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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE ODONTOLOGIA FISIOLOGIA FISIOLOGIA ENDÓCRINA: HIPÓFISE Bianca Oliveira Danielle Tayrine Gisele Ferreira Henderson Gabriel Rodrigo Alves Montes Claros – MG Novembro/2015 ANATOMIA DA HIPÓFISE OBJETIVOS Localizar a Hipófise no crânio; Expor as divisões anatômicas da Hipófise. Apresentar a relação entre Hipófise e Hipotálamo. Citar a origem das diferentes porções da Hipófise. Descrever as células que compõem a Hipófise. ANATOMIA DA HIPÓFISE Dois lobos: anterior e posterior; Também chamada de pituitária; Tem um centímetro de diâmetro e pesa 0,5 até uma grama; Localiza-se na base do cérebro, em uma concavidade óssea chamada de sela turca; Comunica-se com o Hipotálamo através do pedúnculo; Hipófise anterior – adenoipófise; Hipófise posterior – neuroipófise; Pars intermedia. ANATOMIA DA HIPÓFISE Hipófise anterior se origina da bolsa de Rathke, uma invaginação do epitélio faríngeo – células do tipo epitelioide; A parte posterior é proveniente de um tecido neural a partir do hipotálamo – células do tipo glial; ANATOMIA DA HIPÓFISE Na porção posterior, as células são conhecidas como pituícitos. Na porção anterior, cinco tipos celulares podem ser diferenciados: Somatropos (30%-40%) – GH; Corticotropos (20%)– ACTH; Tireotropos – TSH; Gonadotropos – LH e FSH; Lactotropos – PRL. ANATOMIA DA HIPÓFISE Os hormônios da porção posterior são formados no Hipotálamo, por células localizadas nos núcleos paraventricular e supraópticos. O transporte dos hormônios da porção posterior se dá a partir do axoplasma dos neurônios hipotalâmicos. Por sua vez, os hormônios hipofisários anteriores são produzidos na própria Hipófise, porém sob influência hipotalâmica; O Hipotálamo se comunica com a Hipófise Anterior por meio dos vasos portais hipotalâmico-hipofisários. HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA HIPÓFISE OBJETIVOS Apresentar os hormônios principais secretados pela Hipófise. Expor a ação dos hormônios hipofisários. Diferenciar os hormônios produzidos pelos lobos posterior e anterior da Hipófise. Explicar as diferenças relativas à secreção hormonal nos dois lobos da Hipófise. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE POSTERIOR (NEUROIPÓFISE) HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO (ADH) Aumenta a reabsorção de água pelos rins e causa vasoconstrição e aumento da PA. OCITOCINA Estimula a ejeção de leite das mamas e contrações uterinas. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR (ADENOIPÓFISE) HORMÔNIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR (ADENOIPÓFISE) HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) Estimula a síntese proteica e o crescimento global da maioria das células e tecidos. HORMÔNIO TIREOTRÓFICO (TSH) Estimula a síntese e a secreção dos hormônios da tireoide (tiroxina e triiodotironina). HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓPICO (ACTH) Estimula a síntese e a secreção de hormônios adrenocorticais (cortisol, androgênios e aldosterona. HORMÔNIOS DA HIPÓFISE ANTERIOR (ADENOIPÓFISE) HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH) Causa crescimento de folículos nos ovários e maturação de espermatozoides nas células de Sertoli dos testículos. HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH) Estimula a síntese de testosterona nas células de Leydig dos testículos; estimula a ovulação, a formação de corpo lúteo e a síntese de estrogênio e progesterona nos ovários. PROLACTINA Promove o desenvolvimento das mamas femininas e a secreção de leite. Fonte: http://www.sobiologia.com.br/figuras/Fisiologiaanimal/hormonio3.jpg MECANISMOS DE REGULAÇÃO DA HIPÓFISE OBJETIVO Descrever, de maneira sucinta, a regulação de cada hormônio liberado pela Hipófise, exceto a regulação do Hormônio do Crescimento – que será discutida posteriormente. 15 REGULAÇÃO DA ADENOIPÓFISE A regulação da Prolactina é feita pela redução dos níveis de dopamina e pela secreção de TRH; retroalimentação negativa. A regulação dos hormônios Gonadotróficos é feita pela liberação de estrógeno e testosterona; retroalimentação positiva. A regulação do TSH é feita pelo TRH; sendo produzido pela glândula tireoide: T3 e T4. Retroalimentação negativa. A regulação do ACTH é feita pelo cortisol, sendo que o seu excesso inibe a produção do hormônio. Atua nas suprarrenais. Retroalimentação negativa. REGULAÇÃO DA NEUROIPÓFISE A Ocitocina atua nas contrações uterinas e na ejeção do leite pelas mamas. Retroalimentação positiva O ADH age sobre os ductos coletores aumentando sua permeabilidade para a reabsorção de água. Retroalimentação negativa. HORMÔNIO do CRESCIMENTO (GH) OBJETIVOS Apresentar as características do Hormônio do Crescimento. Explicar a regulação do Hormônio do Crescimento. Expor os mecanismos de ação do Hormônio do Crescimento. CARACTERÍSTICAS DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO Liberado pela Adenoipófise; Molécula proteica – 191 aminoácidos; Não atua por meio de glândula; Atua no crescimento dos tecidos ósseo e muscular e no metabolismo de proteínas, triacilgliceróis e carboidratos. O GH PROMOVE O CRESCIMENTO DE DIVERSOS TECIDOS DO ORGANISMOS GH Diferenciação específica Mitoses Hipertrofia Celular Ex.: diferenciação de condrócitos em osteogênicas PAPEL DO GH AO PROMOVER A DEPOSIÇÃO DE PROTEÍNA Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares; Aumento da tradução do RNA para provocar a síntese de proteínas pelos ribossomos; Aumento da transcrição celular nuclear do DNA para formar RNA; Redução do catabolismo das proteínas e dos aminoácidos. GH Catabolismo das proteínas e aminoácidos Transcrição Tradução Transporte de aminoácidos através das membranas O GH AUMENTA A UTILIZAÇÃO DAS GORDURAS COMO FONTE DE ENERGIA Libera os ácidos graxos do tecido adiposo; Aumenta a concentração de ácidos graxos nos líquidos corporais; Nos tecidos do organismo, o GH converte os ácidos graxos em acetil-CoA com intuito de utilizar com fonte de energia; Sob influencia do GH, a gordura é utilizada como fonte de energia, preferencialmente ao uso de carboidratos e proteínas. EFEITO CETOGÊNICO DO GH Lipólise + Gliconeogênese + Ausência de Oxalacetato = Formação de corpos cetônicos EFEITO DO GH SOBRE O METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS Utilização diminuída de glicose para energia – resultando na mobilização de ácidos graxos para energia; Aumento da deposição de glicogênio – se a glicose não pode ser usada como fonte de energia ela é polimerizada em glicogênio e armazenada; Captação diminuída de glicose pelas células e aumento na glicemia – quando se administra hormônio do crescimento a um animal sua captação celular de glicose aumenta, fazendo com que a do sangue diminuir, porém isso dura até certo tempo, sendo substituída pelo efeito oposto, provocando a aumento da glicemia sérica. OS EFEITOS ANABÓLICOS DO GH SOBRE A SÍNTESE PROTEICA SOMENTE SÃO EVIDENCIADOS NA PRESENÇA DE INSULINA Em animais que não possuem pâncreas, o GH não estimula o crescimento. EFEITO DIABETOGÊNICO O GH reduz a captação e a utilização de glicose por células sensíveis à insulina (“ação anti-insulina”), como o músculo e o tecido adiposo. Como resultado, a concentração de glicose tende a se elevar no sangue (hiperglicemia) e a secreção de insulina também se eleva (hiperinsulinemia) para compensar essa resistência à insulina induzida pelo GH; portanto o GH é conhecido como um hormônio diabetogênico, e a hiperglicemia que ele produz secundariamente estimula o pâncreas e pode, em seguida, levar as células B à exaustão. ESTIMULAÇÃO DO CRESCIMENTO DAS CARTILAGENS E OSSOS Aumento de deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas, que causa o crescimento ósseo; Aumento da reprodução dessas células; Efeito específico de conversão de condrócitos em células em células osteogênicas, causando assim a deposição de osso novo. FATORES QUE ESTIMULAM OU INIBEM A SECREÇÃO DO GH Estimulam a secreção de GH Diminuição de glicose no sangue Baixas concentrações de ácidos graxos Aumento de aminoácidos no sangue Deficiência de proteínas Testosterona/Estrógeno Exercício físicos Traumatismo/ Estresse Sono profundo Hormônio liberador de hormônio de crescimento Inibem a secreção de GH Glicose sérica aumentada Aumento de ácidos graxos livres no sangue Envelhecimento Obesidade Hormônio inibidor do hormônio de crescimento IGFs VARIAÇÕES TÍPICAS: EXERCÍCIO FÍSICO E SONO PROFUNDO REGULAÇÃO ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DE GH OBJETIVOS Explicar as causas e efeitos das anormalidades relativas a secreção do Hormônio do Crescimento. Apresentar o diagnóstico das anormalidades. ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DE GH Hipopituitarismo. Nanismo (taxa reduzida de secreção de GH ou de IGF-1). Gigantismo (consequência da produção excessiva de GH antes da adolescência). Acromegalia (consequência da produção excessiva de GH após a adolescência). HIPOPITUITARISMO É a secreção diminuída de todos os hormônios da Adenoipófise; Pode ser congênita ou resultar de um tumor hipofisário destrutivo. Pode causar: Letargia; Obesidade; Perda das funções sexuais. HIPOPITUITARISMO Pode ser dividido em três tipos: Mono-hipopituitarismo (ou hipopituitarismo seletivo); Hipopituitarismo parcial; Pan-hipopituitarismo. DIAGNÓSTICO DO HIPOPITUITARISMO Exames de sangue; Ressonância magnética; Tomografia computadorizada; Teste genético NANISMO É uma hipofunção glandular; Provoca um crescimento esquelético anormal; Resultante geralmente do pan-hipopituitarismo na infância; Falta de GH ou somatomedinas; Causa baixa estatura Existem dois tipo de nanismo: nanismo pituitário e acondroplasia; NANISMO PITUITÁRIO Causado por deficiência na GH; Causa um atraso no desenvolvimento sexual na adolescência; Quando adultos, indivíduos podem chegar a medir até 1.50m; Existe o tratamento a base de hormônios do crescimento. Acondroplastia Também conhecida doença dos anões; Apenas alguns sintomas podem ser tratados. GIGANTISMO É a produção excessiva de GH até a adolescência; O individuo com gigantismo pode atingir ate 2,40m. Geralmente é causado por tumor hipofisário, que pode levar ao pan-hipopituitarismo; O gigantismo causa: Crescimento desordenado; Hiperglicemia; Degeneração das células Beta do pâncreas. ACROMEGALIA É o excesso de GH após a adolescência; Crescimento de tecidos moles e espessamento dos ossos; A elevada secreção do GH é proveniente das células somatotróficas da hipófise anterior; Quando o diagnóstico é tardio, podem ocorrer alterações visuais; Principais sintomas: pés e mãos grandes, aumento na região frontal da face (testa), aumento do nariz, lábios, mandíbula e queixo, perdas dentárias, cefaleia. ACROMEGALIA DIAGNÓSTICO Primeiramente o diagnóstico é clínico e sua confirmação é feita através de exames de sangue; Devem ser feitos exames de imagem como: Ressonância magnética; Radiografias; Tomografias computadorizadas. ACROMEGALIA TRATAMENTO Pode ser feito utilizando: Bromoergocriptina; Octreotida; Antagonista de receptor de GH (Pegvisomant); O tratamento cirúrgico também deve ser considerado, caso não haja melhora por meio do tratamento medicamentoso. Após a cirurgia, o tratamento radioterápico deve ser avaliado. REFERÊNCIAS COSTANZO, L.S. Fisiologia. 5ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p. 721-41. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
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