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PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO, SUA IMPORTANCIA, IMPACTOS E DESAFIOS NO BRASIL Antônia Iris Paiva Sousa1 Davi Dias Souza Fabrício Ferreira Cunha Luana Carolina da Silva Rodrigo Cougo Borba Rafael Faustino da Silva2 RESUMO No presente trabalho, pretendemos aproximar o leitor sumariamente à realidade – geral e em seus pormenores – do planejamento na administração pública, onde esta, por sua vez, exerce o poder de gerir o Estado legislando, tributando, fiscalizando e regulamentando. Todas as funções incumbidas ao Estado devem estar de acordo com as demandas majoritárias da sociedade seguindo um cronograma de gravidade, urgência e tendência social. Examinaremos os pontos fortes e fracos da educação no Brasil como premissa de nossa fundamentação teórica em relação aos problemas desencadeados pelo sinuoso planejamento administrativo público, assim como seus efeitos internos sobre a sociedade brasileira e seus efeitos externos (globais, perante outras sociedades). As causas que levaram este trabalho a receber em um de seus tópicos o subtítulo “Chímaira Burocrática”, serão contextualizados de forma análoga, conduzindo-nos a descoberta de uma sutil e sistêmica animus nocendi 3. Palavras-chave: Planejamento; Gestão; Qualidade; Estado; Educação. 1. INTRODUÇÃO Nas primeiras repúblicas, já haviam planejamentos administrativos nos serviços públicos que surgiam simultaneamente com as reivindicações adversas do povo. A origem da república é composta em sua raiz pela aristocracia, onde os desfavorecidos de grande poder patrimonial eram adjetivados de forma inferior – por exemplo, os plebeus – e, às margens dos elementos que compunham a nação, eram inseridos no planejamento público dentro deste contexto. 1 Alunos do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI. Administração Pública (FLX5683) - Seminário Interdisciplinar: Planejamento na Administração Pública. 2 Professor tutor externo, do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Administração Pública. 3 Esta expressão em Latim é comumente usada pelos operadores do Direito. Em português, significa intenção de causar dano. V. Amilcare Carletti, Dicionário Latim Forense, 10° ed. 2011, p. 102) 1 Desde os tempos das ágoras gregas, é natural do ser humano escolher o que quer aprender; discutir, investigar e participar de colóquios produtivos. É natural do ser humano escolher com quais de suas qualidades quer contribuir para a natureza e sociedade. Não menos importante, o devido teste das respectivas habilidades é basilar a qualquer ofício profissional. O planejamento estratégico, tático e operacional não pode vir antes da boa educação, aquela proveniente do confronto individual com a realidade, conforme as exigências das situações diversas, caso a caso; portanto, padrões e programas de ensino não são naturais ao indivíduo. Um indivíduo não pode pensar coletivamente, tampouco refletir em grupo. Considerando estas questões, os servidores públicos não devem planejar raciocinando em termos operacionais antes de refletir politicamente sobre os elementos que compõem uma região, pois, o sistema operacional e burocrático |não é inerente à natureza, mas o Estado – organização das pessoas que convivem entre si e com o ambiente entre elas – tem sua origem na natureza e dela usufrui. Abordaremos, por conseguinte, temas fundamentais para o planejamento administrativo público e a origem da sua ineficácia diante das principais urgências dos cidadãos que o leva a tornar-se um componente prejudicial ao cliente e usuário de seus serviços. 2. O ESTADO Pensar em planejamento público nos leva quase que involuntariamente a raciocinar em termos burocráticos. Dificilmente os planos administrativos são observados pelo panorama da substância estatal. Frequentemente o Estado é visualizado na sua forma abstrata, isto é, a organização em suas divisões intersetoriais, movimentações politiqueiras, burocracia, tecnologia etc. A governabilidade costumeira moderna é sistemática, burocrática, autômata, totalmente avessa à origem do Estado, que é a organização de elementos da natureza, visto que cada indivíduo participa nela formando a sociedade4. Este vício estatal, isto é, a maçante operacionalidade e a burocracia, tem impacto direto na iniciativa privada: Entre 190 países que foram avaliados em um estudo do Banco Mundial, o Brasil se encontra na 184º posição no ranking que mede a facilidade dos impostos na abertura de novos negócios. O Banco Mundial estima, que em algumas regiões do Brasil, o tempo gasto para preparar, arquivar e pagar (ou reter) o imposto de renda das empresas, o imposto sobre o valor agregado e as contribuições de previdência social 4 A sociedade se define pela a união de várias pessoas que acatam, majoritariamente, harmonizadores em comum como estatutos, leis e cultura. Estas formas harmonizadoras são delimitadas pela própria natureza (seja material ou metafísica). 2 equivalem a 1.501 horas por ano, enquanto os países com melhor desempenho gastam 49h. (EMPRESA DE PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA S.A, 2020). O Estado moderno põe os aspectos abstratos como se fossem a própria natureza dos acontecimentos, causando um efeito de dependência abstracionista na sociedade: vive-se pelo dinheiro em si (usura); trabalha-se pela conservação do cargo; crê-se cegamente em algo para se manter no grupelho; e, os objetivos básicos e/ou audaciosos do ser humano como moradia própria, ofício prazeroso, poder de realização, influência histórica, esbarram no muro das frustrações. Ora, se o Estado se desvia da sua substância, da parte orgânica, viva, que o sustenta, obviamente, sobrar-lhe-á apenas o sistema operacional gerido por uma autoridade artificial que só consegue obter efetividade mediante punições administrativas ou violentas. O empresário Ovídio Deitos, cotado para uma eventual candidatura a deputado estadual pelo PP, (...) falou sobre ações dos governos em todas as esferas. Para ele, os governos, chegaram no limite de sua capacidade de atuação, pela falta de recursos financeiros. O que chama a atenção do empresário, é que o desemprego está acontecendo apenas nas empresas e não nos governos. Opinou sobre plebiscito no Estado e lembrou o tempo em que foi vereador em Caxias do Sul, quando havia na Casa Legislativa, apenas três funcionários. Diferente de hoje quando ultrapassa o número de cem. Para Ovídio, o poder público virou uma máquina de moer gente, por conta das regras que são construídas diariamente (MULLER, 2017). 2.1 CHÍMAIRA BUROCRÁTICA Chímaira é uma figura oriunda da Ásia Menor que se consagrou no imaginário popular grego durante o século VII a.C. Sua aparência mitológica é formada por três cabeças (sendo a de leão a principal), asas de dragão e cauda de serpente. Em algumas narrativas, afirma-se que a besta mística não pode voar, mesmo possuindo asas enormes (BORGES, 2002). O Estado moderno assemelha-se a Chímaira: face devoradora e implacável, capaz de impor sua vontade através do medo. Suas asas representam o planejamento administrativo público que, aparentemente, pretende voar, mas não consegue. De aparência bem estruturada, promove a segurança, mas é incapaz de voar até o destino solicitado. Sua cauda remete às coisas que estão por trás do corpo frontal do sistema de serviços públicos: um veneno que adormece as vítimas até o desespero e debilidade total do organismo. A cauda da serpente representa a máquina burocrática maçante, obsoleta e anestesiadora de iniciativas privadas. Podemos ter uma noção básica sobre o viés que conduz os planos administrativos para os serviços públicos desdobrando o advento da mentalidade apática da república para com as demandas do povo. Na obra literária Cultura geral, o professor e escritor Dietrich Shwanitz descreve que: 3 Até510 a.C. a cidade de Roma foi governada pelos reis dos etruscos que habitavam o norte, um povo de piratas e hedonistas5, que não deixou muitos legados além de inúmeros potes, trulli (construções em pedra, com planta circular e teto cônico) e dentaduras postiças. Em seguida a cidade tornou-se uma república (do latim res publica = coisa pública). De 510 a 270, Roma conquista o resto da Itália e se dedica a intensas lutas internas entre patrícios (aristocracia) e plebeus (definição pejorativa para designar o povo). O resultado foi a mãe de todas as organizações públicas políticas, que até hoje define cargos públicos. (...). Além disso, existiam cargos que se assemelhavam aos nossos ministérios de hoje: os censores que fiscalizavam a moral e os tributos e se ocupavam com as construções de edifícios públicos; os questores, que administravam o erário público; e os pretores, que cuidavam da justiça. Os magistrados usavam toga com listras de cor púrpura e eram acompanhados por litores (ajudantes), que usavam um machadinho envolto por um feixe de varas amarradas (fasces), como sinal de soberania. Imitando o estilo imperial romano, Mussolini adotou o símbolo para seu partido, cujos adeptos passaram a se chamar fascistas. Um papel especial era desempenhado pelas tribunas do povo: funcionavam como os sindicatos de hoje e representavam o povo contra a burocracia. Os tribunos podiam opor vetos contra as decisões do senado e propor deliberações próprias na assembleia dos plebeus. No final da república, tenderam, como os representantes sindicais de hoje, a praticar uma política de bloqueio. (SHWANITZ, 2009, pág. 29). Podemos perceber que as bases da primeira república foram governadas por ladrões e pessoas focadas nos próprios prazeres. A infraestrutura6 recebia atenção especial por parte dos censores (magistrados romanos responsáveis pelo recenseamento das pessoas)7. Com efeito, logo surgem as primeiras reivindicações do povo contra as decisões dos administradores públicos diretos. Atrás de uma aparência imponente, a Chímaira burocrática só conseguia estabelecer para a plebe um planejamento operacional apático e medíocre. Não obstante, essa forma de planejar os serviços públicos consolidava-se dia após dia, século após século. Em geral, costuma-se criticar o aparelho burocrático devido à sua rigidez administrativa, sua inadequação das normas e à grande quantidade de regulamentos. Estes aspectos produzem resultados contrários aos esperados, como a lentidão dos processos que podem diminuir drasticamente a eficiência de uma organização e até da sociedade. No entanto, a organização burocrática é condição imprescindível para o desenvolvimento de uma nação, por ser indispensável ao funcionamento do Estado, gestor dos serviços públicos e de todas as atividades econômicas particulares. A divisão e distribuição de funções, a seleção de pessoal especializado, os regulamentos e a disciplina hierárquica são fatores que fazem da burocracia moderna uma forma avançada e eficiente de organização administrativa, baseada no método racional e científico, sintetizando as formas de relações sociais das sociedades modernas. No momento, a discussão importante que se coloca é a da urgência da desburocratização dos setores logístico e de infraestrutura brasileiros para garantir ainda mais o seu desenvolvimento e maior produtividade. Nesse sentido, a questão principal é de como construir a infraestrutura que precisamos para transportar riquezas e fazer a integração nacional desse país de dimensões continentais, com a redução da burocracia e do 5 Hedonistas eram pessoas cujo foco principal era a busca do prazer supremo. 6 No tópico número 5 destacaremos esta atenção especial que o Estado dá à infraestrutura até os dias atuais. 7 Uma espécie de “assistente social” da época. 4 Custo Brasil, que tanto oneram o investidor, sem impacto regulamentar (EMPRESA DE PLANEJAMENTO E LOGÍSTICA S.A, 2020). FONTE: Pesquisa FIESP/2017 2.2. O ADVENTO DO CRISTIANISMO Filho de José e Maria, o nazareno Cristo Jesus torna-se um problema para o império romano. Jesus apresenta uma forma diferente de lidar com os problemas sociais e individuais de sua região: a resolução caso a caso. Ao observar a situação de Pedro e os outros que ali estavam, Jesus pergunta se eles tinham o que comer e eles respondem que não. Então, como quem tinha o devido conhecimento do território e das capacidades pessoais de cada um, Jesus diz: “Lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis” (BÍBLIA, N. T. João, 21:6). Em termos administrativos, quando alguém procurava a sua ajuda,8 Jesus não terceirizava nem burocratizava suas ações. Ele agia diretamente, pessoalmente e no momento exato da demanda. Caso a caso. No capítulo dez do livro de João, Jesus dá uma resposta aos judeus dizendo: “ As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem” (BÍBLIA, N. T. João, 10:27). Num sistema administrativo onde os planos se davam mediante a forma como os aristocratas percebiam a sociedade as dividindo em classes sociais (rico, pobre, plebe, marginal, semita, antissemita, bárbaro etc.), alguém que cura, ensina, conhece e lida pessoalmente com os problemas do povo, certamente iria causar sérias preocupações aos donos do poder. Alguém que cura ao invés de criar um sistema burocrático padrão de cura; alguém que ensina de acordo com a necessidade e capacidade de cada um ao invés de criar um sistema padrão de ensino a todos... o império iria ruir. A coroa divina não estava mais com os donos da moeda, mas sim, com aquele que trazia a verdade e era semelhante ao povo - humilde e desprovido de luxo – o 8 Jesus era carpinteiro e curava enfermidades dentre outras ações consideradas como verdadeiros milagres por aqueles que testemunhavam seus feitos. 5 avesso do que sempre fora planejado e exercido pelas repúblicas anteriores. Seu método de ensino formou os melhores escritores como Saulo de Tarso e Tomás de Aquino; formou homens e mulheres capazes de realizar ações históricas. De Clara de Assis e Vicente de Paula a João Ferreira de Almeida e Madre Tereza de Calcutá. Jesus deu aos plebeus e aos humildes autonomia para serem agentes históricos, fez do homem pobre um ser humano valioso aos olhos de Deus; respeitou as leis do presente governador da época, Pôncio Pilatos, com o famoso ensinamento “dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (BÍBLIA, N. T. Mateus, 22:21) referindo-se aos abusivos impostos cobrados pelo império romano. Tirou toda a falsa autoridade divina que os imperadores estabeleciam a si mesmos para humilhar, abusar e escravizar o povo. Autocastração em público, nomeação de cavalo a cargo público, assassinato de parentes e lançamento de cristãos a feras famintas. Alguns imperadores se achavam deuses ou semideuses; outros tinham certeza disso, vestindo-se e agindo como tais. Um lutava nas arenas como gladiador e outro gastava seu tempo editando leis excêntricas, como a liberação de flatulências (pum) em banquetes. Muitos imperadores cometeram atos cruéis, todos fizeram baixaria, alguns obtiveram glória, outros a completa desgraça. Todos foram assassinados (BEZERRA, 2019). Fez com que o povo humilde preferisse a morte9 do que a obediência cega e devocional aos decretos absurdos e corrompidos do governo. Atender o povo de forma efetiva e ainda tornar-lhes inteligentes e especiais estava fora dos planos de uma república cujos alicerces estavam sobre o fingimento, a trapaça, o prazer egoísta e a divinização de si mesmo (tudo posso, tudo crítico e nunca posso ser criticado). 2.3. EDUCAÇÃO: SISTEMA PADRÃO DE ENSINO PRODUZ DESIGUALDADE Todo aquele que diz ter uma solução modelo para todos os casos estimula a desigualdade e a confusão mental. Sabemos que planejamento na administraçãopública é definir os objetivos e determinar como os resultados devem ser alcançados. Ter a missão de sanar ou pelo menos facilitar a resolução das demandas e problemas sociais não é tarefa simples. É preciso ter uma visão de curto, médio e longo prazo traçando um cronograma de ação que irá trabalhar em cima de cada situação conforme as prioridades e tendências de uma nação. De caráter político, o planejamento situacional é mais flexível, adaptável e opera de acordo com o momento, diferente 9 Essa resistência veio a ser conhecida historicamente pelas atrocidades cometidas contra os cristãos nas arenas romanas. 6 do planejamento tradicional que é tecnocrático, burocrático e opera por etapas. Para que se obtenha um plano estratégico, tático e operacional eficiente é necessário um estudo de casos, diminuindo a máquina burocrática (não a eliminar), investigando os fatores internos controláveis pela administração e os fatores externos (probabilidades, imprevisibilidades, ameaças) não-controláveis. No entanto, podemos nos questionar que a mentalidade da administração pública direta de hoje ainda é republico-romana? Qual o escopo do planejamento público, executar ordens ou atender e solucionar efetivamente os clientes e usuários? Qual o estado mental dos servidores públicos? A resposta para estas perguntas está no sistema educacional de ensino. O consenso científico, que é fixo, não pode sobrepor-se à experiência diária individual do ser humano, que está sempre em movimento. Planejar e definir diretrizes aos elementos que compõem uma nação, estado ou município como, infraestrutura, gestão pública, economia, educação, segurança, saúde, cultura, meio ambiente, exige análise de casos a fim de se obter uma escala/guia de prioridades para cada região, não para criar um sistema padrão de ações “cientificamente comprovado”, mas para criar um plano estratégico com maior retorno sobre os investimentos. Padrões de ensino são comumente apresentados pelo MEC e costumam negligenciar alguns casos, suprir um pouco de outros, ou, ser totalmente inúteis a muitos. Um ensino igual para todos é antinatural, considerando que cada pessoa tem suas peculiaridades. O que deve haver é a compreensão das diferenças e saber lidar com as particularidades de cada um. Mais de 65% dos alunos brasileiros no 5º ano da escola pública não sabem reconhecer um quadrado, um triângulo ou um círculo. Cerca de 60% não conseguem localizar informações explícitas numa história de conto de fadas ou em reportagens. Entre os maiores, no 9º ano, cerca de 90% não aprenderam a converter uma medida dada em metros para centímetros, e 88% não conseguem apontar a ideia principal de uma crônica ou de um poema. Essas são algumas das habilidades mínimas esperadas nessas etapas da escola, que nossos estudantes não exibem. É o que mostram os resultados da última Prova Brasil, divulgados pelo governo federal no final de novembro. A prova avalia, a cada dois anos, o desempenho de alunos do 5º e do 9º ano em português e matemática. É usada para compor o principal indicador de qualidade da educação do país, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Os resultados revelam, no entanto, algo ainda mais perigoso que o baixo desempenho: a desigualdade. Enquanto em alguns Estados do Sul, como São Paulo e Santa Catarina, metade dos alunos tem aprendizado adequado em português, Estados como Alagoas e Maranhão não chegam a ter 20%. (GUIMARÃES, 2015) Historicamente, a educação mais efetiva, na grande maioria das vezes, é a dos pais. Ali há um acompanhamento diário e uma atenção completa voltada para sanar as dúvidas e questões básicas – até mesmo vitais. José Bonifácio de Andrada e Silva, por exemplo, foi http://epoca.globo.com/?s=Educa%C3%A7%C3%A3o 7 nomeado tutor de Dom Pedro II. Aristóteles era discípulo de Platão. Yip Man foi mestre de Bruce Lee. Um discípulo é diferente de um aluno, e um professor é diferente de um tutor. O discípulo absorve as qualidades do seu tutor. O tutor ensina, defende e protege seu discípulo da ignorância. Há aí uma séria e sincera busca por evolução entre ambos. Não há egoísmo, não há fingimento; há plena busca pela verdade, pelo conhecimento das coisas como elas são. Não é parecer que sabe, mas saber de fato e saber que sabe. O que tutores e pais tem em comum? Eles formam personalidades. E o que faz o método de ensino público padrão? Forma cidadãos. 2.4. PONTO FORTE NO PLANEJAMENTO EDUCACIONAL BRASILEIRO Sabemos que o Estado tem o dever de garantir que a criança e o adolescente venham a ter acesso à educação (escolar). Aos pais ou responsáveis, o dever de munir. Os investimentos na educação brasileira vêm obtendo aumento constante desde a era Vargas. Mas o salto mais significativo começou a partir da EC N° 24/1983 que estabeleceu a obrigatoriedade de aplicação anual, pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, de, no mínimo, vinte e cinco por cento da renda advinda dos impostos, para manutenção e desenvolvimento do ensino10. No entanto, percebemos um desequilíbrio entre gastos com infraestrutura e gastos com o desenvolvimento do ensino, considerando os baixos índices de aprovação de projetos e descobertas científicas; nossa literatura vem sofrendo uma escassez de bons escritores. Observando os outros países, podemos perceber que há uma evolução, ou, no mínimo, uma estabilidade intelectual, nunca um regresso como vem acontecendo no Brasil. Israel, Estados Unidos, Rússia, Japão e Índia, por exemplo, estabelecem seus níveis crescentes de estudantes influentes através de publicações científicas e demais ações exercidas no âmbito global. O Brasil não conseguiu registrar avanços significativos no desempenho dos estudantes em leitura, em matemática e em ciências no mais importante ranking mundial de educação. O resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira (3) aponta ligeiro aumento da nota média, mas os estudantes brasileiros seguem entre os últimos 10 colocados na prova de matemática. O exame, cujas provas foram aplicadas no ano passado, é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os resultados negativos para a educação brasileira foram verificados mesmo com a expansão da lista dos países participantes, que passaram de 70 para 80.Em leitura, o Brasil conseguiu manter sua posição de 2015, mas ainda está 10 Na própria página da Câmara do Deputados, debatedores apontam falta de estímulos para o desenvolvimento da área científica no Brasil. Nos documentos da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, observamos a diferença abrupta entre os cento e cinquenta e nove Projetos de Lei (PL) para ciência, tecnologia e comunicações para os vinte e três Projetos de Lei à educação, cultura e esportes – sem falar dos minguantes dez PLs voltados à saúde (PORTAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2021) https://www.camara.leg.br/noticias/825123-debatedores-apontam-falta-de-estimulos-para-o https://www.camara.leg.br/noticias/825123-debatedores-apontam-falta-de-estimulos-para-o 8 atrás de mais de 50 países e regiões econômicas. Já em ciência, o país caiu algumas posições, para uma colocação abaixo de pelo menos 65 participantes. Dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico de matemática. Em leitura, os dados do Brasil apresentam estagnação nos últimos dez anos (MORENO; OLIVEIRA, 2019). Temos no Brasil a nossa Constituição Federal (1988) que garante com excelência o direito à educação como bem destaca o Art. 208: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; I - educação básica obrigatóriae gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA, 1988, pág. 124). Há de fato garantia e investimento na educação brasileira. Há estrutura material para sermos um país de primeiro mundo. E este é o ponto forte do nosso sistema educacional. 3. A EDUCAÇÃO INFANTIL Sendo uma das instituições mais importantes para a educação infantil, a creche no Brasil, desde seu surgimento em 1899, é considerada um dos pilares fundamentais para a formação de um indivíduo brasileiro, pois é neste período que o cidadão forma seus primeiros conceitos como pessoa e inicia seu processo de inserção na sociedade. Porém, apenas após a promulgação da constituição de 1988, em seu artigo 208, inciso IV, as creches e pré-escolas foram definidas efetivamente como um direito básico para as famílias brasileiras, e de responsabilidade e dever do Estado oferecer este serviço com eficácia e qualidade. Sendo assim, a educação infantil foi reconhecida como importante, e como uma demanda social básica, tornando-se, então, um avanço histórico, cultural e político. Em 1996, após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996), a Educação Infantil foi definida como a primeira etapa da vida acadêmica de um cidadão brasileiro. O papel do ensino infantil possui importância em diversos aspectos, tanto para a https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/12/03/pisa-2018-dois-tercos-dos-brasileiros-de-15-anos-sabem-menos-que-o-basico-de-matematica.ghtml https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/12/03/brasil-esta-estagnado-ha-dez-anos-no-nivel-basico-de-leitura-e-compreensao-de-textos-aponta-pisa-2018.ghtml http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument 9 criança como para a família, e possui papel socioeconômico para quem utiliza as entidades públicas de ensino infantil como formas de suprir o que não pode ser oferecido à criança. Ao longo dos anos, foram criados diversos projetos, governamentais e voluntários para democratizar e facilitar o acesso de crianças originadas de famílias de baixa renda, fazendo assim com que as creches se tornassem cada vez mais necessárias, e com uma demanda cada vez maior. Consequentemente, conforme uma matéria publicada no G1 em 2020, escrita por Ana Carolina Moreno, com dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de crianças que possuem a necessidade de uma creche aumentou, pois são poucas vagas em comparação ao número total de crianças em situação econômica onde o acesso à creche se torna uma necessidade. A Administração Pública juntamente com um bom planejamento é essencial para que a educação básica possa cumprir seu dever de socialização e intervenção social no Brasil de forma eficiente. E, diante disso, torna-se essencial através do planejamento, adequar-se e adaptar-se às necessidades e ideais da sociedade atual, com a finalidade de incluir e beneficiar a todos que constituem a sociedade brasileira. Na percepção de Waldo (1971, pág. 06), “a administração pública é a organização e a gerência de homens e materiais para a consecução dos propósitos de um governo”. Os projetos e medidas adotadas pelos governos e autoridades refletem a eficácia do planejamento ao longo dos anos, reforçando a importância da qualidade e seriedade que se deve planejar os projetos públicos, de forma que atenda aos interesses de toda a sociedade. Sendo assim, é evidente que a administração pública possui o papel de obter controle da forma que o Estado realiza a criação de políticas públicas, obedecendo as normas administrativas existentes. Nos últimos anos, a cidade de Belo Horizonte sancionou projetos de lei relacionados ao ensino infantil e à pré-alfabetização. Em 2010, por exemplo, foram criadas as UMEIs (Unidades Municipais de Educação Infantil), que revolucionou a educação infantil da capital. Foi oferecido para a população um ensino infantil com uma infraestrutura de qualidade, horário integral e gratuito, o que fez com que uma quantidade significativa de crianças obtivesse acesso ao ensino primário na cidade. Em 2018, as UMEIs foram transformadas em EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) após a aprovação de um projeto de lei criado em 2017 (Lei 442/2017). Em 2018, o prefeito Alexandre Kalil sancionou a lei municipal n° 11.132, de 18 de setembro de 2018, originária do Projeto de Lei nº 442/17, de autoria do Executivo. O artigo 1° dessa lei municipal diz que “as Unidades Municipais de Educação Infantil - UMEIs - ficam transformadas em Escolas Municipais de Educação Infantil - EMEIs”. 10 Fonte: Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia. Acesso em: https://www.hojeemdia.com.br/c%C3%A2mara-de- bh-aprova-em-1%C2%BA-turno-projeto-que-transforma-umeis-em-escolas-de-educa%C3%A7%C3%A3o- infantil-1.636870 A Educação Infantil como etapa inicial da educação básica é de extrema importância para o desenvolvimento das habilidades que acompanham a evolução da criança. Neste sentido, é essencial trabalhar atividades operacionais, pois é a partir da interação com o meio, determinado por um ato intencional e dirigido do professor, que a criança aprende (VYGOTSY, 1998). O que a ideia de Vygotsy pode reforçar é que a interação entre as crianças, mediada por um profissional, é um fator que contribui para a socialização e inserção do indivíduo na sociedade futuramente. A importância da educação infantil é um tópico que está cada dia mais em pauta e em constante desenvolvimento. Com intenções de debater as infraestruturas desse tipo de ensino, que emancipa os indivíduos em crescimento, as discussões acerca do assunto buscam nortear possibilidades que garantam o acesso à educação e posteriormente a qualidade desse ensino. Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, a educação infantil tornou-se oficialmente considerada como a primeira etapa da educação básica para o cidadão brasileiro, onde são de inteira responsabilidade dos órgãos municipais de educação, que tem autonomia para regulá-la e administrá-la. Esse documento, portanto, marca o reconhecimento do estado https://www.hojeemdia.com.br/c%C3%A2mara-de-bh-aprova-em-1%C2%BA-turno-projeto-que-transforma-umeis-em-escolas-de-educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-1.636870 https://www.hojeemdia.com.br/c%C3%A2mara-de-bh-aprova-em-1%C2%BA-turno-projeto-que-transforma-umeis-em-escolas-de-educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-1.636870 https://www.hojeemdia.com.br/c%C3%A2mara-de-bh-aprova-em-1%C2%BA-turno-projeto-que-transforma-umeis-em-escolas-de-educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-1.636870 11 em relação à importância da educação infantil no país, pois faz com que a garantia a esse ensino seja estabelecida. No âmbito socioeconômico,a importância das creches se dá ao fato de que muitos pais dependem dessas instituições para poderem trabalhar ou realizar tarefas que são de necessidade familiar. Por este e muitos outros motivos, torna-se cada vez mais necessário o investimento público na educação infantil e pré-alfabetização para que, com uma boa educação, a criança futuramente possa cursar um ensino fundamental e médio de qualidade e com eficiência, o que possivelmente irá garantir e facilitar a inserção dessas crianças no ensino superior. Falando sobre uma formação de qualidade, citando Janet R. Moyles, Duarte e Batista (2015, pág. 304) irão dizer que; [...]na escola a criança deve participar de atividades que exijam mais de sua psique, pois cada local deve propiciar atividades diferentes as crianças. Sava (1975, p. 14; apud MOYLES, 2002, pág. 04) afirma que: O fato desenvolvimental importante é que estimular as mentes infantis, através de atividades não regularmente oferecidas em casa, reforça sua capacidade cognitiva de lidar com as tarefas cada vez mais difíceis com as quais elas vão se deparar nas décadas futuras. Ou seja, o ensino infantil, por meio de uma diversificação de atividades, é capaz de desenvolver e estimular as crianças para competências que serão cobradas delas futuramente. Sendo assim, uma vez que a escola primária recebe um investimento que contemple uma boa qualidade na alimentação, no lazer e na cultura, a logística de atividades a serem desenvolvidas com os alunos também é modificada, uma vez que os recursos principais e necessários para desenvolver projetos que estimulem a cognição das crianças estão sendo oferecidos. É necessário que se tenha uma base de necessidades supridas para que outras necessidades (como por exemplo o investimento em formações complementares para professores, o aumento salarial desses profissionais, o emprego de mais profissionais da educação nas unidades escolares, atividades recreativas acrescentadas de excursões) possam ser assistidas, desenvolvidas e aplicadas na realidade escolar. 4. ENSINO FUNDAMENTAL A Política educacional brasileira, sofreu desde de cedo, diversas influências de educadores, países, e de organizações internacionais, acordos e compromissos, que afetaram o ensino brasileiro ao longo do tempo, tiveram como signatários, um lado superar desigualdade e dificuldades do capitalismo mundial. Segundo Flach (2015) sobre a sua perspectiva da oferta do ensino fundamental. 12 A oferta do ensino fundamental na atualidade, portanto, é resultado de inúmeros fatores históricos, políticos e sociais que se entrelaçam e colaboram para a questão no dia de hoje, e resultados de vários fatores que se entrelaçam para que achem uma compreensão sobre a questão.”(FLACH, 2015, Pág. 02). O incentivo ao ensino fundamental não é uma discussão recente, a sua oferta está desde cedo na história política educacional a sua reforma é vista em vários momentos dessa história, que propôs uma melhoria no ensino fundamental público. Na perspectiva de Flach (2015) sobre a sua oferta no ensino fundamental: As convergências e divergências sobre a oferta do ensino fundamental não é uma discussão recente e constitui-se nas contradições da história político-educacional brasileira, a qual esteve e está atrelada ao contexto econômico e político mundial. Esse atrelamento é visível em diversos momentos históricos. (FLACH 2015, pág. 03). O modelo educacional, sofreu ao longo do tempo várias modificações, onde teve grandes impactos na organização ensino brasileiro, foi num período do ensino fundamental que percebermos uma grande modificação que foi na sua oferta que se alterou que a duração do ensino fundamental passado a ser modificada, podemos ver na visão de Flach (2015) sobre a alteração da duração do ensino fundamental. Por causa da sanção da lei n° 5.692/71 do (BRASIL, 1996) que marcou a duração no ensino fundamental, é importante destacar que a primeira ampliação da duração do ensino fundamental pode ser observada pela ampliação da duração do ano letivo, que na vigência da Lei n° 5.692/71 era de 180 dias passando para 200 dias na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. Vale observar que com a ampliação de 20 dias em cada ano letivo, ao longo do ensino fundamental de oito anos de duração. (FLACH, 2015, pág. 13). A alteração da ampliação do ensino fundamental foi uma das modificações que a política fez no ambiente educacional brasileiro, que passam a ser obrigatório para as crianças e os adolescentes com ampliação do ensino fundamental ter uma duração para oito anos, e com isso se tornou um dos períodos mais longo do ensino, é nesse meio tempo que as crianças e adolescentes passam por mudanças importantes, nessa fase ocorre desenvolvimento da capacidade de aprender, com básico domínio da leitura e da escrita, porém , encontramos problemas e dificuldades na frequência das crianças e dos adolescentes nas salas de aulas. Na visão de Tonche (2014), há alguns fatores que dificultam as crianças e adolescentes a frequentar as aulas. Estudos foram feitos sobre o desinteresse das crianças e dos adolescentes falta de incentivo dos familiares que são tão importante como os gestores das escolas, falha no sistema educacional, gravidez na adolescência, necessidade de trabalho por conta do desemprego, problemas relacionados dentro das salas de aula, os avanços 13 tecnológicos que desperta o interesse da criança e do adolescente, número excessivo de alunos nas salas , aulas que não desperta o interesse dos jovens e das crianças, a políticas de governo (SILVA, 2012, pág. 20, apud, TONCHE,2014, pág. 07). Observe-se que tal cenário é maléfico para esses alunos , pois existe uma falha no sistema educacional brasileiro, que afeta a universalização nas escolas públicas, a dificuldade do desenvolvimento dos alunos o incentivo para que eles frequentem as salas de aulas mas, não só responsabilidade da escola, dos familiares e do estado também e junto com os municípios e, de que cada município com a competência das secretarias de educação, forneça espaço para que as escolas possa incentivar os alunos jovens e crianças com as suas ferramentas, a frequentar as salas de aulas. Podemos ver na visão de Portela (2001); atta apud, Lima (2014), sobre a importância da secretarias de educação para as escolas; “As secretarias de educação são responsáveis pelo sistema de ensino, pela eficiência e eficácia dos serviços prestados. Para isso, precisa administrar o processo educacional, envolvendo as funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar. A atividade de se autogovernar depende da competência das secretarias de educação de cada município, estas devem ceder espaços às escolas para definir parâmetros e para se auto avaliarem visando a alcançar resultados positivos a partir do acompanhando e da avaliação do desempenho do próprio estabelecimento de ensino”. (PORTELA; ATTA, 2001 apud LIMA; TAHIM; ARNAUD; SOUZA; JUNIOR, 2014, pág. 08). Cada município tem sua gestão escolar, que tão o espaço para as escolas possa administrarem, planejar e organizar o ensino das crianças e adolescentes dando a eles a oportunidade de frequentarem com o auxílio dos familiares, as salas de aulas. Por mais dificuldade que se encontre, a população tem o direito de frequentar as escolas, e que esteja vinculado com a educação. Para uma boa gestão da escola torna-se evidente a responsabilidade dos gestores no planejamento, na organização, na direção e no controle das atividades instituídas pela mesma. Nessa perspectiva, a “nova escola” assume um compromisso claro de executar seu trabalho com eficiência, eficácia e qualidade, em busca de resultados positivos junto às comunidades assistidas aplicando os modelos de gestão e os princípios e funções administrativas. (PORTELA; ATTA;2001 apud LIMA; TAHIM; ARNAUD; SOUZA; JUNIOR, 2014, pág. 08).5. GESTÃO EM EDUCAÇÃO Ao decorrer da história da educação, podemos encontrar um longo caminho para se chegar ao ensino que temos hoje, e temos como uma dessa caminhada que foi percorrida as teorias da administração, que propôs essas novas mudanças no ambiente escolar. 14 “[..] Para chegar a tal concepção, um caminho foi percorrido, e vimos que podemos ter na história da administração de empresas uma parte deste caminho, no que concerne aos conceitos das diversas teorias de administração aplicadas ao ambiente escolar”. (TEIXEIRA, 2017, pág. 18). Podemos encontrar na gestão escolar, as teorias da administração, que propôs novos horizontes para o ensino, propôs melhores gestão escolar para que o sistema de ensino público, tivesse mais qualidade nas primeiras décadas a educação tinha uma forte influência das teorias da administração, o ambiente escolar era mais hierarquizado, mais disciplinar. A administração escolar no Brasil das primeiras décadas do século XX, de acordo com os estudos de Vieira (2003), era fortemente marcada pela visão de administração pautada na teoria clássica, estruturalista e burocrática. Desta forma, as decisões eram restringidas pela vontade do diretor da escola, ou dos altos escalões do sistema escolar como um todo, refletindo numa organização da escola hierarquizada, centrada na autoridade e responsabilidade, marcadamente disciplinar. (TEIXEIRA, 2017, pág.19). A medida que as teorias da administração vão evoluído, se renovam, a administração escolar também se renova, mas a administração escolar tem suas especificações, que diferencia da administração empresarial que o seu foco é mais para o lucro, e administração escolar seu objetivo é para que a escola direcione seus métodos para que se possam encontrar meios de se atingir o resultado que foi planejado, encontre meios para que as crianças e adolescentes frequentem as salas de aulas, que possa trazer resultados positivos no que tange a qualidade do ensino ofertado e alcançado e que a população possa ter acesso ao aprendizado. Conforme percebemos na perspectiva de Teixeira (2017), como a gestão escolar é precisa para que uma instituição possa funcionar e um trabalho de uma equipe para que, encontre meios, possa atingir os seus objetivos. “Desta forma podemos entender, nos dias de hoje, a gestão escolar como o processo de organização de uma instituição educacional, resultante de um trabalho conjunto de uma equipe, que a partir de diagnóstico da realidade define opostos e seleciona os meios necessários para a sua realização, isto é, a gestão escolar estabelece metas, escolhe os rumos e encaminhamentos necessários, constituindo planejamentos de ações, estratégias e avaliação contínua, de modo a obter uma constante adequação à realidade na qual a instituição está inserida. Todo este processo implica o compartilhamento de decisões e a participação de todos os sujeitos envolvidos”. (TEIXEIRA, 2017, pág. 18). A gestão escolar é uma ferramenta para se chegar ao um objetivo, e também para que os alunos e professores possam ter uma relação eficaz trabalhem com as ferramentas que se tem e tenha planejamentos, para que possa atrai os alunos para a escola e com ajuda dos familiares que são importantes tanto como a gestão escolar para o ambiente escolar pois a sua 15 eficácia faz toda diferença no ambiente escolar. Nas palavras de Souza; Gouveia; Silva; Schwendler (2005), sobre a gestão escolar e da educação pública. Mas a gestão da escola e da educação públicas também não pode ser pensada apenas como uma simples ferramenta a serviço da melhoria da qualidade do ensino, pois ela mesma é, ou pode ser, uma ação político-pedagógica. Por se tratar da educação pública, ela necessita ser balizada pelos princípios da democracia, da igualdade, da universalidade e da laicidade. (SOUZA; GOUVEIA; SILVA; SCHWENDLER, 2005, pág. 07). 6. GESTÃO EDUCACIONAL Do ponto de vista de Cláudia Teixeira (2017, pág. 26), ela explica que é de responsabilidade da equipe gestora da escola o cumprimento dos deveres: [...] da implementação das políticas educacionais e projetos pedagógicos, criação de planos e estratégias para superar a limitação da fragmentação, elaborar e executar seu projeto pedagógico, tomar decisões para que a escola exerça a sua autonomia. Teixeira (2017, pág. 27) explica também que é preciso pensar na gestão como “sentido de uma articulação de uma articulação entre ações” que são realizadas no cotidiano da instituição escolar. Teixeira destaca que a escola deve atender às exigências da contemporaneidade, promover o “conhecimento a partir das práticas educacionais participativas”, fornecer melhores condições para que as crianças, jovens e adultos possam se constituir como cidadãos. “Da escola deve partir a decisão da distribuição dos recursos, levando em conta a definição de prioridades educacionais, isto é, sua contribuição para a melhoria da qualidade do ensino (TEIXEIRA, 2017, pág. 32)”. Precisamos pensar gestão no sentido de uma articulação entre ações que se realizam no cotidiano da instituição escolar e o seu significado político e social. Significado este que reflete o desejo de uma escola que atenda às exigências da contemporaneidade, promovendo o acesso ao conhecimento historicamente construído a partir de práticas educacionais participativas, que forneçam as condições para que crianças, jovens e adultos possam se constituir cidadãos atuantes e transformadores da realidade sociocultural e econômica em que estão inseridos. (TEIXEIRA, 2017, pág. 27). Cláudia Teixeira (2017), destaca a importância do envolvimento da comunidade na participação dessa gestão, tendo em vista sua participação na colaboração de eventuais dificuldades da escola. Ela chama a atenção também para a igualdade de condições e permanência na escola, melhorias na educação brasileira e a qualidade da formação dos profissionais da educação. 16 Chamamos a atenção para a questão da igualdade de condições de acesso e permanência na escola, que até hoje sabemos ainda ser algo a alcançarmos, pois dados como evasão e permanência ainda são estatísticas a serem melhoradas na educação brasileira. Além disso, não podemos dissociar acesso e permanência de uma qualidade educacional, e essa vincula-se à formação dos profissionais da educação, inicial e continuada; ao tempo e espaços educativos e à igualdade de oportunidades na educação, que para a democracia, significa igualdade de possibilidades reais para todos que são desiguais, e como tal necessitam de todas as possibilidades diferenciadas para se desenvolverem. (TEIXEIRA, 2017, pág. 35) 7. QUALIDADE DA EDUCAÇÃO Como qualidade de ensino, Ana Barbosa (2018, pág. 11) tem a sua própria teoria quando afirma que, o conceito de qualidade será sempre direcionado a alguma coisa. Ela explica que para o primeiro caso, o conceito pode estar relacionado ao produto, no segundo estará relacionado às prestações de serviços, estando incluso as instituições públicas ou privadas. Sobre os serviços oferecidos pelas instituições de ensino, Barbosa acentua que as avaliações das instituições estão evidencialmente relacionadas às condições do prédio, seguindo após as instalações, os equipamentos que são utilizados em sala para a elaboração da aula, a qualificação dos professores, da coordenação e, entre várias outras exigências que estão dentro das necessidades para a qualificação do ensino. “Assim, a qualidade institucional pode ser avaliada por meio de suas atividades administrativas e procedimentos junto ao seu público (BARBOSA, 2018, pág. 14)”. “[...]No caso dos serviços oferecidos pelas instituições de ensino, as avaliações geralmente estão relacionadas às condições do prédio, instalações, equipamentos utilizados em sala de aula, acessibilidade, qualificaçãodos professores, coordenação, dentre outras exigências que fazem parte das normas necessárias à qualificação da instituição (BARBOSA, 2018, pág. 12)”. Ainda sobre a qualidade do ensino, Ana Barbosa (2018, pág. 14) acredita no potencial “[...] do processo de desenvolvimento qualitativo das instituições de ensino, do corpo docente, da direção, e, sobretudo, da qualidade em relação ao aprendizado por parte dos alunos, que é o aprender e o saber fazer”. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de políticas públicas, ações técnicas e práticas construtivas na busca de um ensino digno, a fim de que esse possa ser acessível a todos – independentemente de sua raça, credo ou posição social – na condução e na aplicação dos recursos, e das ações necessárias para que possamos ter realmente um ensino de qualidade (BABOSA, 2018, pág. 14.). Sobre o Ensino Médio, ele é a última etapa da educação básica, é preciso que por meio dele, as escolas ofereçam uma educação que prepare o aluno para a vida adulta. Segundo a Lei 17 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional/LDB (Lei 9394/96, art. 35), o aluno terá como finalidades: a consolidar e o aprofundar os conhecimentos que foram adquiridos no ensino fundamental, o aluno terá uma preparação básica para o mercado de trabalho e a cidadania do educando, onde pode-se continuar aprendendo e adaptando-se às novas “condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”, o aluno terá o aprimoramento como pessoa “incluindo a formação ética” desenvolvendo também a sua autonomia intelectual, por fim, o educando terá uma “[...]compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina”. I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. (Lei 9394/96, art. 35) O INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2020, pág. 27), havia trazido um plano de metas para o ensino médio, essa meta era: “universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento) ”. De acordo com o INEP (2020, pág. 29), o atingimento dessa meta não foi alcançado, tendo em vista que, em 2019, 7,1% desses alunos não chegaram a frequentar a escola. A universalização do acesso à escola para os jovens de 15 a 17 anos, a ser atingida em 2016, ainda não foi alcançada, visto que, em 2019, 7,1% deles não frequentavam a escola. INEP (2020, pág. 29). Na visão de Offial e Barbosa (2018 pág. 14) o “Ensino Médio é apontado como o maior problema da educação brasileira em função da alta evasão dos jovens”. Para elas os educandos estariam abandonando as escolas por insatisfação com a forma em que o ensino era aplicado, a necessidade de trabalhar e a incerteza se esses anos a mais de estudos lhes dariam um retorno futuro. O Ensino Médio é apontado como o maior problema da educação brasileira em função da alta evasão dos jovens. Estes estariam abandonando a escola por insatisfação com o modelo de ensino, necessidade de trabalhar e incerteza quanto ao retorno desses anos a mais de estudo, para citar as causas mais comentadas. Mais de 22% dos jovens 18 de 15 a 17 anos estão fora da escola, mas, para muitos deles, o abandono ocorre antes de concluir o Ensino Fundamental. Antes da pandemia, a etapa do Ensino Médio já era mais desafiadora dentro da educação básica, e com o fechamento das escolas se tornou ainda mais difícil o convívio educacional com os estudantes. Segundo o INEP, “a comunicação direta entre o aluno e o professor” passou a ser através de aulas ao vivo, “e-mails, telefone e aplicativo de mensagem''. A comunicação direta entre aluno e professor (e-mail, telefone, redes sociais e aplicativo de mensagem) foi a estratégia mais adotada para manter contato e oferecer apoio tecnológico junto aos estudantes. (INEP, 2021) Sobre as aulas ao vivo, o INEP aponta que somente “72,8% das escolas estaduais e 31,9% das municipais implementaram a estratégia”. Quando se trata da realização de aulas ao vivo (síncronas), verifica-se que 72,8% das escolas estaduais e 31,9% das municipais implementaram a estratégia. Em 2.142 cidades, nenhuma das escolas municipais adotou essa medida. Por outro lado, em 592 cidades, todas as escolas da rede municipal fizeram o uso desse meio. (INEP, 2021). Sobre o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem, foi disponibilizado aos alunos: material físico, materiais impressos para retirada na escola e via internet, ensino autoaprendizagem também via internet, seguida de avaliações e testes remotamente. No que diz respeito às estratégias e ferramentas para o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem, a disponibilização de materiais impressos para retirada na escola desponta entre as mais utilizadas. Em seguida, está a oferta de materiais de ensino-aprendizagem na internet, seguida de avaliações e testes realizados, remotamente, pela internet, ou com material físico. Atendimento virtual ou presencial escalonado e suporte aos alunos, seus pais ou responsáveis foram outras medidas adotadas. (INEP, 2021) 8. O NOVO ENSINO MÉDIO Através da Lei nº 13.415/2017, foi protocolado em 2017 a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, onde estabelece a nova mudança da estrutura do ensino médio, onde a carga horária será ampliada para 1.400 horas, a rede de ensino deve oferecer, um prazo máximo de 5 anos, que deve pelo menos 1.000 horas anuais de carga horária, não podendo ser superior a 1.800 horas do total da carga horária. 19 § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017 (Lei nº 13.415/2017 art 24, § 1º). Com uma nova organização curricular, o art. 3 da Lei nº 9.394/1992 passará a vigorar acrescida do art. 35-A da Lei nº13.415/2017. A BNCC - Base Nacional Comum Curricular, definirá direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio para que o educando amplie seus conhecimentos. Será incluído obrigatoriamente o estudo de algumas matérias como: educação física, arte, sociologia, filosofia, a língua inglesa, e outras línguas estrangeiras dando preferência ao espanhol de acordo com a disponibilidade dos serviços, conforme descrito na Lei nº 13.415 art. 4 (BRASIL, 2017): “§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais”. Por conseguinte, será de responsabilidade das escolas orientar os alunos na escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profissional. “ [...] § 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profissional previstas no caput.” (NR) (Lei nº 13.415/2017 art. 4). 9. O INGRESSO AO ENSINO SUPERIOR Ainda com o enfoque na melhora da formação dos jovens, o governo tem em vigor oPlano Nacional de Educação, LEI N° 13.005/2014, que define melhorias pontuais prevista na Meta 12, onde demanda exatamente a diminuição das taxas de abandono, matrícula e conclusão do ensino superior. Podemos esperar desta forma que ambos os processos administrativos lançados pelo governo do Brasil terão um mesmo objetivo em comum, mesmo que, no papel, não tenham nenhuma relação direta, qual é aumentar significativamente a qualidade do ensino no país. Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. (PNE, 2014 pág. 41) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm#art36%C2%A712. 20 É diante de um quadro de baixo volume de inscritos nas universidades (taxa bruta de matrícula) e dos ingressantes que de fato iniciam os estudos (taxa liquida de matricula) que a Meta 12 atua diretamente, com alvo para alcançar patamares de 50% para a taxa bruta, 27,8% em 2011, e para 33% a taxa líquida, apenas 14,6% em 2011 (PNAD, de 2011). Aumenta ainda mais estes dados por estados e por região. Norte e Nordeste são os maiores impactados segundo a PNAD. Para cumprir essa meta nestas regiões, a União, os estados e municípios devem agir de forma articulada e cooperativa, pois nestas regiões temos a falta de recurso, falta de infraestrutura, principalmente para instituições públicas. Nestas regiões predominam-se as instituições privadas e a expansão dependem de iniciativas internas. O plano para estas regiões é se chegar a 40% de instituições públicas, contabilizadas em 27% em 2011. Das estratégias para o desenvolvimento da Meta 12, as principais são; otimizar a capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos; ampliar a oferta de vagas; fomentar a oferta de educação superior pública gratuita e ampliar a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior (PNE, pág. 41, 42). Uma das principais propostas desta mudança é o direcionamento profissional já no ensino médio, das 3.000 horas previstas para completar a base curricular (Lei nº13.415/2017, Art. 4º), um total de 1.200 será direcionada aos chamados "itinerários Informativos”, onde a escola deverá ofertar ao menos uma das opções curriculares, sendo elas a linguagens e suas tecnologias, a matemática e suas tecnologias, as ciências da natureza e suas tecnologias, as ciências humanas e sociais aplicadas, a formação técnica e profissional. O objetivo desta proposta de ensino é dar um foco ao aluno, nortear seu caminho profissional, sejam nos níveis técnicos que já serão ofertados no ensino médio, como também maior clareza na decisão do ingresso ao ensino superior. Cabe a escola fomentar este diálogo com o estudante, estimular o aluno mostrando as possibilidades de escolha e direcionando para que esta escolha seja consciente, assertiva e responsável. “ (...)uma formação à parte da obrigatória em que o estudante pode escolher a área de conhecimento ou formação técnica para aprofundar os estudos a partir de suas preferências e intenções de carreira.” (LIMA, 2019). Um ponto que devemos destacar é a democratização do ensino que, deveria atuar como um facilitador, mediador de acesso à todas as classes, mas, segundo Paula Silva (2013) “passou a ser utilizado como recurso discursivo e falsa promessa eleitoreira. A luta pela democratização da escolarização no Brasil foi perdendo o entusiasmo[...]”. A história das universidades no Brasil é curta, enquanto a primeira universidade da américa espanhola era fundada em 1538, no Brasil foi proibida a abertura de universidades até o início do século XIX. (SILVA, 2013, pág. 54). 21 Deixando de lado todo contexto histórico qual não é pertinente a proposta deste texto, é impossível não atrelar a esta dificuldade na instauração na cultura do Brasil o apreço e valorização da educação em todos os níveis, e na ascensão do aluno do ensino médio ao superior é que vemos de fato a desigualdade tomar forma. Em meados do século XX, o acesso às universidades era praticamente exclusivo às classes mais favorecidas, enquanto as escolas técnicas instauradas pelos governos eram destinadas a classe de trabalhadores. “[...] as chances educacionais oferecidas pelas escolas técnicas (para ‘os menos favorecidos’) parecem ter caráter de prêmio, mas, na verdade criavam condições para extrair parcela maior de mais-valia dos trabalhadores mais treinados[...] (SILVA, apud, FREITAG, 2013, pág. 59, 60) Em termos políticos, Silva expõe algumas particularidades dos governos de Fernando Henrique e Lula. No governo de Fernando Henrique Cardoso as universidades não tiveram incentivo financeiro para seu desenvolvimento, as universidades privadas contaram com vantagens como o credenciamento acadêmico, crédito financeiro e imunidade fiscal. (SILVA, 2013, apud CUNHA, 2004). No governo Lula (2002-2010) há um olhar mais acentuado para o setor público, como por exemplo, o plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), iniciado em 2007. Outro programa resgatado pelo governo Lula foi o ENEM. [...]foi criado no final da década de 1990 no governo Fernando Henrique Cardoso, mas aparece como peça chave somente no governo Lula e no atual governo Dilma Rousseff no que diz respeito aos projetos de ensino médio e superior que propõem para o país. (SILVA, 2013, pág. 75) Em contrapartida, temos por este mesmo governo, a criação do Programa Universidade Para Todos (PROUNI), cujo a proposta é conceder bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de universidades privadas. A estas eram concedidas isenção a tributos fiscais, o que no período levantou polêmicas e discussões, principalmente pela qualidade do ensino oferecido. [...] o PROUNI seria uma nova forma de favorecimento das instituições privadas. O autor argumenta que “o programa não avança no sentido da ampliação do acesso ao ensino superior público de qualidade. É antes um ‘remendo’ encontrado justamente porque não se construíram alternativas satisfatórias disso acontecer até o presente momento. ” (SILVA, 2013, apud BARONI, 2010, pág. 74) Estamos sim caminhando para uma evolução no quadro educacional do país, devemos agora apreciar os resultados destas grandes mudanças e enfrentar os desafios para tal pois, de certo e comum para estes movimentos, surgiram no meio do processo uma dificuldade que não estava prevista e que exigirá o discernimento e dedicação de todas as partes envolvidas para o bom andamento do processo como um todo. 22 10. EDUCAÇÃO ESPECIAL: ALERTAS IMPORTANTES Sabemos que há de fato orientação especializada e organizações expressivas no sistema educacional para atender as necessidades especiais no que concerne à educação inclusiva. Contudo, há de fato a inclusão dos educandos na sociedade, não só em ambientes previamente preparados para eles, mas, realmente, nos ambientes comuns a todos, como numa biblioteca pública, numa praça de alimentação, em lojas e supermercados? Existe a possibilidade de isto ser exequível? A sociedade possui o devido preparo para a convivência diária, habitual com as pessoas cujas necessidades básicas requerem atenção especial? As perguntas são diversas e abrangem uma antiga constância de dúvidas sem respostas, principalmente as advindas dos próprios pais. Ainda podemos constatar a tristeza dos pais ao tentarem uma forma de adaptação despreparada ou mesmo desesperada ante a convivência diária com seus filhos especiais, quiçá o espanto evidente dos estranhos quando estão no mesmo ambiente que eles – pessoas em situação de deficiência. O Ministério da Educação junto à Secretariade Educação Especial registrou que: Na procura de uma compreensão mais global das deficiências em geral, em 1980, a OMS propôs três níveis para esclarecer todas as deficiências, a saber: deficiência, incapacidade e desvantagem social. Em 2001, essa classificação foi revista e reeditada não contendo mais uma sucessão linear dos níveis, mas indicando a interação entre as funções orgânicas, as atividades e a participação social. O importante dessa nova definição é que ela destaca o funcionamento global da pessoa em relação aos fatores contextuais e do meio, re-situando-a entre as demais e rompendo o seu isolamento. (EDUCAÇÃO INCLUSIVA, 2005, pág. 10). Percebemos que houve um consenso sobre a diferença entre educação didática especial e educação inclusiva social. Os alunos dos educadores especializados não só necessitam compreender a aritmética, geometria, aprender o seu idioma corretamente, conhecer a biologia da natureza em geral como, sobretudo, necessitam aprender a agir e a reagir diante das situações habituais e básicas do dia a dia. Há a necessidade fundamental de aprender a lidar com a inabilidade de prestar ajuda e o alheamento das pessoas que não apresentam deficiências especiais físicas ou mentais. Na série de n °4 Atualidades Pedagógicas - A Educação dos Surdos (1997), em comum acordo, MEC e UNESCO pontuam as áreas emocional (afetiva) e a moral/religiosa/social, demonstrando a necessidade das ciências humanas e filosóficas basilares para o convívio rotineiro em sociedade. São elas: A percepção do próprio corpo e seus devidos cuidados; a percepção de si 23 mesmo como um agente do cotidiano; sentimentos e reações emocionais; capacidades e limites; independência e segurança; respeito e amor pela família; conhecimento de Deus-Pai Criador (o meu amor para com Deus e o amor de Deus para comigo). É importante ressaltar que as questões fundamentais para pessoas em situação de deficiência mental – ou mesmo físico-mental – são praticamente as mesmas para as pessoas não dependentes de alguma necessidade especial. Nos dois gráficos abaixo compararemos as proporções de pessoas com as deficiências mais vigentes em dois países, segundo o tipo de deficiência - salvo as devidas proporções demográficas e a margem de tempo entre uma pesquisa e outra. Um dos países é a nossa “pátria mãe”, Portugal, e o outro é a nossa própria pátria, Brasil, a fim de refletirmos sobre o que está acontecendo com nosso país: Gráfico 1 - Proporção de pessoas com deficiência, segundo o tipo de deficiência - 1991 FONTE: Alcides Carneiro - IPP/Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Acesso: <https://portalgeo.rio.rj.gov.br/estudoscariocas/download/2362_Pessoas%20com%20defici%C3%AAncia.pdf> 24 Gráfico 2 - proporção de pessoas com deficiência, segundo o tipo de deficiência – Portugal, 2001 FONTE: Instituto Nacional de Estatísticas de Portugal Acesso:<https://www.novamente.pt/media/estatisticas/novamente_estatisticas_Censos2001_populacao_ deficiencia.pdf> Em nosso país há um número expressivo e preocupante de pessoas portadoras de alguma deficiência mental. Por esta justa causa é que devemos voltar nossa atenção à convivência natural e especial com esta parte consideravelmente alta da sociedade. A deficiência mental não diz respeito apenas à total incapacidade de comunicação ou cognição (percepção, raciocínio e juízo). Ela abrange, mesmo que de forma mais amena, o intelecto do indivíduo, tornando-o incapaz de discernir o bem do mal, o correto do incorreto, o abstrato do natural, a realidade daquilo que é meramente imaginário. Veja o gráfico novamente e perceba o auto índice de deficiência mental em nosso país! A grande dificuldade não está na inclusão escolar de pessoas portadoras de deficiências físicas ou mentais. A pendência ainda se situa na convivência preparada entre pessoas não portadoras das deficiências abordadas neste trabalho com as portadoras. A inclusão escolar é satisfatória; há inclusão tanto em associações como a APAE quanto em escolas públicas, com separação de horários para alunos especiais. Um estudo da plataforma QEdu, realizado a partir de dados do Censo Escolar (2016), mostrou que aproximadamente mais de um quarto das 37.593 unidades da rede pública do país tem dependências acessíveis. Nas particulares, o número sobe para 35%. A Lei n°9.394/1996 correspondentes às leis de diretrizes e bases da educação nacional, constitui-se do seguinte artigo - à título de exemplo técnico expressivo no tocante a educação especial no Brasil: Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I – https://www.novamente.pt/media/estatisticas/novamente_estatisticas_Censos2001_populacao_deficiencia.pdf https://www.novamente.pt/media/estatisticas/novamente_estatisticas_Censos2001_populacao_deficiencia.pdf 25 currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, 2017, pág. 42) No entanto, ao observarmos os ambientes abertos como praças infantis e de alimentação, passeios em lojas, shopping centers, calçadões voltados às caminhadas e corridas, ainda nos deparamos com a baixa inclusão e convívio habitual com portadores de alguma deficiência. Há de fato a inserção sistêmica dos educandos especiais, não obstante, não há visibilidade dos alunos no lazer natural e corriqueiro da sociedade. Se não são inseridos pela Lei, não o são pela vontade própria das pessoas (familiares, amigos, conhecidos e desconhecidos). CONCLUSÃO Ainda vivemos uma política cesarista onde a corrida ainda é por permanência de poderes, manutenção e continuidade de prazeres egoístas cada vez mais exorbitantes que beiram o vício; a população é tratada de forma inferior dentro de um sistema que não dá liberdade total à iniciativa privada. Planejamentos voltados para a padronização dos modos de ensino com viés ideológico e degenerativo no que tange a sociedade, acabam causando uma confusão mental sem precedentes. Países mais novos como o Brasil ainda são tratados como colônia por piratas modernos e pela velha elite aristocrata dinástica, donos do estamento burocrático global. Com uma educação pública que desde o ensino fundamental tem planejado formas de padronizar a personalidade do aluno, consequentemente, acaba por formar pessoas frustradas que trabalham no que não gostam em troca dos elementos básicos para a própria sobrevivência; estudam o que não querem, têm aversão ao conhecimento, possuem opiniões e conceitos formados sobre tudo e são incapazes de enxergar os planos mais complexos de indivíduos com alto poder de comando. São estes mesmos indivíduos que criam padrões e os implantam na sociedade, financiando fortemente a estrutura administrativa pública. Eles (a elite de mentalidade pirata e hedonista) não estãointeressados na saúde mental e física de cada indivíduo que compõe a sociedade, mas tão somente, em seus próprios interesses. Ou nossa educação muda 26 radicalmente ou continuaremos a embarcar num padrão de formação intelectual cujo destino é o fracasso pessoal, e, quando muito, um sucesso medíocre. METODOLOGIA No presente texto buscamos identificar alguns elementos que compõem o desenvolvimento, planejamento e evolução na educação no Brasil. Identificamos que a pesquisa bibliográfica foi o melhor método para alcançarmos este objetivo, uma vez que utilizamos de publicações acadêmicas, livros e teses, pudemos explorar nichos de conhecimentos diversos, apoiados em Leis e ementas que fazem parte da estruturação do sistema de ensino em nosso país, bem como a liberdade dos integrantes deste projeto em trazer, cada um com seu ponto focal, a sua contribuição para a composição deste subtemas sem perdermos a linha de raciocínio que buscamos apresentar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Ana Clarisse Alencar. Qualidade na educação. Indaial: UNIASSELVI, 2018. BÍBLIA, Português. Bíblia Sagrada. Tradução: Almeida Corrigida Fiel. São Paulo, 2011. BORGES, Jorge Luis. O livro dos seres imaginários. Nova Edição, revista e ilustrada – Editora Globo. São Paulo, 2002. BRASIL. Portal da Câmara dos Deputados. Brasília, jul. 2021. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/busca- portal?contextoBusca=BuscaProposicoes&pagina=1&order=relevancia&abaEspecifica=true &filtros=%5B%7B%22emTramitacao%22%3A%22Sim%22%7D%5D&q=estados.codOrgao %3A2002>. Acesso em: 9 nov. 2021. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Relatório do 3º ciclo de monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação – 2020: sumário executivo. Brasília, 2020. Disponível em: <https://www.gov.br/inep/pt- br/centrais-de-conteudo/acervo-linha-editorial/publicacoes-institucionais/plano-nacional-de- educacao/relatorio-do-3o-ciclo-de-monitoramento-das-metas-do-plano-nacional-de-educacao- 2020-sumario-executivo> Acesso em: 22 de set. 2021. BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Relatório do 3º ciclo de monitoramento das metas do Plano Nacional de Educação – 2020: sumário executivo. Brasília, 2020. 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Lei n.13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF., 26 jun 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm> Acesso em 29 de out. 2021. BELO HORIZONTE. Lei nº 11.132, de 18 de setembro de 2018. Estabelece a autonomia das Unidades Municipais de Educação Infantil - Umeis, transformando-as em Escolas Municipais de Educação Infantil - Emeis, cria o cargo comissionado de Diretor de Emei, as funções públicas comissionadas de Vice-Diretor de Emei e de Coordenador Pedagógico Geral, o cargo comissionado de Secretário Escolar, os cargos públicos de Bibliotecário Escolar e de Assistente Administrativo Educacional e dá outras providências. Belo Horizonte: Prefeitura de Belo Horizonte, 2018. Disponível em: <https://www.cmbh.mg.gov.br/atividade- legislativa/pesquisar-legislacao/lei/11132/2018>. Acesso em: 16 nov. 2021. BEZERRA, Eudes. 7 imperadores romanos malucos. Incrível História, 04 mar. 2019. Disponível em: <https://incrivelhistoria.com.br/imperadores-romanos-malucos/>. Acesso em: 09 nov. 2021. BRASIL. [Constituição (1988)].Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2019]. Disponível em: https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=CON&numero=&ano=1988&ato=b79QTWE 1EeFpWTb1a. Acesso em: 28 set. 2021. BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> acesso em: 20 out 2021. BRASIL, Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007 que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2017/lei/l13415.htm> acesso em: 27 out 2021. BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, Lei que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Publicado no D.O.U. de 09 de dezembro
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