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Análise Fílmica Carlos Reyna creynna@gmail.com A distribuição do saber – No nível do filme – É preciso não confundir o que se passa com o que é mostrado. – Raramente toma-se conhecimento de tudo o que se passa. – Ex: O Nascimento de uma nação, 1915, Griffith “dois anos e meio depois” certo número de peripécias passa desapercebido A distribuição do saber –Concepção clássica e moderna se opõem – A primeira (Clássica), exigirá uma resposta ao desequilíbrio inicial: • Será que ela encontrará o tesouro? • Ela vai casar? • Eles chegarão a tempo? – A segunda (moderna), representará, de preferência a abertura: • o fechamento postergado, • recusa em cortar (insulto à liberdade do intérprete). A distribuição do saber –A distribuição do saber: é a arte da narrativa em apresentar as peças em certa ordem e certo ritmo. –Ex: O homicídio • O filme pode iniciar com a descoberta do corpo => colocando em igualdade de condições com o detetive. • Pode começar com assassinato=>elevando o saber do espectador a um nível superior do detetive. A distribuição do saber –Seguidamente: • Com quem seguir a investigação? • Com o investigador ou com o criminoso? • Como seguir a voz de um narrador todo- poderoso (voz over). –Há tb um coup de théâtre – distribuição tardia do saber (supense) –Obriga a uma revisão de uma hipótese de leitura final do filme A distribuição do saber – Quem é Keyser Soze? Os Suspeitos (1995), Bryan Singer. A distribuição do saber – Qual é o objeto do jogo? Vidas em Jogo (1997), Bryan Singer. A distribuição do saber – Realidade e fantasia se confundem no desejo de reconstruir o rosto? Vanilla Sky, 2001, Cameron Crowe A distribuição do saber –Perguntas como essa interessa à disciplina chamada “narratologia” –Entre outras coisas estudam o modo como o saber é distribuído. –Eles conceberam que a transposição da Literatura para o cinema não é tranquila. –Qdo falamos de compartilhar a visão de um personagem? –Como o cinema constrói essa visão? A distribuição do saber –Se mesmo a câmera subjetiva é uma aproximação da visão humana! –Subtração Quem olha não quer ser visto. –Forma clássica que o protagonista é espião; –Ex: A garota da capa vermelha 1:10:00 A distribuição do saber – O cinema dispõe de temas para divulgar o saber: • Ex: como contar um nascimento? • O cartaz: o nascimento de um bebê • A fala: Ela é uma menina. • Sugerir:grito do bebê. • Solução intermediária: sorriso da mãe. • Soluções combinadas: tudo ao mesmo tempo A distribuição do saber – Alguns cineastas gostam de confrontar (Confrontação): pingos nos “is”. – Colocam o espectador diante da evidência. – Obrigam a olhar o que poderia ter ficado de fora do campo de visão. – Dane-se o pudor, a intimidade, o não dito – Ex: cenas de tortura em Coração Valente e a Paixão de Cristo (Mel Gibson) ou Audition, 1999, Takashi Miike (Shigaharu Aoyama, Asami Yamazaki) A distribuição do saber – Outros cineastas mediatizam o acontecimento Testemunho – Recusam o espetáculo direto e mostram a testemunha. – A figura da morte do pai através dos olhos horrorizados do filho – Outros cineastas preferem a subtração de emoções inesperadas – A amada ama outro rosto é dissimulado por qq elemento desfocado (folha, poste, etc), para não mostrá-lo A distribuição do saber – Ou mesmo a utilização do fora do quadro. – Não é porque a coisa a ser vista está no campo que ela está no quadro A distribuição do saber – Filme: Relatos Salvajes (2014) Damián Szifrón – Qual a explicação de cada relato? – Qual a metáfora de cada relato? Slide Number 1 A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber A distribuição do saber
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