Buscar

16 - Gabarito AP2 2013-2 L.Bras.1.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
 
Disciplina: Literatura Brasileira I 
Coordenador: Prof. Dr. André Dias 
 
AP 2 - 2013/ 2 
 
Gabarito 
 
Atenção: as respostas têm um caráter mais genérico do que definitivo. 
 
 
1 – O ensaísta e crítico literário Roberto Schwarz é dono de uma obra consistente e 
fundamental para quem deseja pensar com profundidade tanto a Literatura, quanto a 
cultura do nosso país. Em seu livro Ao vencedor as batatas (1977) o estudioso desenvolveu 
o conceito das Ideias fora do lugar. No que consiste o referido conceito? (valor: 3,5) 
R. O conceito de “ideias fora do lugar”, que dá nome ao primeiro capítulo de Ao vencedor 
as batatas, nasce da escolha do ensaísta em operar com noções que privilegiavam a busca 
do entendimento pleno dos processos sociais que se forjaram no Brasil, ao longo de sua 
formação histórica, e suas implicações, na construção dos discursos literários de Machado 
de Assis. Dito de outra maneira, temos a seguinte questão: para melhor compreender os 
caminhos artísticos presentes na prosa machadiana e a versão de país apresentada em seu 
discurso literário, é preciso entender como o escritor se relacionava com as ideias 
hegemônicas presentes na sociedade brasileira oitocentista. 
2 – Leia o texto abaixo e responda: 
“Depois da Revolução de 1930, os homens do Modernismo voltaram-se quase todos para 
as preocupações políticas: a consciência da função social da literatura e das 
responsabilidades dos escritores foi assumida de modo pleno por eles. Em Mário [de 
Andrade], essa consciência estava presente desde o começo, mas cresceu e tomou um 
lugar cada vez mais importante a partir dessa época.” (LAFETÁ, João Luiz. “Mário de 
Andrade, o arlequim estudioso”. In:______. A dimensão da noite. São Paulo: Duas Cidades 
/ 34, 2004). 
As preocupações políticas a que João Luiz Lafetá faz referência nada têm a ver com 
atividade partidária, e sim com o fato de os modernistas terem alargado suas reflexões, 
pondo a literatura para pensar questões estéticas e também as questões coletivas. 
Considerando as preocupações políticas e coletivas dos modernistas, aponte que aspecto é 
central na obra crítica de Mário de Andrade. (Valor: 3,5) 
R. Pode-se apontar como aspecto central na obra crítica de Mário de Andrade a 
reinterpretação da história nacional e a valorização de elementos da cultura popular, os 
quais, em sua visão, constituíam uma identidade autenticamente brasileira. 
3 – Na aula 15 estudamos o papel da crítica literária oriunda da universidade. Um dos 
nomes mais importantes nesse campo é o do Professor Silviano Santiago, que em suas 
reflexões expressa uma preocupação acentuada com as questões culturais que interferem 
tanto na Literatura Brasileira, quanto na latino-americana. Leia a seguir o trecho do ensaio 
“Literatura e Cultura de Massa” e explique como a referida preocupação se manifesta no 
trabalho em questão: (Valor: 3,0) 
Para o tópico que nos interessa neste momento, a literatura hoje no Brasil, ambas 
(reação nacionalista e contradição entre atraso e modernidade) continuam a servir 
de pano de fundo alternativo ao modelo desenhado pelos caminhos da 
modernidade tupiniquim e da história recente do Brasil. 
Sintetizemos: retornar a questão da literatura em 1995 só tem sentido se se 
passar antes pelo desvio da cultura de massa, desvio que a crítica brasileira tem 
evitado trilhar, mas pelo qual todos nós, dia-a-dia, passamos de uma maneira ou 
de outra. (SANTIAGO, 2008, p. 110 – 111). 
R. O fragmento expressa a preocupação do crítico em pensar a Literatura Brasileira e suas 
várias injunções de maneira relacional. Em outras palavras, para Silviano Santiago o 
processo de estudo da literatura nacional deve levar em conta os fenômenos culturais 
presentes na sociedade. Nesse sentido, na visão do crítico, os estudos literários 
desenvolvidos na década de 90 passavam pelo incontornável caminho de se levar em 
consideração os elementos da cultura de massa.

Continue navegando