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Crimes Eleitorais Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso ELEIÇÕES GERAIS 2014 Este material foi produzido com base nas resoluções expedidas pelo TSE para as Eleições 2014, as quais, como regra, não incorporam as normas constantes da chamada “Minirreforma Eleitoral” (Leis nº 12.875 e 12.291 de 2013). COMISSÃO EDITORIAL Titulares: Nilson Fernando Gomes Bezerra (Presidente) Júlia Viñé Janis Eyer Nakahati Frederico Franco Alvim Felipe Gelbecke Simões Suplentes: Marcela Alves Lopes Mendes de Oliveira Lener Aparecida Galinari Adriana das Graças Faverão PRODUÇÃO INTELECTUAL Marli Osorski Thiago Malheiros Ribeiro REVISÃO JURÍDICA Frederico Franco Alvim Felipe Gelbecke Simões TIRAGEM 2.000 exemplares Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso Avenida Historiador Rubens de Mendonça, 4750 Centro Político e Administrativo - Setor E. Cuiabá-MT - CEP: 78050-908 Fones: (65) 3362-8110 e 3362-8111 Internet: www.tre-mt.jus.br - E-mail: editorial@tre-mt.gov.br É permitida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação, desde que citada a fonte. 019867651848 Rectangle 019867651848 Typewritten Text 019867651848 Typewritten Text Adriano Meireles Borba 019867651848 Typewritten Text 019867651848 Typewritten Text 019867651848 Typewritten Text Marina Coutinho Teodoro de Oliveira Tribunal Regional Eleitoral Presidente Desembargador Juvenal Pereira da Silva Vice-Presidente e Corregedora Regional Eleitoral Desembargadora Maria Helena Gargaglione Póvoas Juízes-Membros Titulares Dr. Agamenon Alcântara Moreno Júnior Dr. Lídio Modesto da Silva Filho Dr. Pedro Francisco da Silva Juízes-Membros Substitutos Desembargador João Ferreira Filho Desembargador Marcos Henrique Machado Dr. Alberto Pampado Neto Drª. Ana Cristina Silva Mendes Dr. André Luiz de Andrade Pozeti Dr. Paulo Cézar Alves Sodré Drª. Vanessa Curti Perenha Gasques (licenciada) Procurador Regional Eleitoral Dr. Douglas Guilherme Fernandes Procurador Regional Eleitoral Substituto Dr. Marcellus Barbosa Lima SECRETARIA DO TRIBUNAL Diretor-Geral Mauro Sérgio Rodrigues Diogo Secretário Judiciário Breno Antonio Sirugi Gasparoto Secretária de Administração e Orçamento Tania Yoshida Oliveira Secretária de Gestão de Pessoas Zeneide Andrade de Alencar Secretário de Tecnologia da Informação Ailton Lopes dos Santos Júnior Composição em 23 de julho de 2014. ApresentAção É com extrema satisfação que o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso entrega aos servidores, aos eleitores, aos partidos políticos e coligações, aos candidatos, aos advogados, aos órgãos de imprensa e aos demais envolvidos nas Eleições Gerais de 2014, a Cartilha sobre Crimes Eleitorais. A presente cartilha, que possui versão impressa e digital no portal do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, foi confeccionada de forma a oportunizar que eventuais dúvidas acerca de delitos eleitorais nas Eleições Gerais de 2014 sejam sanadas em breve tempo e de maneira clara, sem contudo ter a pretensão de exaurir o tema. Visa, sobretudo, esclarecer sobre as medidas a serem tomadas pelo cidadão que tiver conhecimento de uma irregularidade ou infração penal eleitoral e, bem ainda, explicitar sobre algumas recomendações especiais voltadas para esse assunto. Transparência e acesso facilitado à informação são pilares da atuação da Justiça Eleitoral em Mato Grosso. Esta publicação faz parte das ações que desempenhamos com o objetivo de compartilhar conhecimento sobre as normas vigentes no país, zelando pelo cumprimento da legislação eleitoral. Prestar atendimento de alta qualidade a todos os cidadãos é prioridade da Justiça Eleitoral. Trabalhamos em prol da democracia, cientes de nossa importante missão: assegurar o exercício da cidadania no processo eleitoral. Assim, a todos os atores engajados no maior evento da democracia brasileira e, principalmente, aos mais de 2.180.000 eleitores mato-grossenses, entregamos este produto com a certeza de que o direito do sufrágio do eleitor será integralmente respeitado. Boa consulta! Desembargador Juvenal Pereira da Silva Presidente do Tribunal Regional Eleitoral sUMÁrIo Apresentação ....................................................................................................... 5 Crimes eleitorais .................................................................................................... 9 Quais os principais crimes eleitorais? ................................................................. 13 Quem pode ser preso no dia da eleição? ........................................................... 17 Recomendações à polícia ................................................................................... 21 CrIMes eLeItorAIs 1 Crimes Eleitorais - 13 TRE - Tribunal Regional Eleitoral O que tOdO cidadãO deve fazer aO tOmar cOnhecimentO acerca da OcOrrência de uma irregularidade Ou crime eleitOral? Todo cidadão que tiver conhecimento de uma irregularidade ou infração penal eleitoral deve comunicá-la ao juiz eleitoral da Zona em que ela ocorreu, podendo fazê-lo das seguintes formas: a) Comparecendo diretamente ao Cartório Eleitoral, que encaminhará a informação ao Juiz Eleitoral. Em se tratando de crime, o Juiz remeterá a notícia ao Ministério Público Eleitoral, que procederá às investigações do caso e, verificando a ocorrência do ilícito penal, oferecerá a denúncia no prazo de 5 ou 10 dias. Em se tratando de irregularidade passível de representação, o Juiz encaminhará ao órgão competente para apurar os fatos. Se for caso de propaganda irregular, o Juiz poderá agir previamente com poder de polícia eleitoral, determinando a retirada da propaganda. b) Denunciando por meio do sistema Pardal, desenvolvido para funcionar em tablets e smartphones operados pelo sistema Android (a ser baixado pelo usuário pela Play Store), ou em qualquer computador com acesso à internet no endereço: http://apps.tre-mt.jus.br/pardal-web/public/inicial.jsf; c) Procurando diretamente o Promotor Eleitoral do seu Município, ou entrando em contato com a Procuradoria Regional Eleitoral, situada na Rua Estevão de Mendonça nº 830, Torre Sul, 2º andar, sala 24Sl, Bairro Quilombo, em Cuiabá/ MT, fone/fax (65) 3612-5089, e-mail pre@prmt.mpf.gov.br; d) Fazendo a denúncia on-line no seguinte endereço: http://www.premt.mpf.gov. br/servicos/noticias/contatos/denuncias online; e) Contatando a ouvidoria eleitoral, pelo formulário eletrônico na internet (http:// www.tre-mt.jus.br/institucional/ouvidoria/form.asp), pelo telefone (disque- denúncia: 0800-647-8191), por fax ([65] 3362-8193), por carta (Avenida Historiador Rubens de Mendonça nº 4750, Bairro Bosque da Saúde, CEP 78050-000, Cuiabá/MT), ou pessoalmente (agendando uma visita por meio do fone 0800647-8191). Importante que o cidadão, ao identificar um delito eleitoral, obtenha o máximo de provas, podendo ser testemunhas, fotos, vídeos, áudios, objetos, documentos etc. QUAIs os prInCIpAIs CrIMes eLeItorAIs? 2 Crimes Eleitorais - 17 TRE - Tribunal Regional Eleitoral PrinciPais crimes eleitOrais Corrupção eleitoral: configura crime de corrupção eleitoral, punível com reclusão de 1 a 4 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem (como por exemplo: remédios, cestas básicas, óculos, emprego, etc.), para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita. Nota-se que pratica esse delito tanto a pessoa que compra o voto (corrupção ativa), quanto o eleitor que vende o seu voto (corrupção passiva). A compra de votos por pré-candidato, no ano da eleição, independentemente de já ter sido escolhido como candidatoem convenção partidária, também configura o crime de corrupção eleitoral ativa. Concentração ilegal de eleitores: o Código Eleitoral considera crime promover, no dia da eleição, a concentração de eleitores, com o fim especial de impedir, embaraçar ou fraudar o exercício do voto, cominando-lhe a mais rigorosa sanção prevista na legislação eleitoral, ou seja, 4 a 6 anos de reclusão e pagamento de 200 a 300 dias-multa. Impedir ou embaraçar o exercício do voto: impedir ou embaraçar o exercício do voto constitui crime eleitoral, com pena de detenção de 15 dias a 6 meses e pagamento de 60 a 100 dias-multa. Impedir o voto significa não permitir de forma alguma o exercício do voto; por sua vez, embaraçar o exercício do voto significa obstáculo relativo, mas mesmo que o eleitor vote, ainda assim ocorrerá o crime. Votar mais de uma vez ou em lugar de outro eleitor: visando garantir a lisura do processo eleitoral, o Código Eleitoral pune, com reclusão de 1 a 3 anos, aquele que vota ou tenta votar, com título eleitoral próprio, mais de uma vez, bem como quem vota ou tenta votar, no lugar de outro eleitor, em uma ou mais oportunidades. Aliciamento violento de eleitores: com o fim de proteger o livre exercício do voto, o Código Eleitoral estabelece ser crime o uso de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos. A pena é de reclusão de 1 a 4 anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa. Violação do sigilo do voto: violar ou tentar violar o sigilo do voto constitui crime eleitoral punível com detenção de 15 dias a 2 anos. Transporte irregular de eleitores: constitui crime eleitoral, punível com reclusão de 4 a 6 anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa, fazer transporte de eleitores não autorizado previamente pela Justiça Eleitoral, tanto da zona rural quanto da zona urbana, desde o dia anterior até o posterior à eleição. Não ocorre este crime quando: • o transporte está a serviço da Justiça Eleitoral; • se tratar de transporte coletivo de linha regular e não fretado; • se tratar de transporte de uso individual do proprietário, para o exercício do próprio voto e dos membros de sua família; • se tratar de serviço normal, sem finalidade eleitoral, de veículos de aluguel não atingidos pela requisição. 18 - Crimes Eleitorais TRE - Tribunal Regional Eleitoral Fornecimento gratuito de alimentos: constitui crime, punível com reclusão de 4 a 6 anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa, o fornecimento gratuito de alimentos a eleitores, tanto da zona rural quanto da zona urbana, no dia da eleição. Somente a Justiça Eleitoral poderá fornecer refeições gratuitas no dia das Eleições, aos mesários e colaboradores convocados para auxiliar na realização dos trabalhos. Boca de Urna: configura crime de boca de urna, no dia da eleição: • o uso de alto-falantes e amplificadores de som ou a promoção de comício ou carreata; • a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; • a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos mediante publicações, cartazes, camisas, bonés, broches ou dísticos em vestuário. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período e multa. Não caracteriza o crime a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e adesivos, devendo fazê-lo sem abordar outros eleitores e sem aglomerar-se a outras pessoas que estejam portando propaganda do mesmo candidato. No interior do recinto em que funciona a seção eleitoral, a pessoa que estiver portando material de propaganda de candidatos somente poderá permanecer pelo tempo estritamente necessário ao exercício do voto. Os fiscais, delegados de partido/coligação só poderão permanecer no recinto das seções eleitorais com identificação pelo nome e sigla do partido/coligação para o qual estiverem trabalhando, sem referência ao seu número identificador. Crimes Eleitorais - 19 TRE - Tribunal Regional Eleitoral QUEM PODE SER PRESO NO DIA DA ElEIçãO? 3 Crimes Eleitorais - 21 TRE - Tribunal Regional Eleitoral O eleitOr POde ser PresO nO dia da eleiçãO? Segundo o que preceitua o Código Eleitoral (art. 236, caput), nenhuma autoridade poderá prender ou deter qualquer eleitor, desde 5 dias antes e até 48 horas depois do encerramento da eleição, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. Os fiscais de PartidO e Os mesáriOs, bem cOmO Os candidatOs POdem ser PresOs nO dia da eleiçãO? O art. 236, § 1º, do Código Eleitoral veda a prisão de fiscais de partido e mesários durante o exercício de suas funções, salvo em flagrante delito. Já os candidatos não podem ser presos ou detidos, desde 15 dias antes das eleições, a não ser no caso de flagrante delito. REcOMENDAçõES à POlícIA 4 Crimes Eleitorais - 25 TRE - Tribunal Regional Eleitoral recOmendações esPeciais à POlícia: 1. A Polícia Federal exercerá, com prioridade sobre as suas atribuições regulares, a função de polícia judiciária em matéria eleitoral, limitada às instruções e requisições do TSE, do TRE e dos Juízes Eleitorais (Resolução TSE nº 23.396/2013, art. 2º, caput), bem como seguindo eventuais orientações do Ministério Público Eleitoral. 2. A Polícia Civil, quando no local da infração não existirem órgãos da Polícia Federal, terá atuação supletiva em matéria eleitoral (Resolução TSE nº 23.396/2013, art. 2º, parágrafo único). 3. A autoridade policial, quando tiver conhecimento da prática de crime eleitoral, deverá informar imediatamente o Juízo Eleitoral competente (Resolução TSE nº 23.396/2013, art. 5º). 4. A Polícia Federal ou a Polícia Civil poderá instaurar inquérito policial para apurar crimes eleitorais mediante determinação da Justiça Eleitoral ou requisição pelo Ministério Público Eleitoral – a não ser na hipótese de prisão em flagrante, quando deverá instaurar o inquérito policial eleitoral de ofício (Resolução TSE nº 23.396/2013 c/c suspensão cautelar de seu art. 8º, conforme liminar proferida pelo STF na ADI nº 5104). 5. As autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem for encontrado em flagrante delito pela prática de infração eleitoral, salvo quando se tratar de crime de menor potencial ofensivo, comunicando imediatamente o fato ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público Eleitoral e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (Resolução TSE nº 23.396/2013, art. 7º, caput). 6. Ocorrendo qualquer prisão, o preso será imediatamente conduzido à presença do Juiz competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e promoverá a responsabilidade do coator (C.E., art. 236, § 2º). 7. Quando a infração for de menor potencial ofensivo, a autoridade policial elaborará termo circunstanciado de ocorrência e providenciará o encaminhamento ao Juiz Eleitoral competente (Resolução TSE nº 23.396/2013, art. 7º, § 8º). 8. O policial militar não deverá, por iniciativa própria, intervir no funcionamento de Mesas Receptoras. 9. A força armada conservar-se-á a 100 metros da Seção Eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem do Presidente da Mesa Receptora (C.E., art. 241). TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MATO GROSSO MISSÃO Assegurar o exercício da cidadania no processo eleitoral. VISÃO Ser reconhecido pela sociedade como modelo de excelência na prestação de serviços e na promoção da cidadania. VALORES Acessibilidade Comprometimento Integração Ética Imparcialidade Inovação Pró-atividade Respeito Responsabilidade sócio-ambiental TransparênciaCrimes Eleitorais Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso ELEIÇÕES GERAIS 2014 Este material foi produzido com base nas resoluções expedidas pelo TSE para as Eleições 2014, as quais, como regra, não incorporam as normas constantes da chamada “Minirreforma Eleitoral” (Leis nº 12.875 e 12.291 de 2013). Apresentação CRIMES ELEITORAIS Quais os principais crimes eleitorais? QUEM PODE SER PRESO NO DIA DA eleição? Recomendações à polícia
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