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TEORIA CRIMINAL DA PENA 1- Quais são as espécies de pena existentes? As espécies de pena existentes estão previstas no art. 32/CP, incisos I, II e III, são elas: as privativas de liberdade (que dividem-se em duas espécies: reclusão e detenção), restritivas de direito e de multa. 2- Diferencie reclusão de detenção. A pena de reclusão possui três tipos de regime de cumprimento: fechado, semi-aberto e aberto; enquanto a pena de detenção possui apenas dois: semi-aberto e aberto. 3- O que se entende por progressão e regressão de regime? A progressão de regime ocorre quando o condenado passa de um regime de cumprimento mais rigoroso para um regime menos rigoroso; já na regressão de regime, ocorre o contrário: o condenado passa de um regime menos rigoroso para um regime mais rigoroso. 4- Diferencia remissão de pena de detração de pena. A remissão é o desconto na pena, ela ocorre quando, por meio de trabalho ou estudo, parte do tempo da execução da pena é remido; assim sendo, três dias de trabalho pelo preso equivale à remissão de um dia de pena, e um dia de estudo equivale a um dia de pena remido. No que tange a detração, esta configura-se no art. 42/CP, o qual dispõe que computam-se a prisão administrativa e o de internação na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, no Brasil ou no estrangeiro. 5- Quais os requisitos para a progressão de regime? São dois: tempo de cumprimento e comportamento do condenado. Contudo, não basta cumprir uma fração da pena para garantir o direito a progressão de regime, também é necessário bom comportamento comprovado pelo diretor do estabelecimento. 6- Quais as penas restritivas de direito? São cinco: 1. Prestação pecuniária à vítima (ou prestação de outra natureza se houver concordância do beneficiário); 2. Perda de bens ou valores do condenado; 3. Prestação de serviços à comunidade; 4. Interdição temporária de direitos, p.e., proibição do exercício de profissão; 5. Limitação de fim de semana: permanência por 5h/d em casa de albergado ou estabelecimento semelhante. 7- Como se dá a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direito? Penas privativas de liberdade podem ser substituídas por restritivas de direitos se o crime for culposo, independente do quanto de pena; ou se o crime for doloso e a pena não ultrapasse 4 anos, desde que não tenha sido praticado com violência ou grave ameaça à pessoa. Além desses requisitos, o juiz deve analisar os motivos, as circunstâncias, a personalidade do condenado, antecedentes, sua culpabilidade e conduta social. 8- Como se dá o cálculo da pena de multa? Se dá em dias-multa, no mínimo 10 e no máximo 360. O valor do dia-multa não pode ser inferior a 1/30 nem superior a 5 vezes o salário mínimo vigente no tempo do fato. Ao fixar a multa, o juiz deve atender à situação econômica do réu. 9- A tentativa é considerada em qual fase do cálculo da pena privativa de liberdade? Incluído pela Lei n.° 7209/84, a tentativa é punida com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços, salvo disposição em contrário. TEORIA CRIMINAL DA PENA 10- Diferencie prestação pecuniária de perda de bens e valores? Prestação Pecuniária: é destinada à vítima, dependentes ou entidades com destinação social; o valor da prestação deve ser fixado entre 1 a 360 salários mínimos, e o valor pago deve ser descontado de condenação civil à reparação de danos. Perda de bens e valores: é destinada ao Fundo Penitenciário Nacional (salvo disposição diversa em lei especial), sendo o teto o montante do prejuízo ou o provento do agente em consequência do crime, o que for maior. 11- Como saber se a pena a ser aplicada é de detenção ou reclusão? Através do preceito secundário da norma incriminadora, que é aquele que prevê a sanção aplicável àquele que incidir no preceito primário, ou seja, que praticar a conduta descrita no tipo. O preceito secundário traz o limite mínimo e máximo da pena privativa de liberdade, bem como se trata de reclusão ou detenção. 12- Em que hipóteses se dá a condenação a pena de multa? A pena de multa pode estar prevista no preceito secundário do tipo penal, alternativa (ex: art. 140, CP – pena – detenção de 1 a 6 meses ou multa) ou cumulativamente (ex: art. 155, CP – pena – reclusão de 1 a 4 anos e multa) à pena privativa de liberdade, ou pode ser aplicada em substituição à pena privativa de liberdade. 13- Quais os critérios a serem considerados pelo juiz na fixação da pena, substituição e regime inicial de cumprimento? Personalidade do agente, antecedentes, comportamento, conduta social, culpabilidade, bem como motivos e circunstâncias, de modo que a pena fixada seja necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. 14- Quais os regimes prisionais? OBS: em todos os casos, aplicar-se-à a regra do art. 34/CP, o qual dispõe que o condenado será submetido a exame criminológico de classificação para a individualização da execução, salvo se estiver progredindo de um regime para o outro. Fechado: a execução deverá ser em estabelecimento de segurança máxima ou média, ou seja, em penitenciárias. O trabalho é permitido durante o dia dentro do estabelecimento ou pode ser também fora dele, em serviços e obras públicas; o condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e isolamento no repouso noturno. Semi-aberto: aqui, a execução da pena ocorre em estabelecimento agrícola, industrial, militar ou similar; o condenado fica sujeito a trabalho diurno no interior do estabelecimento, e admite-se trabalho externo, bem como cursos. Aberto: a pena é cumprida em casa do albergado ou estabelecimento adequado; o regime aberto é baseado na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, este deverá exercer atividades autorizadas fora do estabelecimento, sem vigilância, devendo recolher-se no período noturno e dias de folga. Em casos de frustração dos fins da execução, não pagto. de multa cumulativa ou prática de crime doloso pelo condenado, será este transferido do regime aberto. 15- Quais as circunstâncias agravantes? .As circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime, estão previstas no art. 61/CP, e são elas: I - a reincidência; II - ter o agente cometido o crime por: [alíneas a - m] motivo fútil ou torpe; com emprego de meio insidioso e cruel, ou de que podia resultar perigo comum; contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida; em estado de embriaguez preordenada etc TEORIA CRIMINAL DA PENA 16- O que se entende por reincidência? A palavra reincidência é composta pelo prefixo "re" (de repetição) e de incidência (caída sobre alguma coisa, acontecimento), é, portanto, a reincidência a repetição de um certo ato. Nosso ordenamento criminal, em seu art. 63, define o que é reincidência nos seguitnes termos: "Verifica-se a reincidência quando o agente comente novo crime, depois de transitar em julgado sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por cime anterior". 17- Qual é o prazo de duração da reincidência? O agente será considerado reincidente se praticar novo crime no período entre o trânsito em julgado da sentença penal condenatória e até cinco anos contados a partir da data do cumprimento ou extinção da pena. Nesse período será computado o período de prova da suspensão da pena ou do livramento condicional, se não ocorrer revogação. Assim, se entre o trânsito em julgado da condenação e até cinco anos depois da extinção ou cumprimento da pena o agente praticar novo crime, será considerado reincidente. 18- Quais as circunstâncias atenuantes? Previstas no art. 65/CP, são circunstâncias que sempre atenuam, ou seja, reduzem a pena, e são elas: sero agente menor de 21 na data do fato, ou maior de 70 na data da sentença; desconhecimento da lei; e ter o agente cometido o crime nas circunstâncias que dispõe o inciso III, alíneas a - e (exemplos: motivo de relevante valor social ou moral; sob influência de multidão em tumulto; sob coação etc). 19- Havendo concursos entre circunstâncias agravantes e atenuantes, qual deverá prevalecer? Se houver concurso entre atenuantes e agravantes, a pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, que são aqueles resultantes dos motivos determinantes do crime, da personalidade do agente e da reincidência. Assim, as circunstâncias subjetivas prevalecem sobre as objetivas. Exemplo: o motivo de relevante valor moral prevalece sobre a prática do crime a partir da emboscada. 20- Aponte três circunstâncias agravantes. Reincidência, ter o agente agido por: motivo fútil ou torpe; e em ocasião de calamidade pública. 21- Como se dá o cálculo dosimétrico da pena privativa de liberdade? É calculada por meio do critério trifásico: Fase 1: fixação da pena base (não pode ir além do máximo nem aquém do mínimo); Fase 2: cômputo das circunstâncias agravantes e atenuantes genéricas; Fase 3: cômputo das causas gerais e especiais de aumento ou de diminuição da pena. 22- A tentativa é considerada em qual fase do cálculo dosimétrico da pena privativa de liberdade? A tentativa é um exemplo de causa geral de diminuição de pena, conforme descreve o art. 14/CP. 23- Diferencie concurso material do formal imperfeito. OBS. nos dois casos, o sistema de aplicação da pena é o acúmulo material. Concurso material [1a.(c:+1)->+1c=hom./het.]: ocorre quando um agente, mediante mais de uma conduta, comete mais de um crime (que pode ser homogêneo ou heterogêneo. Concurso formal [1a.(c:1)->+1c] imperfeito [1a.(c:1)->2+c]: concurso formal ocorre quando um agente, mediante apenas uma conduta, produz mais de um crime. Será crime formal imperfeito quando o agente, mediante apenas uma conduta, produzir dois ou mais crimes provenientes de desígnios autônomos, ou seja, querendo produzir todos os crimes. TEORIA CRIMINAL DA PENA 24- Diferencie concurso material do crime continuado. Mnemónica: [1a(c:2+)->2+/crms=esp.->circs./tlm]. O crime continuado consiste na prática por um só agente, mediante duas ou mais condutas, de dois ou mais crimes da mesma espécie, nas mesmas circunstâncias, tempo, lugar e modo. O concurso material é residual em relação ao crime continuado: se não estiver preenchidos todos os requisitos do crime continuado, aplica-se o concurso material. 25- É possível aplicar crime continuado se os crimes são dolosos contra vítimas diferentes? Se cometidos com violência ou grave ameaça, o sistema será o da exasperação, mas o aumento será até o triplo. Também haverá um requisito nesse caso: o juiz deve considerar M.C./P.A./A/C.S. 26- O que se entende por aberratio ictus? Trata-se de erro na execução do crime. Nesta hipótese, o agente não erra sobre a identidade física da vítima, mas sim na forma de execução. Se atingida a pessoa pretendida como também outra pessoa, responderá o agente na forma do concurso formal de crimes. 27- O que se entende por aberratio criminis? Aberratio criminis ou aberratio delict, ocorre quando sobrevém resultado diverso do pretendido pelo agente. Nesse caso, o agente responderá pelo resultado a título de culpa. Entretando se também ocorrer o resultado pretendido, ele responderá por ambos, na forma de concurso material de crimes. 28- Qual a finalidade da unificação de penas? Delimitar o regime inicial do cumprimento da pena, abaixar a pena do apenado (se forem crimes da mesma espécie), bem como para obtenção de qualquer benefício. 29- Quais os requisitos do sursis? O sursis é uma suspensão condicional da pena, aplicada à execução da pena privativa de liberdade não superior a 2 anos, podendo ser suspensa por 2 a 4 anos desde que: a) o condenado não seja reincidente em crime doloso; b) os motivos, circunstâncias, personalidade do agente, antecedentes, culpabilidade e conduta social autorizam a concessão do benefício; c) são seja cabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. 30- Quais as condições legais e judiciais do sursis? Durante o prazo de suspensão da pena, o condenado deve seguir as seguintes condições legais (previstas em leis) e judiciais (estabelecidas pelo juiz), sob pena de revogação: no primeiro ano de suspensão, o condenado deve prestar serviços comunitários ou submeter-se à limitações de fim de semana. Caso tenha o condenado reparado o dano ou não tenha possibilidade de fazê-lo, e as circunstâncias lhe sejam favoráveis, o juiz pode substituir essas exigências pelas seguintes condições, que devem ser cumuladas: proibição de 1. ausentar-se da comarca onde reside sem autorização judicial e de 2. frequentar determinados lugares; comparecimento mensalmente a juízo para informar e justificar suas atividades. 31- Quando caberá a revogação do sursis? A revogação é obrigatória quando o beneficiário é condenado irrecorrivelmente por crime doloso, ou quando frustra a execução de pena de multa ou as condições previstas no art. 78/CP. A revogação é facultativa ao juiz se o beneficiário descumpre condições judiciais ou se condenado irrecorrivelmente por crime culposo ou a pena privativa de liberdade ou a restritiva de direitos. TEORIA CRIMINAL DA PENA 32- É possível prorrogação do período de provas? O juiz pode prorrogar o período de prova até o máximo de 4 anos, se for verificado que a revogação do sursis é facultativa. 33- No que consiste o sursis etário? O sursis etário é aquele destinado a condenados com idade superior a setenta na data da condenação cuja pena não ultrapasse 4 anos. Nessa forma, o condenado deverá ser submetido a um período de prova de 4 a 6 anos. 34- Qual o requisito temporal para a concessão do livramento condicional? Para que seja concedido o livramento condicional, a condenação tem que ser a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos. 35- Em que hipóteses ocorre a revogação do livramento condicional? Obrigatória: se o liberado é condenado a pena privativa de liberdade em sentença irrecorrível por crime cometido durante a vigência do benefício ou por cime cometido antes do livramento. Facultativa: se o liberado deixa de cumprir obrigações constantes da sentença, ou for condenado irrecorrivelmente a pena que não seja privativa de liberdade. 36- É possível prorrogação do livramento condicional? Haverá prorrogação do livramento condicional enquanto estiver correndo o processo do referido crime, mas apenas o período de prova é prorrogado. Alguns doutrinadores, como Cezar Bitencourt, p.ex, defendem que não há prorrogação do benefício. 37- Diferencia livramento condicional de sursis. Livramento condicional é uma antecipação da liberdade do condenado por ter cumprido determinados requisitos; enquanto no sursis, o réu é condenado, mas não executa a pena se cumprir obrigações e condições legais e judiciais durante determinado período. Além dessa diferença, há várias outras, como: momento de concessão,consequência da revogação, período de prova e competência, pena determinada em sentença etc. 38- Quando deve haver revogação obrigatória do livramento condicional? Se o liberado é condenado a pena privativa de liberdade em sentença irrecorrível por crime cometido durante a vigência do benefício ou por cime cometido antes do livramento. 39- Quais os efeitos genéricos da condenação? Eles são automáticos ou devem ser declarados pelo juiz? São automáticos, não havendo necessidade de serem expressos na sentença. São eles: tornar certa a obrigação de indenizar dano causado pelo crime; e perdaem favor da União (confisco permitido). 40- Quais os efeitos específicos da condenação? Eles são automáticos ou devem ser declarados pelo juiz? Não são automáticos, devendo ser declarados pelo juiz para que se configure sua aplicação. São eles: perda do cargo, função pública ou mandato eletivo; incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela; e inabilitação para dirigir veículo. 41- Quais os requisitos necessários à reabilitação? Que o condenado tenha tido domicílio no país no prazo de dois anos e que, durante esse tempo, tenha demonstrado bom comportamento; e, ainda, ter ressarcido dano causado pelo crime até a data do pedido, ou demonstrar impossibilidade de fazê-lo (exibir documento que comprove renúncia da vítima ou novação da dívida). TEORIA CRIMINAL DA PENA 42- Medida de segurança é pena? Não. É tratamento a que deve ser submetido o autor de crime com o fim de curá-lo ou, no caso de portado de doença mental incurável, torná-lo apto a conviver em sociedade sem cometer crimes. 43- Quais as espécies de medida de segurança? Detentiva ou internativa (internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico) e restritiva (sujeição a tratamento ambulatorial). 44- Qual o prazo de duração da medida de segurança? O prazo é de no mínimo 1 a 3 anos, cessando apenas quando comprovada ausência de periculosidade. 45- Quais os requisitos para a aplicação da medida de segurança? Prática de fato típico punível e periculosidade do agente. 46- Quando ocorre a desinternação? É sempre condicional, pois se no prazo de 1 ano o agente pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade, a medida de segurança se restabelece, pouco importanto se é fato tipificado criminalmente ou não. 47- Quais as espécies de ação penal? Existem dois tipos de ação penal: a pública e a privada, sendo que elas subdividem-se em subespécies. A pública é aquela que se origina com a denúncia feita pelo representante do Ministério Público, enquanto na ação privada a denúncia se chamará "queixa", e só é cabível em caso de expressa previsão legal. 48- Quais as espécies de ação penal pública? A ação penal pública, cuja titularidade é do Ministério Público, pode ser: incondicionada (MP não precisa de requisito especial para iniciar ação); condicionada à representação do ofendido; e condicionada à requisição do Ministério da Justiça 49- Quais as espécies de ação penal privada? Aqui, a titularidade da ação é o ofendido ou seu representante legal, e pode ser: propriamente dita/exclusivamente privada: o ofendido ou seu representante é o titular da ação, e seus sucessores podem assumir pólo ativo da ação se ocorrer morte do querelante; personalíssima: somente ofendido pode propor a ação penal; e subsidiária da pública: se MP não oferece denúncia no prazo legal, surge para o ofendido possibilidade de oferecer queixa-crime. 50- Qual o prazo para o oferecimento de representação e de queixa? Trata-se de prazo decadencial ou prescricional? Em ambos os casos, e salvo exceções, o prazo é decadencial de 6 meses, a partir da data em que a vítima tem conhecimento da autoria. 51- Diferencie renúncia ao direito de queixa de perdão do ofendido. Renúncia ao direito de queixa: ofendido renuncia direito de queixa de forma expressa ou tácita antes do recebimento da queixa; Perdão do ofendido: (somente p/ crimes de ação penal privada) ocorre no curso da ação penal e é ato bilateral. TEORIA CRIMINAL DA PENA 52- Diferencie anistia, graça e indulto. Anistia: esquecimento jurídico do crime, desaparecendo todos os efeitos penais. É ato do CN submetido à sanção do Presidente. Graça: tem por objeto crimes comuns e dirige-se a indivíduo determinado, condenado irrecorrivelmente. É ato do Presidente. Induto: destina-se a um grupo determinado de condenados e delimita-se pela natureza do crime e pena aplicada. É ato do Presidente. 53- Diferencia renúncia de perdão e indique a ação penal em que são admitidos. Renúncia: ato unilateral do ofendido abdicando direito de promover ação penal privada, é um desinteresse no oferecimento da queixa; Perdão Judicial: concedido pelo juiz, é causa extintiva de punibilidade e considerado direito penal público. 54- Quais as espécies de prescrição? Prescrição da pretensão punitiva: o Estado perde o direito de processar e de punir o agente; e prescrição de pretenção executória: sujeito já foi condenado, mas o Estado perde direito para iniciar execução da pena em razão de perda do prazo determinado para fazê-lo. 55- Quais as espécies de prescrição de pretenção punitiva e em que momento devem ser verificadas? São três: propriamente dita/em abstrato, retroativa e intercorrente/superveniente. Na prescrição propriamente dita ou em abstrato, calcula-se o prazo da prescrição de acordo com a pena máxima do crime praticado, e a contagem do prazo começa no dia em que o crime se consumou; na retroativa, calcula-se com base na pena fixada em sentença; e na intercorrente ou superveniente, também considera-se pena fixada em sentença para cálculo prescricional, que tem início a partir da data do trânsito em julgado da sentença ou depois de improvido seu recurso. 56- Quais as causas interruptivas e suspensivas da prescrição? Aponte a principal diferença entre elas. As causas interruptivas e suspensivas da prescrição são as mesmas: recebimento da denúncia ou queixa; pronúncia; decisão confirmatória da pronúncia; publicação de sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; início ou continuação do cumprimento da pena; e reincidência. Entretanto, as causas interruptivas da prescrição fazem com que o prazo prescricional seja contado por inteiro novamente, desprezando-se o lapso já transcorrido; já as suspensivas, apenas suspendem o curso de seu prazo, isto é, resolvida a questão o prazo prescricional voltará a correr pelo saldo restante 57- Qual a natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial? Declaratória, de acordo com o entendimento do STJ. Entretanto, existe uma posição doutrinária que entende ser condenatória.
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