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DPC SEMESTRAL 
Direito Penal – Parte Especial 
Denis Pigozzi 
Data: 16/04/2013 
Aula 9 
DPC SEMESTRAL – 2013 
Anotador(a): Tiago Ferreira 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
SUMÁRIO 
 
1) Dos crimes contra o patrimônio (Disposições gerais). 
 
 
TÍTULO II - DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
 
Capítulo VIII 
Das Disposições Gerais - Artigos 181/183 do CP 
 
Este capítulo trata exclusivamente das IMUNIDADES PENAIS aplicáveis aos crimes contra o patrimônio, a 
saber: 
 
1) Imunidades penais absolutas ou escusas absolutórias - Art. 181: 
 
2) Imunidades penais relativas ou processuais - Art. 182 do CP: 
 
Natureza jurídica: É a transformação de um crime que de ação penal pública incondicionada passa a ser 
apurado por ação penal pública condicionada à representação, alias condição de procedibilidade. 
 
Hipóteses: 
 
1) Quando os crimes são cometidos em prejuízo do cônjuge do qual o agente se encontra separado 
judicialmente. 
 
Tal hipótese não alcança os divorciados, pois com o divórcio há o rompimento do vínculo matrimonial. 
 
2) Quando os crimes forem praticados em prejuízo de irmãos, sejam germanos (filhos do mesmo pai e da 
mesma mãe) ou unilaterais (filhos do mesmo pai ou da mesma mãe). 
 
3) Quando os crimes contra o patrimônio forem cometidos em prejuízo de tio ou sobrinho com quem o 
agente coabita. 
 
Atenção: Não importa se o crime for praticado fora ou dentro da residência, sendo apenas relevante que eles 
residam juntos. 
 
CUIDADO: As duas espécies de imunidades penais NUNCA SÃO APLICÁVEIS NOS SEGUINTES CASOS (Art. 183 
do CP): 
 
1) Quando os crimes forem de roubo ou extorsão, ou onde haja emprego de grave ameaça ou violência contra 
a pessoa (Exemplos: Esbulho possessório do Art. 161, §1º, inciso II; Dano qualificado do Art. 163, parágrafo 
único, I, ambos do CP). 
 
2) Ao terceiro que participa do crime. 
 
3) Quando a vítima tem idade IGUAL ou MAIOR do que 60 anos. 
 
2 de 3 
 
OBS: Por fim, devemos aplicar essas duas imunidades penais apenas quando o objeto material pertencer a 
uma das pessoas indicadas na lei. 
 
 
Capítulo II 
Do Roubo e da Extorsão - Artigos 157/160 do CP 
 
 
 ROUBO - Art. 157 do CP 
 
Antes de tudo, devemos estabelecer a diferença entre os crimes de roubo e extorsão previstos, 
respectivamente, nos artigos 157 e 158 do Código Penal, já que em ambos há o emprego de violência ou de 
grave ameaça contra a vítima. 
 
Acontece sempre crime de roubo quando o próprio agente subtrair a coisa alheia móvel da vítima. 
 
Por outro lado, quando a vítima é obrigada a entregar a coisa pode ser crime de roubo ou de extorsão. 
Será roubo quando a vítima entregar a coisa, mas ficar provado que o agente poderia naquele exato instante 
ter efetuado a subtração (COMPORTAMENTO DA VÍTIMA FOI IRRELEVANTE / PRESCINDÍVEL) - Exemplo: Tício 
apontou a arma na cabeça de Mévio e exigiu que ele entregasse o celular. 
Será crime de extorsão quando a vítima também entregar a coisa móvel, mas ficar comprovado que seu 
comportamento foi IMPRESCINDÍVEL para o agente obter o que queria, pois se a vítima se recusasse a 
entregá-la, o agente não teria, naquele momento, como efetuar a extorsão. Exemplo: Todas as ameaças feitas 
à distância; o fato do agente, na frente da vítima, obrigá-la a assinar um cheque para fins de futuro desconto. 
 
 
Espécies de Roubo: 
 
1)Roubo Simples: 
 
 1.a) Roubo Próprio (Art. 157, caput do CP). 
 1.b) Roubo Impróprio (Art. 157, §1º do CP). 
 
2) Roubo circunstanciado ou com causas de aumento de pena (Art. 157, §2º do CP). 
 
Cuidado: O instituto CESPE, às vezes, continua chamando essa espécie de roubo de “qualificado”, 
principalmente se for cometido com emprego de arma (Professor sugere marcar como errada se a questão 
apontar como “qualificado”, até pelo texto da Súm. 443 do STJ). 
 
3) Roubo Qualificado: Se do emprego da VIOLÊNCIA (e nunca da grave ameaça) resultar lesão grave ou morte 
na vítima (Art. 157, §3º do CP). 
 
 
Sujeito Passivo do Roubo: 
 
Todas as pessoas que sofrerem violência ou grave ameaça são vítimas de roubo, ainda que nada lhes tenha 
sido subtraído. 
 
Destaca-se, ainda, que o dono do bem também é vítima, ainda que não se encontre no local dos fatos. 
 
 
3 de 3 
Diante de tudo o que foi falado, é possível, portanto, que um só roubo tenha duas ou mais vítimas, tal como 
ocorre nos seguintes exemplos: 
 
a) O criminoso aponta a arma para o taxista e para o passageiro, e só leva o veículo - Temos 01 roubo com 02 
vítimas. 
 
b) Tício empresta o carro para seu irmão Sinfronésio, e quando este está só, o ladrão o ameaça e leva o carro 
que pertence a Tício. 
 
c) Ameaçar 05 pessoas dentro de um banco e subtrair apenas o dinheiro do cofre (já aberto) - São 06 vítimas, 
isto é, as 05 pessoas que foram ameaçadas e o banco que era o dono do dinheiro. Assim, pessoa jurídica pode 
ser sujeito passivo do crime de roubo. 
 
Ainda dentro do sujeito passivo, podemos falar em crimes de roubo através de concurso de crimes. 
 
Se o agente emprega grave ameaça concomitantemente contra duas pessoas e subtrai o objeto das duas, 
temos 02 crimes de roubo em concurso formal (01 conduta que resulta no cometimento de dois ou mais 
crimes idênticos ou não). 
 
A quantidade de roubos é determinada pela quantidade de bens jurídicos lesados, porém falarei de uma só 
conduta no concurso formal. 
 
Se o agente ameaça uma pessoa e rouba a sua carteira e vai embora, e alguns minutos depois aborda outra 
pessoa e também rouba a sua carteira, temos dois crimes em continuidade delitiva. 
 
 
1) Roubo Simples (Art. 157, caput do CP): 
 
A lei prevê, no roubo próprio, três formas de execução para o agente dominar a vitima: 
 
1ª) Violência (vis absoluta) - Compreende qualquer forma de agressão ou força física empregadas contra 
alguém. 
 
Exemplos: pauladas, socos, pontapés ou agarrar ou abraçar a vítima para imobilizá-la, e permitir que seu 
comparsa subtraia os pertences. 
 
Cuidado: 
 
-Puxar o celular ou a bolsa da mão de alguém, sem empregar força física contra a vítima, constitui apenas 
furto. 
 
-A trombada é uma forma de violência e, portanto, constitui roubo. 
 
-Ao contrário, encostar em alguém para “bater” sua carteira, constitui mero furto qualificado pela destreza. 
 
-Por fim, arrebentar a bolsa que envolvia o corpo da mulher ou a corrente / pulseira, configura o roubo 
quando a força empregada para tanto tiver repercutido com intensidade suficiente para desequilibrá-la, 
derrubá-la, fazê-la sentir dor ou lesioná-la.

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