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Como ocorre, biologicamente, o Mal de Alzheimer

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MAL DE ALZHEIMER
O QUE OCORRE NO CEREBRO
Na doença de Alzheimer observa-se nas necropsias que o peso do encéfalo está reduzido, usualmente da ordem de 15-35% e há hipotrofia cortical difusa, bilateral e simétrica, predominando na parte medial do lobo temporal e nas áreas de associação dos lobos frontal e parietal. Ao microscópio, apresentam as mesmas alterações que ocorrem no envelhecimento normal, embora em intensidade muito maior, podendo ser divididas em três grupos: 1) redução donúmero de neurônios; 2) redução daramificação dendrítica e número de sinapses; 3) alterações neuropatológicas características, particularmente as placas senis e os emaranhados neurofibrilares, indispensáveis para o diagnóstico da doença. Portanto, o diagnóstico definitivo, seguro, é obtido por meio do exame neuropatológico, desde que correlacionado com as manifestações clínicas.
Características da doença de Alzheimer 
‘’A doença de Alzheimer, também conhecida com demência senil tipo Alzheimer, é a mais comum patologia que cursa com demência, popularmente conhecida como "esclerose", e apresenta como características principais: problemas de memória, perdas de habilidades motoras, como se vestir, cozinhar, dirigir carro, lidar com dinheiro, problemas de comportamento e confusão mental "
Dr. Paulo Bertolucci – Emedix
Conclusão
A doença de Alzheimer é a mais prevalente entre as demências. É uma patologia progressiva caracterizada por perda de memória, dificuldade de raciocínio, alterações comportamentais e motoras. O tratamento combinado, medicamentoso, fisioterapeutico e psico-social multidisciplinar, auxiliam na estabilização ou melhora dos déficits cognitivos e das AVD’s dos pacientes. As intervenções de suporte e aconselhamento reduzem o grau de sintomas psiquiátricos, sendo necessário assistência e informação aos familiares e cuidadores, em prol de uma melhor qualidade de vida da pessoa doente
De acordo com esta formulação, o mecanismo fisiopatológico que dá suporte às manifestações clínicas da doença de Alzheimer é a desconexão cortiço-cortical devido a perda dos neurônios piramidais médios que efetuam tais conexões. Contudo, múltiplas linhas de evidência sugerem que todas as classes de circuitos neuronais locais são seletivamente perdidas através do córtex cerebral também; estes dados demonstram que desconexões córtico-corticais não são as únicas alterações no circuito cortical que mediam os sintomas da doença de Alzheimer.
O início precoce parece estarrelacionado a genes que sofreram mutações, os quais podem propiciar numamaior suscetibilidade ao desenvolvimento da enfermidade. Por isso, torna-seimportante realizar um estudo do mecanismo de desenvolvimento fisiológico da DA e desta forma concluir quais genes teriam mais influência sobre tal mecanismo.
A Doença de Alzheimer consiste numadegeneração do Sistema Nervoso Central muitoprevalente, sendo considerada a causa mais comum dedemência entre adultos, com grande repercussão na vidasocial desses indivíduos. Ainda nãohá uma hipótese completamente confiável para explicara gênese da doença, embora a hipótese â-amilóide seja a mais aceita. Os déficits neurológicos estão intimamenterelacionados com a perda neuronal progressiva e deacordo com cada tipo de lesão histopatológica haverá manifestações clínicas específicas. A perdaneuronal, marco da doença, repercute intimamente sobreas atividades e qualidade de vida do portador, pelos déficitsfocais que acarreta.
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
A DA é uma doença neurodegenerativa prototípica,caracterizada por anormalidades no encéfalo,particularmente no neocórtex, área entorrinal, hipocampo,amígdala, núcleo basal, tálamo anterior e núcleosmonoaminérgicos do tronco cerebral (como o locusceruleus). A atrofia é bilateral e simétrica, e atinge preferencialmente o córtex (sendo mais pronunciada nos lobos frontal, temporal e parietal) e no hipocampo25 (Figura 1).
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
Nas regiões danificadas do encéfalo, a disfunçãoe morte dos neurônios estão associadas comanormalidades do citoesqueleto, e resultam nadiminuição de proteínas sinápticas, e consequentemente interferem na funcionalidade e processamento dasatividades cerebrais (Tabela 2).
Nademência moderada e avançada, intensificam-se asperdas neuronais e surgem disfunções sinápticas eneuroquímicas, afetando, sobretudo, os sistemascolinérgico, serotoninérgico e glutamatérgico.
A perda de neurônios funcionantes e consequente atrofia cerebral é o grande marco da doença, o que resultadiretamente sobre as atividades do portador. O déficitcognitivo e a gradual perda de memória são os sinaismais evidentes, uma vez que as sinapses desses circuitossão “desligadas” e não reestabelecidas, o que condicionao indivíduo a uma baixa qualidade de vida e a uma alienação da realidade em que vive.
A doença de Alzheimer, caracterizada por declínio progressivo das habilidades sociais e cognitivas, é a forma mais comum de demência (50 a 75%) e está ligada a fatores predisponentes, quais sejam:
Genética
Envelhecimento
Sexo feminino
Traumatismo craniano anterior
Presença de radicais livres
Fatores tóxicos
A maior presença de placas neuríticas (acúmulo de fragmentos de proteína amilóide) e redes neurofibrilares (complexos demicrotúbulos) são evidências dessa doença. Normalmente verifica-se aumento da perda de neurônios no hipocampo e nas regiões temporoparietais posteriores do cérebro. A doença é progressiva, com redução de habilidades sociais e cognitivas com o tempo.
É uma forma de demência cuja causa não se relaciona com a circulação ou com a arteriosclerose. É devida à morte das células cerebrais que levam à uma atrofia do cérebro.
Com a doença de Alzheimer, os neurônios começam a morrer. Uma proteína chamada beta-amiloide se acumula entre os neurônios e impede a transmissão das informações.
O cérebro encolhe e a área mais afetada é justamente a relacionada ao pensamento, ao planejamento e à lembrança. As mudanças do cérebro podem começar até 20 anos antes do diagnóstico da doença.
Doença de Alzheimer e demência são sinônimos? 
Não. O termo "demência" é usado para descrever uma síndrome (ou seja, um conjunto de sinais e de sintomas), a qual é caracterizada por perda progressiva das funções intelectuais adquiridas, como, por exemplo, memória, linguagem, capacidade de pensamento abstrato, decorrente de uma série de patologias distintas.
			Tratamento do Alzheimer
 Técnica mais utilizada são inibidores da acetilcolinesterase:
 1. Carbamatos: fisostigmina – inibição da porção iônica da acetilcolinesterase.
 2. Tacrina (Tacrinal®): inibidor da acetilcolinesterase central – como efeitos colaterais observam-se: cólicas abdominais, náuseas, vômitos, diarréia e hepatotoxicidade.

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