Buscar

Resenha - O principe

Prévia do material em texto

FAHESA - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína 
ITPAC - Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos Ltda 
Direito
Ciência Política e Teoria Geral do Estado
O PRINCIPE – NICOLAU MAQUIAVEL
Nome do aluno
Araguaína/ TO 
Novembro/2015
O PRINCIPE- Nicolau Maquiavel 
Maquiavel pode ser visto nitidamente como um precursor da historia da política, dando grande importância para esse âmbito e muitas vezes sendo criticado. Em sua Obra o príncipe, ele tem como preocupação a política na Itália, e expressou isso em sua obra do ano de 1513, que pode ser considerada como uma “cartilha” para os governadores, pois, nele mostra como um verdadeiro príncipe deve se comportar para ter sua nação em suas mãos, fazendo isso sem dor e escrúpulos apenas tendo o controle. Defendia o poder absoluto.
É de grande vontade de Maquiavel em O príncipe, guiar os governantes, dando conselhos para que este continue no poder. Acrescentando também que para que isso ocorra ele deve está com pessoas fieis confiáveis do seu lado.
A obra começa com o autor explicando os tipos de governos e qual o modo mais fácil de chegar até ele. São existentes dos tipos de principados os novos e os hereditários onde o citado por ultimo é mais fácil do que o chamado “principado novo” pelo motivo do qual o povo já está acostumado com o regimento de uma família, não querendo se adaptar a um novo. Um príncipe novo deve se preocupar em está bem com seu povo para que este não se revolte, defendendo sempre os mais fracos e reprimindo os mais fortes.
Uma cidade que está acostumada a viver livre será um problema maior, pois sempre terá o governo anterior como um escudo de sua liberdade. Para tomar posse deverá ir pessoalmente até a cidade, destrui-la ou deixar viver com suas próprias leis.
Pode-se também conquistar um estado pela Virtú ou pela Fortuna. Maquiavel fala de fortuna, essa que não é riqueza, nada material e sim a uma determinada situação econômica, social e política. Refere-se à sorte, porque para o governante manter seu governo forte ele não poderia contar só com suas capacidades e, sim com um pouco de sorte, tanto para o bem como para o mal. A oportunidade o acaso o destino são atributos desse tipo de aquisição de poder. Maquiavel fala que não devemos atribuir apenas à fortuna as conseqüências de nossas ações, essas dependem em parte da fortuna e de nossas próprias capacidades. Virtú que significa habilidade, onde os governantes decidem o que é cabível em cada situação. Pode ser entendida como as qualidades, capacidade pessoal em conseguir manter-se em seu governo, sua determinação é clara. São qualidades pessoais, únicas, onde teria que usar de todas as suas artimanhas para manter o estado prospero. Os homens tendem a repetir uma ação quando ver que elas foram boas, porém o mundo é mutável e que o governante deve mudar de acordo com as situações que ocorre. 
Mas, restringindo-me mais ao particular, digo por que se vê um príncipe hoje em franco e feliz progresso e amanhã em ruína, sem que tenha mudado sua natureza ou as suas qualidades; isso resulta segundo creio, primeiro das razões que foram longamente expostas mais atrás, isto é, que o príncipe que se apoia totalmente na sorte arruina-se segundo as variações desta. Creio, ainda, seja feliz aquele que acomode o seu modo de proceder com a natureza dos tempos, da mesma forma que penso seja infeliz aquele que, com o seu proceder, entre em choque com o momento que atravessa. (MACHIAVELLI, 1513, p.106)
Um príncipe é estimado quando consegue adquirir suas realizações, faz inovações conquistando assim poder e aumentando sua reputação. É estimado também quando reconhece quem são seus amigos e inimigos. Não fazendo aliança com alguém mais forte, pois pode usar suas próprias armas contra si.
Um príncipe é estimado, ainda, quando verdadeiro amigo e vero inimigo, isto é, quando sem qualquer consideração se revela em favor de um, contra outro. Esta atitude é sempre mais útil do que ficar neutro, eis que, se dois poderosos vizinhos teus entrarem em luta, ou são de qualidade que vencendo um deles tenhas a temer o vencedor, ou não. Em qualquer um destes dois casos será sempre mais útil o definir-te e fazer guerra digna, porque no primeiro caso se não te definires serás sempre presa do que vencer, com prazer e satisfação do que foi vencido, e não terás razão ou coisa alguma que te defenda nem quem te receba. (MACHIAVELLI, 1513, p. 96)
	O governante como um príncipe deve se manter sempre atento diante da sociedade, para que ninguém o engane, favorecendo sempre seu povo. É de cuidado também os aduladores que o cercam. Escolhendo seus ministros esses também deve ser tratado bem, adquirido cargos e matérias que os satisfaçam para não querer ter algo mais e vim a atrapalhar sua governança. 
	É notório durante a obra que os governantes são chamados de príncipe por Maquiavel, este que durante o enredo mostra seu pensamento político de forma ampla. Mostra que a concorrência sempre haverá, e que para ganhar sempre tem que ta a um passo a mais que os outros. Existe sempre um conflito de valores. Maquiavel pode ser considerado um realista político, pensa a política a partir de seu contexto. Onde o seu principal motivo é de como ocorre à conquista e a não perda do poder. Sua contribuição não foi apenas aos governantes, mas também um ensinamento para toda a nação.
Podemos trazer como exemplos a política atual em que os príncipes (governo) fazem estratégias para se manter no poder. Assim como ocorreu com as eleições passadas para governante no Maranhão onde Flavio Dino esperou o momento certo em que o Governo de Roseana Sarney entrasse em colapso, a população ficasse revoltosa para entrar na política, obtendo assim a fortuna a sorte do povo escolher e usando suas virtudes para continuar nele.
REFERENCIAS:
MACHAVELLI, Nicollo.O Príncipe. 3ºed. Leme/SP,2015.128

Continue navegando