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Rodovias III Prof. Dr. Francisco Dalla Rosa Constitui-se no processo da formulação, na qual se buscada uma composição granulométrica de agregados com naturezas específicas além da adição de CAP, tal que após a mistura dos elementos sob uma temperatura adequada e compactados ofereçam condições mecânicas adequadas a suportar as cargas que solicitam um determinado pavimento. Obter uma mistura adequadamente trabalhável; Obter uma mistura estável sob ação de cargas estáticas e móveis; Obter uma mistura durável, com teor de asfalto adequado; Restaurar em baixa deformação permanente (trabalhar matriz pétrea e controlar o teor de asfalto); Resultar em uma mistura pouco suscetível à fissuração por fadiga; Possuir vazios (com ar) suficientes mas não excessivos. Dependem: ▪ Do tipo de mistura; ▪ Da tradição local; ▪ Da disponibilidade de equipamentos; ▪ Considerar se possuem ou não tecnologia adequada. Tipo de patologias a serem combatidas em pista Tipo de dosagem apropriada Exsudação, escorregamento lateral Estabilidade, fluência Deformação plástica em trilha de roda Deformação plástica, estática ou dinâmica Fissuração por fadiga Ensaio dinâmico de fadiga Reflexão de fissuras Ensaios combinados de fratura e fadiga Vv VAM VCB RBV=VCB/VAM Procedimentos de dosagem Marshall e Superpave baseiam-se na Massa Total da Mistura ( ) mis asf M M T asf =% agasfmis MMM += ( ) asf mis ag ag T M M T −== 1% arefagasf agasf VVV PP Gmb ++ + = − Massa Específica Aparente da Mistura - COMPACTADA Massa Específica Máxima (Teórica) da Mistura - SOLTA efagasf agasf VV PP Gmm −+ + = Mas não se determinam Volumes em laboratório, e sim Pesos. submisarmis armis MM M Gmb →→ → − = Massa Específica Aparente da Mistura - COMPACTADA submisSSSmis armis MM M Gmb →→ → − = armisM → submisM → SSSmisM → Ps Balança Balança Psub ASTM D 1188 ▪ Amostras com vazios abertos e interconectados que absorvem mais que 2% de água por volume; ▪ Empregam-se corpos de prova recobertos com parafina ou parafilme. ASTM D 2726/00 ▪ Para misturas compactadas que absorvem pouca água quando submersas; ▪ Não pode ser usado para amostras com vazios abertos e interconectados que absorvem mais que 2% de água por volume; ▪ Gmb = A / (B - C) onde: ✓ A é o peso do CP mistura seca no ar; ✓ B é o peso do CP na condição Saturada-Superfície Seca no ar; ✓ C é o peso do CP na água. efag ag asf asfefagasf agasf G M G MVV MM Gmm − − + = + + = 100 Massa Específica Máxima (Teórica ou Medida) da Mistura Calculada (Teórica) Combinados No Brasil é comum se usar as massas específicas reais dos agregados AGREGADO GRAÚDO DNER-ME 081/98 e ASTM C 127-88 AGREGADO MIÚDO DNER-ME 084/95 (Picnômetro de 500 ml) Volumetria DMT = 100 = 6,0 + 60 + 30 + 4,0 1,03 2,72 2,68 2,80 DMT = 2,47 ▪ %Asf, %Ag, %Am, %f - percentagem de asfalto, agregados graúdo, miúdo e filer na mistura ▪ Gasf, Gag, Gam, Gf - densidades reais DMT = 100 . %Asf + %Ag + %Am + %f Gasf Gag Gam Gf Densidade da mistura sem vazios: numericamente igual à massa total dividida pela soma dos volumes ocupados pelos materiais. Exemplo: Calcular a DMT de uma mistura %Asf = 6,0% Gasf = 1,03 %Ag = 60% Gag = 2,72 %Am = 30% Gam = 2,68 %f = 4,0% Gf = 2,80 Massa Específica Máxima (Teórica) da Mistura Massa Específica Máxima (Medida) da Mistura Determinada em laboratório ASTM D2041 (Vácuo) Querosene (Castro Neto, 1996) Volumetria Método RICE (MISTURAS NÃO COMPACTADAS) ▪ Definido como a razão entre o peso de agregados e o peso de ligante pelo volume de agregados, volume dos poros impermeáveis, volume dos poros permeáveis não preenchidos com asfalto e volume de asfalto; ▪ Essencial para o cálculo de ligante absorvido e do teor de vazios em misturas compactadas. Gmm = A / (A + B – C) Onde: A - peso da mistura seca no ar B - peso do frasco + água C - peso do frasco + água + mistura VOLUME DO AGREGADO VAZIOS IMPERMEÁVEIS VOLUME DE VAZIOS NÃO PREENCHIDOS COM ASFALTO VOLUME DE VAZIOS PREENCHIDOS COM ASFALTO Massa Específica Máxima Medida Massa Específica Máxima Medida Massa Específica Máxima Medida X Ligante asfálticoAgregadoVolume de agregado Volume de vazios preenchidos com asfalto Volume de vazios não preenchidos com asfalto Vazios impermeáveis 2,34 2,36 2,38 2,40 2,42 2,44 2,46 2,48 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de CAP(%) D M T Vácuo Querosene Fórmula M.Específica Máxima Teórica ou M.Específica Máxima Medida Ag. Miúdo Ag. Graúdo Ag. Graúdo Ag. Miúdo (Frasco Chapman) Ag. Miúdo Solos Fíler ME 081/98 ASTM C 127 ME 084/95 ME 194/98 ASTM C 128 ME 093/94 ME 085/94 4,8mm (A) 2,0mm 0,075mm (A) (B) (C ) (D) (E) 4,8mm 2,0mm 0,075mm (H) DENTRO DAS ESPECIFICAÇÕERS FOR A DAS ESPECIFICAÇÕES (G) (G) (F) (I) (J) Massa Específica dos Agregados Dentro das especificações Agregrado Graúdo (A / G) DNER-ME 081/98 e ASTM C 127-88 A – massa da amostra seca no ar (g); B – massa da amostra com SSS no ar (g); C – massa da amostra saturada água (g). CB A Da − = Aparente CA A Dr − = Real )()( 25 BCAD AB D −−− − = A – massa do picnômetro vazio e seco (g); B – massa do picnômetro mais amostra (g); C – massa do picnômetro mais amostra mais água (g); D – massa do picnômetro completo com água (g). Agregado Miúdo (B / H) DNER-ME 084/95 (Picnômetro de 500 ml) X AGREGADO MIÚDO (B / H) DNER-ME 084/95 (Picnômetro de 500 ml) AGREGADO MIÚDO (C / I) DNER-ME 194/98 (Frasco Chapman) 200 500 − = L Agregado Miúdo A – massa do picnômetro vazio e seco (g); B – massa do picnômetro mais amostra (g); C – massa do picnômetro mais amostra mais água (g); D – massa do picnômetro completo com água (g). Solos (E) DNER-ME 093/94 (Picnômetro 50 ml) )()( BCAD AB Dt −−− − = deslocado líquido do volume material do massa = Agregado de Enchimento - Fíler (F) DNER-ME 085/94 e ASTM C 188 (Le Chatelier) Alterações Ensaios B e H (DNER- ME 084/95) ? Ensaio Picnômetro com tampa Picnômetro gargalo comprido Picnômetro gargalo comprido c/ aplicação de -88kPa de pressão B 2,41 2,55 2,61 H 2,51 2,48 2,63 ▪ Desenvolvido por Bruce Marshall para o Mississippi Highway Department na década de 1930. ▪ US Army Corps of Engineers (USACE) começou a estudar em 1943 para 2ª Guerra Mundial (aeroportos). ✓ Soquete de 10 lb, 50 golpes/face, queda 18”; ✓ Vv = 4% após o tráfego. ▪ Critérios iniciais estabelecidos e modificados para cargas crescentes. ▪ Em função da curva viscosidade – temperatura do ligante asfáltico a ser usado na mistura. ▪ Temperatura de Mistura: ✓ ligante: correspondente à viscosidade 85±10 SSF ou 0,17±0,02 Pa.s; ✓ agregado: de 10 a 15ºC acima da temperatura do ligante. ▪ Temperatura de Compactação: correspondente à viscosidade 140±15 SSF ou 0,28±0,03Pa.s. Exemplo de temperaturas (ºC) de trabalho determinadas para 3 ligantes, de acordo com as viscosidades Saybolt-Furol. RELAÇÃO VISCOSIDADE X TEMPERATURA V is c o s id a d e ( c P ) Temperatura (ºC) CAP 50/60 AMP (6,5% SBS) Material CAP-20 EVA RASF Ligante 158 170 170 Agregado 171 183 183 Mistura 146 161 161 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 10 100 1000 10000 O método Marshall indica 2 níveis de energia de compactação: • 50 golpes por face do corpo-de-prova para baixo volume de tráfego; • 75 golpes por face do corpo-de-prova para alto volume de tráfego. Procedimento Marshall Procedimento Marshall Processo mecânico Procedimento Marshall Processo manual Procedimento Marshall Procedimento Marshall Procedimento Marshall ▪ Estabilidade: carga máxima (unidade de força) indicativa da resistência do corpo de prova à compressão diametral confinada (modo de falha não definido); ▪ Fluência: deslocamento máximo (unidade de distância) apresentado pelo corpo de prova correspondente à aplicação dacarga máxima. Estabilidade Marshall Metodologia para a Determinação do Teor Ótimo Segue uma explicação passo-a-passo do método de determinação do teor ótimo de ligante convencionalmente usado DNER. 1. Determinação das massas específicas reais dos constituintes da mistura: agregados (ASTM, 1994) e CAP, geralmente assumida 1,02 (este valor é compatível com CAP’s produzidos no país pela Petrobras). 2. Escolha da faixa granulométrica a ser utilizada (DNER, Aeronáutica, Órgão estaduais ou Municipais, etc). 3. Escolha da composição dos agregados de forma a enquadrar a mistura de agregados nos limites da faixa granulométrica escolhida. Ou seja, é escolhido o percentual em peso de cada agregado, %*, para formar a mistura. Procedimento Marshall Procedimento Marshall Brita ¾” Brita 3/8” Pó de Pedra Areia Campo Fíler Faixa de Projeto Faixa C Peneira 25% 36% 20% 18% 1% %min %alvo %max %min %max ¾” 100 100 100 100 100 100,0 100 ½” 72 100 100 100 100 86 93,1 100 80 100 3/8” 33 98 100 100 100 76 82,6 90 70 90 no 4 5 30 98 100 100 46 50,6 56 44 72 no 10 3 6 82 99 100 33 38,0 43 22 50 no 40 2 2 39 68 100 17 22,2 27 8 26 no 80 1 1 21 41 100 10 13,1 16 4 16 n o 200 0 1 10 21 95 5 7,1 10 1 8 3. Escolha da composição dos agregados: Note que neste momento não se considera ainda o teor de CAP, portanto, %n* = 100% (onde “n” varia de 1 ao número de diferentes agregados na mistura). 4. Escolha das temperaturas de mistura e de compactação, a partir da curva viscosidade-temperatura do ligante escolhido. ✓ Tligante na hora de ser misturado ao agregado viscosidade entre 75 e 150SSF, de preferência entre 75 e 95SSF ou 0,17±0,02Pa.s se medida com o viscosímetro rotacional. Tligante [107ºC; 177ºC] ✓ Tagregados deve ser de 10 a 15ºC acima da temperatura definida para o ligante, sem ultrapassar 177ºC. ✓ Tcompactação deve ser tal que o ligante apresente viscosidades na faixa de 125 a 155SSF ou 0,28±0,03Pa.s. Procedimento Marshall 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 1 10 V ic o si d a d e B ro o k fi el d ( P o is e) Temperatura (°C) Visc Fazenda Alegre Visc Fazenda Belém Visc Bachaquero Faixa de Mistura Faixa de Compactação 120 125 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 Temperatura (°C) V is c o si d a d e S a y b o lt F u r o l, S e c o n d s (S F S ) 1000 100 20 50 200 300 Viscosidade Faz.Belém ViscosidadeBachaquero Viscosidade Faz. Alegre Faixa de Mistura Faixa de Compactação Procedimento Marshall 5. Adoção de teores de asfalto para os diferentes grupos de CPs a serem moldados. Cada grupo deve ter no mínimo 3 CPs. Conforme a experiência do projetista, para a granulometria selecionada, é sugerido um teor de asfalto (T, em %) para o primeiro grupo de CPs. Os outros grupos terão teores de asfalto acima (T+0,5% e T+1,0%) e abaixo (T-0,5% e T-1,0%). 6. Após o resfriamento e a desmoldagem dos CPs, obtém-se as dimensões do mesmo (diâmetro e altura). Determinam-se para cada CP suas massas seca (MS) e submersa em água (MSsub). Com estes valores é possível obter a massa específica aparente dos CPs (Gmb), que por comparação com a massa específica máxima teórica (Gmm = DMT), vai permitir obter as relações volumétricas típicas da dosagem. Procedimento Marshall SM Ms Balança SsubM Balança Psub 7. A partir do teor de asfalto do grupo de CPs em questão (%a), ajusta-se o percentual em peso de cada agregado, ou seja, %n = %n* (100% - %a) onde %n é o percentual em peso do agregado “n” na mistura asfáltica já contendo o asfalto. Note que enquanto %n* = 100%, após o ajuste, %n = 100% - %a. Ajuste do percentual em peso dos agregados em função do teor de asfalto Procedimento Marshall Teor de Asfalto, % 5,5 6,0 6,5 7,0 Brita ¾”, % 23,625 23,500 23,375 23,250 Brita 3/8”, % 34,020 33,840 33,660 33,480 Areia de Campo, % 18,900 18,800 18,700 18,600 Pó de pedra, % 17,010 16,920 16,830 16,740 Fíler, % 0,945 0,940 0,935 0,930 8. Com base em %n, %a, e nas MASSAS ESPECÍFICAS REAIS dos constituintes (Gi), calcula-se a Densidade Máxima Teórica da mistura (DMT=Gmm) correspondente ao teor de asfalto considerado. Esta densidade corresponde a massa específica Gmm e é dada por: Procedimento Marshall n n 2 2 1 1 CAP CAP n21CAP n21CAP n21CAP G M ...... G M G M G M M...MMM V...VVV M...MMM V M DMT ++++ ++++ = ++++ ++++ == n n 2 2 1 1 CAP CAP G % ...... G % G % G % 100 DMT ++++ = Constituintes Brita ¾” Brita 3/8” Areia de Campo Pó de Pedra Fíler Asfalto Massa específica real 2,656 2,656 2,645 2,640 2,780 1,0268 Teor de asfalto, % 5,5 6,0 6,5 7,0 DMT 2,439 2,422 2,404 2,387 8. Melhor seria DETERMINAR a massa específica Gmm: Procedimento Marshall VAM = f(Gsb) aparente VAM = f(Gse) efetiva VAM = f(Gsa) real VAM f(Gse) efetiva VAM f(Gsa) real VAM f(Gsb) aparente > > 8. Melhor seria DETERMINAR a massa específica Gmm: Vv = f(Gsb) aparente Vv = f(Gse) efetiva Vv = f(Gsa) real Vv f(Gse) efetiva Vv f(Gsa) real Vv f(Gsb) aparente > > 9. Cálculo dos parâmetros de dosagem para cada CP: ▪ Volume dos corpos de prova: ▪ Massa Específica Aparente da mistura: Procedimento Marshall SsubS M- M V = V M Gmb S= Teor de Asfalto, % 5,5 6,0 6,5 7,0 MS, g 1184,3 1180,2 1185,0 1184,4 1184,0 1188,1 1188,0 1183,4 MSsub, g 676,8 673,7 679,2 679,7 677,8 682,0 680,0 678,0 Volume, cm 3 507,5 506,5 505,8 504,7 506,2 506,1 508,0 505,4 Gmb 2,334 2,330 2,343 2,347 2,339 2,348 2,339 2,342 Gmb médio 2,332 2,345 2,343 2,340 ▪ Relação betume-vazios ▪ Vazios do agregado mineral VCBVv VAM += VAM VCB RBV = ▪ Volume de vazios ▪ Vazios com betume DMT mbG-MTD Vv = a a G % Gmb VCB = 10. Após as medidas volumétricas, os CPs são submersos em banho- maria a 60C por 30 a 40 minutos. Retira-se cada CP colocando-o imediatamente dentro do molde de compressão. Procedimento Marshall Determinam-se por meio da prensa Marshall, os seguintes parâmetros mecânicos resultantes da curva obtida: ▪ Estabilidade (N): carga máxima ▪ Fluência (mm): deslocamento máximo. No Brasil, grande parte dos laboratórios dispõe de prensas Marshall que usam anel dinamométrico para leitura da carga e um medidor mecânico de fluência, não permitindo a obtenção da curva mostrada, tendo, portanto, pouca precisão nos parâmetros. Com todos os valores dos parâmetros volumétricos e mecânicos determinados, são plotadas 6 curvas em função do teor de asfalto, que podem ser usadas na definição do teor de projeto m 1000 F (kN) 9,81 2,33 2,33 2,33 2,34 2,34 2,34 2,34 2,34 2,35 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) M as sa E sp ec íf ic a A p ar en te ( g /c m 3 ) 2,38 2,39 2,40 2,41 2,42 2,43 2,44 2,45 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) M as sa E sp ec íf ic a M áx im a T eó ri ca ( g /c m 3 ) 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) V o lu m e d e V az io s (% ) 16,8 17,0 17,2 17,4 17,6 17,8 18,0 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) V az io s d o A g re g ad o M in er al ( % ) 65,0 70,0 75,0 80,0 85,0 90,0 95,0 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) R el aç ão B et u m e- V az io s (% ) 9.000 9.500 10.000 10.500 11.000 11.500 5,5 6,0 6,5 7,0 Teor de Asfalto (%) E st ab il id ad e (N ) O método de dosagem Marshall pode apresentar diversas alternativas para escolha do teor de projeto de ligante asfáltico. ▪ NAPA (1982): escolha primordialmente para camadas de rolamento em concreto asfáltico baseada somente no Vv (4%), ou o Vv correspondente à média das especificações. No Brasil, a escolha do teor de projeto correspondente a umVv de 4% também é adotada no estado de São Paulo pela DERSA. ▪ Observa-se distinção de procedimentos para definição do teor de projeto dependendo do órgão, empresa ou instituto de pesquisa. É comum a escolha se dar a partir da estabilidade Marshall, da massa específica aparente e do Vv. Nesse caso, o teor de projeto é uma média de 3 teores, correspondentes aos teores associados à máxima estabilidade, à massa específica aparente máxima da amostra compactada e a um Vv de 4% (ou média das especificações) Os parâmetros determinados no passo 9 são correspondentes a cada corpo de prova. Os valores de cada grupo são as médias dos valores dos corpos de prova com o mesmo teor de CAP. Representação esquemática dos grupos de corpos de prova ▪ A metodologia utilizada seleciona o teor ótimo a partir dos parâmetros de dosagem Vv e RBV. ▪ Com os cinco valores de Vv e RBV obtidos nos grupos de corpos de prova é possível traçar um gráfico do teor de CAP (no eixo “x”) versus Vv (no eixo “y1”) e RBV (no eixo “y2”). ▪ Adicionam-se então linhas de tendência para os valores dos dois parâmetros. ▪ O gráfico deve conter ainda os limites específicos das duas variáveis indicados pelas linhas tracejadas e apresentados na Tabela 5. ▪ A partir da interseção das linhas de tendência do Vv e do RBV com os limites respectivos de cada um destes parâmetros, são determinados quatro teores de CAP (X1, X2, X3 e X4). ▪ O teor ótimo é selecionado tomando a média dos dois teores centrais, ou seja, teor ótimo = (X2 + X3) / 2. Limites de Vv e RBV para diferentes faixas granulométricas Teor de CAP versus Vv e RBV Limites de Vv e RBV para diferentes faixas granulométricas Procedimento Marshall Teor de CAP versus Vv e RBV Procedimento Marshall RBV mín Vv máx Vv mín V v RBV máx R B V TótimoX1 X2 X3 X4 Considere um CAP 50/60 com densidade 1,02. Três corpos de prova (CP1, CP2 e CP3) de um CBUQ são moldados com este CAP com teores 5,5%, 6,0% e 6,5%, respectivamente (um corpo de prova com cada teor). Os resultados da densidade teórica máxima de cada mistura, juntamente com os pesos dos corpos de prova seco e imerso, são apresentados na Tabela abaixo. Determine o volume e a densidade aparente dos corpos de prova, bem como os demais parâmetros usados na determinação do teor ótimo (Vv, VCB, VAM, RBV). Corpos de Prova CP1 CP2 CP3 Teor de CAP (%) 5,5 6 6,5 Densidade teórica da mistura asfáltica 2,438 2,421 2,403 Peso no ar do corpo de prova (g) 1182,2 1178,7 1185,9 Peso imerso do corpo de prova (g) 674,7 673,6 681 DADO: Volume (cm3) Densidade aparente Volume de Vazios (%) V.C.B. (%) V.A.M. (%) R.B.V. (%) PEDE-SE: Exercício Baseado somente no Vv, qual o teor de CAP que você escolheria? Por quê?