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9 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 9 10 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 10 Sumário • Evolução da Administração Pública e as experiências de reforma do Estado: administração patrimonial, burocrática e gerencial. • Gestão por Resultados na produção dos serviços públicos e gestão pública empreendedora. • Convergências e diferenças entre a gestão pública e a gestão privada. • Governança, governabilidade e accountability. • Intermediação de Interesses (clientelismo, corporativismo e neocorporativismo, rent seeking). • Governo Eletrônico e Transparência. • Novas tecnologias gerenciais e organizacionais e sua aplicação na Administração Pública. • Gestão de Redes Organizacionais. Mudanças institucionais: conselhos, organizações sociais, organização da so- ciedade civil de interesse público (OSCIP); agência reguladora; agência executiva. Indicação bibliográfica Evolução da Administração Pública e as experiências de reforma do Estado: administração patrimonial, burocrática e gerencial. 1. Administração Pública Patrimonial: características Modelo característico das monarquias europeias até o século XIX, período pré-capitalista; Não separação da Res pública X Res principis: interpermeabilidade dos patrimônios público e privado; O aparelho do Estado funciona como uma extensão do poder do soberano; Paternalismo e Patriarcalismo; Poder hereditário e Tradicional; Os cargos são considerados Prebendas e Sinecuras. República Velha Proclamação da República; demarcação de Poderes, mudança do centro do poder para SP; Política de governadores café com leite; clientelismo, oligarquia, economia agrário-exportadora. Não houve alteração das estruturas socioeconômicas: administração patrimonial. 2. Administração Pública Burocrática: Max Weber (+-1930 a 1990) Surgiu na metade do séc. XIX, estado liberal, com o desenvolvimento do capitalismo e da democracia; Pode ser entendido como dominação, poder, controle e alienação; poder racional-legal; Objetivava combater a corrupção e o nepotismo do estado patrimonial; 11 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 11 É baseada no controle rígido dos processos e procedimentos, a priori; Organiza de forma estável, duradoura e especializada a cooperação de indivíduos. Foco interno. Parte da desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas; Qualidade fundamental: efetividade no controle dos abusos. Weber Distingue Tipos de Autoridades Legítimas • Tradicional: patrimonial, patriarcal, hereditário e delegável. • Carismática: personalista, mística. • Legal, racional ou burocrática: impessoal, formal, meritocrática. Características da Burocracia • Caráter legal das normas • Caráter formal das comunicações • Divisão do trabalho e racionalidade • Impessoalidade do relacionamento • Hierarquização da autoridade • Rotinas e procedimentos padronizados; • Competência técnica e mérito; • Especialização da administração – separação do público e privado; • Profissionalização: especialista, assalariado; segue carreira • Consequência desejável: previsibilidade do comportamento humano e padronização do desempenho. Disfunções da Burocracia- Merton • Internalização das normas; • Excesso de formalismo e papelório; • Resistência a mudanças; • Despersonalização do relacionamento; • Categorização do relacionamento; • Superconformidade às rotinas e procedimentos; • Exibição de sinais de autoridade; • Dificuldades com clientes. • Consequências indesejável: imprevisibilidade do comportamento humano, ineficiência, lentidão e rigidez. Incapacidade de resposta e adaptação, perda da visão do todo, manutenção do status quo (não proativi- dade). 2.1. Estado do Bem-Estar Social e Intervencionista: Era Vargas Crise da bolsa de NY em 1929 e recessão no mundo: era capitalista; O Brasil inicia um processo industrial, desenvolvimentista e de inclusão social; Criação da Comissão Permanente de Padronização e da Comissão Permanente de Compras; 1º Governo de Getúlio marcado por 3 fases (30 a 34 – governo provisório; 34 a 37 – governo constitucional; 37 a 45 – estado novo) Estado Novo e Autoritário (37 a 45): grandes avanços sociais, econômicos e administrativos; Criação do Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP: marco da implantação da administração racional-legal/burocrática; tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos – instituto do concurso público e do treinamento; Criação da indústria de base – função intervencionista. O patrimonialismo mantinha força e o coronelismo dava lugar ao clientelismo e ao fisiologismo; Movimento cultural-populista: concurso para alto escalão e indicação clientelista para o baixo. 12 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 12 Com a saída de Getúlio, assume Gaspar Dutra e ocorre a volta de práticas clientelistas e patrimonialistas. Esvaziamento do DASP; Em 1951 a 1954, Getúlio é eleito, promulga o segundo estatuto dos servidores públicos (lei 1711/51), toma medidas polêmicas. 2.2. Estado do Bem-estar Social: Era JK Criou COSB - Comissão de Simplificação Burocrática – promover estudos visando à descentralização dos ser- viços, por meio da avaliação das atribuições de cada órgão ou instituição e da delegação de competências, com a fixação de sua esfera de responsabilidade e da prestação de contas das autoridades. Criou a CEPA – Comissão de Estudos e Projetos Administrativos – assessorar a presidência da República em tudo que se referisse aos projetos de reforma administrativa. Grupos executivos ad hoc – criou estruturas flexíveis, paralelas de governo - híbrido administrativo de estatutá- rios e não estatutários (burocracia gerencial); Plano de Metas – crescer 50 anos em 5, ampla expansão industrial, desenvolvimentista. 2.3. Estado do Bem-estar: Governo Goulart (governo parlamentarista) Comissão Amaral Peixoto (CAP): objetivo era promover “uma ampla descentralização administrativa até o nível do guichê, além de ampla delegação de competência”. - reorganização das estruturas e atividades; - expansão e fortalecimento do sistema de mérito; - normas de aquisição e fornecimento de materiais; - organização administrativa do Distrito Federal. 2.4. A Reforma Desenvolvimentista Militar Comestra - Comissão Especial de Estudos da Reforma Administrativa - com o objetivo de proceder ao “exame dos projetos elaborados e o preparo de outros considerados essenciais à obtenção de rendimento e produtividade da administração federal”. DL 200/67: primeiro momento da administração gerencial na tentativa de superação da rigidez burocrática – sistemático e ambicioso empreendimento para a reforma Definia os princípios do planejamento, da coordenação, da descentralização, da delegação de competência e do controle; Distinção entre a administração direta e a indireta – descentralização funcional. Expansão das empresas estatais (SEM e EP), de órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias); Definia as bases do controle externo e interno. Indicava diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos e apontava a necessidade de fortale- cimento e expansão do sistema do mérito; Estatuía normas de aquisição e contratação de bens e serviços; Tratava da organização administrativa do DF e dos Ministérios. Fixava a estrutura do Poder Executivo federal, indicando os órgãos de assistência imediata do presidente da República e distribuindo os ministérios entre os setores político, econômico,social, militar e de planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns aos diversos ministérios; Desenhava os sistemas de atividades auxiliares - pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria e serviços gerais; “Apesar de representar a primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública pela intenção de mexer na rigidez burocrática, o Decreto-Lei 200/67 deixou sequelas negativas”. Dicotomia: Estado Tecnocrático (AI) X Burocrático (AD). 13 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 13 Distanciamento entre a AD e AI, criando um fosso. Não garantiu a profissionalização do serviço público: não institucionalizou uma administração do tipo weberi- ano; utilização da administração indireta como fonte de recrutamento, prescindindo-se, em geral, do concurso pú- blico; A Reforma da Desburocratização: caminho rumo à administração gerencial Em 1979 foi criado o Programa Nacional de Desburocratização (PrND): combate a burocratização dos proce- dimentos, revitalização e agilização das organizações do Estado, descentralização de autoridade, melhoria e sim- plificação dos processos administrativos e promoção da eficiência. Hélio Beltrão tentou resgatar o conceito de cidadão. Reforma inédita, social e política. Programa de Desestatização: para conter os excessos da administração descentralizada. Crise do Modelo Nacional Desenvolvimentista “As tentativas de reforma até 1985 careceram de planejamento governamental e de meios mais eficazes de imple- mentação. Havia uma relativa distância entre planejamento, modernização e recursos humanos, além da falta de integração entre os órgãos responsáveis pela coordenação das reformas. Os resultados dessa experiência foram relativamente nefastos e se traduziram na multiplicação de entidades, na marginalização do funcionalismo, na descontinuidade administrativa e no enfraquecimento do DASP”. Outros fatores desencadeadores da crise: Crise do petróleo de 73 e 79; Crise fiscal (crise da dívida externa e interrupção do ciclo de crescimento econômico); Esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado e do modelo de substituição de importação; Globalização; Tendência ao Modelo Neoliberal, diminuição do tamanho do Estado; Reestruturação produtiva; Crise de Estado e Crise de governabilidade (década de 70/80). 2.5. A Nova República – Governo Sarney: redemocratização Instituiu uma numerosa comissão, com objetivos extremamente ambiciosos, mas nada fez; Extinguiu o BNH e pouco avançou na implementação do SUS; Não conseguiu instituir um sistema de carreiras de RH; Mudanças apenas de cunho incremental; CF 88: democratização da esfera pública (Estado Democrático de Direito) X volta aos ideais burocráticos dos anos 30; fortalecimento do sistema de mérito e universal e perda de autonomia e agilidade da administração indireta. O Retrocesso da CF de 1988: centralização administrativa e descentralização política “As ações rumo a uma administração pública gerencial são, entretanto, paralisadas na transição democrática de 1985 que, embora representasse uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais surpreenden- tes o loteamento dos cargos públicos da administração indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos dos partidos vitoriosos. “Um novo populismo patrimonialista surgia no país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida em que favorecera seu crescimento excessivo. A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente engessamento do aparelho estatal... que “geraram-se dois resultados: de um lado, o abandono do caminho rumo a uma administração pública gerencial e a reafirmação dos ideais da administração pública burocrática clássica; de outro lado, dada a ingerência patrimonialista no processo, a ins- tituição de uma série de privilégios, que não se coadunam com a própria administração pública burocrática”. Bresser Pereira, PDRAE, 1995. 14 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 14 2.6. Pacto social-liberal Governo Collor: criação da Secretaria Administração Federal (SAF) e do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade; Governo Itamar: Secretaria Federal de Controle, Lei 8.666, Plano Real; 2.7. Crise de Governança e Crise do Modelo Burocrático Controle transforma-se na razão de ser do funcionário; Estado volta-se para si mesmo, deixando de servir à sociedade; Gerou ineficiência, lentidão e incapacidade de voltar-se para servir aos cidadãos vistos como clientes – modelo autorreferido; Um dos motivos do engessamento do modelo de gestão burocrática é que, no início, os serviços do Estado eram reduzidos, limitando-se a manter a ordem, administrar a justiça, garantir os contratos e a propriedade; no entanto, no Estado social e econômico, com o crescimento do tamanho do Estado, a hierarquia, a centralização e a rigidez dos procedimentos acabaram levando a ineficiência do modelo. A Administração pública ficou associada a um papel preponderante do estado como executor direto no desenvol- vimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. Isso, após a implantação do Plano Real, o excesso de quadros e outros fatores fizeram gerar uma crise de gover- nança e a necessidade de reforma do aparelho do estado. 3. Administração Gerencial/Pós-burocrática/ Modelo Gerencial A Nova Gestão Pública (NPM) foi implantada na segunda metade do Século XX. Nasceu nos EUA, mas foi na Grã-Bretanha que obteve maior sucesso. Governo FHC: Criou o Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE, depois MPOG) e iniciou a implantação da administração pública gerencial (PDRAE): foco no controle de resultados, descentralização, fle- xibilidade, participação, controle social e transparência, competição administrada, foco no cidadão. Modelo administrativo e complexo: não pode ser confundido com a absorção de práticas neoliberais. Inspiração nos modelos de gestão empresarial contemporâneo (gestão privada), mas não pode ser confun- dido com estes últimos, não são similares, pois a gestão pública possui especificidades que não estão presentes na gestão das empresas privadas, o que impede de implantar o modelo nos moldes da iniciativa privada. Tem que se adequar a realidade pública. Convergências e Divergências: gestão pública X gestão privada Administração Pública Administração Privada Supremacia do interesse público, continuidade da prestação do serviço. Autonomia da vontade privada. Controle Social, transparência, participação. Preservação os interesses corporativos (dirigen- tes e acionistas). Tratar a todos igualmente e com qualidade. Tratamento diferenciado para clientes. Gera valor para a sociedade Visa ao lucro financeiro. Contribuições compulsórias. Recursos de particulares. 15 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 15 Só pode fazer o que a lei permite. Pode fazer tudo que não estiver proibido por lei. Poder de regular e gerar, unilateralmente, obriga- ções e deveres para a sociedade. A necessidade de implantação do modelo gerencial no Brasil, segundo o PDRAE, deve-se ao fato de ainda persis- tirem práticas patrimoniais e excessos do modelo burocrático, que se apresentavam superados e não aten- diam mais a realidade. É importante frisar que isso não significa que esses modelos deixaram de existir.Ao contrário, alguns estudiosos afirmam que os três modelos ainda coexistem. Também, não se trata de descartar a administração racional-legal, mas de manter as suas características que ainda são válidas para garantir efetividade à administração, pois nenhum país da América Latina completou a cons- trução do modelo burocrático-weberiano nos moldes das nações desenvolvidas. Assim, o modelo gerencial se apoia e conserva alguns princípios fundamentais da burocracia, embora flexi- bilizando-os, como a rigorosa profissionalização da administração pública, que continua princípio fundamental. Além disso, têm-se os seguintes princípios burocráticos apoiadores e orientadores do gerencialismo: Admissão segundo rígidos critérios de mérito; Existência de um sistema estruturado e universal de remuneração: carreiras; Avaliação constante de desempenho; Treinamento sistemático. 3.1. A Reforma Gerencial Britânica Passou por três momentos e ainda é um modelo em evolução. 3.2. O Movimento “Reinventando o Governo” Movimento americano de reforma do estado, ligado ao governo empreendedor. 16 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 16 O sistema institucional deve reinventar-se e: 1 — Governo catalisador, navegando em vez de remar: catalisando a ação do setor público, privado e voluntário com o intuito de redirecionar a atividade governamental. 2 — Governo que pertence à comunidade: dando poder aos cidadãos, em vez de servi-lo, transferindo o controle das atividades à comunidade, para torná-las mais flexíveis, já que estão mais próximos dos problemas. 3 — Governo competitivo: promovendo competição entre os prestadores de serviço, de forma a melhorar a efici- ência e a qualidade no atendimento, uma vez que garante controle dos serviços pela população, além de encorajar a inovação e o engajamento dos servidores públicos, servindo para acabar com o monopólio. 4 — Governo orientado por missões, transformando órgãos burocratizados: e não por regras e regulamentos, utilizando-se de princípios do planejamento estratégico, que tornam a organização mais eficiente, a exemplo da iniciativa privada. 5 — Governo de resultados, financiando resultados, não recursos: medir a atuação das agências governamen- tais, substituindo o foco no controle de inputs para o controle de outputs e impactos, adotando uma administração por objetivos. 6 — Governo atendendo às necessidades dos clientes e não da burocracia: redefinir os usuários como clientes, em complemento ao conceito de cidadão, recomendando-se o uso da administração da qualidade e a criação de sistemas de prestação de serviços mais simples e transparentes (deixar de ser autorreferido). 7 — Governo empreendedor: priorizar o investimento na produção de recursos, e não em seu gasto, gerando receitas e não despesas, aumentando seus ganhos por meio de aplicações financeiras e ampliação da prestação de serviços. 8 — Governo preventivo: atuar na prevenção dos problemas mais do que no tratamento e na cura, agindo de forma mais estratégica e abandonando os comportamentos reativos. 9 — Governo descentralizado: saindo da hierarquia à participação e trabalho de equipe, à inovação e resolução de problemas, aumentando a motivação e a autoestima dos funcionários. 10 — Governo orientado para o mercado: preferindo os mecanismos de mercado (lógica competitiva) às soluções burocráticas, riscos calculados, criando agências regulatórias, atuando intermediário para diminuir custos transaci- onais; os programas governamentais apresentam vários defeitos que não acontecem se forem realizados pelo mer- cado. 3.3. A reforma Bresser – PDRAE Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado - PDRAE apregoava: (1) o ajustamento fiscal duradouro; (2) reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnológica, garantam a concorrência interna e criem condições para o enfretamento da competição internacional; (3) reforma da previdência social; (4) a inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor quali- dade para os serviços sociais; (5) a reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua ‘governança’, ou seja, sua capacidade de imple- mentar de forma eficiente políticas públicas (Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, p. 16). Dimensões dos problemas – PDRAE (1) Institucional-legal: criação de novos formatos organizacionais que permitissem descentralização das ativida- des e flexibilidade para atuar na organização da AP. (2) Cultural: inserção de novos valores gerenciais e modernos. (3) Gestão: associada à implantação de práticas e ferramentas gerenciais, voltadas para resultados. Divisão do Estado em 4 setores, estabelecendo formas de propriedade e tipos de administração • Núcleo Estratégico; 17 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 17 • Núcleo das Atividades Exclusivas de Estado; • Núcleo das Atividades Não-Exclusivas de Estado; • Núcleo da Produção de Bens e Serviços para o Mercado. Observações importantes: O Estado vem abandonando o papel de executor ou prestador direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador, provedor ou promotor; Como promotor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los, a controlá-los e regulamentá-los, o que não necessariamente significa uma diminuição de seu tamanho, mas uma alteração de atuação. 3.4. Governo Lula Lançou o Plano de “Gestão Pública para um país de todos” que foi incorporado ao PPA 2004-2007 e contemplava: maior atuação do estado para cobrir o déficit institucional; aumento da governança, da eficiência, transparência e foco no cidadão. Participação ativa dos servidores públicos com recomposição dos quadros, carreira e condições gerenciais da burocracia. Uso de instrumentos, ferramentas e metodologias para solução dos problemas e resgate da ética e simplificação administrativa. 4. Gestão por Resultados na produção dos serviços públicos e gestão pública empreendedora A base para construção de uma gestão para resultados é o estabelecimento de objetivos e a criação de indicadores de desempenho que possam medir os resultados e o alcance dos objetivos. Características: Avaliação de desempenho individual e de resultados organizacionais, atrelados a indicadores de qualidade e produtividade; Descentralização administrativa (delegação de autoridade); Delegação de autoridade; Confiança limitada; Flexibilização das regras que regem a burocracia pública; Profissionalização do servidor público, através de políticas de motivação, de desenvolvimento pessoal e revalo- rização a questão da ética no serviço público; Parcerias com o setor privado e com o setor voluntário (ONGs); Descentralização política: transferindo recursos e atribuições para as demais esferas, com poder de decisão próximo ao cidadão; Autonomia aos administradores e às agências governamentais, horizontalizando a estrutura; Melhoria da qualidade e aumento da accountability; Estabelecimento do conceito de planejamento estratégico; Competição administrada; Princípio da subsidiariedade, como base do conceito de descentralização. Ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-cliente; Controle social com mecanismo de prestação de contas e avaliação de desempenho; Desenvolvimento das habilidades gerenciais dos funcionários; Vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente de se seus serviços; Na administração pública gerencial os resultados são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros (isso é característico da APB), mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas (interesse público – diferenças do significado; Ênfase no controle “a posteriori”, de resultados, com definição precisa dos objetivos. 5. Governabilidade, Governança e Accountability 18 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 18 Governabilidade Refere-se à capacidade política de governar, a forma de governo, a relação com os demais poderes e os partidos políticos; São condições substantivas, sistêmicas, institucionais e materiais de exercício do poder. Relaciona-se à legitimidade de governar derivadas da sua postura diante da sociedade civil e do mercado (em um regime democrático), com vistas a exercer sua missão. É a capacidade que o Estado tem para agregar os múltiplos interesses dispersos pela sociedade e apresentar- lhes um objetivo comum para o curto, médio e longo prazo. Governança É a capacidade que determinado governo tem para formular e implementar as suas políticas, assinalando-se a gestão das finanças públicas, dos recursos, da técnica, entendidas como as mais relevantes para o financiamento das demandas da coletividade. É o sistema que assegura o governo estratégico e o efetivo monitoramento da alta administração, por meio de práticas de medição como auditorias, unidades de controle interno e externo, visando assegurar a equidade, transparência e responsabilidade pelos resultados. Governança Pública “O exercício da autoridade, controle, administração, poder de governo”. Precisando melhor, “é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvi- mento”, implicando ainda “a capacidade dos governos de planejar, formular e implementar políticas e cumprir fun- ções” (Banco Mundial, 1992). Refere-se ao modus operandi das políticas governamentais: questões ligadas ao formato político-institucional do processo decisório, à definição do mix apropriado de financiamento de políticas e ao alcance geral dos programas”. A governança tem um caráter mais amplo. Pode englobar dimensões presentes na governabilidade, mas vai além. Baseia-se em múltiplos arranjos com a participação de diversos atores (estado, terceiro setor, mercado) no desenvolvimento, na gestão de políticas públicas e no provimento de serviços. Este modelo não diminui a importância do estado, mas qualifica-o com o papel de orquestrador, direcionador estratégico, indutor e fomentador essencial para a ativação e orientação das capacidades dos demais atores. Promove a adoção de modelos de gestão pós ou neo-burocráticos, tais como: redes modelos de gestão orgânicos (flexíveis, orientados para resultados, foco no beneficiário), mecanismos amplos de accountability, controle e per- meabilidade. Modernamente, pode ser entendida como uma nova geração de reformas administrativas e de Estado, asso- ciada à teoria das redes, como uma ação coletiva que inclui atores do setor privado e não lucrativo dentro do setor público. A legitimação.... • Governabilidade: relacionada com a capacidade do Estado de representar os interesses da sociedade; • Governança: relacionada com a participação da sociedade nas decisões e ações. 19 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 19 Accountability Termo da língua inglesa que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de 'prestar contas' a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado é o da 'responsabilização', sendo um conceito frequentemente usado em circunstâncias que denotam responsabilidade social, imputabilidade, obrigações e prestação de contas. Pode ser classificada em accountability horizontal (agências e órgãos estatais) e vertical (pelo voto e eleição). Está diretamente ligada à transparência da gestão e ao princípio da publicidade. Governo Eletrônico, Transparência e Controle Social O PDRAE enfatizava a necessidade do uso da TIC – tecnologia da informação e da comunicação (item 8.2.9) e a necessidade de implantação de sistemas que possam oferecer transparência às ações do governo, disponibilização de informações gerenciais para facilitar a tomada de decisão e; acesso fácil aos cidadãos – através da internet e da rede de dados do sistema de governo. Principais Ações para criação do Governo Eletrônico: • Grupo de Trabalho de Tecnologia da Informação (GTTI): abril/2000. • Comitê Executivo do Governo Eletrônico (CEGE) que viria a definir as bases institucionais para a implantação do e-gov: outubro/2000. • 8 (oito) comitês, todos no âmbito do CEGE: em 2003. • Departamento de Governo Eletrônico, que assumiu as funções do CEGE voltadas para a coordenação e implan- tação de ações integradas do governo eletrônico: em 2005. • Os Programas do Governo eletrônico são comandados pela Casa Civil da PR, com apoio técnico e gerencial da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O programa Governo Eletrônico - e-governo - que visa a “utilização da Internet e da web para ofertar informações e serviços governamentais aos cidadãos” (Nações Unidas, 2001, p.9). 20 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 20 Princípios do Governo Eletrônico: • Priorização na promoção da cidadania; • Racionalização dos recursos; • Indissociabilidade entre inclusão digital e governo eletrônico, enfocando o público como sujeito do processo e não apenas como destinatário; • Utilização de software livre; • Gestão do conhecimento; • Adoção de políticas, normas e padrões comuns; • Integração com outros níveis de governo e com os demais poderes. Principais relações do Governo Eletrônico G2G – relações intragovernos e intergovernos, G2B – e-procurement; G2C – relação entre governos e cidadãos Através da transparência (Lei 12.527/11) os atos do setor público devem ser de domínio público. Está relacionada ao princípio da publicidade, à disponibilização de informações, ao aumento da accountabilility, do controle so- cial, que ataca a corrupção e permite o acesso fácil aos cidadãos, através da internet. Controle social: é a participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da gestão pública, na execução das políticas públicas, avaliando objetivos, processos e resultados. O controle social promove o exer- cício da cidadania. A transparência e o controle social permitem o exercício da governança pública, entendida como a forma de gerenciamento dos recursos que possibilita o equilíbrio de poder entre os envolvidos — cidadãos, representantes eleitos (governantes), alta administração, gestores e colaboradores — com vistas a permitir que o bem comum prevaleça sobre os interesses de pessoas ou grupos (MATIAS-PEREIRA, 2010, adaptado). Intermediação de Interesses • Clientelismo é um mecanismo de intermediação de interesses, no qual uma pessoa recebe de outra a proteção em troca do apoio político. • Corporativismo é uma estrutura organizacional, criada e subordinada ao Estado, com perspectiva política, com- posta por todos que trabalham e produzem em determinado ramo de produção, com vistas a discutir e negociar interesses comuns. • Neocorporativismo surgiu dos movimentos sociais atuais, como forma de relacionamento colaborativo entre as entidades privadas e o Estado, com vistas a participarem das definições políticas do Estado, da execução, monito- ramento e controle. • Fisiologismo é uma versão moderna do clientelismo, no qual há a troca de favores entre e dentro dos poderes de Estado. • Rent Seeking é a busca de renda extra mercados, através do controle do Estado. É quando os diversos agentes (burocratas, políticos e grupos de interesse) procuram garantir para si ganhos que lhes permitam aumentar seu poder de decisão dentro do setor público.Processos Participativos de Gestão Conselhos de gestão/Orçamento participativo/Parceria entre governo e sociedade A) Conselhos de Gestão São canais de participação que articulam representantes da população e membros do poder público estatal em práticas que dizem respeito à gestão de bens públicos. 21 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 21 • Forma de diminuir práticas patrimonialistas e clientelistas, criando a cultura de participação popular na imple- mentação das políticas públicas. • Base legal vem da CF/88, no Art. 14, no qual estabelece a (...) ingerência decisória da sociedade civil nas ações do governo (...) “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal (...) e, nos termos da lei, mediante: I – plebiscito; II – referendo; III – iniciativa popular. Finalidades: • Participar na formulação das prioridades, metas e estratégias, interagindo com as Instituições, para divulgar ser- viços e oportunidades. • Propor medidas para solucionar problemas ou para aperfeiçoar ações. • Podem assumir atribuições consultivas, normativas, deliberativas e/ou de controle (acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações). Características • Criação não é facultativa – de acordo com normas constitucionais – mas não são órgãos governamentais. • Deveriam possuir autonomia política e financeira – com repasse de recursos, através dos orçamentos. • Possuem finalidades vinculadas aos órgãos públicos – espaço público institucional. • Art. 194: “Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados” (inciso VII). • Art. 198, III: “as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e consti- tuem um sistema único, organizado de acordo com a seguintes diretrizes: participação da comunidade. ” • Art. 204: “As ações governamentais na área de assistência social serão (...) organizadas com base nas seguintes diretrizes: participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação de políticas e no controle das ações em todos os níveis” (inciso II). • Podem ser compostos de diversas formas (paritária ou tripartite) com representantes do governo, trabalhadores, empresários, associações de bairro, sindicatos, cooperativas, pais de alunos, usuários do SUS, entre outros. • Formatos vinculados: • Para ações focalizadas, como merenda, ensino, financiamento. • Para políticas setoriais, definidos por lei federal para direitos universais (saúde, educação, cultura). • Para temas transversais, permeando direitos e comportamentos dos indivíduos (direitos humanos, violência con- tra a mulher). B) Orçamento Participativo • Visa a participação da população em discussões e definições do orçamento público, como forma de romper com as práticas patrimonialistas e com o monopólio tecnocrático das decisões orçamentárias. • Visa promover o controle social, a transparência, a prestação de contas pública e o monitoramento das ações governamentais. • É um exemplo de democracia deliberativa, deslocando-se da cultura tecnoburocrática para a tecnodemocrática, que combina a horizontalização do executivo e o exercício da democracia a serviço da cidadania. • Característica básica: não estatalidade. • Princípio da autorregulamentação, adaptável a cada região e permitindo um contínuo ajuste crítico, que favoreça a participação popular. • Cidadão percebe maior fidelidade por parte do executivo à programação acordada – que dá legitimidade ao processo. • Críticas: • Predominância do poder executivo e dependência da vontade das autoridades para continuidade; • Disputa de poder entre o OP e Casas Legislativas. • Dificuldades de inserção de alguns grupos sociais. • Dificuldade de aprovação de projetos de longo C) Parceria entre Governo e Sociedade/Mudanças Institucionais • Organização Social (OS) • Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) 22 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 22 • Agência Executiva • Agência Reguladora c.1) Organização Social (OS) É uma qualificação concedida a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, para desempenhar servi- ços sociais não exclusivos do Estado, que exercerá controle estratégico sobre elas, com incentivo e fiscalização do Poder Público, visando o atingimento de resultados e objetivos para a efetivação de políticas públicas, orientadas diretamente para o atendimento do interesse público c.2) Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Foram instituídas pela Lei 9.790/1999. São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que podem requerer a qualificação, desde que seus objetivos sociais e normas estatutárias atendam a requisitos que foram estabelecidos na referida lei. c.3) Agência Executiva Representa uma qualificação concedida, por decreto, a autarquias e fundações públicas, responsáveis por ativi- dades e serviços exclusivos do Estado. Para requerer a qualificação é necessário um planejamento estratégico concluído ou em andamento e um contrato de gestão assinado com o órgão vinculante. c.4) Estado Regulador – Agências Reguladoras Concentração das atividades do Estado somente naqueles segmentos nos quais sua presença seria fundamental, atuando como interventor do domínio econômico nos setores que deixou de explorar diretamente as atividades e transferindo para a iniciativa privada as demais atividades. Possui previsão de transações em três níveis • Estado e os agentes econômicos privados, com o propósito de regulação; • Estado e os cidadãos, com a finalidade de responsabilização; • Burocratas (agentes do Estado) e os políticos, para acompanhamento e controle. Justificativas para a criação das Agências Reguladoras • Atuação nos monopólios naturais • Diminuição das barreiras à entrada de novos concorrentes; • Controle das “externalidades” negativas – como poluição, devastação ambiental e outras; • Estabilização das regras que viabilizassem investimentos de longo prazo; • Garantia de incentivos para que os consumidores ganhassem com a eficiência. As agências reguladoras criadas são as seguintes: Ano Agência Reguladora Norma 1996 -1997 ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica Lei 9.427/96; Decreto 2.335/97 ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações Lei 9.472/97; Decreto 2.338/97 ANP – Agência Nacional de Petróleo Lei 9.478/97; Decreto 2.455/98 1999 -2000 Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária Lei 9.782 de 26.01.99 ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar Lei 9.961/00; Decreto 3.327/00 23 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 23 2001 -2002 ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres Lei 10.233/01; Decreto 4.130/02 ANTAQ – Agência Nacional dos Transportes Aquaviários Lei 10.233/01; Decreto 4.122/02 ANA – Agência Nacional de Águas Lei 9.984/00; Decreto 3.692/00 Ancine – Agência Nacional do Cinema MP 2.228-1/01 2005 ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil Lei 11.182/05; Decreto 5.731/06 Questões 01. (CESPETRE-PE) O modelo de administração pública implantado no Brasil, que preza por impessoalidade, profissionalismo e racionalidade técnica para combater a corrupção e o nepotismo, ficou conhecido como modelo A) burocrático. B) gerencial. C) de bem-estar. D) oligárquico. E) patrimonialista. 02. (CESPE/TRE-GO) Julgue o item seguinte referente à evolução dos modelos de administração pública. O mo- delo burocrático foi adotado por diversos países em substituição ao modelo patrimonialistade administração pública, no qual o patrimônio público não se distinguia do privado. ( ) Certo ( ) Errado 03. (CESPE/TRE-GO) Julgue o item seguinte referente à evolução dos modelos de administração pública. Com- parativamente a outros modelos, as desvantagens do modelo burocrático incluem a sua rigidez, que pode levar à ineficiência do aparelho administrativo. ( ) Certo ( ) Errado 04. (FCC/ARTESSP) Considere as afirmativas abaixo sobre o Modelo de Sistema Burocrático: I. Predomínio da interação horizontal sobre a vertical. Confiança e crença recíprocas. II. Participação e responsabilidade multigrupal, à luz dos conhecimentos dos indivíduos sobre as tarefas da organi- zação como um todo. III. Alta centralização do processo de tomada de decisões, geralmente afeta os níveis superiores. Pouca delegação. IV. Cargos ocupados por especialistas, com atribuições sistematicamente definidas. Está correto o que consta APENAS em: A) I e III. B) III e IV. C) II e IV. D) I, II e III. E) II, III e IV. 24 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 24 Acerca da reforma do aparelho do Estado no Brasil, do modelo de Estado burocrático e da intermediação de inte- resses, julgue os seguintes itens. 05. (CESPE/TCE-PE) No Estado burocrático, o poder racional-legal e os mecanismos de controle administrativo são utilizados para combater e evitar a corrupção e o nepotismo. ( ) Certo ( ) Errado Acerca da redefinição do papel do Estado no Brasil e do modelo de Estado patrimonialista, julgue os seguintes itens. 06. (CESPE/TCE-PE) No modelo de Estado patrimonialista, a não diferenciação entre o público e o privado favo- rece as práticas de corrupção e de nepotismo. ( ) Certo ( ) Errado 07. (CESPE/PF) A respeito da evolução da administração pública no Brasil após 1930, julgue o item seguinte. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) iniciou um movimento de profissionalização do funciona- lismo público, mediante a implantação de um sistema de ingresso competitivo e de critérios de promoção por mere- cimento. ( ) Certo ( ) Errado 08. (CESPE/TJ/CE) Com relação aos modelos de gestão pública patrimonialista, burocrático e gerencial, assinale a opção correta. A) A organização dos sistemas para o gerenciamento da administração pública fundamenta-se na teoria desenvol- vida por Max Weber, excluindo-se, ainda conforme a teoria de Weber, a legitimidade para a prática dos atos de gestão com base na lei. B) O modelo de administração burocrático é considerado o primeiro modelo organizado de administração do Estado. C) A ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo e o desenvolvimento da profissionali- zação constituem princípios orientadores da administração burocrática. D) No modelo de administração patrimonialista, em sua forma desorganizada, havia clara distinção entre bens pú- blicos e particulares. E) Um aspecto fundamental que contribuiu para a melhoria da administração patrimonialista foi o desenvolvimento de ferramentas para o controle dos abusos e da pessoalidade. 09. (CESPE/MPOG) A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou a admi- nistração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas públicas. ( ) Certo ( ) Errado 10. (CESPE/PF) O Decreto-lei n.º 200/1967, estatuto básico da reforma administrativa do governo militar, reafirmou a importância do planejamento entendido sob uma ótica tecnicista. ( ) Certo ( ) Errado 11. (CESPE/TRE-TO) O modelo de administração que admite o cidadão como cliente dos serviços do Estado de- nomina-se: A) nova governança pública. B) patrimonialista. C) burocrático. D) estado de bem-estar social. 25 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 25 E) administração pública gerencial. 12. (CESPE/TCE-PE) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da reforma do apa- relho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania, o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da sociedade brasileira. ( ) Certo ( ) Errado Com relação à evolução da administração pública, julgue os itens subsequentes. 13. (CESPE/TCE-PE) A CF, além de ampliar direitos e garantias individuais e sociais, flexibilizou a gestão da má- quina pública, por meio de determinações que livram a administração indireta dos procedimentos que deviam ser seguidos pela administração direta. ( ) Certo ( ) Errado 14. (CESPE/TCE-PE) O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de Fernando Henrique Cardoso (1995!2002) com o objetivo de tornar a administração pública mais efetiva, embora menos eficiente. ( ) Certo ( ) Errado 15. (CESPE/TCE-PE) Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada. ( ) Certo ( ) Errado 16. (CESPE /AGU). Os contratos de gestão das agências executivas são celebrados com o respectivo ministério supervisor pelo período mínimo de um ano, estabelecendo os objetivos, metas e indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para avaliação do seu cumprimento. ( ) Certo ( ) Errado 17. (CESPE /AGU). No âmbito da administração pública indireta, o contrato de gestão é o principal instrumento de controle dos resultados de uma organização social. ( ) Certo ( ) Errado 18. (CESPE /AGU). A atividade de regulação exercida pelas agências reguladoras no Brasil é realizada somente sobre os serviços públicos desestatizados, dos quais depende a população. ( ) Certo ( ) Errado 19. (CESPE /MPU). Os diretores de agência reguladora são indicados e exonerados ad nutum pelo chefe do mi- nistério a que a agência se vincula. ( ) Certo ( ) Errado 20. (CESPE /MPU). Para se transformar em agência executiva, uma fundação deve ter, em andamento, planos estratégicos de reestruturação e de desenvolvimento institucional. 26 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 26 ( ) Certo ( ) Errado 21. (CESPE /MPU). À agência executiva é vedada a celebração de contrato de gestão com órgão da administração direta. ( ) Certo ( ) Errado 22. (CESPE /MPU). A desqualificação de fundação como agência executiva é realizada mediante decreto, por iniciativa do ministério supervisor. ( ) Certo ( ) Errado 23. (CESPE /MPU). As agências executivas fazem parte da administração direta, e as agências reguladoras inte- gram a administração pública indireta. ( ) Certo ( ) Errado 24. (CESPE/TCE-SC) Julgue o próximo item, relativo às políticas públicas no Brasil. A governança eletrônica por meio das redes sociais, apesar de proporcionar maior participação dos cidadãos nas atividades públicas, pouco auxilia a população na solução e atendimento de demandas locais. ( ) Certo ( ) Errado 25. (CESPE/TCE-SC) A respeito de desenvolvimento e disponibilização de novas tecnologias, celeridade dos meios de comunicação e transparência das informações, tanto no âmbito privado quanto no público, assinale a opção correta. A) As ações do governo eletrônico, relacionadas especialmente ao e-governança, e-democracia e e-governo, em- bora favoreçam a transparência, limitam a participação do cidadão e o fortalecimento da cidadania. B) O uso de tecnologias da informação, que possibilitaa elevação da eficiência administrativa e a melhoria tanto dos serviços internos como daqueles prestados ao cidadão, deu origem ao chamado governo eletrônico. C) O Programa Sociedade da Informação, do governo federal, relacionado ao governo eletrônico, visava promover o accountability governamental e a transparência das contas públicas. D) A adoção do accountability governamental minimiza a responsabilização dos governantes, devido à eficiência das tecnologias utilizadas para sistematizar os meios de prestação de contas. E) O uso de tecnologias da informação e comunicação, especialmente após a ampliação do acesso à Internet, dificulta a transparência da administração pública devido ao excesso de informações cuja avaliação, em termos de veracidade, depende de conhecimentos técnicos. 26. (CESPE/TCU) Com respeito a administração pública, julgue os itens a seguir. O governo eletrônico provoca uma integração daqueles que possuem mais recursos, deixando de fora parte considerável da população. ( ) Certo ( ) Errado 27. (CESPE/TRE-MA) . Julgue os itens que se seguem, relativos à análise e formulação de políticas públicas. A análise de política tem por objetivo tanto melhorar o entendimento acerca da política e do processo político quanto apresentar propostas para o aperfeiçoamento das políticas públicas. ( ) Certo ( ) Errado 27 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 27 28. (CESPE/CD) Em relação ao Estado, às políticas públicas e à participação política, julgue o próximo item. Restringem-se às conferências e aos conselhos de políticas públicas os canais de participação da sociedade brasileira nos processos de políticas públicas. ( ) Certo ( ) Errado 29. (CESPE/ SUFRAMA) Julgue os itens subsecutivos, relativos às políticas públicas. Ao planejar uma política pública, devem estar claros seu objeto e seus mecanismos de planejamento e de avaliação. ( ) Certo ( ) Errado 30. (CESPE/ SUFRAMA) Julgue os itens subsecutivos, relativos às políticas públicas. A agenda política mostra as questões públicas a serem tratadas pelo Estado, sua prioridade e importância. ( ) Certo ( ) Errado 31. (CESPE/TCE-SC) Com referência ao planejamento e à avaliação de políticas públicas no Brasil, julgue o item subsequente. O método de formulação de políticas públicas denominado racional-compreensivo parte do pressu- posto de que, considerando-se as preferências mais relevantes da sociedade, a intervenção por meio de políticas públicas deve fundamentar-se em ampla análise prévia dos problemas sociais. ( ) Certo ( ) Errado 32. (CESPE/TRE-PA) Com relação à evolução dos modelos adotados pela administração pública, assinale a opção correta. A) As políticas públicas têm um papel estratégico no capitalismo contemporâneo, a ponto de tornar irrealistas as propostas do pensamento neoliberal de substituí-las pela total autocoordenação do mercado. B) Privatização do Estado é o direito de que a propriedade do Estado seja pública, isto é, de todos e para todos. C) O nepotismo e a corrupção são dois traços inerentes à burocracia, que caracteriza a administração patrimonialista nas sociedades pré-capitalistas. D) A consolidação do Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos tem possibilitado a redução crescente de sua carga tributária. E) A administração pública gerencial abandonou os critérios com base na avaliação de resultados, pela inviabilidade da adoção de indicadores aplicáveis às políticas sociais. 33. (CESPE/TRE-TO) A partir da instituição do Plano Diretor da Reforma do Estado, em 1995, a gestão por resul- tados foi incorporada à administração pública com o objetivo de tornar a gestão pública A) mais descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de responsabilidade individual. B) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e maior nível de responsabilidade individual. C) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e menor nível de responsabilidade individual. D) menos descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de responsabilidade individual. E) menos descentralizada e com gestores com menor autonomia e menor nível de responsabilidade individual. 34. (CESPE/TRE-TO) O processo de burocratização que instituiu um modelo de gestão pública pautado no uso do poder racional-legal e na incorporação da racionalidade técnica e do profissionalismo ocorreu no governo de A) Getúlio Vargas. B) Juscelino Kubitschek. C) Fernando Henrique Cardoso. D) Luís Inácio Lula da Silva. 28 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 28 E) Eurico Gaspar Dutra. 35. (CESPE/TCE-PE) Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e defasada. ( ) Certo ( ) Errado A respeito dos processos eletrônicos do TCE/PE e das organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP), julgue os itens subsequentes. 36. (CESPE/TCE-PE) Os requisitos para que uma organização seja qualificada como OSCIP incluem a exigência de que o seu estatuto contenha normas expressas sobre a observância dos princípios da legalidade, da impessoa- lidade, da moralidade, da publicidade, da economicidade e da eficiência. ( ) Certo ( ) Errado 37. (CESPE/TCE-PE) O clientelismo consiste em um tipo de sistema em que os agentes políticos concedem be- nefícios públicos em troca de apoio político. ( ) Certo ( ) Errado Acerca do conceito de accountability aplicado à administração pública, julgue os próximos itens. 38. (CESPE/TCE-PE)Trata-se de um mecanismo institucional por meio do qual os governantes são constrangidos a responder, ininterruptamente, por seus atos ou omissões à sociedade. ( ) Certo ( ) Errado 39. (CESPE/TCE-PE) Em um estado de direito, a accountability vertical ou democrática, entendida como a que ocorre entre os diversos níveis de poder e sujeita à possibilidade de controle mútuo, é profícua no fortalecimento de ações contra a corrupção. ( ) Certo ( ) Errado Acerca do orçamento participativo, da transparência na administração pública, da gestão por resultados e do neocorporativismo, julgue os próximos itens. 40. (CESPE/TCE-PE) A gestão por resultados na administração pública se beneficia da existência de métricas programáticas robustas e comparáveis ao longo do tempo. ( ) Certo ( ) Errado 41. (CESPE/TCE-PE) O neocorporativismo materializa-se na atuação de sindicatos fortes, com interesses bem definidos e colocados acima dos interesses dos demais atores envolvidos nas relações de trabalho. ( ) Certo ( ) Errado 42. (CESPE/TCE-PE) A administração pública do período colonial seguia um modelo patrimonial em que a distin- ção entre o patrimônio público e o patrimônio privado era imprecisa. ( ) Certo ( ) Errado 29 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 29 43. (FCC/TRF5R) O conceito de gestão por resultados na Administração pública representa uma quebra de para- digma em relação aos modelos tradicionais e contempla, entre seus instrumentos, o contrato de gestão, que A) contempla a fixação de indicadores aos quais está atrelada a remuneração dos servidores, podendo afastar a aplicação do teto remuneratório. B) autoriza a ampliação da autonomia gerencial da entidade, porém não a autonomia orçamentária e financeira. C) possibilita a contratualização de resultados, com a fixação de metas de desempenho para a entidade. D) amplia o grau de autonomia da entidade de forma gradual a partir do nívelde atingimento dos resultados, inclu- indo o controle externo. E) viabiliza a flexibilização dos controles interno e externo incidentes sobre a entidade e das normas aplicáveis à Administração pública. 44. (FCC/ARTESSP) Considere as afirmativas abaixo sobre o Modelo de Sistema Burocrático: I. Predomínio da interação horizontal sobre a vertical. Confiança e crença recíprocas. II. Participação e responsabilidade multigrupal, à luz dos conhecimentos dos indivíduos sobre as tarefas da organi- zação como um todo. III. Alta centralização do processo de tomada de decisões, geralmente afeta os níveis superiores. Pouca delegação. IV. Cargos ocupados por especialistas, com atribuições sistematicamente definidas. Está correto o que consta APENAS em A) I e III. B) III e IV. C) II e IV. D) I, II e III. E) II, III e IV. 45. (FCC/DPE-RS) O modelo de Administração pública gerencial, implementado no Brasil a partir dos anos 1990, introduziu algumas inovações em relação ao modelo burocrático, dele se diferenciando, entre outros aspectos, pela I. possibilidade de contratualização de resultados para ampliação de autonomia das entidades. II. verticalização das estruturas hierárquicas e combate ao patrimonialismo. III. meritocracia e controle dos processos administrativos. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) I e III. D) II e III. E) III. 46. (FCCTRT 24ªR) Nos últimos anos, diferentes conceitos, alguns oriundos da iniciativa privada, passaram a per- mear a atuação da Administração Pública, entre eles: I. Governança, que é sinônimo de governabilidade, e corresponde à legitimidade política. II. Eficiência, relacionada com o uso racional e econômico dos insumos na produção de bens e serviços. III. Efetividade, que diz respeito ao impacto final das ações e ao grau em que atinge os resultados almejados pela sociedade. Está correto o que se afirma APENAS em 30 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 30 A) II e III. B) I e II. C) I e III. D) III. E) II. 47. (FCC/TRT 24ªR) Constitui(em) característica(s) própria(s) e inovadora(s) do modelo gerencial de Administração pública, que o diferencia(m) dos outros modelos precedentes: A) combate ao patrimonialismo. B) controle de resultados. C) formalização dos procedimentos. D) profissionalização do corpo técnico. E) hierarquia e meritocracia. 48. (FCC/ TRF - 3ª R) Sobre os objetivos e características do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, implementado nos anos 1990, no âmbito federal, considere: I. Publicização, que corresponde à assunção, pelo Estado, dos serviços próprios do denominado Núcleo Estratégico. II. Flexibilização, oferecendo aos gestores maior autonomia e estabelecendo o controle e cobrança de resultados a posteriori. III. Desestatização, que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação. Está correto o que consta APENAS em A) I. B) I e II. C) II. D) II e III. E) III. 49. (FCC/ TRT - 14ª R) É considerado um mecanismo característico da administração gerencial: A) Controle rígido de procedimentos. B) Gestão hierárquica. C) Normas e regulamentos. D) Controle de legalidade. E) Gestão por Competências. 50. (FCC/ TRT - 14ª Região (RO e AC) Sobre o monitoramento e a avaliação no setor público, A) a avaliação tem por objetivo exclusivo o acompanhamento da implementação de programas, ações ou atividades, a fim de identificar tempestivamente os problemas que possam comprometer os resultados esperados. B) o monitoramento, pactuado entre os atores envolvidos, requer a adoção de três critérios distintos: eficácia, efici- ência, efetividade. C) a avaliação formal consiste em um julgamento assistemático, realizado durante o andamento de uma política ou programa a partir de critérios subjetivos definidos previamente. D) o monitoramento consolida-se na análise sistemática dos resultados de um programa, após seu encerramento, com o objetivo de contribuir para o seu aperfeiçoamento. E) o monitoramento refere-se à atividade estruturada a partir da implementação de cada política pública, programa ou ação, orientada para o alcance das metas prioritárias da Administração pública. 31 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 31 51. (FCC/ TRT - 23ª REGIÃO (MT) A atuação da Administração pública vem sendo, cada vez mais, pautada e avaliada por critérios de eficiência, eficácia e efetividade. Nesse contexto, considere: I. Uma ação administrativa é considerada eficiente quando contempla o uso racional e econômico de insumos para sua consecução. II. A efetividade de uma ação administrativa depende do nível de atingimento das metas estabelecidas internamente e não, necessariamente, de seus efeitos externos. III. A eficácia de uma ação administrativa corresponde ao grau máximo de sucesso da referida ação, consistente na satisfação das necessidades da sociedade em relação àquela demanda. Esta correto o que consta APENAS em: A) II e III. B) II. C) III. D) I e III. E) I. 52. (FCC/PGE-MT) O empreendedorismo governamental tem, entre suas fontes de inspiração, a obra de David Osborne e Ted Gaebler intitulada Reinventando o Governo, a qual preconiza uma série de princípios que orientam a ação empreendedora, entre os quais se insere(m) o(s) conceito(s) de governo: I. catalizador: que coordena, regula e fomenta, deixando a maior parte da execução aos demais atores. II. competitivo: introduzindo a competição na prestação de serviços públicos, com a finalidade de aumentar a efici- ência. III. centralizado: criando núcleos estratégicos para execução de serviços de alta complexidade técnica. Está correto o que se afirma APENAS em A) I e II. B) I. C) I e III. D) II. E) II e III. 53. (FCC/ DPE-RR) A gestão por resultados, na Administração pública brasileira, esteve relacionada com a se- guinte mudança institucional e/ou legal: A) descentralização das políticas sociais B) criação da burocracia. C) criação do Departamento Administrativo do Serviço Público. D) criação das Organizações Sociais. E) expansão da Administração Indireta. 9 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 9 GABARITO 01. A 02. C 03. C 04. B 05. C 06. C 07. C 08. C 09. C 10. C 11. E 12. C 13. E 14. C 15. C 16. C 17. C 18. E 19. E 20. E 21. C 22. E 23. C 24. E 25. E 26. B 27. E 28. C 29. E 30. C 31. C 32. C 33. A 34. A 35. C 36. C 37. C 38. C 39. E 40. C 41. E 42. C 43. C 44. B 45. A 46. A 47. B 48. D 49. E 50. E 10 www.cers.com.br COMEÇANDO DO ZERO Administração Pública Elisabete Moreira 10 51. E 52. A 53. D
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