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/ Direito Eleitoral Aula 09: Crimes eleitorais Apresentação Nesta aula, analisaremos a previsão legal dos crimes eleitorais, os bens jurídicos tutelados e a classi�cação dos crimes eleitorais. Também abordaremos as sanções previstas na Lei da Ficha Limpa e os seus efeitos no processo eleitoral. Objetivos Identi�car os crimes eleitorais e as respectivas penas, bem como a aplicação subsidiária do Código Penal aos crimes eleitorais; Identi�car as condutas eleitorais ilegais tipi�cadas na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010); Reconhecer os temas da minirreforma eleitoral de 2017. Palavras iniciais Nas aulas anteriores, já abordamos que o Direito Eleitoral está embasado na nossa Carta Maior, a Constituição Federal de 1988, porém o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) é a norma que regulamenta os direitos políticos da população, organiza o processo das eleições e prevê alguns tipos penais. Como é de seu conhecimento, nossa sociedade está em frequente evolução; com isso, as normas também precisam evoluir para atender às necessidades do povo. / No Direito Eleitoral não é diferente, outras legislações eleitorais com �guras típicas penais foram surgindo e passaremos, então, a estudá-las: A Lei nº 6.091/74 dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais e tipi�ca no art. 11 as condutas típicas penais .1 A Lei nº 6.996/82, em seu art. 15, prevê a tipi�cação penal a todos aqueles que alterarem os resultados, no processamento eletrônico das cédulas, reportando-se à pena de reclusão de até 5 (cinco) anos e pagamento de 5 a 15 dias-multa, prevista no art. 315 do Código Eleitoral. A Lei 7.021/82 prevê como crime eleitoral qualquer dano promovido contra a cabina de votação no dia do escrutínio. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atenção A Lei das Inelegibilidades (LC 64/90) foi sensivelmente alterada pela Lei da Ficha Limpa, Lei Complementar nº 135/2010, que estudaremos ainda nesta aula. Outras leis acrescentaram regras e infrações ao ordenamento jurídico. No que se refere a eleições, vamos analisar a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), que possui em seu texto nove tipos penais: Divulgação de pesquisa fraudulenta: art. 33 da LE, que prevê detenção e multa para os envolvidos que de qualquer forma viciar as pesquisas eleitorais; Retardar, impedir ou di�cultar o acesso dos partidos políticos aos dados relativos às pesquisas eleitorais: art. 34, § 1º e § 2º da LE; Irregularidades nos dados publicados em pesquisas eleitorais, art. 34 § 3º da LE; Boca de Urna: art. 39, § 5º, LE, que é a veiculação de propaganda no dia da eleição; Usar, na propaganda eleitoral, símbolos, frases ou imagens, associadas ou semelhantes às empregadas por órgão estatal, art. 40; Contratar, direta ou indiretamente, grupo de pessoas a �m de que emita mensagens ou comentários na internet com o objetivo de ofender a honra ou denegrir a imagem de candidato, partido ou coligação, art. 57-H; Omissão de entrega do boletim de urna, art. 68 LE; Crimes contra o sistema de tratamento automático de dados, art. 72 da LE; Retenção de título eleitoral ou do comprovante de alistamento eleitoral, art. 91 da LE. A maior parte dos crimes eleitorais está tipi�cada no Código Eleitoral, na Lei nº 4.737/65, e distribuída nos artigos 45, 47, 68, 71, 129 e do art. 289 a art. 354. Vamos analisar brevemente esses artigos. Os artigos 45, §§ 9º e 11º; art. 47, do art. 45 do CE fazem referência ao art. 293 do próprio CE, que prevê a detenção ou multa para aqueles que, de qualquer forma, perturbarem ou impedirem o alistamento eleitoral. http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0190/aula9.html / Já os art. 68 e 71 reportam-se à pena de reclusão de até 5 (cinco) anos e multa-dia, prevista no art. 291 do CE, caso o juiz efetue a inscrição do alistando eleitoral de forma fraudulenta. Do mesmo modo, não pode o eleitor inscrever-se de forma fraudulenta no alistamento eleitoral, sob pena de reclusão de 5 (cinco) anos e pagamento de multa-dia, veja o art. 289. Nota-se um esforço do legislador em promover a democracia e preservar a legalidade das eleições, cujos bens jurídicos tutelados são a liberdade do direito de sufrágio e o princípio democrático. Para quem tentar impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio, o art. 129 prevê de detenção e multa-dia, prevista no art. 297 do CE. Como já estudado anteriormente, o art. 14 da CF/88 prevê o voto secreto, e o Código Eleitoral, em seu art. 312, atribui a pena de detenção de até 2 (dois) anos para quem violar ou tentar violar o sigilo do voto. Saiba mais Em 2009, a Lei das Eleições foi alterada, �cando proibido o ingresso na cabine de votação com aparelho celular ou qualquer outro equipamento que possa registrar o voto. Veja o art. 91-A da Lei das Eleições e con�ra! Para �ns didáticos, os crimes eleitorais podem ser assim classi�cados: Crimes eleitorais relativos à formação do corpo eleitoral – arts. 289 ao 293 do CE, 295 do CE e 91, parágrafo único, da Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições (LE); Crimes eleitorais relativos à formação e ao funcionamento dos partidos políticos – arts. 319 ao 321, 338 e 346 do CE; Crimes eleitorais em matéria de inelegibilidades – art. 25 da LC nº 64/1990; Crimes eleitorais relativos à propaganda eleitoral – arts. 323 ao 327, 331, 332, 334, 335, 336 e 337 do CE, 33, § 4º, 34, §§ 2º e 3º, 39, § 5º, 40, da LE; Crimes eleitorais relativos à votação – arts. 297 ao 312 e 316 do CE; Crimes eleitorais relativos à garantia do resultado legítimo do pleito – arts. 313, 314, 317 e 318 do CE e art. 72 da LE; Crimes eleitorais concernentes à organização e ao funcionamento dos serviços eleitorais – arts. 296, 339-345 e 347 do CE; Crimes contra a fé pública eleitoral – arts. 348-354 do CE. Atenção O Código Penal é aplicado subsidiariamente ao Código Eleitoral, veja o art. 287 do CE. Vamos estudar agora a Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/2010), que é fruto da iniciativa da população brasileira. Em 1999, diversos setores da sociedade brasileira se uniram para iniciar o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que tinha por objetivo combater a corrupção eleitoral e promover um trabalho educativo de conscientização da importância do voto, com o foco em eleições mais justas e transparentes. Pela regra, conforme nos ensina José Jairo Gomes (2019), a regra geral é a elegibilidade dos candidatos, porém existem casos em que os candidatos �cam impedidos de se candidatar a cargos políticos, são os casos de inelegibilidade. / A Lei da Ficha Limpa alterou a LC nº 64/90 e aumentou de 3 (três) para 8 (oito) anos a inelegibilidade dos políticos após o cumprimento da pena, além de acrescentar novas hipóteses de inelegibilidade e de condenação por determinados crimes. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Art. 1º. São inelegíveis Clique no botão acima. Art. 1º. São inelegíveis I - para qualquer cargo: e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 2. contra o patrimônio privado, o sistema �nanceiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Lei Complementarnº 135, de 2010) 7. de trá�co de entorpecentes e drogas a�ns, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 8. de redução à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 9. contra a vida e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) 10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010) Atenção A Lei da Ficha Limpa excluiu os crimes culposos, de menor potencial ofensivo, e os crimes de ação penal privada. / Em 2015 foi aprovada a Lei 13.165, apelidada de Minirreforma Eleitoral de 2015, que promoveu importantes alterações nas regras das eleições ao introduzir mudanças nas Leis n° 9.504/1997 (Lei das Eleições), nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (Código Eleitoral). A ideia principal dessa lei é simpli�car administração dos partidos políticos, porém listamos abaixo as principais mudanças que impactam no ordenamento jurídico eleitoral, no que tange os crimes eleitorais: Proibição do �nanciamento eleitoral por PJ. Ficou proibido o �nanciamento eleitoral por pessoas jurídicas, con�rmando o posicionamento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) de decidir pela inconstitucionalidade das doações de empresas a partidos e candidatos. Pré-candidatura. Permitiu que os pré-candidatos se apresentem sem con�gurar propaganda eleitoral antecipada. Registro de candidatos. Aumentou o prazo para registro de candidatos pelos partidos políticos e pelas coligações nos cartórios para até às 19 horas do dia 15 de agosto de 2016. Saiba mais Con�ra a íntegra dos artigos da Lei 13.165/2015: Em 2017, foram promovidas novas alterações no ordenamento jurídico eleitoral, com a denominada Minirreforma de 2017 (Lei nº 13.487 e Lei nº 13.488/2017), que alterou a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), a Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) e a Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral). Destacamos abaixo os principais pontos que se correlacionam com os crimes eleitorais. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Clique nos botões para ver as informações. javascript:void(0); / Parcelamento das multas eleitorais: as multas devem ser regularizadas, inclusive parceladas, até o registro da candidatura; do contrário, a candidatura não poderá ser aceita; Crowdfunding ou vaquinha virtual: ao contrário do que parece, as vaquinhas virtuais são permitidas pela lei, sendo uma forma que o legislador encontrou para se adaptar às novas tecnologias, permitindo que partidos políticos e candidatos arrecadem recursos �nanceiros a partir de websites; Multa em caso de doações acima dos limites: a doação de quantia acima dos limites �xados neste artigo sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% da quantia em excesso; Campanha eleitoral por meio de posts impulsionados: entende-se por post impulsionado o anúncio pago para divulgar uma candidatura, portanto, é possível que um candidato, um partido ou uma coligação pague determinado valor ao Facebook, ao Instagram ou a outras redes sociais para que o post apareça em destaque. A violação desse dispositivo legal pode sujeitar o responsável ao pagamento de multa; Publicação na internet de novos conteúdos ou impulsionamento no dia da eleição: con�gura-se como crime, com pena de multa, o impulsionamento de anúncio no dia da eleição. As propagandas já existentes antes do dia da eleição não con�guram crime; Outras regras sobre propaganda na internet: o impulsionamento de anúncios nas redes sociais só pode ser feito por candidato, partido ou coligação; do contrário, o responsável �cará sujeito a multa. Alterações na Lei 9.504/97 (Lei das Eleições Vedações ao recebimento de auxílio �nanceiro: proíbe o recebimento de auxílio �nanceiro direta ou indiretamente. Alterações na Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) Apropriação indébita eleitoral: criou o crime de apropriação indébita, conforme abaixo: Art. 354-A. Apropriar-se o candidato, o administrador �nanceiro da campanha, ou quem de fato exerça essa função, de bens, recursos ou valores destinados ao �nanciamento eleitoral, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. Por tudo exposto, pode-se concluir que a Justiça Eleitoral vem cada vez mais exercendo importante papel no ordenamento jurídico brasileiro. Alterações no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) Saiba mais Veja matéria sobre as mudanças ocorridas nas eleições de 2018 javascript:void(0); / Atividade 1 - (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2019 - Tribunal de Justiça - BA (TJ/BA) - Juiz de Direito Substituto) Com base na lei e na jurisprudência do TSE acerca dos processos judiciais e dos recursos eleitorais, assinale a opção correta. a) Em razão do princípio da inalterabilidade das decisões judiciais, o juízo de retratação realizado pelos juízes eleitorais, quando do recebimento de recursos, exige pedido expresso da parte recorrente. b) A partir das eleições municipais de 2016, nas ações de investigação judicial eleitoral, é facultativo o litisconsórcio passivo entre o responsável pela prática de abuso de poder político e o candidato beneficiado pelo ato ilegal. c) Para que uma ação que vise apurar abuso de poder seja julgada procedente, é necessário comprovar que o evento, além de afetar o equilíbrio na disputa eleitoral, pode alterar o resultado das eleições. d) A União é parte legítima para requerer a execução de multa por descumprimento de ordem judicial no âmbito da justiça eleitoral. e) Em processo de cassação de mandato de governador e de vice-governador, há interesse jurídico dos respectivos deputados estaduais para ingressar na demanda, autonomamente, como terceiros prejudicados 2 - (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2019 - Tribunal de Justiça - BA (TJ/BA) - Juiz de Direito Substituto) A respeito dos crimes eleitorais e do processo penal eleitoral, julgue os itens a seguir. I - No crime de calúnia eleitoral, a prova da verdade do fato é admitida ainda que, sendo o fato imputado objeto de ação penal privada, o ofendido tenha sido condenado por sentença recorrível. II - A transação penal e a suspensão condicional do processo não são admitidas no processo penal eleitoral. III - Constitui crime a contratação, direta ou indireta, de grupo de pessoas com a �nalidade de emitir mensagens ou comentários na Internet para ofender a honra de candidato, partido ou coligação. IV - De acordo com o Código Eleitoral, os TREs e o TSE possuem competência para julgar habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração. Assinale a opção correta: a) Estão certos apenas os itens I e II. b) Estão certos apenas os itens I e IV. c) Estão certos apenas os itens II e III. d) Estão certos apenas os itens III e IV. e) Todos os itens estão certos. 3 - (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos UnB (CESPE) - 2018 - Tribunal de Justiça - CE (TJCE/CE) - Juiz Substituto) A apelação criminal eleitoral deverá ser: a) Recebida exclusivamente no efeito devolutivo. b) Recebida no efeito suspensivo quando interposta contra sentença condenatória. c) Recebida no efeito suspensivo quando a sentença for absolutória e o réu estiver preso preventivamente. d) Interposta no juízo a quo no prazo de três dias, contados da publicação da sentença. e) Interposta diretamente no TRE, com comunicação ao juízo a quo no prazo de cinco dias, contados da publicação da sentença. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); / 4 - (Fundação Carlos Chagas (FCC) - 2018 - Câmara Legislativa do DF - DF (CLDF/DF) - Procurador Legislativo) Das decisões dos Tribunais Regionais cabe recurso especial para o Tribunal Superior Eleitoral quando: a) houver negativa de vigência de normas partidárias. b)o acórdão decidir sobre pedido de medida liminar. c) houver violação do Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral. d) o acórdão violar legislação municipal ou estadual. e) forem proferidas contra expressa disposição de lei federal. 5 - (CONSULPLAN Consultoria - 2018 - Tribunal de Justiça - MG (TJMG/MG) - Juiz de Direito Substituto) Sobre os crimes eleitorais, assinale a alternativa incorreta. a) O crime de inscrição fraudulenta de eleitor não comporta cometimento por coautoria. b) O erro de tipo, uma vez configurado, acarreta sempre a atipicidade da conduta imputada. c) O pedido explícito de voto é requisito para a configuração do crime de corrupção eleitoral ativa. d) O crime de falsidade ideológica eleitoral pode ser cometido mediante inserção de informação falsa em prestação de contas de campanha ou omissão de informação que dela deveria constar. 6 - (Universidade Estadual de Goiás / Núcleo de Seleção (UEG) - 2018 - Polícia Civil - GO - Delegado de Polícia) Os crimes eleitorais cometidos por juízes eleitorais serão processados e julgados: a) por juiz eleitoral de outra zona eleitoral. b) pelo Tribunal Superior Eleitoral, após instrução realizada pela Corregedoria Regional Eleitoral à qual esteja vinculado o magistrado processado. c) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado em que o magistrado processado exerce a sua jurisdição. d) pelo Tribunal de Justiça, se o juiz eleitoral processado for juiz de Direito, e pelo Tribunal Regional Federal, se o juiz eleitoral processado for juiz Federal. e) pelo Conselho Nacional de Justiça, cabendo recurso ao Supremo Tribunal Federal. 7 - (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP) - 2018 - Polícia Civil - SP (PC/SP) (4ª edição) - Delegado de Polícia) Considere o seguinte caso hipotético: X, administrador �nanceiro da campanha de Y à Prefeitura Municipal, apropria-se de recursos ou valores destinados ao �nanciamento eleitoral, em proveito próprio. É correto a�rmar que: a) não cometeu crime eleitoral, pois sua conduta tipifica crime previsto no Código Penal. b) cometeu um crime eleitoral apenado com reclusão e de ação penal pública. c) não cometeu qualquer crime, pois exerce a função de administrador financeiro, cabendo apenas responsabilidade civil. d) cometeu um crime eleitoral apenado com detenção e de ação penal pública. e) cometeu um crime eleitoral apenado com detenção e de ação penal privada. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); / 8 - (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP) - 2018 - Polícia Civil - BA - Investigador de Polícia) A respeito das disposições penais do Código Eleitoral, assinale a alternativa correta. a) Constitui crime dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, desde que a oferta seja aceita. b) Constitui crime rubricar e fornecer a cédula oficial em outra oportunidade que não a de entrega desta ao eleitor. c) Constitui crime diminuir os preços de utilidades e serviços necessários à realização de eleições, tais como transporte e alimentação de eleitores, impressão, publicidade e divulgação de matéria eleitoral. d) Constitui crime observar a ordem em que os eleitores devem ser chamados a votar. e) Constitui contravenção penal perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento. Notas As condutas típicas penais 1 O servidor público deve informar à Justiça Eleitoral, 50 dias antes das eleições, informações sobre veículos ou embarcações que �carão disponíveis para o transporte nos dias da eleição, sob pena de detenção de 60 a 100 dias-multa art. 11, I; Caso não haja veículos disponíveis, o agente público responsável pelo órgão deverá providenciar os meios de locomoção, sob pena de pagamento de 200 a 300 dias-multa; Os veículos devem ser utilizados no dia da eleição e as refeições aos eleitores rurais só podem ser fornecidas pela Justiça Eleitoral; se descumprir essa determinação legal, o agente público �cará sujeito a pena - reclusão de quatro a seis anos e pagamento de 200 a 300 dias-multa (con�ra o previsto no art. 302 do Código Eleitoral); Caso o agente público obste a utilização dos veículos ou di�culte de qualquer forma o fornecimento de alimentação aos eleitores rurais, �cará sujeito à pena de reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos; É proibido utilizar em campanha eleitoral, no decurso dos 90 dias que antecedem o pleito, meios de transportes públicos, sob pena de cancelamento do registro do candidato ou de seu diploma, se já houver sido proclamado eleito. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências //www.anpr.org.br/leida�chalimpa. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei no 6.091, de 15 de agosto de 1974. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6091.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 6.996, de 7 de junho de 1982. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/L6996.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 7.021, de 6 de setembro de 1982. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1980-1988/L7021.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965. Institui o Código Eleitoral. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4737.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as eleições. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9504.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL Lei nº 9 096 de 19 de setembro de 1995 Lei dos Partidos Políticos Disponível em: javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); / BRASIL. Lei n 9.096, de 19 de setembro de 1995. Lei dos Partidos Políticos. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9096.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp64.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei complementar nº 135, de 4 de junho de 2010. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp135.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 13.487, de 6 de outubro de 2017. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2017/Lei/L13487.htm. Acesso em: 10 set. 2019. BRASIL. Lei nº 13.488, de 6 de outubro de 2017. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 2018/2017/Lei/L13488.htm. Acesso em: 10 set. 2019. GOMES, J. J. Direito Eleitoral. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2019. ZÍLIO, R. L. Direito Eleitoral: noções preliminares, elegibilidade e inelegibilidade, processo eleitoral (da convenção à prestação de contas), ações eleitorais. 3. ed. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2012. Próxima aula Casos concretos referentes aos crimes eleitorais; Principais decisões e jurisprudência sobre o Direito Eleitoral, acerca dos crimes eleitorais, relativas à manutenção da ordem na Justiça Eleitoral. Explore mais Cartilha de crimes eleitorais de 2018; STF decide que crimes ligados a caixa 2 devem ser julgados pela Justiça Eleitoral. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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