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Aspectos Histopatológicos das Linfoadenomegalias Como é a organização geral de um linfonodo? Geralmente, o linfonodo é envolto por músculo ou adipócitos e protegido por uma cápsula de tecido conjuntivo que o delimita. Dentro há: - Córtex: repleto de linfócitos (que são diferenciados em B e T por imunocitoquímica). Há “esferas”, chamadas de folículos linfoides (compostos por células B). Os folículos podem ser divididos em folículos primários, onde há predomínio de células B e que com estimulação antigênica dará origem aos folículos secundários a medida que as células do primários são deslocadas centrifugamente e formam a zona do manto. A porção central é o Centro germinativo (CG), com uma “parte clara” com predomínio de LTs e macrófagos de corpo tingível. Há ainda a zona do manto, com predomínio de LTs, mas difíceis de serem visualizadas nos linfonodos. - Paracórtex: entre os folículos, área difusa com predomínio de células T e macrófagos de corpo tingível. - Medula: onde há predomínio seios linfoides, por onde a linfa circula. Quais os métodos mais utilizados para a obtenção do tecido linfoide? - PAAF (Punção Aspirativa por Agulha Fina): permite análise citológica e indicações restritas (como linfadenopatias reacionais ou infecciosas e pesquisa de metástase em pacientes com neoplasias malignas). Em caso de linfoma, é preferível a excisão do linfonodo. - Biópsia Incisional por Agulha: para linfoadenopatias de compartimentos fechados (ex: cavidade abdominal, mediastino, retroperitônio) . Não permite a observação global do linfonodo. - Biópsia excisional: método para o diagnóstico anatomopatológico OBS: importante o material chegar ao laboratório em solução salina, preferencialmente gelada. O tecido a fresco permite a realização de imprints. No caso de neoplasias linfoides, é necessário um estudo imunocitoquímico (marcadores proteicos CD3 p/ LT e CD20 p/ LB) O que dispara uma inflamação? Normalmente é disparada por invasão microbiana e/ou lesão tecidual. O linfonodo aumenta seu volume para combater o antígeno, ocasionando a LINFOADENITE (popularmente conhecida como “íngua” ). Após sucesso no combate ao invasor, ele volta ao seu tamanho normal, que deve ser impalpável . MAS, outra causa pode causar o aumento do volume do linfonodo: o Câncer ! E o que acontece histopatologicamente durante a Linfoadenite ? Alguns padrões de reação podem ocorrer, conjuntamente ou com predomínio de uma. Exemplos de padrões: hiperplasia folicular, histiocitose sinusal (relativo à proliferação de macrófagos – ou histiócitos - nos seios linfoides ) e expansão paracortical. Quando os três padrões acima ocorrem juntas, mesmo que haja o predomínio de um deles, temos a Linfoadenopatia Reacional Inespecífica. Outras alterações que acompanham a LRI podem ajudar no diagnóstico, como granulomas e supuração. O que é um linfonodo sentinela? É o primeiro linfonodo a ser acometido por metástases pela drenagem linfática de uma neoplasia maligna. - Pode ser identificado por contrastes e sua retirada e exame para pesquisa metastáticas é um procedimento importantíssimo para alguns tipos de câncer. Ex: CA de mama e melanoma
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