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Trabalho quarta revolução industrial

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1 
 
A NANOCIÊNCIA E A NANOTECNOLOGIA NO LIMIAR DA QUARTA 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
Marcos Voluz¹; Daniel Pigatto Camargo¹; Paulo Lagos 2; 
 
 
1. Curso de Engenharia Mecânica – UTP - marcos-voluz@homail.com
 
2. Prof. Curso Engenharia Mecânica – UTP 
PALAVRAS-CHAVE: nanotecnologia; nanociência; revolução 
RESUMO 
A Nanotecnologia está emergindo como a próxima revolução tecnológica, devido ao 
seu enorme potencial de aplicação nos mais variados setores industriais e ao 
impacto que seus resultados podem trazer ao desenvolvimento tecnológico e 
econômico de todo o mundo. Trata-se de uma ciência relacionada à manipulação de 
átomos e moléculas, com o objetivo de produzir materiais, substâncias e produtos de 
alta precisão, com aplicações no mundo real, com uma tecnologia jamais vista. 
Desta forma atrai investimentos do mundo todo, o que possibilita pesquisas 
científicas com grandes descobertas nas áreas de materiais, manufatura, 
eletrônicos, medicina, energia, biotecnologia, tecnologia da informação, engenharia 
e segurança nacional, sendo assim a nanotecnologia será o propulsor da próxima 
revolução industrial. 
INTRODUÇÃO 
A revolução é caracterizada como uma mudança fundamental no poder 
político ou na estrutura organizacional de uma sociedade. São mudanças rápidas 
nos campos científicos, tecnológicos, econômico e comportamental humano 
(Contreiras, 2015). 
Após três revoluções, o mundo encontra-se no limiar de uma nova revolução 
industrial, trata-se, da transformação radical dos processos e produtos da atual 
civilização industrial por meio da nanotecnologia. (Almeida, 2005). A nanotecnologia 
já é um negócio de bilhões de dólares (Bushan, 2004) e suas aplicações são 
incontáveis em vários setores industriais, tanto que não há uma área só em que a 
2 
 
nanotecnologia se desenvolve. Seus avanços podem ser aproveitados por áreas tão 
distintas, como engenharia, química, eletrônica e medicina, proporcionando 
desenvolvimento tecnológico e econômico (Bastos, 2006). Este trabalho tem como 
objetivo desenvolver uma breve revisão de literatura sobre a quarta revolução 
industrial, com enfoque na nanotecnologia e nanociência. 
 
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL 
A primeira revolução industrial, iniciada na Grã-Bretanha há pouco mais de 
dois séculos, assistiu à transformação da energia em força mecânica, sob a forma 
de caldeiras e máquinas a vapor. Ao mesmo tempo, começou a funcionar o primeiro 
instrumento verdadeiramente universal de comunicação quase instantânea, o 
telégrafo (Almeida, 2005). Já na segunda revolução industrial, um século após, o 
destaque ficou com a eletricidade e a química, resultando em novos tipos de 
motores (elétricos e à explosão), e do telégrafo sem fio, logo mais adiante, o rádio, 
difundiu instantaneamente a informação pelos ares (Almeida, 2005). Posteriormente 
a terceira revolução industrial, mobilizou circuitos eletrônicos e, logo em seguida, os 
circuitos integrados, chamados de microchips, os quais transformaram as formas de 
comunicação e de informação, com a explosão da internet, do comércio eletrônico e 
também do lazer (Almeida, 2005). 
 
A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A NANOTECNOLOGIA 
A quarta revolução industrial tem seu desenvolvimento por avanços dos 
estudos e pesquisas (Contreiras, 2015), o que mobiliza fundamentalmente, as 
ciências da vida, sob a forma da biotecnologia, bem como uma gama multidisciplinar 
de ciências exatas e cognitivas que responde pelo nome de nanociência. Esta, por 
sua vez, se confunde praticamente com suas materializações práticas, sob a forma 
da nanotecnologia (Almeida, 2005). 
O fato é que ainda não houve um término da Terceira Revolução Industrial e 
já está sendo construída uma Quarta Revolução. Revolução esta, do conhecimento 
e da comunicação. O conhecimento é algo muito complexo, porém essencial, que 
possibilitam profissionais e organizações a terem vantagem competitiva. No entanto 
conhecimento é construído, e a sua construção é tarefa árdua (Contreiras, 2015). 
3 
 
 Conhecimento e comunicação são as chaves da Quarta Revolução Industrial, 
sobreviverão às organizações que tiverem conhecimento diferenciado, 
conhecimento de marketing, logística, administração e demais áreas funcionais. 
Profissionais da mesma forma devem ter amplo conhecimento e agregar 
conhecimentos à estrutura da organização (Contreiras, 2015). 
De fato, a nanociência permite, impulsiona e praticamente obriga à geração 
de conhecimentos avançados, que se revelam convergentes em vários setores da 
arte e do engenho humanos, em biotecnologia, nos novos materiais, na 
instrumentação técnica, assim como nas próprias formas de organização social da 
produção e do trabalho humano. (Almeida, 2005). 
A nanotecnologia, por sua vez, leva ao surgimento de novos ramos industriais 
e de novos mercados que, ao configurarem um novo padrão, superior, de produção 
fabril e manufatureira, não tardarão a se impor como a mais nova fronteira da 
civilização industrial. Trata-se da habilidade de manipular átomos e moléculas 
individualmente para produzir materiais nanoestruturados e micro-objetos com 
aplicações no mundo real (Miller, 2005). Ela envolve produção e aplicação em 
sistemas físicos, químicos e biológicos em escalas que variam de um átomo 
individual a moléculas de cerca de 100 nanômetros, assim como a integração das 
nanoestruturas resultantes em sistemas mais complexos (Bastos, 2006). 
A nanotecnologia possibilita a criação de objetos a partir do controle em nível 
atômico, usando algumas técnicas e ferramentas que estão disponíveis atualmente 
e outras que ainda estão sendo desenvolvidas, com a finalidade de colocar cada 
átomo e cada molécula no lugar que se deseja (Contreiras, 2015). 
Suas aplicações envolvem diversas áreas, em que se faz necessário seu uso, 
atualmente pode-se citar suas aplicações na medicina, engenharia, química, nas 
indústrias que criam protótipos aeroespaciais, informática, refinarias e muitas outras 
áreas. Uma das vantagens da nanotecnologia é que os objetos estão cada vez 
menores e mais práticos, com uma capacidade maior do que os convencionais. Os 
jogos digitais e vídeos games atuais são exemplos de tal tecnologia, bem como os 
celulares e microprocessadores. Com aperfeiçoamento e avanço em pesquisas, a 
nanotecnologia poderá ser considerada revolucionária de forma plena quando 
houver um maior domínio da engenharia molecular e suas tecnologias (Contreiras, 
2015). 
4 
 
Desta forma pode se afirmar que os países que não se decidirem por 
incorporar, por adotar ou que, simplesmente, não se adaptarem a nanotecnologia 
correm o sério risco de serem prejudicados no decorrer da nova face da civilização 
industrial emergente. Trata-se, portanto, de uma questão de sobrevivência da 
economia mundial, e é por isso que os níveis de investimentos financeiros nessa 
área, tanto em países desenvolvidos como EUA, Alemanha e França, e em países 
em desenvolvimento com destaque para a China, Índia e Coréia, sejam, desde já, 
significativos e crescentes (Miller, 2005). Segundo Almeida (2005), cerca de 1 trilhão 
de dólares serão investidos em nanotecnologia nos próximos 10 a 15 anos, e o 
Brasil é provável que ocupe 1% deste faturamento. 
O Brasil apresenta grande potencialidade de acoplar e introduzir novas 
sinergias ao esforço de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico. 
Existem, claramente, oportunidades abertas ao país, enquanto economia que possui 
uma enorme competência numa área que vai modificar de forma irremediável o 
padrão de desenvolvimento industrial e tecnológico no futuro próximo (Almeida, 
2005). 
 Já existeum grupo de trabalho criado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia 
em 2003, ao qual foi atribuída a responsabilidade da elaboração de Plano Trienal de 
Nanociência e Nanotecnologia, e de uma comissão responsável pela Organização 
da Oficina de Nanociência e Tecnologia, na Unicamp, também em 2003. O Brasil 
possui um pequeno, porém ativo, número de universidades ocupadas nessa nova 
área de conhecimento. Duas universidades brasileiras, a USP e a Unicamp, 
respondem por cerca da metade da produção científica publicada em 
nanotecnologia (Almeida, 2005). 
Vários países inovadores desenvolveram e apoiam programas de 
nanotecnologia, com orçamentos crescentes e do mesmo nível que a biotecnologia, 
tecnologias da informação e meio ambiente. Os programas de nanotecnologia estão 
vinculados às estratégias nacionais de desenvolvimento econômico e de 
competitividade e todos têm alvos econômicos definidos. Todos os setores 
industriais estão desenvolvendo produtos nanotecnológicos, embora algumas 
empresas optem por não identificá-los ainda. O crescimento previsto pelos 
especialistas para os mercados de produtos nanotecnológicos é muito superior ao 
crescimento de outros mercados dinâmicos, como o de computadores e telefones 
celulares. Estima-se que as aplicações da nanotecnologia que estarão atingindo os 
5 
 
mercados nos próximos anos serão revolucionárias, estando concentrada nas áreas 
de determinação de propriedades de materiais, produção química, manufatura de 
precisão e computação. As aplicações da nanotecnologia são revolucionárias de 
médio e longo prazo (Almeida, 2005). 
 
CONCLUSÃO 
A nanociência está sendo considerada como um dos mais importantes 
avanços nas áreas do conhecimento, e o emprego da nanotecnologia irá 
revolucionar a vida dos profissionais envolvidos, indústrias e de todas as pessoas. 
Esta é a chave para o entendimento da auto-organização dos sistemas vivos da 
natureza, e é por este motivo que a nanotecnologia, esta no limiar de ser a próxima 
revolução industrial, fornecendo o entendimento, a produção, o controle e o uso da 
matéria estruturada no nível atômico e molecular. Porém para o progresso e 
sucesso da nanotecnologia, maiores pesquisas devem ser realizadas, bem como 
investimentos que veem de países subdesenvolvidos e desenvolvidos, os quais são 
fundamentais para que a quarta revolução industrial seja um marco para todo o 
mundo. 
 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, P.R. O Brasil e a nanotecnologia: rumo á quarta revolução industrial. 
Revista espaço acadêmico, n 52, 2005. 
BASTOS, R.M.P. Nanotecnologia: Uma Revolução no Desenvolvimento de novos 
Podutos. Universidade Federal de Juiz de Fora, 2006. 
BUSHAN, B. "Springer Handbook of Nanotechnology", First Edition, New York, 
Springer Verlag, 2004. 
CONTREIRAS, P.A.R. A Quarta Revolução Industrial: Um estudo de caso realizado 
na empresa Lix de Tecnologia. REVISTA GESTÃO, INOVAÇÃO E NEGÓCIOS, n.1, 
v.1, pg.79, 2015. 
MILLER, JOHN C., SERRATO, R., KUNDAHL, G. “The Handbook of 
Nanotechnology: Business, Policy and Intellectual Property Law”, First Edition, New 
Jersey, Wiley, 2005

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