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Contabilidade Governamental - I Prof.ª Ludmila Apoliano Gomes Albuquerque Aula 2 • ASSUNTOS: 1. Introdução ao estudo do Estado. 2. Governo 3. Administração Pública 4. Atos e Fatos administrativos O Estado nasceu de um contrato social, pelo qual o homem renunciou o estado de natureza em que vivia, com parcela de sua liberdade, para obter do Estado o mínimo de segurança e bens indispensáveis à sobrevivência tranquila. Rousseau (1978) O Estado é um conjunto de instituições criadas, recriadas e ajustadas para administrar conflitos e tensões em um determinado território, ou seja, a noção de conflito e tensão é essencial a esse conceito. Matias-Pereira (2010, pag. 129) Formas de Estado Exemplos: • França, Bélgica, Itália e Portugal são exemplos de Estado Unitário. Brasil e Estados Unidos são exemplos de Estado Federado. Elementos do Estado • Estado como uma estrutura política e organizacional é formada por 4 elementos ou partes: – um povo, que se organiza de modo a formar a sociedade – componente humano; – um território, ou seja, uma base física sobre a qual se estende a jurisdição do poder soberano. – um governo, é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto organização emanada do Povo . – Soberania: Poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer, dentro de seu território, a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência. 6 Funções precípuas dos Poderes do Estado. • Legislativo: • elaboração da lei • função normativa • Executivo: • a conversão da lei em ato individual e concreto • função administrativa • Judiciário: • aplicação coativa da lei aos litigantes • função judicial Funções de Estado As múltiplas funções do estado, segundo Lino (1996:20), constituem um crescente desempenho de atividades, tais como: • função normativa, ordenadora ou legislativa: instituir e dinamizar uma ordem jurídica; • função disciplinadora ou jurisdicional: Cumprir e fazer cumprir as normas próprias, resolvendo os conflitos de interesses; • função executiva ou administrativa: Cumprir a ordem, administrar interesses coletivos, gerir bens públicos e atendendo as necessidades gerais. Funções de Estado Segundo GIACOMONI (1996:33-41), classificam as funções econômicas do Estado, tais como: • Função alocativa: alocação de investimentos na infra-estrutura (transporte, energia, comunicação) e a provisão de bens públicos (produzidos pelo governo e financiados pelo orçamento público) • Função distributiva: tirar de uns para melhorar a situação de outros – Ex: tributos para cobrir programas de alimentação, moradia e outros • Função estabilizadora: tem o objetivo de manutenção de elevado nível de desemprego, estabilidade de nos níveis de preços, equilíbrio no balanço de pagamento e razoável taxa de crescimento econômico. sendo o orçamento um instrumento importante da política de estabilização, pois este mostra o impacto das compras, gastos financeiros e ainda os ingressos nos cofres públicos. Conceitos - Governo É conduzir politicamente os negócios públicos. É uma expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente. Atua mediante atos de soberania na condução dos negócios públicos. Meirelles (2002) apud Matias-Pereira (2010, pag 126). Governo • Orienta metas. • Toma decisões sobre alternativas de ação para atender necessidades públicas. • Exercido pelos políticos eleitos que atuam em consonância com as metas. Formas de Governo Fonte: Elaboração própria com base em Balibar (1991). Formas de Governo no Brasil No período colonial até um pouco depois da independência tivemos a forma monárquica de governo. A partir 1889 temos a forma republicana de governar CADASTRO BRASIL NOME REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL FORMA DE GOVERNO REPÚBLICA FORMA DE ESTADO FEDERATIVA REGIME POLÍTICO DEMOCRACIA PARTICIPATIVA SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISTA 14 O estudo da Administração Pública em geral, compreendendo a sua estrutura e as suas atividades, devem partir do conceito de ESTADO, sobre o qual repousa toda a concepção moderna de organização e funcionamento dos serviços públicos a serem prestados ao administrado. 15 Estrutura Administrativa do Estado • Ao conjunto das Entidades Estatais – União, Estados, Municípios e o Distrito Federal – mais as demais pessoas jurídicas instituídas ou autorizadas a se constituírem por Lei – Autarquias, Fundações e Entidades Paraestatais, constituem a “Administração Pública”. Administração Pública • “é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo; em sentido material, • é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral em acepção operacional, • é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade”. Meirelles (2002) apud Matias-Pereira (2010, pag 127). Administração Pública • Executa ações. • É o corpo técnico e legal responsável pelo cumprimento dos atos soberanos. • Instrumental de que dispõe o Estado para por em prática as opções políticas do governo. Governo X Administração Pública Responsável por orientar metas Exercida pelos políticos Atividade política e discricionária Conduta independente Comanda sem responsabilidade profissional Execução das metas Exercida por corpo técnico e legal responsável Atividade neutra, vinculada à lei ou técnica Conduta Hierarquizada Executa com responsabilidade técnica e legal • Administração pública patrimonialista – o Estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, possuem status de nobreza real. • sociedades pré-democráticas ou pré-capitalistas; • O patrimônio do Estado pertencia ao soberano ou à sua dinastia. Modelos Teóricos de Administração Pública: Patrimonialista, Burocrática e Gerencial Patrimonialismo Servidores, possuem status de nobreza real; Os cargos são considerados prebendas (troca de serviços a particulares). Extensão do poder do soberano; Aparelho do Estado: Confusão entre o interesse público e o privado. Ex. Nepotismo, Clientelismo Surge na 2ª metade do século XIX como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Fundador e principal autor é Max Weber, para auxiliar na administração das grandes organizações, empresas, profissionalizando-as e separando a propriedade familiar da administração, e para proteger o Estado do patrimonialismo descrito acima e dotá-lo de maior capacidade gerencial para conduzir melhor os seus novos negócios e atividades. Burocrática Burocracia Profissionalização; Combate a corrupção e o nepotismo; Hierarquia funcional; Impessoalidade; Formalismo Poder racional-legal. Idéia de carreira; Surge na segunda metade do século XX como resposta às expansão das funções econômicas e sociais do Estado e, ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial. A eficiência da administração pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. AdministraçãoPública Gerencial Gerencial Orienta-se para resultados Melhora continuamente os processos Define indicadores de desempenho É multifuncional Flexibiliza as relações de trabalho Foca o cidadão 25 Estrutura Administrativa do Estado Administração Pública • Em sentido instrumental amplo se divide em Centralizada e Descentralizada. • Atualmente denominadas: – Administração Pública Direta (centralizada) – Administração Pública Indireta (descentralizada) 26 Administração Pública • Administração Direta: É a administração mediante a ação dos próprios órgãos do Estado aos quais se confiam tarefas administrativas (funções de governo) • Administração Indireta: É a transferência de atividades administrativas a pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado. 27 Administração Direta A nossa Federação é formada unicamente pelas seguintes entidades estatais: União – Estados – Municípios e o Distrito Federal 28 Administração Indireta • As demais pessoas jurídicas instituídas ou autorizadas a se constituírem por Lei são: • Autarquias • Fundações • Entidades Paraestatais – Empresas Públicas – Sociedade Economia Mista 29 Administração Indireta Direta Poder Legislativo Poder Executivo Poder Judiciário •Senado Federal •Câmara dos Deputados •Tribunal de Contas •Presidência da República •Ministérios •Secretarias •STF •STJ •TRF •STM •TSE •TST •MP •Autarquias •Sociedade de Economia Mista. •Empresa Pública •Fundações Estrutura da Administração Pública ADMINISTRAÇÃO INDIRETA AUTARQUIAS São entidades prestadoras de serviço autônomo, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, criadas por lei para executar atividades típicas da administração pública, que requeriam, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. FUNDAÇÕES PÚBLICAS São entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa, com autonomia administrativa, patrimônio próprio e funcionamento custeado por recursos públicos. EMPRESA ESTATAL DEPENDENTE Entende-se por empresa estatal dependente, conforme disposto no art. 2º, inciso III da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária Empresas Públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital público, criadas por lei para a exploração de atividade econômica ou não, que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito (Decreto- lei nº 900/69). Sociedades de Economia Mista - São entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, criadas por lei para a exploração de atividades econômicas, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, direta ou indiretamente, ao poder público ou à entidade da administração indireta (Decreto-lei nº 900/69). CARACTERISTICAS DAS ENTIDADES QUE COMPÕEM A ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Espécies de autarquias: Autarquias administrativas ou de serviços: comuns, ex.: INSS, Ibama Autarquias especiais: tem mais autonomia – independência administrativa, ex.: SADAM, SUDENE, ANATEL, ANCINE Autarquias corporativas: chamadas de corporações profissionais, ex.: CREA, CRM Autarquias fundacionais: afetação de determinado patrimônio público, ex.: PROCON, FUNASA, FUNAI Autarquias territoriais: departamentos geográficos - territórios federais – art. 33 da CF. EXEMPLOS DE FUNDAÇÕES PÚBLICAS A Nível da União: FUNAI – Fundação Nacional do índio (Assistência Social) Fundação Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA (Ensino) A Nível do Estado: Fundação Padre Anchieta (Educação) Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo ( Pesquisa) EXEMPLOS DE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA A Nível da União: Petrobrás – Petróleo Brasileiro S.A Banco do Brasil S.A A Nível do Estado: Eletropaulo – Eletricidade de São Paulo S.A Banespa – Banco do Estado de São Paulo A Nível do Município: Prodam – SP Cia de Processamento de Dados do Município de São Paulo. Espécies de autarquias: Autarquias administrativas ou de serviços: comuns, ex.: INSS, Ibama Autarquias especiais: tem mais autonomia – independência administrativa, ex.: SADAM, SUDENE, ANATEL, ANCINE Autarquias corporativas: chamadas de corporações profissionais, ex.: CREA, CRM Autarquias fundacionais: afetação de determinado patrimônio público, ex.: PROCON, FUNASA, FUNAI Autarquias territoriais: departamentos geográficos - territórios federais – art. 33 da CF. 36 Sec. Seg. Pública Sec. Saúde ADMINISTRAÇÃO DIRETA Legislativo – Executivo - Judiciário Sec. Ciência e Tecnologia Sec. Infraestrutura Sec. Educação ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Autarquia INSS Fundação UVA Empresa Pública Correios Soc. Econ. Mista CEF Organização do Estado e da Administração Pública Conceito de PPP, de acordo com o MCASP (parte III, página 22): As parcerias público privadas (PPP) são uma forma de contratação por meio da qual o Governo transfere a uma empresa privada a atribuição de realizar um projeto de interesse público. Esses projetos se referem à concessão de serviços em geral ou de obras públicas, em que o parceiro privado fica responsável pelos investimentos e pela gestão do negócio, podendo ser remunerado por cobrança de tarifa dos usuários e por contraprestação pública Concessão de serviços em geral Obras públicas PPP: Entende-se como parceria público-privada: um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo (de 5 a 35 anos) firmado pela Administração Pública, cujo valor não seja inferior a vinte milhões de reais, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão-de-obra, equipamentos ou execução de obra pública. Exemplo: Linha 4 do metrô de São Paulo - Exploração da operação dos serviços de transporte de passageiros da Linha 4 - Amarela, precedida de investimentos em material rodante (29 trens), sistemas de sinalização, sistemas de controle e supervisão e de comunicação de voz e dados Investimento estimado: R$ 941 milhões Prazo do contrato: 32 anos Objeto: serviço de transporte e investimento Consórcios Públicos Associações formadas por pessoas jurídicas políticas, com personalidade de direito público ou privado, criadas mediante autorização legislativa, para gestão associada de serviços públicos. • “CF, Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. Consórcios Públicos O consórcio público poderá: firmar convênios, contratos, acordos dequalquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo; ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções, que dentre outras, conterá as cláusulas: a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio; a identificação dos entes da Federação consorciados; a previsão de que o consórcio público é associação pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos; Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio. São características e valores organizacionais praticados por empresas de sucesso, através dos seus líderes e profissionais, em todos os níveis, e que servem de referencial para o desenvolvimento dos Critérios de Excelência Fundamentos da Excelência Alicerce do Modelo de Gestão Fundamentos 1- Pensamento sistêmico Pressupõe que as pessoas da organização entendem o seu papel no todo e as inter-relações entre os elementos que compõem a organização. 2- Aprendizado organizacional O aprendizado deve ser internalizado na cultura organizacional tornando-se parte do trabalho diário. 3- Cultura da inovação Promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas idéias. 4- Liderança e constância de propósitos É o elemento promotor da gestão, no estímulo às pessoas em todos os níveis, na busca do melhor desempenho e resultados 5- Orientação por processos e informações Compreensão do conjunto de atividades e processos da organização. 6- Visão de Futuro A intenção de continuidade. 7- Geração de Valor Enfatiza o acompanhamento dos resultados em relação às suas finalidades e metas. 8- Comprometimento com as Pessoas O sucesso de uma organização depende cada vez mais do conhecimento, habilidades, criatividade e motivação de sua força de trabalho. 9- Foco no cidadão e na sociedade Alinhamento das ações e resultados às necessidades e expectativas dos cidadãos e da sociedade. 10- Desenvolvimento de Parcerias Atividades em conjunto com outras organizações. 11- Responsabilidade Social Atuação voltada para assegurar às pessoas a condição de cidadania com garantia de acesso aos bens e serviços essenciais. 12- Controle Social A transparência e a participação social. 13- Gestão Participativa Gestão que determina uma atitude gerencial da alta administração e busca o máximo de cooperação das pessoas. Fundamentos GESTÃO PÚBLICA - GESPÚBLICA • O termo Gestão Pública, aplicado no âmbito da Administração Pública Federal - APF, é conceituado como um processo administrativo tipificado em seis etapas: – planejamento, – programação, – orçamentação, – execução, – controle e – avaliação das políticas públicas. • Todo e qualquer processo que vise a consecução de políticas públicas, direta ou indiretamente, por uma entidade publica ou privada, constitui-se em Gestão Pública PRINCÍPIO DA GES-PUBLICA - MEGP • Focalização da ação do Estado no cidadão • Reorientação dos mecanismos de controle por resultados • Flexibilidade administrativa • Controle social • Valorização do servidor 6 Pessoas 8 Resultados Modelo de Excelência em Gestão Pública - MEGP Fonte: Ministério do Planejamento CICLO DA GESTÃO PÚBLICA • O ciclo da Gestão Pública é caracterizado pela existência de seis etapas de operacionalização: de planejamento, programação, orçamentação, execução, controle e avaliação das políticas públicas, • devendo ser efetivado pelos próprios gestores (sejam de recursos públicos ou de recursos privados), em um nível institucional mais restrito, ou seja, sob o ponto de vista da entidade. • A entidade deve atuar,entretanto, sempre de acordo com as diretrizes traçadas pelos órgãos centrais dos Macros Sistemas de Planejamento, de Orçamento Federal, de Administração Financeira, de Contabilidade Federal e de Controle Interno. CICLO DA GESTÃO PÚBLICA CONTABILIDADE (STN) CONTROLE AVALIATIVO (CGU) “AUDITORIA PÚBLICA” GESTOR FINANÇAS (STN) PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (SPI e SOF) SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO 1 - Avaliar 2 - Comprovar a Legalidade e Avaliar os Resultados 4 - Controlar 5 - Apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional O cumprimento das Metas Previstas no PPA A execução Eficácia Eficiência Da aplic. de rec. públicos por ent. de direito privado. Operações de Crédito Avais e Garantias Direitos e Haveres do Estado Da Gestão Financeira Patrimonial Rec. Humanos Orçamentária ART. 74 DA C0NSTITUIÇÃO FEDERAL Dos Orçamentos (LOA) Dos Programas de Governo (LDO) Órgãos e Entidades da Adm. Direta Adm. Indireta 3 - Bem Como MUDANÇAS DE FOCO NO GERENCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO Reduzir custos operacionais e melhorar a qualidade dos serviços prestados. O Governo Federal iniciou na segunda metade da década de 90 um modelo de gestão da Administração Pública, a fim de reduzir os custos provocados pelas ineficiências da máquina e melhorar a qualidade dos serviços prestados. Maior foco nos resultados de desempenho institucional e no relacionamento com o cliente/cidadão. O gerenciamento dos serviços públicos, muito mais voltado para os resultados e focado no cliente/cidadão. Melhor integração entre os sistemas organizacionais e governamentais. integração de todos os seus sistemas organizacionais, em torno da definição do desempenho da organização como um todo, de seus processos gerenciais e de seus próprios gestores, individualmente; assim de suas interfaces com os sistemas governamentais, para melhor avaliação das políticas públicas afins. MUDANÇAS DE FOCO NO GERENCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO Quais são as principais causas da falta de eficiência, eficácia e efetividade na gestão do serviços públicos? Ausência de foco no cliente do setor público – o cidadão; Inexistência de objetivos claros, bem definidos e disseminados; Processos e atividades não documentados, sem padronização ou controle de mudanças; Funcionários e gestores não conhecem bem suas atribuições e sua própria missão na instituição; Colaboradores não conhecem o verdadeiro papel da organização; Os planos não são discutidos, nem divulgados; Funcionários não participam dos processos de análise e solução dos problemas de gestão; Ausência da forma de medir e avaliar constantemente processos e resultados, para poder melhorá-los continuamente e tomar decisões mais adequadas; OS PROBLEMAS DA GESTÃO PÚBLICA OS PROBLEMAS DA GESTÃO PÚBLICA Decisões e ações não são constantemente avaliadas e, por isso, não realimentam correções e melhorias contínuas; Informações não circulam de maneira rápida e precisa entre os setores e equipes; Ausência de uma preocupação constante com inovações e mudanças; Gestores que assumem o papel de chefe ao invés de líder. Não convencem seus colaboradores de que todos somos responsáveis pela qualidade do serviço entregue aos clientes/cidadãos. Custos no Setor Público • O Decreto-Lei nº 200/1967 Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão.”• Lei 10.180/2001 Art. 15. O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal; • Portaria nº 157/2011 Dispõe sobre a criação do Sistema de Custos do Governo Federal. Art. 3º. - Integram o Sistema de Custos do Governo Federal: I - a Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, como órgão central; e II - os órgãos setoriais. • Portaria nº 716/2011 Dispõe sobre as competências do Órgão Central e dos Órgãos Setoriais do Sistema de Custos do Governo Federal. Exercício Prova: FUNIVERSA - 2010 - MPE-GO - Técnico em Gestão Como um panorama evolutivo das escolas da administração pública brasileira, pode-se esboçar a conclusão de que a) o gerencialismo, sucedendo imediatamente à escola patrimonialista, aperfeiçoou esta, uma vez que, não abandonando os seus conceitos essenciais, preocupou-se com a eficiência da máquina estatal. b) o gerencialismo está definitivamente consolidado na prática da administração pública brasileira, garantido até mesmo com assento constitucional. c) a burocracia, assegurando a isonomia, é um receptáculo de uma sociedade democrática e participativa na administração pública. d) a implementação da escola gerencial no Brasil só se fez possível com a criação de órgãos institucionais ligados diretamente à Presidência da República, a fim de combater interesses contrários à reforma. e) as mudanças institucionais na administração pública, no fim do século XX, rumo a um viés gerencialista, estenderam-se pela América Latina, contando com fórum institucionalizado para suas discussões. Exercício Prova: FUNIVERSA - 2010 - MPE-GO - Técnico em Gestão Como um panorama evolutivo das escolas da administração pública brasileira, pode-se esboçar a conclusão de que a) o gerencialismo, sucedendo imediatamente à escola patrimonialista, aperfeiçoou esta, uma vez que, não abandonando os seus conceitos essenciais, preocupou-se com a eficiência da máquina estatal. b) o gerencialismo está definitivamente consolidado na prática da administração pública brasileira, garantido até mesmo com assento constitucional. c) a burocracia, assegurando a isonomia, é um receptáculo de uma sociedade democrática e participativa na administração pública. d) a implementação da escola gerencial no Brasil só se fez possível com a criação de órgãos institucionais ligados diretamente à Presidência da República, a fim de combater interesses contrários à reforma. e) as mudanças institucionais na administração pública, no fim do século XX, rumo a um viés gerencialista, estenderam-se pela América Latina, contando com fórum institucionalizado para suas discussões. Exercício Prova: FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Administrativa . Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum. Exercício Prova: FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Administrativa . Ao relacionar os diversos modelos teóricos de Administração Pública é correto afirmar: a) Os modelos, em seu desenvolvimento, culminam no gerencial, sem que suas formas antecessoras deixem de existir inteiramente. b) O modelo gerencial pressupõe o foco central no controle, formalização de processos e no empenho periférico em resultados. c) O modelo burocrático supera o patrimonial em uma época em que o enfoque neoliberal pressupõe o fortalecimento do Estado perante a coisa privada. d) As maiores diferenças entre o modelo gerencial e o burocrático na administração pública estão relacionadas ao profissionalismo e à impessoalidade. e) O modelo patrimonialista ressalta o poder da administração pública na gestão de seus órgãos, tendo por finalidade o bem comum. Exercício Prova: FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF - Analista - Planejamento e Orçamento Acerca da evolução da administração pública no Brasil, assinale a alternativa incorreta a) No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30 do século passado. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira, em que o Estado assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor produtivo de bens e serviços. b) Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1936. Nos primórdios, a Administração Pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos. c) O regime militar fez um retrocesso nos avanços rumo à melhoria da descentralização na gestão com a publicação do Decreto-Lei n.º 200/67, que era francamente centralizador e reforçava os controles burocráticos. d) O Governo JK avançou na tentativa de reformas administrativas, com a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de Simplificação Burocrática, que visava à elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços. e) No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização (PrND), cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. . Exercício Prova: FUNIVERSA - 2009 - SEPLAG-DF - Analista - Planejamento e Orçamento Acerca da evolução da administração pública no Brasil, assinale a alternativa incorreta a) No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos anos 30 do século passado. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira, em que o Estado assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor produtivo de bens e serviços. b) Com o objetivo de realizar a modernização administrativa, foi criado o Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), em 1936. Nos primórdios, a Administração Pública sofre a influência da teoria da administração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de procedimentos. c) O regime militar fez um retrocesso nos avanços rumo à melhoria da descentralização na gestão com a publicação do Decreto-Lei n.º 200/67,que era francamente centralizador e reforçava os controles burocráticos. d) O Governo JK avançou na tentativa de reformas administrativas, com a criação de comissões especiais, como a Comissão de Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e a Comissão de Simplificação Burocrática, que visava à elaboração de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços. e) No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de Desburocratização (PrND), cujos objetivos eram a revitalização e agilização das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. .
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