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TERMORREGULAÇÃO - BIOCLIMATOLOGIA 1

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BIOCLIMATOLOGIA 
HISTÓRICO E CONCEITOS 
Ciência que estuda a influência do ambiente 
sobre a produção animal. Sua importância é em 
função do ambiente influir na reprodução, ganho 
de peso, produção de leite, lã e ovos. 
OCUPAÇÃO DE ZONAS TROPICAIS: 
PROBLEMÁTICA DOS TRÓPICOS: 
Temperatura mais elevada; umidade mais 
elevada; radiação solar mais elevada; forragens 
com menor valor nutritivo; animal deve 
apresentar requisitos de tolerância ao calor. 
 
A produção animal depende da genética, 
nutrição, sanidade, manejo, gestão, ambiência e 
bem-estar. 
 
GLOSSÁRIO 
ADAPTAÇÃO = Modificações que ocorrem em um 
organismo em resposta à ação ambiental. É 
expressa por alterações genéticas de seleção 
natural 
BALANÇO TÉRMICO OU EQUILIBRIO TÉRMICO = 
Condição do organismo no qual a produção de 
calor é igual à quantidade de calor perdido para 
o meio ambiente 
ACLIMATAÇÃO = Habituação ou acomodação do 
organismo as variações climáticas globais 
CARGA TÉRMICA RADIANTE = É a quantidade 
total de energia que atinge o animal 
ECTOTERMIA = Padrão de termorregulação em 
que a temperatura corporal depende 
estritamente da temperatura ambiental 
ENDOTERMIA = Padrão de termorregulação em 
que a temperatura corporal depende do 
metabolismo basal do animal 
ESTENOTERMIA = Tolerância do organismo que 
ocorre naturalmente em ambientes com 
pequenas variações de temperatura, sendo 
intolerantes a variações de temperaturas 
extensas 
EURITERMIA = Tolerância do organismo a ampla 
gama de temperaturas ambientes. 
HIPERPINEIA = Aumento do volume respiratório 
com o incremento na ventilação alveolar 
HIPERTERMIA = aumento da temperatura 
corporal 
HIPOTERMIA = diminuição da temperatura 
corporal 
METABOLISMO BASAL = nível de produção de 
energia térmica pelos processos metabólicos de 
manutenção 
NICTEMERAL = período exato e 24h. 
PERDA SENSÍVEL DA ÁGUA = água perdida 
através da perspiração sensível 
PERDA INSENSÍVEL DA ÁGUA = soma da água 
perdida através da perspiração insensível e da 
evaporação da respiração (pulmonar). 
RESPIRAÇÃO SENSÍVEL = transpiração 
PERSPIRAÇÃO INSENSÍVEL = massa de vapor de 
água que passa através da pele por difusão 
TAQUIPINÉIA = aumento da freqüência 
respiratória (aumenta volume 
respiratório/minuto, mas diminui volume total 
de ar pulmonar 
ZONA DE CONFORTO TÉRMICO = amplitude de 
temperatura ambiental dentro da qual o animal 
encontra as melhores condições para o seu 
organismo 
TERMORREGULAÇÃO = manutenção da 
temperatura corporal dentro de determinada 
amplitude de variação. 
ZONA DE CONFORTO TÉRMICO = amplitude de 
temperatura ambiental dentro da qual o animal 
encontra as melhores condições para o seu 
organismo 
ZONA DE DESCONFORTO TÉRMICO = amplitude 
de temperatura ambiental na qual o animal 
utiliza mecanismos de termorregulação 
Ambiente “é o conjunto de tudo que afeta a 
constituição, o comportamento e a evolução de 
um organismo e que não envolve fatores 
genéticos” 
O ambiente é, portanto, um conceito muito 
complexo e, a rigor, nenhum dos seus fatores 
pode ser considerado isoladamente. 
Meio ambiente é tudo que envolve ou cerca os 
seres vivos, envolvendo tanto os elementos 
naturais quanto os alterados e construídos pelos 
seres humanos 
Natural → isto é, o ambiente físico e biológico 
originais 
Artificial → o que foi alterado, destruído ou 
construído pelos humanos, como áreas urbanas, 
industriais e rurais 
Ecologia Animal É uma ciência (ramo da Biologia) 
que estuda os seres vivos e suas interações com 
o meio ambiente onde vivem. 
Na produção animal é essencial um conceito 
claro da influência de cada fator ambiental sobre 
o animal e de como se pode criar animais melhor 
adaptados a qualquer ambiente. O ambiente 
afeta a manifestação do genótipo, dos 
indivíduos. Em zootecnia se diz que o ambiente, 
notadamente o clima é um sobremodo regulador 
da produção animal 
Exemplificando com animais domésticos, 
podemos considerar os animais com genótipos A, 
B e C, os ambientes X e Y e os resultados, ou 
produtividade A1 e A2, B1 e B2, C1 e C2, estas 
consequências do maior ou menor 
entrosamento entre os genótipos dos animais e 
os ambientes de que dispõem 
 
O conforto térmico é definido como uma 
condição mental que expressa satisfação com o 
ambiente térmico circunjacente. 
• O conforto térmico é definido pela sensação de 
bem-estar, relacionada com a temperatura. 
Trata-se de equilibrar o calor produzido pelo 
corpo com o calor que perde para o ambiente 
que o envolve. 
EXEMPLO DE ADAPTAÇÃO 
a)Animais que habitam regiões quentes e úmidas 
possuem mais melanina do que as espécies que 
habitam regiões frias; 
b) As partes protuberantes do corpo (cauda, 
orelhas, extremidades, etc.) são menores em 
raças que habitam regiões frias; 
c) As raças menores de uma certa espécie 
habitam regiões mais quentes e as raças maiores, 
as regiões mais frias; 
) A proteção do corpo, baseada no comprimento 
dos pelos e espessura do tecido adiposo, estão 
altamente relacionados com o clima. 
e) Os animais que habitam regiões de clima 
quente e árido possuem pernas compridas e com 
isso os efeitos do reflexo dos raios solares no 
corpo são menores e também facilitam a 
locomoção por grandes distâncias 
f) Os zebuinos possuem a pele preta sob pelos 
claros, condição ideal para se evitar a ação dos 
raios solares sobre o organismo. 
g) Os animais que habitam regiões de clima frio 
possuem extremidades menores e pelos 
compridos para facilitar a conservação de calor 
corporal, entre outras. 
 
CARACTERÍSTICAS ATUAIS DA PRODUÇÃO 
ANIMAL 
Sêmen de novas genéticas para aumentar a 
produção de leite • Novos híbridos de suínos • 
Reprodutores com alta capacidade de 
procriação, promovendo maior número de 
terminados/porca/ano 
Novas marcas comerciais de frangos de corte 
com altíssima velocidade de ganho de peso • 
Conversão alimentar mais eficiente • Novas 
marcas de galinhas poedeiras que são uma 
verdadeira máquina de produzir ovos 
Animais geneticamente melhorados, com alta 
capacidade produtiva, produzem maior 
quantidade de calor, que deverá ser dissipado 
para o ambiente 
 
TERMORREGULAÇÃO 
Todos os processos que ocorrem em um 
organismo para manter seu funcionamento 
necessitam de temperatura adequada. Processos 
envolvendo proteínas, enzimas, reações 
químicas e físicas no corpo dos animais ocorrerão 
mais rapidamente ou mais lentamente de acordo 
com a temperatura do meio em que estes se 
encontram. 
Se a temperatura baixar muito as reações ficam 
lentas e podem ate cessar parando a função 
corporal. Temperaturas elevadas podem 
desnaturar proteínas comprometendo a 
integridade do organismo. Assim, a 
termorregulação é essencial para manter 
condições internas para um adequado 
metabolismo animal. 
A termorregulação é um conjunto de 
mecanismos que permitem regular a 
temperatura corporal interna de um organismo, 
de forma a mantê-la dentro de valores 
compatíveis com a vida quando a temperatura 
do meio externo varia. 
Os mecanismos de termorregulação podem ser 
estruturais, fisiológicos e comportamentais. 
Os animais podem ser: 
◼ homeotérmicos (endotérmicos); 
◼ pecilotérmicos ou poiquilotérmicos 
(ectotérmicos). 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À REGULAÇÃO 
TÉRMICA: 
Poiquilotérmicos ou Ectotérmicos: Não podem 
viver em todas as tºC. Nas regiões circumpolares 
não existem répteis ou anfíbios. Manutenção da 
tºC de acordo com a energia proveniente do 
ambiente. Acompanham a temperatura 
ambiente. Necessitam de menos alimento, 
podendo passar grande parte do tempo em 
locais protegidos ou abrigados. 
Taxa metabólica baixa 
◼ Espécies: peixes, répteis e anfíbios ◼ 
Controlam as variações por métodos 
comportamentais 
- menos energia para produção de calor - podem 
investir mais no crescimento e reprodução. 
Homeotérmicos ou Endotérmicos: Podem viver 
em todas as tºC.; Os mecanismosde 
termorregulação encarregam de manter certa 
estabilidade na temperatura corporal profunda 
apesar das oscilações na temperatura do 
ambiente. Taxa metabólica alta 
São aqueles nos quais o calor estocado é mantido 
constante; dentro de limites determinados e as 
vezes muito estreitos. 
◼ Espécies: mamíferos e aves 
HOMEOTERMIA: Nos animais homeotérmicos, a 
temperatura do corpo se mantém relativamente 
constante, devido ao balanço existente entre a 
quantidade de calor produzidoe a quantidadede 
calor perdido, através de uma série de 
mecanismos de regulação térmica os quais 
incluem respostas fisiológicas e 
comportamentais ao ambiente. 
 
 
 
EQUILÍBRIO TERMICO: Balanço entre: 
QUANTIDADE DE CALOR PRODUZIDO e 
QUANTIDADE DE CALOR PERDIDO, através de 
uma série de mecanismo de regulação que 
incluem respostas FISIOLÓGICAS e 
COMPORTAMENTAIS. 
ESTÍMULO DA TERMORREGULAÇÃO: A 
manutenção da temperatura corporal se efetua, 
sob controle do SNC, mediante ajustes 
fisiológicos e comportamentais, exigindo que a 
produção e a perda de calor pelo organismo 
sejam equivalentes. 
Existe a captação de sensações de frio e de calor 
em células especializadas distribuídas na 
superfície do animal, que funcionam como 
termorreceptoras periféricas, captando aquelas 
sensações e levando ao SNC; 
O centro regulador que está no hipotálamo, 
funciona como um termostato fisiológico que, 
quando necessário, faz a mudança de produção 
ou perda de calor. 
 
O hipotálamo controla a produção e dissipação 
de calor. 
MECANISMOS: 
Comportamentais → diz respeito as mudanças 
comportamentais dos animais para aumentar ou 
diminuir a exposição à energia térmica do meio 
ambiente (ex. buscar sombra, ficar de frente para 
o vento para evitar perda excessiva, entrarna 
água, abrir asas) 
Autônomos → envolvem o controle de várias 
funções orgânicas, como o fluxo sanguíneo, a 
variação da posição (ereção) dos pelos e penas, 
funcionamento das glândulas sudoríparas, 
controle da ingestão de água e 
alimentos,frequência respiratória entre outras; 
Adaptativos → abrangem alterações a médio e 
longo prazo em certas características, tais como 
tipo e coloração do pelame, pigmentaçãoda 
epiderme, perda ou produçãode lã, etc. 
 
CALOR → células termorreceptoras periféricas 
→ hipotálamo anterior 
VASODILATAÇÃO SUOR E AUMENTO DA FR → 
PERDA DE CALOR. 
FRIO → RECEPTORES CALORÍFICOS 
HIPOTALÂMICOS → HIPOTÁLAMO POSTERIOR 
VASOCONSTRIÇÃO E PRODUÇÃO DE CALOR = 
GANHO DE CALOR 
O controle, pelo HIPOTÁLAMO, da produção ou 
perda de calor é realizado pelos mecanismos a 
seguir: 
a) Vasomotor – Controla o fluxo de sangue nos 
tecidos; 
b) Pilomotor – Controla a ereção dos pelos; 
c) Aparelho sudoríparo – Controla a sudoração; 
d) Freqüência respiratória; 
e) Modificação na taxa metabólica. 
 
OS ANIMAIS NECESSITAM MANTER UMA 
TEMPERATURA FISIOLÓGICA NORMAL PARA 
PRODUZIR COM MÁXIMA EFICIÊNCIA; EXCESSO 
DE CALOR OCASIONA ALTERAÇÕES QUÍMICA E 
FÍSICA DO ANIMAL. 
A completa uniformidade da temperatura do 
corpo só é possível se ocorrerem trocas de calor 
entre o corpo e meio ambiente. Assim, existe um 
gradiente térmico que vai do interior (núcleo 
central) até a superfície corporal (pele). 
 
 
 
Quando a temperatura ambiente encontra-se 
acima da zona de conforto térmico, o animal 
precisa perder calor para o ambiente (termólise). 
Quando a temperatura ambiente encontra-se 
abaixo da temperatura de conforto, o animal 
precisa produzir calor corporal (termogênese). 
 
 
 
DISSIPAÇÃO DE CALOR: EVAPORAÇÃO, 
CONDUÇÃO, CONVECCÇÃO, RADIAÇÃO. 
Evaporação: passagem do líquido para estado 
gasoso (respiração e suor). Método mais eficaz. 
Dependência: TEMPERATURA DO AMBIENTE, 
URA. 
Para cada litro de água evaporado = 584 kcal. 
 
 a) o produto das glândulas sudoríparas, o suor: 
- A produção de suor decorre da excitação, pelo 
hipotálamo, dos centros sudoríferos de medula 
que, por intermédio do nervos correspondentes, 
chega até as glândulas sudoríparas; - a produção 
de suor é muito influenciada pelo tamanho e 
atividade destas glândulas e também pela área 
da superfície do corpo e seu revestimento. 
- O zebu e o cavalo suam bastante, já o bovino 
europeu é intermediário, o porco e o ovino 
lanado suam muito pouco. 
- Animais que suam pouco urinam mais no verão 
para eliminação do excesso dos fluidos 
orgânicos. 
 
b) Evaporação no aparelho respiratório: 
◼ O ar inspirado, em contato com a umidade dos 
alvéolos pulmonares e das paredes dos condutos 
respiratórios, acarreta a sua evaporação, pois o 
ar expelido é quase saturado de vapor d’ água, o 
que contribui para a perda de calor. 
◼ Para aumentar essa evaporação, quando os 
demais aspectos do aparelho termorregulador 
não são suficientes para evitar a elevação da 
temperatura corporal, o animal acelera o ritmo 
respiratório. 
 
b) Evaporação no aparelho respiratório: ◼ A 
aceleração do ritmo respiratório acarreta efeitos 
indesejáveis: 
◼ A taxa elevada de movimento respiratório 
implica em grande atividade muscular do animal, 
a qual, aumentando consequentemente a sua 
produção de calor, anula em parte o seu objetivo, 
acarretando um verdadeiro círculo vicioso como 
também excessivo trabalho dos pulmões e 
coração. 
 
Condução: passagem de calor de uma partícula a 
outra. O transporte de calor por condução pode 
ocorrer tanto para fora como para dentro do 
corpo dos animais. 
Por condução: 
◼ o aquecimento da água fria ingerida, 
principalmente ou de outros alimentos ingeridos 
frios, no interior do aparelho digestivo, rouba 
calor ao corpo. 
◼ com temperatura ambiente elevada a ingestão 
de água aumenta muito, chegando este aumento 
atingir nos bovinos, cerca de 400%. 
 
Convecção: substituição de moléculas quentes 
pelas frias: Corrente de luido, líquido ou gasoso 
que absorve energia térmica em um dado local e 
então se desloca para outro, onde se mistura 
com porções mais frias. 
 
Radiação: não depende da temperatura e nem 
do ar ambiental, depende da superfície da pele. 
O animal irradia calor em objetos mais frios que 
ele e recebe a irradiação do calor de objetos mais 
quentes que ele. 
Essa eliminação de calor por radiação, condução 
e convecção é influenciada por diversos fatores, 
que podem ser do próprio animal ou do 
ambiente. São fatores que ocorrem no animal: 
a) Animais pequenos absorvem menos calor que 
os grande animais (maior relação 
massa/superfície). Isso leva a uma tendência dos 
animais diminuírem de tamanho nas zonas de 
clima quente como forma de aclimatação; 
 
b) o desenvolvimento da pele em dobras, pregas, 
barbelas, etc. que aumentam a superfície do 
corpo; 
 
c) pelagem e sua conformação; 
 
d) a existência de camada gordurosa, como no 
suíno, espessa camada de cobertura (toucinho) 
que, por ser má condutora de calor, dificulta a 
propagação do calor interior do organismo para 
a pele e conseqüente dissipação. 
 
São fatores do ambiente, que diminuindo a 
temperatura favorecem a eliminação do calor 
corporal: sombras, abrigos frescos e bem 
ventilados, possibilidade de contato com a água. 
Condições que concorrem para elevar a 
temperatura ambiente e dificultam a perda de 
calor corporal: abrigos fechados, aglomerado de 
animais, permanência no sol. 
 
Dentro da faixa de conforto térmico para os 
animais, 75% das perdas de calor se fazem por 
Condução, Radiação e Convecção (perdas 
sensíveis de calor) 
Em temperaturas elevadas a perda de calor se faz 
quase que totalmente por Evaporação. 
 
Perspiração sensível → eliminação visível de água 
através da pele (suor); 
Perspiração insensível → perdas de água através 
do expirado 
 
 
COMO GANHAM ENERGIA: 
Quimicamente através de processos 
metabólicos, quando transforma energia 
química contida nos alimentos em trabalho; 
Mecanicamente pela ação de forças físicas no 
organismo; Termicamente pelatroca de calor 
com o meio; 
 
 
PERDA E GANHO DE CALOR DEPENDE DE 
FATORES: 
a) Natureza física dos tecidos; 
Água → boa condutora de calor, favorecendo a 
dissipação 
Tecido adiposo → dificulta a perda de calor. 
Desta forma, a gordura, quanto mais superficial, 
mais dificulta a perda de calor. 
b) Fluxo de sangue nos tecidos; 
 
 
c) Parte superficial (área de superfície 
corporal); 
Quanto mais superfície, mais liberação de calor; 
Relação entre superfície (área) x massa (volume); 
Assim, quanto maior a massa em relação a 
superfície, pior é a dissipação. Ex: obesos. 
d) Natureza da superfície do corpo; 
Pelos ou lã detêm uma camada de ar protetora, 
agindo como isolante térmico; Pouco pelo: 
búfalos, suínos ◼ Mais pelo: bovinos ◼ Muita lã: 
ovinos; Glândulas sudoríparas (folículos pilosos). 
 
e) Cobertura que podemos por sobre a superfície 
do animal; 
 
 
 
ESTRESSE PELO CALOR: 
Ajustes fisiológicos: Vasodilatação; • Suor; • 
Aumento respiração; • Eriçamento dos pêlos; 
Ajustes comportamentais: Busca de sombra • 
Isolamento • Extensão dos membros • Busca de 
pisos frios • Molhar superfície corporal 
Redução do metabolismo diminuindo a produção 
de tiroxina pela tireoide, o que leva a falta de 
apetite; sudorese e taquipneia 
Mecanismos de defesa insuficientes, hipertermia 
acentuada, morte: temperatura retal: 42 a 45°C 
 
LIMITES DE TERMORREGULAÇÃO FRIO 
“Quando a temperatura do meio ambiente desce 
abaixo da temperatura crítica mínima, a 
manutenção da temperatura corporal a nível 
fisiológico depende da capacidade do aumento 
do metabolismo.” 
Fisiológicos: ◼ Vasoconstrição ◼ Piloereção 
Comportamentais: - Busca de abrigo - Lugares 
secos - Grupamento de animais 
A longo prazo: - Aumento das reservas de 
gordura - Aumento da espessura da pele 
Termogênese: Produção de calor dependendo 
do nível nutricional ◼ Tremores ◼ Estimulação 
das terminações do sistema simpático 
(adrenalina), simpático-ativas (noradrenalina), 
tireóide (tiroxina) e córtex adrenal 
(corticosteróide); ◼ Esses hormônios são 
responsáveis pela termogênese sem tremores, 
atuando a nível de músculo esquelético, no 
tecido adiposo e no fígado. Ocorre aumento do 
metabolismo. 
Produção de calor atinge ponto máximo; 
◼ Ultrapassa ponto C (crítico), a produção de 
calor não consegue equilibrar as perdas 
provocadas pelo ambiente. 
◼ Declínio... (reservas corporais) chegando a D 
(letal), na qual o animal morre de frio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE REGULAÇÃO TÉRMICA DOS 
ANIMAIS: 
Superfície: pele, pelame e aparelho sudoríparo 
 
ENERGIA SOLAR: A energia do sol se propaga por 
irradiação através de ondas eletromagnéticas. 
Estas ondas têm comprimentos diferentes e são 
medidas de acordo com a crista de pulsações, o 
número de cristas que passa em um determinado 
segmento em: ondas longas (infravermelhos), 
ondas médias (ultravioletas) e ondas curtas 
(gama e X). As propriedades destas ondas estão 
relacionadas com seus comprimentos. Assim: 
ondas curtas atravessam corpos opacos (+ 
agressivas), ondas médias atravessam corpos 
transparentes e ondas longas não atravessam 
corpos. 
Ao conhecermos os atributos 
anatomofisiológicos de adaptação dos animais, 
teremos condições de reduzir os efeitos da 
incidência da radiação solar, principalmente na 
região tropical, criando maior conforto e 
condições produtivas para os mesmos. 
 
SUPERFÍCIE CUTÂNEA: maior órgão em extensão; 
Maior linha de contato entre o organismo e 
ambiente (outra linha é o sistema respiratório 
nos seres terrestres e tecidos branquiais nos 
peixes). Constituição: ◼ Epiderme, derme e 
hipoderme; ◼ Anexos (pelos, lã, penas e 
penugens nas aves; estruturas córneas nos 
répteis; escamas nos peixes glândulas 
sudoríparas e glândulas sebáceas nos 
mamíferos). 
FUNÇÕES: 
Proteção do organismo contra perda de água e 
atrito; ◼ A pigmentação tem função protetora 
contra os raios UV; ◼ Através de suas 
terminações nervosas sensitivas, recebe 
informações sobre o ambiente e as envia para o 
SNC; ◼ Por meio dos seus vasos sanguíneos, 
glândulas sudoríparas e tecido adiposo, colabora 
na termorregulação do corpo. 
•A superfície cutânea, sua coloração e 
constituição anatômica, incluindo os folículos 
pilosos, as glândulas sudoríparas, as camadas de 
gordura e a irrigação sanguínea, são fatores 
fundamentais para as trocas térmicas com o 
meio. 
 
COR DA PELE: Pigmentação da epiderme: 
Melanina ◼ Produzida no Melanócito ◼ camada 
basal epiderme ◼ Base dos folículos pilosos 
◼ Proveniente da tirosina 
◼ Função: proteção contra raio ultravioleta 
Pigmentação da pele depende da quantidade de 
grânulos de melanina produzidos e inseridos nas 
células da epiderme, e não ao número de 
melanócitos 
◼ Nº de melanócitos é o mesmo Animais de 
pelame malhado 
Indivíduos com epiderme permanentemente 
escura mantém geneticamente o nível de 
melanogênese 
Peles escuras impedem a passagem dos raios 
ultravioletas, anulando a ação eritematosa 
(queimaduras do sol). 
 
ESPESSURA DA PELE: 
A espessura da pele varia com: 
◼ Região do corpo; ◼ Estado nutricional; ◼ 
Idade; ◼ Raça; ◼ Espécie; 
◼ A pele fina é a mais indicada para os trópicos, 
pois favorece a perda de calor. 
A influência da pele na troca de calor do animal 
com o meio é determinada por duas 
características: 
extensão da pigmentação e espessura. 
Bos taurus - 8,15 mm; Bos indicus - 5,75 mm 
Aberdeen Angus – 5,75 mm; 
Animais novos tem a pele mais fina 
 
PELO 
O pelame dos animais é igual a vestimenta do 
homem e desempenha papel importante na 
adaptação e proteção contra o stress climático; 
A superfície dos mamíferos está coberta de pelo 
ou lã. 
O pelame constitui uma barreira à passagem da 
energia térmica, devido ao isolamento 
proporcionado pela estrutura física de suas fibras 
e às camadas de ar aprisionadas entre elas; 
A eficiência da cobertura, quanto a reflexão dos 
raios solares e dissipação de calor, está ligada ao: 
◼ Tipo (pelo ou lã); ◼ Constituição dos folículos 
pilosos; ◼ Cor; 
O calor proveniente da irradiação solar pode ser 
três vezes o calor produzido nos processos 
metabólicos e que pode trazer sérios transtornos 
à fisiologia do animal. 
Pelos, penas e lã: fixa uma camada de ar 
aprisionado entre as malhas e fios com alta UR, 
dificultando a troca de calor por evaporação. 
Tipo de folículo: ◼ Folículo primário (pelo): ◼ 
diâmetro grande ◼ enraizado na derme: 
glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e 
músculo eretor. 
◼ Folículo secundário (lã): ◼ diâmetro menor ◼ 
Enraizado na derme: glândulas sebáceas 
Cavalos e bovinos: ◼ Folículo piloso simples 
(primários), com pelos distribuídos 
uniformementes 
Suínos ◼ Folículos simples (primários) 
Constituição: 
◼ 
Cutícula: 
é a delimitação do pelo, formada por células 
escamosas; 
◼ 
Córtex : responsável pela cor dos pelos, 
constituída de células cornificadas com 
crescimento semelhante ao da unha; 
◼ 
Medula : parte central do pelo e, sempre que 
estiver presente, será de cor preta; 
◼ 
Bulbo: Contém os melanócitos. 
 
COLORAÇÃO DOS PELOS 
A cor do pelame está relacionada com a absorção 
e reflexão da radiação solar direta ou indireta. 
Pelagens claras, branca ou creme (baia), com 
pele de cor preta, é a combinação encontrada na 
maioria dos bovinos de raças tropicais 
Bovinos de raças de clima frio combinam pele 
rosada ou pálida com pelos escuros. 
 
Pelo comprido, grosso e denso: ◼ retém muito ar 
entre a pele e o meio ambiente, formando uma 
camada isolante dificulta a perda de calor. Bom 
para climas frios, pois protege a perda de calor; 
◼ Pelo curto, liso e suave: ◼ facilita a perda de 
calor por convecção (animais que pelejam no 
verão) 
 
BOVINOS: em estresse calórico 30% de perda por 
evaporação respiratória e 70% por cutânea. 
Quanto mais espesso e denso for o pelame, 
maior dificuldade de eliminar calor latentevia 
evaporação cutânea. 
 
 
APARELHO SUDORÍPARO: As glândulas 
sudoríparas tem importante função no processo 
de termorregulação; Acima de 35oC os processos 
de dissipação de calor, tais como condução, 
radiação e convecção, são quase nulos ou 
desaparecem, ficando só a evaporação como 
elemento de dissipação; É através das glândulas 
sudoríparas que vai se dar esse fenômeno. 
Glândulas Sudoríparas: ◼ Forma e localização: ◼ 
Tubulares ◼ Longas ◼ Extremidade inferior 
enovelada ◼ Profundamente inserida na 
epiderme 
Produção: ◼ Eliminada através de canal que se 
abre no poro ou pelo 
◼ São características de mamíferos (exceto 
aquáticos) 
Glândulas Sudoríparas: ◼ Tipos: 
◼ Écrinas; composta pela parte secretora e 
excretora. Composição: 99% H2O e 1% NaCl + 
KCl. Abrem-se diretamente na superfície 
cutânea, e não são associadas ao folículo piloso; 
◼ Somente em humanos. Pequenas e muito 
ativas. ◼ Apenas na palma da mão existem 2000 
glândulas sudoríparas; ◼ É por essa razão que o 
homem pode viver em qualquer parte do mundo, 
pois tem o melhor sistema de dissipação de calor 
(reposição de água). 
◼ Apócrinas; Tipo de glândulas dos animais 
domésticos; 
◼ associadas aos folículos pilosos. Junto com o 
pêlo forma o sistema músculo sudoríparo. 
Composição: 94,4% H2O + 5% Cloretos e outros 
sais (matéria mineral) + 0,6% Albumina 
(proteínas). 
 
Funcionamento comparativo das glândulas 
sudoríparas de Bos taurus e Bos indicus: ◼ 
Número total de glândulas: não há diferenças 
significativas; ◼ A diferença está: 1) No volume: 
- Europeus:< volumosas, enoveladas; - Zebuíno:> 
volumosas, forma de saco.Mais largas e mais 
compridas. 
2) Localização: Os Bos indicus apresentam 
glândulas mais superficiais, o que facilita a 
secreção e excreção. 
 
TAXA DE SUDAÇÃO: A atividade funcional das 
glândulas sudoríparas é quantificadapela taxa de 
sudação (g/m2/h). 
◼ A taxa de sudação é uma característica sujeita 
a considerável variação em um mesmo indivíduo 
(pode ser um critério de seleção). 
◼ Além disso, existem diferenças marcantes 
entre raças e grupos de animais, de acordo com 
o tipo de ambiente em que vivem. 
Taxa de sudação bovinos leiteiros: ◼ Holandesa 
preto e branco– 124 g/m²/h 
◼ Holandesa vermelha e branco - 125 g/m²/h 
◼ Jersey – 156 g/m²/h 
Fase de lactação a taxa de sudação foi maior dos 
100 aos 200 dias atribuída ao metabolismo mais 
elevado. 
Taxa de sudação em eqüinos: ◼ Bretão – 486 
g/m²/h; ◼ Anglo árabe- 369,8 g/m²/h/°C ◼ 
Mangalarga – 271,2 g/m²/h/°C. 
 
 
ÍNDICE DE CONFORTO TÉRMICO 
A utilização de índices bioclimáticos na produção 
animal permite uma avaliação mais precisa da 
situação ambiental, além de ser uma maneira 
confiável que possibilita a comparação de 
resultados zootécnicos obtidos com animais 
mantidos em diferentes regiões climáticas. 
Fatores a serem considerados: 
Ambiente: temperatura do ar, temperatura 
radiante, radiação solar, umidade do ar, vento, 
pressão atmosférica. 
INDICE DE TEMPERATURA E UMIDADE 
ITU = (0,8xT°C) + ((UR%/100)X (T°C-14,4)) + 46,4 
Onde: T°C = temperatura ambiental; UR% - 
umidade relativa do ar; 
Este índice é muito usado, mas não é confiável, 
pois ele não detecta o efeito da radiação. 
Quando o ITU for menor ou igual a 72 o animal 
está em conforto, e quando o ITU for maior que 
76 significa que a ambiência está sendo bastante 
prejudicial. 
 
Vacas Holandesas de grande porte ITU acima de 
68 começam a sentir o estresse calórico. 
Vaca Jersey começa a sentir o estresse calórico 
com ITU acima de 75. 
A UR do ar é um fator climático que auxilia na 
determinação do conforto térmico ambiente e 
pode ser expressa pela seguinte equação: 
UR = (e/es) x 100 
Em que: UR = umidade relativa do ar, em %; e = 
pressão real de vapor d’água na atmosfera, em 
hPa; es = pressão de saturação do vapor d’água , 
em hPa. 
 
ÍNDICE DA TEMPERATURA DO GLOBO NEGRO E 
UMIDADE (ITGU) 
ITGU = Tg + 0,36 Tpo + 41,5 
Tg =Temperatura do globo negro Tpo= 
temperatura do ponto de orvalho 
Este índice é muito mais eficiente do que o ITU. 
Usando ITGU, está-se englobando não só a 
temperatura do ar mas também o efeito da 
radiação, da umidade relativa e o efeito do 
vento. 
O ITGU engloba em um único valor os efeitos de 
temperatura e de velocidade do ar, da umidade 
relativa e da radiação. 
 
QUANDO: 
ITGU < 72: o ambiente é propício para qualquer 
criação de animais europeus; 
72 a 76: os animais elevam a frequência 
respiratória (FR) sem afetar basicamentea 
homeostase; 
76 a 82: os animais elevam a FR, sua temperatura 
corpórea (tc) e há necessidade de manejo diário, 
alimentar e reprodutivo cuidadoso para se 
obtersucesso; 
82 a 86: somente com meios artificiais de 
termólise haverá produção condizente como 
potencialgenético; 
ITGU > 86: caso quase insuportável. 
Economicamente será difícil obter sucessocom 
animais de grande precocidade e produção 
 
A temperatura do globo negro indica o efeito 
combinado da radiação, da temperatura 
absoluta do ar e da velocidade do ar, três do mais 
importantes fatores que afetam o conforto 
animal. 
 
A temperatura ótima para a produção de leite 
dependa da raça e o grau de tolerância ao calor e 
ao frio. 
 
NÍVEL DE ESTRESSE CALÓRICO EM BOVINOS: 
Respiração normal - 60 ou menos respirações / 
min; 
- Respiração pouco elevada - + 60 até 90 
respirações/min; 
- Leve ofegar e salivação 
- 90 até 120 respirações/ min ; 
- Boca aberta, ofegar alto e salivação – 120 até 
150 respirações/min; 
- Boca aberta, ofegar muito alto acompanhado 
pela língua para fora da boca e salivação 
excessiva; 
EFEITOS ECONOMICOS EM VACAS LEITEIRAS 
- Redução no consumo de alimento 
-10% estresse alto – 
25% estresse severo 
- redução de 15 a 20% na produção de leite; - 
aumento de 1,72% na mortalidade embrionária; 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS EM VACAS LEITEIRAS - 
Temperatura retal maior que 39,4°C; - 
Freqüência respiratória acima de 100/min; - 
Baixa o metabolismo; 
 
EFEITOS DO CLIMA NA PRODUÇÃO DE CARNE 
Zona de conforto térmico de bovinos 
Bos taurus taurus – 0,5 a 15°C; Estresse calórico 
a partir de 26,5°C; 
Bos taurus indicus – 10 a 26,5°C; Estresse calórico 
a partir de 35°C; 
 
Zona de termoneutralidade SUÍNOS 
(61<ITGU<65) - propiciou melhor conforto para 
as matrizes e, consequentemente, uma melhor 
leitegada 
Zona intermediária (65<ITGU<69) -propiciou 
maior conforto para os leitões, não sendo ainda, 
valores desconfortáveis para as matrizes 
Zona de estresse térmico (69<ITGU<73), 
propiciou desconforto tanto para as matrizes, 
quanto para os leitões. 
A habilidade de leitões recém-nascidos para 
regular sua temperatura corporal é limitada, 
principalmente por causa do seu incompleto 
desenvolvimento hipotalâmico, o que é agravado 
pela pequena camada de gordura subcutânea e 
pelas poucas reservas corporais de glicogênio. 
 
Fatores que influenciam as temperaturas críticas 
superiores e inferiores. 
a) Nível de alimentação: quanto maior for o 
consumo de alimento, menor será a temperatura 
crítica inferior em função do calor fornecido ao 
animal pelo alimento, possibilitando-o suportar 
temperaturas efetivas ambientais mais baixas 
Fatores que influenciam as temperaturas críticas 
superiores e inferiores 
b) Manejo dos animais: O tipo de alojamento, 
individual ou em grupo, poderá influenciar a 
dissipação de calor do animal para o ambiente 
c) Temperatura do alimento: A temperatura da 
ração e da água 
consumida pode ter efeito, principalmente 
quando grande quantidade de água fria é 
consumida no período de inverno 
d)Temperatura e tipo de piso: A temperatura e o 
tipo de cama utilizada poderão influenciar a troca 
de calor animal-ambiente, modificando 
conseqüentemente, as temperaturas críticas dos 
leitões. 
 
EFEITOS DO AMBIENTE SOBRE A 
REPRODUÇÃO 
 
A reprodução é a função biológica mais 
importante dosseres vivos, especialmente dos 
mamíferos. Na produção animal, a reprodução 
assegura a multiplicação e difusão dos genes na 
população, a produção de leite, de carne e 
subprodutos. Do ponto de vista econômico, está 
estreitamente relacionada com a rentabilidade 
financeira de atividade pecuária. 
A reprodução é manifestação fenotípica que se 
expressa pelo sucesso do nascimento de um 
produto e esse é resultante de uma 
multiplicidade de eventos ligados aos 
desempenhos reprodutivos de machos e de 
fêmeas. 
Os fatores ambientais, principalmente os 
climáticos (temperatura, luz), alimentação e 
manejo reprodutivo, tem efeito direto sobre a 
performance reprodutiva dos animais. Como 
sabemos, fertilidade é um caráter quantitativo 
da baixa herdabilidade. 
O ambiente exerce marcada influência sobre a 
vida reprodutiva, com efeitos evidentes que 
resultam muitas vezes na supressão ou redução 
da eficiência reprodutiva. 
A literatura mostra que a eficiência reprodutiva 
dos ruminantes é geralmente menor nos animais 
localizados nos trópicos do que aqueles de zonas 
temperadas. A alta temperatura da maioria dos 
ambientes tropicais, afeta os processos 
reprodutivos diretamente e indiretamente 
através do stress na produção. 
Os efeitos do clima sobre a vida reprodutiva são 
bastante evidentes, suprimindo ou reduzindo a 
eficiência reprodutiva; 
A reprodução ainda se reflete sobre outras 
produções (leite, ovos, etc.) que são 
dependentes do bom funcionamento 
reprodutivo; 
Isso se reflete em consideráveis perdas 
econômicas para o produtor rural. 
Uma fecundação, por si só, não assegura sucesso 
reprodutivo. É necessário que esta seja sucedida 
por múltiplos eventos igualmente exitosos, a 
saber: 
nas fêmeas - fixação e implantação do zigoto no 
útero, desenvolvimentos embrionário e fetal de 
indivíduo viável, gestação a termo e parição sem 
intercorrências, lactação suficiente para nutrir 
adequadamente o produto, dando-lhe condições 
maternas compatíveis com sua demanda 
potencial para crescimento, puberdade precoce 
e parições regulares; 
nos machos - produção qualitativa e quantitativa 
de espermatozoides suficiente para assegurar a 
indispensável capacidade fecundante, 
conjuntamente com a libido e capacidade de 
serviço que habilita-os à procriação; 
Eficiência reprodutiva: 
◼ Efeitos sobre os machos; 
◼ Efeitos sobre as fêmeas; 
◼ Efeitos sobre a inseminação artificial; 
◼ Efeitos sobre a transferência de embrião. 
 
EFEITOS SOBRE A REPRODUÇÃO DOS MACHOS 
Puberdade: 
◼ Início da produção espermática 
◼ Pode ser retardada: 
◼ Bovinos 
◼ Suínos 
Libido (observada em carneiros e touros): 
◼ Diminuída 
◼ Células de Leydig → produzem testosterona 
quando estimuladas pelo LH: 
◼ Em altas temperaturas, redução da produção 
de testosterona, com tendência de retorno a 
normalidade após o estresse calórico. 
Estrutura: 
◼ Testículos menores: 
◼ Menor qualidade e produção 
◼ Túbulos seminíferos degenerados 
◼ Menor qualidade e produção; 
Sêmen: 
◼ Temperaturas ambientes superiores a 29oC 
influencia a produção e qualidade do sêmen; 
◼ Existe também uma relação positiva entre o 
número de espermatozoides anormais e mortos 
e o nível da temperatura ambiente. 
 
 
Sêmen: 
◼ Redução de volume ◼ Baixa produção de 
espermatozoides ◼ Menor concentração de 
espermatozoides ◼ Queda da motilidade 
(movimentos ascendentes) ◼ Aumento de 
formas anormais 
 
Diminuição da capacidade de fertilização dos 
óvulos 
Termorregulação testicular: Mantém a 
temperatura testicular, em média, 5ºC inferior a 
corporal 
Criptorquidismo: ◼ Altas temperaturas da 
cavidade abdominal ocasionam degeneração do 
epitélio germinativo. Esterilidade. 
Exceções: galo, tatu, elefante. 
 
EFEITOS SOBRE A REPRODUÇÃO DAS FÊMEAS 
Principais fatores responsáveis pela redução da 
eficiência reprodutiva de vacas submetidas a 
altas temperaturas ambientais: 
◼ Redução na taxa de fertilização; 
◼ Aumento da mortalidade embrionária. 
Puberdade: 
◼ Retardo em novilhas 13 meses - 27oC; 10 
meses - 10oC 
◼ Instinto sexual diminuído em novilhas 
Atraso é devido ao lento crescimento de animais 
pouco adaptados aos trópicos 
 
Época do cio: ◼ Maior influência em relação 
luz/escuridão 
◼ Ovelhas: % inversamente proporcional a 
duração do dia 
◼ Equinos: % diretamente proporcional a 
duração do dia 
◼ Bovinos: anestro quando inverno (frio e 
alimentação limitada). Primavera estimula 
aparecimento de cio. 
Ciclo estral e ovulação: 
◼ Altas temperatura não afetam ciclo de fêmeas 
de ovinos e suínos 
◼ Bovinos: 
◼ Aumento da duração do ciclo 
◼ Aumento de ovulações silenciosas 
◼ Redução do período de cio (18 para 10 horas) 
 
Hormônios do ciclo estral: ◼ Principais 
hormônios envolvidos: ◼ FSH 
◼ Estrógeno 
◼ LH 
◼ Progesterona 
Hormônios do ciclo estral: 
 
Hormônios do ciclo estral: ◼ Baixo nível de 
estradiol 
 
 
Gestação e desenvolvimento fetal: 
 Calor: ◼ Abortos; ◼ Absorção embrionária; ◼ 
Malformações fetais; ◼ Baixo peso ao nascer. 
 
Gestação avançada e período periparto: 
◼ Filhotes mais leves, menos desenvolvidos 
◼ Aumento do número de natimortos (baixa 
capacidade de termorregulação) Frio: ◼ 
Aumento do período de gestação. 
 
EFEITOS SOBRE A REPRODUÇÃO INSEMINAÇÃO 
ARTIFICIAL 
Elimina a redução da fertilidade do touro (de 
acordo com o sêmen coletado) MAS Não elimina 
os problemas reprodutivos das fêmeas. 
Taxa de concepção por inseminação possui 
correlação indireta com temperatura corporal da 
fêmea 
Diminuição no retorno a inseminação 
A redução do período de cio e a incidência do cio 
silencioso, como já foram citados, são fatores 
que prejudicam a observação do momento da 
ovulação e como consequências do stress 
calórico em vacas adultas, são passíveis de 
reduzir o sucesso da inseminação artificial; 
Índices baixos de fertilidade são observados em 
vacas com temperatura corporal alta durante a 
inseminação. WILCOX observou que a 
temperatura da urina de vacas apresentou 
correlações negativas com o dia da inseminação 
e com o dia após a inseminação, onde um 
aumento de 0,5°C na média da temperatura da 
urina no dia da inseminação (38,6°C) e no dia 
após a inseminação (38,3°C), diminui a taxa de 
concepção em 12,8 e 6,9% respectivamente. 
A diminuição da qualidade do sêmen, por ação 
do aumento da temperatura em curto espaço de 
tempo, assume importância prática quando é 
relacionada com a queda da fertilidade das 
fêmeas inseminadas com este sêmen. O retorno 
à normalização do sêmen se dá gradualmente e 
depende da duração e da intensidade do stress 
térmico. A fertilidade normal é observada em 
aproximadamente 60 dias após o stress; 
O congelamento do sêmen do touro zebu foi 
prejudicado quando os animais foram expostos a 
ambientes com 30 a 36°C durante 54 dias antes 
da coleta do sêmen. 
 
TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES 
Temperatura altas nos primeiros dias da 
transfência: 
◼ Reduz a sobrevivência do embrião 
◼ Importante temperatura correta na fase de 
divisão 
 
Efeitos nas aves: 
◼ Temperatura acima de 32ºC diminuem... 
◼ Produção de ovos 
◼ Peso médio dos ovos 
◼ Qualidade da casca

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