Prévia do material em texto
08/09/2014 1 Ecologia - Zootecnia Prof. Dr. Anderson Ferreira andersonferreira@ufgd.edu.br Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais FCBA - UFGD Variações no Ambiente Físico Variações no ambiente físico O ambiente físico varia sobre a superfície da Terra As condições de temperatura, umidade, luz, tipos de substratos, salinidade, nutrientes do solo e outros fatores moldam as distribuições e adaptações dos organismos O planeta possui várias zonas climáticas que são determinadas pelos padrões de radiação solar e redistribuição do calor e da umidade pelos ventos e correntes marítimas Dentro dessas zonas climáticas, fatores geológicos (topografia e solo) diferenciam o ambiente numa escala espacial menor Ecologia - Zootecnia 08/09/2014 2 A superfície da Terra, suas águas e a atmosfera compõem uma gigantesca máquina de transformação de calor Os padrões climáticos se originam a partir das diferenças na intensidade da luz do Sol que atinge ≠s partes da superfície da Terra Sua superfície varia de rocha nua até solo coberto por florestas, oceano aberto e lago congelado, assim sua capacidade de absorver a luz do Sol também varia, criando aquecimentos e resfriamentos diferenciados Ecologia - Zootecnia Todos esses fatores criaram uma grande diversidade de condições físicas que sua vez promovem a diversificação dos ecossistemas Variações no ambiente físico Os padrões globais na temperatura e precipitação são estabelecidos pela radiação solar O clima no planeta tende ser frio e seco na direção dos pólos e quente e úmido na direção do equador Essa variação global do clima é devido a maior intensidade de luz do sol no equador do que nas latitudes mais altas O Sol aquece mais a atmosfera, os oceanos e a Terra quando se situa diretamente sobre ela Ou seja, devido ao ângulo do Sol em relação ao planeta em diferentes latitudes 08/09/2014 3 O efeito do aquecimento do Sol diminui do equador para os polos Horizontal/e um raio solar se espalha por uma área maior E também viaja um caminho mais longo pela atmosfera e grande parte de sua energia é refletida ou absorvida pela atmosfera, além de parte voltar para o espaço na forma de calor Os padrões globais na temperatura e precipitação são estabelecidos pela radiação solar Os ventos e as correntes oceânicas, as cadeias de montanha e até as posições dos continentes criam padrões climáticos de escala fina Os padrões globais na temperatura e precipitação são estabelecidos pela radiação solar As mudanças ao longo do tempo seguem os ciclos astronômicos: A rotação da Terra causa ciclos diários de luz e escuridão, e de temperatura A revolução da Lua em torno da Terra cria ciclos lunares de 28 dias na amplitude das marés A revolução da Terra em torno do sol causa mudanças sazonais 08/09/2014 4 A distribuição da energia solar em relação à latitude O equador está inclinado 23,5° em relação à trajetória que a Terra segue em sua órbita em torno do sol → EQUADOR SOLAR → recebe maior quan;dade de luz do Sol Essa variação provoca padrões sazonais complexos de precipitação nos trópicos, com nenhum ou no máximo dois picos de precipitação por ano A variação sazonal na temperatura aumenta com a distância a partir do equador Principalmente no Hemisfério Norte onde há menos área de oceano para modelar as mudanças na temperatura Variação anual da média das temperaturas mensais é maior nas altas latitudes do Hemisfério Norte A distribuição da energia solar em relação à latitude 08/09/2014 5 Circulação de Hadley O efeito de aquecimento do sol é maior próximo ao equador. Assim, o ar perto da superfície da Terra nos trópicos se aquece e começa a subir. Esse ar tropical é substituído por baixo pelo ar da superfície se movendo das latitudes subtropicais Quando atinge as camadas superiores da atmosfera (10-15 km), o ar começa a se mover para norte e para o sul A massa de ar ascendente se esfria e irradia calor para o espaço. Quando esse ar atinge cerca de 30° N e S do equador, torna-se denso o bastante para descer de volta a superfície da Terra e se espalhar em direção N e S Esse padrão de circulação é conhecido como Circulação de Hadley e o ciclo fechado do ar nos trópicos de Célula de Hadley Circulação e Células de Hadley 08/09/2014 6 Uma célula de Hadley se forma imediata/e ao N e outra ao S do equador, como um par de cinturões gigantescos envolvendo a Terra O ar descendente das células de Hadley tropicais cria células menos notáveis, chamadas de Células de Ferrel, nas regiões temperadas que circulam na direção oposta A circulação das células de Ferrel na latitudes temperadas (cerca de 30°-60° Ne S do equador) faz com que o ar suba até cerca de 60°N e 60°S, que leva a formação das células polares Toda essa circulação é determinada pelo aquecimento solar diferencial da atmosfera nas diferentes latitudes Células de Hadley, Ferrel e Polares Convergência intertropical e Cinturão de alta pressão Cinturões subtropicais de alta pressão Zona de convergência intertropical 08/09/2014 7 Cinturões subtropicais de alta pressão Zona de convergência intertropical A região onde as correntes de ar nos dos subtrópicos do N e S se encontram próximo ao equador e começam a subir sob influencia da luz do sol é definida como Convergência Intertropical Conforme o ar tropical carregado de umidade sobe e começa a esfriar, a umidade se condensa para formar nuvens e precipitação A sazonalidade da chuva é maior em largos cinturões latitudinais entre 20° N e 20° S do equador Convergência intertropical e Cinturão de alta pressão Cinturões subtropicais de alta pressão Zona de convergência intertropical As massas de ar movendo-se alto na atmosfera para o N e S, para longe da Convergência Intertropical, já perderam muito de sua água para a precipitação dos trópicos Devido a esse ar ter se esfriado, torna-se mais denso e começa a afundar Essa massa descendente de ar pesado cria uma alta pressão atmosférica, e assim as regiões no N e S do equador são conhecidas como Cinturões de Alta Pressão Subtropical Convergência intertropical e Cinturão de alta pressão 08/09/2014 8 Todos os grandes desertos do planeta estão dentro dos cinturões tropicais de altas pressão subtropicais Atacama Australiano Gobi SaaraSonoran Convergência intertropical e Cinturão de alta pressão O deslocamento latitudinal do equador solar causa variação sazonal Nos trópicos, o movimento sazonal para norte e sul do equador solar determina quando a estação chuvosa começa A Convergência Intertropical segue o equador solar, produzindo um cinturão móvel de precipitação Portanto, as estações secas e úmidas são mais pronunciadas nos grandes cinturões latitudinais situados a cerca de 20° N e S do equador 08/09/2014 9 O movimento do equador solar afeta os padrões de precipitação Mérida, México ≈20° N do equador → única estação chuvosa e marcante estação seca Bogotá, Colômbia → duas estações chuvosas e duas secas moderadas Rio de Janeiro ≈ 20°S do equador → uma estação chuvosa e uma estação seca O deslocamento latitudinal do equador solar causa variação sazonal À medida que as estações mudam, as regiões tropicais alternada/e ficam sob a influência da Convergência Intertropical, o que traz chuvas pesadas, e dos Cinturões Subtropicais de Alta Pressão,que trazem céus claros As posições das massas de terra continentais exercem um efeito secundário no padrão global de precipitação e temperatura A chuva cai abundante no Hemisfério sul porque os oceanos e lagos cobrem uma proporção maior de sua superfície (81% Hemisfério Sul e 61% Hemisfério Norte) A água se evaporar mais rapidamente de superfícies aquáticas do que do solo e vegetação → o interior de um con;nente apresenta menos precipitação do que áreas costeiras → porque se situa mais longe das grandes áreas de evaporação de água ( superfície do oceano) Características topográficas causam variações locais no clima 08/09/2014 10 Áreas montanhosas influenciam os padrões de precipitação local Os padrões globais de ventos interagem com outros aspectos da paisagem para criar precipitação As montanhas forçam o ar para cima ↓ O ar se resfria ↓ Perde sua umidade para a precipitação À medida que o ar desce as encostas e passa pelas terras baixas → o ar re;ra a umidade e cria ambientes áridos → SOMBRAS DE CHUVA Sombras de chuva As correntes oceânicas redistribuem o calor e a umidade As grandes correntes oceânicas são dirigidas pelos ventos e pela rotação da Terra A variação nas condições marinhas é causada pelos ventos (impulsionam as grandes correntes de superfície dos oceanos) e pela topografia da bacia oceânica → além disso, as correntes profundas são estabelecidas por diferenças de densidade da água (causadas pelas temperatura e salinidade) 08/09/2014 11 As grandes correntes oceânicas são dirigidas pelos ventos e pela rotação da Terra a água fria circula na direção dos trópicos ao longo das costas ocidentais dos continentes a água quente circula na direção das latitudes temperadas ao longo das costas orientais dos continentes Em grandes bacias oceânicas... As correntes oceânicas redistribuem o calor e a umidade Zonas de ressurgência → quando as correntes superficiais se movem para longe uma da outra, elas tendem a puxa a água para cima a partir das camadas inferiores Através da rotação da Terra e auxílio dos ventos, ocorre o desvio dessas correntes para longe das bordas continentais Zonas de ressurgência As correntes oceânicas redistribuem o calor e a umidade