Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS PELÁGICOS CONCEITO Uma espécie é considerada pelágica quando vive em plena água (Pelagos), livre de todo o contato com o fundo, e não depende dele para a sua sobrevivência. Chama-se de domínio pelágico. CLASSIFICAÇÃO Pode-se dividir o domínio pelágico em dois grandes conjuntos, em função do grau de liberdade dos seres que povoam, em relação aos deslocamentos nas massas d’água: Plancton e Necton. 2.1- Plancton – é formado pelo conjunto de vegetais e animais, em estágio larval ou adulto, que possuem movimentos próprios, embora estes, não sejam suficientemente fortes para vencerem as massas d’água. Flutuam mais ou menos passivamente nas águas. Esta passividade dos deslocamentos é a característica fundamental da vida planctônica. 2.2 – Necton – ao contrário dos seres planctônicos, são organismos que possuem grande mobilidade, se deslocando mesmo contra as correntes e ondas, por natação ativa. Estão compreendidos apenas animais. PLANCTON CONCEITO É formado pelo conjunto de bactérias, protistas, vegetais e animais, em estágio larval ou adulto, que possuem movimentos próprios, embora estes, não sejam suficientemente fortes para vencerem as massas d’água. Flutuam mais ou menos passivamente nas águas. Esta passividade dos deslocamentos é a característica fundamental da vida planctônica. HISTÓRICO O termo PLANCTON foi empregado pela primeira vez na literatura científica em 1887, por Hensen, designando: “tudo que flutua nas águas”. Este conceito, muito vasto, engloba os organismos vivos e materiais em suspensão (orgânicos ou inorgânicos). Este material em suspensão que não é o plancton propriamente dito é denominado de SESTON. Atualmente, utilizando-se o conceito mais completo do termo plancton, utiliza-se também outros termos, a exemplo de: SESTON – partículas na água que podem ser captadas pelos organismos filtradores; PLANCTON – fração viva; TRIPTON – detritos de origem orgânica; PLEUSTON – organismos cujos deslocamentos são regidos pelos ventos, uma vez que parte do seu corpo ultrapassa a superfície da água. Ex: Sifonóforos (Physalia, Vellela, Porpita), Gástropodos (Janthina), alguns cirripédeos pedunculados, alguns isópodos decápodos; NEUSTON – povoamento da interface oceano-atmosfera. Ex: hemípteros (Halobates). IMPORTÂNCIA Constitue os primeiros elos da teia trófica que é de produtor primário (Fitoplancton) e secundário (Zooplancton). 4. CLASSIFICAÇÃO – Segue vários critérios. 4.1 -CRITÉRIO AMBIENTAL 4.1.1 – Haloplancton – Ambiente marinho 4.1.2 – Limnoplancton – Ambiente de água doce 4.1.3 – Hifalmiroplancton – Ambiente de água salobra 4.2 – CRITÉRIO TAXONÔMICO 4.2.1- Fitoplancton – vegetal . Ex: Cyanophyta, Pyrhophyta, Chrysophyta. 4.2.2- Zooplancton – animal. Ex: Protozoa, Cnidaria, Nermertinea, Aschelminthes, Mollusca, Annelida, Arthropoda, Chaetognata, Chordata 4.2.3 – Bacterioplâncton - bactérias 4.3 – CRITÉRIO BIOLÓGICO 4.3.1– Holoplancton – plancton permanente. Ex: Quase todos os animais. “Quase todo o fitoplancton”, exceto aqueles que formam cistos ou esporos 4.3.2– Meroplancton – plancton temporário. Ex: Cnidaria, alguns peixes, espécies que formam cistos de resitência. 4.4 - CRITÉRIO DIMENSIONAL 4.4.1 – Segundo Pérès (1963) a) Ultraplancton – termo usado para designar organismos muito pequenos, inferior a 5 (m. Ex: bactérias e pequenas espécies de flagelados. b) Nanoplancton – compreende formas cujas dimensões variam entre 50 a 60 (m até 5 (m. Ex: pequenas diatomáceas, dinoflagelados, cocolitoforídeos, protozoários, etc: c) Microplancton – é composto de organismos cujas dimensões estão compreendidas entre 1mm e 50 a 60 (m. Ex: zooplancton menor e fitoplancton maior. d) Mesoplancton – formas cujas dimensões variam de 5mm a 1mm. Ex: maioria do zooplancton. e) Macroplancton – compreende formas cujos tamanhos são maiores que 5mm. Ex: Sifonóforo (Apomelia) f) Megaloplancton – macroplancton excepcionalmente grandes cujos tamanhos atingem até alguns metros. Ex: Algumas medusas, algas (Sargassum). 4.4.2 – Segundo Dussart (1965) Ultraplancton - ( 2 (m. Ex: bacterioplancton. b) Nanoplancton – 2 a 20 (m. Ex: fitoplancton pequeno. c) Microplancton – 20 a 200 (m. Ex: grandes fitoplanctontes, pequenos zooplanctontes. d) Macrozooplancton – 200 a 2000 (m. Ex: zooplancton e) Megaplancton ( 2000 (m. Ex: zooplancton maior, medusas, larvas de peixes. 4.4.3 – Segundo Sieburth et al. (1978) a) Femtoplancton – 0,02 a 0,2 (m. b) Picoplancton – 0,2 a 2,0 (m. c) Nanoplancton – 2,0 a 20 (m. d) Microplancton – 20 a 200 (m. e) Mesoplancton – 0,2 a 20 mm f) Macroplancton – 2,0 a 20 cm g) Megaloplancton – 20 a 200 cm 4.5– CRITÉRIO TOPOGRÁFICO 4.5.1– DISTRIBUIÇÃO HORIZONTAL 4.5.1.1 – Plancton nerítico (rico em meroplancton) – Plancton oceânico (rico em holoplancton) 4.5.2 – DISTRIBUIÇÃO VERTICAL 4.5.2.1– Segundo Haeckel (1890) superficial ou pelágico – plancton superficial abissal ou bathybico – plancton das regiões mais profundas. 4.5.2.2– Segundo Fowler (1898) epiplancton – plancton entre 0 – 100 fátons mesoplancton – plancton 100 fátons acima do fundo hypoplancton – plancton abaixo de 100 fátons 4.5.2.3– Segundo Lo Bianco (1903) classificação baseada na luz Phaeo – plancton na luz (de 0 a 30 m) Knepho – plancton na sombra ou penumbra (30 a 500 m) Skoto – plancton no escuro que ocorre nas maiores profundidades. 4.5.2.4– Segundo Friedrich (1973) Epipelagial – zona fótica Mesopelagial – parte superior da zona afótica, cujo limite coincide aproximadamente com a isoterma de 10(C e assim varia entre 100 e 700 m. Batipelagial – parte intermediária da zona afótica que estende entre as isotermas de 10(C e 4(C. Abissopelagial – zona afótica profunda que se estende até a profundidade de 6000 m Hadopelagial – região das fossas 4.6– OUTROS CRITÉRIOS Hentschel (1937) – introduziu o termo KINETIC para protozoários, metazoários e peridíneos e AKINETIC para as diatomáceas; Haeckel (1890 e 1892) – classificou o plancton de acordo com a sua abundância relativa em: MONÓTONO – cerca de 75% dos indivíduos pertencem a uma única espécie; PREVALENTE – cerca de 50% dos indivíduos pertencem a uma única espécie; POLIMICTO – várias espécies são dominantes; PANTOMICTO – nenhuma espécie é dominante. Hutchinson (1969) – classificou as águas de acordo com a sua abundância de plancton em: EUTRÓFICAS – águas ricas em plancton; MESOTRÓFICAS – águas nem ricas nem pobres em plancton; OLIGOTRÓFICAS – águas pobres em plancton. Pode-se dizer que um ambiente (aquático) é EUTRÓFICO (rico em plancton), MESOTRÓFICO (nem rico nem pobre em plancton) ou OLIGOTRÓFICO (pobre em plancton). É importante ressaltar que em ambientes oligotróficos o bacterioplancton (Picoplancton) tem um papel fundamental na reciclagem da matéria, assegurando assim, o alimento aos elos superiores da cadeia trófica. AUTHOCTONOUS – plancton ou material particulado produzido no ecossistema; ALLOCHTHONOUS – plancton ou material particulado trazido de fora para dentro do ecossistema. Steuer utilizou o termo “ALOGENÉTICO” paraformas planctônicas introduzidas ocasionalmente do oceano para os mares costeiros que logo depois desaparecem.
Compartilhar