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Direito Aplicado à Informática Aula 01 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos. Aula 01: Introdução ao Direito digital Objetivo: Apresentaremos nesta aula a importância desta disciplina aos alunos (as), futuros tecnólogos, demonstrando que, onde há a convivência do homem em sociedade, seja presencial ou virtual, existe a necessidade de regras de comportamentos estabelecidas pelo Direito. Apresentação O homem é um ser racional, eminentemente sociável por sua própria natureza e inteligência, por força de sua própria constituição vital, logo, sabe que é melhor viver em sociedade para atingir seus objetivos, sejam pessoais, materiais ou profissionais. Onde houver uma comunidade ou coletividade de pessoas, há necessidade de normas de comportamento. Aquele que reside de forma isolada cria as suas próprias regras para o seu bem-estar, logo, não necessita de normas, do Direito. Assim se referia Ulpiano, jurista romano: - Ubi homo ibi societas; ubi societas, ibi jus,- “onde está o homem, aí está a sociedade; onde está a sociedade, ai está o Direito”. O Direito é uma ciência social e jurídica, tem por excelência, primeiramente, estudar o indivíduo que nasceu dentro de um contexto ou base territorial, recepcionando a sua cultura, costumes, crenças e religiões daquele lugar; por consequência, as suas regras jurídicas diferem de um país para outro. Em segundo, discipliná-lo na orientação do bem, (ético), para ser correto, justo, no cumprimento dessas normas (moral), e no exercício prático da moral (moralidade), na proteção da sua honra, (atributo pessoal do homem). Em terceiro, diante dessa evolução cultural do homem, faz-se necessário haver a evolução do Direito, primando pela proteção dos seus direitos, obrigando-o ao cumprimento dos seus deveres, obrigações e honrar com as suas responsabilidades, na consolidação dessa harmonia e paz social entre seus conviventes. De forma singular, utilizado no jargão popular, “o direito de um termina onde começa o direito do outro”. Esse outro tem que ter a vida digna da mesma forma que a minha deve ser. Certamente, esse jargão não é compatível tecnicamente para o objetivo da nossa disciplina, levando em consideração que trataremos do Direito Espaço Virtual. Para muitos, acredita-se que por não conhecer o outro, apresentado como pessoa no ambiente virtual, não se faz necessário o uso de normas que estabeleçam a ordem nesse relacionamento realizado à longa distância por meios eletrônicos de comunicação. O que acontece é exatamente o oposto, por se tratar de uma comunidade que se inter-relaciona por intermédio das redes sociais, o Direito vem cada vez mais se ampliando para estabelecer leis que impeçam quaisquer prejuízos de ordem material ou moral (princípios, costumes, religiões) desses indivíduos. Óbvio que essa Ciência Social, também conhecida como Direito para os alunos(as) de tecnologia, é uma tarefa árdua, mas, a base da interpretação das normas existentes em nosso país é fundamental para o seu exercício pessoal, profissional e social, para torná-lo tecnologicamente competente, sem receio da empregabilidade. O conhecimento: ontem, hoje e no futuro Nessa reflexão, a busca do conhecimento e da sabedoria tornam-se incansáveis, dificuldades no cotidiano aparecem e irão tornar a aparecer; mas o mais compensador é que sempre teremos uma resposta direcionada para o bem, para a virtude. Podemos utilizar uma citação de Aristóteles: “O dever de um citarista é tocar citara, o dever de um bom citarista é tocá-la bem.” 1. O que extraímos dessa frase antológica? 2. Quem era ele? 3. O que pensava um homem 384 anos antes de Cristo? 4. A sabedoria dele, em pleno século XXI, é autoaplicável ou será que não? Com base nesse ensinamento filosófico que norteia o Direito, suas falas e escritas são pensadas e integralizadas em todas as nações, independentemente da forma ou regime de governo de cada país. Em síntese, é o pensamento vivenciado pelo ser universal, global, na busca do justo, do correto, honesto, do bem-estar em coletividade. Dessa forma, ontem, hoje e no futuro, a cultura é a informação, instrumento desse poder magnífico; ontem: enormes dificuldades; hoje: a facilidade, a busca rápida dessa informação sem base desse conhecimento (eu sei que existe, não sei quem criou ou inventou). Quem no passado não recebera esse conhecimento que lhe outorga essa informação não está preparado, o que certamente o coloca em dificuldade nesse momento de transição, mas obrigará os alunos a estudarem de forma contínua e ininterrupta (serem diferenciadores), da mesma maneira, para acompanharem os avanços tecnológicos, cujo objetivo inicial era tão somente beneficiar o homem nos trabalhos do cotidiano para aquelas tarefas repetitivas. Hoje não mais, ou estou incluído nessa comunidade virtual ou serei um “descamisado eletrônico”, seja para a simples tarefa do lar, seja para a complexidade das transações comerciais internacionais eletrônicas, que certamente encontrará na sua atividade profissional, seu futuro. Diante da evolução das novas tecnologias, outras leis estão por vir, haverá também a necessidade de novas normas para disciplinarem o comportamento digital. E, de outro vértice, os alunos terão de estar aptos a se defenderem no mercado de trabalho; seja com vínculo empregatício ou como representante legal das sociedades empresariais. E, se assim não for, compreenderemos a disciplina com base nos ensinamentos das regras pensadas e existentes hoje (nosso conhecimento – nossa cultura – recebida pela geração contemporânea) para aplicarmos com sabedoria e responsabilidade na obrigação de criar, inventar, produzir, transformar e deixar em melhores condições as gerações vindouras. Ao contrário, no amanhã estaremos nos perguntando: Qual fora a importância da nossa existência ou a nossa passagem por esse universo; nada sei, nada sou; nada realizei? Temos a certeza e o comprometimento com os(as) alunos(as), na preparação, não somente desenvolver a sua capacidade tecnológica, mas, acima dessa esteia primordial, prepará-los com ética e responsabilidade profissional e social, com a preocupação de proteger a si próprio (seus direitos) e a sua comunidade (deveres), seja ela presencial ou virtual, (global); como também, a conservar a natureza e o planeta, consequentemente, na manutenção da sua constituição vital. Se, ao contrário, continuarmos a desrespeitar as normas de comportamento determinadas no direito ambiental, despojando os materiais tecnológicos, sem a sua devida prevenção, colocaremos em risco a nossa própria existência. Justamente essa existência (ser racional), que determina as instruções adequadas a essa máquina composta de elementos físicos, capaz de gerar e executar tarefas com grande variedade, velocidade e precisão. Nesse diapasão é que se faz necessário, não somente disciplinar os tecnólogos(as), o Direito aplicado à informática, mas, acima de tudo, dar-lhe a sabedoria de que: antes de todas as regras científicas existirem, as normas humanistas antecedem;em que o respeito ao semelhante, ao próximo presencial ou a longa distância ou onde quer que ele esteja, terá direitos, deveres, obrigações e responsabilidades com a humanidade. REFERÊNCIAS MASSAD, Profª Tailisse Mara Munhoz. Direito Aplicado à Informática. São Paulo: Universidade Nove de Julho. Conteúdo do Ambiente Virtual de Aprendizagem, 2008. PINHEIRO, Patrícia Peck. Direito Digital. São Paulo: Saraiva, 2008.
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