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Portfólio_Fundamentos_Educação_Fase_II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL 
UNINTER 
 
 
EVELYZE LESCURA CAMPOS SILVA, RU 1261041, TURMA 2015/06 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
UTA – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
FASE II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LORENA – SP 
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL 
UNINTER 
 
 
EVELYZE LESCURA CAMPOS SILVA, 1261041, TURMA 2015/06 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO 
UTA – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO 
FASE II 
 
 
 
 
Portfólio da UTA Fundamentos da Educação – Fase II 
Curso: Licenciatura em Letras 
Polo Apoio Presencial: Lorena-SP 
 
 
 
 
 
LORENA – SP 
2015 
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EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA NO BRASIL – DESAFIOS E 
BARREIRAS 
 
 
Observe a figura abaixo: 
 
 
http://jestudante.blogspot.com.br/2011/06/charges-da-educacao-brasileira.html 
 
Fala-se muito em educação nos dias atuais, evidenciando um caráter amplo, 
democrático, plural e irrestrito. A escola brasileira garante o ingresso do aluno à 
educação de base, cumprindo um dos pilares da sociedade moderna. Mas, a 
permanência de crianças e jovens no espaço educacional, é um desafio gigantesco, 
demonstrando uma triste realidade. 
Segundo Aristóteles, “onde quer que se descuide da educação, o Estado sofre 
um golpe nocivo”. Assim, a educação, para ele, é fundamental e cabe a ela a formação 
do caráter do aluno. 
O Brasil é o 60º colocado entre 76 países listados de acordo com o mais recente 
ranking de educação da Organização para Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico (OCDE). Em pleno século XXI, vê-se que o país possui um dos piores 
índices do mundo e que caminha a passos lentos para suprir toda essa deficiência. 
Ao contrário de outros países, o ensino não acompanha o crescimento da nação, o 
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que é um paradoxo, já que o desenvolvimento deve ser proporcional ao aumento dos 
níveis de educação. 
Os professores brasileiros enfrentam condições desfavoráveis de trabalho 
como: metodologias e materiais didáticos precários, salas superlotadas e uma 
formação profissional inadequada. Há ainda, docentes que não estão na profissão por 
vocação, mas por considerarem a docência como a única opção de profissão estável 
e acessível para a camada mais pobre da sociedade sem condições de acesso a 
outros cursos superiores. Rubem Alves (2009), pontuou que: 
 
A alma de tudo é o professor. Não adianta programas novos, novas leis, se o 
professor tiver a cabeça velha. Em nosso modelo clássico, o professor é 
aquele que sabe a matéria. Ele vai cobrar a matéria. Esse modelo não 
funciona mais. O professor tem que ser aquele que pergunta, que está junto 
com os alunos. Não dá respostas, mas provoca os alunos para ver se eles 
pensam por conta própria. 
 
 
A falta de investimentos no setor educacional brasileiro, em especial no público, 
não fornece aos estudantes a base curricular necessária para a entrada em 
universidades de prestígios. A enorme discrepância entre as classes sociais e a falta 
de incentivo aos alunos de desempenho mais baixo são um dos fatores determinantes 
para a atual qualidade do ensino no Brasil. 
No senso comum dos educadores, eles ainda consideram que a aliança entre 
a escola e a família é a principal responsável pela trajetória de sucesso do educando, 
mas não há comprovação empírica que estabeleça uma relação direta entre interação 
dessas duas instituições e o sucesso escolar dos alunos. 
É muito comum presenciar cobranças por parte da escola culpando a família 
como uma das principais causas dos problemas dos educandos, antes de procurar 
compreender os contextos sociais dos diversos grupos familiares, sem uma 
aproximação prévia visando o entendimento mútuo e a revisão das práticas 
educacionais vigentes. Esse tipo de discurso pode influenciar numa inversão perigosa 
de responsabilidades, pois uma coisa é valorizar a participação da família na 
escolarização dos filhos e outra bem diferente é culpar totalmente a família pelo 
fracasso escolar dos discentes. A escola culpa a família pelas dificuldades e 
problemas educativos apresentados por seus filhos. Por sua vez, o modelo escolar 
atual persiste em direcionar atividades voltadas ao modelo de família padrão, mesmo 
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diante às mudanças sociais, fato que gera constrangimento a muitos alunos que não 
se enquadram a esse modelo de família tradicional. 
O governo atual impõe uma inclusão dos alunos mais pobres na escola, através 
dos Programas Sociais de Renda como alternativa para reverter os altos índices de 
fracasso histórico do ensino brasileiro, sacrificando assim a qualidade da escola e 
penalizando os mais carentes. Com tais programas, o governo tenta enquadrar a 
massa dos excluídos em um modelo educacional fadado ao fracasso: aumentam o 
número de vagas, mas não investem adequadamente na melhoria das condições 
favoráveis ao processo de ensino-aprendizagem ou de permanência dos mesmos na 
escola. 
Esse aluno vai para a escola não para aprender, mas porque é obrigação para 
recebimento do benefício do Programa Bolsa-Família ou então para evitar que o pai 
seja denunciado ao Conselho Tutelar por deixar seu filho fora da escola. Ele não 
frequenta a escola para buscar o saber, mas para buscar a merenda que muitas vezes 
falta em seu lar. Ou, talvez, para conseguir um diploma de Ensino Médio que lhes 
possibilitará empregos mais rentáveis do que o de seus pais. 
Mudanças são necessárias no cenário educacional brasileiro. Medidas para 
melhoria devem ser repensadas como: a garantia de tecnologias educacionais 
e recursos pedagógicos apropriados ao processo de ensino-aprendizagem; políticas 
e formação e valorização do pessoal docente: plano de carreira, incentivos, 
benefícios; definição da relação estudante/professor adequado ao nível, ciclo 
e estágios escolares; financiamento: elevação do percentual do PIB para a educação; 
gestão democrática; efetividade do Sistema Nacional de Educação; sistema nacional 
de avaliação ligada aos sistemas de ensino. 
Além disso é necessário que os futuros profissionais da educação conheçam e 
compreendam as políticas e a gestão da educação durante o seu processo 
de formação inicial, assim como em sua formação continuada. Acredita-se 
que somente a partir do conhecimento profundo da realidade é possível fazer as 
intervenções necessárias para ajudar a transformá-la. 
Vale ressaltar que é preciso uma mobilização social para modificar a realidade, 
buscando formas de aprender a escolher melhor os representantes políticos, pessoas 
comprometidas com o bem-estar do povo e não preocupadas apenas em aumentar 
seus próprios salários enchendo seus bolsos com o dinheiro público. Nenhuma 
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reforma social ou melhoria nas condições de vida da população de um país pode 
deixar de contemplar primeiramente uma revolução no campo da educação pública, 
única forma de garantia de que milhões de pobres tenham acesso às oportunidades 
que permitam a cada um deles o pleno desenvolvimento de suas potencialidades. 
Enfim, os desafios são enormes para o avanço da qualidade da educação 
brasileira. O problema é complexo com a dimensão territorial e as disparidades 
econômicas, sociais e regionais, envolvendo redes municipais, estaduais, federais e 
as instituições privadas com diferentes níveis e modalidades da educação: das 
creches às universidades. 
 
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Referências Bibliográficas 
 
ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética empresarial na prática: liderança, gestão 
e responsabilidade corporativa. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
 
COSTA, Cynthia et. al. Rubem Alves: A escola de hoje em dia é chatíssima. Isso 
explica o desinteresse das crianças. Disponível em 
<http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/entrevista-rubem-alves-471231.shtml> Acessado em 12 de nov. 2015. 
 
CASTRO, Claudio de Moura. Os Tortuosos Caminhos Da Educação Brasileira: 
Pontos de vista impopulares. Porto Alegre: Penso, 2013. 232p. 
 
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos Filosóficos da Educação. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
 
THOMAZ, Jaime Roberto. A educação no Brasil nos dias atuais. webartigos.com. 
Disponível em <http://www.webartigos.com/artigos/a-educacao-no-brasil-nos-dias-
atuais/25509/#ixzz3rGztqPJg> Acessado em 12 de nov. 2015. 
 
Protocolo de Entrega: 2015111612610416ED4AE

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