Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CONFORTO TÉRMICO UFMS – CCET – DEC Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Conforto Ambiental Profs: Ana Paula da Silva Milani, José Alberto Ventura Couto e Wagner Augusto Andreasi 01 / 46 IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE CONFORTO TÉRMICO • Satisfação do homem ou seu bem estar em se sentir termicamente confortável. • Performance humana – melhor rendimento. • Conservação de energia 02 / 46 CONFORTO TÉRMICO • “Condição da mente que expressa satisfação com o meio térmico” - ASHRAE. 03 / 46 NEUTRALIDADE TÉRMICA • “É a condição na qual a pessoa não prefira nem mais calor nem mais frio no ambiente ao seu redor” – Fanger(1982). • “É a condição da mente que expressa satisfação com a temperatura do corpo com um todo” – Tanabe (1984). • Neutralidade térmica é uma condição necessária mas não suficiente para que uma pessoa esteja em conforto térmico, pois ela pode estar exposta a um campo assimétrico de radiação. 04 / 46 VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONFORTO TÉRMICO • Atividade desempenhada, M (W/m2). • Isolamento térmico das roupas utilizadas, ICL (clo). • Temperatura do ar, ta (ºC) • Temperatura radiante média, trm (ºC) • Velocidade do ar, var (m/s) • Pressão parcial do vapor de água no ar ambiente, pa (kPa) 05 / 46 O CORPO HUMANO • 36,1ºC ≤ temp. corp ≤ 37,2ºC • Limite inferior = 32ºC • Limite superior = 42ºC • 100W ≤ calor gerado ≤ 1000W que é dissipado: • Através da pele: • Perda sensível de calor por convecção e radiação; • Perda latente de calor por evaporação do suor e por dissipação da umidade da pele. • Através da respiração: • Perda sensível de calor por convecção; • Perda latente de calor por evaporação. 06 / 46 O CORPO HUMANO 07 / 46 O CORPO HUMANO • Zonas de conforto: • Pessoas nuas: 29ºC a 31ºC • Pessoas vestidas com vestimenta normal de trabalho (ICL = 0,6 clo ) = 23ºC a 27ºC • Temp neutra (particular) = neutralidade térmica. • tcorpo < tneutra⇒ vaso constrição • tcorpo < 35ºC ⇒ perda de eficiência • tcorpo < 31ºC ⇒ temperatura letal • tcorpo > tneutra⇒ vaso dilatação • tcorpo > 37ºC ⇒ suor • tcorpo > 39ºC ⇒ perda de eficiência • tcorpo > 43ºC ⇒ letal 08 / 46 AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) • Balanço de calor do corpo – Fanger (1982) M - W = Qsk + Qres = (C + R + Edsk + Eesk) + (Cres + Eres) ? M = Taxa metabólica de produção de calor pelo corpo (W/m2); ? W = Trabalho muscular ou eficiência mecânica - igual a zero para a maioria das atividades sedentárias - (W/m2); ? Qsk = Perda total de calor através da pele (W/m2); ? Qres = Perda total de calor através da respiração (W/m2); ? C = Perda sensível de calor por convecção pela pele (W/m2); ? R = Perda sensível de calor por radiação pela pele (W/m2); ? Edsk = Perda de calor latente por difusão de suor pela pele (W/m2); ? Eesk = Perda de calor latente por evaporação de suor pela pele (W/m2); ? Cres = Perda sensível de calor por convecção pela respiração (W/m2); ? Eres = Perda de calor latente por evaporação através da respiração (W/m2); 09 / 46 AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) • Fanger também a carga térmica que atua sobre o corpo: ? L = M - 3,05(5,73 - 0,007*M - pa) - 0,42(M - 58,15) - 0,0173*M(5,87 - pa) - 0,0014*M(34 - ta) - 3,96*10-8 fcl [(tcl + 273)4 - (trm + 273)4 ] - fcl*hc (tcl - ta) ? E considerou também que estado permanente de troca da calor, a carga térmica que atua no corpo é zero, produzindo então a equação de conforto térmico: VMP = [0,303*exp(-0,036*M) + 0,028]*L VMP = Voto Médio Predito ou estimado M = Atividade desempenhada pela pessoa (Met) L = Carga térmica atuante sobre o corpo 10 / 46 AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) • Da mesma apresentou a equação de cálculo da Percentagem predita de Pessoas termicamente Desconfortáveis: PPD = 100 - 95*exp[-(0,03353*VMP4 + 0,2179*VMP2)] 11 / 46 AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) • A escala sétima da ASHRAE ou escala de sete pontos é que foi utilizada nos estudos de FANGER. 12 / 46 CÁLCULO DO PMV E PPD 13 / 46 • Variáveis Humanas: • Atividade desempenhada, M (W/m2). • Isolamento térmico das roupas utilizadas, ICL (clo). • Variáveis Climáticas: • Temperatura do ar, ta (ºC) • Temperatura radiante média, trm (ºC) • Velocidade do ar, var (m/s) • Pressão parcial do vapor de água no ar ambiente, pa (kPa) CÁLCULO DO PMV E PPD 14 / 46 DESCONFORTO ASSIMÉTRICO 15 / 46 • Por Radiação Térmica: • Janelas frias • Superfícies não isoladas • Máquinas, etc DESCONFORTO ASSIMÉTRICO 16 / 46 • Por Correntes de ar: • Ambientes ventilados naturalmente, • Automóveis, • Escritórios, etc DESCONFORTO ASSIMÉTRICO 17 / 46 • Pela diferença na ta no sentido vertical: • Cabeça x tornozelo • As pessoas são mais tolerantes qdo a cabeça estives mais fria DESCONFORTO ASSIMÉTRICO 18 / 46 • Pisos aquecidos ou resfriados: • Faixas: • carpetes/tapetes: de 21 a 28ºC • madeira: 24 a 28ºC • concreto: 26 a 28,5ºC • pessoas calçadas em ativ. sed.: 25ºC • caminhando: 23ºC CONFORTO TÉRMICO 2.- REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE CONFORTO TÉRMICO 19 / 46 REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE CONFORTO TÉRMICO 20 / 46 • As várias formas de representação foram elaboradas procurando englobar o efeito conjunto de variáveis que influenciam o conforto térmico humano. • Índices biofísicos = f (trocas de calor entre o corpo e o ambiente) • Índices fisiológicos = f (ta ; trm ; ua e va) • Índices subjetivos = f (sensações subjetivas) REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE CONFORTO TÉRMICO 21 / 46 • Índice de Temperatura Efetiva (E.T.) – Hougthen, Yaglou e Miller (1923) • Predict 4-Hours Sweat Rate (P4S.R.) – McArdle – (1947). • Zona de Conforto de Olgyay (1963) • Zona de Conforto da ASHRAE • Carta Bioclimática de Givoni • Índice de Conforto Equatorial • ISO 7730/2005 T.E. DE HOUGTHEN, YAGLOU E MILLER 22 / 46 • Elaborado entre 1923 e 1925. • Correlação entre as sensações de conforto e as condições de temperatura, umidade e velocidade do ar. • Pessoas habitualmente vestidas, em trabalho leve. T.E. DE HOUGTHEN, YAGLOU E MILLER 23 / 46 • Pessoas semi-nuas, em repouso. PREDICT 4-HOURS SWEAT RATE – (P.4S.R.) 24 / 46 • Predict 4-Hours Sweat Rate ÍNDICE DE CONFORTO EQUATORIAL - Webb 25 / 46 Fonte: Frota, A., B.; Schiffer, S., R. Manual de Conforto Térmico – Studio Nobel. SP. 2001. ZONA DE CONFORTO ASHRAE 26 / 46 • Pessoas com atividade sedentária, roupa típica de verão. ZONA DE CONFORTO OLGYAY 27 / 46 CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) 28 / 46 CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) 29 / 46 CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) 30 / 46 CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) 31 / 46 CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) 32 / 46 CONFORTO TÉRMICO 3.- NORMALIZAÇÃO 33 / 46 AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) 34 / 46 ISO/FDIS 7730:2005(E) • A escala sétima da ASHRAE ou escala de sete pontos é que foi utilizada nos estudos de FANGER. 35 / 46 ISO/FDIS 7730:2005(E) 36 / 46 ISO/FDIS 7730:2005(E) 37 / 46 CONFORTO TÉRMICO 4.- DE ONTEM ATÉ HOJE, ONDE ESTAMOS? 38 / 46 De ontem até hoje, como estamos? 39 / 46 ? Conforto Térmico • Sócrates, IV AC e Vitruvius, I DC • Revolução industrial • Zona de conforto → Houghten e Yagloglou (1923) • Limites das condições ambientais de trabalho → Vernon e Warner (1932) e Bedford (1936) • Pelo caráter multidisciplinar o precursorfoi Olgyay (1963) • Mais recentemente 2 vertentes: Câmaras climatizadas (Fanger, 1970 → ASHRAE 55/92 e a ISO 7730/2005) e as Pesquisas de campo No exterior – Auliciems (1969); Humphreys (1976); Nicol (1993, 1996 e 2004); Mallick (1996); Parsons (2002); Toftum (2002); de Dear e Bragger (2002); Havenith, Holmér e Parsons (2002) entre outros. No Brasil - Sá (1934); Ribeiro (1945); Landi (1976); Roriz (1996) Araujo (1996); Xavier e Lamberts (1999) e Xavier (2000) entre outros. QUESTIONAMENTOS A NORMA (Mod. Fanger) 40 / 46 • Nicol (1993) Não concorda que o balanço entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo é condição necessária para obtenção de conforto térmico, • Nicol (1993) e Humphreys e Nicol (2002) O modelo foi desenvolvido em estado térmico estável. • Nicol (1993), Xavier (2000) e Humphreys e Nicol (2002) O modelo não leva em conta a adaptação, os hábitos e estilos de vida das pessoas; aspectos de natureza física, psicológica e fisiológica. • Xavier (2000) As tabelas levam a erros, mais de 50 na taxa metabólica e até 25% no isolamento das roupas. QUESTIONAMENTOS A NORMA (Mod. Fanger) 41 / 46 • Humphreys e Nicol (2002) O modelo PMV pode produzir predição errônea sempre que aplicado a um grande grupo de pessoas • Nicol (2004) Limites da temperatura do ar e velocidade do ar e as variáveis climáticas sendo instantâneas não refletem todo período da pesquisa. • Dear (2004) Em câmaras climáticas, não é possível identificar corretamente qual é o fator de insatisfação das pessoas. RESULTADOS EM PESQUISAS DE CAMPO 42 / 46 Nicol (1996) A umidade relativa e a velocidade do ar tiveram pequeno efeito na sensação térmica experimentada. A temperatura de conforto, Icl e o voto de conforto são dependentes da varaiação da temperatura externa. Mallick (1996) As preferências das pessoas de diferentes localizações variam em termos da aclimatização experimentada. Xavier (2000) Taxa Metabólica (M) = 0,476.Idade + 0,324.massa corporal + 29,953 Sensações Térmicas (S) = (0,8.e 0,0038 . M – 0,971) L sendo M = Taxa Metabólica e L = carga térmica atuando no corpo Percentual de pessoas insatisfeitas (I) = 100 – 75,35 . e ( 0,058 . S –[4] – 0,569 . S –[2]) Xavier (2000) Taxa Metabólica (M) = 0,476.Idade + 0,324.massa corporal + 29,953 Sensações Térmicas (S) = 0,0239.M(5,87-pa)-0,0071.M(34-ta)-0,885(5,73- -0,007M-pa)+0,238.10-8fcl[(tcl-273)4-(tr-273)4 Percentual de pessoas insatisfeitas (I) = 100 – 75,35 . e ( 0,058 . S 4 – 0,569 . S2) Humphreys e Nicol (2002) Fanger e Toftum (2002) MODELOS ADAPTATIVOS 43 / 46 RESULTADOS EM PESQUISAS DE CAMPO ? Humphreys, M.; Hancock, M. (Windsor 2006 -Do People Like to Feel ‘Neutral’? Systematic Variation of the Desired Sensation on the ASHRAE Scale of Subjective Warmth.) 44 / 46 RESULTADOS EM PESQ. DE CAMPO NO MS 45 / 46 46 / 46 CONFORTO TÉRMICO CONFORTO TÉRMICO IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DE CONFORTO TÉRMICO CONFORTO TÉRMICO NEUTRALIDADE TÉRMICA VARIÁVEIS QUE INFLUENCIAM O CONFORTO TÉRMICO O CORPO HUMANO O CORPO HUMANO O CORPO HUMANO AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) CÁLCULO DO PMV E PPD CÁLCULO DO PMV E PPD DESCONFORTO ASSIMÉTRICO DESCONFORTO ASSIMÉTRICO DESCONFORTO ASSIMÉTRICO DESCONFORTO ASSIMÉTRICO CONFORTO TÉRMICO REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE CONFORTO TÉRMICO REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS DE CONFORTO TÉRMICO T.E. DE HOUGTHEN, YAGLOU E MILLER T.E. DE HOUGTHEN, YAGLOU E MILLER PREDICT 4-HOURS SWEAT RATE – (P.4S.R.) ÍNDICE DE CONFORTO EQUATORIAL - Webb ZONA DE CONFORTO ASHRAE ZONA DE CONFORTO OLGYAY CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) CARTA BIOCLIMÁTICA DE GIVONI (países em desenvolvimento) CONFORTO TÉRMICO AVALIAÇÃO NORMALIZADA ISO/FDIS 7730:2005(E) ISO/FDIS 7730:2005(E) ISO/FDIS 7730:2005(E) ISO/FDIS 7730:2005(E) CONFORTO TÉRMICO De ontem até hoje, como estamos? QUESTIONAMENTOS A NORMA (Mod. Fanger) QUESTIONAMENTOS A NORMA (Mod. Fanger) RESULTADOS EM PESQUISAS DE CAMPO MODELOS ADAPTATIVOS RESULTADOS EM PESQUISAS DE CAMPO RESULTADOS EM PESQ. DE CAMPO NO MS CONFORTO TÉRMICO
Compartilhar