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SUMÁRIO 
 
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ...................................................................................................... 2 
2. REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA ................................ 5 
2.1. DA IMPRESCINDIBILIDADE DA PRISÃO TEMPORÁRIA PARA AS 
INVESTIGAÇÕES. (INCISO I)........................................................................................................... 6 
2.2. RESIDÊNCIA FIXA OU AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SUA 
IDENTIFICAÇÃO. (INCISO II) .......................................................................................................... 7 
2.3. FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO NOS CRIMES DESCRITOS 
NO INCISO III (VEDADA A ANALOGIA OU A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DO ROL 
PREVISTO) .......................................................................................................................................... 8 
2.3.1. Rol do inciso III .................................................................................................................... 9 
2.4. JUSTIFICADA EM FATOS NOVOS OU CONTEMPORÂNEOS....................................... 13 
2.5. ADEQUADA À GRAVIDADE CONCRETA DO CRIME, ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO 
FATO E ÀS CONDIÇÕES PESSOAIS DO INDICIADO ................................................................. 14 
2.6. NÃO FOR SUFICIENTE A IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. ... 15 
3. NÃO CABIMENTO DA PRISÃO TEMPORÁRIA ................................................................. 15 
4. PROCEDIMENTO ...................................................................................................................... 16 
4.1. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA................................................................................... 19 
4.2. OITIVA OBRIGATÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO...................................................... 19 
4.3. DIREITOS DOS PRESOS...................................................................................................... 20 
4.4. PRISÃO TEMPORÁRIA VERSUS PRISÃO PREVENTIVA ............................................... 20 
5. JÁ CAIU. VAMOS TREINAR? .................................................................................................. 21 
6. LEGISLAÇÃO ............................................................................................................................. 24 
7. DICAS FINAIS ............................................................................................................................. 25 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 26 
 
 
 
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PRISÃO TEMPORÁRIA 
Lei nº 7.960/89 
ATUALIZADO em 22/01/20241 
 
Prezado aluno, passaremos nesse momento ao estudo da Lei de Prisão Temporária. O presente 
material tem por objetivo reunir todas as informações que o candidato precisa para resolver questões dos 
certames públicos. Dessa forma, nosso material trouxe uma abordagem doutrinária sobre o tema objeto 
de estudo, a legislação, e, por fim, questões já cobradas em concurso público pelas diversas bancas. 
Trata-se de legislação com alta carga de pertinência temática para o cargo de Delegado de Polícia, 
tendo em vista que essa espécie de prisão cautelar é restrita a fase da investigação criminal. Dessa forma, 
caso a sua preparação seja voltada ao cargo de delegado ou as carreiras policiais, destacamos a 
importância do estudo da legislação em comento. 
Por fim, por se tratar de uma legislação mais curta, destacamos as questões são extraídas 
predominantemente da legislação, portanto, fique #DeOlhoNaLeiSECA. Feita as devidas considerações 
iniciais, vamos ao conteúdo. 
 
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
 
A Lei de prisão temporária surge com o objetivo de pôr fim à famigerada prisão para 
averiguações, que consiste no arrebatamento de pessoas pelos órgãos de investigação para aferir sua 
possível vinculação a uma infração ou para investigar a sua vida pregressa. 
Desse modo, temos que a atual prisão temporária não se confunde com a extinta prisão para 
averiguações. Antigamente, o delegado de polícia deixava uma pessoa presa por alguns dias para 
averiguar um crime supostamente cometido, era uma prisão para averiguações, para investigações. A 
prisão para averiguações já se encontra extinta no Ordenamento Jurídico Brasileiro, era uma prisão 
totalmente arbitrária, que vinha a ser determinada pelo delegado de polícia. No atual cenário, a prisão 
temporária deve ser decretada pelo juiz, mas nunca de ofício. 
A prisão temporária é uma prisão investigativa que precisa de alguns fundamentos, de alguns 
requisitos legais para que seja decretada. Já a prisão para averiguações era simplesmente algo arbitrário. 
Nesse sentido, explica Rafael Dantas: 
Quando do advento da Constituição Federal em 1988, houve comemoração pela extinção da mal 
afamada prisão por averiguação. Decerto que abusos aconteceram por meio da prisão por 
 
1 Revisto, atualizado e editado em 22/01/2024. O manual caseiro é constantemente atualizado e aperfeiçoado. Caso o aluno 
identifique algum ponto que demande atualização, entre em contato através do nosso e-mail: manualcaseir@outlook.com. 
Nossa Equipe encontra-se à disposição para juntos sempre melhorarmos o material. 
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averiguação. Porém, o melhor teria sido o aperfeiçoamento e não sua abrupta extinção. 
Um ano depois, em 1989, percebeu-se que ao se enfraquecer o trabalho policial, abriu-se espaço 
para o fortalecimento da criminalidade. Surgiu uma nova forma de prisão com vistas a auxiliar 
as atividades investigativas. Trata-se da prisão temporária, trazida por meio da Lei n°. 7.960/89. 
Nesta senda, temos que prisão temporária nasceu para substituir a antiga “prisão para 
averiguações” – na qual a polícia investigava e mantinha indivíduos presos com vista a averiguar seu 
envolvimento com crimes, sem que houvesse situação flagrancialCom base na 
legislação, na jurisprudência e na doutrina majoritária, assinale a alternativa correta acerca do inquérito 
policial, da prisão temporária e da participação do Ministério Público na investigação criminal. 
A. O inquérito policial é um procedimento administrativo, prevalecendo, na doutrina, o entendimento 
de que se devem observar todas as garantias ínsitas ao contraditório e à ampla defesa durante o inquérito 
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policial, o que concede ao investigado, por exemplo, o direito à dialeticidade processual e à produção de 
provas. 
B. Conforme o STJ, a participação de um membro do Ministério Público na fase de investigação criminal 
não acarreta o seu impedimento ou a sua suspeição para o oferecimento da denúncia. 
C. Em casos teratológicos, o STF e o STJ têm admitido que a autoridade policial que preside o 
procedimento administrativo promova o arquivamento do inquérito policial perante o juiz. 
D. O descumprimento do prazo previsto em lei para concluir o inquérito policial justifica, ipso facto, o 
relaxamento da prisão por excesso de prazo. 
E. Após recente inovação legislativa, o prazo da prisão temporária foi unificado, independentemente de 
o crime ser hediondo ou a ele equiparado. 
 
8. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário). Lúcio é investigado pela 
prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a participação de Carlos no crime, tendo sido 
decretada de ofício a sua prisão temporária. A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a 
legislação, julgue o item seguinte. Recebida a denúncia, não será mais cabível prisão temporária para 
Lúcio e Carlos. 
 
9. (Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-AM Prova: Analista Judiciário). Lúcio é investigado pela 
prática de latrocínio. Durante a investigação, apurou-se a participação de Carlos no crime, tendo sido 
decretada de ofício a sua prisão temporária. A partir dessa situação hipotética e do que dispõe a 
legislação, julgue o item seguinte. É ilegal a prisão temporária de Carlos, porque, apesar de o crime de 
latrocínio admiti-la, não poderia ter sido decretada de ofício pelo juiz. 
 
10. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EBSERH Prova: Advogado). Julgue o seguinte item, acerca 
do habeas corpus e de medidas coativas de prisão. Desde que ajuizada a queixa-crime, o ofendido ou 
querelante tem legitimidade para requerer à autoridade judiciária competente a decretação da prisão 
temporária do querelado. 
 
11. (Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PO-AL Provas: CESPE / CEBRASPE - 2023 
- PO-AL – Papiloscopista). Em relação à prisão e à liberdade provisória, julgue o item subsecutivo. 
 
De acordo com o STF, a realização de audiência de custódia também é obrigatória nos casos de prisão 
temporária e preventiva. 
 
GABARITO 
 
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6. LEGISLAÇÃO 
LEI Nº 7.960, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989. 
Dispõe sobre prisão temporária. 
Conversão da Medida Provisória nº 111, de 1989 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
Art. 1º Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento 
de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de 
autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo 
único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 
270, caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de sua formas 
típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
p) crimes previstos na Lei de Terrorismo. 
Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou 
de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período 
em caso de extrema e comprovada necessidade. 
§ 1º Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério 
Público. 
§ 2º O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo 
de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento. 
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§ 3º O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que 
o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-
lo a exame de corpo de delito. 
§ 4º Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será 
entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa. 
§ 4º-A. O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária 
estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado. (Incluído pela 
Lei nº 13.869. de 2019) 
§ 5º A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial. 
§ 6º Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5° da 
Constituição Federal. 
§ 7º Decorridoo prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, 
independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em liberdade, salvo 
se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. 
(Redação dada pela Lei nº 13.869. de 2019) 
§ 8º Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária. 
(Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) 
Art. 3º Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. 
Art. 4º O art. 4° da Lei n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965, fica acrescido da alínea i, com a seguinte 
redação: 
"Art. 4º ............................................................... 
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir 
em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade;" 
Art. 5º Em todas as comarcas e seções judiciárias haverá um plantão permanente de vinte e quatro horas 
do Poder Judiciário e do Ministério Público para apreciação dos pedidos de prisão temporária. 
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário. 
Brasília, 21 de dezembro de 1989; 168° da Independência e 101° da República. 
JOSÉ SARNEY 
J. Saulo Ramos 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.12.1989 
 
7. DICAS FINAIS 
 
Analisando os fundamentos das questões observamos que as bancas examinadoras possuem uma 
predileção na cobrança do art. 1° e art. 2° da Lei n. 7.960/89. Dessa forma, reforçamos a importância da 
leitura atenciosa dos dispositivos mencionados. 
 
Observação. A prisão temporária NÃO é admissível em contravenções penais, bem como, não se 
admite em crimes culposos. 
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Observação². A Lei 8.072/90 menciona no art. 2º, caput, os crimes hediondos (consumados ou 
tentados), a pratica de tortura e o terrorismo, não constantes do rol do art. 1º, inciso III, da Lei 7.960/89, 
mas que entram na lista de crimes cabíveis a prisão temporária. 
Observação³. A Lei 8.072/90 refere-se ao tráfico ilícito de entorpecentes de forma ampla (art. 2º 
caput), enquanto que a Lei 7.960/89 (art. 1º, III, “n”) menciona expressamente somente o tráfico de 
drogas previsto no art. 12 da Lei 6.368/76. O entendimento é que para fins de tráfico de drogas, a prisão 
temporária cabe de forma ampla por força da Lei de Crimes Hediondos. 
 
 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Nucci, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal / Guilherme de Souza Nucci. – 17. ed. 
– Rio de Janeiro: Forense, 2020. 
 
Távora, Nestor. Curso de direito processual penal / Nestor Távora, Rosmar Rodrigues Alencar - 15. ed. 
reestrut., revis. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020. 
 
Távora, Nestor. Curso de Processo Penal comentado / Nestor Távora, Fábio Roque Araújo - 11. ed. 
rev., ampl. e atual. - Salvador: Ed. JusPodivm, 2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível liberdade provisória para acusados por tráfico de 
drogas. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 27/06/2020. 
 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Requisitos estipulados pelo STF para a validade da decretação 
da prisão temporária. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
. Acesso em: 29/08/2022. 
 
Lei n. 7.960/89. Disponível em: / Acesso em: 
27/06/2020. 
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http://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/23c97e9cb93576e45d2feaf00d0e8502
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/7bcbf838aad2d6d4f975380ee45ef8d8
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/7bcbf838aad2d6d4f975380ee45ef8d8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7960.htm
	1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
	2. REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	2.1. DA IMPRESCINDIBILIDADE DA PRISÃO TEMPORÁRIA PARA AS INVESTIGAÇÕES. (INCISO I)
	2.2. INEXISTÊNCIA DE RESIDÊNCIA FIXA OU AUSÊNCIA DE ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA SUA IDENTIFICAÇÃO. (INCISO II)
	2.3. FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO NOS CRIMES DESCRITOS NO INCISO III (VEDADA A ANALOGIA OU A INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DO ROL PREVISTO)
	2.3.1. Rol do inciso III
	2.4. JUSTIFICADA EM FATOS NOVOS OU CONTEMPORÂNEOS
	2.5. ADEQUADA À GRAVIDADE CONCRETA DO CRIME, ÀS CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO E ÀS CONDIÇÕES PESSOAIS DO INDICIADO
	2.6. NÃO FOR SUFICIENTE A IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS.
	3. NÃO CABIMENTO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	4. PROCEDIMENTO
	4.1. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA
	4.2. OITIVA OBRIGATÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
	4.3. DIREITOS DOS PRESOS
	4.4. PRISÃO TEMPORÁRIA VERSUS PRISÃO PREVENTIVA
	5. JÁ CAIU. VAMOS TREINAR?
	6. LEGISLAÇÃO
	7. DICAS FINAIS
	8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASou prévia autorização judicial. 
Portanto, com o advento da Constituição Federal, a prisão para averiguação passou a ser considerada 
ilegal, podendo constituir, inclusive, crime de abuso de autoridade. 
No tocante ao seu contexto de processo de legalização, surgiu no Ordenamento Jurídico 
Brasileiro a partir da Medida Provisória n° 111/89, sendo posteriormente convertida na Lei n° 
7.960/89. Essa conversão da MP na atual lei de prisão temporária é objeto de discussão até os dias atuais, 
isso porque se questiona a sua constitucionalidade, posto que medida provisória não seria instrumento 
hábil a restringir o direito fundamental da liberdade de ir e vir (liberdade ambulatorial), sem que 
tivéssemos lei em sentido estrito. Inobstante os debates, o STF reconhece a constitucionalidade da 
referida lei, argumentando no sentido de que a Lei n.° 7.960/89 não foi originada da conversão dessa 
medida provisória, que, em verdade, o Congresso Nacional modificou a medida, por isso, na sua visão 
não há que se falar em inconstitucionalidade, sendo ela plenamente válida à luz da Constituição Federal. 
Recentemente, o Supremo Tribunal Federal julgou duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade 
questionando a constitucionalidade da Lei n.° 7.960/1989. No caso, as ADINs foram impetradas com 
argumentos de que a Lei de Prisão Temporária contrariaria os direitos fundamentais constitucionalmente 
assegurados, como por exemplo, o direito à liberdade provisória e da presunção de inocência, por ser 
uma modalidade de prisão que apresenta poucos e imprecisos requisitos para sua decretação. Além disso, 
sustentou-se nestas ações que em ofensa à cláusula do devido processo legal material, haviam 
controvérsias interpretativas com soluções desarrazoadas, diante da redação inconsistente do art. 1º da 
referida lei. Nessa esteira, o Plenário, em julgamento conjunto, conheceu da ADI 3360/DF e em parte 
da ADI 4109/DF e, no mérito, julgou parcialmente procedentes os pedidos para dar interpretação 
conforme a Constituição Federal ao art. 1º da Lei n.° 7.960/89 afirmando que a prisão temporária 
é constitucional, mas desde que siga os critérios de interpretação fixados pela Corte, os quais 
veremos adiante. 
Prisão temporária é uma espécie de prisão cautelar, decretada pela autoridade judiciária 
competente, com prazo preestabelecido de duração, cabível exclusivamente durante a fase preliminar de 
investigações. Desta feita é um tipo de prisão restrita ao Delegado de Polícia. Lembrando que realizada 
a denúncia, acaba a fase de investigação e, portanto, não será mais cabível a prisão temporária. 
Nessa linha, corroborando ao exposto, conceitua Távora e Alencar (2020, pág. 1118): 
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A temporária é a prisão de natureza cautelar, com prazo preestabelecido de duração, cabível 
exclusivamente na fase do inquérito policial – ou de investigação preliminar equivalente, 
consoante art. 283, CPP, com redação dada pela Lei no 12.403/2011 –, objetivando o 
encarceramento em razão das infrações seletamente indicadas na legislação. A Lei n° 7.960/1989 
só indica o cabimento de prisão temporária durante a tramitação de inquérito policial, porém o 
CPP ampliou o âmbito de incidência da medida cautelar ao disciplinar o seu cabimento durante 
as investigações, sem restringir-se ao inquérito policial (art. 282, § 2°, CPP). 
Noutra banda, preleciona Nucci, 2020: 
É uma modalidade de prisão cautelar, cuja finalidade é assegurar uma eficaz investigação 
policial, quando se tratar de apuração de infração penal de natureza grave. Está prevista na Lei 
7.960/89 e foi idealizada para substituir, legalmente, a antiga prisão para averiguação, que a 
polícia judiciária estava habituada a realizar, justamente para auxiliar nas suas investigações. 
A partir da edição da Constituição de 1988, quando se mencionou, expressamente, que somente 
a autoridade judiciária, por ordem escrita e fundamentada, está autorizada a expedir decreto de 
prisão contra alguém, não mais se viu livre para fazê-lo a autoridade policial, devendo solicitar 
a segregação de um suspeito ao juiz. 
Analisando o conceito da prisão temporária acima proposto, podemos extrair previamente 
algumas conclusões, entre elas, a de que a prisão temporária não poderá ser decretada de ofício pelo 
juiz, isso porque trata-se de prisão restrita a fase investigatória, que não se admite atos de ofício do 
magistrado, buscando garantir a imparcialidade do julgador. No tocante a vedação de ato de ofício do 
juiz ainda na fase das investigações/inquérito policial, o Pacote Anticrime reforçou de forma 
significativa essa proibição, excluindo do Código de Processo Penal várias situações em que se admitia 
a decretação de ofício do juiz. 
A Lei n° 13.964/19 denominada de Pacote Anticrime alterou a redação do §2º do art. 282 do CP, 
proibindo o juiz decretar qualquer medida cautelar sem provocação, seja na fase da investigação, seja na 
fase do processo. Rende-se, assim, obediência ao sistema acusatório. 
Corroborando ao exposto Estácio Luiz e Pedro Tenório (2020):2 
Antes do PAC o CPP previa a possibilidade de o juiz decretar medidas cautelares, inclusive a 
prisão preventiva, ex officio, desde que no bojo do processo penal e não no decorrer da 
investigação preliminar. Com o PAC, o magistrado não pode ter iniciativa ex officio na 
decretação das medidas, estando submetido ao requerimento das partes. 
Diante do exposto, contemplamos que no atual cenário, nem mesmo a prisão preventiva poderá 
ser decretada de ofício. 
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-
ES - Analista Judiciário - Área Judiciária - Especialidade: Direito. No que concerne à prisão, julgue 
o item a seguir. 
A prisão temporária será decretada de ofício pelo juiz sempre que ele identificar a necessidade de 
salvaguardar o perigo na reiteração da conduta criminosa. 
Gabarito ERRADO. 
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2. REQUISITOS PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO 
TEMPORÁRIA 
 
Prezado candidato, muita atenção aqui! ATUALIZAÇÃO JURISPRUDENCIAL! As 
bancas corriqueiramente exigem o conhecimento da Jurisprudência, e conforme já dito trata-se 
de legislação com alta carga de pertinência temática para o cargo de Delegado, tendo em vista que 
essa espécie de prisão cautelar é restrita a fase da investigação criminal! 
Nesse sentido, vale ressaltar que o STF fixou o entendimento de que a decretação de prisão 
temporária somente está autorizada quando forem cumpridos cinco requisitos, cumulativamente: 
1. for imprescindível para as investigações do inquérito policial, constatada a partir de elementos 
concretos, e não meras conjecturas, vedada a sua utilização como prisão para averiguações, em violação 
ao direito à não autoincriminação,ou quando fundada no mero fato de o representado não ter residência 
fixa; 
2. houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos crimes descritos no artigo 
1°, inciso III, da Lei 7.960/1989, vedada a analogia ou a interpretação extensiva do rol previsto; 
3. for justificada em fatos novos ou contemporâneos; 
4. for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais 
do indiciado; 
5. não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas, previstas nos artigos 319 e 320 
do Código de Processo Penal (CPP). 
 
Vamos à análise dos requisitos da prisão, incluindo os que foram fixados pela Corte. 
Candidato, quando será cabível a prisão temporária? O art. 1° da Lei n.° 7.960/89 nos traz ao 
teor de seu art. 1° alguns dos requisitos autorizadores da prisão temporária, vejamos: 
Art. 1º Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na 
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
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2.1. DA IMPRESCINDIBILIDADE DA PRISÃO TEMPORÁRIA PARA AS 
INVESTIGAÇÕES. (INCISO I) 
É indispensável a existência de prévia investigação (não necessariamente de um inquérito 
policial), apresentando-se a privação cautelar da liberdade de locomoção do indivíduo como recurso 
indispensável para a colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da conduta 
delituosa. 
Nesse sentido, a lei foi expressa ao mencionar “quando imprescindível as investigações do 
inquérito policial”. Assim, o dispositivo em exame revela a estrita necessidade para que a temporária 
seja decretada. Não é a mera conveniência, e sim a essencialidade da medida para que as 
investigações possam lograr êxito, já que o indiciado, se em liberdade, será um obstáculo ao 
desvendamento integral do crime, pois a sua liberdade é um risco ao sucesso das diligências 3. 
Prestando-se a prisão temporária a resguardar, tão somente, a integridade das investigações, 
forçoso é concluir que, uma vez recebida a denúncia, não mais subsiste o decreto de prisão 
temporária, devendo o denunciado ser colocado em liberdade, salvo se sua prisão preventiva for 
decretada. 
Nesse sentido, explica o professor Márcio André (Dizer o Direito)4: 
Pela análise do inciso I do art. 1º, percebe-se que a prisão temporária é uma prisão criada para 
servir aos interesses da investigação criminal. O objetivo dessa prisão é facilitar a 
investigação criminal. Diante disso, indaga-se: esse inciso I é constitucional? É possível uma 
espécie de prisão criada com esse objetivo? SIM. 
A prisão temporária, como vimos acima, é uma espécie de prisão de natureza cautelar. 
A CF/88 autoriza a imposição de prisões cautelares no inciso LXI do art. 5º: 
Art. 5º (...) LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou 
crime propriamente militar, definidos em lei. 
No entanto, como a Constituição consagra o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII), 
toda prisão cautelar (inclusive a prisão temporária) deve ser considerada como medida 
excepcionalíssima e somente se mostra cabível quando preenchidos os estritos requisitos legais 
e de forma devidamente fundamentada pela autoridade judicial competente. 
Assim, desde que respeitado o princípio da não culpabilidade (que veda a execução antecipada 
da pena), nada impede que o legislador ordinário estabeleça uma modalidade de prisão cautelar 
voltada a assegurar o resultado útil da investigação criminal ou do processo penal. Vale 
ressaltar que, além da Constituição Federal, a Convenção Americana de Direitos Humanos e o 
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos também não impedem ou proíbem a criação 
de prisões cautelares pelos Estados-partes. 
Importante esclarecer, contudo, que a prisão temporária não pode servir como uma prisão 
para averiguação. 
 
 
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Não se pode decretar a prisão temporária com base na mera suposição de que o 
suspeito irá comprometer a investigação. 
A prisão temporária, por sua própria natureza instrumental, é permeada pelos princípios 
do estado de não culpabilidade e da proporcionalidade, de modo que sua decretação só 
pode ser considerada legítima caso constitua medida comprovadamente adequada e 
necessária ao acautelamento da fase pré-processual, não servindo para tanto a mera 
suposição de que o suspeito virá a comprometer a atividade investigativa. STJ. 5ª 
Turma. HC n. 286.981/MG, Min. Laurita Vaz, DJe 1º/7/2014. STJ. 6ª Turma. HC 
379.690/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 04/04/2017. 
 
2.2. INEXISTÊNCIA DE RESIDÊNCIA FIXA OU AUSÊNCIA DE ELEMENTOS 
NECESSÁRIOS PARA SUA IDENTIFICAÇÃO. (INCISO II) 
 
Contempla-se neste inciso os casos de quando o agente não fornece o endereço ou oferece dados 
falsos sobre sua identificação. Dessa forma, o delegado comunicaria ao juiz e este poderia decretar prisão 
temporária, tendo em vista a incerteza completa da identidade do indivíduo. 
Ocorre que o STF no julgamento das ADINs decidiu que o inciso II é dispensável para decretar 
a prisão temporária e quando interpretado isoladamente, é inconstitucional. O entendimento do Supremo 
é de que “a prisão temporária não pode ser utilizada quando fundada tão somente porque o representado 
não possui residência fixa, o que vai de encontro ao princípio constitucional da igualdade em sua 
dimensão material, já que essa circunstância pode revelar-se como uma situação de vulnerabilidade 
econômico-social”. 
O STF já tinha precedentes explicando que o fato de ser morador de rua não deverá ser 
compreendido como “sem residência fixa”, a situação de miserabilidade não poderá servir de causa para 
uma constrição grave em face de sua ausência de condições, e desta forma não é motivo plausível para 
prisão temporária apenas sob o requisito de não ter residência fixa. 
Na doutrina havia mais de uma corrente no que tange a aplicação dos requisitos da prisão 
temporária dispostos nos incisos do artigo 1º. A primeira afirmava que os incisos I, II e III erão 
cumulativos, enquanto a segunda corrente, que prevalecia na doutrina e jurisprudência, afirmava ser 
necessário a combinação dos incisos I com inciso III ou inciso II com inciso III, mas sempre estando o 
inciso III presente. 
Desta forma, o entendimento atual é de que apenas haverá a junção dos pressupostos 
fumus comissi delicti previsto no inciso III com o periculumlibertatis, quando previsto no inciso I. 
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Lembre-se: a doutrina e jurisprudência majoritária entendem que o inciso III do art. 1° da 
Lei n. 7.960/89 sempre está presente, sendo este combinando com o inciso I. Porém, com relação ao 
inciso II, o entendimento jurisprudencial atual é de que este é dispensável. 
• Inciso III + Inciso I 
• Inciso II dispensável. 
EM RESUMO: 
Cabimento da 
prisão 
temporária 
Inciso III + Inciso I 
Esta hipótese mostra-se adequada! 
 
Cabimento da 
prisão 
temporária 
Inciso III + Inciso II 
Esta hipótese mostra-se dispensável! 
 
Observação: o inciso II quando interpretado 
isoladamente, é inconstitucional. 
 
Atenção!! Além dos incisos I e III, existem mais quatro requisitos que são cumulativos para 
garantir a validade na decretação da prisão temporária, os quais trataremos nos próximos tópicos. 
 
2.3. FUNDADAS RAZÕES DE AUTORIA OU PARTICIPAÇÃO NOS CRIMES 
DESCRITOS NO INCISO III (VEDADA A ANALOGIA OU A 
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DO ROL PREVISTO) 
 
Este é um ponto crítico da decisão do STF, pois foi decidido que o rol do inciso III do art. 1º 
da Lei nº 7.960/89 é taxativo. Trata-se de uma opção feita pelo Poder Legislativo, que, dentro de sua 
competência constitucional, entendeu que deveria dar especial atenção a determinados crimes. Essa 
escolha é perfeitamente compatível com a Constituição Federal. 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2021 Banca: FAPEC Órgão: PC-MS Prova: Delegado de Polícia. 
No que diz respeito às prisões no processo penal, é correto afirmar: 
A. segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça a ausência de autorização judicial prévia em 
relação ao flagrante retardado ou ação controlada, por constituir tal procedimento uma garantia ao 
investigado, macula a atuação policial e impõe o reconhecimento da ilegalidade da prisão daí decorrente. 
B. a jurisprudência do STJ é no sentido de que, à luz das inovações trazidas pela Lei nº 13.964/19 (pacote 
anticrime), a falta de assistência por defensor técnico ao conduzido por ocasião de sua prisão em 
flagrante é causa de nulidade do auto de prisão, não bastando, a advertência, pela autoridade policial, 
dos direitos do preso previstos no art. 5º, LXIII, da Constituição Federal (de permanecer calado, ter 
assistência da família e de advogado). 
C. para o STJ, a superveniência de decretação da prisão preventiva não tem o condão de prejudicar a 
análise da ilegalidade da prisão em flagrante e, uma vez reconhecida ilegalidade desta, impõe-se o 
relaxamento daquela. 
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D. doutrinariamente, diz-se que o flagrante forjado é aquele em que alguém (normalmente o policial) 
instiga o agente à prática da infração penal, com o intuito de prendê-lo em flagrante e, simultaneamente, 
adota providência para que a infração não se consume. A doutrina trata tal situação como crime 
impossível (art. 17 do CP). 
E. a Lei nº 7.960/89 traz um rol taxativo de delitos que admitem a decretação da prisão temporária, 
dentre os quais se encontram o homicídio doloso, simples e qualificado (art. 121, caput e § 2º, do CP), 
sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e §§ 1º e 2º, do CP) e epidemia com resultado morte (art. 
267, § 1°). 
Gab. E. 
 
 
Prisão Temporária e Crimes Hediondos 
Com relação a Lei de Crimes Hediondos, alguns professores em análise ao julgado do Supremo dizem 
que por se tratar de uma Lei de regência na qual determina que seja aplicada a prisão temporária para 
aqueles crimes, não se trata de analogia ou a interpretação extensiva. Portanto, mantem-se a 
aplicação para estes crimes inclusive com o prazo maior. 
Lei n. 8.072/1990 Art. 2º, § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de 
dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
2.3.1. Rol do inciso III 
Vejamos o rol do inciso III do art. 1º da Lei nº 7.960/89: 
 
• Homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°); 
Quando o homicídio for qualificado (CP, art. 121, §2º, I, II, II, IV, V, VI e VII, IX) e o 
homicídio simples (CP, art. 121, caput), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, 
são considerados hediondos, desta forma a prisão temporária poderá ser decretada pelo prazo de 30 
(trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade, diferente 
dos 5 (cinco) dias prorrogáveis por mais 5 (cinco) dias quando for homicídio simples. 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-
SC - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento. A prisão temporária é cabível quando 
houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado em: 
A. lesão corporal de natureza grave. 
B. qualquer forma de homicídio doloso. 
C. furto. 
D. estelionato. 
E. peculato. 
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Gabarito B. 
 
• Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
No caput do 148 do Código Penal estão descritas as condutas que tipificam o sequestro e o 
cárcere privado. Há uma diferença entre ambos os crimes, pois no sequestro a vítima tem maior 
liberdade de locomoção (vítima presa numa fazenda). Já no cárcere privado, a vítima vê-se submetida 
a uma privação de liberdade num recinto fechado, como por exemplo: dentro de um quarto ou armário. 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2022 Banca: CESPE Órgão: PC-PB Prova: Delegado de Polícia. 
Um indivíduo está sendo investigado em dois inquéritos policiais, em um pela prática do crime de 
sequestro e cárcere privado (art. 148, caput, CP, pena de reclusão de um a três anos) e em outro pela 
prática de estelionato (art. 171, caput, CP, reclusão de um a cinco anos, e multa) . Considerando-se os 
crimes mencionados, é correto afirmar que 
A. os dois crimes não admitem decretação de prisão provisória. 
B. os dois crimes admitem a decretação de prisão preventiva. 
C. os dois crimes admitem a decretação de prisão temporária. 
D. o primeiro crime admite somenteprisão temporária, e o segundo, apenas prisão preventiva. 
E. o primeiro crime admite somente prisão preventiva, e o segundo, apenas prisão temporária. 
Gab. D. 
Justificativa: o crime de sequestro e cárcere privado encontra-se no rol taxativo dos crimes que admitem 
a prisão preventiva. Logo, é correto a assertiva ao expor que o primeiro crime admite somente 
temporária. Não admite preventiva pois não possui pena privativa de liberdade máxima superior a 4 
anos. Por outro lado, o crime de estelionato não admite temporária, pois não encontra-se no rol dos 
crimes que admitem temporária, cabendo, contudo, prisão preventiva. 
 
• Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
Atente para o fato de que o PAC fez algumas alterações no CP e incluiu o § 2º-A no crime de 
roubo, não estando presente no rol taxado na Lei de prisão temporária, no entanto a inclusão desse 
parágrafo não importa na criação de um novo crime, mas apenas um desdobramento do crime de roubo, 
e desta forma a doutrina entende que esse novo parágrafo também está incluído. 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: PC-RN Prova: Delegado de Polícia. 
Aberto inquérito para apurar a prática do crime de roubo majorado pela restrição da liberdade da vítima, 
na forma do Art. 157, §2º, V, do Código Penal, praticado em 05/01/2021, a autoridade policial, presentes 
fundados indícios de autoria, entendeu ser imprescindível às investigações a decretação da prisão 
temporária do indiciado Henrique, ainda que esse possua residência fixa. Diante da situação apresentada, 
a prisão temporária do agente: 
A. poderá ser decretada pelo juiz, ainda que de ofício, pelo prazo inicial máximo de cinco dias; 
B. poderá ser decretada pelo juiz, mediante representação, pelo prazo inicial de trinta dias; 
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11 
C. não poderá ser decretada, por não se tratar de crime hediondo ou previsto no rol da legislação 
aplicável; 
D. não poderá ser decretada pelo juiz, pois o acusado possui residência fixa; 
E. poderá ser decretada pelo juiz, por representação do delegado, dispensada a manifestação do 
Ministério Público. 
Gab. B. 
Justificativa: o roubo circunstanciado pela restrição da liberdade da vítima, com o advento do Pacote 
Anticrime passou a ser considerado crime hediondo. Em sendo crime hediondo, submete-se ao prazo de 
30 dias – prisão temporária. 
 
• Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); 
Houve uma inclusão de mais um parágrafo no crime de extorsão, só que pela Lei 11.923/09, 
tipificando o denominado sequestro relâmpago. E da mesma forma que foi realizada a análise 
interpretativa para o novo parágrafo no crime de roubo, ocorre no novo parágrafo do crime de extorsão. 
 
• Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); 
• Estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); (vide 
decreto-lei nº 2.848, de 1940). 
O estupro de vulnerável (art. 217-A) não encontra previsão taxativa no rol da lei de prisão 
temporária. Assim, não seria cabível, em princípio, a decretação da prisão temporária na hipótese do 
crime de estupro de vulnerável. Contudo, cumpre recordarmos a Lei n.º 12.015/2019, cuidou de elevar 
o crime de estudo de vulnerável a categoria de crime hediondo, incluindo-o em seu rol. Assim, por força 
da redação do art. 2°, §4°, da Lei dos Crimes Hediondos, o estupro de vulnerável também autoriza a 
decretação da prisão temporária. Vejamos: 
 
Lei, 8.072/90. Art. 1° São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no 
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: 
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1°, 2°, 3° e 4°); (Redação dada pela Lei nº 
12.015, de 2009). 
 
Art. 2°. § 4°. A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 
1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. (Incluído pela Lei nº 11.464, de 2007). 
 
• Atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e 
parágrafo único); (vide decreto-lei nº 2.848, de 1940). 
O atentado violento ao pudor foi revogado, mas hoje foi transmutado para o atual art. 213 do CP, 
incidência do princípio da continuidade normativo-típica. 
 
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• Rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); (vide 
decreto-lei nº 2.848, de 1940). 
Não houve a abolitio criminis, na medida em que o art. 148, § 1º, V do CP, acabou absorvendo 
a figura típica do antigo art. 219. 
 
• Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); 
Observe que é apenas a epidemia COM RESULTADO MORTE. A epidemia na modalidade 
prevista no caput do art. 267 do CP não admite a prisão temporária. 
 
• Envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela 
morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); 
• Quadrilha ou bando (art. 288), todos do código penal; 
 
Houve uma mudança de nomenclatura, com o advento da Lei 12.850/2013, o antigo crime de 
quadrilha ou bando, passou a denominar-se de crime de associação criminosa. Assim, admite-se a 
prisão temporária no crime de associação criminosa. 
Associação Criminosa 
CP, Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) 
(Vigência) 
 
• Genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em qualquer de suas 
formas típicas; 
• Tráfico de drogas (art. 12 da lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
Embora mencione a antiga Lei n.° 6.368/76 que foi revogada, o entendimento é válido para a 
nova Lei n.º 11.343/06 (Lei de Drogas). 
• Crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986). 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2023 Banca: CESPE Órgão: MPE-PA Prova: Promotor de Justiça. 
Em relação à prisão temporária, assinale a opção correta. 
A. O prazo da cautelar, em qualquer caso, é de trinta dias, prorrogável por igual período. 
B. Não depende de representação da autoridade policial, podendo ser decretada de ofício pelo juiz. 
C. Pode ser decretada após o oferecimento da denúncia. 
D. Pode ser decretada nos crimes contra o sistema financeiro. 
E. Pode ser decretada nas infrações de menor potencial ofensivo. 
Gab. D. 
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• Crimes previstos na Lei de Terrorismo. (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016). 
 
2.4. JUSTIFICADA EM FATOS NOVOS OU CONTEMPORÂNEOS 
 
 Em análise aos critérios estabelecidos pelo Supremo, denota-se que a prisão temporária se 
aproximou ainda mais dos critérios legais estabelecidos para a prisão preventiva. Dessa forma, percebe-
se que os novos requisitos estabelecidos pelo STF, na verdade são requisitos idênticos já estabelecidos 
para esta última. 
 No que se refere ao critério sobre a justificativa em fatos novos ou contemporâneos, percebe-se 
que se trata de uma réplica do requisito estabelecido para a decretação da prisão preventiva, conforme 
art. 312, § 2º, do Código de Processo Penal. O art. 312, § 2º do CPP prevê o seguinte: 
Art. 312, § 2º. A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada 
em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a 
aplicação da medida adotada. 
Nesse sentido, explica o professor Márcio André (Dizer o Direito)4: 
Ainda que esse dispositivo tenha sido pensado para a prisão preventiva, o STF afirmou que ele 
deve ser obrigatoriamente aplicado também para a prisão temporária. Trata-se não apenas de 
uma decorrência lógica da própria cautelaridade das prisões provisórias, como também 
consequência do princípio constitucional da não culpabilidade. Vale ressaltar, que esse 
dispositivo não impede que a prisão temporária seja decretada por crimes antigos. O que se 
proíbe apenas é a imposição de prisão caso não haja fato contemporâneo ao decreto que 
justifique, de maneira objetiva, o periculum libertatis. 
 A doutrina denomina isso de princípio da atualidade ou contemporaneidade, segundo o qual 
a urgência no decreto de uma medida cautelar deve ser contemporânea à ocorrência do fato que gera os 
riscos que tal medida pretende evitar. Na esteira da jurisprudência do STJ, “o §2° do art. 312 do CPP, 
acrescentado pela Lei 13.964/19, reconhece que a urgência intrínseca às cautelares exige a 
contemporaneidade dos fatos justificadores dos riscos que se pretende evitar com a segregação 
processual. Tese outra não se coaduna com a excepcionalidade da prisão preventiva, princípio que há 
de ser observado para a convivência harmônica da cautela pessoal extrema com a presunção de não 
culpabilidade (STJ - HC 509.878/SP, j. 05/09/2019) ”. 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PC-AM Prova: Delegado de Polícia. 
A partir da interpretação conforme a Constituição conferida pelo Supremo Tribunal Federal, a prisão 
temporária passou a contar com nova apresentação. 
Assinale a opção que corresponde a um desses novos elementos. 
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A. Imprescindibilidade para a investigação preliminar em geral, a partir de elementos concretos, sendo 
proibida sua utilização como prisão para averiguações. 
B. Se houver fundadas razões de autoria do indiciado nos crimes previstos no Art. 1º, inciso III, da Lei 
nº 7.960/89, admitida a interpretação extensiva do rol. 
C. For justificada em fatos novos ou contemporâneos que fundamentem a medida cautelar, com base no 
Art. 312, § 2º, do CPP. 
D. A medida cautelar for adequada à gravidade em abstrato do crime, às circunstâncias do fato e às 
condições pessoais do indiciado. 
E. Puder ser cumulada com a imposição de medidas cautelares diversas, previstas nos artigos 319 e 320, 
ambos do CPP. 
Gab. C. 
2.5. ADEQUADA À GRAVIDADE CONCRETA DO CRIME, ÀS 
CIRCUNSTÂNCIAS DO FATO E ÀS CONDIÇÕES PESSOAIS DO 
INDICIADO 
 
Nesse contexto, foi deliberado na decisum que a premissa de examinar a gravidade concreta do 
crime, as circunstâncias do fato e as condições pessoais do investigado previstas no art. 282, inciso II, 
do Código de Processo Penal, deve se estender à prisão temporária, uma vez que se tratando de regra 
geral, a qual deve se aplicar uniformemente a todas as modalidades de medidas cautelares pessoais. 
Este requisito sempre foi lembrado pela doutrina e jurisprudência, assim, nos termos da 
Jurisprudência de Teses nº 9 do STJ, “a alusão genérica sobre a gravidade do delito, o clamor público 
ou a comoção social não constituem fundamentação idônea a autorizar a prisão preventiva”. Neste viés, 
o professor Rogério Sanches explica que: 
Não significa dizer, por óbvio, que a gravidade do crime, sua repercussão no meio no qual 
cometido, o desassossego que acarreta à sociedade, devam ser ignorados pelo julgador. Ao 
contrário, devem ser considerados, mas a partir de fundamentos precisos, extraídos da análise 
do caso concreto, e não buscados em afirmações genéricas, em frases feitas, de cunho abstrato, 
incompatíveis com a excepcionalidade que marca a prisão preventiva. Tal excepcionalidade, a 
conferir à prisão preventiva a característica de última ratio e, bem por isso, a possibilidade da 
adoção de medidas cautelares alternativas, exige do Magistrado que se abstenha da retórica 
vazia, procedendo a análise fundamentada e precisa quanto à necessidade da medida de 
exceção. Não implica afirmar, contudo, que deva se derramar em longas e enfadonhas citações 
doutrinárias e jurisprudenciais, de tudo desnecessárias. Basta a fundamentação, concreta, direta 
e objetiva. A propósito, segundo a tese n. 11, da "Jurisprudência de Teses", do STJ, "a prisão 
cautelar deve ser fundamentada em elementos concretos que justifiquem, efetivamente, sua 
necessidade. 
Ainda sobre o cabimento da prisão temporária discorre Távora e Alencar (2020): 
Sendo a cautelaridade da prisão temporária sua tônica, é essencial a presença do fumus commissi 
delicti e do periculum libertatis para que a medida seja decretada, pois estes elementos é que 
podem denotar a necessidade da prisão. Para a decretação da medida temporária, devem ser 
atendidos os requisitos específicos, a par dos pressupostos gerais regrados no art. 282, do CPP, 
com redação determinada pela Lei nº 12.403/2011, que impõe, para a imposição de toda medida 
cautelar, que seja observado juízo de proporcionalidade a partir: 
1. da necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação ou a instrução criminal e, nos 
casos expressamente previstos, para evitar a prática de infrações penais; e 
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2. da adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais 
do indiciado ou acusado. 
O cabimento da prisão temporária é excepcionalíssimo,pelo que, além desses pressupostos, 
devem ser preenchidos os requisitos específicos para a sua decretação que, com supedâneo no 
art. 1° da Lei no 7.960/1989. 
2.6. NÃO FOR SUFICIENTE A IMPOSIÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES 
DIVERSAS. 
 
Por fim, o critério, constante do art. 282, §6°, do Código de Processo Penal, pelo qual a prisão 
temporária somente pode ser decretada desde que não seja cabível sua substituição por alguma medida 
cautelar. Cumpre ao juiz, assim, justificar as razões pelas quais, ao impor a prisão temporária do agente, 
afastou a possibilidade de substituir a drástica medida por uma cautelar. 
Dessa forma, assim como já ocorria para a prisão preventiva, a cautelar da prisão temporária 
agora, também, deve ser a ultima ratio, tendo em vista que a prisão só poderá ser determinada quando 
a imposição de outra medida cautelar diversa da prisão for inapta e consequentemente trazer prejuízos 
irreparáveis à investigação em razão do investigado estar em liberdade. Busca-se, mais uma vez, 
contemplar o princípio constitucional da não culpabilidade, de onde se extrai que a liberdade é a 
regra, a imposição das medidas cautelares diversas da prisão é a exceção e a prisão (preventiva ou 
temporária) é à exceção da exceção (ultima ratio). 
Diante do exposto, verifica-se que hoje está superada a decretação da prisão temporária se 
utilizando apenas dos critérios estampados na Lei nº 7.960/89, visto que a referida cautelar não pode ser 
entendida como uma mera medida investigativa de caráter compulsório, pois, para sua decretação, não 
basta elencar sumariamente a imprescindibilidade da medida e o crime estar taxativamente previsto no 
rol legal, mas deve-se demonstrar a presença dos requisitos legais acompanhados, também, dos 
fundamentos aptos a justificar a implementação da medida cautelar, evitando-se, por consequência, o 
encarceramento para fins de averiguação ou pela mera conveniência da investigação. 
 
3. NÃO CABIMENTO DA PRISÃO TEMPORÁRIA 
Vale ressaltar que, na decisão do STF ficou expressamente determinado que a prisão 
temporária NÃO pode ser utilizada: 
a) Como meio de prisão para averiguação ou em violação ao direito à não autoincriminação, pois 
caracteriza abuso de autoridade, na medida em que representa instrumento utilizado como forma 
manifesta de constrangimento, impondo, por vias transversas, a submissão da pessoa em prestar 
depoimento na fase inquisitorial; ou 
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b) Quando fundada tão somente porque o representado não possui residência fixa, o que vai de 
encontro ao princípio constitucional da igualdade em sua dimensão material, já que essa circunstância 
pode revelar-se como uma situação de vulnerabilidade econômico-social. 
 
 
O Supremo decidiu que NÃO é incompatível com o texto constitucional: 
 
a) A expressão “será” (art. 2º, caput, da Lei 7.960/1989)1, já que a decretação da prisão temporária não 
se revela como medida compulsória, devendo ser obrigatoriamente fundamentada (§ 2º do art. 2º da Lei 
7.960/1989 e art. 93, IX, da CF/1988); 
 
b) O prazo de 24 horas previsto no art. 2º, § 2º, da Lei 7.960/19892, porque, além de impróprio, justifica-
se pela urgência na análise do pedido pelo magistrado visando à eficiência das investigações. 
 
[STF. Plenário. ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para o acórdão Min. 
Edson Fachin, julgados em 11/2/2022 (Info 1043)] 
 
1 Lei 7.960/89, Art. 2° A prisão temporária SERÁ decretada pelo Juiz, em face da representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. [...] 
 
2 § 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo 
de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento. 
 
4. PROCEDIMENTO 
 
 
A prisão temporária será decretada pelo juiz, em face da representação da autoridade policial 
(neste caso deverá ser ouvido o MP) ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 
(cinco) dias (contado apenas da efetiva prisão), prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade âmbito da Lei n. 7.960, enquanto que no âmbito da Lei n. 8.072 (Lei dos 
Crimes Hediondos) será de 30 dias + 30 dias. 
Lei 7.960/89, Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Juiz DECRETA
Mediante 
REPRESENTAÇÃO da 
Autoridade Policial
Mediante 
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A prisão temporária é decretada pelo juiz, observando assim a cláusula de reserva de jurisdição. 
Nesse sentido, preleciona Távora e Alencar (2020, pág. 1118). 
Como de praxe, a temporária está adstrita à cláusula de reserva jurisdicional, e, em face do 
disposto no art. 2° da Lei no 7.960/1989, somente pode ser decretada pela autoridade judiciária 
competente (juiz das garantias), mediante representação da autoridade policial ou requerimento 
do Ministério Público. 
No tocante ao prazo, temos que ao contrário da prisão preventiva e da prisão em flagrante, a 
prisão temporária, como o próprio nome já nos sugere, possui um prazo predefinido em lei. No tocante 
ao referido prazo, a regra geral é de 5 dias, com possibilidade de prorrogação por + 5 dias na hipótese 
de extrema e comprovada necessidade. 
Inobstante a regra, o Ordenamento Jurídico comporta uma exceção, que ficou por conta da Lei 
dos Crimes Hediondos. Desse modo, na hipótese de decretação da prisão temporária decretada em 
crimes hediondos ou equiparados o prazo passa a ser de 30 dias, prorrogáveis por + 30 dias. 
Nesse sentido, preceitua Távora e Alencar: 
Nos crimes hediondos e assemelhados, quais sejam, tráfico de drogas, terrorismo e tortura 
(parágrafo 4°, art. 2°, Lei no 8.072/1990), o prazo da prisão temporária é de 30 dias, 
prorrogáveis por mais 30 dias, em caso de comprovada e extrema necessidade, atendidas as 
mesmas formalidades acima destacadas. 
 
 Vamos ESQUEMATIZAR? 
 
 
 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2023. É correto afirmar que a prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação 
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de: 
Regra Geral: 
• A prisão temporária será 
decretada pelo Juiz, em 
face da representação 
da autoridade policial ou 
de requerimento do 
Ministério Público, e terá 
o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual 
período em caso de 
extrema e comprovada 
necessidade.Hediondos e equiparados: 
• Em se tratando de 
investigação de crimes 
previstos na Lei 8.072/90 
(crimes hediondos, 
tráfico de drogas, tortura 
e terrorismo), o prazo da 
prisão temporária será de 
30 (trinta) dias, 
prorrogável por igual 
período, em caso de 
extrema e comprovada 
necessidade. 
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A. 48h, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade; 
B. 72h, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade; 
C. 5 (cinco) dias, improrrogável; 
D. 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade; 
E. 10 (dez) dias, improrrogável. 
Gabarito D. 
No tocante a contagem desse prazo, este começa a fluir no exato momento em que a prisão é 
cumprida. O § 4º-A foi incluído no art. 2º para estabelecer que “o mandado de prisão conterá 
necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no caput deste artigo, 
bem como o dia em que o preso deverá ser libertado”. (Incluído pela Lei nº 13.869. de 2019) 
 
Como #JÁCAIU esse assunto em prova de Concursos? 
Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: Delegado de Polícia. 
Sobre a prisão temporária (Lei nº 7.960/1989 com alterações posteriores), assinale a alternativa correta. 
A. A prisão temporária poderá ser representada pela autoridade policial, requerida pelo Ministério 
Público ou decretada de ofício pelo juiz. 
B. Em caso de feminicídio, pode ser decretada a prisão temporária, pelo prazo máximo de 5 dias, 
prorrogável por igual período. 
C. Uma vez decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia 
deverá consultar ao Juízo responsável pelo decreto sobre a manutenção da prisão ou colocação do preso 
em liberdade. 
D. O mandado de prisão temporária indicará o dia em que o preso deverá ser libertado. 
E. Os crimes previstos na Lei de Terrorismo não comportam a decretação de prisão temporária. 
Gab. D. 
 
A contagem do prazo segue o disposto no Art. 10 do CP (prazo material), ou seja, inclui-se o dia 
do começo, mesmo em se tratando de feriados ou fim de semana. Uma vez encerrado o prazo da prisão 
temporária, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, mesmo que o dia fatal recaia 
sobre fim de semana ou feriado. 
Cumpre recordamos que a prorrogação desses prazos, quando admitida, não se dará de forma 
automática, o delegado de polícia terá de solicitar a prorrogação antes de vencer o prazo, tendo em vista 
que após vencido, a soltura será automática, sem alvará. Caso seja desnecessário manter a prisão, poderá 
ser solto antes do prazo, e segundo a doutrina deverá ser comunicado ao juiz para que proceda a soltura. 
 
Lei 7.960/89. Art. 2°. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
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§ 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia 
deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso em 
liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da 
decretação da prisão preventiva. 
 
Ano: 2023 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE / CEBRASPE - 2023 - TJ-
ES - Analista Judiciário - Especialidade: Comissário de Justiça da Infância e Juventude. Acerca 
das prisões do direito processual penal brasileiro, julgue o item que se segue. 
Decorrido o prazo do mandado de prisão temporária sem renovação, a autoridade responsável pela 
custódia deverá, independentemente de alvará de soltura, colocar imediatamente o preso em liberdade. 
Gabarito CERTO. 
 
Da leitura do art. 2º, caput, da Lei n. 7.960/89, depreende-se que a prisão temporária não pode 
ser decretada de ofício pelo juiz. Preserva-se assim, o sistema acusatório e o princípio da imparcialidade 
do juiz. Atente-se ainda para o fato de que a Lei nº 7.960/89 não atribui legitimidade ao querelante para 
requerer a prisão temporária. 
 
4.1. PRAZO DA PRISÃO TEMPORÁRIA 
- Prazo de 5 dias prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade 
(nos crimes comuns). 
- Se decretada em face de crime hediondo ou equiparado, o prazo será de 30 dias 
prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
Lei 7.960/1989 Art. 2º A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação 
da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) 
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
 
Lei 8.072/90 (Lei dos Crimes Hediondos), Art. 2º, § 4º A prisão temporária, sobre a qual 
dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o 
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. 
 
4.2. OITIVA OBRIGATÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 O Ministério Público sempre vai se manifestar seja na hipótese em que a prisão temporária foi 
por ele requerida ou então diante da representação da autoridade policial, respondendo ao 
encaminhamento dado a ele pelo juiz. 
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 É possível que o delegado de polícia represente pela prisão temporária e o MP discorde? O juiz 
está vinculado à opinião do MP? É perfeitamente possível que o delegado de polícia represente pela 
prisão temporária, o MP discorde e, ainda assim, o juiz decrete a prisão temporária. Portanto, apenas por 
essa oitiva obrigatória do MP, o juiz não está vinculado a opinião do MP. 
§ 2º O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro 
do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do 
requerimento. 
 O despacho deve ser fundamentado. Toda decisão judicial deve ser fundamentada. O detalhe é 
que o despacho que decreta a prisão temporária tem que ser realizado dentro de 24 horas, 
contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento. 
Aprisão temporária é uma prisão imprescindível para as investigações policiais. Ela é 
extremamente necessária para a persecução penal. Não há tempo para que se decida dali a uma semana. 
Deve ser decidido imediatamente. 
 
4.3. DIREITOS DOS PRESOS 
 
Conforme prevê o art. 2°, § 6° da Lei n. 7.960/89, o preso será informado pela autoridade 
policial a respeito de seus direitos. 
 
Art. 2°. § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no 
art. 5° da Constituição Federal. 
 
4.4. PRISÃO TEMPORÁRIA VERSUS PRISÃO PREVENTIVA 
 
 A prisão temporária, diferentemente da prisão preventiva, que pode durar por prazo 
indeterminado até que venha a ser revogada (desde que observado o princípio da razoável duração do 
processo), tem um prazo pré-estabelecido pelo juiz quando ela vier a ser decretada. 
 
Está prevista na Lei n. 7.960/1989. Diferentemente da prisão em flagrante e da prisão 
preventiva, que são prisões cautelares estudadas no Código de Processo Penal (CPP), a prisão temporária 
tem a sua previsão na Lei n. 7.960/1989. Na prática, são poucos os artigos dessa lei, porém, o tema é 
muito cobrado. 
Vamos ESQUEMATIZAR? 
 
 
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PRISÃO TEMPORÁRIA PRISÃO PREVENTIVA 
Trata-se de prisão cautelar Trata-se de prisão cautelar 
Previsão normativa: Lei n. 7.960/89 Previsão normativa: Arts. 311 – 316 do CPP 
É cabível apenas na fase do inquérito policial 
Cabível na fase do IP (pré-processual), bem 
como, na fase processual 
Possui prazo determinado: até 5 + 5 /Até 30+30 Prazo indeterminado. 
Decretação pelo Juiz, mediante requerimento do 
MP ou representação da Autoridade Policial – 
não cabe decretação de ofício. 
Investigação criminal – decretação pelo juiz a 
requerimento do MP ou representação da 
autoridade policial; 
Fase processual – requerimento do MP, 
requerimento do Querelante, do Assistente de 
Acusação. Após o PAC, não cabe, igualmente, 
decretação de ofício. 
 
5. JÁ CAIU. VAMOS TREINAR? 
1. (Ano: 2023 Banca: FCC Órgão: DPE-SP Prova: Defensor Público). A prisão temporária: 
A. é cabível independentemente da análise da gravidade concreta do delito, pois a lei prevê o rol taxativo 
dos crimes que a admitem. 
B. possui prazo máximo de duração previsto em lei, prorrogável uma vez por igual período, o que 
também se verifica em outras espécies de prisão cautelar. 
C. é cabível quando for imprescindível para a busca de indícios razoáveis de autoria ou participação do 
acusado no(s) crime(s) previsto(s) em lei. 
D. em nenhuma hipótese poderá ser decretada ou persistir, caso tenha sido decretada anteriormente, 
quando já tiver sido concluída a investigação. 
E. pode ser decretada mediante requerimento do Ministério Público, representação da autoridade policial 
ou de ofício pelo juiz. 
 
2. (Ano: 2021 Banca: CESPE Órgão: PC-SE Prova: Escrivão de Polícia). No que tange à 
implantação das audiências de custódia no estado de Sergipe e às modalidades de prisão previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro, julgue o item a seguir. 
A prisão temporária poderá ser decretada somente em determinados crimes, não abrangendo toda e 
qualquer infração penal. 
 
3. (Ano: 2018 Banca: FUNDATEC Órgão: PC-RS Prova: Delegado de Polícia). Acerca da prisão, 
medidas cautelares e liberdade, é correto afirmar que: 
A. É cabível medida cautelar diversa da prisão a crime cuja pena cominada seja de multa. 
B. A prisão temporária será decretada pelo Juiz, de ofício, em face da representação da autoridade 
policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual 
período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
C. Ausentes os requisitos da prisão preventiva, é cabível liberdade provisória para o crime de tráfico de 
drogas. 
D. É constitucional a expressão "e liberdade provisória", constante do caput do artigo 44 da Lei nº 
11.343/2006, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal. 
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E. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de 
liberdade máxima seja inferior a 4 (quatro) anos. 
 
4. (Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Delegado de Polícia). No que concerne à 
prisão em flagrante, à prisão temporária e à prisão preventiva, assinale a alternativa correta, nos estritos 
termos legais e constitucionais. 
A. Nenhuma delas tem prazo máximo estabelecido em lei. 
B. A primeira pode ser realizada pela autoridade policial, violando domicílio e sem ordem judicial, a 
qualquer horário do dia ou da noite. 
C. A segunda somente é cabível em crimes hediondos ou assemelhados, podendo durar 30 (trinta) ou 60 
(sessenta) dias. 
D. A segunda demanda ordem judicial e prévio parecer favorável do Ministério Público. 
E. A terceira pode ser decretada de ofício pelo Juiz durante o inquérito policial. 
 
5. (Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: Delegado de Polícia). Considere que, no curso 
de determinada investigação, a autoridade policial tenha representado ao competente juízo pela prisão 
temporária do indiciado. Nessa situação, 
A. a prisão requerida apenas poderá ser decretada para se inquirir o indiciado, devendo a autoridade 
policial, após o ato, representar pela sua soltura. 
B. mesmo que a autoridade policial não tivesse requerido a prisão temporária, o juiz poderia tê-la 
decretado de ofício. 
C. caso se trate de crime hediondo, o prazo máximo da prisão eventualmente decretada será de noventa 
dias. 
D. a prisão não poderá ser decretada após a fase inquisitória da persecução penal. 
E. decretada a prisão temporária, o inquérito policial deverá ser concluído no prazo máximo de dez dias. 
 
6. (Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Delegado de Polícia). Considerando-se que 
João tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter cometido dolosamente homicídio 
simples, e que Pedro tenha sido indiciado, em inquérito policial, por, supostamente, ter cometido 
homicídio qualificado, é correto afirmar que, no curso dos inquéritos, 
A. se a prisão temporária de algum dos acusados for decretada, ela somente poderá ser executada depois 
de expedido o mandado judicial. 
B. João e Pedro podem ficar presos temporariamente, sendo igual o limite de prazo para a decretação da 
prisão temporária de ambos. 
C. o juiz poderá decidir sobre a prisão temporária de qualquer um dos acusados ou de ambos, 
independentemente de ouvir o MP, sendo suficiente, para tanto, a representação da autoridade policial. 
D. o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de Pedro mas não a de João. 
E. o juiz poderá decretar, de ofício, a prisão temporária de João e de Pedro. 
 
7. (Ano: 2015 Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-DF Prova: Delegado de Polícia).

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