Bem-estar, etologia animal, bioclimatologia e termorregulação

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Amanda Arantes Farinelli 
N2 - ASMA 
N2 - Primeiro Semestre 
Bem-estar, etologia, bioclimatologia e termorregulação 
Bem-estar: conceito, aplicação, mensuração: 
Produção Animal: 
- Para o bem-estar na produção animal deve-se observar alguns pontos: 
- Medidas efetivas e economicamente viáveis; 
- Comportamento dos animais de produção (social, alimentar, 
reprodutivo, maternal); 
- Relação do homem x animal. 
Animais de companhia: 
- Para o bem-estar dos animais de companhia deve-se observar alguns 
pontos: 
- Medidas sadias e enriquecedoras; 
- Comportamento dos animais de estimação (social, alimentar, 
reprodutivo, maternal); 
- Relação do homem x animal. 
Comportamento animal na Medicina Veterinária: 
- Serve como norte para estabelecer qual o tipo de manejo será aplicado 
nos animais; 
- Alterações no comportamento normal dos animais é um sinal importante 
no diagnóstico de patologias; 
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- Ao observar o comportamento é possível adequar o sistema de criação do 
animal; 
- Problemas comportamentais são indicativos de problemas no bem-estar 
do animal; 
Porque estudar bem-estar animal? : 
- É importante lembrar que o bem-estar animal vem pela conscientização, 
tendências, leis e o mercado; 
- Estima-se que existam mais de 7.000 grupos de proteção animal nos 
EUA, que abriga uma vasta variedade de posições, desde os animal welfarists 
(grupos mais tolerantes), até os animal rightists (mais radicais) ou os animal 
activists (não aceitam o uso animal para nenhum propósito, inclusive 
experimentação biomédica); 
- PETA (people for the ethical treatment os animal), grupo mais radical 
com 30.000 membros ativos nos EUA; 
- Existe uma exigência de bem-estar animal pelos consumidores; 
- 70% dos consumidores dos EUA pagariam por uma criação 
humanitária; 
- 90% dos consumidores da EU pagariam mais caro por alimentos 
produzidos com ética. 
- Legislação brasileira sobre bem-estar: 
- *artigo 3º do Decreto Federal nº 24.645, de 10 de julho de 1934; São 
considerados maus tratos: 
- manter animais em lugares anti-higiênicos; ou que lhes impeçam a 
respiração, o movimento ou o descanso; sem a presença de ar ou luz; 
abandonar animal doente, ferido, extenuado ou mutilado, bem como 
deixar de ministrar-lhe tudo que humanitariamente lhe possa prover, 
inclusive assistência veterinária; não dar morte rápida, livre de 
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sofrimento prolongado, a todo animal cujo extermínio seja necessário 
para consumo ou não; 
O que é estudar bem-estar animal? : 
- Aspectos envolvidos no bem-estar de um animal: alimento, espaço, 
microclima, alojamento, comportamento, manejo, genética, saúde. É 
importante conhecer as necessidades reais de diferentes tipos de animais. 
Cuidado com o antropomorfismo: 
- Antropomorfismo vem de duas palavras gregas: “anthropos" (homem) e 
“morphe" (forma), logo significa associação de atitudes animais com posturas 
humanas; 
- É tendência interpretar como “humano” o comportamento animal, 
projetando características pessoais, sentimentos, pensamentos e estados de 
espírito; 
- Essa projeção de atributos humanos nos animais faz com que: 
- deixemos de percebê-los como realmente são; 
- causamos transtornos para os humanos e para os animais = turvam, 
toldam a verdadeira natureza de outras espécies e suas reais necessidades; 
- O que é bem-estar para um animal? “o bem-estar de um indivíduo é seu 
estado em relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu ambiente” Broom, 
1996 / “Estado de condição satisfatória de um indivíduo” Hurnik, 1995 
As cinco liberdades: 
- Conselho para o Bem-Estar de Animais de Criação - Farm Welfare 
Council (FAWC) 
- Utilizadas em vários países como bases na determinação do bem-estar de 
animais; 
- Criadas para fins comerciais. 
	 	 1. Livres de fome e sede; 
	 	 2. Livres de desconforto; 
	 	 3. Livres de dor, ferimentos ou doença; 
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	 	 4. Livres para realizar comportamentos naturais; 
	 	 5. Livres de medo e sofrimento. 
Como mensurar o bem-estar animal?: 
- Medidas utilizadas para avaliar o bem-estar animal: 
- Mortalidade, sucesso reprodutivo e prevalência de doenças; 
- Níveis de trauma (hematomas, quebras de ossos, laminites); 
- Comportamentos: normais e anormais, testes de escolha; 
- Medidas fisiológicas: freqüência respiratória, batimentos cardíacos, 
temperatura corporal; 
- Medidas do estresse psicológico: catecolaminas e cortisol; 
- Medida do estresse físico: ácido lático; 
- Medidas de mudanças fisiológicas associadas a fome (reservas de 
glicogênio) e sede (osmolaridade plasmática); 
- Medidas patológicas crônicas (aumento das adrenais, úlcera gástrica). 
- Qualidade dos produtos; 
Considerações sobre o bem-estar nos modernos sistemas de 
produção animal: 
- Melhoramento genético; 
- Sistemas de criação; 
- Práticas de manejo; 
- Práticas pré-abate e abate; 
O que tem sido feito para promover melhoras para o bem-estar?: 
- Selos de qualidade: Sistema de criação com bem estar animal suínos e 
aves; 
- Focos principais: 
- Segurança alimentar; 
- Palatabilidade; 
- Qualidade ética; 
- Bem-estar. 
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Rastreabilidade
https://www.youtube.com/watch?v=CWRL1BnxwBg 
https://www.youtube.com/watch?v=zqhcCqTEhh4 
Etologia: 
- Bem estar animal: equilíbrio da racionalidade humana e o comportamento 
animal. 
- Comportamento social: Animais gregários - indivíduos isolados do 
rebanho se tornam estressados; Vida em grupo - vantagens adaptativas (defesa 
contra predadores, facilitação sexual) OBS: aumento na competição por 
recursos, resultando na apresentação de interações agressivas. 
- Padrões de organização social: definem como serão as interações 
entre os grupos e animais do mesmo grupo; diminui os efeitos negativo 
da competição = tempo; 
- Uso do espaço: os animais não se dispersam ao acaso em seu ambiente. 
O uso do espaço deve ser encarado como substrato de interação para o 
animal, onde ele mantém suas relações com o ambiente, inclusive 
interações sociais. 
- Área de moradia: local onde os animais desenvolvem suas atividades, é 
subdividida em: 
- área de descanso e alimentação; 
- espaço individual: local onde o animal se encontra ou se encontrará 
e, portanto, se desloca com ele (corresponde ao espaço físico em que 
o animal necessita para realizar seus movimentos básicos, espaço 
social; 
- Distância de fuga: máximo de aproximação que um animal tolera para 
a presença de um estranho, do dominante ou do predador, antes de 
iniciar a fuga; 
- Ordem social: 
- hierarquia de dominância: produto das interações agressivas 
entre animais de um mesmo grupo ao competirem por um 
determinado recurso; 
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- Animal dominante: ocupa as posições mais altas da hierarquia, tem 
prioridade em qualquer competição; Animal submisso: se submete 
ao dominante 
- Fatores que determinam a posição hierárquica: peso, idade e raça; 
- Tempo de estabelecimento da hierarquia: depende do número de 
animais e sistema de criação 
- Liderança: atividade sincronizada dos animais, o líder inicia o 
deslocamento e é seguido pelos outros; 
- líder: não é o animal mais agressivo e frequentemente são os mais 
velhos que não estão no topo da ordem de dominância; 
- Isolamento social: também afeta o comportamento e o desempenho 
- animais criados em grupo apresentam postura de descanso mais 
confortáveis, maior frequência de interação social em todas as esferas 
(facilitação para reprodução, alimentação) 
- Facilitação social: introdução de um animal dócil “madrinha” no lote, 
para que este inicie a ação desejada. 
- Comportamento alimentar: busca a relação entre o animal e as 
fontes alimentares. É importante salientar se ajustes no comportamento 
estão ocorrendo e sob quais condições; 
- Ex:determinadas situações, como ausência de sombra, 
demonstram que as necessidades para a diminuição do estresse 
podem ser maiores do que as necessidades nutricionais, levando a 
queda na ingestão de alimentos 
- Fatores que afetam o consumo de alimento: 
- Espaço de cocho: influenciam a competitividade e a variação 
no consumo; Quando o espaço é excessivo ou reduzido há o 
aumento no comportamento de dominância. Quando o espaço é 
adequado há a diminuição da incidência de comportamento de 
dominância/submissão; 
- Fatores relacionados ao animal: influenciam a aceitação de 
alimentos e parecem ser independentes da palatabilidade; 
- Comportamento sexual: 
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- Fêmeas, sintômas de estro: apresenta monta e deixa-se 
montar pelas companheiras, fica inquieta, micção frequente, 
aceita o macho espontaneamente (tolerancia) 
- Machos, envolve dois componentes: libido: espontaneidade 
e avides em ontar e efetuar a cópula (habilidade que se desenvolve 
desde a puberdade até a maturidade sexual); capacidade de 
serviço: número de montas realizadas pelo macho em 
determinado tempo. 
- O reprodutor colocado junto à fêmea permite as seguintes 
observações: 
- despertar sexual; 
- cortejo ou exibição sexual; 
- ereção; 
- protusão do pênis; 
- monta; 
- introdução; 
- desmonta; 
- refratariedade; 
- Espécies poligâmicas: acasalamentos múltiplos: machos 
dominantes preferem montas poligâmicas, caso haja poucas fêmeas no 
cio, a tendência é que somente eles fiquem em atividade 
- Fatores que afetam a libido: produção de testosterona, fatores 
genéticos, alterações que comprometam o bem-estar. 
- Comportamento materno: 
- atividades voltadas diretamente à cria; 
- sacrifício da mãe, dispondo-se de energia e reservas coltadas para 
criar e proteger a cria; 
- capacidade que tem a fêmea de cuidar da cria do nascimento ao 
desmame oferecendo-lhe permanente assistência, de modo a 
influenciar na sobrevivência e no seu peso ao desmame; 
- o comportamento materno começa antes do parto; 
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- Relatos: Alta porcentagem de fêmeas se isolam no momento do 
parto, isso auxilia no estabelecimento da ligação mãe-cria, já que 
não há influências de outras fêmeas (primíparas); Fêmeas podem 
parir sem procurar por esse isolamento, elas deixam de 
acompanhar o lote, outras deslocam-se com o grupo durante o 
trabalho de parto (dependendo do grau de incômodo) - fêmeas 
maduras. 
- Alterações comportamentais próximo ao parto, no início ou 
poucas horas antes do nascimento: ficam inquietas (deitando e 
levantando-se, interrompendo as atividades rotineiras), procuram 
isolamento, redução na ingestão de alimentos; 
- Após as primeiras descargas de fluidos amnióticos: 
- diminuem o deslocamento; 
- podem permanecer no local até o final do trabalho de parto; 
- lambendo o chão molhado pelos fluídos; 
- Ao rompimento da bolsa: 
- passam a inspecionar o solo (após cada contração uterina) à 
procura da cria; 
- sentem o cheiro dos fluídos fetais; 
- Após o parto: 
- com a cria no chão, a fêmea se levanta, vira para cheirá-la e 
lambê-la; 
- Até três horas após o parto: 
- cheirar e investigar a cria - primeiro reconhecimento, seguido 
pela sonorização e visão 
- lamber a cria - fundamental para o estabelecimento da ligação 
definitiva com a mãe. 
- A mãe não deixará que ele mame até que saiba que como ele é e o 
reconheça como sua cria; 
- Lamber antes do parto um recém-nascido estranho = adoção e 
rejeição da sua própria cria; 
- Auxilia a cria a ficar seca = estimulação 
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- Ativa os movimentos respiratórios 
- Encoraja a cria a pôr-se em pé - mamar o colostro = proteção de 
predadores e doenças infecto-contagiosas 
- No momento do aleitamento 
- Lambe a região anal do recém-nascido = estimular a eliminação 
do mecônio; 
- Herdabilidade X Comportamento animal: 
- Melhoramento genético: busca produtividade, considerando o 
comportamento e índole animal; 
- Animais dóceis são menos atingidos quando submetidos a 
estresses, levando à um melhor desempenho; 
- É importante estimar os parâmetros genéticos para essa 
característica e sua correlação com o desempenho ponderal; 
- Concluiu-se que embora o valor da h2 para característica de 
temperamento não possa ser considerado alto, suas correlações 
com desempenho são positivas, demonstrando a importância da 
seleção para tal característica; 
- Facilitação da docilidade: processos de habituação e de 
aprendizado associativo; 
- Interação homem X animal: 
- Temperamento: conjunto de comportamentos dos animais em 
relação ao homem, geralmente são atribuídos ao medo; 
- Medo e ansiedade são estados emocionais indesejáveis, pois 
resultam em estresse e conseqüentemente redução no bem estar 
dos animais; 
- Não é simples medir o temperamento: envolve característica 
diferentes entre si 
- Atualmente, mensurado frente à determinada situação de manejo 
será classificado de acordo com as suas reações (intensidade e 
freqüência de movimentos, respiração, vocalização, defecação). 
Definindo uma escala cujos valores extremos (1-5) representariam 
os + mansos e os + agressivos; 
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- Memória e capacidade de reconhecer pessoas = ≠ para as várias 
espécies; 
- Esse tipo de reação se dá através do condicionamento = animais 
estabelecem ligações entre determinadas situações; 
- Comportamento X Qualidade dos produtos: 
- Manejo adequado não requer grandes investimentos, depende 
muito mais da paciência e de uma relação equilibrada entre o 
animal e ser humano; 
- Os resultados, tanto no comportamento do animal, quanto na 
qualidade dos produtos gerados são diferenciais importantes com 
reflexos econômicos = MANEJO ADEQUADO É SINÔNIMO 
BEM-ESTAR E RENTABILIDADE ! 
Bioclimatologia: ciência que estuda a influemcia do 
ambiente (clima) na vida do animal; 
Fatores e elementos climáticos: 
- Fatores climáticos: 
- temperatura; 
- umidade; 
- precipitação pluviométrica; 
- radiação 
- Fatores geográficos: 
- latitude; 
- altitude; 
- distribuição da terra e água; 
- contornos dos continentes; 
- Intermediários: 
- correntes marítimas; 
- vegetação;	 
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Divisão climática: influencia a vida e 
produção dos animais = dependendo da 
região de produção, 
encontrarão condições + ou - favoráveis, 
necessitando de um controle metabólico, 
mais ou menos exigido
Países “em desenvolvimento”: em sua 
maioria, na faixa intertropical = 55% dos 
bovinos, 34% dos suínos, 36% dos ovinos, 
67% dos caprinos, 80% dos bubalinos, 53% 
dos eqüídeos e 27% das aves, são criados 
nesta faixa climática (FAO); 
Países desenvolvidos: clima temperado (> 
produtividade);
Atributos fisiológicos de adaptação: 
- Grupos animais de acordo com o controle de temperatura: 
I) Poiquilotérmicos (pecilotérmicos ou ectotérmicos): acompanham a 
temperatura ambiente; 
- exibem grande variação na quantidade de calor estocado, que varia de acordo 
com a temperatura ambiente = chamados de animais de sangue frio; 
Ex: = répteis, peixes e anfíbios; 
II) Homeotérmicos: temperatura do corpo constante; 
- para manter a saúde, vida, produtividade e longevidade = tem que manter a 
temperatura corporal nos limites das variações fisiológicas; 
- são capazes de regular a temperatura corporal = chamados de animais de 
sangue quente; 
- Homeotermos: 
- homeotermia: capacidade de manter a temperatura corporal dentro de alguns 
- limites; 
- manutenção da temperatura corporal em níveis constantes = independentes 
das condições ambientais; 
- Homeotermia: 
- pré – requisito para o desenvolvimento das formas de vida dos animais 
- superiores; 
- O funcionamento fisiológico eficaz de um organismo é altamente complexo = 
implica na coordenação dos diversos processos paramanter a temperatura 
estável, tanto em ambientes frios, quanto em quentes; 
Produtividade ideal: 
- temperatura adequada: sem desperdício de energia, tanto para compensar o 
frio, como para acionar seu sistema de refrigeração. Boas condições 
ambientais: UR e poluentes; 
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Termorregulação: conceito, aplicação, mensuração: 
Temperatura corporal: Os animais necessitam manter uma 
temperatura fisiológica normal para produzir com o máximo de eficiência: 
- o excesso de calor ocasiona a alteração química e física do animal e se o 
excesso de calor persiste, ocasiona uma série de alterações; 
- capacidade dos animais homeotérmicos em manter constante sua 
temperatura corporal, através de mecanismos anatomo – fisiológicos de 
regulação = possuem o centro termorregulador; localizado no sistema nervoso 
central = do qual depende a temperatura média; existe a captação das 
sensações de frio e calor na superfície dos animais através de células 
especializadas = termorreceptoras periféricas (captam as sensaçõess e 
encaminham ao SNC) 
- Hipotálamo: funciona como um “termostato fisiológico” 
- quando necessário, fazem a mudança de produção ou perda de calor; 
- Hipotálamo anterior: é responsável pelos ambientes quentes; 
- Hipotálamo posterior: protege dos ambientes frios; 
- Hipotálamo: controla a produção ou dissipação de calor por vários 
mecanismos: 
- 1) Fluxo de sangue na pele (mecanismo vasomotor); 
- 2) Ereção dos pêlos (músculo eretor, formando uma camada de ar 
envolvente nos animais); 
- 3) Sudoração (produção de suor pelas glândulas sudoríparas); 
- 4) Freqüência respiratória; 
- 5) Modificação das taxas metabólicas; 
- Temperatura Gradiente: 
- A manutenção da constância da temperatura corporal só é possível se 
ocorrerem trocas de calor entre o animal e o meio ambiente; 
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- Animais homeotérmicos: produzem constantemente calor e os perdem 
para o meio; 
- para isso, existe um gradiente térmico que vai do interior (núcleo central 
= corresponde ao cérebro, órgãos do tórax e abdômen) até a superfície do 
corpo (a pele); 
Dissipação e ganho de calor: 
Produção de Calor (ganho): 
O calor pode ser produzido no organismo através de diversos mecanismos: 
-transformação da energia química dos alimentos em trabalho; 
-calor metabólico: ingestão de alimentos; 
-atividade muscular: desde ficar em pé até as trações maiores; 
-prenhez: metabolismo do feto; 
-lactação: podem dobrar a produção de calor; 
Perda de Calor (dissipação): 
o calor se transfere do corpo para o meio através de: 
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1) condução: é o transporte de calor de moléculas (substituição de 
moléculas quentes por frias); 
2) Radiação: depende da natureza da superfície da pele; 
3) Convecção: é a única forma de transportar o calor do núcleo central até 
a periferia: 
4) Evaporação: perda de calor pela passagem do líquido para o estado de 
vapor 
 
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Manutenção da temperatura corporal: 
Tanto a perda, quanto o ganho de calor, dependem de vários fatores: 
a) Natureza física dos tecidos: 
- água é boa condutora de calor = favorece a dissipação; 
- isto não acontece com o tecido adiposo = dificulta a perda de calor = 
quanto mais superficial > a dificuldade; 
- b) Fluxo de sangue nos tecidos: 
- facilita o resfriamento; 
- c) Área da superfície corporal: 
- quanto maior a superfície, maior a liberação de calor; 
- d) Natureza da superfície do corpo: 
- os pêlos detêm uma camada de ar protetora, agindo como isolante 
térmico; 
- Equilíbrio Térmico: depende do equilíbrio entre a produção e a 
capacidade de perda de calor 
Limites da termorregulação do frio e do calor: 
Frio: hipotermia 
- quando a temperatura do meio ambiente desce abaixo da temperatura 
crítica (temperatura abaixo da qual, o animal perde a capacidade de manter sua 
temperatura fisiológica), a manutenção da temperatura corporal depende 
da capacidade do aumento do metabolismo ; 
- a capacidade de tolerância ao frio está relacionada à capacidade 
metabólica e à de isolamento térmico; 
Integração das respostas ao estresse pelo frio: 
1. vasoconstrição periférica ( < gradiente de T entre a pele e o ambiente 
=> < perdas por convecção e irradiação); 
2. piloereção (> camada de ar => isolamento); 
3. > produção metabólica de calor (termogênese por tremor e não-tremor); 
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4. exposição prolongada ao frio: > metabolismo Basal => > secreção de 
tiroxina; 
5. inverno: > espessura da pelagem (pelagem de inverno). 
HIPOTERMIA: 
- ocorre quando as perdas de calor ultrapassam a sua produção e ganho, 
de forma que a Tc cai a níveis perigosos; 
- animais jovens e doentes necessitam maiores cuidados; 
- a atividade termorreguladora nas aves atinge sua plenitude entre 10 a 
15 dias de vida pós-natal; 
Calor: hipertermia 
-os limites da termorregulação são atingidos mais rapidamente em meios 
quentes que em meios frios; as espécies que suam suportam melhor o calor do 
que as que usam os sistemas respiratórios; 
Calor: hipertermia 
-calor moderado: há equilíbrio; 
-calor muito alto: temperatura se eleva (hipertermia), a atividade 
respiratória e a sudorese diminuem e há desajuste na termorregulação; 
- é agravada pela elevada umidade relativa do ar e grande radiação; 
Esquema da seqüência dos mecanismos de defesa contra o calor: 
1. Mecanismos vasomotores: vasodilatação periférica (“reação universal 
ao calor”); 
2. Início da sudorese. 
3. Aumento da freqüência respiratória (ofego); 
4. Alterações na atividade endócrina: redução na atividade da tireóide => 
redução do metabolismo energético 
5. Mudanças de comportamento: 
- procuram sombra; 
- diminuem horas de pastejo durante o dia; 
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- os suínos e os bubalinos procuram água para imergir; 
- menor consumo de volumosos em relação aos concentrados; 
- inibição do apetite e menor consumo de alimento => < na produção de 
leite; 
6. Maior consumo de água: uma vaca em lactação com 500 kg bebe, em 
média, 50 
l diários de água (21o C), aumentando esse consumo de 25 a 100% sob 
temperatura de 32o C; 
7. Elevação da temperatura corporal; 
8. Alterações na utilização da água corporal; 
9. Mudanças no estado de hidratação. 
CHOQUE PELO CALOR: 
- a produção ou ganho de calor excede as perdas, resultando 
em um aumento da Tc (hipertermia); 
- quando a Tc ultrapassa 41,5 a 42,5ºC, a função celular fica 
seriamente prejudicada e o animal perde a consciência; 
- T letal é aquela na qual ocorre a morte do animal (44 a 
45ºC). 
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Zona de conforto térmico: 
- quando a temperatura do corpo se mantém constante com o mínimo de 
esforço do sistema termorregulador; 
- não existe a sensação de frio, nem de calor; 
- quando nos vasos sanguíneos não necessita haver vasodilatação, nem 
vasoconstrição; 
- não há piloereção e seu metabolismo está normal; 
é a faixa de temperatura ambiente efetiva, dentro da qual o custo 
fisiológico é mínimo e o desempenho produtivo esperado é máximo. 
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