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Aula 1- Hipertensão fitoterápicos

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Universidade Federal Fluminense 
Faculdade de Farmácia 
Disciplina de Fitoterapia 
MSc. Luis Armando Candido Tietbohl 
Plantas indicadas no 
tratamento da 
HIPERTENSÃO 
1 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
Principal causa de mortalidade no mundo. 
Mais 
importantes 
Infartos 
Coronariopatias 
Valvulopatias 
Insuficiência 
cardíaca 
Doença de 
Chagas 
Hipertensão 
arterial 
Diante disso, desenvolveu-se uma série de drogas que hoje oferecem bons 
resultados nessa área, muitas delas oriundas do reino vegetal. 2 
APARELHO CARDIOVASCULAR 
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR 
Estresse Tabagismo 
Drogas Sedentarismo 
Hipercolesterolemia Má nutrição 
Várias drogas de síntese são hoje consideradas insubstituíveis. 
Isso não nos impede de fazer uso dos benefícios que muitas plantas 
medicinais podem fornecer, das quais se desconhecem vários aspectos 
relacionados à sua utilidade no aparelho cardiovascular. 3 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Doença cardiovascular mais comum. 
 20 a 30 % da população geral. 
 Embora possa aparecer na juventude, sua incidência é maior após os 40 anos. 
4 
Metade 
dos 
infartos 
cardíacos 
80 % AVC 
Principais 
causas de 
morte 
E 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
PAS 
• 140 
mmHg 
PAD 
• 90 
mmHg 
Fatores envolvidos 
Idade 
Excesso de peso e 
obesidade 
Hipercolesterolemia 
 Hiperglicemia 
Resistência à insulina 
Herança genética 
PA = DC x RVP 
Hipertensão 
FC x VS 
DEFINIÇÃO 
Causas: Multifatorial 
5 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 A hipertensão arterial, quando persistente: 
 Danificar vasos sanguíneos renais, cardíacos e cerebrais AVC). 
 insuficiência renal, 
 coronariopatia, 
 insuficiência cardíaca. 
 Foi constatado que a redução farmacológica efetiva da PA impede a lesão 
dos vasos sanguíneos e diminui significativamente as taxas de morbidade 
e de mortalidade. 
O conhecimento de seus mecanismos anti-hipertensivos e de seus locais de ação 
permite uma previsão correta de sua eficácia e toxicidade. 6 
DIAGNÓSTICO 
Medidas repetidas e reproduzíveis de elevações da PA. 
PA = DC X RVP 
Katzung/98 
REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
Barorreflexos Hormônios endoteliais 
(NO e endotelina-1) 
Katzung/98 
REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
Mecanismos reguladores : 
 1) Barorreceptores (SNC) situados nas 
paredes da aorta e da artéria carótida 
interna. 
 
 2) Sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
Barorreflexos: SNA 
 
 Regulação instante a instante da PA. 
Diminuição da PA reduz envio de estímulos pelos 
barorreceptores no arco aórtico e seio carotídeo 
aos centros cardiovasculares medulares com 
resposta reflexa causando vasoconstrição e 
aumento do DC. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Mecanismos reguladores: 
Sistema Renina-Angiotensina: 
 
Responsável pela regulação a longo prazo da PA. 
Redução na pressão ativa barorreceptores renais 
liberando renina que converte angiotensinogênio em 
angio I, que por sua vez se transforma em angio II (mais 
potente vasoconstritor orgânico). Posteriormente a 
angio II aumenta secreção de aldosterona com 
aumento na reabsorção de sódio e do volume 
sanguíneo. 
HIPERTENSÃO ARTERIAL 
 Mecanismos reguladores: 
Mecanismo de ação 
Angiotensinogênio 
Renina 
Angiotensina I 
Vasoconstrição 
 RVP 
 PA 
Angiotensina II 
ECA 
 Aldosterona 
 Na+, H2O 
Cininogênio 
Calicreína 
Bradicinina 
Inativa 
 PGI 
Vasodilatação 
 RVP 
 PA 
Oleaceína 
12 
FARMACOLOGIA BÁSICA DOS AGENTES ANTI-HIPERTENSIVOS 
Todos os agentes anti-hipertensivos atuam em um ou mais dos quatro locais 
anatômicos de controle da PA. 
Produzem efeitos ao interferir nos mecanismos normais de regulação da PA. 
Uma classificação útil desses fármacos consiste em dividi-los de acordo com o 
principal local regulador ou mecanismo sobre o qual atuam. 
FARMACOLOGIA BÁSICA DOS AGENTES ANTI-HIPERTENSIVOS 
Classificação dos agentes anti-hipertensivos 
1- Diuréticos 
2- Agentes simpaticoplégicos 
3- Vasodilatadores diretos 
4- Agentes que bloqueiam a produção ou a ação da angiotesina. 
1. ↓ PA através da depleção de sódio 
corporal, ↓ volume sanguíneo. 
2. ↓ PA através da ↓ RVP, inibição da 
função cardíaca e ↑ acúmulo venoso de 
sangue nos vasos de capacitância. 
3. ↓ PA, ao relaxar o músculo liso 
vascular, dilatando, assim, os vasos de 
resistência e, em graus variáveis, ↑ 
também a capacitância. 
4. ↓ RVP e (potencialmente) o volume 
sanguíneo. 
Abordagem Fitoterápica da Hipertensão 
Antes de começar qualquer tratamento, deve-se obrigatoriamente prescrever um 
regime dietético hipossódico, hipolipídico e hipocalórico, acompanhado de 
atividade física moderada e buscando uma atitude emocional equilibrada. 
MECANISMOS DE AÇÃO 
1. Anti-hipertensivos 
• Centrais 
• Periféricos 
2. Diuréticos 
3. Hipolipemiantes 
4. Sedativos 
15 
16 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Central 
São recomendadas nos casos de hipertensão leve a moderada, e seu mecanismo de ação 
está centralizado na potencial ação vasodilatadora. 
 Produzem uma excitação dos 
centros vasodilatadores bulbares. Em geral 
são drogas vegetais de difícil manipulação 
terapêutica e nem sempre isentas de riscos. 
 Vamos mencioná-las, embora não sejam recomendáveis na medida em 
que podem ser substituídas por agentes mais seguros. 
17 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Central 
Viscum album 
visco europeu 
Nomenclatura popular 
Marcadores químicos 
Colina e tiramina Efeito vasodilatador 
Flavonoides Ação diurética 
Efeito sinérgico 
Viscotoxinas Ação inotrópica negativa com efeito bradicardizante e 
hipotensor 18 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Central 
Viscum album 
FÓRMULA 
Componentes Quantidade 
Extrato seco 5:1 100-300 mg/dia 
Extrato fluido (1 g = 31 gotas) 20-30 gotas 2-3x/dia 
Tintura 1:10 25-35 gotas, 3x/dia 
19 
As próprias viscotoxinas podem ser cardiotóxicas. Referente ao visco nativo da 
Argentina (Ligaria cuneifolia), o efeito hipotensor é duvidoso, especialmente devido 
ao tipo de árvore que parasita. 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Central 
Rauwolfia serpentina 
Marcadores químicos 
Alcaloides indólicos (raiz): 
Reserpina 
Dopamina 
Redução dos neurotransmissores noradrenalina 
e serotonina. 
5-OH-triptamina 
20 
Uso prolongado pode levar a quadros depressivos (mesmo em doses baixas), sendo 
seus efeitos perceptíveis vários meses após a suspensão do tratamento. Por tudo 
isso, seu uso praticamente foi abandonado. 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Central 
Veratrum album 
Marcadores químicos 
Alcaloides (raiz). 
Aumento dos impulsos aferente inibitórios que chegam ao centro 
vasomotor. Aumentam a sensibilidade dos barorreceptores. 
21 
Apresenta uma margem terapêutica muito limitada, pois pequenas sobredoses 
podem causar ação irritante sobre as mucosas digestivas, hipotermia e depressão 
dos centros cardíacos, nervosos e respiratórios. 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
 Plantas que atuam sobre as terminações nervosas dos vasos, gerando um 
efeito espasmolítico sobre o músculo vascular e levando a uma redução da RVP. 
 São drogas vegetais de uso seguro. 
22 
PA = DC x RVP 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium sativum 
Allium sativum L. 
Nome científico 
Sinonímia 
Allium pekinense Prokhanov. 
Nomenclatura popular 
Alho 
23 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium sativum 
Marcadores químicos 
Compostosde enxofre: 
• Alicina, 
• Alhoenos (antiagregante plaquetário), 
• Dissulfeto de alilo, 
• Trissulfeto de alilo, entre outros. 
 O conjunto destes compostos de enxofre seria responsável pelo efeito hipotensor. 
 Frutosanos (75 % do peso seco), efeito diurético. 
24 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium sativum 
FÓRMULA 
Componentes Quantidade 
Bulbilhos secos 20 g 
Álcool 45 % p/p q.s.p. 100 mL 
Orientações para o preparo 
25 
secagem a 
40 °C por 
48 horas 
extrair por 
percolação 
Pesar, lavar 
e submeter 
à turbólise 
maceração 
(5 dias) 
Filtrar e 
acondicionar 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium sativum 
Indicações 
Modo do usar 
- Coadjuvante no tratamento de hiperlipidemia 
- Hipertensão arterial leve 
- Sintomas de gripes e resfriados 
- Auxiliar na prevenção da arteriosclerose. 
- Uso interno. 
- Acima de 12 anos: tomar 50 a 100 gotas (2,5 a 5 mL) da tintura diluídas em 75 mL 
de água, 2 a 3 vezes ao dia. 
Uso popular 
antibiótico 
hipotensor 
anti-inflamtório 
26 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium sativum 
Advertências 
 Não usar em gestantes, lactantes, lactentes, crianças menores de 2 anos e diabéticos. 
 Evitar o uso em pessoas com hipersensibilidade aos componentes desta formulação. 
 Não usar em casos de hemorragia e tratamento com anticoagulantes. 
 Suspender o usos de alho duas semanas antes de intervenções cirúrgicas. 
 Não usar em pessoas com gastrite, úlceras gastroduodenais, hipotensão arterial e 
hipoglicemia. 
 Doses acima das recomendadas podem causar desconforto gastrintestinal. 
 Não usar em casos de tratamento com anti-hipertensivos. 
27 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Allium cepa 
Nomenclatura popular 
Cebola 
Marcadores químicos 
• Apresenta em seu bulbo compostos similares aos do alho, embora com 
menor potência anti-hipertensiva. 
 
• Destacamos o papel diurético de seus frutosanos (10-40%), flavonoides, e 
a atividade hipolipemiante dos componentes sulfurados presentes no óleo 
essencial. 
28 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Crataegus oxyacantha 
Nomenclatura popular 
Crataegus 
Nome científico 
Crataegus oxyacantha L. 
Parte utilizada 
• Sumidades florais (das quais derivam a maioria dos trabalhos científicos realizados). 
• Frutos vermelhos dessecados (com eles são feitos alguns extratos). 
29 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Crataegus oxyacantha 
Marcadores químicos 
 Proantocianidinas (A2, B2, C1); 
 Heterosídeos flavônicos: O- e C- heterosídeos 
de flavonas e flavonóis: rutosídeo, hiperosídeo, 
2-O-L-ramnosil-vitexina; 
 Outros: feniletilamina (tiramina), ácidos 
fenólicos, triterpenos, esteróides. 
30 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Crataegus oxyacantha 
Mecanismos de ação 
 Inotropismo (+) e Cronotropismo (-) por ação das proantocianidinas. 
 Dromotropismo (+) e batmotropismo (-). 
 Ação espasmolítica nas coronárias. 
 Diminuição da RVP (tanto por redução da pressão sistólica quanto por um 
efeito diurético suave). 
 Ação antiarrítmica (especialmente como preventivo). 
31 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Crataegus oxyacantha 
Doses e recomendações terapêuticas 
Componentes Quantidade 
Droga vegetal (flores) 1,0-1,5g, 3 a 4x/dia 
Extrato seco (6:1) 160-900 mg/dia 
• Período de tratamento para transtornos de insuficiência cardíaca: mínimo de 6 semanas. 
• Pode associar-se à valeriana e/ou passiflora em transtornos de ansiedade. 
• Na Argentina são comercializadas cápsulas com extratos padronizados (2% de 
flavonoides) das flores do Crataegus oxyacantha à razão de 270 mg/cápsula. Recomenda-
se 2 a 6 cápsulas ao dia. 
• Não apresenta interações nem contra-indicações significativas, exceto evitar o uso 
conjunto com digoxina. 
32 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Olea europaea 
Nomenclatura popular 
Oliveira 
Parte utilizada 
Folhas cumprem um papel de destaque na terapia anti-hipertensiva. 
Espanha 
33 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Olea europaea 
Marcadores químicos e mecanismo de ação 
Através de diversos estudos em animais e humanos, o oleoeuroposídeo 
(secoiridóide) demonstrou possuir ação espasmolítica vascular, antiarrítmica e 
vasodilatadora, pelo que resulta ser um recurso muito útil na terapia anti-
hipertensiva. De acordo com os tipos de ligação, o oleoeuroposídeo seria 
sensível à barreira gástrica, o que não ocorre com a oleaceína. 
A propósito desta última, recentes estudos evidenciaram sua atividade como 
inibidora da ECA. Além disso, o composto 3,4-dihidroxifenil-etanol (situado nas 
folhas) cumpre o papel antagônico do cálcio. 
34 
Mecanismo de ação 
Angiotensinogênio 
Renina 
Angiotensina I 
Vasoconstrição 
 RVP 
 PA 
Angiotensina II 
ECA 
 Aldosterona 
 Na+, H2O 
Cininogênio 
Calicreína 
Bradicinina 
Inativa 
 PGI 
Vasodilatação 
 RVP 
 PA 
Oleaceína 
35 
PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS 
Nível Periférico 
Olea europaea 
FÓRMULA 
Componentes Quantidade 
Infusão das folhas a 5% 1-3 xícaras diárias 
Pó 1,2g/dia, durante 2 semanas 
Tintura a 20% 15-20 mL diários 
Extrato fluido (1g = 40 gotas) 3-5g diárias 
36 
37 
PLANTAS DIURÉTICAS 
DEFINIÇÃO 
Costumam ser muito utilizadas, geralmente como coadjuvantes de outras drogas 
específicas para diferentes processos patológicos: hipertensão arterial, 
insuficiência cardíaca congestiva, obesidade, etc. 
Denomina-se diurético todo agente que aumenta a velocidade de 
eliminação de água, produtos de excreção e eletrólitos (Na e Cl). 
38 
Acarretam uma perda global de Na e H20 – Rim. 
PLANTAS DIURÉTICAS 
A maioria dos diuréticos conhecidos atuam interferindo na reabsorção tubular do 
sódio procedente do filtrado glomerular (natriurese). 
O volume de urina é determinado pelos tipos de solutos direcionados ao túbulo renal e 
suas concentrações. Eis porque a água e os diversos eletrólitos podem atuar como 
agentes diuréticos, se ingeridos em excesso. 
39 
No entanto, os diuréticos de origem vegetal apresentam, em geral, mecanismo 
de ação diferente, fazendo prevalecer a eliminação da água sem alterar em 
demasia a excreção do sódio ou potássio. 
Por este motivo, podem ser chamados aquaréticos. 
PLANTAS DIURÉTICAS 
REABSORÇÃO 
SÓDIO 
60-70% 
30-40% 
A excreção de sódio (natriurese), e quase todos os diuréticos sintéticos de hoje atuam interferindo na 
sua reabsorção tubular. Desta forma, o sódio não reabsorvido flui pelo sistema tubular, revelando 
também seu subsequente efeito carreador de água. 40 
Essa ação diurética parece consequente a um aumento da circulação renal, o que 
leva a um maior índice de filtração glomerular e eliminação de água, sem 
comprometer muito a excreção de íons. Por isso a denominação aquaréticos. 
PLANTAS DIURÉTICAS 
DIURÉTICOS VEGETAIS 
 É difícil precisar o local de ação dos diuréticos vegetais, pois ainda não foram 
desenvolvidas as devidas investigações ou os seguimentos sobre seu uso, 
considerando-se a complexidade químico-estrutural da maioria desses agentes. 
41 
 Uma vez que a maioria dos diuréticos vegetais não 
evidencia um mecanismo claro de ação, 
excetuando-se os de ação osmótica, sua principal 
atividade parece ser sobre o glomérulo, afetando 
em pouco ou quase nada o restante do néfron. 
PLANTAS DIURÉTICAS 
CLASSES DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS COM ATIVIDADE DIURÉTICA 
FLAVONOIDES 
São agentes vasopressores-capilarotropos(incrementam a 
microcirculação renal) que afetam a permeabilidade das 
membranas celulares. 
SAPONINAS 
Geram congestão local e aumento da permeabilidade na 
membrana basal glomerular. 
ÓLEOS ESSENCIAIS 
Aumentam a taxa de filtração glomerular, apresentando 
também ação anti-séptica urinária. 
Alguns trabalhos demonstram a atividade vasodilatadora e 
moduladora do SNA. 
42 
PLANTAS DIURÉTICAS 
SUBSTÂNCIAS ATIVAS COM ATIVIDADE DIURÉTICA 
ANTOCIANOSÍDEOS 
São agentes vasopressores-capilarotropos. 
GLICÍDIOS 
Destacamos neste grupo o manitol (ação osmótica) e a inulina 
(inibe a reabsorção ativa do sódio no TCP: natriurese). 
XANTINAS 
Atividade natriurética da teofilina, cafeína e teobromina. 
Comuns em espécies como: café, erva-mate, guaraná, noz-de-
cola e chá comum (Camellia sinensis). 
43 
Alpinia zerumbet 
Alpinia zerumbet (Pers.) B. L. Burtt & Smith 
NOME CIENTÍFICO 
SINONÍMIAS 
Zerumbet speciosum J.C. Wendl. 
Alpinia speciosa (J.C. Wendl.) K. Schum 
NOMENCLATURA POPULAR 
Colônia 
PLANTAS DIURÉTICAS 
44 
Alpinia zerumbet 
Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição 
FÓRMULA 
ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO 
Componentes Quantidade 
Folhas secas 20 g 
Álcool 70 % p/p q.s.p. 100 mL 
Estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40 °C por 48 horas e 
extrair por percolação. 
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 
Acondicionar em frasco de vidro âmbar bem fechado em local fresco, seco e ao abrigo da luz. 
45 
Alpinia zerumbet 
Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição 
Marcadores químicos 
Óleo essencial 
Cineol 
Terpineol 
 
 
 
 
Flavonoides 
46 
Alpinia zerumbet 
Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição 
INDICAÇÕES 
MODO DE USAR 
- Uso interno. 
- Acima de 12 anos: tomar 10 mL da tintura diluídos em 75 mL de água, 3 vezes ao dia. 
ADVERTÊNCIAS 
Não usar em gestantes, lactantes, lactentes, crianças menores de 2 anos, alcoolistas e 
diabéticos. No tratamento com o extrato hidroalcoólico foi o aumento de transaminases e HDL. 
- Diurético 
- Anti-hipertensivo no caso de hipertensão arterial leve. 
47 
PLANTAS DIURÉTICAS 
PRINCIPAIS DIURÉTICOS VEGETAIS 
Nome científico Nome 
comum 
Parte 
usada 
Marcadores químicos Tipo de 
diurese 
Agathosa betulina buchu folhas Flavonoides Volumétrica 
Allium sativum alho bulbo Flavonoides, frutosanos Volumétrica 
Apium graveolens aipo frutos Óleo essencial Volumétrica 
Cichorium intybus chicória raiz e folhas Ácido chicorésico 
Inulina 
Volumétrica, 
Natriurética 
Coffea arabica café frutos Xantinas Volumétrica 
Ilex paraguariensis erva-mate folhas Xantinas Volumétrica 
48 
49 
Allium sativum 
AGENTES HIPOLIPEMIANTES 
Seus compostos sulfurados hidrossolúveis, principalmente o sulfeto dialílico, 
obtido por decomposição da aliina. 
50 
síntese de colesterol e ácidos graxos, 
eliminação de esteroides ácidos e neutros. 
níveis séricos de colesterol total, LDL e triglicerídeos, 
HDL. 
Olea europaea 
AGENTES HIPOLIPEMIANTES 
Sua ação deve-se aos ácidos graxos monoinsaturados (ácido oleico, majoritário) e 
poliinsaturados (essenciais) 
51 
Tanto o pó das 
folhas quanto o 
azeite de oliva 
extra virgem 
LDL 
HDL 
52 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Valeriana officinalis 
53 
Nomenclatura popular 
Valeriana, 
Erva-de-são-jorge 
Erva-de-gato. 
Nome científico 
Valeriana officinalis L. 
Parte utilizada 
Rizoma e raiz. 
Indicações 
• Sedativa 
• Hipnótica 
• Hipotensivas 
• Ansiolítico 
Os valepotriatos e a valeranona apresentam atividade espasmolítica, o que contribui para o 
efeito sedativo desejado. 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Valeriana officinalis 
O fitocomplexo envolvido nessa ação é determinado pela combinação de 
substâncias ativas tais como: 
- Iridóides (valepotriatos) e 
- Óleo essencial (em especial, os constituintes ácido valerênico, valeranona e 
valerenal). 
54 
Marcadores químicos 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Valeriana officinalis 
Embora em doses terapêuticas não apresente efeitos tóxicos, o uso prolongado da 
valeriana além do indicado (especialmente os preparados valorados em valepotriatos) pode 
gerar dependência. Não convém misturar com álcool, nem tomar na gestação, lactação ou 
em tratamentos com depressores do SNC. 
Advertências 
55 
Nome científico 
Sinonímia 
Nomenclatura popular 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Passiflora alata 
Passiflora alata Curtis 
Passiflora latifolia DC. 
Passiflora phoenicia Lindl. 
Maracujá 
56 
Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. 
Componentes Quantidade 
Folhas secas 3 g 
Água q.s.p. 150 mL 
FÓRMULA 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Passiflora alata 
Orientações para o preparo 
57 
alcaloides indólicos 
Harmana (principal) 
passiflorina 
harmina 
harmalol 
harmalina 
 
flavonoides 
 
- Crisina (ansiolítico) 
 
Marcadores químicos 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Passiflora alata 
58 
- Ansiolítico 
- Sedativo leve. 
- Uso interno. 
- O uso por indivíduos de 3 a 12 anos sob orientação médica. Acima 
de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o 
preparo, 2 a 4 vezes ao dia. 
Seu uso pode causar sonolência. Não usar em casos de tratamento 
com sedativos e depressivos do sistema nervoso. Não utilizar 
cronicamente. 
Indicações 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Passiflora alata 
Modo de usar 
Advertências 
59 
Nome científico 
Sinonímia 
Nomenclatura popular 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Melissa officinalis 
Melissa officinalis L. 
Melissa bicornis Klokov. 
 Melissa 
 Erva-cidreira 
Utilizada desde a antiguidade para fins sedativos. 
60 
Componentes Quantidade 
Sumidades floridas secas 1 - 4 g 
Água q.s.p. 150 mL 
Preparar por infusão considerando a proporção indicada no fórmula 
FÓRMULA 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Melissa officinalis 
Orientações para o preparo 
61 
Marcadores químicos 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Melissa officinalis 
• Fração alcóolica (derivados terpênicos) do óleo essencial. 
• Flavonoides (apigenina e derivados do quercetol e luteolina). 
• Eveito ansilolítico satisfatório. 
62 
Quercetol 
- Uso interno. 
- Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, 2 a 3 vezes ao 
dia. 
- Hipotensor 
- Ansiolítico 
- Sedativo leve. 
Não deve ser utilizado nos casos de hipotireoidismo e utilizar cuidadosamente em pessoas 
com hipotensão arterial. 
Indicação 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Melissa officinalis 
Modo de usar 
Advertências 
63 
Matricaria recutita L. 
Nome científico 
Sinonímia 
Chamomilla recutita (L.) Rauschert e Matricaria chamomilla L. 
Nomenclatura popular 
Camomila 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Matricaria recutita 
64 
Componentes Quantidade 
Influrescências secas 3 g 
Água q.s.p. 150 mL 
Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. 
FÓRMULA 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Matricaria recutita 
Orientações para o preparo 
65 
Modo do usar 
Ansiolítico e sedativo leve. 
- Uso interno. 
- Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 5 a 10 minutos após o preparo, 3 a 4 vezes 
entre as refeições. 
Indicações 
PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA 
Matricaria recutita 
Advertências 
Podem surgir reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdosagens, podem ocorrer 
náuseas, excitação nervosa e insônia. 
Marcadores químicos 
Flavonoide (apigenina) – efeito 
ansiolítico10 vezes menor que 
Diazepam. 
66 
Outras espécies vegetais 
utilizadas para o 
tratamento da hipertensão 
67 
Cecropia pachystachya 
• umbaúba 
• embaúba 
• ambaíba 
• árvore-da-preguiça 
NOME CIENTÍFICO 
Cecropia pachystachya Trécul 
NOMES COMUNS 
68 
Cecropia pachystachya 
• asma 
• expectorante 
• diabetes 
PARTE UTILIZADA 
folhas 
USOS POPULARES 
69 
Cecropia pachystachya 
• ambaína 
• ambainina 
• cecropina 
• cecropinina 
• flavonóides 
• β-sitosterol 
• β-amirina 
FITOQUÍMICA 
70 
Cecropia pachystachya 
• hipotensor 
• diurético 
• sedativo 
• broncodilatador 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS 
71 
Cecropia pachystachya 
• hipertensão 
• asma 
• broncoespasmo 
EFEITOS COLATERAIS 
não apresentou efeitos colaterais em ratos 
INDICAÇÕES 
72 
Cecropia pachystachya 
• gravidez 
• amamentação 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
Digoxina (efeito sinérgico) 
ADVERTÊNCIAS 
73 
Plantas Hipotensivas 
Plantas Efeito Plantas Efeito 
Agrimônia Hipotensivo, in vivo Freixo-espinhoso-so-sul Hipotensivo, in vivo 
Aipo Hipotensivo, em seres 
humanos e in vivo 
Fucus Hipotensivo 
Alho Hipotensivo, in vivo Fumária Hipotensivo, in vivo 
Assa-fétida Hipotensivo, in vivo Gengibre Hipotensivo 
Bolsa-de-pastor Hipotensivo Ginseng Hipotensivo, em seres 
humanos e in vivo 
Cálamo Hipotensivo, in vivo Hidraste Hipotensivo, efeito 
alcaloídico 
Cenoura-brava Hipotensivo, in vivo Hipérico Hipotensivo, in vivo 
Cila Vasodilatador, in vivo Marroio Vasodilatador óleo 
Cimicífuga Hipotensivo, em seres 
humanos 
Mil-folhas Hipotensivo, in vivo 
Ênula Hipotensivo, in vivo Milho Hipotensivo, in vivo 
Erva-benta Hipotensivo, in vivo Salva Hipotensivo, in vivo 
Espinheiro-branco Hipotensivo, in vivo Urtiga Hipotensivo, in vivo 
Freixo-espinhoso-do-
norte 
Hipotensivo, in vivo Verbena Hipotensivo 
74 
75 
76 
77 
78 
79 
Ponha a mão no peito e 
sinta as batidas do seu 
coração. 
Esse é o relógio da sua 
vida tiquetateando a 
contagem regressiva do 
tempo que lhe resta. Um 
dia ele parará. Isso é 
cem por cento garantido 
e não há nada que você 
possa fazer a respeito. 
80 
Portanto, não dá para 
perder um único 
precioso segundo. Vá 
atrás do seu sonho com 
energia e paixão, ou 
então recue e veja-o 
escorrer pelo ralo. 
 
Bradley Trevor Greive 
81 
Obrigado! 
82 
Bibliografia 
• Bertram G. Katzung, MD. Farmacologia Básica & Clínica. Guanabara 
Koogan, 8° ed, 2003. 
• Jorge alonso. Fitomedicina: curso para profissionais da área da saúde. 
Pharmabooks, 2008. 
• Carol A. Newall, Linda A. Anderson, J.David Phillipson. Plantas Medicinais: 
guia para profissionais de saúde. Editoral Premier, 2002. 
• Jorge Alonso. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Corpus Libros, 1° 
ed, 2004. 
• Hildebert, Wagner & Markus, Wisenauer. Fitoterapia: Fitofármacos, 
Farmacologia e Aplicações Clínicas. Pharmabooks, 2° ed, 2006. 
• António Proença da Cunha, Alda Pereira da Silva, Odete Rodrigues Roque. 
Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Fundação Calouste 
Gulbenkian, Lisboa, 2003. 
83

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