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O concreto é um material utilizado na construção civil composto
por agregados graúdos (pedras britadas, seixos rolados), agregados
miúdos (areia natural ou artificial), aglomerantes (cimento), água,
adições minerais e aditivos (aceleradores, retardadores, fibras,
corantes).
Devido ao fato do concreto apresentar boa resistência à
compressão, mas não à tração, mostra-se muito limitado a
utilização do concreto simples em obras civis. Quando se faz
necessária a resistência aos esforços de compressão e tração,
associa-se o concreto a materiais que apresentem alta resistência à
tração resultando no concreto armado (concreto e armadura
passiva) ou protendido (concreto e armadura ativa).
Vantagens:
Economia;
Facilidade de execução e adaptação a qualquer tipo de forma (o
que proporciona liberdade arquitetônica);
Excelente solução para se obtiver uma estrutura monolítica e
hiperestática (maior reserva de segurança);
Resistência a efeitos atmosféricos, térmicos e ainda a desgastes
mecânicos;
Manutenção e conservação praticamente nulas e grande
durabilidade.
Desvantagens:
Peso próprio elevado (na ordem de 2,5 t/m³);
Baixo grau de proteção térmica e isolamento acústico
Fissuração da região tracionada, podendo esta, ser controlada
por meio da utilização de armadura de tração.
A seguir, alguns termos a respeito do concreto armado que são
definidos no item 3 da NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de
concreto – Procedimento.
Armadura ativa: define-se como uma armadura previamente
alongada que realiza a protensão de um elemento estrutural,
podendo, essa, ser em forma de barra, cordoalha ou fio isolado;
Armadura passiva: armadura utilizada sem prévio alongamento,
não provocando, dessa forma, protensão no elemento;
Concreto estrutural: refere-se à utilização do concreto como
material estrutural;
Elementos de concreto armado: são elementos estruturais feitos
de concreto que possuem armadura, sendo a aderência
concreto/armadura a responsável pelo comportamento
estrutural;
Elementos de concreto protendido: são elementos estruturais
feitos de concreto que possuem armadura previamente alongada
por equipamentos destinados a esse fim. Dentre as funções dessa
protensão, estão: evitar ou minimizar a fissuração da estrutura e
possibilitar o maior aproveitamento possível dos aços de alta
resistência;
Elementos de concreto simples estrutural: são elementos
estruturais feitos de concreto que não apresentam armadura ou
a possuem em quantidade menor do que a mínima estipulada em
norma;
Estado-limite último (ELU): estado-limite que se relaciona ao
colapso ou qualquer forma de ruína da estrutura, levando à
necessidade de paralisação do uso da mesma devido à falta de
segurança;
Estado-limite de serviço (ELS): estado-limite relacionado à
durabilidade, aparência, bom desempenho da estrutura e
conforto do usuário. Pode ocorrer devido a deformações e
deslocamentos excessivos no uso normal, vibrações ou
fissurações excessivas. Dentre os estados-limites de serviço tem-
se: ELS-F (estado-limite de formação de fissuras), ELS-W(estado-
limite de abertura das fissuras), ELS-D (estado-limite de
descompressão), ELSDP (estado-limite de descompressão
parcial), ELS-DEF (estado-limite de deformações excessivas), ELS-
CE (estado-limite de compressão excessiva), ELS-VE (estado-
limite de vibrações excessivas).
Módulo de Elasticidade: define-se com o aumento das
deformações devido o crescimento linear sob carregamento. Ou
seja, a relação de tensão e deformação para determinados
intervalos pode-se considerar a Lei de Hooke:
𝜎 = 𝐸. 𝜀 (1)
𝜎= Tensão;
𝜀= Deformação específica;
𝐸 = Módulo de Elasticidade ou Módulo de Deformação
Longitudinal.
A seguir, classificações e dados sobre o concreto armado
apresentados no item 8.2 da NBR 6118:2014.
Propriedades mecânicas do concreto
Resistência à compressão: A principal análise e estudo da
propriedade mecânica do material concreto é a resistência
mecânica a compressão devido a sua função estrutural assumida
no material composto concreto armado. A NBR-12655:2015
estabelece as dimensões e procedimentos para o ensaio de
compressão simples realizado em corpos de provas (CPs), já que
a forma do corpo de prova e a duração do ensaio são dois fatores
básicos que interfere a resistência à compressão. É recomendado
pela norma o corpo de prova cilíndrico padronizado, com 15 cm
de diâmetro e 30 cm de altura.
Resistência característica do concreto a compressão ( 𝑓𝑐𝑘 ): O
cálculo da resistência de dosagem deve ser feito a partir de
resultados de ensaios feitos em um grande número de obras, esta
variabilidade é medida pelo desvio-padrão, 𝑆𝑑 , é levada em conta
no cálculo segundo a equação:
𝑓𝑐𝑗 = 𝑓𝑐𝑘 + 1,65 𝑆𝑑 (2)
Onde,
𝑓𝑐𝑗 = é a resistência média do concreto à compressão, prevista
para idade j dias, em MPa;
𝑓𝑐𝑘 = é a resistência característica do concreto à compressão, em
MPa;
𝑆𝑑 = é o desvio-padrão da dosagem, em MPa.
De acordo com a NBR12655:2015 o cálculo da resistência de
dosagem do concreto depende, entre outras variáveis, das
condições de preparo do concreto, definidas a seguir:
Condição A (aplicável às classes C10 até C80): o cimento e o os
agregados são medidos em massa, a água de amassamento é
medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida
em função da umidade dos agregados;
Condição B:
- Aplicável às classes C10 até C25 - o cimento é medido em massa,
a água de amassamento é medida em volume mediante
dispositivo dosador e os agregados medidos em massa
combinada com volume;
CONCRETO ARMADO
TERMOS E DEFINIÇÕES
CONCRETO
2
- Aplicável às classes C10 até C20 - o cimento é medido em massa,
a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo
dosador e os agregados medidos em volume. A umidade do
agregado miúdo é determinada pelo menos três vezes durante o
serviço do mesmo turno de concretagem. O volume de agregado é
corrigido através da curva de inchamento estabelecida
especificamente para o material utilizado;
Condição C (aplicável apenas aos concretos de classe C10 e C15):
o cimento é medido em massa, os agregados são medidos em
volume, a água de amassamento é medida em
Ainda de acordo com a NBR12655:2005, no início da obra ou em
qualquer outra circunstância em que não se conheça o valor do
desvio-padrão 𝑆𝑑 , deve-se adotar para o cálculo da resistência de
dosagem os valores apresentados na Tabela 1, de acordo com a
condição de preparo, que deve ser mantida permanentemente
durante a construção. Mesmo quando o desvio-padrão seja
conhecido, em nenhum caso o mesmo pode ser adotado menor
que 2,0 MPa.
Tabela 1 – Desvio- padrão a ser adotado em função da condição
de preparo do concreto.
Condição de preparo do concreto
Desvio-padrão
(Mpa)
A 4,0
B 5,5
C¹ 7,0
¹ Para condição de preparo C, e enquanto não se conhece o desvio-padrão,
exige-se para os concretos de classe C15 um consumo mínimo de 350 Kg de
cimento por metro cúbico.
Fonte: Adaptado de ABNT, 2015.
Massa específica (𝝆𝒄)
A norma se aplica aos concretos de massa específica normal, ou
seja, quando secos em estufa apresentam massa específica entre
2.000 e 2.800 kg/m³.
Quando a massa específica não for conhecida, adota-se, para
cálculo, 2.400 kg/m³ para o concreto simples e 2.500 kg/m³ para o
concreto armado.
Diagrama tensão-deformação
A NBR 6118:2014, no item 8.2.10.1, apresenta o seguinte diagrama
tensão-deformação, para compressão, analisando-se o estado-
limite último:
Figura 1– Diagrama tensão-deformação idealizado
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Para este diagrama, a tensão de compressão no concreto é obtida
pela fórmula:𝜎𝑐 = 0,85𝑓𝑐𝑑 [1 − (1 −
𝜀𝑐
𝜀𝑐2
)
𝑛
] (3)
Sendo,
para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 𝑀𝑃𝑎 ∴ 𝑛 = 2 (3.a)
para 𝑓𝑐𝑘 > 50 𝑀𝑃𝑎 ∴ 𝑛 = 1,4 + 23,4 [
(90−𝑓𝑐𝑘)
100
]
4
(3.b)
Onde,
𝑓𝑐𝑘 = Resistência Característica do Concreto à Compressão
(expresso em 𝑀𝑃𝑎).
Para os valores de 𝜀𝑐2 (deformação específica de encurtamento do
concreto no início do patamar plástico) e 𝜀𝑐𝑢 (deformação
específica de encurtamento do concreto na ruptura) tem-se, de
acordo com a norma:
- Concretos de classes até C50:
𝜀𝑐2 = 2,0‰ (4)
𝜀𝑐𝑢 = 3,5‰ (5)
- Concretos de classes C55 até C90:
𝜀𝑐2 = 2,0‰ + 0,085‰(𝑓𝑐𝑘 − 50)0,53 (6)
𝜀𝑐𝑢 = 2,6‰ + 35‰ [
90−𝑓𝑐𝑘
100
]
4
(7)
Sendo 𝑓𝑐𝑘 expresso em 𝑀𝑃𝑎.
Resistência do concreto à tração direta (𝒇𝒄𝒕)
De acordo com a NBR 6118:2014, a resistência à tração direta do
concreto (𝑓𝑐𝑡) pode ser obtida pelas fórmulas:
𝑓𝑐𝑡 = 0,9𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 (8)
𝑓𝑐𝑡 = 0,7𝑓𝑐𝑡,𝑓 (9)
Sendo:
𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 = resistência do concreto à tração indireta;
𝑓𝑐𝑡,𝑓 = resistência do concreto à tração na flexão.
Na falta de ensaios para obtenção dos valores de 𝑓𝑐𝑡,𝑠𝑝 e 𝑓𝑐𝑡,𝑓 ,
calcula-se a resistência média à tração 𝑓𝑐𝑡,𝑚 por meio das fórmulas:
- Concretos de classes até C50:
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 0,3𝑓𝑐𝑘
2/3 (10)
- Concretos de classes C55 até C90:
𝑓𝑐𝑡,𝑚 = 2,12 ln(1 + 0,11 𝑓𝑐𝑘) (11)
Sendo𝑓𝑐𝑡,𝑚 e 𝑓𝑐𝑘 expresso em 𝑀𝑃𝑎.
Quanto aos valores inferior e superior para a resistência
característica à tração tem-se:
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 = 0,7𝑓𝑐𝑡,𝑚 (12)
𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑠𝑢𝑝 = 1,3𝑓𝑐𝑡,𝑚 (13)
Módulo de Deformação Tangente inicial (𝑬𝒄𝒊)
A fórmula do Módulo de elasticidade para o concreto é aplicado
apenas à parte retilínea da curva tensão-deformação ou, se a parte
3
retilínea não existir, a fórmula é aplicada à tangente da curva na
origem, então se tem o módulo de deformação tangente inicial
(𝐸𝑐𝑖 ) (Figura 2). Este módulo pode ser obtido segundo o ensaio
estabelecido na NBR 8522:2008 – Concreto – Determinação do
módulo estático de elasticidade à compressão, ou pode ser
estimado através da fórmula:
- Concretos de classes até C50:
𝐸𝑐𝑖 = 𝛼𝐸 5600 𝑓𝑐𝑘
1/2 (14)
- Concretos de classes C55 até C90:
𝐸𝑐𝑖 = 21,5.10³ 𝛼𝐸 [
𝑓𝑐𝑘
10
+ 1,25]
1/3
(15)
Sendo:
𝛼𝐸= 1,2 para basalto e diabásio;
𝛼𝐸= 1,0 para granito e gnaisse;
𝛼𝐸= 0,9 para calcário;
𝛼𝐸= 0,7 para arenito;
𝐸𝑐𝑖 e 𝑓𝑐𝑘 expresso em 𝑀𝑃𝑎.
Módulo de Deformação Secante (𝑬𝒄𝒔)
Pode-se adotar um módulo de elasticidade único, à tração e à
compressão, igual ao módulo de elasticidade secante (𝐸𝑐𝑠 ) para
avaliar o comportamento de um elemento estrutural ou de uma
ação transversal. Para análises elásticas, determinação de esforços
solicitantes e verificação de limites de serviço deve-se adotar a
fórmula:
𝐸𝑐𝑠 = 𝛼𝑖 𝐸𝑐𝑖 (16)
Onde:
𝛼𝑖 = 0,8 + 0,2
𝑓𝑐𝑘
10
≤ 1,0 (17)
Sendo 𝑓𝑐𝑘 expresso em 𝑀𝑃𝑎.
A Tabela 2 apresenta valores arredondados que podem ser
encontrados por meio das fórmulas anteriormente citadas.
Tabela 2 – Valores estimados do módulo de elasticidade em
função da resistência característica à compressão do concreto
(considerando o uso do granito como agregado graúdo)
Classes C20 C30 C40 C50 C60 C70 C80 C90
𝑬𝒄𝒊(GPa) 25 31 35 40 42 43 45 47
𝑬𝒄𝒔(GPa) 21 27 32 37 40 42 45 47
𝜶𝒊 0,85 0,88 0,90 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Figura 2 – Módulo de elasticidade e deformação do concreto.
Fonte: Adaptado de BATTAGIN, 2007.
Segundo a 6118: 2014, O módulo de elasticidade secante (𝐸𝑐𝑠) a ser
utilizado nas análises elásticas de projeto, especialmente para
determinação de esforços solicitantes e verificação de estados
limites de serviço, deve ser calculado pela expressão:
𝐸𝑐𝑠 = 𝑜, 85𝐸𝑐𝑖 (14)
Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou
seção transversal pode ser adotado um módulo de elasticidade
único, à tração e à compressão, igual ao módulo de elasticidade
secante (𝐸𝑐𝑠). Na avaliação do comportamento global da estrutura
pode ser utilizado em projeto o módulo de deformação tangente
inicial (𝐸𝑐𝑖).
Para tensões de compressão menores que 0,5. 𝑓𝑐 pode-se admitir
uma relação linear entre tensões e deformações, adotando-se para
módulo de elasticidade o valor secante (𝐸𝑐𝑖).
Coeficiente de Poisson (𝝊) e módulo de elasticidade transversal do
concreto (𝑮𝒄)
De acordo com a norma, em casos de tensões de compressão
menores que 0,5. 𝑓𝑐 e de tração menores que 𝑓𝑐𝑡 , adota-se, para
coeficiente de Poisson (𝜐 ), o valor de 0,2 e para o módulo de
elasticidade transversal (𝐺𝑐) tem-se:
𝐺𝑐 =
𝐸𝑐𝑠
2,4
(18)
O aço utilizado no concreto armado segue parâmetros estipulados
pelas normas NBR 7480:2007 e NBR 6118:2014. A seguir,
classificações e dados sobre o aço.
Categoria
Para elaboração de projetos estruturais em concreto armado, são
utilizados aços classificados como CA-25 e CA-50 para barras, ou
CA-60 para fios, significando, essa denominação: CA= Concreto
Armado + número que se segue = valor característico da resistência
de escoamento do aço em kN/cm² ou kgf/mm². Quanto às
características das barras, a NBR 7480:2007 estipula a
características das barras e dos fios.
Tipo de superfície aderente
Os fios e barras de aços utilizados no concreto armado podem ter
superfícies lisas, entalhadas ou providas de saliências ou mossas. A
capacidade aderente entre aço e concreto está relacionada ao
coeficiente 𝜂1, sendo, este, estabelecido pela NBR 6118:2014 no
item 8.3.2, sendo demonstrado na Tabela 1:
Tabela 3 – Valor do coeficiente de aderência 𝜼𝟏
Tipo de superfície ƞ1
Lisa (CA-25) 1,0
Entalhada (CA-60) 1,4
Nervurada (CA-50) 2,25
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Massa específica (𝝆)
Adota-se, para aço de armadura passiva ou ativa, massa específica
no valor de 7.850 kg/m³.
Módulo de elasticidade
Quando não forem estabelecidos por ensaios, o módulo de
elasticidade do aço de armadura passiva (𝐸𝑠) pode ser adotado
como 210 𝐺𝑃𝑎 (2,1𝑥106 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²). Para módulo de elasticidade
do aço de armadura ativa (Ep), pode-se considerar o valor de
200 𝐺𝑃𝑎 (2,0𝑥106 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚²) para fios e cordoalhas.
Aço
4
Diagrama tensão-deformação
A NBR ISO 6892-1 estipula os ensaios de tração a serem realizados
para obtenção do diagrama tensão-deformação para aços de
armaduras passivas, valores característicos da resistência ao
escoamento (𝑓𝑦𝑘), resistência à tração (𝑓𝑠𝑡𝑘) e deformação última
de ruptura (𝜀𝑢𝑘). Em casos nos quais o aço não apresentar patamar
de escoamento, adota-se o valor de 𝑓𝑦𝑘de 0,2%.
Para compressão e tração, aços com ou sem patamar de
escoamentoe em intervalos de temperatura entre -20ºC e 150ºC,
analisando-se os estados-limite de serviço e último, pode-se utilizar
o diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas
proposto na NBR 6118:2014:
Figura 3 – Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras
passivas
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Quanto ao aço de armadura ativa, tratando-se das cordoalhas,
deve-se obedecer ao estabelecido na NBR 7483 que estipula os
valores característicos da resistência ao escoamento convencional
(𝑓𝑝𝑦𝑘), resistência à tração (𝑓𝑝𝑡𝑘) e alongamento após ruptura (𝜀𝑢𝑘).
Para os valores referentes aos fios, deve-se seguir a NBR 7482. Em
intervalos de temperatura entre -20ºC e 150ºC, analisando-se os
estados-limite de serviço e último, pode-se utilizar o diagrama
tensão-deformação para aços de armaduras ativas proposto na
NBR 6118:2014:
Figura 4 – Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras
ativas
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
A seguir, breve apresentação teórica e formulação para cálculo das
resistências mais utilizadas em elementos de concreto armado
presentes no item 12 da NBR 6118:2014.
Resistência de cálculo do concreto (𝒇𝒄𝒅)
A resistência de cálculo do concreto ( 𝑓𝑐𝑑 ), quando obtida por
verificação realizada em data igual ou superior a 28 dias, é obtida,
segundo NBR 6118:2014, pela fórmula:
𝑓𝑐𝑑 =
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
(19)
Sendo:
𝑓𝑐𝑘 = resistência característica do concreto à compressão;
𝛾𝑐 = coeficiente de ponderação do Concreto.
Para cálculo da tensão de pico pelo diagrama tensão-deformação,
para qualquer tipo de seção e classe de concreto, deve-se
considerar o coeficiente de Rüsch, chegando-se à fórmula:
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 = 0,85. 𝑓𝑐𝑑 = 0,85.
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
(20)
Segundo Camacho (2006), os ensaios rápidos de compressão axial
ou de flexão, geralmente define os diagramas tensão-deformação
do concreto. Observa-se quando a tensão de ruptura é alcançada
nos ensaios de compressão axial, tem-se uma deformação
especifica da ordem de 2‰. Já nos ensaios de flexão, essa
deformação varia entre os limites de 3‰ a 6‰.
Os ensaios realizados pelo pesquisador Rüsch, mostraram que o
concreto submetido a um carregamento com baixa velocidade de
crescimento, apresenta uma diminuição de resistência de até 20%
em relação aos valores obtidos em ensaios rápidos, modificando-se
também os valores últimos das deformações.
Figura X– Velocidade de carregamento do concreto
Fonte: CAMACHO, 2006.
Onde,
𝑓𝑐 = resistência do concreto à compressão num ensaio rápido;
𝜀𝑐= encurtamento relativo do concreto;
𝜎𝑐= tensão no concreto durante o ensaio;
𝑡= duração do carregamento.
A Figura X mostra que não haverá ruptura imediata se o corpo de
prova for carregado de forma rápida até atingir o ponto A, e a carga
for mantida constante, porém as deformações irão crescendo até
que ocorra a ruptura do concreto comprimido.
De forma semelhante, haverá um acréscimo de deformação no
corpo de prova com o tempo, se a carga for conduzida e mantida
até o ponto B, porém sem que se verifique a ruptura do mesmo.
Admite-se que no estado último as tensões de compressão na
seção transversal tenham uma distribuição de acordo com o
diagrama parábola-retângulo representada na Figura 5.
Figura 5 – Diagrama de tensões Parábola-Retângulo
RESISTÊNCIAS
5
Fonte: Elaborada pelos autores.
Para simplificação, a NBR 6118:2014 permite utilizar o diagrama
retangular representada na Figura 6, para cálculo das tensões no
concreto, resultando, nos casos em que a largura da seção
transversal não diminuir da linha neutra para a borda mais
comprimida, em uma tensão constante obtida pela fórmula:
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 = 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 = 𝛼𝑐 .
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
(21)
Figura 6 – Diagrama de tensões Retangular
Fonte: Elaborada pelos autores.
Para caso contrário, como seção circular, utiliza-se, para cálculo da
tensão constante, a fórmula:
𝜎𝑐 = 𝑓𝑐 = 0,9. 𝛼𝑐 . 𝑓𝑐𝑑 = 0,9. 𝛼𝑐 .
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
(22)
Tem-se para as Fórmulas 21 e 22:
Concretos de classes até C50:
𝛼𝑐 = 0,85 (23)
Concretos de classes C55 até C90:
𝛼𝑐 = 0,85. [1 −
(𝑓𝑐𝑘−50)
200
] (24)
Sendo 𝑓𝑐𝑘 expresso em 𝑀𝑃𝑎.
Resistência de escoamento de cálculo (𝒇𝒚𝒅)
A resistência de escoamento de cálculo (𝑓𝑦𝑑) é obtida pela fórmula:
𝑓𝑦𝑑 =
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑠
(25)
Sendo:
𝑓𝑦𝑑 = tensão de escoamento de cálculo;
𝑓𝑦𝑘 = resistência característica de escoamento;
𝛾𝑠 = coeficiente de ponderação das resistências do aço.
A norma NBR 6118:2014, em seu item 12.4.1, estabelece os
coeficientes de ponderação das resistências no estado-limite
último por meio da tabela:
Tabela 4 – Valores dos coeficientes 𝛾𝑐 e 𝛾𝑠
Combinações
Concreto Aço
Normais 1,4 1.15
Especiais ou de construção 1,2 1,15
Excepcionais 1,2 1,0
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
A durabilidade das estruturas de concreto mostra-se afetada,
significativamente, pela agressividade do ambiente, relacionando-
se, esta, às ações físicas (ex: variações de temperatura e ação da
água) e químicas (ex: águas ácidas, sulfatos e cloretos) que atuam
sobre as estruturas de concreto. Para classificação em relação à
agressividade ambiental, a norma estabelece, em seu item 6.4.2
representada pela tabela 3:
Tabela 5 – Classes de agressividade ambiental (CAA)
Classe de
agressividade
ambiental
(CAA)
Agressividade
Classificação
geral do tipo de
ambiente para
efeito de projeto
Risco de
deterioração
da estrutura
I Fraca
Rural
Insignificante
Submersa
II Moderada
Urbana a,b
Pequeno
III Forte
Marinhaa
Grande
Industriala,b
IV Muito Forte
Industriala,c
Elevado Respingos de
maré
a Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma acima) para
ambientes internos secos como salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de
serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com
concreto revestido com argamassa e pintura.
b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma acima) em obras em
regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65%, partes
da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente secos ou regiões
onde raramente chove.
C Ambientes quimicamente agressivos como tanques industriais, galvanoplastia,
branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes e
indústrias químicas.
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Os cobrimentos nominais de uma barra (𝑐𝑛𝑜𝑚), que referem-se ao
cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução Δc (maior
ou igual a 10mm, salvo quando houver controle rígido de
qualidade), devem seguir as condições estabelecidas na NBR
6118:2014, item 7.4.7.5:
∅𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎
𝑐𝑛𝑜𝑚 ≥ ∅𝑓𝑒𝑖𝑥𝑒 (26)
0,5. ∅𝑏𝑎𝑖𝑛ℎ𝑎
Sendo:
∅𝑓𝑒𝑖𝑥𝑒 Obtido pela fórmula:
∅𝑓𝑒𝑖𝑥𝑒 = ∅𝑛 = ∅𝑓. √𝑛 (27)
Onde:
∅𝑛= diâmetro equivalente;
∅𝑓= diâmetro das barras do feixe;
𝑛 = número de barras do feixe;
Relacionada ao cobrimento nominal, está a dimensão máxima
característica do agregado graúdo utilizado no concreto, sendo,
esta, estipulada pela NBR 6118:2014, item 7.4.7.6, por meio da
fórmula:𝑑𝑚á𝑥 ≤ 1,2. 𝑐𝑛𝑜𝑚 (28)
Sendo:
AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE
𝛾𝑐
'
𝛾𝑠
6
𝑑𝑚á𝑥= dimensão máxima característica do agregado graúdo;
𝑐𝑛𝑜𝑚 = cobrimento nominal.
A Tabela 4, retirada do item 7.4.7.2 da NBR 6118:2014, relaciona o
cobrimento nominal à classe de agressividade ambiental:
Tabela 6 – Correspondência entre a classe de agressividade
ambiental (CAA) e o cobrimento nominal para Δc=10mm.
Tipo de
Estrutura
Componente ou
elemento
CAA
I II III IVc
Cobrimento
nominal (mm)
Concreto
armado
Lajeb 20 25 35 45
Viga / Pilar 25 30 40 50
Elementos estruturais
em contato com o solod
30 40 50
Concreto
Protendido
a
Laje 25 30 40 50
Viga / Pilar 30 35 45 55
a Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da
armadura passiva deve respeitar os cobrimentos para concreto armado.
b Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de
contrapiso, com revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de
revestimento e acabamento, como pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos,
pisos asfálticos e outros, as exigências desta Tabela podem ser substituídas pelas
condições apresentadas para o cobrimento nominal, respeitando um cobrimento
nominal ≥ 15mm.
c Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de
tratamento de água e esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes
química e intensamente agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de
agressividade IV.
d No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a
armadura deve ter cobrimento nominal ≥ 45mm.
Fonte: Adaptado de ABNT, 2014.
Por meio da análise dos diagramas de deformação, chegou-se aos
domínios de deformação, sendo, estes, descritos na NBR
6118:2014, no item 17.2.2:
Figura 7 – Domínios de estado-limite último de uma seção
transversal
Ruptura convencional por deformação plástica excessiva:
- reta a: tração uniforme;
- domínio 1: tração não uniforme, sem compressão;
- domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à
compressão do concreto (𝜀𝑐do concreto;
𝑏 = base da seção retangular;
𝑑 = altura útil da seção retangular;
𝑓𝑦𝑑 = tensão de escoamento de cálculo;
K e K’ = parâmetros adimensionais que medem as intensidades dos
momentos fletores externo e interno, respectivamente.
A altura útil da seção retangular (d) é obtida pela fórmula:
𝑑 = ℎ − 𝑑′ (32)
Sendo:
ℎ = altura da seção retangular;
𝑑′ dado pela fórmula:
𝑑′ = 𝐶𝑛𝑜𝑚 + ∅𝑡 +
∅𝐿
2
(33)
Sendo:
𝐶𝑛𝑜𝑚= cobrimento nominal;
∅𝑡 = diâmetro da barra de armadura transversal (estribo);
∅𝐿 = diâmetro da barra de armadura longitudinal.
Figura 22 – Seção retangular
Fonte: Elaborada pelos autores.
Para cálculo do parâmetro K, tem-se:
𝐾 =
𝑀𝑑
𝑓𝑐.𝑏.𝑑2 =
𝑀.1,4
𝑓𝑐.𝑏.𝑑2 (34)
Onde:
𝑀𝑑= momento de cálculo.
Para análise do valor de 𝐾′ a ser utilizado para cálculo de 𝐴𝑠1 e
𝐴𝑠2, considera-se:
𝐾 ≤ 𝐾𝐿 → 𝐾′ = 𝐾
(35)
𝐾 > 𝐾𝐿 → 𝐾′ = 𝐾𝐿
Sendo 𝐾𝐿, considerando-se um adequado comportamento dúctil,
obtido pela fórmula:
𝐾𝐿 = 𝐾′𝐿 = 𝛼𝐿 (1 −
𝛼𝐿
2
) (36)
Onde:
𝛼𝐿 = (
𝑦
𝑑
)
𝐿
= 𝜆 (
𝑥
𝑑
)
𝐿
(37)
SEÇÃO RETANGULAR
9
Para um adequado comportamento dútil em vigas e lajes, a NBR
6118:2014 estabelece para posição da linha neutra no ELU os
limites:
- Concretos de classes até C50:
𝑥
𝑑
≤ 0,45 (38)
- Concretos de classes C55 até C90:
𝑥
𝑑
≤ 0,35 (39)
As tensões na seção transversal de um elemento em concreto
resultam em um diagrama parábola-retângulo com tensão de pico
de 0,85.fcd. Para simplificação, a NBR 6118:2014 permite trabalhar
com um diagrama retangular de profundidade obtida pela fórmula:
𝑦 = 𝜆𝑥 (40)
Sendo:
- Concretos de classes até C50:
𝜆 = 0,8 (41)
- Concretos de classes C55 até C90:
𝜆 = 0,8 −
(𝑓𝑐𝑘−50)
400
(42)
Sendo 𝑓𝑐𝑘 expresso em MPa.
Utilizando-se as fórmulas citadas, chega-se à tabela para os valores
de 𝐾𝐿 considerando-se a situação de adequado comportamento
dúctil:
Tabela 7 – Valores de 𝑲𝑳.
Classe Λ (x/d)L αL KL
≤ C50 0,8000 0,45 0,360 0,295
C55 0,7875 0,35 0,276 0,238
C60 0,7750 0,35 0,271 0,234
C65 0,7625 0,35 0,267 0,231
C70 0,7500 0,35 0,263 0,228
C75 0,7375 0,35 0,258 0,225
C80 0,7250 0,35 0,254 0,222
C85 0,7125 0,35 0,249 0,218
C90 0,7000 0,35 0,245 0,215
Fonte: Elaborada pelos autores.
A relação d’/d é obtida por meio da fórmula utilizada para cálculo
do nível de tensão na armadura comprimida (φ), que é sempre
menor ou igual a 1:
𝜑 =
𝜎′𝑠𝑑
𝑓𝑦𝑑
=
(
𝑥
𝑑
)
𝐿
−(
𝑑′
𝑑
)
(
𝑥
𝑑
)
𝐿
.
𝜀𝑐𝑢.𝐸𝑠
𝑓𝑦𝑑
≤ 1 (43)
Considerando-se φ = 1, tem-se:
Tabela 8 – Valores para a relação d’/d
Classe CA 25 CA 50 CA 60
≤ C50 0,317 0,184 0,131
C55 0,234 0,118 0,072
C60 0,224 0,099 0,049
C65 0,218 0,085 0,032
C70 0,214 0,077 0,023
C75 0,212 0,073 0,018
C80 0,211 0,072 0,016
C85 0,211 0,071 0,016
C90 0,211 0,071 0,016
Fonte: Elaborada pelos autores.
Para casos nos quais haja 𝐴𝑠2 , deve-se calcular a armadura de
compressão 𝐴′𝑠 pela fórmula:
𝐴′𝑠 =
𝐴𝑠2
𝜑
(44)
Sendo,
𝐴𝑠2 obtido pela Fórmula 31;
𝜑 obtido pela Fórmula 44.
Nas estruturas de concreto armado, mostra-se muito frequente a
utilização de seções geométricas em T ou L. Estas seções são
compostas por uma nervura ou alma de largura 𝑏𝑤 e uma mesa de
largura 𝑏𝑓 . No entanto, essas estruturas só podem ser
consideradas como seções em T ou L se a mesa estiver comprimida.
Nos casos em que ela não demonstrar tal comportamento, a seção
se comportará como retangular de largura 𝑏𝑤.
Para casos nos quais a profundidade da linha neutra seja menor ou
igual à altura da mesa (y ≤ ℎ𝑓 ), a seção é considerada como
retangular de largura 𝑏𝑓.
Figura 23 – Diagrama para seção retangular
Fonte: Elaborada pelos autores.
Para obtenção da área de aço 𝐴𝑠 necessária para a armadura,
utiliza-se a mesma fórmula empregada para seções retangulares
(ver Fórmula 29). Quanto às parcelas para cálculo do 𝐴𝑠 (𝐴𝑠1 e
𝐴𝑠2), utiliza-se para 𝐴𝑠2 a Fórmula 31 e para 𝐴𝑠1 tem-se:
𝐴𝑠1 =
𝑓𝑐 .𝑏𝑓.𝑑
𝑓𝑦𝑑
. [(1 − √1 − 2𝑘′) + (
𝑏𝑓
𝑏𝑤
− 1) .
ℎ𝑓
𝑑
] (45)
Sendo,
𝑓𝑐 = resistência final de cálculo do concreto;
𝑏 = base da seção retangular;
𝑑 = altura útil da seção retangular;
𝑓𝑦𝑑= tensão de escoamento de cálculo;
𝑏𝑓 = largura da mesa;
𝑏𝑤 = largura da nervura;
ℎ𝑓 = altura da mesa;
K obtido pela fórmula:
𝐾 =
𝑀𝑑
𝑓𝑐.𝑏.𝑑
2 − (
𝑏𝑓
𝑏𝑤
− 1) . (
ℎ𝑓
𝑑
) . (1 −
ℎ𝑓
2𝑑
) (46)
Para análise do valor de K’ a ser utilizado para cálculo de 𝐴𝑠1 𝐴𝑠2,
são obedecidas as mesmas condições da seção retangular (35). Para
cálculo de 𝐾𝐿 , considerando-se um adequado comportamento
SEÇÃO T ou L
10
dútil, utiliza-se a Fórmula 36 apresentada para as seções
retangulares, chegando-se aos mesmos valores de 𝐾𝐿 que os já
calculados (ver Tabela 7).
Para casos nos quais haja 𝐴𝑠2, deve-se calcular a armadura de
compressão A’s utilizando-se Fórmula 44.
Roteiro para cálculo de vigas T
𝑀𝑟𝑒𝑓 = 𝑅𝑐𝑐 . (𝑑.
ℎ𝑡
2
)
1) Verificar se a viga pode ser T (Existe compressão na
mesa?).
2) Cálculo do bf
𝑏𝑓 = 𝑏1 + 𝑏𝑤 + 𝑏1 = 𝑏𝑓
𝑏𝑓 = 𝑏3 + 𝑏𝑤 + 𝑏3 = 𝑏𝑓
𝑏𝑓 = 𝑏1 + 𝑏𝑤 + 𝑏3 = 𝑏𝑓
𝑏3 ≤ {
0,10. 𝑎
𝑏4
𝑏1 ≤ {
0,10. 𝑎
0,5. b2
3) Cálculo do M referência
𝑀𝑟𝑒𝑓 = 𝑓𝑐 . 𝑏𝑓 . ℎ𝑓 . (𝑑 −
ℎ𝑡
2
)
4) Comparar𝑀𝑟𝑒𝑓 com 𝑀𝑑.
4.1) Se 𝑀𝑑 𝑀𝑟𝑒𝑓, a linha neutra desce cortando a nervura. Usam-
se as formulas da pagina 9 da apostila.
Segue quadro de conversão de unidades mais comumente
utilizadas:
Quadro 1 – CONVERSÃO DE UNIDADES
Tendo
Multiplicar por
Obtém
Tf 10 kN
Tf 1.000 Kgf
Kgf 1/100 kN
Kgf 10 N
kN 1000 N
Kgf/cm² 1/10 MPa
CONVERSÃO DE UNIDADES
11
Kgf/cm² 100 kN/m²
Kgf/cm² 1/10 MN/m²
Kgf/cm² 10 N/cm²
Kgf/cm² 1/100 kN/cm²
tf/m² 10 kN/m²
tf/m² 1/100 MPa
tf/m² 1/10 Kgf/cm²
tf/m³ 10 kN/m³
MPa 1.000 KN/m²
MPa 1 MN/m²
MPa 1/10 KN/cm²
m³ 1.000 L
tf.m 10.000 Kgf.cm
Kg 1.000 G
m² 10.000 cm²
H 3.600 S
Obtém
Dividir por
Tendo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Admitindo-se que o concreto armado é um material heterogêneo e
anisotrópico, o seu comportamento estrutural não respeita
minunciosamente as previsões da mecânica dos sólidos clássica,
dificultando assim sua análise. Em função disso, este texto
procurou relatar apenas conceitos bem consolidados no meio
técnico-científico, sendo objetivo dos autores disponibilizarempara a comunidade em geral um material de consulta prático.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655:
Concreto de cimento Portland - Preparo, controle, recebimento e
aceitação – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118:
Projeto de Estruturas de Concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7480: Aço
destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –
Especificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8522:
Concreto – Determinação do módulo estático de elasticidade à
compressão. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.
BASTOS, P.S.S. Notas de aula da disciplina: Fundamentos do
Concreto Armado. UNESP: Bauru, 2011. Disponível em:
Acesso em 22 mar. 2015.
BATTAGIN, Inês Laranjeira da S. Módulo de Elasticidade do
Concreto como Analisar e Especificar. 2007. Disponível em:
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CAMACHO, Jefferson S. Notas de aula da disciplina: Introdução ao
estudo do concreto armado. UNESP: Ilha Solteira, 2006. Disponível
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PINHEIRO, Libânio M.; MUZARDO, Cassiane D.; SANTOS, Sandro P.
Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios: Capítulo 2. São
Paulo: EduFSCar, 2007 . Disponível em:
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CARVALHO, Carlos Chust; FILHO, Jasson R. de Figueredo. Cálculo e
detalhamento de estruturas usuais de concreto armado: segundo
a NBR 6118:2003. 3. Ed. São Paulo: EduFSCar, 2010.
PORTO, Thiago B.; FERNANDES, Danielle S. G. Projeto Estrutural de
um Edifício em Concreto Armado. Belo Horizonte: FUMARC, 2014.
PORTO, Thiago B.; FERNANDES, Danielle S. G. Curso básico de
concreto armado: conforme NBR 6118:2014. São Paulo: Oficina de
Textos, 2015.
SILVA, N.A. Concreto Armado I. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
SILVA, N.A. Notas de aula da disciplina: Concreto Armado I. Belo
Horizonte: UFMG, 2014.
Autores:
Danielle Stefane Gualberto Fernandes (Arquiteta e Urbanista/
Engenheira Civil)
Denise Christie de O. Capanema (Graduanda de Engenharia Civil)
Tatiana Aparecida Rodrigues Costa (Graduanda de Engenharia Civil)
Thiago Bomjardim Porto (Professor do Departamento de
Engenharia Civil)
Editor: Thiago Bomjardim Porto (Professor do Departamento de
Engenharia Civil).
Apoio: Consmara Engenharia
www.consmara.com.br
Versão: 28/08/2015
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRÉDITOS
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/FUNDAMENTOS.pdf
http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/FUNDAMENTOS.pdf
http://www.abece.com.br/Eventos_EM_3_2007.pdf
http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/Apost_EESC_USP_Libanio.pdf
http://coral.ufsm.br/decc/ECC1006/Downloads/Apost_EESC_USP_Libanio.pdf
http://www.consmara.com.br/