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Estudo de Impacto de Vizinhança

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ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA - EIV
ESPAÇO ABERTO PARA EVENTOS (EAE) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
VIÇOSA – MINAS GERAIS 
JUNHO DE 2005
Equipe Elaboradora:
Elias Silva
Engenheiro Florestal – CREA 39.371/D-MG (Coordenador)
Contato: Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, Minas Gerais, CEP 36.571-000, 0XX3138991198 (telefone), 0XX3138992478 (fax), eshamir@ufv.br.
Alexandre Francisco da Silva 
Bacharel em Ecologia – CRB 08.842/90
Aline Werneck Barbosa de Carvalho 
Engenheira Arquiteta – CREA 25.127/D-MG
Guido Assunção Ribeiro
 Engenheiro Florestal – CREA 69.121/D-MG
Colaborador:
Ricardo Luiz Noce 
 Funcionário da Pró-Reitoria de Administração da Universidade Federal de Viçosa
CONTEÚDO
 
 Página
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E OBJETIVO DO DOCUMENTO.......................4
2. IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO............................5
3. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA.................8
4. DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA...........9
5. IMPACTOS DE VIZINHANÇA E MEDIDAS MITIGADORAS E POTENCIALIZADORAS...............................................................................................13
6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES................................................................20
7. SÍNTESE CONCLUSIVA ..........................................................................................22
ANEXOS..........................................................................................................................23 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E OBJETIVO DO DOCUMENTO
	É por demais conhecido o fato de que a Universidade Federal de Viçosa (UFV) realiza em seu Campus um grande número de eventos, em vista de demandas acadêmicas e de caráter social. 
Estes eventos possuem as mais diversas finalidades, envolvendo não apenas a comunidade acadêmica e visitantes interessados – até do exterior -, mas também outras pessoas que vivem em Viçosa e região. Ocorrem durante os períodos letivos e até mesmo em épocas de férias. Assim, são comuns eventos ligados à trilogia Ensino, Pesquisa e Extensão, tais como Congresso, Simpósio, Workshop, Recepção de Estudantes do Nível Secundário, Show, Festival e Formatura, dentre outros.
Como conseqüência desta demanda, que poderá, ao longo do tempo, implicar na limitação à realização de eventos dada a atual oferta de espaços, com evidentes prejuízos acadêmicos e sociais, há o inconveniente de, ao se concentrar pessoas em algumas áreas, aumentar o desgaste das mesmas. Nestes termos, surge a idéia do presente empreendimento, aqui denominado de Espaço Aberto para Eventos (EAE) da UFV.
Com base no exposto, o objetivo central deste documento é servir de subsídio para o licenciamento do citado empreendimento junto aos órgãos e às instâncias cabíveis. Para tanto, traz informações pertinentes a um Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), conforme preconiza a Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001 (BRASIL, 2001). 
2. IDENTIFICAÇÃO E DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Nome:
Espaço Aberto para Eventos (EAE) da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Identificação do Empreendedor e Endereço para Contato:
Universidade Federal de Viçosa (CNPJ 25.944.455/0001-96, Inscrição Estadual Isenta), Pró-Reitoria de Administração, Diretoria de Projetos e Obras, Edifício Arthur da Silva Bernardes, Campus Universitário, Viçosa, Minas Gerais, CEP 36.571-000, 0XX3138992195 (telefone), 0XX3138992178 (fax), pda@ufv.br.
Responsável Técnico pela UFV no Acompanhamento do Empreendimento de Terraplanagem: 
Rômulo Laurindo Lopes de Freitas, CREA 54.162/D-RJ, Diretor de Projetos e Obras, Pró-Reitoria de Administração da Universidade Federal de Viçosa.
Identificação da Empreiteira (Terraplanagem) e do seu Responsável Técnico:
Tectum Engenharia Ltda. (CNPJ 01.043.908/0001-45, Inscrição Estadual 062.960.268.00-66, Inscrição Municipal em Belo Horizonte 122.963/001-2), Rua Madalena, 21 - Bairro São Cristóvão, Belo Horizonte, Minas Gerais, CEP 31.230-640, 0XX3133444557 (telefone), Rodrigo Fiúza Botelho, Engenheiro Civil - CREA 41.457/D-MG.
Histórico do Empreendimento: 
A partir da constatação da necessidade de se construir novos espaços para abrigar eventos na UFV, a fim de atender as demandas acadêmicas e sociais, que se evidenciou sobremaneira no início de 2005, a atual Administração Superior, por meio da Pró-Reitoria de Administração, envidou esforços administrativos para construir o Espaço Aberto para Eventos (EAE). Neste estágio, abriu licitação para a realização das obras de terraplanagem, bem como elaborou o projeto a ser implantado. A vencedora do processo de licitação da terraplanagem foi a Tectum Engenharia Ltda. Optou-se por uma área de 10,61 ha, localizada no Campus da UFV, que possui localização privilegiada em termos de acesso.
Nacionalidade das Tecnologias a serem Empregadas:
Todas as tecnologias previstas na implantação do empreendimento em questão são correntemente usadas em nível nacional. O mesmo pode-se dizer para a fase de utilização (usufruto do espaço), bem como em relação aos futuros trabalhos de manutenção da infra-estrutura.
Tipo de Atividade e Porte do Empreendimento:
O tipo de atividade previsto é para abrigar eventos da UFV. A área a ser cercada possui 10,61 ha e terá 30.000m2 de área construída. Terá uma portaria na entrada e abrigará um platô com 17.250m2 para montagem de tendas, barracas e palco para show, assim como três estacionamentos para 440 vagas. Possui médio porte, se comparado a projetos similares, tanto que o cronograma da obra de terraplanagem está previsto para 90 dias.
Síntese dos Objetivos, Justificativa e Análise de Custo-Benefício:
O objetivo básico é ampliar o espaço voltado a abrigar eventos na UFV e diminuir o desgaste e a dilapidação da parte central do Campus, notadamente junto à Reserva da Biologia – fragmento florestal com cerca de 75 ha e com 78 anos de regeneração natural da vegetação. A justificativa principal é garantir a oferta de eventos acadêmicos e sociais na UFV, com a concomitante descentralização na oferta de espaços para tal finalidade. Entende-se que os custos financeiros e ambientais a serem bancados se justificam quando se consideram os benefícios que advirão da obra, além de ser um empreendimento de médio porte e se inserir em área já alterada antropicamente. 
Fases e Atividades Impactantes:
Estão previstas duas Fases para o empreendimento, ou seja, a de Implantação (corresponde ao Curto Prazo) e de Utilização (Médio/Longo Prazo).
Na fase de Implantação, são as seguintes as Atividades Impactantes previstas, as quais devem ser entendidas como as ações que têm a capacidade de modificar o meio ambiente – meios físico, biótico e antrópico, sob o prisma positivo ou negativo: 
- Trabalho Topográfico e de Ensaio de Solo: Representam ações prévias para melhor conhecimento da área, imprescindíveis à definição do polígono onde o empreendimento será efetivamente implantado. Envolvem abertura de picadas e amostragem de solo/subsolo. 
- Ocupação de Mão-de-Obra: Refere-se à utilização de pessoas que trabalharão na obra, tanto ligadas ao empreendedor quanto ao empreiteiro.
- Aquisição de Equipamentos: Refere-se à compra de diferentes equipamentos (máquinas e ferramentas em geral) para fazer face à execução dos trabalhos.
- Remoção da Vegetação Lenhosa: É o ato de remover os indivíduos lenhosos – no caso eucaliptos – da área, para serem criadas as condições de efetiva ocupação do solo. A remoção implica na derrubada, desgalhamento, destopamento e traçamento (toragem) das peças, com posterior remoção por caminhões, no sentido de se dar aproveitamento ao material. Completa-se o serviço com a destoca mecânica.
-Abertura de Vias Internas: Uso de maquinarias – tratores e caminhões – para serem abertas as vias internas da área onde o empreendimento será implantado.
- Abertura de Aceiros: Limpeza manual/mecânica da bordadura do polígono final, a fim de minimizar riscos de propagação de fogo de uma área a outra.
- Realização de Cortes na Topografia: Consiste na alteração da topografia em alguns pontos do terreno, a partir do concurso de tratores, no sentido de sistematizar a área para receber a infra-estrutura necessária. No caso, toda terra advinda do corte, será aproveitada no próprio local.
- Revegetação de Taludes: Refere-se ao plantio/semeio de vegetação herbácea nos taludes abertos, para se minimizar efeito erosivo e conferir melhor aspecto cênico. 
- Cercamento da Área: Ato de cercar todo o polígono onde o empreendimento será construído, por meio de moirões de concreto e tela de arame.
- Instalação da Infra-estrutura Básica: Ato de construir os elementos previstos – portaria, platôs e estacionamentos - e os sistemas vitais relativos à rede de água encanada, rede de esgoto e rede de escoamento de água pluvial. 
 - Implantação de Gramados e Jardins: É o ato de compor com vegetação herbácea, arbustiva e/ou arbórea o projeto paisagístico do empreendimento.
- Construção de Passeio: Refere-se à construção de passeio (meio fio e faixa de uso) ao longo de parte do perímetro relativo à área onde será implantado o empreendimento, visando maior segurança do pedestre e facilidade de acesso ao local.
Na Fase de Utilização, são as seguintes as Atividades Impactantes previstas:
- Realização dos Eventos: Representa o efetivo uso do espaço por parte dos organizadores e do público-alvo. Implica em concentração de pessoas e veículos.
- Manutenção/Ampliação da Infra-Estrutura: Consiste nas ações que se farão necessárias, ao longo do tempo, para se manter a infra-estrutura construída e garantir a higiene do local, assim como para eventuais ampliações. Garante a continuidade do oferecimento das condições necessárias à realização dos eventos.
3. DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA
	A área de influência direta do empreendimento, também chamada de área diretamente afetada, é o espaço a ser efetivamente ocupado pela obra ao longo do tempo. O mesmo ocupa um polígono com superfície de 10,61 ha, que está totalmente inserido no Campus da Universidade Federal de Viçosa (Imagens 1, 2 e 3 e Mapa de Localização nos Anexos). Pela frente (leste), esta área divisa com a MG – 280, que une Viçosa ao município de Paula Cândido; pela lateral esquerda (sul) com plantio de eucalipto cuja área está sob responsabilidade do Departamento de Engenharia Florestal da UFV; pela lateral direita (norte) com a Unidade Militar denominada de Tiro de Guerra; e pelo fundo (oeste) com a rua de acesso à Estação de Tratamento de Água do SAAE de Viçosa. O perímetro da área possui as seguintes características: 1.501,99 m, sendo que 575,18 m (38,29%) se dão com a MG – 280; 249,89 m (16,64%) com o plantio de eucalipto; 91,93 m (6,12%) com o Tiro de Guerra; e 584,99 m (38,95%) com o acesso ao SAAE. Ocupa uma encosta com exposição leste, cujas cotas variam de 720m a 670m, aproximadamente. 
	A área de influência indireta, que também é denominada de área indiretamente afetada, representa o espaço circunvizinho à área diretamente afetada. Como mantém vínculos explícitos com o empreendimento, será representada neste caso pelo município de Viçosa, que abrange também a área do Campus da UFV. O município de Viçosa está inserido na Zona da Mata de Minas Gerais e ocupa uma superfície de 299, 40 Km2. Sua sede apresenta as seguintes coordenadas geográficas: 20º 45’ 14” Sul e 42º 52’ 53” Oeste.
	
4. DIAGNÓSTICO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA
Área Diretamente Afetada
Meio Físico
Possui 10,61 ha e 1.501,99 m de perímetro. Representa uma encosta de exposição leste, com cerca de 30º de declividade na parte mais íngreme, em cotas que variam de 670 m a 720 m. Ocorre no local o Latossolo Vermelho-Amarelo Álico, de baixa fertilidade natural, típico de encostas da região. São solos profundos, de boas propriedades físicas, não se observando pontos de encharcamento no local, até devido à condição topográfica da área. Há uma área com subsolo exposto nos taludes, à altura da atual Usina de Asfalto. Possuía naturalmente um filete d´água, que foi canalizado com manilhas e conectado à rede coletora de águas pluviais. 
Meio Biótico: 
	De acordo com RODELLO et al. (2004), que realizou inventário florestal em uma área de 17,0 ha, a qual abrange a área diretamente afetada pelo empreendimento, a vegetação atual é composta predominantemente por um plantio de eucalipto (Eucalyptus sp.), com cerca de 40-45 anos de idade, contendo indivíduos de 5 a 40 metros de altura e diâmetro à altura do peito (a 1,30 metros do solo) de 6,5 cm a 115 cm. O volume médio por hectare é da ordem de 212 m3. Este plantio apresenta sub-bosque composto por indivíduos herbáceos e arbustivos de diversos gêneros botânicos, dentre eles: Cupania, Cecropia, Croton, Cordia, Maprounea, Psidium, Anadenanthera, Tapirira, Luehea, Miconia, Casearia e Solanum. Especificamente na área de efetivo uso do empreendimento em questão, o sub-bosque é mais ralo e praticamente inexistente em alguns pontos. Há evidências de ocorrência de fogo no ambiente ao longo do tempo. Dada a pequena extensão e as alterações já promovidas na área, notadamente na vegetação original, a fauna silvestre do local está restrita fundamentalmente a indivíduos de espécies com comportamento plástico, que a usam como local de passagem, ou seja, para pouso e regulação térmica (sombra), pois o local carece certamente de recursos alimentares e fontes de abrigo. 
Meio Antrópico:
Historicamente, o uso desta área remonta aos idos da década de 1920, quando a região começou a ser ocupada por cafezais. Já em 1922, com a compra de áreas para compor a antiga ESAV, o local foi, com o passar do tempo, ocupado por um plantio de eucalipto, conforme mencionado no item acima. Sendo assim, representa um ambiente alterado antropicamente, mesmo porque abriga em um dos seus extremos a unidade denominada de Usina de Asfalto, que será desativada segundo o projeto concebido para o empreendimento em questão. A área possui localização privilegiada, tanto em direção à parte central do Campus da UFV quanto para quem toma o rumo do centro da cidade de Viçosa. Ademais, é bem servida de vias de acesso, tanto pela face leste (MG – 280, asfaltada) quanto oeste (estrada do SAAE, leito de pedra fincada). Ao longo do seu limite não existem moradias. As casas (Bairro Bela Vista e Rua do Pintinho) e alojamentos estudantis (UFV) mais próximos distam, em linha reta, cerca de 50-100 metros em alguns pontos deste limite. 
Área Indiretamente Afetada:
	
Meio Físico:
O município de Viçosa localiza-se na Zona da Mata Mineira, a uma altitude média de 649 metros, no Domínio dos Planaltos Cristalinos Rebaixados, entre as escarpas da Serra da Mantiqueira a leste e a Serra do Espinhaço a oeste, apresentando um relevo que varia do plano ao ondulado (INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS APLICADAS – IGA, 1982). Sua posição geográfica é determinada pelas coordenadas de 20º 45’ 14” Sul e 42º 52’ 53” Oeste, com área territorial de 299,40 Km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE, 2005).
O clima da região, segundo Köppen, é o CWb – clima mesotérmico, caracterizado por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos, com precipitação pluviométrica média anual de cerca de 1.200mm (ARRUDA, 1997). De acordo com este mesmo autor, as temperaturas médias mensais variam de 17 a 24º C, sendo a temperatura média anual da ordem de 20,9º C. 
Os solos do município de Viçosa apresentam a predominância de duas classes: nos topos de morros e encostas predomina o Latossolo Vermelho-Amarelo Álico e nos terraços, o Podzólico Vermelho-Amarelo Câmbico (REZENDE, 1971; CORREA, 1983).
A malha hídrica está representada por vários cursos d´água,com destaque para o Ribeirão São Bartolomeu, que corta o Campus da UFV e boa parte do perímetro urbano de Viçosa. 
Meio Biótico: 
A cobertura vegetal pertence ao Domínio da Floresta Atlântica, sob a forma de Floresta Estacional Semidecidual Montana. Esta é caracterizada pela dupla estacionalidade climática, com uma estação seca e outra chuvosa bem definida, sendo que parte de suas espécies arbóreas perde as folhas no período do inverno (VELOSO et al., 1991). Em vista de processos antrópicos, encontra-se fragmentada e empobrecida floristicamente. No entanto, persistem ainda vários fragmentos florestais com dimensões expressivas do ponto de vista regional, que contam com indivíduos de grande parte, notadamente no Campus da UFV, com destaque para a Reserva da Biologia (cerca de 75 ha), tendo em vista sua relativa proximidade com a área de influência direta deste empreendimento.
São as seguintes as famílias botânicas comumente encontradas nestes fragmentos florestais: Leguminosae Caesalpinioideae, Leguminosae Faboideae, Leguminosae Mimosoideae, Melastomataceae, Myrtaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Flacourtiaceae e Meliaceae, entre outras (SILVA, 2003). Este autor também destaca os seguintes gêneros, em termos do número de espécies que ocorre nestes ambientes: Casearia, Solanum, Inga, Miconia, Ocotea e Alchornea. 
Como reflexo dessa pressão sobre a vegetação nativa, a fauna silvestre está representada, em sua maioria, por espécies de comportamento plástico, ou seja, que conseguem sobreviver em ambientes alterados, apesar do inevitável rebaixamento populacional, conforme atesta o trabalho de PAGLIA et. al., 1995). Apesar disto, nos fragmentos florestais mais protegidos e conservados são encontrados vertebrados de médio porte como gambá (Didelphis sp.), mico (Callithrix sp.) e jacu (Penelope sp.), dentre outros.
Meio Antrópico:
De acordo com PANIAGO (1990), os primórdios da colonização de Viçosa se deram entre o final do século XVIII e início do XIX, quando com o esgotamento das minas na região aurífera de Ouro Preto, Mariana e Piranga, a população iniciou um movimento migratório à procura de terras férteis para a agricultura. Ainda de acordo com esta obra, estes colonos fixaram-se às margens do Rio Turvo, oportunidade em que se iniciou o cultivo dos terrenos locais e a formação de propriedades rurais, que originaram um pequeno povoado, que viria a ser o berço da atual cidade de Viçosa.
Hoje, o município de Viçosa conta com uma população total de 71.624 habitantes (IBGE, 2005), sendo que cerca de 80% vivem na sede do município e os outros 20% em seus três distritos - Silvestre, São José do Triunfo e Cachoeirinha de Santa Cruz - e em diversos núcleos dispersos pela zona rural (LADEIRA, 2001). 
Viçosa dispõe de campo de pouso, para aviões de pequeno e médio porte; quatro emissoras de rádio (1 AM e 3 FM); três jornais de circulação regular; uma TV Universitária, quatro retransmissoras; praças de esporte e clubes recreativos; e cinco hotéis. Conta com vida artística e cultural relativamente intensa, além de uma rede viária que a põe em contato com grandes centros urbanos (Belo Horizonte, a 227 km; Rio de Janeiro, a 360 Km; Vitória, a 420 Km; São Paulo, a 700 Km) (LADEIRA, 2001).
Quanto ao Campus da UFV, segundo UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV (2005a), são as seguintes as principais características:
- A UFV originou-se da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), criada pelo Decreto 6.053, de 30 de março de 1922, do então Presidente do Estado de Minas Gerais, Arthur da Silva Bernardes. A ESAV foi inaugurada em 28 de agosto de 1926. Já em 1927 foram iniciadas as atividades didáticas, com as instalações dos Cursos Fundamental e Médio e, no ano seguinte, do Curso Superior de Agricultura. Em 1932, foi a vez do Curso Superior de Veterinária.
- Em 1948, o governo do Estado transformou a ESAV em Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), que era composta da Escola Superior de Agricultura, da Escola Superior de Veterinária, da Escola Superior de Ciências Domésticas, da Escola de Especialização (Pós-Graduação), do Serviço de Experimentação e Pesquisa e do Serviço de Extensão.
- Em 15 de julho de 1969, foi elevada à categoria de Universidade Federal. Atualmente, a UFV oferece 34 cursos de graduação e 49 cursos de pós-graduação (em nível de mestrado, doutorado e especialização), reunindo mais de 7.000 estudantes regulares. Conta com cerca de 770 professores na ativa e 2.800 servidores técnico-administrativos, que, somados aos discentes, totalizam uma população acadêmica de aproximadamente 11.000 pessoas. A área do Campus é de 37.517.330,00 m2, possuindo cerca de 285.239,16 m2 de área construída, na forma de salas de aula, laboratórios, galpões, auditórios etc.
 
5. IMPACTOS DE VIZINHANÇA E MEDIDAS MITIGADORAS E POTENCIALIZADORAS
No sentido de induzir melhor compreensão, os impactos de vizinhança e suas respectivas medidas mitigadoras ou potencializadoras são apresentados de acordo com a Fase Impactante (Implantação e Utilização) e os Meios Físico, Biótico e Antrópico. Estão separados conforme o Critério de Valor, ou seja, em negativos ou positivos, por meio de uma Listagem de Controle, obtida num esforço “Ad Hoc” (Método da Reunião de Especialistas), em vista do conhecimento prévio por parte da equipe elaboradora das características essenciais das áreas diretamente e indiretamente afetadas, assim como do empreendimento em questão. 
Vale explicitar que impacto de vizinhança, como se pressupõe, é aquele que ocorre junto à periferia (vizinhança) da área diretamente afetada, por influência do empreendimento sob análise, interferindo na qualidade de vida da população residente na área e em suas proximidades, de forma negativa ou positiva. Neste documento, esta vizinhança está definida pelos limites da chamada área indiretamente afetada, qual seja, pelo limite municipal de Viçosa, Minas Gerais, que foi identificada e caracterizada nos itens 3 e 4.
A fase de Implantação (Curto Prazo) refere-se ao conjunto de ações que permitirá a instalação efetiva do empreendimento, enquanto a Utilização (Médio/ Longo Prazo), como se imagina, envolve o usufruto da área por parte das pessoas que acorrerem aos eventos promovidos.
Conforme SILVA (1999), meio físico é a parte abiótica (biótopo) do meio ambiente, enquanto o meio biótico representa a sua biocenose, ou seja, as diferentes formas de vida. Nesta linha de raciocínio, o meio antrópico se insere no meio biótico, dado que a espécie humana faz parte obviamente da biocenose, como mamífera, mas que se justifica particularizar, tendo em vista o potencial humano de interferir ambientalmente, seja de forma positiva ou negativa. 
Por sua vez, considerou-se que medida mitigadora é aquela que diminui a magnitude do impacto negativo, enquanto a medida potencializadora tem a capacidade de melhorar a eficácia do impacto positivo. Considerou-se também a natureza da medida – preventiva (que deve ser tomada com antecedência) e,ou corretiva (após o ocorrido). 
Como se pode observar na seqüência, a fase de Implantação gerará 15 impactos junto à vizinhança, sendo 12 (80%) negativos e 3 positivos (20%). Dos 15, o meio físico responde por 6 (40%) impactos, todos negativos. O meio biótico responde por 3 (20%) impactos, sendo todos negativos. O meio antrópico, por sua vez, responde por 6 (40%) impactos, sendo 3 negativos e 3 positivos. Para o conjunto de impactos negativos, são definidas 25 medidas mitigadoras. Já em relação aos impactos positivos, são definidas 3 ações potencializadoras.
De sua parte, a fase de Utilização gerará coincidentemente 15 impactos sobre a vizinhança, sendo 9 (60%) negativos e 6 (40%) positivos. Dos 15, o meio físico responde por 3 (20%) impactos, todos negativos. O meio biótico responde por 4 (26,7%) impactos, sendo 2 negativos e 2 positivos. O meio antrópico, por seu turno, responde por 8 (53,3%) impactos, sendo 4 negativos e 4 positivos. Para o conjunto de impactos negativos, são definidas16 medidas mitigadoras. No caso dos positivos, são definidas 6 medidas potencializadoras. 
Portanto, em termos gerais, se computadas as duas fases – Implantação e Utilização -, são identificados 30 impactos de vizinhança, sendo 21 (70%) negativos e 9 (30%) positivos. São definidas 41 medidas mitigadoras para o conjunto de impactos negativos. Em relação ao conjunto dos impactos positivos, são definidas 9 medidas potencializadoras. As medidas mitigadoras e potencializadoras devem ser levadas a efeito pela ação do empreendedor ou empreiteiro, conforme o caso. Para tanto, o empreendedor deverá observá-las integralmente, e exigir, por meio de acompanhamento em campo, o mesmo da parte do empreiteiro. A grande maioria é de natureza preventiva.
Vale destacar que são medidas de fácil operacionalização e que, na verdade, representam contrapartidas naturais do empreendedor ou do empreiteiro, em perfeita consonância com o perfil impactante do empreendimento. 
 
Fase de Implantação (Curto Prazo):
Meio Físico - Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras: 
- Depreciação da qualidade do ar da vizinhança, pelo lançamento de gases provindos da combustão no motor de maquinarias diversas (tratores, caminhões e motosserras), usadas em diferentes operações.
Medidas: Realizar manutenções periódicas nas maquinarias (Preventiva/Corretiva); e orientar os funcionários a utilizarem as máquinas no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva). 
- Depreciação da qualidade do ar da vizinhança, pelo aumento da concentração de particulados (poeira), advindos da queda das árvores quando da derrubada, bem como pela circulação das maquinarias.
Medida: Orientar os funcionários para usarem as máquinas no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva).
- Compactação do solo, pela queda das árvores abatidas e circulação de maquinarias, dificultando a infiltração de água no perfil do terreno, com possibilidade de surgirem focos erosivos e serem carreados materiais para a vizinhança.
Medidas: Orientar os funcionários para usarem as maquinarias no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva); e restringir a circulação em locais com maiores evidências do fenômeno, se isto ocorrer (Corretiva).
- Maior exposição do solo às intempéries, em vista da remoção da vegetação e das operações de terraplanagem, com possibilidade de serem carreados materiais para a vizinhança. 
Medidas: Disponibilizar a galhada resultante da remoção da vegetação em forma de leiras, a partir das curvas de nível do terreno (Preventiva); e revegetar os taludes com a maior brevidade possível (Preventiva). 
- Contaminação do solo pela deriva de graxas, lubrificantes e combustíveis usados na motosserra, com possibilidade de serem carreados para a vizinhança via escorrimento superficial.
Medidas: Efetuar o reabastecimento, a manutenção e os reparos da motosserra em locais previamente definidos, com controle da situação (Preventiva); e recolher eventuais excessos no solo (Corretiva).
- Contribuição no aporte de sedimentos para a rede hídrica da vizinhança, em vista da maior exposição do solo pela remoção da vegetação, bem como pela compactação do mesmo.
Medidas: Orientar os funcionários para usarem as maquinarias no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva); e dispor a galhada na forma de leiras, em nível (Preventiva).
Meio Biótico - Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras:
- Estreitamento da base genética das espécies vegetais presentes no sub-bosque, assim como do material exótico de Eucalyptus, em vista da remoção da vegetação, com implicações na flora da vizinhança em termos reprodutivos, que também possui este material biológico.
Medidas: Permitir o desenvolvimento do banco de propágulos do solo, com o conseqüente surgimento de indivíduos do sub-bosque, nos locais que não serão ocupados de imediato (Preventiva); e proteger áreas próximas, que possuem este tipo de vegetação (Preventiva).
- Redução de hábitat para a fauna silvestre, com maior uso da vizinhança, em vista da interferência na vegetação, a qual oferece algum grau de suporte em termos de poleiros e sombras.
Medidas: Permitir o desenvolvimento do banco de propágulos do solo, com o conseqüente surgimento de indivíduos do sub-bosque, nos locais que não serão ocupados de imediato (Preventiva) ; e proteger áreas próximas, que possuem este tipo de vegetação (Preventiva).
- Estresse e fuga de indivíduos da fauna silvestre para a vizinhança, pela geração de ruídos e concentração de atividades na área.
Medidas: Orientar os funcionários para usarem as maquinarias no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva); e efetuar o trabalho de modo paulatino, a fim de induzir um deslocamento mais gradativo dos indivíduos para outras áreas (Preventiva). 
 Meio Antrópico - Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras:
- Impacto visual sobre a população da vizinhança, pela interferência no relevo e na vegetação, mesmo sendo em grande parte composta por indivíduos de espécie exótica.
Medidas: Efetuar a remoção da vegetação de forma gradativa, de modo a induzir certo grau de adaptação visual por parte da comunidade (Preventiva); e revegetar os taludes com a maior brevidade possível (Preventiva).
- Estresse das pessoas da vizinhança, pelos ruídos advindos da remoção da vegetação, tráfego de caminhões e da instalação da infra-estrutura do empreendimento, bem como pela deposição de particulados junto às edificações mais próximas.
Medidas: Orientar os funcionários para usarem as maquinarias no estritamente necessário (Preventiva/Corretiva); efetuar a remoção de forma gradativa (Preventiva); e revegetar os taludes com a maior brevidade possível (Preventiva). 
- Riscos para os funcionários e eventualmente para transeuntes da vizinhança, em relação a acidentes com animais peçonhentos – serpentes, aranhas e escorpiões, devido à remoção da vegetação, com o estresse da fauna silvestre.
Medidas: Orientar os funcionários para redobrarem a atenção e usarem EPIs – Equipamentos de Proteção Individual (Preventiva/Corretiva); efetuar roçada prévia ao abate das árvores, de modo a se ter melhor controle da situação de risco (Preventiva); remover imediatamente o indivíduo e dar tratamento médico adequado em caso de ocorrer o acidente (Corretiva).
Meio Antrópico – Impactos Positivos e Respectivas Medidas Potencializadoras: 
- Ocupação de mão-de-obra existente na vizinhança para a execução das tarefas, trazendo algum grau de repercussão econômica em nível local.
Medida: Atender rigorosamente as leis trabalhistas (Preventiva).
- Contribuição à economia local/regional, em vista de compras de equipamentos por parte do empreendedor/empreiteiro, com benefícios à vizinhança.
Medida: Priorizar a compra dos equipamentos no comércio local/regional, se cabível (Preventiva).
- Valorização dos terrenos da vizinhança, sob o prisma comercial, em vista da implantação do empreendimento, que gerará afluxo de pessoas para os eventos. 
Medida: Divulgar junto à mídia local a necessidade de se observar o Código de Obras do Município e a Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo do Município de Viçosa (Preventiva). 
Fase de Utilização (Médio/Longo Prazo):
Meio Físico – Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras:
- Depreciação da qualidade do ar da vizinhança, pelo levantamento de poeira e lançamento de gases provindos da combustão no motor de veículos - das pessoas que afluírem aos eventos e dos funcionários envolvidos na manutenção e eventual ampliação.
Medida: Estimular o acesso a pé à área, quando cabível (Preventiva).
- Compactação do solo em pontos onde as pessoas tenderão a se concentrar, com possibilidade de gerar focos de erosão e se ter desdobramentos na vizinhança.
Medida: Realizar eventos conforme a capacidade da área e com intervalos regulares (Preventiva).
- Depreciação hídrica na vizinhança, pelo lançamento de esgotos.
Medida: Utilizar banheiros químicos, quando justificável do ponto de vista operacional, dando devido destinoao esgoto (Preventiva).
Meio Biótico – Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras:
- Eventuais danos à vegetação introduzida na área, pela circulação e concentração de pessoas em certos locais, podendo implicar na necessidade de repor este material, o qual advirá da vizinhança. 
Medidas: Orientar as pessoas para um comportamento adequado na área (Preventiva/Corretiva); e realizar eventos conforme a capacidade da área e com intervalos regulares (Preventiva).
- Estresse da fauna silvestre que estiver eventualmente ocupando espaços na vizinhança.
Medidas: Orientar as pessoas para um comportamento adequado na área (Preventiva/Corretiva); e realizar eventos conforme a capacidade da área e com intervalos regulares (Preventiva).
Meio Antrópico – Impactos Negativos e Respectivas Medidas Mitigadoras:
- Estresse para os moradores da vizinhança, em decorrência dos ruídos a serem gerados quando da realização dos eventos.
Medidas: Orientar as pessoas para um comportamento adequado na área (Preventiva/Corretiva); e realizar eventos conforme a capacidade da área e com intervalos regulares (Preventiva).
- Maior circulação de veículos na vizinhança e nos locais de acesso à área, com possibilidade de engarrafamentos.
Medidas: Realizar eventos conforme a capacidade da área e com intervalos regulares (Preventiva); estimular o acesso a pé à área (Preventiva); e disponibilizar serviços de orientação de trânsito, tanto na forma de placas e sinalização de pista, quanto de efetivo de rua (Preventiva/Corretiva).
- Riscos de atropelamentos na vizinhança, pelo afluxo de pessoas à área.
Medidas: Construir passeios adequados nos locais cabíveis (Preventiva); e disponibilizar serviços de orientação de trânsito, tanto na forma de placas e sinalização de pista, quanto de efetivo de rua (Preventiva/Corretiva). 
- Problemas relacionados à segurança pública na vizinhança, em vista do afluxo de pessoas à área e da concentração das mesmas, o que atrai marginais.
Medidas: Divulgar estes riscos pela mídia local (Preventiva/Corretiva); e direcionar maior efetivo de vigilância quando da ocorrência dos eventos (Preventiva/Corretiva).
Meio Biótico – Impactos Positivos e Respectivas Medidas Potencializadoras:
- Diminuição das interferências junto à vegetação de outras áreas vizinhas em que se realizam certos eventos na UFV, como é o caso do Recanto das Cigarras, pela utilização de novos espaços. 
Medida: Direcionar estes eventos para a nova área, desde que obedeçam à capacidade da mesma (Preventiva).
- Diminuição das interferências junto à fauna silvestre de outras áreas vizinhas em que se realizam certos eventos na UFV, como é o caso do Recanto das Cigarras, pela utilização de novos espaços.
Medida: Direcionar estes eventos para a nova área, desde que obedeçam à capacidade da mesma (Preventiva). 
Meio Antrópico - Impactos Positivos e Respectivas Medidas Potencializadoras:
- Ocupação de mão-de-obra existente na vizinhança durante a realização dos eventos, trazendo algum grau de repercussão econômica em nível local/regional.
Medida: Realizar eventos com periodicidade regular, desde que observem a capacidade da área (Preventiva). 
- Utilização do ambiente para atividades acadêmicas e de cunho social, repercutindo na comunidade que vive na vizinhança.
Medida: Estimular a realização de eventos, desde que observem a capacidade da área e tenham intervalos regulares (Preventiva).
- Menor estresse das pessoas na área central do Campus da UFV, que pertence à vizinhança, pela realização de parte dos eventos no local em foco.
Medida: Estimular a realização de eventos na área em questão, desde que observem a capacidade da mesma e tenham intervalos regulares (Preventiva).
- Geração de receitas junto ao comércio local, notadamente na vizinhança, em vista do afluxo de pessoas.
Medida: Divulgar junto à mídia local sobre a necessidade dos comerciantes diversificarem suas atividades, de modo a atender mais adequadamente as pessoas (Preventiva/Corretiva). 
6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Os impactos na vizinhança foram identificados no item anterior, quando também se definiram as medidas mitigadoras e potencializadoras, conforme o caso.
Neste sentido, em caráter complementar, com a intenção de tornar mais clara as relações da população residente na vizinhança com o empreendimento em questão, em consonância com o artigo 37, da Lei Federal 10.257, de 10 de julho de 2001, são apresentadas a seguir considerações sobre os seguintes itens: Adensamento Populacional; Equipamentos Urbanos e Comunitários; Uso e Ocupação do Solo; Valorização Imobiliária; Geração de Tráfego e Demanda por Transporte Público; Ventilação e Iluminação; e Paisagem Urbana e Patrimônio Natural e Cultural.
Não são previstas, por conta do empreendimento em foco, que se encontra descrito no item 2 do presente documento, induções relativas a adensamento populacional, até pelo fato de se caracterizar pelo uso intermitente, ou seja, decorrente da realização de eventos. Adiciona-se o fato de que não haverá sequer necessidade de instalar canteiro de obras para a sua implantação.
Quanto aos equipamentos urbanos e comunitários, haverá relação de impacto, devido ao uso dos mesmos por parte das pessoas que acorrerem aos eventos a serem realizados no local, mas não a ponto de gerar colapso, uma vez considerado a infra-estrutura urbana da cidade de Viçosa e do Campus da UFV. Poderá haver sobrecarga na via de acesso – notadamente no trecho entre o Cemitério Municipal e a futura portaria do empreendimento -, por ocasião de alguns eventos, que deverá ser contornada com as medidas mitigadoras já previstas no item anterior.
No que tange ao uso e ocupação do solo, é previsível algum grau de interferência nas proximidades da área diretamente afetada, ou seja, na vizinhança mais acercada do local onde será implantado o empreendimento. Na prática, deverá ocorrer alguma pressão por mudanças no uso de certas edificações de cunho residencial para se transformarem em comércios, tendo em vista o afluxo de pessoas em direção à área, quando da realização de eventos. Isto também deverá ser estimulado pela geração de ruídos advindos dos eventos, induzindo certo estresse nos moradores mais próximos, que poderão ficar mais atraídos por eventuais propostas. É possível também que, alguns lotes ainda vagos, possam ser ocupados para a finalidade comercial.
Em relação ao item valorização imobiliária, conforme argumentação feita no parágrafo anterior, é imaginável algum grau de repercussão positiva junto às moradias mais próximas à área diretamente afetada. 
 
Quanto à geração de tráfego e demanda por transporte público, também é de se imaginar alguma interferência do empreendimento em questão. Em eventos que atraírem maior público, deve haver algum nível de engarrafamento na vizinhança. Em termos de transporte público, deve haver pouca influência, em vista da área ser próxima do centro da cidade e da parte central do Campus da UFV, com a possibilidade de ser acessada a pé.
O empreendimento não deverá ter influência junto à vizinhança sobre aspectos de ventilação e iluminação, pois sua infra-estrutura é mínima – portaria, cercas, via de acesso, estacionamento e platô -, praticamente não verticalizada e bem distribuída na área.
Quanto à paisagem urbana e patrimônio natural e cultural, não se imaginam repercussões na vizinhança, pois o empreendimento não destoará do conjunto situado ao seu redor. Haverá, sim, algum grau de impacto visual junto à população da vizinhança, quando da retirada da vegetação da área onde será implantado o empreendimento. Todavia, após a implantação do mesmo, ficará, como dito anteriormente, integrado à paisagem dominante na vizinhança.
7. SÍNTESE CONCLUSIVA
Com base nos itens anteriores, em termos dos impactos junto à vizinhança, entende-se que há viabilidade do empreendimento denominado de Espaço Aberto para Eventos (EAE) da UFV, quando se considera o seu perfil impactantee as medidas mitigadoras e potencializadoras previstas neste documento.
ANEXOS
(Referências Bibliográficas, Imagens e Mapa de Localização)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Referências Bibliográficas
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IMAGENS
Imagens
Imagem 1 – Vista aérea da área diretamente afetada, definida de forma aproximada pela linha amarela, e de sua vizinhança. 
(Fonte: RODELLO et al., 2004).
Imagem 2 – Vista da área diretamente afetada. Notar a presença de eucaliptos dispersos e a parte central do Campus da UFV, ao fundo. 
(Fonte: UFV, 2005b). 
Imagem 3 – Vista da área diretamente afetada. Ao fundo, o núcleo urbano de Viçosa, MG.
(Fonte: UFV, 2005b). 
MAPA DE LOCALIZAÇÃO
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