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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIDADE UNIVERSITÁRIA EM NOVO HAMBURGO CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA EM ENERGIA BRUNA BONEBERG CLIMATIZAÇÃO CÁLCULO DE CARGAS TÉRMICAS NOVO HAMBURGO 2015 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 4 2 CONCEITOS:.......................................................................................................................... 5 2.1 CONFORTO TÉRMICO...................................................................................................... 5 2.2 CARGA TÉRMICA ............................................................................................................. 6 2.4 CONDIÇÕES DE PROJETO ............................................................................................... 8 2.5 CARTA PSICOMETRICA .................................................................................................. 9 3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 10 4 PROJETO – CARGAS TÉRMICAS DE AQUECIMENTO E REFRIGERAÇÃO ............. 10 4.1 DADOS INICIAIS COLETADOS..................................................................................... 10 4.1.1 CARACTERISTICA DA LOCALIZAÇÃO ................................................................... 10 4.1.3 DIMENSIONAMENTO .................................................................................................. 11 4.1.4 CARACTERÍSTICAS DE RECINTOS ADJACENTES: .............................................. 12 4.1.5 COMPOSIÇÃO DA SALA E RESISTÊNCIAS ENCONTRADAS: ............................. 12 4.1.6 ILUMINAÇÃO: .............................................................................................................. 14 4.1.7 EQUIPAMENTOS E SUAS POTÊNCIAS: ................................................................... 14 4.1.8 PESSOAS E PERMANÊNCIA: ...................................................................................... 14 4.2 DEFINIÇÕES .................................................................................................................... 14 4.2.1 TIPO DE ATIVIDADE: .................................................................................................. 14 4.2.2 CARACTÉRISTICA PARA AMBIENTE INTERNO ................................................... 14 4.2.3 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE EXTERNO ..................................................... 15 4.2.4 AR DE RENOVAÇÃO ................................................................................................... 15 4.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA ................................................................................ 15 5 ESTIMATIVAS DAS TROCAS TÉRMICAS ..................................................................... 16 5.1 TRANSMISSÃO TÉRMICA ............................................................................................. 16 5.2 INFILTRAÇÃO ................................................................................................................. 17 5.2.1 CÁLCULO DA VAZÃO DO AR EXTERNO ............................................................... 17 5.2.2 UMIDADE ABSOLUTA DO AR ................................................................................... 19 5.2.3 CÁLCULO DE INFILTRAÇÃO .................................................................................... 19 5.3 GERAÇÃO ......................................................................................................................... 20 5.3.1 CALOR GERADO PELOS OCUPANTES .................................................................... 20 5.3.2 CALOR GERADO PELOS EQUIPAMENTOS ............................................................. 20 5.3.3 CALOR GERADO PELA ILUMINAÇÃO .................................................................... 20 5.4 CARGAS TÉRMICAS ....................................................................................................... 21 6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 24 ANEXO I – TABELAS NBR 6401/1980 ................................................................................ 25 ANEXO II – TABELAS DE STOECKER E JONAS ............................................................. 31 ANEXO III – TABELAS DE MENEZES 2010. ..................................................................... 35 1 INTRODUÇÃO Atualmente, as pessoas estão cada vez mais exigentes quanto à qualidade de vida, buscando alternativas que proporcionem melhores condições de conforto, pois quando o ambiente é confortável as pessoas rendem mais e tendem a permanecer por um período extendido no local. Para isso, a elaboração de um sistema de climatização/refrigeração é essencial, pois esta área desenvolve as melhores técnicas com o fim de atender as necessidades dos usuários, fazendo com que o ambiente ocupado por estes esteja em condições favoráveis, no entanto para obter essas condições é necessário levar-se em conta vários parâmetros antes de adotar o sistema de refrigeração adequado ao ambiente. Portanto, o objetivo desse trabalho será a apresentação das etapas para a realização do cálculo da carga térmica da sala de aula 206 da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, unidade localizada na cidade de Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul. Para obtermos o valor da carga térmica utilizaremos a norma NBR 6401, a qual considera todos os princípios da transferência de calor existentes no ambiente. 2 CONCEITOS: 2.1 CONFORTO TÉRMICO Conforme ASHRAE, conforto térmico é o estado da mente que expressa satisfação do homem com o ambiente térmico que o circunda. Na Figura 1, podem ser observados os fatores ambientais que afetam o conforto térmico. Figura 1. Conforto Térmico. Fonte: STOECKER e JONAS (1999). A insatisfação com o ambiente térmico pode ser causada pela sensação de desconforto por calor ou frio quando o balanço térmico não é estável, ou seja, quando há diferenças entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente. Ainda, os fatores pelos quais os estudos de conforto térmico são importantes: a. A satisfação do homem permitindo-lhe se sentir termicamente confortável b. A performance humana: As atividades intelectuais, manuais e perceptivas, geralmente apresentam um melhor rendimento quando realizadas em conforto térmico c. A conservação de energia: Ao conhecer as condições e os parâmetros relativos ao conforto térmico dos ocupantes do ambiente, evitam-se desperdícios com aquecimento e refrigeração, muitas vezes desnecessários. Segundo STOECKER e JONES (1999), no projeto de ar condiocionado, o objetivo é controlar os parametros ambientais. Para uma pessoa trajando roupa apropriada, os seguintes valores são adequados: Tabela 1. Parametros Ambientais Temperatura Operacional Temperatura de Orvalho (Umidade) Velocidade média do ar 20 – 26ºC 2 a 17°C Até 25 m/s 2.2 CARGA TÉRMICA A carga térmica é a quantidade de calor que deve ser retirada ou fornecida a um local ou sistema, na unidade de tempo, objetivando a manutenção de determinadas condições térmicas. Ou seja, a carga térmica calculada é decorrente do calor transmitido pelos elementos contidos no ambiente ou através de fatores externos, sendo calor a energia térmica que se encontra em trânsitoentre dois corpos, fazendo com que a diferença de temperatura entre eles cheguem a se igualar. A transferência de calor dá-se de três formas: a. Na condução, o calor é transmitido do mais quente para o mais frio e depende de meios (condutor) sólidos ou líquidos para ocorrer à transferência de energia. b. Na convecção, o calor se propaga por meios fluidos, cujas massas apresentam densidades diferentes, por isso, os fluidos mais quentes sobem e os frios descem. c. Na radiação não é necessário que aja meios materiais para ocorrer à propagação de energia, pois são emitidas por ondas eletromagnéticas, isto é, além dos meios materiais pode ocorrer também no vácuo. Na Figura 1, pode ser observado a quantidade de fatores que influenciam no cálculo térmico do condicionamento do ar como insolação, condução, pessoas, infiltração de ar, renovação de ar, iluminação, equipamentos. Enquanto para aquecimento do ar os fatores são infiltração de ar e condução, já que os equipamentos, iluminação e pessoas ajudam no aquecimento. Figura 2. Condionamento do Ar. Adaptado de STOECKER e JONAS (1999). O modelo prosposto de cálculo desenvolvido pela ASHRAE para cargas térmicas baseia-se no seguintes fatores: a. Transmissão: transferência de calor devido à diferença de temperatura por meio do componente ou elemento do edifício. b. Solar: transferência de calor solar através de um componente do edificio que seja transparente, ou absorção dessa energia por um componente opaco. c. Infiltração: perda ou ganho de calor pela infiltração de ar externo no recinto condicionado. d. Geração interna: resultante da liberação de energia no interior do recinto (luzes, pessoas, equipamentos, etc.) 2.4 CONDIÇÕES DE PROJETO Segundo STOECKER e JONAS (1999), As condições de projeto especificadas no cálculo de cargas térmicas de aquecimento são as temperaturas de bulbo seco interna e externa. Para aquecimento, uma temperatura interna de 20 a 22 °C é normalmente admitida, enquanto que uma temperatura variando entre 24 e 26 °C é razoavel no caso de resfriamento. A umidade relativa é limitada a um mínimo de 30% no inverno e um máximo de 60% no verão. Para aquecimento o critério de 97,5% para temperatura externa é geralmente adotado, o que equivale a considerar um valor de projeto de temperatura externa que é igualado ou superior a 97,5% do tempo durante os meses mais frios. Nessas condições o ar externo é considerado saturado. As condições de projeto especificadas no cálculo de cargas térmicas de resfriamento exigem a definição da temperatura de bulbo seco, da umidade, e da intensidade de radiação solar. As condições limites de resfriamento estão relacionadas com os extremos da intensidade de radiação solar em vez da temperatura de bulbo seco externa. Assim, é necessario realizar alguns cálculos preliminares para diferentes horas do dia, ou dias do ano, para obter a carga térmica de resfriamento máxima. A carga térmica de resfriamento depende da localização geográfica e da orientação do recinto enfocado. Assim, por exemplo para o resfriamento, a intensidade de radiação solar máxima de um recinto com face para o leste pode ocorrer às 8:00 horas da mãnha, ao passo que para um espaço tenha face para o oeste esse máximo poderá se dar as 16:00 horas. Para recintos com face para o norte, a intensidade da radiação máxima ocorre durante o inverno, ao invés do verão. A carga térmica maxima de um sistema de refrigeração que serve uma série de recintos com diferentes faces poderá ocorrer em um instante diferente daquele para o qual ocorre o pico nos distintos espaços. 2.5 CARTA PSICOMETRICA Diante a psicrometria, é possível analisar a zona de conforto para o ser humano de acordo com a variação de temperatura de ponto de orvalho, de bulbo seco e úmido, humidade relativa e absoluta, entalpia e volume especifico, que são relações gráficas demonstradas na carta psicrométrica e que variam de acordo com o fabricante por existir vários diagramas psicrométricos. A psicrometria é o estudo das propriedades termodinâmicas de misturas de ar seco e de vapor de água e da sua utilização para analisar os processos que envolvem ar húmido. Figura 3. 3 METODOLOGIA De acordo com a NBR 16401-1:2008, o dimensionamento de uma instalação de ar- condicionado é dividido nas seguintes etapas: a. Concepção inicial da instalação; b. Definição das instalações; c. Identificação e solução de interface; d. Projeto de detalhamento; e. Projeto legal; f. Detalhamento de obra e desenhos "conforme constituído". No entanto, neste projeto iremos focar somente na concepção inicial da instalação e a definição das instalações, visto que, ambos englobam todos os cálculos necessários para de carga térmica. 4 PROJETO – CARGAS TÉRMICAS DE AQUECIMENTO E REFRIGERAÇÃO 4.1 DADOS INICIAIS COLETADOS 4.1.1 CARACTERISTICA DA LOCALIZAÇÃO Iremos abordar nos cálculos dados de Porto Alegre, localicade mais proxima encontrada, em torno de 50 km de distância da unidade de Novo Hamburgo, encontrados na NBR16401-1:2008. Localização: NOVO HAMBURGO/RS, Latitute: ---------------------------------------------------------------------------- 30 S Longitude: ------------------------------------------------------------------------- 51,18 W Altitude: --------------------------------------------------------------------------- 3 m Pressão atmosférica: ------------------------------------------------------------ 101,29 Kpa 4.1.2 DIMENSÕES DO RECINTO Larguras: --------------------------------------------------------------------------- 5.75 m e 4.4 m Comprimentos: -------------------------------------------------------------------- 7.6 m e 6.47 m Altura do pé direito: -------------------------------------------------------------- 4.45 m. Figura 4. Dimensões da Sala 4.1.3 DIMENSIONAMENTO Área das janelas (3 x 3.78m2): -------------------------------------------------- 11.34 m2 Área da porta: (1.2x2.17) : ------------------------------------------------------ 2.60 m2 Perimetro total do piso util: o 5.7+7.6+4.4+6.47: ------------------------------------------------------- 24.17 m Área total útil da parede oeste, externa: (Aparede - Ajanelas) o 25.59 m2 - 11.34 m2 : ---------------------------------------------------- 14.25 m2 Área total do teto: ----------------------------------------------------------------- 41.85 m2 Área total útil da parede norte: -------------------------------------------------- 33.82 m2 Área total útil da parede sul: ---------------------------------------------------- 33.82 m2 Área total útil da parede do leste, corredor: (Aparede - Aporta) o 19.58 – 2.60: -------------------------------------------------------------- 16.98 m2 Figura 5. Planta baixa da sala 4.1.4 CARACTERÍSTICAS DE RECINTOS ADJACENTES: Norte: sala condionada Leste: corredor com corrente de ar Oeste: área externa Sul: sala de aula 4.1.5 COMPOSIÇÃO DA SALA E RESISTÊNCIAS ENCONTRADAS: Composição das Paredes Figura 6. Parede. Fonte: MENEZES, 2010. Iremos assumir que a composição das paredes como: R1, película de ar interno: ------------------------------------------------------ 0.029 m2.K/W R2, argamassa para L=0,2 cm e K=1,15: ------------------------------------- 0.023 m2.K/W R3, tijolos 6 furos para L=12,5 cm: ------------------------------------------- 2.39 m2.K/W R4, argamassa para L=0,2 cm e K=1,15: ------------------------------------- 0.023 m2.K/W R5, película de ar externo: ------------------------------------------------------0.029 m2.K/W = R1+R2+R3+R4+R5 ------------------------------------------------- 2.494 m 2 .K/W Observação: Não será considerado as camadas de tinta, pois sua espessura é muito pequena, consequentemente, não apresentaria uma grande variação do valor da Resistência total encontrada. Janelas Vidro simples conforme STOECKER E JONES (1999): U, Verão: -------------------------------------------------------------------------- 5.9 W/m 2 .K U, Inverno: ----------------------------------------------------------------------- 6.2 W/m 2 .K Porta Madeira dura conforme STOECKER E JONES (1999): K=6.31 e L=3.4 cm -------------------------------------------------------------- 0.214 m 2 .K/W Teto: Como a sala encontra-se no nivel superior, iremos assumir a cobertura da sala como: Figura 7. Cobertura. (MENEZES, 2010). U, Cobertura: laje concreto 20 cm + fibrocimento: Teto da sala: --------------------------------------------------------------------- 1.99 W/m 2 .K Piso: Odotou-se o valor para este o fator 1.4 W/m.k e espessura de 18 mm para se optar pelo perimetro. 4.1.6 ILUMINAÇÃO: Tipo: T8 fluorescente aparente, quantidade de 10 luminárias com 2 lâmpadas cada de 32 W.. Conforme (Tabela 10 – NBR6401), a dissipação de calor será de 45 w/m2 para salas e escritorios A dissipação de calor total para 41.85 m 2 seria de 1883.25 Watts 4.1.7 EQUIPAMENTOS E SUAS POTÊNCIAS: Normalmente é utilizado um projetor em sala, assim como notebooks dos alunos e do professor. Para equipamentos que não irradie pouco o FCR (fator de carga térmica de refrigeração) pode ser considerado 1 Projetor (GSPROJETORES p/ 200-240V): 1 unidade: ------------------------------------------------------------------------- 234 Watts Notebooks, 10 unidades : ------------------------------------------------------ 550 Watts 4.1.8 PESSOAS E PERMANÊNCIA: Cálculo para até: ----------------------------------------------------------------- 30 pessoas Tempo médio no local por dia ------------------------------------------------- 12 horas 4.2 DEFINIÇÕES 4.2.1 TIPO DE ATIVIDADE: O tipo de atividade será aulas e desenvolvimentos de atividades acadêmicas nas mesas dispostas no local. 4.2.2 CARACTÉRISTICA PARA AMBIENTE INTERNO Para Resfriamento, Verão (Tabela 1 – NBR6401/1980): Finalidade: ------------------------------------------------------------------------ Conforto Local: ----------------------------------------------------------------------------- Universidade Temperatura de Bulso Seco (TBS) recomendável: ------------------------- 23 a 25°C Umidade Relativa (UR) recomendável: -------------------------------------- 40 a 60% TBS recomendável máxima: --------------------------------------------------- 26.5°C UR recomendável máxima: ---------------------------------------------------- 65% Para aquecimento, Inverno (Tabela 2 – NBR6401/1980) TBS: ------------------------------------------------------------------------------- 20 - 22°C UR: -------------------------------------------------------------------------------- 35 – 657 % 4.2.3 CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE EXTERNO Para Novo Hamburgo, assumindo dados de Porto Alegre/RS. Para resfriamento, Verão (Tabela 6 – NBR6401/1980): TBS: ------------------------------------------------------------------------------- 34ºC TBU: ------------------------------------------------------------------------------ 26°C Temperatura Máxima: ---------------------------------------------------------- 39°C Para aquecimento, Inverno (Tabela 7 – NBR6401/1980): Iremos assumir que esse valor de Te já considera 97.5% bulbo seco para o inverno. TBS: -------------------------------------------------------------------------------- 8°C Umidade relativa: --------------------------------------------------------------- 80% 4.2.4 AR DE RENOVAÇÃO De acordo com a Tabela 4, da Norma 6401/1980, para salas de aula: recomendável: ------------------------------------------------------------------- 50 m3/h mínimo por pessoa: ------------------------------------------------------------- 40 m3/h 4.3 CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA A partir da concepção inicial do projeto, podemos começar a mensurar as participações que cada fonte geradora de calor possui em relação a carga térmica total do sistema. O cálculo da carga térmica irá incluir: Transmissão de calor através de vidros externos; Transmissão de calor através de paredes internas, vidros internos e assoalhos; Carga interna de iluminação; Calor sensível liberado pelos ocupantes; Calor sensível de equipamentos; Calor latente interno gerado por ocupantes e outras fontes latentes; Carga sensível do ar exterior suposta no recinto(infiltrações); Carga térmica latente do ar exterior incidente suposta no recinto(infiltrações); 5 ESTIMATIVAS DAS TROCAS TÉRMICAS De acordo com o modelo prosposto de cálculo desenvolvido pela ASHRAE nossos calculos irão abordar apenas 3 dos 4 fatores. Neste caso serão: Transmissão, Infiltração, Geração interna. A transferência de calor solar não será calculada, pois nenhuma das paredes da sala estará exposta para tal. 5.1 TRANSMISSÃO TÉRMICA A transmissão térmica através da estrutura é obtida pela equação abaixo: , Equação 1. Onde: UA é equialente a ⁄ , W/K é a resistência térmica total, K/W U é o coeficiente global de transferência de calor, W/m 2 .K A é a área superficial, m 2 é a diferença entre as temperaturas externa e interna, K. Tabela 2. Valores das Taxas de Transmissão de Calor para Resfriamento Tabela 3. Valores das Taxas de Transmissão de Calor para Aquecimento. 5.2 INFILTRAÇÃO A penetração de ar no recinto afeta tanto a temperatura do ar como sua umidade. 5.2.1 CÁLCULO DA VAZÃO DO AR EXTERNO A vazão de ar (Q°) é de dificil determinação, variando conforme a qualidade da construção, com a direção e velocidade do vento, com a diferença entre as temperaturas interna e externa e finalmente, com a pressão interno no edificio. Um procedimento adotado na prática é estimar a infiltração em termos do número de renovações de ar por hora. A renovação de ar por hora é um vazão numericamente igual ao volume do espaço. Verão Inverno U (W/m2.K) U (W/m2.K) 29.05 24.17 28 0.03 - - 1.22 41.85 - 34 - 1.99 - 666.25 Norte - Sala condionada Parede 33.82 - 22 2.49 - - (54.24) Sul Parede 33.82 - 28 2.49 - - 27.12 Janelas 11.34 - 34 - 5.90 6.20 535.25 Parede Oeste 14.25 - 34 2.49 - - 45.71 Porta 2.60 - 30 0.21 - - 48.60 Parede 16.98 - 30 2.49 - - 27.23 1,297.14 Leste Oeste Descrição Piso Teto ∆T = Te - Ti = TBS - TI, TI recomendavel (°C) é 26°C Área util Perimêtro TBS - EXT (°C) Fator para o piso utilizado R = 1.4 W.m/K*0.018 mm de espessura Taxa (W) Soma de Todas as Taxas (W) Rtotal (m2.K/W) Coeficientes Verão Inverno U (W/m2.K) U (W/m2.K) 29.05 24.17 10 0.03 - - (7.31) 41.85 - 10 - 1.99 - (1,332.50)Norte - Sala condionada Parede 33.82 - 24 2.49 - - (27.12) Sul Parede 33.82 - 10 2.49 - - (216.97) Janelas 11.34 - 8 - 5.90 6.20 (1,204.31) Parede Oeste 14.25 - 8 2.49 - - (102.85) Porta 2.60 - 10 0.21 - - (194.39) Parede 16.98 - 10 2.49 - - (108.93) (3,194.38) Fator para o piso utilizado R = 1.4 W.m/K*0.018 mm de espessura Leste Soma de Todas as Taxas (W) ∆T = Te - Ti = TBS - TI, TI recomendavel (°C) é igual a 22°C Fator para o piso utilizado R = 1.4 W.m/K*0.018 mm de espessura ∆T = Te - Ti = TBS - TI, TI recomendavel é 22ºC Descrição TBS - EXT (°C) Piso Teto Oeste PerimêtroÁrea util Coeficientes Taxa (W) Rtotal (m2.K/W) Tabela 4. Constantes para equação de infiltração. Qualidade da Construção A b C Boa vedação 0,15 0,010 0,007 Média 0,20 0,015 0,014 Má vedação 0,25 0,020 0,022 Nº renovações de Ar = a + b.V + c.(Te – Ti) ,Equação 2. Onde a, b, c são constantes experimentais. V é a velocidade do vento, m/s. Nº renovações de Ar = a + b.V + c.(Te – Ti) Condierando uma vedação média para o local. No entanto, precisamos do valor da velocidade do vento, utilizaremos o valor 15 km/h (4,25 m/s) conforme a norma NBR6401/1980. Para verão: Nº renovações de Ar = 0.20 + 0.015.(4.25 m/s) + 0.014.(34°C – 24°C) = 0.40 Para inverno: Nº renovações de Ar = 0.20 + 0.015.(4.25 m/s) + 0.014.(8°C – 22°C) = 0.06 A norma da ASHRAE recomenda o seguinte critério para determinação da taxa de recicurlação, mas para isso primeiramente devemos calcular a taxa de recirculação de ar, que é obtida pela equação abaixo. , Equação 3. Onde é taxa de ar para uma dada aplicação, usaremos 10 L/s. é taxa de ar para uma dada aplicação, usaremos 3,5 L/s. E é a eficiência de remoção do dispositivo de filtragem do ar, usaremos para sistemas de recirculação e de ar externo em edificios, E = 40%. A taxa de recirculação ( ) obtida foi 16.25 L/s por pessoa. , Equação 4. Onde V° é a taxa de suprimento de ar para ventilação, L/s. é a taxa de recirculação de ar, L/s. é a minima taxa de ar externo para uma dada aplicação, nunca inferior a 2,5 L/s por pessoa. A taxa de suprimento (V°) obtido pelo cálculo foi 18.25 L/s. No entanto, conforme a NBR 6401/1980 para uma sala de aula, após realizar a conversão seria 180 L/s 5.2.2 UMIDADE ABSOLUTA DO AR Para os dados de Porto Alegre/RS, atrasvés da carta psicometrica, os valores para umidade absoluta são: WVerãoext para TBS (34°C) e TBU(26°C) em kg vapor / kg ar seco: ------- 0.017 WVerãoint para TBS (24°C) e UR(50%) em kg vapor / kg ar seco: ---------- 0.010 WInvernoext para TBS(8°C) e UR(80%): em kg vapor / kg ar seco: ---------- 0,003 WInvernoint para TBS(22°C) e UR(60%): em kg vapor / kg ar seco: --------- 0,010 5.2.3 CÁLCULO DE INFILTRAÇÃO O efeito sobre a temperatura denomina-se calor sensível, ao passo que aquele sobre a umidade é denominado calor latente. A perda ou ganho por calor pode ser obtido pelas equações abaixo: , Equação 5. , Equação 6. Onde: Q° é vazão em volume de ar externo, 180 L/s para sala de aula conforme (NBR6401). W é a umidade absoluta, kg de vapor de água/kg. é a temperatura externa, verão (34°C) e inverno (8°C). é a temperatura interna recomendável, verão (24°C) e inverno (22°C). As perdas de calor consideradas para o verão foram 2214W de calor sensível e 3780W de calor latente. Os ganhos de calor considerados para o inverno foram 3099.6W de calor sensivel e 3780W de calor latente. 5.3 GERAÇÃO As principais fontes de geração interna são luzes, ocupantes e equipamentos de operação interna. 5.3.1 CALOR GERADO PELOS OCUPANTES Considerando que pode ter em média 30 pessoas na sala, que conforme Tabela 4-7 STOECKER E JONES, calor liberado proveniente da atividade em aula é de 175 W para professor e 100 W para quem está sentado. = 175 + 30x100 ,Equação 7 O total de calor dissipado pelo ocupantes seria de 3175 W. = (0.5x175) + (0.6x30x100) ,Equação 8 Já o calor sensivel seria de 50% para o professor e 60% para quem está sentado seria de 1887,5 W. 5.3.2 CALOR GERADO PELOS EQUIPAMENTOS Considerando que a dissipação de calor dos equipamentos é a soma dos valores registrados multiplicados pelo FRC, então o calor total gerado pelos equipamentos seria de 784 Watts. 5.3.3 CALOR GERADO PELA ILUMINAÇÃO Segundo STECKER e JONAS, O calor gerado pela lâmpadas pode ser obtido pelo equação abaixo: ,Equação 9. Onde Fu é o fator de utilização das lâmpadas instaladas. Assumindo Fu = 0.54 Fr é o fator de utilização das lampadas fluorescentes. Assumindo o Fr = 1,00 FCR é o fator de carga térmica de refrigeração, FCR = 79% para 16 horas de uso. Obs: São 20 lampadas consideradas modelo T8 SPP fluorescente para 10 reatores da GE lighting modelo T8 R6 Bivolt para 2 lampadas de 32W. A potência nominal das lâmpadas utilizada foi 640 Watts. O valor encontrado pela equação 9 foi 273 Watts. 5.4 CARGAS TÉRMICAS A carga térmica total encontrada para resfriamento são: Tabela 5. Resultados Encontrados para Resfriamento. Cargas Térmicas Taxa (W) Transmissão térmica 1,297.14 Infiltração 5,994.00 Calor sensível 2,214.00 Calor latente 3,780.00 Geração de calor 6,120.50 Ocupantes 30 Calor sensível 1,887.50 Calor latente 3,175.00 Equipamentos 785.00 Iluminação 273.00 Total (W) 13,411.64 Total (BTU/h) 45,789.00 A carga térmica total encontrada para aquecimento são: Tabela 6. Resultados Encontrados para Aquecimento. Cargas Térmicas Taxa (W) Transmissão térmica (3,194.38) Infiltração 6,879.60 Calor sensível 3,099.60 Calor latente 3,780.00 Geração de calor 6,120.50 Ocupantes 30.00 Calor sensível 1,887.50 Calor latente 3,175.00 Equipamentos 785.00 Iluminação 273.00 Total (Watts) 9,805.72 6 CONCLUSÃO Para uma sala de aula 41.86m 2 , a carga térmica encontrada para resfriamento do local, indicou a necessidade de um equipamento de 46.000 BTU/h para a carga térmica encontrada de 13.4kW enquando para o aquecimento não houve a necessidade de um equipamento para a carga térmica encontrada de 9.8 kW. Importante considerar que para os cálculos foi considerado que a sala de aula estevisse com 30 alunos alem do professor. Consequente, isso acarretou em uma taxa alta de geração de calor, ou seja para aquecimento, ganho de calor. Ainda, comparando com outros cálculos disponibilizados por empresas, a indicação ficou em torno de 46000-50000 Btu/h. A taxa encontrada apresentou uma grande variação entre o resfriamento e o aquecimento como esperado, devido aos ganhos e perdas de calor que devem ser considerados ao calcular, respectivamente,o aquecimento e o resfriamento. Porque, enquanto para o resfriamento há a necessidade de reduzir os efeitos de calor no sistema condicionando o ambiente para conforto térmico ideal, para o aquecimento qualquer dissipação de calor no local, na verdade, favorece reduzindo a necessidade de geração de calor pelo equipamento de condionamento de ar. Ainda, o valor negativo representado na Tabela 6, apresentou a transmissão de calor pelas paredes que deveria ser compensada para atingir o conforto térmico. Em suma, podemos concluir que o objetivo do trabalho foi alcançado com sucesso sabendo que os valores estão de acordo com a média de mercado, ainda porque foi usado e cálculado os paramêtros apontados por STOECKER E JONES com dados encontrados na NBR 6401/1980, os quais baseiam-se nas normas internacionais da ASHRAE. REFERÊNCIAS ARAÚJO, E.T.P. Estudo de levantamento de carga térmica para climatização residencial. Instituto Federal De Educação, Ciências E Tecnologia Do Rio Grande Do Norte. 2013. STOECKER, W.T., JONAS, J.W. Refrigeração e Ar condicionado. Editora McGraw-Hill. 1999. MENEZES, M.P. Apostila: Refrigeração e Ar condicionado. Faculdade de Engenharia e Arquitetura. Universidade de Passo Fundo. 2010. GSPROJETORES. Catálogo de projetores. Disponível em: http://www.gsprojetores.com/pdf/nec-np115.pdf. Acesso em 2 dez. 2015. MOBILIARIO ESCOLAR. Caderno Tecnico 3. Brasilia. Fundescola. 1999. Disponivel em: < ftp://ftp.fnde.gov.br/web/fundescola/publicacoes_cadernos_tecnicos/ensino_fundamental_mo biliario_escolar_nr3.pdf>. Acesso em 5 dez 2015. NBR6401/10980. Instalação de Centrais de ar-condicionado para conforto – parametros básicos de projeto. NBR16401:2008. Instalação de Centrais de ar-condicionado para conforto – parametros básicos de projeto. ENEBRAS. Cálculo de cargas térmicas. Disponível em <http://www.enebras.com.br/calculo.html>. Acesso em 06 dez 2015. INSUFLAR. Cálculo de cargas térmicas. Disponível em <http://www.insuflar.com.br/component/content/article/48.html>. Acesso em 06 dez 2015. ANEXO I – TABELAS NBR 6401/1980 ANEXO II – TABELAS DE STOECKER E JONAS ANEXO III – TABELAS DE MENEZES 2010. ANEXO IV – CÁLCULO DE CARGA TÉRMICA
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