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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL ENGENHARIA MECÃNICA CLIMATIZAÇÃO E REFRIGERAÇÃO PROJETO FINAL Lucas Romeira Salati Canoas, dezembro de 2020 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2 2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 3 2.1. Condições Externas e Internas .............................................................. 4 2.2. Dados do Ambiente ................................................................................ 4 3. CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA .................................................................... 5 3.1. Carga térmica devido ás Fontes de Calor .............................................. 5 3.2. Carga térmica devido à Vazão de ar Exterior ......................................... 6 3.3. Carga térmica devido à diferença de Temperaturas ............................... 7 3.4. Carga térmica Total ................................................................................ 7 4. MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................ 8 4.1. Equipamentos ........................................................................................ 8 4.2. Qualidade do Ar ..................................................................................... 9 4.3. Isolamento ........................................................................................... 10 5. ANEXO ........................................................................................................... 11 2 1. INTRODUÇÃO Este presente trabalho apresenta o projeto de estudo de climatização da Cervejaria e Pub Toca do Malte, na cidade de Guaíba, no Rio Grande do Sul. A Toca do Malte mudou-se de endereço em setembro deste ano e em conversa com o dono Francis, foi solicitado executar o trabalho conforme as instalações existentes no prédio alugado. Endereço: Avenida Nestor de Moura Jardim, 1531 – Guaíba, RS, Brasil. O objetivo ideal é obter nível A de eficiência segundo os Requisitos Técnicos da Qualidade para o Nível de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos (RTC). 3 2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Os dados para realização do trabalho foram obtidos segundo a tabela ASHRAE de 2013. Apesar da falta de informações da cidade de Guaíba, foram utilizados dados de Porto Alegre, devido à semelhança climática entre as cidades. Foi considerado como critério de frequência de ocorrência de 1% e 99% (projetos comerciais e residenciais), conforme Figura 1. Além disso, a Toca do Malte possui capacidade máxima de 692 espectadores, 20 funcionários e 10 músicos, totalizando 722 pessoas e funcionará nos turnos vespertino e noturno. Serão utilizadas lâmpadas fluorescentes compactas para iluminação do ambiente, e são previstos como equipamentos: 2 computadores com monitores médios, 2 impressoras a laser de mesa pequena, além de aparelhos de som e iluminação de palco. Figura 1. Dados climáticos de Porto Alegre. ASHRAE 2013. A parede da Toca do Malte está sendo considerada com bloco cerâmico, gesso interno, argamassa externa e pintura conforme ilustra a Figura 2. Para a cobertura, será simulado telha cerâmica com laje pré-moldada e EPS, conforme Figura 3. Os dados foram obtidos no Catálogo de propriedades térmicas de paredes e coberturas da Universidade Federal de Santa Catarina conforme pesquisa feita. 4 Figuras 2 e 3. Dados da parede e telhado da Toca do Malte. 2.1. Condições Externas e Internas Cidade: Guaíba – RS Altitude: 1m; Pressão Atmosférica: 101.325kPa. Dados - GUAÍBA / RS Condições Externas Condições Internas Verão TBS 33 25 TBU 25,6 Umidade Absoluta 0,0178 0,0083 Umidade Relativa 40 Inverno TBS 5,8 21 TBU Umidade Absoluta 0 0,0062 Umidade Relativa 40 Tabela 1. Dados climáticos. 2.2. Dados do Ambiente Área: 692m² Comprimento: 18.6m Largura: 37.2m Altura: 5m Obs. Não há fumódromo. 5 3. CÁLCULOS CARGA TÉRMICA O cálculo das cargas térmicas é fator determinante para escolha do equipamento adequado para instalação. Tem como objetivo estimar a capacidade de todos os componentes do sistema. Para isto, tendo como referência a norma ABNT NBR 16401- 1:2008 que diz respeito à instalações de ar condicionados, foram calculados as cargas térmicas referentes às fontes de calor devido aos equipamentos, devido às pessoas, devido à vazão de ar exterior e devido à diferença de temperatura. As cargas térmicas são calculadas a partir das considerações iniciais, divididas em verão e inverno, calor latente e sensível. Para a escolha mais adequada do equipamento de climatização, são consideradas situações extremas para verão e inverno, ou seja, piores condições de inverno e piores condições de verão. 3.1. Carga Térmica devido às Fontes de Calor Equipamentos: Para o cálculo das fontes de calor devido aos equipamentos, deve-se saber quais e quantos equipamentos estarão em funcionamento durante o evento. Dessa forma, com o auxílio de tabelas com valores estimados de potência de cada equipamento, tem-se a carga térmica (apenas calor sensível). (Tabela 2). Pessoas: Já para o cálculo de fonte de calor das pessoas, deve-se saber o número de pessoas que estarão presentes no ambiente, assim como o tipo ou conjunto de atividades exercidas por elas (utilizando tabelas com estimativas). Vale lembrar que a carga devido às pessoas gera calor sensível e latente, isto porque o corpo humano elimina calor por convecção, radiação, respiração e transpiração. (Tabela 2). Carga térmica - Fontes de Calor Equipamentos Nº Qs Total (W) Ql Total (W) Lâmpada Fluorescente Compacta 140 4200 0 Computador com monitores médio 2 270 0 Aparelho de som e iluminação do palco 1 4000 0 Impressora à laser pequena de mesa 2 260 0 Pessoas Paradas 138 10380 7612 Em movimento 208 15570 11418 Dançando 346 38060 64010 Qc total 72740 83040 Tabela 2. Carga Térmica – Fontes de Calor. 6 3.2. Carga Térmica devido à Vazão de ar exterior Para o cálculo de carga térmica, primeiramente deve-se calcular a vazão de ar externa, para isto devem ser conhecidos o número máximo de pessoas (Pz), a área útil ocupada pelas pessoas (Az), a vazão por pessoa e vazão por área útil (Fp e Fa respectivamente) com o uso de tabelas estimadas. Conforme a equação: A partir da vazão de ar exterior, utilizamos o método proposto por Stoecker e Jones. Os valores encontrados são mostrados na Tabela 3, eles revelam que a carga no inverno tem valor negativo, isso pois a temperatura interna é maior que a externa. Além disso, o calor latente é desprezado no inverno. A equação proposta por Stoecker e Jones é mostrada a seguir: Carga térmica - Vazão de ar exterior Verão Inverno Pz 722,00 722,00 Fp 12,50 12,50 Az 692,00 692,00 Fa 0,40 0,40 Vef 9301,80 9301,80 Qs 91529,71 -173906,45 Ql 265101,30 0,00 Qv total (W) 356631,01 -173906,45 Tabela 3. Carga Térmica – Vazão de ar exterior. 7 3.3. Carga Térmica devido à diferença de Temperaturas O cálculo devido à diferença das temperaturas depende da área das arestas da Toca do Malte (A), a transmitância térmica (referente ao Catálogo de propriedades térmicas de paredes e superfícies da Universidade Federal de Santa Catarina, indicado na equação pela letra U), a diferença das temperaturas interna e externa(∆T), e um acréscimo de temperatura (∆T’) devido à insolação e a cor da parede da casa de shows (cor média), conforme Figura 4. 𝑄=𝐴𝑈(Δ𝑇+Δ𝑇′)Figura 4. Insolação (Creder). Carga térmica - Diferença de temperatura Verão Inverno Norte 6377,94 -7181,088 Sul 3779,52 -7181,088 Leste 4511,802 -3590,544 Oeste 4511,802 -3590,544 Teto 25875,264 -15987,968 Qt total 45056,328 -37531,232 Tabela 4. Carga Térmica – Diferença de temperatura. 3.4. Carga Térmica Total A carga térmica total corresponde à soma das parcelas de carga obtidas anteriormente e são apresentadas na Tabela 5. 8 Carga térmica Total Verão Inverno Qs Total (W) 209326,04 -211437,6848 Ql Total (W) 348141,3 0 Qs Total (BTU/h) 714250,1728 -721455,4047 Ql Total (BTU/h) 1187594,224 0 Qs Total (TR) 59,52173567 -60,12218062 Ql Total (TR) 98,99377275 0 Q total (W) 557467,34 -211437,6848 Q total (BTU/h) 1901844,397 -721455,4047 Q total (TR) 158,5155084 -60,12218062 Tabela 5. Carga Térmica Total 4. MEMORIAL DESCRITIVO DE PROJETO 4.1. Equipamentos A partir da vazão de ar disponível e a carga de renovação, foi feita a escolha do equipamento adequado externo e interno. Segue as especificações conforme a Tabela 6 e 7. Unidade Externa Renovação - LG VRF MULTI V ARUN640LTE4 Refrigeração Aquecimento Capacidade (kW) 179,2 201,6 Potência (kW) 36,66 41,7 COP (kW/kW) 4,89 4,83 Vazão (m³/m) 1160 Dimensões [LxAxP] (mm) (1,240×1,680×760)×4 Peso (kg) 1050 Tabela 6. Unidade Externa Renovação. Unidade Interna Renovação - LG Admissão de Ar Puro ARNU96GB8Z2 Refrigeração Aquecimento Capacidade (kW) 28 26,7 Potência (W) 360 Vazão (m³/m) 35,7 Dimensões [LxAxP] (mm) 1,562 x 460 x 688 Peso (kg) 73 Ruído (dBA) 65,3 Tabela 7. Unidade Interna Renovação. 9 Para carga térmica necessária de renovação do ambiente, foram utilizadas duas unidades externas e dezesseis unidades internas para renovação. A carga de recirculação foi calculada pela diferença da carga térmica total e a carga de vazão de ar, já utilizada no ar de renovação. As especificações dos equipamentos seguem na Tabela 8 e 9. Unidade Externa Recirculação - LG VRF MULTI V ARUN720LTE4 Refrigeração Aquecimento Capacidade (kW) 201,6 226,8 Potência (kW) 41,41 47,57 COP (kW/kW) 4,87 4,77 Vazão (m³/m) 1160 Dimensões [LxAxP] (mm) (1,240×1,680×760)×4 Peso (kg) 1085 Tabela 8. Unidade Externa Recirculação. Unidade Interna Recirculação - LG Cassete 4 vias ARNU48GTMC2 Refrigeração Aquecimento Capacidade (kW) 14,1 15,9 Potência (W) 144 Vazão (m³/m) 31 Dimensões [LxAxP] (mm) 840 x 840 x 288 Peso (kg) 25,6 Ruído (dBA) 46 Tabela 9. Unidade Interna Recirculação. Para a recirculação, foram necessários uma unidade externa e dezesseis unidades internas. 4.2. Qualidade do Ar A qualidade do ar é um importante fator para o conforto do público interno da Toca do Malta. Para isto, segundo a NBR 16401-3:2008, serão utilizados filtros do tipo fino e classe F5. Além disso, a Toca do Malte encontra-se próxima a ruas com pouco tráfego e estacionamentos, atendendo as distâncias mínimas recomendadas pela norma. 10 4.3. Isolamento Segundo a norma utilizada como base do projeto, as instalações hidrossanitárias devem comprovar que as tubulações metálicas para água quente possuem isolamento térmico com espessura mínima, em centímetros (cm), determinada pela Tabela 2.5, de acordo com o diâmetro nominal da tubulação. Figura 5. Espessura mínima de isolamento. Para os equipamentos especificados neste trabalho e segundo o catálogo utilizado, serão utilizados dutos de cobre na instalação. 11 ANEXO Croqui de Climatização Figura 6. Croqui com medidas Figura 7. Croqui ilustrativo
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