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TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
 Ambiente Cirúrgico; 
 Lavagem das mãos; paramentarão 
Ambiente cirúrgico: 
♥ Setor do hospital onde 
se realizam 
intervenções 
cirúrgicas, visando 
atender a resolução de 
intercorrências, por 
meio de uma equipe 
integrada. 
♥ Realizadas técnicas 
estéreis para garantir a 
segurança do paciente, 
quanto ao controle de 
infecções; 
♥ O ambiente cirúrgico e 
as atitudes dos 
participantes do ato 
operatório são 
peculiares. 
♥ Calmo e silencioso; 
♥ Atenção com detalhes 
próprios e 
sistematização; 
♥ Paramentação; 
♥ Escovação das mãos e 
antebraços; 
♥ Conhecimento dos 
materiais cirúrgicos. 
 
Localização 
➔ Deve ocupar uma área independente da circulação geral, de preferência de um andar separada; 
➔ Livre de trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço; 
➔ Mínimo ruído possível; 
➔ Fácil acesso de pacientes provenientes das Unidades de internação cirúrgicas, pronto socorro e UTI. 
Equipe 
➔ Composta por médicos, cirurgiões, anestesistas, instrumentadores, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoal da 
limpeza; 
➔ Integração com laboratório, radiologia, banco de sangue, anatomia patológica [...]. 
Áreas do centro cirúrgico 
➔ Área não restrita: área de acesso, onde os profissionais podem circular livremente por estas áreas, sem roupas especiais. 
Vestiário, secretaria e corredor de entrada. 
➔ Área semi-restrita: área de atendimento assistencial no pré e pós operatório. Permite a circulação de pessoal com roupa 
privativa do CC e gorro; de modo a não intervir nas rotinas de controle e manutenção da assepsia. Expurgo, sala de 
limpeza/preparo de material, posto de enfermagem, conforto médico e sala de recuperação anestésica. 
➔ Área crítica: permite a circulação de pessoal com roupa privativa, gorro e máscara. Utilizada de maneira rigorosa a fim de 
diminuir os riscos de infecção. Salas de cirurgia, lavabos, sala de depósito de materiais esterilizados. 
Intervenção/Operação cirúrgica 
➔ É o conjunto de gestos manuais ou instrumentais que o cirurgião executa, na intenção da realização de ato cruento, com 
finalidade terapêutica, diagnóstica ou estética. 
➔ Operações fundamentais são atos cirúrgicos simples, que associados permitem a execução de cirurgias complexas. 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
CAPÍTULO 1: TÉCNICA CIRÚRGICA E CIRURGIA EXPERIMENTAL 
 CONCEITO ATUAL E ATUALIZAÇÃO 
• Tecnica cirúrgica: codificação de regras que presidem a realização das intervenções cirúrgicas 
• Há necessidade de sistematização para que dele se obtenha maior eficiência 
• Conjugação do artesanato, raciocínio lógico baseado em noções consolidadas, as vezes criação inventiva. 
DEVE haver rigoroso método nas manobras fundamentais para não acontecer improvisações 
• Inusitado não justifica a desordem 
• Almeja-se o máximo de rendimento com o mínimo de esforço: harmonia entre a equipe com cada papel 
bem definido e sem exarcebações ou omissões 
• Movimentos precisos e resolutos, nunca bruscos e grosseiros 
• O tempo não pode ser desperdiçado e não se pode ter pressa 
• A delicadeza na manipulação concede brilho a cirurgia e diminui a intensidade da agressão mecânica as 
células 
 
AVANÇOS DA TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Avanços da anestesiologia (trocou-se a intuição e máscaras grosseiras por estudos aprofundados em 
farmacologia, metabologia, hemodinâmica e fisiologia cardiorrespiratória) e hemoterapia 
• Controle do pneumotórax aberto pela intubação traqueal e respiração assistida 
• Circulação extracorpórea (precisa de excelência para fazer porque pode acontecer imprevistos) 
• Equipamento endoscópico 
• Intervenções curativas videolaparoscopias 
• Êxito de supuração das feridas traumáticas com satisfatória cicatrização 
• Preocupação constante com a profilaxia da infecção operatória (resistência bacteriana, infecção hospitalar e 
desleixo do preparo asséptico da cirurgia) 
• Fraques foram substituídos por aventais estéreis, gorros e máscaras 
• Lavagem meticulosa das mãos, uso de luvas, preparo da área a ser operada 
• Salas cirúrgicas totalmente estéreis 
• Aparecimento de sulfamidas e antibióticos para diminuir o temor da contaminação cirúrgica 
 
METABOLOGIA CIRÚRGICA 
• Maior causa de infecção hospitalar: técnica cirúrgica descurada 
• Dissecção anatômica: mutilar tecidos e órgãos em busca de preservar o quanto possível a função e mesmo 
aperfeiçoá-la 
 
CIRURGIA EXPERIMENTAL 
• Conceito: Toda a pesquisa científica, em proposição de objetivos, planejamento de trabalho, sistematização 
na colheita de dados, análise crítica de resultados e judiciosa cautela na extrapolação de conclusões 
• Adestramento manual para a formação cirúrgica (praticar em tecidos vivos e não em cadáveres) 
• Progresso da fisiologia e fisiopatologia conhecidos e testados em animais, para depois ser transferidos para a 
clínica 
• “In anima nobile” 
• A vivisecção em animais é inteiramente justificável desde que seus objetivos sejam elevados 
 
ENSINO DA TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Origem da técnica cirúrgica do Brasil: “institutos anatômicos”, dos quais: 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
→ Anatomia Médico-Cirúrgica e Operações (RJ) 
→ Medicina Operatória (BA) 
→ Anatomia Topográfica, Operações e Aparelhos (SP) 
• Os programas de ensino visavam expor os fundamentos anatômicos da cirurgia em face da aplicação de 
profundos e exaustivos estudos de anatomia topográfica a análise crítica das vias de acesso e ao 
aperfeiçoamento e criação de novas técnicas 
• Avanço dos estudos em cadáveres para preocupar-se com os aspectos fisiológicos e fisiopatológicos das 
operações 
• ALFREDO MONTEIRO: planejou e executou o programa de ensino da técnica cirúrgica fundamentado na 
anatomia normal e patológica, na fisiopatologia e biologia aplicada, compreendendo a cirurgia em 
cadáveres, cirurgia em animais e cirurgia em doentes humanos 
• EURICO BASTOS: somente o exercício no cadáver e nos animais vivos no laboratório permite o adestramento 
manual indispensável para a iniciação cirúrgica in anima mobile. Ele previu transplante de órgãos (trocar 
órgãos doentes por sãos) 
• EDUARDO WANDERLEY: instalou disciplinas de histologia, fisiologia, técnica cirúrgica e cirurgia experimental 
• No currículo do médico, contribui ensinando manobras cirúrgicas fundamentais, princípios gerais de assepsia 
e tratamento das feridas traumáticas 
 
CAPÍTULO 3: AMBIENTE CIRÚRGICO-SALA CIRÚRGICA 
• Ambiente cirúrgico: unidade hospitalar onde se realizam intervenções cirúrgicas 
• Sala cirúrgica: é um dos componentes do ambiente cirúrgico e onde efetivamente se consuma o ato 
operatório 
• Serviços auxiliares: preparo pré-operatório do paciente, a administração da anestesia, o controle 
monitorizado de variáveis fisiológicas, o desempenho da enfermagem especializada em centro cirúrgico, a 
colaboração do laboratório clínico e banco de sangue e a recuperação pós-operatória imediata do paciente. 
• Unidade hospitalar autônoma: centro de material esterilizado (preparo, esterilização, distribuição do 
material e aparelhos em centros cirúrgicos, ambulatório, pronto socorro e serviços paramédicos 
• Na maioria das vezes o planejamento e a construção dos centros cirúrgicos são relegados a segundo plano 
• COLÉGIO AMERICANO DE CIRURGIÕES: estuda as questões e estabelece os padrões mínimos para os 
hospitais, tanto que antem um grupo permanentemente de estudos 
• Decreto-lei n 52.497, de 21 de julho de 1970: estabelece os padrões das construções hospitalares 
 
PLANEJAMENTO FÍSICO: 
• O planejamento nunca pode ser considerado definitivo e completo, devem ser fruto de trabalho em equipe. 
• Médicos e enfermeiros precisam ter real vivência de ambiente cirúrgico e que sejam capazes de impedir 
erros grosseiros... e se caso acontecer que consigam contornar. 
• Pelo menos um dos engenheiros precisa ser especializadoem bioengenharia 
• Deve sempre pensar em possibilidade de melhorias, expansão, modificações para ganho de flexibilidade e 
incorporação de tecnologia mais avançada 
• Desenvolver o projeto de centros cirúrgicos em módulos 
• Centralização dos serviços: maior segurança, eficiência e economia 
• Centralização: o centro cirúrgico deve ser único e ter capacidade para atender aos diversos setores 
hospitalares (unidade de internação, pronto socorro e ambulatório 
• “SERVIR O PACIENTE” 
 
DIMENSIONAMENTO 
• PRIMEIRO ASPECTO A SER CONSIDERADO NO PLANEJAMENTO DO CENTRO CIRURGICO 
• 5% da área total do hospital ou 3 metros quadrados/leito hospitalar 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
• 01 sala cirúrgica para cada 50 leitos do hospital 
• Todas as salas de cirurgia devem ocupar em média um terço da área total do ambiente cirúrgico 
• O tamanho da sala de cirurgia depende da especialidade a que a mesma destina, em geral destina-se um 
espaço de 35 metros quadrados 
• INDEPENDENTEMENTE DA ÁREA OCUPADA NA CIRURGIA, A SALA DEVE TER LARGURA MÍNIMA DE QUATRO 
METROS 
LOCALIZAÇÃO 
• Deve se localizar próximo as unidades que recebam casos cirúrgicos, preferencialmente nos andares que 
recebam casos cirúrgicos, preferencialmente nos andares elevados, ao abrigo da poluição aérea e sonora e 
fora da interferência do tráfego hospitalar 
• 
COMPONENTES DO AMBIENTE CIRÚRGICO 
• 03 áreas distintas: zona de proteção, zona limpa e zona asséptica ou estéril. 
• ZONA DE PROTEÇÃO: vestiários onde todos os integrantes da equipe trocam suas roupas por uniforme 
próprio (de cor diferente das demais áreas do hospital), bem como colocam gorros, máscaras e pro pés de 
uso exclusivo no interior do centro cirúrgico. Após colocar o pró pé, deve pisar em um tapete embebido de 
solução desinfetante. É a zona de relacionamento entre todo sistema hospitalar. 
• ZONA ASSEPTICA OU ESTÉRIL: salas de operação e salas de subesterilização 
• ZONA LIMPA: fica interposta a zona de proteção e estéril. Zona para todos os elementos das equipes que 
atuam no centro cirúrgico 
• ÁREAS DE TRANSFERÊNCIA: aquelas em que os pacientes são passados das macas das suas respectivas 
unidades de internação para macas que só trafegam no ambiente cirúrgico. Tem como objetivo impedir a 
contaminação do ambiente través das rodas das macas das unidades de internação 
• Os corredores de um ambiente cirúrgico (mínimo de 2,5 de largura) constituem um local de grande 
disseminação de infecção. Foi então criado o conceito de corredor periférico ou corredor contaminado (por 
onde tudo que entra, sai) e corredor limpo que fica na área central do centro (por onde tudo entra). Isso 
evita o cruzamento do fluxo de pessoas e instrumentos, e assim, redução nítida da incidência de infecção da 
ferida cirúrgica 
• Os lavabos devem dispor de duas torneiras com braços longos para dispor do seu fechamento com os 
cotovelos. O fluxo deve ser de água quente e de água fria a temperatura ambiente, ficando a critério de 
quem estiver escovando as mãos 
• A sala de operação deve dispor de mesa de operação, com comandos de movimento na centralizados na 
cabeceira. No mínimo duas mesas de instrumental. Uma mesa para o anestesista colocar todo o seu 
equipamento, bem como drogas anestésicas. Foco principal de luz para a cirurgia. Mesa auxiliar para 
enfermeira circulante colocar pacotes com campos estéreis ou complemento de instrumental. Aparelhos 
devem ser colocados de maneira mais funcional possível para não atrapalhar a circulação no centro e evitar 
movimentação de parasitas 
• Um pacote de roupa estéril ou uma caixa de instrumental cirúrgico que não for utilizada até oito dias após 
sua esterilização deve retornar ao centro de material para nova esterilização. 
• Serviços auxiliares: radiologia, anatomia patológica e laboratório clínico 
AMBIENTE CIRURGICO E A BIOENGENHARIA 
• Iluminação: a modulação da intensidade luminosa irá depender dos reflexos dos tecidos orgânicos, dos 
instrumentos, dos campos e compressas cirúrgicas. O foco do campo deve ter intensidade de 25.000 lux, 
gerando um campo iluminado de 25 cm de diâmetro. A luz geral da sala deve ter intensidade de 1.000 lux a 
fim de reduzir o contraste entre o campo operatório e o restante do ambiente e assim a fadiga visual. O foco 
de luz deve incidir perpendicularmente na ferida a uma distância de 120 cm no momento inicial. A luz fria 
deve ser contraindicada na sala de operação e na de recuperação da anestesia, porque ela impede a 
constatação precoce da cianose de mucosa e extremidades. Deve ser regulada a intensidade de calor da luz 
por filtros de vidro a fim de evitar queimaduras de pele de acordo com o tempo de exposição. 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
• Ventilação: quanto menor for a turbulência da corrente aérea em um ambiente cirúrgico, menor será a 
probabilidade de contaminação aérea da ferida operatória. É indispensável uma área de entrada e saída de 
ar (FLUXO LAMINAR LINEAR DE AR). O fornecimento de ar deverá ser isento de partículas dispersas, 
potencialmente contaminadas. O sistema de ventilação deverá remover as partículas potencialmente 
contaminantes que são liberadas em seu interior. 15 a 20 renovações completas do ar da sala de operação 
no espaço de uma hora. Chama-se de ventilação convencional o sistema estabelecido por simples aparelhos 
condicionadores de ar, mas que fique claro que este é totalmente contraindicado 
• Temperatura e umidade: um ambiente com baixa umidade favorece a propagação de faíscas elétricas e 
perda excessiva de água por parte do paciente, devido a evaporação através das grandes incisões iu durante 
cirurgias de grande duração (deve situar entre 45 a 55%). A temperatura entre 24 e 26 graus permite que o 
paciente termine a cirurgia normotérmico 
• Sistemas de monitorização: controle de temperatura esofágica, retal, PA média periférica, ECG, 
eletroencefalográfico, pressão aórtica, pressão de AE e AD. Os aparelhos conseguem calcular e controlar o 
volume de infusão de sangue para o paciente em um determinado intervalo de tempo 
• Sistemas de comunicação: evitar o tráfego desnecessário de pessoas e materiais, para diminuir as chances 
de infecção da ferida operatória 
• Eletricidade: o ambiente cirúrgico precisa contar com uma fonte geradora própria, permanente e 
independente de energia elétrica 
• Acabamento 
• Piso: material resistente, não poroso, de fácil visualização de sujeiras, de fácil limpeza, livre de ralos e 
frestas, pouco sonoro e bom condutor de eletricidade estática para evitar faíscas. Ele deve ser aplicado a 
uma grade de cobre ligada a um fio terra. 
• Paredes: de superfície lisa, uniforme, com cantos arredondados para facilitar limpeza e evitar o acúmulo de 
poeira. Os materiais usados no centro devem distar 150 cm acima do piso para evitar faíscas que possam 
inflamar gases anestésicos. Usar azulejo fosco não facetado, cobertura de epóxi ou placas de fórmica. A 
junção das paredes e piso deve ter rodapés arredondados para evitar acúmulo de poeira e facilitar na 
limpeza 
• Forro: deve ser não poroso pra não ser abrigo de bactérias, de fácil limpeza e pouca condutibilidade 
• Janelas: formadas por dois vidros com vácuo no meio para reter raios iv, todas deverão ser dotadas de telas. 
• Portas: todas de correr, mas nunca embutida entre duas paredes, precisam ter visores de vidro para ter 
visão do centro e evitar abertura desnecessária. Para evitar a turbulência das correntes de ar, recomenda-se 
um sistema de pressão positiva no interior das salas de operação. 
• Cor do ambiente: cor de combate a fadiga visual, que diminua os reflexos luminosos e reduza a excitação 
nervosa e cansaço físico. Cores de tranquilidade e descontração 
• Fluxos: criteriosamente planejado, com tráfego unidirecional sempre da zona limpa para as zonas 
potencialmente contaminada. 
 
SISTEMAS DE SEGURANÇA• Evitar infecção, eletricidade, incêndio, explosão, falta de energia e fazer sempre manutenção geral. 
• Infecção: em cirurgia geral pode acontecer em 50% dos casos. Geralmente está ligado a falta de disciplina e 
técnica cirúrgica, consequente da irresponsabilidade e incompetência da equipe cirúrgica 
• Eletricidade: implantar medidas como fio terra, estabilizadores de voltagem e condutor de proteção, 
evitando diferenças de potenciais que cheguem a 10mV. Testar os aparelhos elétricos após a sua instalação. 
• Incêndio: deve existir redes de extintores e mangueiras dentro do centro operatório 
• Explosões: o acúmulo de gases favorece a possibilidade de explosões, se fazendo fundamental o sistema de 
ventilação 
• Falta de energia: todo hospital deverá dispor de um gerador próprio de energia elétrica, dotado de partida 
automática, conectada à rede geral 
• Manutenção geral: não deve ser destinado a reparar defeitos após a verificação dos mesmos, mas para 
desenvolver testes periódicos e rotineiros de todas as instalações e equipamentos do ambiente cirúrgico 
 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
AS INSTALAÇÕES, OS EQUIPAMENTOS, O PESSOAL E, PRINCIPALMENTE, A VONTADE DO MESMO EM SERVIR O 
PACIENTE DA MELHOR FORMA POSSÍVEL É QUE DEFINEM A QUALIDADE DO AMBIENTE CIRURGICO. 
 
CAPÍTULO 10: EQUIPE CIRÚRGICA 
• Incumbências bem definidas, sem exorbitâncias nem omissões 
• Cirurgião: principal executor e responsável. Precisa ter rapidez de raciocínio, decisões prontas, destreza 
manual, atitude de comando, equilíbrio emocional e desejo da perfeição. Experiência e segurança o cirurgião 
só adquire após muitos anos de estudo. Deve ser humilde e consciente das limitações da sua tarefa. 
• Equipe cirúrgica: dar ao ato operatório maior perfeição e rendimento com menor desgaste de energia. É 
constituída de anestesista (escolhe a anestesia, autoriza o início da cirurgia e pode suspender ou 
interromper caso tenha risco de vida ao paciente), cirurgião (coordena o trabalho de toda a equipe, escolhe 
seus colaboradores que tenha maior afinidade e os elogiem para estimular o desempenho, escolhe a melhor 
via de acesso, deve trabalhar em posição ereta), assistente (primeiro auxiliar deve colocar o paciente em 
posição adequada na mesa operatória, preparar o campo cirúrgico, organizar a mesa instrumental, coloca-se 
frente ao cirurgião para auxiliar nas manobras de hemostasia, amarrando os fios de sutura, afasta as 
estruturas de maneira adequada e suave, tem pleno conhecimento dos tempos operatórios, consegue fazer 
suas manobras sem interferir nas do cirurgião) e instrumentador (elemento de maior mobilidade, mantem 
contato com enfermeiras, cuida da mesa instrumentador arrumando-a de maneira sistemática, deve manter 
limpo o campo operatório trocando as compressas, colocando gazes e tirando os excessos deixados em cima 
do paciente) 
• Mesa do instrumental: formada por área habitual (local onde tem os instrumentos mais usados, corresponde 
a diérese, hemostasia e síntese) e área eventual de pegada (instrumentos específicos de intervenção, 
utilizados somente em momentos determinados). Os instrumentos são colocados com a ponta para o 
instrumentador, as pinças são iniciadas pelas curvas e depois pelas retas seguida da de kocher (preensão de 
estruturas). A mesa de instrumentos deve ficar em posição perpendicular a mesa cirúrgica. A mesa de Mayo 
fica sobre os pés do paciente. 
• Movimento em cirurgia: somatório dos movimentos simples e repetitivos característicos das operações 
fundamentais. O campo operatório deve ser isolado do anestesista. As forças utilizadas nos movimentos são 
descritas no esquema de McCarthy 
• Sinalização e instrumentação cirúrgica: elimina a troca de palavras durante o ato operatório, evitando a 
contaminação. O bisturi é segurado pelo cirurgião de duas maneiras: como um lápis para incisões pequenas 
e dissecções ou como um arco de violino para incisões longas e retilíneas. As pinças curvas devem ter sua 
curvatura voltada para o cirurgião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
 Questões de Aprendizado (1° BLOCO): 
 
A) A porta principal quem passa é o pct (o cirurgião entra pelo vestiário) – faz a vestimenta dos EPIs na zona de 
segurança – todo mundo que adentra o centro cirúrgico adentra pelo vestiário, exceto p pct que entra pela porta 
principal. 
Zona de proteção/segurança - Zona limpa – Zona estéril (centro cirúrgico) 
Zona de proteção = no vestiário (vai se trocar, colocar EPI para adentrar a zona limpa); 
B) conforto medico é zona limpa e pode ter alimento nele – entram alimentos controlados e de procedência 
conhecida – Tiago não violou nenhum principio de assepsia e antissepsia 
C) Degermação não é um procedimento estéril por isso não precisa usar a luva estéril (procedimento potencialmente 
contaminado); - então se o cirurgião quem degermou dps ele tem que fazer a lavagem cirúrgica das mãos e se 
paramentar - usar o capote e dps calçar as luvas (para degermar ele poderia ter feito lavagem simples) 
Degermação usa clorexidina Degermante (que é diferente da clorexidina alcoólica usada para antissepsia que aí é 
estéril, então para usar a clorexidina alcoólica vc tem que estar paramentado) – do lugar menos contaminado para o 
mais contaminado; 
Idealmente Quem faz a degermação é o cirurgião auxiliar (prepara a sala posicionando o pct) – pela lei vc não opera 
sem cirurgião auxiliar/assistente (qualquer medico pode ser o assistente, não precisa ser especialista); 
D) o cirurgião só deveria retirar os EPI na zona de proteção (na zona limpa vc tem que está com os EPI) – vc tira na 
zona estéril o que vc colocou na zona estéril (luva e avental) – não tira a toca e nem o propé para ir para zona limpa 
que nesse caso a sala de recuperação anestésica 
- Estudos mostraram a ineficiência do propé pq ele não mostrou relevância em transmitir infecção 
- Se vc acharque está muito contaminado vc vai do centro cirúrgico para o corredor periférico 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
 
 
 
 
 
 
 
 
A) A função de organizar a mesa instrumental é do instrumentador e o de destinar as peças retiradas para a 
enfermagem tbm– cirurgião assistente (afastar as estruturas) 
- Quem tem contato com a equipe da enfermagem é o instrumentador (enfermagem vai abrir o material estéril e o 
instrumentador vai receber o material); 
B) quem deve fazer a lavagem cirúrgica das mãos e a paramentação é todo aquele que for ter contato com o 
material estéril – então: instrumentador, cirurgião e cirurgião assistente (o circulante não precisa, a enfermeira não 
precisa) 
C) o anestesista deve estar atento as funções vitais e sinais para controle da homeostasia e ele percebendo que o pct 
está em risco ele pode determinar a interrupção do procedimento (não sendo função do cirurgião assistente, ele 
deve apenas parar erguer as mãos para não se contaminar e colocar compressa) – em caso de PCR tbm é o 
anestesista que faz a massagem; 
D) deve estar tudo mecanizado na cabeça do instrumentador – se for fazer uma prótese de joelho a empresa 
manda junto com a prótese um instrumentador que conhece toda a sequencia da prótese 
 
A) a agente antisséptico tem a capacidade de eliminar a transitório, porém não a residente pq se ele tivesse essa 
capacidade seria um processo de esterilização (pode reduzir a residente); 
B) o antisséptico ideal deve ser microbicida e manter um efeito residual (dps de um certo período tem que fazer a 
troca de luva) – álcool 70 tem efeito microbicida rápido, mas não tem efeito residual – efeito residual da 
clorexidina é 2h 
C) soluções alcoólicas não é álcool 70, são soluções compostos por álcool (padronizado a solução alcoólica para a 
fricção das mãos) e são mais efetivas; 
D) as reações alérgicas estão mais ligadas ao iodo, a clorexidina é praticamenteinerte em absorção do organismo 
por isso é mais comumente usada, ela não é tão irritante e nem alergênica (o álcool é mais irritante que a 
clorexidina); 
TOCE 7° A 
 
# TÉCNICA OPERATÓRIA E CIRURGIA EXPERIMENTAL – 7° TOCE 
 
A) não tem a mesma indicação – tem q fazer lavagem simples com água e sabão para tirar o grosso (partículas, 
gorduras, sujeira...) – aí para passar para o outro paciente eu retiro a luva e passo o álcool pq eu quero efeito 
microbicida rápido – e as soluções antissépticas são usadas para a lavagem cirúrgica das mãos 
B) é de distal (extremidades) para proximal – 1° lavagem de 3-5 min e a 2° lavagem 2-3 min (mais tempo levaria a 
micro lesões aumentando o risco de contaminação) – a lavagem das mãos não precisa ser unidirecional 
C) é verdade (a minha mão pode tocar na parte interna da luva e do avental – INTERNO COM INTERNO e EXTERNO 
COM EXTERNO) 
D) 1° veste o avental e dps calça a luva 
 
 
 
REFERÊNCIA TIAGO: 
Centro cirúrgico: Capítulos 1; 3 e 10 do Goffi, Técnica cirúrgica 4ª edição 
Higienização das mãos: Manual da Anvisa - Segurança do paciente / Higienização das mãos (capítulos 5; 6 e 7) 
Aventais e Luvas: Páginas 44 e 45 do Goffi

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