Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
A Macrodinâmica de Kalecki Professor: Clésio Lourenço Xavier Estágio em Docência/CAPES: Maria Inês Cunha Miranda *Capítulos: 5 e 6 Capítulo 5 – Determinação da Renda Nacional e do Consumo Participação dos salários e ordenados na renda bruta do setor privado: V = valor real dos salários e ordenados. Y = renda bruta real do setor privado. = parcela relativa dos salários e ordenados na renda que independe do nível da renda Y. 1. B = constante. B 0. 2 3 P P Supor aumento k . Os lucros permanecerão sem alteração, já que continuarão a ser determinados pelo investimento, mas os salários e ordenados e a renda irão cair. Exemplo: Uma elevação do investimento provoca com hiato temporal, uma elevação dos lucros em: 4 q = indica o incremento de P dedicada ao consumo. 1 - q 1. = indica a parte do incremento da renda que vai para salários e ordenados. 1 - 1. A renda aumenta mais que proporcionalmente a um aumento do investimento, devido à influência do investimento sobre o consumo dos capitalistas e dos trabalhadores. 5 Preços e salários 1-Variação salarial localizada No Caso de ↑W localizado, os custos↑. Consequências: a) se receitas são dadas então ↓ Lucros- nesse caso melhora Ω pois k e J↓; Fere o PDE. b) se preços sofrem alterações não há ↓ Lucros. No plano agregado - Se os empresários sobem os salários de seus empregados, seus lucros só vão cair se cair a sua receita (pode aumentar preços em função do aumento dos salários). 6 2-Variação localizada setorialmente 2.1 Supor ↑ W em DI e DII, o que ocorre? 2.2 -Se ↑ W por alguns capitalistas do DIII, o que ocorre? Para outros empresários de DIII, ↑ receitas. Todo P3 permanece estável. Mas o ↑ receitas pode ser proveniente de ↑ de preços ou quantidades. Consequências: a) se for de preços então ↑ W apenas nominal ; b) se os preços não sobem então o Consumo e Renda reais ↑. Isto pode ↑ emprego e massa de salários. Se I e Ck são dados, as variações salariais: não provocam Δ na massa agregada de lucro, mas altera a sua distribuição; altera a renda nominal; dependendo dos preços em DIII, consumo e renda real dos trabalhadores pode variar. 2.3-Se ↓ W em DI, se os preços em DIII permanecem estáveis então ↓ na massa de salários, consumo e renda nominal e real e no emprego em DIII. 7 DI DII DIII P1 P2 P3 P W1 W2 W3 W I Ck Cw Y 3- Variações generalizadas 3.1- Preços dados 3.1.1- ↑ W consequências: a) então ↓ P1 e P2 e ↑ P3; b) em DI e DII, os Ω1 e Ω2 ↑ já que k e J↓ c) em DIII, Ω3 é constante d) a produção e a renda ↑ em DIII, se o aumento for duradouro as empresas podem ↑ capacidade produtiva. O efeito líquido ↑ I e então ↑ dos lucros. 3.1.2- ↓ W consequências: a) ↓ W, renda e lucros nominais e reais em DIII. Em DI e DII, lucros ↑. b) Massa de lucros estável 8 3.2- Preços alterados 3.2.1- Se ↑W seguido de ↑ preços na mesma proporção não haveria variação real a) em DIII, produção e emprego constantes; b) em DI e DII, lucros reais constantes; c) W e P apenas ↑ nominal; d) k e J permanecem os mesmos. 3.2.2- Se ↓ W seguido de ↓ preços, consequências: a) todas as variáveis nominais ↓, mas os salários reais constantes; b) lucros e renda reais constantes. 9 Estabelecido o papel estratégico dos I, cabe entender seus determinantes. A taxa de juros assume grande importância na determinação dos I? Segundo, clássicos, neoclássicos, Schumpeter e Keynes: I varia em sentido contrário ao da taxa de juros. Kalecki se propõe, nos capítulos 6 e 7, refutar essa concepção, a partir da separação das taxas de juros de curto e longo prazo. Taxa de juros relevante para decisão de investimento: longo prazo determinada no mercado de empréstimo. Capítulo 6 – A taxa de juros de curto prazo Remuneração da renúncia à liquidez. Sendo: M: Massa monetária e T: Valor ou volume total das transações monetárias, temos: T/M = V (ρ) - Velocidade de circulação da moeda. Onde: V depende da taxa de juros de curto prazo ρ. Quanto maior ρ menor será a retenção de moeda em comparação com a possibilidade de se investir em ativos realizáveis de curto prazo. Portanto, V é uma função crescente da ρ. Dada a função V, ρ é determinada no mercado monetário pelo valor das transações, T, e pela oferta monetária por parte dos bancos M. Quando V for alto, ou seja a retenção de dinheiro líquido/ moeda manual (M) for bem pequena em relação ao volume de transações (T), será preciso um grande aumento da ρ para motivar mais transações e elevar a velocidade de circulação. Capítulo 6 – A taxa de juros de curto prazo Um aumento na oferta de moeda por parte dos bancos, provoca uma queda na taxa de juros a curto prazo. Comportamento pró‐cíclico: V e ρ aumentam na fase de prosperidade e caem na depressão. Isso ocorre porque a oferta monetária (M) sofre flutuações menores que as do valor das transações (T).
Compartilhar