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TCC-Detecção de parasitas no globo ocular dos peixes (Teleostei - Actinopterygii)

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO 
Escola da Saúde e Meio Ambiente 
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
Detecção de parasitas no globo ocular dos peixes 
(Teleostei: Actinopterygii) 
 
 
 
 
Thuanny S.R.A.AQUINO 
Matrícula: 2017240087 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 
Rio de Janeiro- RJ 
2022 
 
 
 
THUANNY S. R. A. AQUINO 
Aluno (a) do Curso de Ciências Biológicas da UCB 
Matrícula: 2017240087 
 
 
 
 
 
Detecção de parasitas no globo ocular dos peixes 
(Teleostei: Actinopterygii) 
 
 
 
Trabalho de Conclusão do Curso de Ciências Biológicas apresentado a Escola 
da Saúde e Meio Ambiente da Universidade Castelo Branco como requisito 
parcial para a obtenção do título de Licenciado (Bacharel) em Ciências 
Biológicas. 
 
 
2
Orientador (a): FABIO MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é dedicado a Deus, meu socorro 
em momentos de angústia, por abrir espaços 
frente às dificuldades e por ser meu guia na 
tarefa de lutar pela minha felicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Em primeiro lugar, а Deus, que fez com que meus objetivos fossem 
alcançados, durante todos os meus anos de estudos. Ao professor Fabio Moras, 
por ter sido meu orientador e ter desempenhado tal função com dedicação e 
carinho e por último agradeço às pessoas com quem convivi ao longo desses anos 
de curso, que me incentivaram e que certamente tiveram impacto na minha 
formação acadêmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
RESUMO 
 
Os peixes apresentam uma grande variedade de parasitas do que qualquer outra classe 
de vertebrados, isso ocorre justamente por esses organismos terem vivido por um longo período 
de tempo em estreita associação com a maior variedade de formas de invertebrados, sua 
presença, ou falta da mesma, pode determinar o papel integral dos parasitas nos ecossistemas 
naturais, além disso dependendo do espécime parasitaria pode-se identifica se há problemas 
neste ambiente. 
O presente TCC traz à luz o estudo parasitológico voltado a coleta, detecção e analise 
dos parasitos do globo ocular do Teleostei, este microrganismo do reino da Animalia da classe 
Osteicthyes, especificamente a presença de endoparasitos em sua região ocular, através do 
estudo bibliográfico, quais são os parasitos mais comuns encontrados dentro deste animal, 
mixosporídeos e larvas de digenéticos, o ciclo de vida destes e os malefícios ocasionados no 
hospedeiro, também veremos a estrutura anatômica do globo ocular do animal, sua similaridade 
e diferença com estrutura anatômica do globo ocular humana. 
Tratando-se de um TCC, onde será realizado um levantamento bibliográfico associado 
a análise de relatórios de pesquisa biológica confeccionados no Centro de estudo e pesquisa do 
Laboratório de Parasitologia de Peixes da Universidade Castelo Branco, apresentando as 
taxonomias mais comuns de parasitos encontrados nos peixes ósseo , método de detecção, 
síntese dos relatórios das análises parasitológicas no laboratório da UCB, se há ou não riscos à 
saúde humana pela contaminação através do consumo do peixe contaminado e a melhor 
profilaxia e recomendação no manuseio do peixe para fins de consumo. 
Por fim, além da técnica a ser apresentada o material utilizado, os principais grupos 
parasitológicos identificados em laboratório e o conhecimento sobre os benefícios das técnicas 
básicas, mais utilizadas, para a coleta dos parasitos. 
 
 
 
 
 
 
 
6
 
ABSTRACT 
 
Fish have a greater variety of parasites than any other class of vertebrates, 
this is precisely because these organisms have lived for a longer period of time in 
close association with a greater variety of invertebrate forms, their presence, or 
lack thereof, can determine the integral role of parasites in natural ecosystems, in 
addition, depending on the parasite specimen, it can be identified if there are 
problems in this environment. 
The present research brings to light the parasitological study aimed at 
collecting, detecting and analyzing the parasites of the eyeball of the Teleostei, 
this microorganism from the kingdom of Animalia of the class Osteicthyes, 
specifically the presence of endoparasites in its ocular region, through the 
bibliographic study, which are the most common parasites found inside this 
animal, myxosporidia and larvae of digeneans, their life cycle and the harm 
caused in the host, we will also see the anatomical structure of the eyeball of the 
animal, its similarity and difference with the anatomical structure of the human 
eyeball . 
This is a monographic work, where a bibliographic survey will be carried 
out associated with the analysis of biological research reports made at the Study 
and Research Center of the Laboratory of Fish Parasitology at Castelo Branco 
University, presenting the most common taxonomies of parasites found in fish. 
bone, detection method, synthesis of parasitological analysis reports in the UCB 
laboratory, whether or not there are risks to human health from contamination 
through the consumption of contaminated fish and the best prophylaxis and 
recommendation in handling the fish for consumption purposes. 
Finally, in addition to the technique to be presented, the material used, the 
main parasitological groups identified in the laboratory and knowledge about the 
benefits of the most used basic techniques for the collection of parasites 
 
7
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 2 – ................................................................................... 22 pag. 
FIGURA 3 – ................................................................................... 22 pag. 
FIGURA 4 – ................................................................................... 22 pag. 
FIGURA 5 – ................................................................................... 22 pag. 
FIGURA 6- ................................................................................... 23 pag. 
FIGURA 7- ................................................................................... 23 pag. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
SUMÁRIO 
9 
 
 
1. INTRODUÇÃO ..........................................................................................11 
 
2. OBJETIVOS ...............................................................................................11 
2.1 GERAL ....................................................................................................11 
2.2 ESPECÍFICO...........................................................................................11 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS .....................................................................11 
3.2. TIPO DE PESQUISA................................................................................ 
3.3. MÉTODOS DE ANÁLISE....................................................................... 
 
4. RESULTADOS ...........................................................................................12 
4.1. TRABALHO EM LABORATÓRIO.................................................... 
4.1.1. MÉTODOS DE DETECÇÃO EM LABORATÓRIO .................... 
4.3.2. INSTRUMENTOS LABORATORIAIS UTILIZADOS ................ 
4.3.2.1. LISTA DE MATERIAIS UTILIZADOS DURANTE A 
COLETA................. 
4.3.2.2. LISTA DE MATERIAIS UTILIZADOS DURANTE A ANÁLISE 
............................................................................................................................ 
4.4. DADOS COMPLEMENTARES.............................................................. 
4.4.1. A PREPARAÇÃO DOS AGENTES FIXADORES.......................... 
4.5. DAS ANALISES DE DADOS................................................................ 
4.5.1 ECOLOGIA DA COMUNIDADE DOS METAZOÁRIOS PARASITAS DA 
ANCHOVETA DO ATLÂNTICO CETENGRAULIS EDENTULUS 
(ACTINOPTERYGII: ENGRAULIDAE)
DE SEPETIBA BAÍA, R.J, 
BRASIL............................................................................................................. 
 
5. DISCUSSÃO ................................................................................................13 
5.1. ANATOMIA DO GLOBO OCULAR DO TELEOSTEI ..................... 
5.2 PARASITO ................................................................................................ 
9
10 
 
5.3. TAXONOMIA DOS PARASITOS ENCONTRADOS NO OLHO DO PEIXE 
...................................................................................................................................... 
5.3.1. TAXONOMIA .................................................................................................. 
5.3.2. MICROBIOTA PARASITARIA.................................................................. 
5.3.2.1 FILO MVXOZOA .................................................................................... 
5.3.2.1.1. SUBFILO MYXOZOA GRASSÉ...................................................... 
5.3.2.1.2. SUBIFILO MYXOSPOREA BÜTSCHLI.......................................... 
5.3.2.2. TREMATODA: SUBCLASSE DIGÊNEA........................................... 
5.3.4. DETECÇÃO DE PARASITO................................................................. 
5.4. PROTOCOLO DE SEGURANÇA NO CONSUMO DOS PEIXES......... 
5.4.1 A SEGURANÇA ALIMENTAR................................................................. 
5.4.2. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS.................................. 
5.4.2.1. DOENÇAS ALIMENTARES POR CONTAMINAÇÃO DESTES 
PARASITOS............................................................................................................. 
5.4.3. PROFILAXIA E CUIDADOS DA PISCICULTURA.............................. 
5.4.3.1 CUIDADOS DOS PESCADOS NA PISCICULTURA.......................... 
5.4.4 PROFILAXIA DOS PEIXES ANTES E DURANTE O CONSUMO............ 
5.4.5 PREVENÇÃO 
6. CONCLUSÕES ............................................................................................19 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................20. 
 
ANEXOS (APÊNDICE) ....................................................................................21 
 
 
 
 
 
 
 
10
 
 
11 
1. INTRODUÇÃO 
 
Parasitos ou parasitas? a forma mais conhecida e popular é parasita, entretanto, o correto 
ao se referir a estes microrganismos, de forma cientifica, é parasito, isto de acordo com o 
glossário da Sociedade Brasileira de Parasitologia, sendo que o termo parasita pode e deve ser 
empregado, como o tempo do verbo parasitar; o conceito a respeito dos parasitos, é de seres 
classificados como Ecto ou Endoparasitas. Os Ectoparasitas são os que se localizam na parte 
externa do hospedeiro, enquanto, os Endoparasitas estão localizados na parte interna do 
hospedeiro; estes seres são conhecidos pela sua relação simbiótica e ecológicas interespecífica, 
ou seja, relações entre seres que pertencem a espécies diferentes, neste caso sua sobrevivência 
depende de outro ser vivo, pois, este sobrevive à base de um hospedeiro. 
A presente pesquisa traz à luz o estudo da presença destes microrganismos no ser vivo 
no reino da Animalia da classe Osteicthyes, especificamente a presença de endoparasitos em 
sua região ocular, em outros termos, será realizado um estudo através de um levantamento 
bibliográfico sobre a presença de parasitos nos olhos dos peixes, apresentando os meios de 
contágio do peixe, malefícios ocasionados no hospedeiro, consequências da ingestão por seres 
humanos de peixes contaminados, e por fim, a adequada profilaxia, para evitar a contaminação 
por seres humanos ao preparar o peixe para o consumo. 
Os parasitos mais comuns encontrados dentro deste animal são Mixosporídeos e larvas 
de Digenéticos, que podem ser observados por meio dos equipamentos voltados para análise de 
organismos microscópico, após a remoção através da técnica de dissecação, com isso e possível 
verificar se há ou não a presença de microrganismos parasitários. 
Os Mixosporídeos são cnidosporídeos, da ordem Myxosporidia, bivalves, com um a 
quatro filamentos polares, e esporos grandes, que parasitam tecidos e cavidades dos vertebrados 
inferiores, principalmente dos peixes. já os Digeneticos ,tambem conhecidos como Digeneas, é 
uma sub-classe da classe Trematoda do filo Platyhelminthes sendo o grupo mais abundante de 
parasitas deste filo este e relativo à digênese, sucessão alternada de duas formas de reprodução, 
uma sexuada e outra assexuada, em muitos casos sua forma laval(metacercárias) podem 
localizada nas brânquias, olhos, encéfalo, pericárdio, musculatura, cavidade geral, parede 
interna e vários órgãos e mesentério. 
11
 
 
12 
 
A presente pesquisa tem por finalidade também em sua conclusão, trazer o 
conhecimento sobre os benefícios das técnicas básicas mais utilizadas para a coleta dos 
parasitos, a análise e a forma de evitar a contaminação deste pelo ser humano. 
Embora a estrutura do globo ocular de um peixe é quase idêntica à do de um ser humano, 
com exceção do cristalino, a parte de trás da íris que focaliza a luz sobre a retina, no entanto à 
diferença entre os meios nos quais vivemos, em um ambiente arejado e com mais luz, nosso 
cristalino é plano e fino (figura 1), já os peixes vivem em um habitat aquoso e com menos luz, 
e como resultado seu cristalino é grosso e em forma de bola de gude como vemos na Figura 2. 
a figura 1: Apresenta imagem anatômica interna do globo ocular humano, nomeando as partes 
anatômicas, assim como o formato do cristalino, descrito no texto acima, em comparação ao do 
Teleostei. 
 
Fonte:https://www.anatomiadocorpo.com/visao/olho-humano-globo-ocular/ 
Figura 1: Imagem colorida da anatomia do interior do globo ocular humano, em corte 
longitudinal, dividido em 3 camadas: a mais externa, formada pela esclera e pela córnea; a camada 
média, formada pela coroide, corpo ciliar e íris; e a camada mais interna, que é constituída pela retina. 
Além dessas camadas, o olho apresenta o cristalino, uma espécie de lente. 
12
 
Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Vertical-cross-section-of-a-fish-eye-From-Nicol-1989_fig4_242081399 
 
Figura 2: Imagem anatômica do interior do globo ocular do Teleostei , em corte longitudinal, 
apresentando as partes anatômicas a partir da córnea; a camada média, como os nervos e os ramos 
nervosos, cartilagem escleral e íris; apresenta também a camada mais interna, que é constituída pela 
retina. Além dessas camadas, o olho apresenta o cristalino, uma espécie de lente, ligada ao ligamento 
de suspensório e um músculo. 
 
2. OBJETIVOS 
2.1 GERAL 
Descrever a técnica de detecção dos parasitos do globo ocular dos peixes. 
 
2.2 ESPECÍFICO 
1. Apresentar a taxonomia mais comuns de parasitos encontrados no globo ocular dos 
peixes ósseos ; 
2. Apresentar a síntese dos relatórios das análises parasitológicas dos peixes no 
laboratório da UCB; 
3. Estabelecer um protocolo de segurança no consumo de peixes, através da técnica 
adequada de limpeza ou assepsia; 
4. Apresentar os riscos a saúde humana com a contaminação através do consumo do 
peixe contaminado; 
5. Apresentar a melhor profilaxia e recomendação no manuseio do peixe para fins de 
consumo. 
 
 
13
3. MATERIAIS E MÉTODOS - METODOLOGIA 
Trata se de um trabalho monográfico, onde será realizado um levantamento 
bibliográfico associado a análise de relatórios de pesquisa biológica confeccionados no Centro 
de estudo e pesquisa do Laboratório de Parasitologia de Peixes da Universidade Castelo Branco. 
 3.1. ESTUDO DE ARTE 
Comuns em peixes de água doce de várias regiões do país o parasito que atinge os olhos 
do peixe, os parasitos das famílias Diplostomidae e Mvxozoa , sendo que o ectoparasito 
trematódeo digenético são comuns em peixes de rios e reservatórios, ambos os ambientes são 
extremamente
favoráveis ao desenvolvimento do parasito, como águas represadas, presença de 
caramujos e visitas frequentes de aves piscívoras, sendo os hospedeiros mais comuns: os 
tucunarés (Cichla spp), traíras (Hoplias), corvinas (Argyrosomus regius), matrinxãs (Brycon 
cephalus), carás (Cyprinus carpio ) e jacundás (Crenicichla sp). 
3.2. TIPO DE PESQUISA 
A presente pesquisa tem por finalidade também em sua conclusão, trazer o 
conhecimento sobre os benefícios das técnicas básicas mais utilizadas para a coleta dos 
parasitos, a análise e a forma de evitar a contaminação deste pelo ser humano. 
3.3. MÉTODOS DE ANÁLISE 
Como se trata de um trabalho acadêmico, será realizado uma breve pesquisa para se ter 
as bibliografias de suporte, um levantamento bibliográfico, que será associado a análise de 
relatórios de pesquisa biológica. 
Os relatórios já foram confeccionados, constando em acervo no laboratório de biologia 
da UCB. 
O estudo de dissecação, extração e identificação dos parasitos encontrados no globo 
ocular dos peixes oriundos de compra ou coletados no mar ou rio do RJ, foram realizados no 
ano de 2021.2 com duração de 6 meses, logo, o objetivo será demonstrar a técnica de extração 
parasitológica dos olhos dos peixes pós morte e também, como foi feito a análise bio-
laboratorial para identificação do parasito. 
Por fim, além da técnica a ser apresentada, o material de utilização e as principais 
incidências dos grupos parasitológicos existentes nos olhos dos peixes mais comuns na região 
do oeste fluminense litorânea do RJ – BR, será feito uma recomendação acerca dos cuidados 
básicos para se evitar a contaminação humana com tais microrganismos nocivos à saúde. 
 
14
 
4. RESULTADOS 
4.1. TRABALHO EM LABORATÓRIO 
4.1.1. Métodos de Detecção em Laboratório 
O método circular científico utilizado durante pesquisa onde pode-se encontrar os 
parasitos, seguindo uma sequência de etapas que garanta a boa conservação dos parasitos 
coletados. Assim, a seguir são descritas todas essas etapas com anexo figura 6 com imagens 
enumeradas indicando o procedimento, a saber: 
1.Com auxílio de instrumento pontiagudo, externar o globo ocular do peixe. 
2. Retirar os dois globos oculares. 
3. Estourar os globos oculares dentro de um frasco. 
4. Adicionar AFA frio ou formol 10%. 
5. Etiquetar o frasco contendo o órgão, com dados do peixe analisado e a data de coleta. 
 
4.3.2. Instrumentos Laboratoriais Utilizados 
4.3.2.1. Lista de materiais utilizados durante a coleta (anexo a figura 1) 
 Pinça (Anexo Imagem 2–Pg22) 
Marca: ABC-Stainless 
Mod: L99-54-2173 
 Tesoura (Anexo imagem 3 -Pg:22) 
Marca: Skay 
Modelo: Ponta fina e curva 
 Lâmina de Bisturi (Anexo imagem 4 -Pg:22) 
Marca: ABC-Stainless 
Modelo: L37-p4-26 
 Bisturi (Anexo Im.5 pg.22) 
Mar:ABC-Stainless 
Mod: 22-solidor 
4.3.2.2.Lista de Materiais Utilizados Durante a Análise 
 Microscópio Estereoscópico (Anexo imagem 7-Pg.23) 
Mar: Coleman 
Mod:xqD-T25 
15
 Microscópio 
Mar:Dimex 
Mod: MeB-215 
4.4. DADOS COMPLEMENTARES 
Estes parasitos podem ser encontrados tanto em peixes de cultivo quanto em 
peixes silvestres, a pequena tabela a seguir exemplifica os tipos de parasitos 
encontrados durante este experimento se este foi ou não encontrado nesta parte 
anatômica. 
 
Como observado na tabela as famílias parasitarias mais comuns em tais locais seriam os 
parasitos do filo Myxozoa e os Digenéticos (em estado larval) a seguir uma breve apresentação 
dos locais onde ambos podem ser encontrados, como localizá-los e as recomendações de 
utilizadas durante as coletas. 
Mvxozoa - Podem ser encontrados nas brânquias, rins, fígado, baço, coração e ovários. 
São caracterizados, na sua fase de parasito de peixes, por possuírem esporos, podendo ter 
formas e dimensões muito diferentes. A sua observação deve ser feita, tanto quanto possível, 
imediatamente depois de coletados, colocando-se entre lâmina e lamínula. Se for impossível 
observar os esporos a fresco, então pode proceder-se a fixação dos mesmos. (ISHIKAWA, 2012) 
 Digenéticos - Podem ser coletados no trato gastrointestinal {estômago e/ou intestinal, 
órgãos ocos, sistema circulatório ou tecido conjuntivo. Já em sua forma larval (meta cercarias) 
podem localizar-se nas brânquias, olhos, encéfalo, pericárdio, musculatura, cavidade geral, 
parede interna e vários órgãos e mesentério. Os adultos devem ser comprimidos entre lâminas 
ou entre lâmina e lamínula e fixados com formo I 5% ou AFA.( DIAS,2011) 
Parasitos Local:Olhos 
- Ichthyophthirius multifiliis 
Piscinoodinium pillulare - 
Tricodinídeos - 
Mixosporídeos + 
Monogenoideos : Lernaea (larvas e adultos) - 
Argulus/Dolops - 
Larvas de molusco - 
Larvas de digenéticos + 
Larvas de nematoides - 
Digenéticos, cestoides e nematoides adultos - 
16
4.4.1. A preparação dos Agentes Fixadores 
As espécies parasitarias identificadas pelo laboratório foram analisadas e guardadas 
em agentes específicos dentre estes os agentes químicos descritos mais a frente : 
 a) Álcool 70% b) Formol 1:4.000 
 Álcool absoluto................................. 700 mL Formal (37%-40%) ..............................1 mL 
 Completar com água destilada.... 300 mL Água destilada............................... 4.000 mL 
 c) Formol a 5%: d) FormoI10%: 
 Formal (37%-40%) ..................50 mL Formol (37%-40%) .....................100 mL 
 Água destilada .........................950 mL Água destilada ............................. 900 mL 
 e) AFA 
Álcool 70 GL......................930 mL 
Formal (37%-40%) .............50 mL 
Ácido acético glacial ..........20 mL 
 Obs: Deve ser armazenado em geladeira ,4°C, para há evasão da probóscíde de 
Acantocéfalos. 
 
4.5. DAS ANALISES DE DADOS 
A coleta de parasitos de peixe pode ser realizada, preferencialmente, no Laboratório, no 
entanto, pode também ser realizada na piscicultura ou no campo. No primeiro caso, o material 
deve estar acondicionado adequadamente em frasco, seguindo as recomendações acima e de tal 
maneira que a amostra fique coberta, pelo fixador (formol), 5 a 10 vezes o seu volume. Junto 
com a amostra deverá ser encaminhado para o Laboratório algumas informações 
complementares sobre o material que está sendo enviado: 
> Nome, endereço e telefone da propriedade; 
> Data da coleta dos parasitos; 
> Nome e espécie do peixe que foi feita a coleta os parasitos; 
> Ração utilizada e a frequência com que os peixes estavam sendo alimentados; 
> Data que iniciou a mortalidade; 
> Descrição do tratamento (produto, quantidade e freqüência) caso tenha sido utilizado. 
 
 
17
4.4.1 Ecologia da Comunidade dos Metazoários Parasitas da Anchoveta do 
Atlântico Cetengraulis Edentulus (Actinopterygii: Engraulidae) de Sepetiba 
Baía, R.J, Brasil. 
Este artigo apresenta uma análise da comunidade de metazoários parasitários na zona 
oeste do estado do Rio de Janeiro, utilizando método de cálculo acordo com Rohde et al. 
(1995), assim como a diversidade das espécies parasitárias cujo o cálculo utiliza o índice de 
Brillouin (H), pois cada peixe analisado correspondeu a uma comunidade totalmente 
censosada (Zar 1996).O coeficiente de correlação de postos de Spearman (rs) foi calculado 
para determinar uma possível correlação entre o comprimento total do hospedeiro e a 
abundância do parasita. 
A amostragem de peixes utilizados nas análises de parasitológicas, coletadas entre o 
período de outubro de 2019 a março de 2020, 100 espécimes de C. edentulus foram obtidos da 
Baía de Sepetiba (22°57'44”S; 43°52'28”W), Rio de Janeiro, Brasil. Utilizando o laboratório 
de parasitologia da Universidade Castelo Branco, as espécimes foram necropsiados para o 
estudo de sua comunidade de parasitas metazoários. Os peixes
coletados pelos pescadores 
locais foram adquiridos na peixaria. Os espécimes foram identificados conforme Figueiredo e 
Menezes (1978); a nomenclatura e classificação foram atualizadas de acordo com FishBase 
(Froese e Pauly 2021). Os hospedeiros eram em sua maioria frescos, mas alguns espécimes 
foram mantidos congelados a -20 °C, até o exame. 
Foram examinados todos os órgãos de forma individual quanto à presença de 
parasitas, datados, analisados e separados em grupos específicos usando um 
estereomicroscópio. Os parasitas metazoários colhidos foram fixados, preservados e 
processados para identificação, utilizando os protocolos padronizados (Eiras et al. 2006). 
Identificação taxonômicamente os metazoários seguindo literatura específica, pertinente a 
cada táxon. 
Nas estatísticas divulgadas do artigo conclui-se que apenas espécies de parasitas 
marcadas com prevalência superior a 10% (Bush et al. 1997). Na razão variância-média da 
abundância parasitária e o índice de discrepância, estes calculados no programa Quantitative 
Parasitology 3.0 (Rózsa et al. 2000), utilizados na detecção dos padrões de distribuição das 
infrapopulações (Poulin 1993). Sua frequência dominante (porcentagem de infracomunidades 
em que uma das espécies de parasitas era dominante) e sua dominância relativa (número de 
espécimes de uma espécie/número total de espécimes. 
Os endoparasitas larvais representaram cerca de 55,32% de todos os parasitos 
coletados, os endoparasitas adultos 22,45% e os ectoparasitas que totalizaram 22,22%. Todos 
18
os parasitas de C. edentulus , seu padrão de distribuição foi tipicamente agregado, como 
observado em muitos sistemas de parasitas. Dos oitenta e cinco espécimes (85%) de C. 
edentulus parasitados fora identificara pelo menos uma espécie de parasita, do total foram 
coletados 432 parasitas individuais, com média de 4,32 ± 6,12 parasitas/peixe. 
 A abundância do parasita não foi correlacionada com comprimento total do hospedeiro 
(rs = 0,096, p = 0,340) nem a riqueza média de espécies de parasitas 1,63 ± 1,29, com o 
comprimento total do corpo dos peixes (rs = -0,028, p = 0,779). 
A aluna participou em seu estágio da coleta e identificação dos parasitos, durante o 
período de 6 meses (Anexo c: TCE e declaração de conclusão de estagio) 
 
5. DISCUSSÃO 
5.1. ANATOMIA DO GLOBO OCULAR DO TELEOSTEI 
Os olhos dos teleósteos se assemelham ao da maioria dos vertebrados e seu 
desenvolvimento resulta de vários sinais indutores, assim o neuroectoderma do prosencéfalo, o 
ectoderma da superfície da cabeça, o mesoderma e as células da crista neural estão envolvidas 
em seu desenvolvimento (MOORE e PERSAUD, 2004), que ocorre de forma rápida (KIMMEL 
et al., 1995; DAHM, 2002), a partir da evaginação do diencéfalo entre 11 e 12 horas pós 
fertilização (hpf) (DAHMA, 2007). 
Na maioria das espécies o olho possui forma esférica ou globosa, é compreendido por 
líquidos e suas paredes são formadas por uma organização trilaminar de consistência de fora 
para dentro: fibrosa, vascular e nervosa. Embriologicamente essas camadas são originárias do 
neuroectoderma oriundo do prosencéfalo, do ectoderma da superfície, mesoderma e células da 
crista neural (MOORE e PERSAUD, 2004; OLIVEIRA, 2012). 
Apesar da estrutura anatômica do globo ocular do peixe ser parecida com à do de um 
ser humano o cristalino ou lente, apresenta sinais de diferenciação, enquanto a região anterior 
da lente é limitada por uma monocamada de células epiteliais que se estendem até a região 
equatorial da célula não atingindo a região posterior. A parte central consiste das fibras 
primárias que iniciam o alongamento das células da lente, que posteriormente apresentará uma 
adição de células que formarão as fibras secundárias. Enquanto nos mamíferos essas fibras se 
alongam de um pólo ao outro e perdem seus núcleos além disso a lente apresenta uma forma 
mais ou menos esférica. (GREILING e CLARK, 2009; OLIVEIRA, 2012). 
 
19
5.2 PARASITO 
Os peixes apresentam uma grande variedade de parasitas do que qualquer outra classe 
de vertebrados, esse fato ocorre justamente por esses organismos terem vivido por um longo 
período de tempo em estreita associação com a maior variedade de formas de invertebrados, 
sendo os principais grupos de parasitas: Protozoa, Myxozoa (= Myxosporida), Ciliophora, 
Platyhelminthes (Monogenea, Trematoda (Digenea) e Cestoda), Nematoda, Acanthocephala, 
Arthropoda (Copepoda, Brachyura e Isopoda), Annelida (Hirudinea) e Pentastomida (SILVA, 
2016). 
Estes também são indicadores de muitos aspectos biológicos de seus hospedeiros, sua 
presença pode indicar a qualidade da espécie, se esta é boa para consumo ou não, podendo ser 
consideradas ferramentas complementares das análises químicas da água, sedimento e dos 
ensaios biológicos utilizados como indicadores de perturbação do ecossistema (SILVA, 2016). 
Com isso podemos determinar o papel integral dos parasitas nos ecossistemas naturais, 
identificar os pontos de acesso de alta diversidade parasitária, assim como áreas de baixa 
diversidade é de grande importância para o conhecimento do funcionamento da biosfera 
(SILVA, 2016). 
 
5.3. TAXONOMIA DOS PARASITOS ENCONTRADOS NO OLHO DO 
PEIXE 
5.3.1. Taxonomia 
A taxonomia é a disciplina responsável pela classificação dos seres vivos, uma atividade 
intrínseca ao raciocínio humano, esse método adquiriu forma apenas a partir do sistema 
hierárquico-binomial implantado por Lineu em 1753. Dentro de um sistema padronizado de 
classificação e nomenclatura onde se passou a ser possível armazenar, resgatar e relacionar 
informações acumuladas de diferentes épocas e partes do mundo. 
Tradicionalmente, o acesso às informações em uma base de documentos ocorria por 
meio da busca por palavras chave, através de navegação por uma lista alfabética de tais 
palavras, ou ainda por busca sobre outros campos, com valores previamente associados aos 
documentos. 
“ Desde sua criação, o sistema de Lineu tem 
sofrido diversas modificações, estando atualmente 
composto por um conjunto de princípios e regras complexo 
20
organizado por uma comissão e publicado na forma de 
códigos. Nos últimos anos, a taxonomia tem perdido 
prestígio frente a outras áreas da ciência. A taxa de citação 
de artigos taxonômicos é baixa de acordo com o Science 
Index Citation. ” –RAPINI, UEFS, 2004. 
 
5.3.2. Microbiota Parasitaria 
 Em decorrência do hábito de vida aquático, a dispersão e reprodução de patógenos é 
mais intensificada, entre os fatores físico-químicos que contribuem para a vulnerabilidade dos 
peixes, tanto no ambiente natural como o de cultivo, destacam-se: a luminosidade, composição 
química da água e alterações de temperatura e oxigênio (GRAÇA E MACHADO, 2007). Diante 
desse grau de vulnerabilidade, estes parasitos também são utilizados como bio-indicadores da 
qualidade ambiental (GOLZIO, 2016). 
De acordo com Pavanelli, Takemoto e Eiras (2013) a maior quantidade de poluentes na 
água, induz o aumento da prevalência parasitária e na diminuição da diversidade de peixes, 
demostrando uma intrínseca relação ecológica entre eles. Os parasitas são divididos em 
endoparasitas e ectoparasitas, que compreende a região onde ficam localizados no hospedeiro, 
se caso for na superfície externa do corpo, dentro da boca ou nas brânquias é considerado 
ectoparasita, mas todos os outros demais lugares no corpo do peixe são considerados internos 
e consequentemente os parasitas que os utilizarem em seus ciclos de vidas, são denominados 
endoparasitas (THATCHER, 2006). 
“ Em relação aos aspectos patológicos, a 
concentração de parasitas em órgãos específicos do 
organismo, podem levar ao comprometimento das funções 
fisiológicas do hospedeiro, como relatado por, Sant’ana et 
al. (2012), sobre a presença de Piscinoodinium pillulare e 
Henneguya spp., nas brânquias de pacus, ocasionando 
inflamações linfoplasmocítica e necrosante, fusão
das 
lamelas secundárias e hipertrofia do órgão, o que resultou na 
morte dos hospedeiros, por insuficiência respiratória. ” – 
Artigo: ASPECTOS MORFOLÓGICOS E HISTOPATOLÓGICOS DE 
MICROPARASITAS, 2019. 
 
5.3.2.1 Filo mvxozoa. 
21
A abordagem tradicional de classificação dos mixosporídeos é baseada em 
características morfológicas dos plasmódios e dos esporos, bem como na especificidade de 
hospedeiro, órgãos e/ou tecidos de infecção. A morfologia dos esporos é a base principal para 
a identificação e a classificação dos mixosporídeos, pois os esporos são relativamente rígidos e 
apresentam baixa variabilidade intraespecífica ( FERGUSON et al., 2008; CARRIERO,2011). 
Contudo, a partir do final da última década do século XX, análises moleculares tornaram-se um 
importante recurso no estudo dos parasitas do filo Myxozoa (BARTHOLOMEW et al., 2008; 
XIAO e DESSER, 2000). Desde então, métodos de biologia molecular vem sendo usados no 
estudo de mixosporídeos nos mais diferentes enfoques (BAHRI et al., 2003; FIALA e 
BARTOŠOVÁ, 2010; EVANS et al., 2010). 
Os mixozoários, termo utilizado por OLIVEIRA (2019) em seu artigo, refere-se aos 
parasitos do Subfilo Myxozoa, que são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, 
derivados dos cnidários, existem por todo o planeta, com cerca de 2.596 espécies registradas 
(OKAMURA, HARTIGAN E NALDONI, 2018). Estas apresentam características distintivas 
como: a presença esporos multicelulares, com cápsulas polares, contendo filamentos polares 
que auxiliam na fixação em órgãos do hospedeiro. 
Divididos em duas classes: Malacosporea e Myxosporea. A primeira pertence a um 
pequeno grupo que apresenta características basais, constituído por apenas 4 espécies, que 
parasitam 20 briozoários de água doce, enquanto o segundo possui uma grande variedade de 
hospedeiros (OKAMURA, GRUHL E BARTHOLOMEW, 2015),os mixozoários, atualmente, 
são classificados como cnidários, onde anteriormente acreditava-se que eram protistas, somente 
pela sua incapacidade de se relacionar com qualquer outro grupo. Porém descobriu-se 
características que os diferenciavam, como a forma e o desenvolvimento das cápsulas polares, 
que eram similares a alguns cnidários, essa descoberta ocasionou questionamentos sobre a 
classificação do grupo, posteriormente estudos dos filogenéticos confirmaram a relação com os 
metazoários, principalmente por meio da análise de dados do Dna ribossômico 18S (CANNING 
E OKAMURA, 2004). 
Os protozoários do filo Myxozoa (mixosporídeos) constituídos em um grupo parasitário 
abundante e diverso, comumente encontrado em peixes teleósteos (YAMADA, 2016), É um 
grupo caracterizado por apresentar esporos multicelulares com filamentos polares. Seu ciclo de 
vida compreende dois hospedeiros obrigatórios, um vertebrado e outro invertebrado e dois 
estágios morfológicos diferentes, mixosporos e actinosporos. 
No hospedeiro vertebrado o mixosporo pode ser histozoico (brânquias, fígado e 
músculo) ou celozoico (ducto biliar, vesícula biliar, bexiga urinária e tubos hepáticos) 
22
(YAMADA, 2016). Os esporos são liberados na água através do rompimento dos cistos, via 
urina, ou através da morte do hospedeiro, até encontrar seu hospedeiro definitivo anelídeo 
(NARCISO, R. B,2016). Já em seu hospedeiro definitivo, os actinosporos são formados, 
usualmente, no epitélio intestinal do anelídeo onde são liberados nas fezes ou através de poros 
da parede corporal (Lom; Diková, 2006) e assim se tornam infectantes aos peixes. Foi uma vez 
considerado pertencente ao Filo Protozoa (Myxosporida) por Jurine (1825), Müller (1841) e 
Bütschli (1882), no entanto foram observadas posteriormente importantes características 
morfológicas e moleculares de metazoários como: multicelularidade, presença de cápsulas com 
filamentos polares e, com ajuda do gene ribossomal 18S, foi possível demonstrar sua origem 
dentre os metazoários (SILVA, 2016). 
Este filo é dividido em duas classes, a Malacosporea e a Myxosporea (SILVA, 2016). 
A classe Myxosporea possui dois gêneros mais comuns em peixes de água doce e salgada, 
Henneguya e Myxobolus, e algumas espécies podem causar sérios danos econômicos em 
cultivos e ambientes naturais (NARCISO,2016). 
A espécie mais conhecida é Myxobolus cerebralis agente etiológico da doença do 
rodopio em salmonídeos. Essa doença causa deformidade da cartilagem da cabeça e da coluna 
vertebral provocando elevada mortalidade de peixes em diversas partes do mundo (Eiras, 1994). 
Outras espécies que podem causar danos aos peixes são Kudoa thyrsites, que produz uma 
liquefação do tecido muscular do hospedeiro, e Tetracapsuloides bryosalmonae 
(Malacosporea), que causa a doença proliferativa nos rins (SILVA, 2016). 
5.3.2.1.1. subfilo myxozoa grassé 
 O subfilo Myxozoa Grassé é conhecido, por ser um grupo de parasitos causadores de 
doenças em peixes de grande importância econômica (KENT et al., 2001), este já foram 
observados em fezes de humanos no exterior (MCCLELLAND, MURPHY E CONE, 1997; 
BOREHAM et al., 1998), e recentemente no Brasil (REIS et al., 2019), em um estudo realizado 
em comunidades do Japão, foi constatado que esporos do gênero Kudoa estavam associados a 
sintomas de problemas gastrointestinais em pessoas, após consumirem peixes crus (KAWAI et 
al., 2012). 
5.3.2.1.2. subifilo myxosporea bütschli 
 A classe Myxosporea Bütschli, possui duas ordens, de acordo com o número de valvas; 
a ordem Bivalvulida composta por 13 famílias (Sphaeromyxidae, Myxidiidae, Ortholineidae, 
Sinuolineidae, Fabesporidae, Ceratomyxidae, Sphaerosporidae, Myxobilatidae, 
Chloromyxidae, Coccomyxidae, Alatosporidae, Parvicapsulidae, Myxobolidae) e a 
23
Multivalvulida com 3 famílias (Trilosporidae, Kudoidae, Spinavaculidae) (WHIPPS et al., 
2004; FIALA, BARTOŠOVÁSOJKOVÁ E WHIPPS, 2015). 
Seu ciclo de vida é indireto diferenciando onde este infectar o hospedeiro intermediário 
(vertebrado), e a forma Myxosporea, para o hospedeiro definitivo, um invertebrado (anelídeo). 
Entre os hospedeiros vertebrados destacam-se os anfíbios, répteis, aves e principalmente os 
peixes, estes são encontrados em diversos órgãos como: brânquias, escamas, barbatanas, 
vesícula biliar e outros órgãos vitais. 
 
5.3.2.2. Trematoda: subclasse digênea. 
De acordo o artigo Aspectos parasitológicos dos peixes de silva, os trematódeos 
digenéticos são Platyhelminthes endoparasitas de vertebrados como peixes, anfíbios, répteis, 
aves e mamíferos. Apresentam corpo achatado dorso-ventralmente, no entanto algumas 
espécies 
Seu corpo possui ventosa oral e ventral para fins de fixação e o tegumento (superfície 
externa) pode ser espinhoso. O tamanho pode variar de um milímetro até vários centímetros, 
este possui sistema digestório é incompleto e apresenta boca e ventosa oral, pré-faringe, faringe, 
esôfago e dois cecos intestinais, são hermafroditas, com exceção dos parasitas sanguíneos da 
família Schistosomatidae e parasitas da família Didymozoidae encontrados nos tecidos de 
peixes marinhos (YAMADA, 2016). 
Os estágios larvais desses trematódeos são morfologicamente diferentes dos adultos que 
são hermafroditas, o sistema reprodutivo feminino apresenta um ovário, oviduto, vitelaria, 
oótipo, glândulas de Mehlis, canal de Laurer e receptáculo seminal, já o sistema masculino é 
composto de um, dois ou mais testículos, vasos deferentes, vesícula seminal, cirro e bolsa do 
cirro, que podem ser presentes ou ausentes (SILVA, 2016). O ciclo de vida desses parasitas é 
heteróxeno envolvendo dois ou mais hospedeiros. 
Os ovos saem com as fezes do hospedeiro do qual emerge o miracídeo, uma forma livre 
nadante. O miracídeo penetra o tegumento de um molusco (primeiro hospedeiro intermediário) 
e torna-se um esporocisto, estrutura em forma de saco que se aloja nos pés, tentáculos, vísceras 
ou manto do molusco. O esporocisto por divisão mitótica origina outro estágio larval chamado 
rédia. 
Quando o segundo hospedeiro
intermediário é ingerido pelo hospedeiro vertebrado 
final, a metacercária desenvolve gradualmente no intestino até se tornar o indivíduo adulto. 
Peixes podem albergar adultos e metacercárias em qualquer órgão ou tecido. As cercárias 
24
podem invadir a pele dos peixes e se encistarem podendo ser visíveis a olho nu, onde o peixe 
sofre com células pigmentadas ao redor dos cistos ocasiona a conhecida “doença dos pontos 
pretos”ou uma condição similar a “doença dos pontos amarelos”, que é provocada por 
metacercárias do gênero Clinostomum (SILVA, 2016). 
Além disso, algumas espécies desse gênero apresentam potencial zoonótico, causando 
a “síndrome de Halzoun” devido ao consumo de filés de peixe crus infectados. Metacercárias 
da família Diplostomidae infectam os olhos dos peixes e podem ser encontradas na retina, 
humor vítreo e aquoso ou até mesmo no cristalino. Esses trematódeos causam “catarata 
helmíntica” conhecida como diplostomíase, que em casos extremos pode debilitar a visão do 
peixe ou até mesmo cegá-lo (NARCISO,2016). 
5.3.4. Detecção de Parasito 
Segundo o guia de Métodos de Coleta de Parasitos em Peixes de Cultivo (M.C.P.P.C) a 
coleta de parasitos nos peixes de cultivo, é necessário de vários cuidados, além de materiais de 
laboratório e reagentes químicos. 
Isso ocorre, pois, ao manipular os reagentes, para fixação dos órgãos e/ou parasitos de 
peixes, recomenda-se a utilização de luvas e máscaras para manipulação dos reagentes visto 
que, formol e ácido acético são altamente tóxicos, cancerígenos e irritantes para as vias 
respiratórias. Esses produtos ao entrar em contato podem causar: irritação nos olhos, nariz e 
mucosas, além disso estes em altas concentrações causam: bronquite, pneumonia e laringite. 
Os sintomas mais frequentes no caso de inalação são: forte dor de cabeça, tosse, falta de ar, 
vertigem e dificuldade para respirar. O contato com o vapor ou com a solução pode deixar a 
pele esbranquiçada, áspera e causar forte sensação de anestesia e necrose na pele superficial. O 
ácido acético quando concentrado pode causar queimaduras graves na pele e nos olhos. 
Para isso são necessários: máscaras contra gases, etiquetas colantes (pequena, média e 
grande), lápis comum ou canetas, luvas de látex, frascos de vidro ou de plástico duro de 100 
mL, 250 mL e 500 mL, tesouras cirúrgicas com ponta fina, pequena e grande, um bisturi ou 
uma faca afiada, régua, pinça, placa de Petri, álcool 70%, ácido acético puro e formol 37% - 
40%, estes materiais de laboratório e reagentes podem ser adquiridos em casas especializadas 
nesse tipo de produto. 
5.4. PROTOCOLO DE SEGURANÇA NO CONSUMO DOS PEIXES 
5.4.1 A Segurança Alimentar. 
25
Segundo o Manual técnico de manipulação e conservação de pescado a segurança 
alimentar constitui um direito humano básico, que também foi ressaltado por Corrêa et al. 
(2007) e expresso em resolução da II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e 
Nutricional, promovido pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) em 
2004. Esta resolução define que a segurança alimentar realiza o direito de todos ao acesso 
regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o 
acesso de outras necessidades essenciais, tendo em vista como base as práticas alimentares 
promotoras da saúde que respeitem a diversidade cultural, social, econômica e ambientalmente 
sustentáveis. 
De acordo com Corrêa et al. (2007), a fome está presente em muitos lares brasileiros, 
atestando que a desigualdade histórica de acesso aos bens de consumo, fundamentais para a 
sobrevivência humana, ainda marca a vida de milhões de brasileiros. Um fato que se agravou 
nestes últimos 4 anos, que foram representados pelas experiências da maioria dos que estão em 
insegurança alimentar, que mesmo aqueles que não foram submetidos ao sofrimento direto de 
convivência com a fome, possuem um padrão de alimentação de baixa qualidade que 
compromete sua saúde, seu bem-estar e, consequentemente seu futuro. 
O setor produtivo, envolvido na pesca ou na piscicultura, deve participar das ativas 
políticas públicas voltadas à produção de alimentos de qualidade, haja vista, a importância 
nutricional dos produtos obtidos. O pescado e seus derivados, desde a produção primária até a 
mesa do consumidor, devem ser obtidos de acordo com as Boas Práticas de Fabricação, 
garantindo a oferta de um alimento seguro e inócuo à saúde dos consumidores, estes métodos 
eliminam ou reduzem as probabilidades de contaminação de os organismos causadores de 
doença sendo estas bactérias, parasitas, vírus e fungos (Pereira et al., 2009). 
Diferentes fatores interferem na caracterização de risco microbiológico: fatores 
relacionados ao perigo (virulência, infectividade e resistência a antimicrobianos), fatores 
relacionados ao hospedeiro (susceptibilidade como individuo, status imunitário, histórico de 
exposição prévia e outras doenças preexistentes), constatando também a intercorrência inerente 
de cada fator no organismo hospedeiro (Dubugras; Pérez-Gutiérrez, 2008). 
 
 
 
5.4.2. DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS 
26
As doenças alimentares definidas por Silva Jr. (2008) como ocorrências clínicas 
decorrentes da ingestão de alimentos que contem perigos ou que contenham em seu interior 
componentes naturalmente tóxicos , a ingestão inadequada de nutrientes importantes para saúde 
ou mesmo as consequências clínicas devido ao aspecto sensorial repugnante ou simbólico. 
Essas doenças ocorrem devido a ingestão de alimentos que possam estar contaminados com 
microrganismos patogênicos, sejam eles infecciosos, toxinogênicos ou infestantes, por 
substâncias químicas, objetos lesivos ou que contenham em sua constituição estruturas 
naturalmente tóxicas. 
Esta doenças transmitidas por alimentos (DTA) podem ser classificadas da seguinte 
forma: Toxinoses ou intoxinações - ocorrem devido à ingestão de alimentos contendo toxinas 
pré-formadas por micro-organismos durante a sua multiplicação nos mesmos, como por 
exemplo nas intoxicações causadas por Staphylococcus aureus, Clostridium botulinum e 
Bacillus cereus; Infecções ou toxinfecções - ocorrem devido à ingestão de micro-organismos 
patogênicos presentes nos alimentos, estes se multiplicam no trato gastrintestinal e produzem 
toxinas ou podem agir agredindo o epitélio intestinal como definido pelo O Ministério da Saúde 
classificamos as DTA em quatro categorias: Infecções, toxinfecções, intoxicações bacterianas 
e intoxicações não bacterianas (Brasil, 2010). 
 
5.4.2.1. Doenças alimentares por contaminação destes parasitos 
Dentre os subfilos do Myxozoa, Grassé é o mais conhecido, por ser um grupo de 
parasitos causadores de doenças em peixes de grande importância econômica (KENT et al., 
2001), este já foram observados em fezes de humanos no exterior (MCCLELLAND, MURPHY 
E CONE, 1997; BOREHAM et al., 1998), e recentemente no Brasil (REIS et al., 2019). Estes 
incidentes datados o desenvolvimento do estudo, nas mais variadas vertentes de investigação, 
nomeadamente nos aspectos morfológicos do seu ciclo de vida, processo de transmissão, 
taxonomia e identificação filogenética não se encontra nada sobre os efeitos destes em humanos 
já a suas ocorrências esporádicas, que indicam tratar-se de presenças acidentais. Um estudo 
realizado em comunidades do Japão, foi constatado que esporos do gênero Kudoa estavam 
associados a sintomas de problemas gastrointestinais em pessoas, após consumirem peixes crus 
(KAWAI et al., 2012). 
Em comparação não fora encontrado registros de doenças alimentares por contaminação 
de larvas digenéticas no consumo de peixes, devido a pouca ênfase às zoonoses ou doenças 
adquiridas pela ingestão de animais que abrigam estes parasitas, seu estudo é dificultado pela 
falta de obrigatoriedade de sua notificação, à escassez e pela pouca procura de dados estatísticos 
27
disponíveis no brasil (SANTOS,
2017), a alta manutenção nos cuidados do pescado no exterior 
ou a possibilidade de que os peixes que podem levar a essa contaminação não estarem no 
cardápio(MELLO; CRIBB; FILHO, 2018) 
 
5.4.3. Profilaxia e Cuidados da Piscicultura 
5.4.3.1 Cuidados dos pescados na piscicultura 
Segundo Grisard na natureza existem muitos exemplos de relação entre seres vivos e o 
parasitismo é um deles. O parasitismo é em muitos casos uma relação desarmônica entre 
espécies diferentes, sendo que um (parasito) se beneficia retirando os meios para sua 
sobrevivência, podendo prejudicar o outro (hospedeiro). A relação de parasitismo entre dois 
seres originou-se ao acaso, do contato entre eles, passando o hospedeiro a ser suporte para o 
parasito que primitivamente deveria ser livre e saprofítico. 
 Existem milhares de espécies de parasitos no ambiente aquático selvagem em todo o 
mundo, é importante ressaltar que diferente do ambiente natural, a piscicultura possui um 
ambiente escolhido que “seleciona” ou “limita”, de forma natural, os parasitos que podem 
acometer os animais. 
De acordo com o caderno técnico de veterinária e zootecnia isso ocorre em razão de: 
 I) Monocultivo (este possibilita o aparecimento, limitados, de agentes que parasitam 
aquela espécie alvo de criação); 
II) Controle ambiental com ausência ou menor quantidade de outros animais em contato 
com os peixes, potenciais hospedeiros intermediários, sendo algumas dezenas importantes para 
a piscicultura brasileira ... [incluindo] helmintos, monogenéticos, protozoários e flagelados. 1. 
Importância dos parasitos na piscicultura 11 parasitos completarem seus ciclos); 
III) Os rápidos ciclos de produção comparados com o curso da relação parasito: 
hospedeiro na natureza, que dificulta o estabelecimento de uma parcela significativa dos 
parasitos nestes locais. Incluído os fatores de grande parte do potencial zoonótico, os quais 
apresentam elaboram o ciclo biológico, este que não conseguem se estabelecer na piscicultura, 
o que é um ponto de destaque para os peixes de criação em comparação aos silvestres. 
 Apesar de todas as informações positivas apresentada, existem centenas de espécies de 
parasitos relevantes para a piscicultura mundial, comdezenas grupos parasitológicos 
importantes para a piscicultura brasileira, das quais podemos destacar a presença de helmintos, 
28
monogenéticos, protozoários e flagelados (Pantoja et al., 2012; Martins et al., 2015; Maciel et 
al., 2018; Valladão et al., 2020). 
5.4.4 Profilaxia dos Peixes Antes e Durante o Consumo 
De acordo com o Manual técnico de manipulação e conservação de pescado o método 
profilático é 
“ Um conjunto de normas de 
procedimentos para atingir um determinado 
padrão de identidade e qualidade de um 
produto e/ou serviço entre os quais a produção 
de alimentos. Logo, são regras que, quando 
praticadas, ajudam a prevenir perigos” 
Caracterizando-se pelos seguintes normas 
 • higiene pessoal adequada; 
• prevenção da contaminação pelos manipuladores de alimentos; 
 • higiene dos utensílios, equipamentos e ambientes; 
• controle de pragas; 
• garantia da qualidade da água; 
• cuidados com resíduos. 
Este documento descreve as operações que devem ser realizadas pelo estabelecimento de 
alimentação é importante que este cumpra no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, 
a manutenção e higienização das instalações, equipamentos e utensílios, o controle da água de 
abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o 
controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de 
qualidade do pescado processado (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2014). 
Noções de higiene é dividida em três práticas muito importantes a antissepsia, higienização e 
sanitização. A antissepsia é a redução do número de microrganismos presentes na pele, por uso de 
antissépticos. Os antissépticos são substâncias ou preparações químicas que atuam sobre os 
microorganismos com ação bactericida, eliminação das bactérias ou bacteriostática, inibição à 
multiplicação de bactérias sem destruí-las. (Ruivo; Gonçalves, 2011). 
29
Segundo Ruivo e Gonçalves (2011), a higienização é o procedimento necessário para assegurar 
que o consumidor receba o pescado em condições adequadas para consumo em um processo 
composto por duas etapas, a limpeza e a sanitização. 
A limpeza é a operação de remoção de partículas macroscópicas substâncias indesejáveis tais 
como terra, poeira, gordura e outras sujidades. Na sanitização, utilizando o método físico ou agente 
químico, onde ocorre a redução da carga microbiana em um nível que não comprometa a qualidade 
higiênico-sanitária do pescado (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2014), nesse caso utilizando 
agentes químicos sintéticos, usados para remover sujidades e promover a limpeza através da 
umectação, emulsão, suspensão, defloculação, dissolução, saponificação, sequestração e peptização 
(Ruivo; Gonçalves, 2011). 
As práticas de sanitização são de extrema importância, pois promovem controle sistemático 
das condições ambientais no transporte, armazenamento e processamento do pescado, evitando 
contaminação externa (Ruivo; Gonçalves, 2011). Ainda, é de grande importância desenvolver 
Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e treinar os funcionários em cada POP. Este 
procedimento formal estabelece instruções detalhadas para a realização de operações rotineiras na 
produção, armazenamento, transporte de alimentos, higiene de instalações e equipamento. 
Após isso o pescado deve ser armazenado, em transporte ou em comercio em um local frio e 
seco, sem que ocorra risco de contaminação, averiguando sempre sua coloração e se há ou não 
presença de microbiotas, em alguns casos ocorre um processo de separação mecânica onde a carne e 
separada das demais partes. 
Em outros o alimento e vendido sem que ocorra esse processo, somente para que o 
consumidor o faça em sua própria residência nesse caso é de fundamental importância que o 
equipamento esteja criteriosamente limpo e que a carne seja mantida o mais resfriado possível 
durante, devem-se adotar os Procedimentos Padrões de Higiene Operacional durante todo o processo 
de desossa, ou cozinha-los de forma limpa evitando qualquer meio de contagio. 
 
5.4.5 Prevenção 
 Mancilla (2005) sugere a adoção das seguintes medidas para prevenir a intoxicação por 
microrganismos existentes 
1.. Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos, para reduzir as chances de contaminação 
cruzada. 
 2. Manter a cadeia de frio dos alimentos. 
3. Manter os alimentos refrigerados. 
30
4. Não consumir peixes cuja origem seja desconhecida. 
 
 
6. CONCLUSÕES 
Conclui-se que após exame utilizando-se microscópio e microscópio estereoscópico foi 
observada a existências de parasitos mixosporídeos e larvas digenéticas sendo estas as mais 
coletadas deste os espécimes utilizados nesta pesquisa. Isto é devido ao ambiente em que os 
peixes foram coletados, além dos métodos utilizados em seu tratamento e cuidados posteriores 
a sua morte. 
Estes parasitos presentes no Teleostei, em casos extremos pode debilitar a visão do 
peixe, cegá-lo ou atem mesmo mata-lo. Embora estejam presentes estes não são prejudiciais, 
de forma ativa, ao ser humanos somente em casos esporádicos associados a outros 
microrganismos ou na falta de higiene do manejo do pescado, pois os humanos não seus 
hospedeiros intermediários nem permanentes. 
Estas doenças alimentares ocorrem pela grande procura de pratos feitos à base de 
pescado cru, como "sushi" e "sashimi", devido à influência da cozinha oriental na atualidade, 
observamos também que há dados que mostram a presença de parasitas zoonóticos nos peixes 
brasileiros, tanto de água doce, quanto de água salgada, é que deve se tomar cuidado ao 
consumir produtos ou derivados deste animal, já que
existem muitos locais que vendem estes 
produtos sem a devida vigilância. 
 Apesar disso, até o presente momento, ainda não há relatos dessas parasitoses em 
humanos no Brasil (com exceção da fagicolose). Acredita-se que isto se deva à falta de 
diagnóstico e não à ausência dessas doenças no país, por isso as ocorrências quando 
diagnosticadas passa desapercebida devido à baixa gravidade de seus sintomas e ao seu pouco 
conhecimento pelos médicos, inspetores sanitários e consumidores. 
 
 
 
 
 
 
31
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Dynamics 203:253-310, 1995 
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characterisation of the actinosporean stages of parasites of the phylum Myxozoa. Disease of Aquatic 
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MCCLELLAND, R. S.; MURPHY, D. M.; CONE, D. K. Report of spores of Henneguya salminicola 
(Myxozoa) in human stool specimens: possible source of confusion with human spermatozoa. Journal of 
clinical microbiology, [s. l], v. 35, n. 11, p. 2815-2818, 1997. 
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Oceanografia e Limnologia, Universidade Federal do Maranhão,2022 
 
Site: https://correiodecarajas.com.br/vermes-do-olho-de-peixe 
 
 
 
 
 
34
https://correiodecarajas.com.br/vermes-do-olho-de-peixe
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO A 
 
 
 
 
35
 
 
 
 
Figura 1 
 
Figura 2 Figura 3 
 
Figura 3 Figura 4 
36
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO B 
 
37
 
 
 
 
 
38

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