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Universidade Federal Fluminense Faculdade de Farmácia Disciplina de Fitoterapia MSc. Luis Armando Candido Tietbohl Plantas indicadas no tratamento da HIPERTENSÃO 1 APARELHO CARDIOVASCULAR Principal causa de mortalidade no mundo. Mais importantes Infartos Coronariopatias Valvulopatias Insuficiência cardíaca Doença de Chagas Hipertensão arterial Diante disso, desenvolveu-se uma série de drogas que hoje oferecem bons resultados nessa área, muitas delas oriundas do reino vegetal. 2 APARELHO CARDIOVASCULAR FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR Estresse Tabagismo Drogas Sedentarismo Hipercolesterolemia Má nutrição Várias drogas de síntese são hoje consideradas insubstituíveis. Isso não nos impede de fazer uso dos benefícios que muitas plantas medicinais podem fornecer, das quais se desconhecem vários aspectos relacionados à sua utilidade no aparelho cardiovascular. 3 HIPERTENSÃO ARTERIAL Doença cardiovascular mais comum. 20 a 30 % da população geral. Embora possa aparecer na juventude, sua incidência é maior após os 40 anos. 4 Metade dos infartos cardíacos 80 % AVC Principais causas de morte E HIPERTENSÃO ARTERIAL PAS • 140 mmHg PAD • 90 mmHg Fatores envolvidos Idade Excesso de peso e obesidade Hipercolesterolemia Hiperglicemia Resistência à insulina Herança genética PA = DC x RVP Hipertensão FC x VS DEFINIÇÃO Causas: Multifatorial 5 HIPERTENSÃO ARTERIAL A hipertensão arterial, quando persistente: Danificar vasos sanguíneos renais, cardíacos e cerebrais AVC). insuficiência renal, coronariopatia, insuficiência cardíaca. Foi constatado que a redução farmacológica efetiva da PA impede a lesão dos vasos sanguíneos e diminui significativamente as taxas de morbidade e de mortalidade. O conhecimento de seus mecanismos anti-hipertensivos e de seus locais de ação permite uma previsão correta de sua eficácia e toxicidade. 6 DIAGNÓSTICO Medidas repetidas e reproduzíveis de elevações da PA. PA = DC X RVP Katzung/98 REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Barorreflexos Hormônios endoteliais (NO e endotelina-1) Katzung/98 REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL Mecanismos reguladores : 1) Barorreceptores (SNC) situados nas paredes da aorta e da artéria carótida interna. 2) Sistema renina-angiotensina-aldosterona. HIPERTENSÃO ARTERIAL Barorreflexos: SNA Regulação instante a instante da PA. Diminuição da PA reduz envio de estímulos pelos barorreceptores no arco aórtico e seio carotídeo aos centros cardiovasculares medulares com resposta reflexa causando vasoconstrição e aumento do DC. HIPERTENSÃO ARTERIAL Mecanismos reguladores: Sistema Renina-Angiotensina: Responsável pela regulação a longo prazo da PA. Redução na pressão ativa barorreceptores renais liberando renina que converte angiotensinogênio em angio I, que por sua vez se transforma em angio II (mais potente vasoconstritor orgânico). Posteriormente a angio II aumenta secreção de aldosterona com aumento na reabsorção de sódio e do volume sanguíneo. HIPERTENSÃO ARTERIAL Mecanismos reguladores: Mecanismo de ação Angiotensinogênio Renina Angiotensina I Vasoconstrição RVP PA Angiotensina II ECA Aldosterona Na+, H2O Cininogênio Calicreína Bradicinina Inativa PGI Vasodilatação RVP PA Oleaceína 12 FARMACOLOGIA BÁSICA DOS AGENTES ANTI-HIPERTENSIVOS Todos os agentes anti-hipertensivos atuam em um ou mais dos quatro locais anatômicos de controle da PA. Produzem efeitos ao interferir nos mecanismos normais de regulação da PA. Uma classificação útil desses fármacos consiste em dividi-los de acordo com o principal local regulador ou mecanismo sobre o qual atuam. FARMACOLOGIA BÁSICA DOS AGENTES ANTI-HIPERTENSIVOS Classificação dos agentes anti-hipertensivos 1- Diuréticos 2- Agentes simpaticoplégicos 3- Vasodilatadores diretos 4- Agentes que bloqueiam a produção ou a ação da angiotesina. 1. ↓ PA através da depleção de sódio corporal, ↓ volume sanguíneo. 2. ↓ PA através da ↓ RVP, inibição da função cardíaca e ↑ acúmulo venoso de sangue nos vasos de capacitância. 3. ↓ PA, ao relaxar o músculo liso vascular, dilatando, assim, os vasos de resistência e, em graus variáveis, ↑ também a capacitância. 4. ↓ RVP e (potencialmente) o volume sanguíneo. Abordagem Fitoterápica da Hipertensão Antes de começar qualquer tratamento, deve-se obrigatoriamente prescrever um regime dietético hipossódico, hipolipídico e hipocalórico, acompanhado de atividade física moderada e buscando uma atitude emocional equilibrada. MECANISMOS DE AÇÃO 1. Anti-hipertensivos • Centrais • Periféricos 2. Diuréticos 3. Hipolipemiantes 4. Sedativos 15 16 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Central São recomendadas nos casos de hipertensão leve a moderada, e seu mecanismo de ação está centralizado na potencial ação vasodilatadora. Produzem uma excitação dos centros vasodilatadores bulbares. Em geral são drogas vegetais de difícil manipulação terapêutica e nem sempre isentas de riscos. Vamos mencioná-las, embora não sejam recomendáveis na medida em que podem ser substituídas por agentes mais seguros. 17 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Central Viscum album visco europeu Nomenclatura popular Marcadores químicos Colina e tiramina Efeito vasodilatador Flavonoides Ação diurética Efeito sinérgico Viscotoxinas Ação inotrópica negativa com efeito bradicardizante e hipotensor 18 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Central Viscum album FÓRMULA Componentes Quantidade Extrato seco 5:1 100-300 mg/dia Extrato fluido (1 g = 31 gotas) 20-30 gotas 2-3x/dia Tintura 1:10 25-35 gotas, 3x/dia 19 As próprias viscotoxinas podem ser cardiotóxicas. Referente ao visco nativo da Argentina (Ligaria cuneifolia), o efeito hipotensor é duvidoso, especialmente devido ao tipo de árvore que parasita. PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Central Rauwolfia serpentina Marcadores químicos Alcaloides indólicos (raiz): Reserpina Dopamina Redução dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina. 5-OH-triptamina 20 Uso prolongado pode levar a quadros depressivos (mesmo em doses baixas), sendo seus efeitos perceptíveis vários meses após a suspensão do tratamento. Por tudo isso, seu uso praticamente foi abandonado. PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Central Veratrum album Marcadores químicos Alcaloides (raiz). Aumento dos impulsos aferente inibitórios que chegam ao centro vasomotor. Aumentam a sensibilidade dos barorreceptores. 21 Apresenta uma margem terapêutica muito limitada, pois pequenas sobredoses podem causar ação irritante sobre as mucosas digestivas, hipotermia e depressão dos centros cardíacos, nervosos e respiratórios. PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Plantas que atuam sobre as terminações nervosas dos vasos, gerando um efeito espasmolítico sobre o músculo vascular e levando a uma redução da RVP. São drogas vegetais de uso seguro. 22 PA = DC x RVP PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium sativum Allium sativum L. Nome científico Sinonímia Allium pekinense Prokhanov. Nomenclatura popular Alho 23 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium sativum Marcadores químicos Compostosde enxofre: • Alicina, • Alhoenos (antiagregante plaquetário), • Dissulfeto de alilo, • Trissulfeto de alilo, entre outros. O conjunto destes compostos de enxofre seria responsável pelo efeito hipotensor. Frutosanos (75 % do peso seco), efeito diurético. 24 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium sativum FÓRMULA Componentes Quantidade Bulbilhos secos 20 g Álcool 45 % p/p q.s.p. 100 mL Orientações para o preparo 25 secagem a 40 °C por 48 horas extrair por percolação Pesar, lavar e submeter à turbólise maceração (5 dias) Filtrar e acondicionar PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium sativum Indicações Modo do usar - Coadjuvante no tratamento de hiperlipidemia - Hipertensão arterial leve - Sintomas de gripes e resfriados - Auxiliar na prevenção da arteriosclerose. - Uso interno. - Acima de 12 anos: tomar 50 a 100 gotas (2,5 a 5 mL) da tintura diluídas em 75 mL de água, 2 a 3 vezes ao dia. Uso popular antibiótico hipotensor anti-inflamtório 26 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium sativum Advertências Não usar em gestantes, lactantes, lactentes, crianças menores de 2 anos e diabéticos. Evitar o uso em pessoas com hipersensibilidade aos componentes desta formulação. Não usar em casos de hemorragia e tratamento com anticoagulantes. Suspender o usos de alho duas semanas antes de intervenções cirúrgicas. Não usar em pessoas com gastrite, úlceras gastroduodenais, hipotensão arterial e hipoglicemia. Doses acima das recomendadas podem causar desconforto gastrintestinal. Não usar em casos de tratamento com anti-hipertensivos. 27 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Allium cepa Nomenclatura popular Cebola Marcadores químicos • Apresenta em seu bulbo compostos similares aos do alho, embora com menor potência anti-hipertensiva. • Destacamos o papel diurético de seus frutosanos (10-40%), flavonoides, e a atividade hipolipemiante dos componentes sulfurados presentes no óleo essencial. 28 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Crataegus oxyacantha Nomenclatura popular Crataegus Nome científico Crataegus oxyacantha L. Parte utilizada • Sumidades florais (das quais derivam a maioria dos trabalhos científicos realizados). • Frutos vermelhos dessecados (com eles são feitos alguns extratos). 29 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Crataegus oxyacantha Marcadores químicos Proantocianidinas (A2, B2, C1); Heterosídeos flavônicos: O- e C- heterosídeos de flavonas e flavonóis: rutosídeo, hiperosídeo, 2-O-L-ramnosil-vitexina; Outros: feniletilamina (tiramina), ácidos fenólicos, triterpenos, esteróides. 30 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Crataegus oxyacantha Mecanismos de ação Inotropismo (+) e Cronotropismo (-) por ação das proantocianidinas. Dromotropismo (+) e batmotropismo (-). Ação espasmolítica nas coronárias. Diminuição da RVP (tanto por redução da pressão sistólica quanto por um efeito diurético suave). Ação antiarrítmica (especialmente como preventivo). 31 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Crataegus oxyacantha Doses e recomendações terapêuticas Componentes Quantidade Droga vegetal (flores) 1,0-1,5g, 3 a 4x/dia Extrato seco (6:1) 160-900 mg/dia • Período de tratamento para transtornos de insuficiência cardíaca: mínimo de 6 semanas. • Pode associar-se à valeriana e/ou passiflora em transtornos de ansiedade. • Na Argentina são comercializadas cápsulas com extratos padronizados (2% de flavonoides) das flores do Crataegus oxyacantha à razão de 270 mg/cápsula. Recomenda- se 2 a 6 cápsulas ao dia. • Não apresenta interações nem contra-indicações significativas, exceto evitar o uso conjunto com digoxina. 32 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Olea europaea Nomenclatura popular Oliveira Parte utilizada Folhas cumprem um papel de destaque na terapia anti-hipertensiva. Espanha 33 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Olea europaea Marcadores químicos e mecanismo de ação Através de diversos estudos em animais e humanos, o oleoeuroposídeo (secoiridóide) demonstrou possuir ação espasmolítica vascular, antiarrítmica e vasodilatadora, pelo que resulta ser um recurso muito útil na terapia anti- hipertensiva. De acordo com os tipos de ligação, o oleoeuroposídeo seria sensível à barreira gástrica, o que não ocorre com a oleaceína. A propósito desta última, recentes estudos evidenciaram sua atividade como inibidora da ECA. Além disso, o composto 3,4-dihidroxifenil-etanol (situado nas folhas) cumpre o papel antagônico do cálcio. 34 Mecanismo de ação Angiotensinogênio Renina Angiotensina I Vasoconstrição RVP PA Angiotensina II ECA Aldosterona Na+, H2O Cininogênio Calicreína Bradicinina Inativa PGI Vasodilatação RVP PA Oleaceína 35 PLANTAS ANTI-HIPERTENSIVAS Nível Periférico Olea europaea FÓRMULA Componentes Quantidade Infusão das folhas a 5% 1-3 xícaras diárias Pó 1,2g/dia, durante 2 semanas Tintura a 20% 15-20 mL diários Extrato fluido (1g = 40 gotas) 3-5g diárias 36 37 PLANTAS DIURÉTICAS DEFINIÇÃO Costumam ser muito utilizadas, geralmente como coadjuvantes de outras drogas específicas para diferentes processos patológicos: hipertensão arterial, insuficiência cardíaca congestiva, obesidade, etc. Denomina-se diurético todo agente que aumenta a velocidade de eliminação de água, produtos de excreção e eletrólitos (Na e Cl). 38 Acarretam uma perda global de Na e H20 – Rim. PLANTAS DIURÉTICAS A maioria dos diuréticos conhecidos atuam interferindo na reabsorção tubular do sódio procedente do filtrado glomerular (natriurese). O volume de urina é determinado pelos tipos de solutos direcionados ao túbulo renal e suas concentrações. Eis porque a água e os diversos eletrólitos podem atuar como agentes diuréticos, se ingeridos em excesso. 39 No entanto, os diuréticos de origem vegetal apresentam, em geral, mecanismo de ação diferente, fazendo prevalecer a eliminação da água sem alterar em demasia a excreção do sódio ou potássio. Por este motivo, podem ser chamados aquaréticos. PLANTAS DIURÉTICAS REABSORÇÃO SÓDIO 60-70% 30-40% A excreção de sódio (natriurese), e quase todos os diuréticos sintéticos de hoje atuam interferindo na sua reabsorção tubular. Desta forma, o sódio não reabsorvido flui pelo sistema tubular, revelando também seu subsequente efeito carreador de água. 40 Essa ação diurética parece consequente a um aumento da circulação renal, o que leva a um maior índice de filtração glomerular e eliminação de água, sem comprometer muito a excreção de íons. Por isso a denominação aquaréticos. PLANTAS DIURÉTICAS DIURÉTICOS VEGETAIS É difícil precisar o local de ação dos diuréticos vegetais, pois ainda não foram desenvolvidas as devidas investigações ou os seguimentos sobre seu uso, considerando-se a complexidade químico-estrutural da maioria desses agentes. 41 Uma vez que a maioria dos diuréticos vegetais não evidencia um mecanismo claro de ação, excetuando-se os de ação osmótica, sua principal atividade parece ser sobre o glomérulo, afetando em pouco ou quase nada o restante do néfron. PLANTAS DIURÉTICAS CLASSES DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS COM ATIVIDADE DIURÉTICA FLAVONOIDES São agentes vasopressores-capilarotropos(incrementam a microcirculação renal) que afetam a permeabilidade das membranas celulares. SAPONINAS Geram congestão local e aumento da permeabilidade na membrana basal glomerular. ÓLEOS ESSENCIAIS Aumentam a taxa de filtração glomerular, apresentando também ação anti-séptica urinária. Alguns trabalhos demonstram a atividade vasodilatadora e moduladora do SNA. 42 PLANTAS DIURÉTICAS SUBSTÂNCIAS ATIVAS COM ATIVIDADE DIURÉTICA ANTOCIANOSÍDEOS São agentes vasopressores-capilarotropos. GLICÍDIOS Destacamos neste grupo o manitol (ação osmótica) e a inulina (inibe a reabsorção ativa do sódio no TCP: natriurese). XANTINAS Atividade natriurética da teofilina, cafeína e teobromina. Comuns em espécies como: café, erva-mate, guaraná, noz-de- cola e chá comum (Camellia sinensis). 43 Alpinia zerumbet Alpinia zerumbet (Pers.) B. L. Burtt & Smith NOME CIENTÍFICO SINONÍMIAS Zerumbet speciosum J.C. Wendl. Alpinia speciosa (J.C. Wendl.) K. Schum NOMENCLATURA POPULAR Colônia PLANTAS DIURÉTICAS 44 Alpinia zerumbet Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição FÓRMULA ORIENTAÇÕES PARA O PREPARO Componentes Quantidade Folhas secas 20 g Álcool 70 % p/p q.s.p. 100 mL Estabilizar o material vegetal submetendo à secagem em estufa a 40 °C por 48 horas e extrair por percolação. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Acondicionar em frasco de vidro âmbar bem fechado em local fresco, seco e ao abrigo da luz. 45 Alpinia zerumbet Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição Marcadores químicos Óleo essencial Cineol Terpineol Flavonoides 46 Alpinia zerumbet Formulário de Fitoterápicos - Farmacopeia Brasileira - 1° edição INDICAÇÕES MODO DE USAR - Uso interno. - Acima de 12 anos: tomar 10 mL da tintura diluídos em 75 mL de água, 3 vezes ao dia. ADVERTÊNCIAS Não usar em gestantes, lactantes, lactentes, crianças menores de 2 anos, alcoolistas e diabéticos. No tratamento com o extrato hidroalcoólico foi o aumento de transaminases e HDL. - Diurético - Anti-hipertensivo no caso de hipertensão arterial leve. 47 PLANTAS DIURÉTICAS PRINCIPAIS DIURÉTICOS VEGETAIS Nome científico Nome comum Parte usada Marcadores químicos Tipo de diurese Agathosa betulina buchu folhas Flavonoides Volumétrica Allium sativum alho bulbo Flavonoides, frutosanos Volumétrica Apium graveolens aipo frutos Óleo essencial Volumétrica Cichorium intybus chicória raiz e folhas Ácido chicorésico Inulina Volumétrica, Natriurética Coffea arabica café frutos Xantinas Volumétrica Ilex paraguariensis erva-mate folhas Xantinas Volumétrica 48 49 Allium sativum AGENTES HIPOLIPEMIANTES Seus compostos sulfurados hidrossolúveis, principalmente o sulfeto dialílico, obtido por decomposição da aliina. 50 síntese de colesterol e ácidos graxos, eliminação de esteroides ácidos e neutros. níveis séricos de colesterol total, LDL e triglicerídeos, HDL. Olea europaea AGENTES HIPOLIPEMIANTES Sua ação deve-se aos ácidos graxos monoinsaturados (ácido oleico, majoritário) e poliinsaturados (essenciais) 51 Tanto o pó das folhas quanto o azeite de oliva extra virgem LDL HDL 52 PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Valeriana officinalis 53 Nomenclatura popular Valeriana, Erva-de-são-jorge Erva-de-gato. Nome científico Valeriana officinalis L. Parte utilizada Rizoma e raiz. Indicações • Sedativa • Hipnótica • Hipotensivas • Ansiolítico Os valepotriatos e a valeranona apresentam atividade espasmolítica, o que contribui para o efeito sedativo desejado. PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Valeriana officinalis O fitocomplexo envolvido nessa ação é determinado pela combinação de substâncias ativas tais como: - Iridóides (valepotriatos) e - Óleo essencial (em especial, os constituintes ácido valerênico, valeranona e valerenal). 54 Marcadores químicos PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Valeriana officinalis Embora em doses terapêuticas não apresente efeitos tóxicos, o uso prolongado da valeriana além do indicado (especialmente os preparados valorados em valepotriatos) pode gerar dependência. Não convém misturar com álcool, nem tomar na gestação, lactação ou em tratamentos com depressores do SNC. Advertências 55 Nome científico Sinonímia Nomenclatura popular PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Passiflora alata Passiflora alata Curtis Passiflora latifolia DC. Passiflora phoenicia Lindl. Maracujá 56 Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. Componentes Quantidade Folhas secas 3 g Água q.s.p. 150 mL FÓRMULA PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Passiflora alata Orientações para o preparo 57 alcaloides indólicos Harmana (principal) passiflorina harmina harmalol harmalina flavonoides - Crisina (ansiolítico) Marcadores químicos PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Passiflora alata 58 - Ansiolítico - Sedativo leve. - Uso interno. - O uso por indivíduos de 3 a 12 anos sob orientação médica. Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, 2 a 4 vezes ao dia. Seu uso pode causar sonolência. Não usar em casos de tratamento com sedativos e depressivos do sistema nervoso. Não utilizar cronicamente. Indicações PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Passiflora alata Modo de usar Advertências 59 Nome científico Sinonímia Nomenclatura popular PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Melissa officinalis Melissa officinalis L. Melissa bicornis Klokov. Melissa Erva-cidreira Utilizada desde a antiguidade para fins sedativos. 60 Componentes Quantidade Sumidades floridas secas 1 - 4 g Água q.s.p. 150 mL Preparar por infusão considerando a proporção indicada no fórmula FÓRMULA PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Melissa officinalis Orientações para o preparo 61 Marcadores químicos PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Melissa officinalis • Fração alcóolica (derivados terpênicos) do óleo essencial. • Flavonoides (apigenina e derivados do quercetol e luteolina). • Eveito ansilolítico satisfatório. 62 Quercetol - Uso interno. - Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 10 a 15 minutos após o preparo, 2 a 3 vezes ao dia. - Hipotensor - Ansiolítico - Sedativo leve. Não deve ser utilizado nos casos de hipotireoidismo e utilizar cuidadosamente em pessoas com hipotensão arterial. Indicação PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Melissa officinalis Modo de usar Advertências 63 Matricaria recutita L. Nome científico Sinonímia Chamomilla recutita (L.) Rauschert e Matricaria chamomilla L. Nomenclatura popular Camomila PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Matricaria recutita 64 Componentes Quantidade Influrescências secas 3 g Água q.s.p. 150 mL Preparar por infusão considerando a proporção indicada na fórmula. FÓRMULA PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Matricaria recutita Orientações para o preparo 65 Modo do usar Ansiolítico e sedativo leve. - Uso interno. - Acima de 12 anos: tomar 150 mL do infuso, 5 a 10 minutos após o preparo, 3 a 4 vezes entre as refeições. Indicações PLANTAS COM AÇÃO SEDATIVA Matricaria recutita Advertências Podem surgir reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdosagens, podem ocorrer náuseas, excitação nervosa e insônia. Marcadores químicos Flavonoide (apigenina) – efeito ansiolítico10 vezes menor que Diazepam. 66 Outras espécies vegetais utilizadas para o tratamento da hipertensão 67 Cecropia pachystachya • umbaúba • embaúba • ambaíba • árvore-da-preguiça NOME CIENTÍFICO Cecropia pachystachya Trécul NOMES COMUNS 68 Cecropia pachystachya • asma • expectorante • diabetes PARTE UTILIZADA folhas USOS POPULARES 69 Cecropia pachystachya • ambaína • ambainina • cecropina • cecropinina • flavonóides • β-sitosterol • β-amirina FITOQUÍMICA 70 Cecropia pachystachya • hipotensor • diurético • sedativo • broncodilatador EFEITOS FARMACOLÓGICOS 71 Cecropia pachystachya • hipertensão • asma • broncoespasmo EFEITOS COLATERAIS não apresentou efeitos colaterais em ratos INDICAÇÕES 72 Cecropia pachystachya • gravidez • amamentação INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Digoxina (efeito sinérgico) ADVERTÊNCIAS 73 Plantas Hipotensivas Plantas Efeito Plantas Efeito Agrimônia Hipotensivo, in vivo Freixo-espinhoso-so-sul Hipotensivo, in vivo Aipo Hipotensivo, em seres humanos e in vivo Fucus Hipotensivo Alho Hipotensivo, in vivo Fumária Hipotensivo, in vivo Assa-fétida Hipotensivo, in vivo Gengibre Hipotensivo Bolsa-de-pastor Hipotensivo Ginseng Hipotensivo, em seres humanos e in vivo Cálamo Hipotensivo, in vivo Hidraste Hipotensivo, efeito alcaloídico Cenoura-brava Hipotensivo, in vivo Hipérico Hipotensivo, in vivo Cila Vasodilatador, in vivo Marroio Vasodilatador óleo Cimicífuga Hipotensivo, em seres humanos Mil-folhas Hipotensivo, in vivo Ênula Hipotensivo, in vivo Milho Hipotensivo, in vivo Erva-benta Hipotensivo, in vivo Salva Hipotensivo, in vivo Espinheiro-branco Hipotensivo, in vivo Urtiga Hipotensivo, in vivo Freixo-espinhoso-do- norte Hipotensivo, in vivo Verbena Hipotensivo 74 75 76 77 78 79 Ponha a mão no peito e sinta as batidas do seu coração. Esse é o relógio da sua vida tiquetateando a contagem regressiva do tempo que lhe resta. Um dia ele parará. Isso é cem por cento garantido e não há nada que você possa fazer a respeito. 80 Portanto, não dá para perder um único precioso segundo. Vá atrás do seu sonho com energia e paixão, ou então recue e veja-o escorrer pelo ralo. Bradley Trevor Greive 81 Obrigado! 82 Bibliografia • Bertram G. Katzung, MD. Farmacologia Básica & Clínica. Guanabara Koogan, 8° ed, 2003. • Jorge alonso. Fitomedicina: curso para profissionais da área da saúde. Pharmabooks, 2008. • Carol A. Newall, Linda A. Anderson, J.David Phillipson. Plantas Medicinais: guia para profissionais de saúde. Editoral Premier, 2002. • Jorge Alonso. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Corpus Libros, 1° ed, 2004. • Hildebert, Wagner & Markus, Wisenauer. Fitoterapia: Fitofármacos, Farmacologia e Aplicações Clínicas. Pharmabooks, 2° ed, 2006. • António Proença da Cunha, Alda Pereira da Silva, Odete Rodrigues Roque. Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2003. 83
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