidade reproduz claramente os contextos possíveis, daí a 
sua grande utilização em piadas, em textos humorísticos, pois é exatamente esta possibilidade que 
provoca humor. Ex.: Com uma loira dessa eu me acabo (Cerveja). - Ambiguidade Lexical: Uso de palavras 
ou expressões cujos sentidos podem gerar interpretação indevida, mas geralmente é resolvida pelo 
conhecimento de mundo do leitor e pelo contexto da mensagem. Ex.: Deixei o dinheiro no banco (a 
palavra banco conduz a mais de um contexto) - Ambiguidade Estrutural: Falha na disposição de palavras 
ou expressões em um período, ou uso indevido de referente. Ex.: O Cachorro do João não veio Hoje. 
 
Implícito: De acordo com Dubois et alii, no dicionário de linguística, a noção de implícito proporciona uma 
visão abrangente da possibilidade de ocorrerem na língua sentidos múltiplos. De acordo com os 
autores, implícito pode ser entendido como subentendido. Conforme a gramática tradicional, o que, na 
frase efetivamente realizada, não se exprime, mas fica implicado pela interpretação semântica ou pelo 
quadro sintático, sentido implícito, ou seja, o que é sugerido e não é dito explicitamente. Dentro dessa 
visão e sentidos implícitos, a pressuposição é vista como outra relação de sentido, conforme Ilari e 
Geraldi. Ex.: Paulo parou de bater na mulher. Que abriga dois enunciados: a - no passado Paulo batia na 
mulher. b - atualmente Paulo não bate mais. O mesmo raciocínio é verificado em: - João continua a 
trabalhar no banco. - A empregada só lavou a louça. 
 
Revisão - Aula 6 a 10 
 
Professora conversando e ppt

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