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Balanço de Pagamentos

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1
 
Aula 5: O Balanço de 
Pagamentos e a taxa de 
câmbio 
 
 
Vamos, nesta nossa 5ª Aula, falar um 
pouco sobre comércio exterior. Em comércio 
exterior, apenas dois tópicos têm sido objeto 
de questões de provas de concursos públicos: 
o balanço de pagamentos e sua estrutura e a 
taxa de câmbio e sua influência sobre o 
balanço de pagamentos de um país. 
A gente começa, primeiramente, pelo 
Balanço de Pagamentos, sua estrutura e 
composição e, depois, tratamos da taxa de 
câmbio. Então vamos lá. 
 
 
II – Balanço de Pagamentos 
 
 
 
5.1 Conceitos Básicos 
 
O que é e para que serve o Balanço de Pagamentos? A resposta 
é muito simples: 
O Balanço de Pagamentos (BP) de um país nada mais é que 
um registro sistematizado de todas as transações comerciais e 
financeiras de um país com o resto do mundo. Ou, de acordo com 
a definição mais técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI), e 
adotada pelo Banco Central do Brasil, o 
Balanço de Pagamentos consiste no registro 
sistemático de todas as transações econômicas 
realizadas, durante um certo período, entre 
 
 2
residentes do país e residentes de outros países ditos 
estrangeiros.” 
O propósito principal desse registro é informar às autoridades 
monetárias sobre a situação das contas externas do país, de modo 
a auxiliá-las na formulação das políticas monetária, fiscal, cambial 
e comercial. 
Objetivamente, o BP contém o registro contábil de todas as 
transações de bens e serviços, as transferências de propriedades, 
as variações de ouro monetário, as transferências unilaterais de 
divisas e as variações de Direitos Especiais de Saque (DES) de 
uma economia com o resto do mundo. 
Os componentes do Balanço de Pagamentos são comumente 
apresentados em coluna, sendo os valores lançados em diferentes 
grupos de contas. Como conseqüência da adoção do critério das 
“partidas dobradas”, a soma do saldo de todas as contas, em seu 
conjunto, deve necessariamente ser igual a zero. 
Note-se que, a despeito dos esforços do FMI, a estrutura e o 
registro do BP ainda diferem de um país para outro. Neste texto, 
seguiremos a estrutura e nomenclatura adotada pelo Banco 
Central do Brasil. 
 
5.2. A contabilidade do Balanço de Pagamentos 
 
No BP, utilizando o sistema de registro contábil, todas as 
transações são registradas com duas entradas - ou seja, o sistema 
de "partidas dobradas": uma a débito e outra a crédito. Em 
conseqüência, contabilmente, o BP está sempre em equilíbrio, o 
que não significa que tenha havido equilíbrio de fato entre 
pagamentos e recebimentos do exterior. 
Normalmente, qualquer transação de um residente no país 
com um residente no exterior gera um "haver" (direito) ou uma 
"obrigação", no exterior. Assim, por exemplo, uma venda de café 
ao exterior (exportação) dá lugar a um "haver" e é registrada a 
crédito, com sinal positivo, na balança comercial. 
Simultaneamente, haverá um registro, com sinal negativo, na 
conta "haveres em moeda no exterior", significando uma saída 
dessas divisas para aplicação nas reservas do país no exterior. 
 
 3
Isso se explica pelo simples fato de que as divisas (digamos, 
dólares) não entram, de fato, no país: elas são depositadas numa 
conta do banco brasileiro (que intermediou a operação) em um 
banco conveniado no exterior (Citybank, Bankboston, Credit 
Lyonais, Mitsubishi Bank, etc). Assim, contabilmente, o Banco 
Central registra a “entrada” (sinal positivo) das divisas no item 
“exportações” da balança comercial e, simultaneamente, registra 
sua saída no item “haveres em moeda no exterior”, com sinal 
negativo. O sinal desta saída é negativo, mas na verdade, significa 
que as reservas do Brasil, no exterior, se elevaram naquele 
instante. 
Inversamente, a compra de uma máquina do exterior por um 
residente no país (uma importação) gera uma "obrigação" e é 
lançada a débito no item "importações", da balança comercial, 
com sinal negativo, e a crédito, isto é, com sinal positivo, na 
conta "haveres em moeda no exterior". Contabilmente, significa 
que foram sacadas divisas de nossas reservas no exterior, que 
foram internalizadas no País (por isso o sinal positivo) para 
pagamento da importação da máquina. O sinal positivo neste item 
“haveres em moeda no exterior” significa que houve uma 
diminuição das reservas internacionais aplicadas no exterior. 
Observe-se, então, que a contrapartida (partidas dobradas) destas 
duas transações corresponderá, no caso, a um movimento de 
capitais, já que os pagamentos não são realizados em moedas e 
sim através de movimentação de contas bancárias. 
 
 
5.3. A estrutura do balanço de pagamentos 
 
O BP é constituído de diversas contas e subcontas, sendo duas 
as contas principais: a Conta (ou balança) de Transações 
Correntes e a Conta de Capital, como se vê na Tabela 5.1. 
De acordo com os critérios de escrituração ou de 
contabilização adotados pelo Banco Central, algumas observações 
se fazem necessárias, relativamente às principais contas do 
Balanço de Pagamentos que aparecem naquela Tabela, a saber: 
 A- Conta de transações correntes 
 
 4
 Trata-se, sem dúvida, da mais importante conta do BP, e 
engloba todas as transações de mercadorias e serviços e as 
transferências unilaterais. Um superávit na conta de transações 
correntes significa que o país "vendeu" mais mercadorias e 
serviços do que "comprou" do exterior, possibilitando ao país 
quitar obrigações contraídas anteriormente, ou adquirir ativos no 
exterior ou, ainda, aumentar suas reservas internacionais. Se for 
registrado um déficit em conta corrente, as implicações serão 
opostas às acima mencionadas. Conforme você pode observar na 
Tabela 5.1. a conta de transações correntes – ou, simplesmente, 
conta corrente do BP - se compõem de: 
 1. Balança comercial 
 A balança comercial registra todas as transações referentes 
somente às exportações e importações de mercadorias. Como foi 
descrito acima, se uma determinada importação foi paga à vista, a 
operação é registrada a débito (sinal negativo) em “importações” e 
a crédito (sinal positivo) no item “haveres em moeda no exterior”. 
Caso essa importação seja financiada - isto é, não envolve 
pagamentos à vista e, portanto, não afeta a posição das reservas 
internacionais do país (haveres em moeda no exterior) - faz-se o 
lançamento a débito em "importações" e a crédito em 
"financiamentos", na conta de capital. 
2. Balança de serviços 
 Com relação ao registro dos diversos itens da conta de 
serviços, vale mencionar o seguinte: 
 i) Transportes: inclui todas as receitas e despesas com frete 
e o valor das passagens de viajantes, desde que se trate de uma 
operação entre um residente e um não-residente. Ou seja, a 
compra de uma passagem aérea da VARIG, para a França, por 
brasileiro residente no Brasil, não será registrada no BP. Mas, se 
ele comprar esta passagem da Air France, ainda que seja no Brasil 
e em reais (R$), tal operação será devidamente registrada na 
conta de “transportes”. 
 
 TABELA 5.1 
__________________________________________________ 
 
 5
 ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
 
A) Balança de transações correntes (=1+2+3) 
 1. Balança Comercial (=a+b) 
 a) Exportações 
 b) Importações 
 2. Balança de Serviços (=a+b+c+d+e+f+g) 
 a) transportes (fretes/passagens) 
 b) seguros 
 c) viagens internacionais (turismo) 
 d)despesas governamentais (embaixadas,consulados, etc) 
 e) pagamento de juros da dívida externa 
 f) remessa de lucros e dividendos 
 g)outros serviços(royalties,patentes,bolsas de estudos,etc) 
 3. Transferências unilaterais (donativos) 
 
 B) Conta de capitais (autônomos) 
 a) empréstimosde médio e longo prazos 
 b) financiamentos 
 c) investimentos e reinvestimentos diretos 
 d) amortização da dívida externa 
 e) outros capitais (de curto prazo). 
 
 C) Erros e omissões 
 D) Resultado do Balanço de Pagamentos (=A+B+C) 
 E) Demonstrativo do Resultado do Balanço de Pagamentos 
 (capitais compensatórios) 
 a) Operações de regularização (FMI, BIRD, BID) 
 b)Haveres em moeda no exterior:aumento(-)ou redução(+) 
 c) Ouro monetário: aumento (-) ou redução (+) 
 d) Direitos especiais de Saque (DES) 
 
 
 
 
 ii) Viagens internacionais: registra as despesas e receitas 
com viajantes, não incluídas no item anterior, isto é, em 
“transportes”. Exemplos: a compra de US$ 4.000,00 para viagem 
 
 6
de um brasileiro ao exterior ou a troca de dólares por reais feita 
por turistas estrangeiros numa agência bancária no Brasil. 
 iii) Lucros e dividendos: refere-se à parte dos lucros que as 
empresas multinacionais, com investimentos no Brasil, remetem 
ao exterior (despesa) ou que empresas brasileiras, com 
investimento no exterior, remetem para o Brasil (receita). Note-se 
que os "lucros reinvestidos"- isto é, a parte dos lucros que não foi 
efetivamente remetida ao exterior - é registrada, também, como 
remessa de lucros (sinal negativo), sendo, em contrapartida, 
registrada como uma entrada (sinal positivo) no item 
"investimentos e reinvestimentos diretos", da conta de capital. Tal 
procedimento se explica pela necessidade de se manter um 
controle mais objetivo dos investimentos estrangeiros no país. 
 iv) Juros: refere-se ao pagamento dos juros da dívida 
externa (despesa) e dos juros de financiamentos de importações 
adquiridas a prazo. Se o país receber juros de fora, o registro, 
claro, é feito com sinal positivo. 
 v) Despesas governamentais: referem-se aos gastos com 
manutenção de embaixadas, consulados, etc., no exterior 
(despesas) e aos recebimentos de outros países para suas 
representações diplomáticas no Brasil (receitas). 
 3. Transferências unilaterais 
 Trata-se de donativos ou doações, sem a contrapartida de 
pagamentos por parte de quem recebe. Se forem feitas em 
moeda, o registro é normal, ou seja, a crédito - se for um 
recebimento, - e a débito - se for uma saída, lançando-se o 
mesmo valor, com sinal trocado em "haveres em moeda no 
exterior". Se a doação for em espécie, isto é, em mercadorias, são 
feitos dois lançamentos: se se tratar de uma entrada ou 
recebimento de doações, faz um registro a débito em importações, 
e outro a crédito (sinal positivo) em "doações", não alterando, 
assim, o resultado do BP. 
 
 
 B. Conta de Capitais (autônomos) 
 
 7
 Esta conta registra apenas o movimento dos chamados 
capitais autônomos- isto é, os capitais que entram ou saem como 
resultado da livre operação das forças de mercado (oferta e 
demanda). Neste sentido, distinguem-se dos chamados capitais 
compensatórios - que são os capitais movimentados 
exclusivamente pelo Banco Central e que aparecem no 
"Demonstrativo do Resultado do BP". 
Fazem parte da Conta de Capitais autônomos os seguintes 
movimentos financeiros: 
 a) Empréstimos: registra os empréstimos de curto, médio e 
longo prazos, obtidos junto aos bancos privados, no exterior. 
 b) Financiamentos: referem-se aos financiamentos de 
importações adquiridas para pagamento a prazo. Neste caso, como 
já foi dito, há, também, dois registros: um a débito, em 
"importações", e outro, a crédito, em "financiamentos". 
 c) Investimentos e reinvestimentos diretos: referem-se 
aos chamados "capitais de risco" que as empresas estrangeiras 
aplicam no Brasil (entrada), ou que empresas nacionais aplicam no 
exterior (saída). Note-se que essas aplicações tanto podem ser no 
setor produtivo, como podem ocorrer no mercado de capitais 
(bolsas de valores) ou em títulos do mercado financeiro. 
 d) Amortizações: referem-se ao pagamento (ou 
recebimento) de parte do principal da dívida externa ou de 
financiamentos concedidos anteriormente. 
 
 C - Erros e Omissões 
 
 Como os registros do BP são feitos com base em estimativas 
– ainda que bastante seguras - há sempre a possibilidade de 
"desvios" nos lançamentos. Assim, é provável que os dados sobre 
uma ou outra ou outra operação não seja oportuna e devidamente 
registrada, existindo, inclusive, a hipótese de operações ainda em 
“trânsito” que não foram ainda registradas em todos os 
computadores dos diversos órgãos envolvidos com o comércio 
exterior. Este item procura minimizar os efeitos de tais falhas. 
 
 
 8
 D - Resultado do Balanço de Pagamentos 
 A soma do saldo em Transações Correntes mais o saldo da 
Conta de Capitais, mais Erros e Omissões, fornece o resultado do 
BP. Sendo positivo, o Balanço de Pagamentos terá um superávit; 
se for negativo, haverá um déficit; e se for nulo (isto é, um saldo 
zero), haverá um equilíbrio. 
 
 E- Demonstrativo do Resultado do BP 
 Se houver um equilíbrio no BP, as contas do Demonstrativo 
do Resultado não serão alteradas. Se, no entanto, houver um 
déficit, o Demonstrativo mostrará como foi financiado este déficit; 
e se houver um superávit, o Demonstrativo indicará para onde foi 
enviado o saldo positivo obtido. Para tanto, existem as seguintes 
sub-contas: 
 a) Contas de regularização: referem-se às operações com 
organismos internacionais (FMI, Banco Mundial, Banco 
Interamericano de Desenvolvimento, Eximbanks, etc), tendo como 
objetivo financiar possíveis déficits do BP. Note-se que tais 
operações podem ocorrer mesmo se, ao final, o BP registrar um 
superávit, dado que tais financiamentos são contratados 
preventivamente, antes de se fechar o BP. 
 b) Haveres em moeda no exterior: as Autoridades 
Monetárias dispõem de um estoque de moedas estrangeiras e de 
títulos externos de curto prazo aplicados no exterior, como 
resultado de superávits do BP de anos anteriores. Assim, se o BP 
apresentar um superávit, haverá um aumento desses haveres e o 
valor aparecerá com sinal negativo (indicando uma saída de 
haveres para o exterior). Se houver um déficit, o contrário 
ocorrerá. 
 c) Ouro monetário: registra as aquisições de ouro não-
monetário e as vendas de ouro pelas autoridades monetárias. No 
primeiro caso, o registro é feito com sinal negativo no item 
“variações” (saída de divisas) e, com sinal positivo no item 
“monetização do ouro”; no segundo caso, com sinal positivo no 
item “variações” (entrada de divisas) e, com sinal negativo, em 
“desmonetização do ouro”. 
 
 9
 d) Direitos Especiais de Saque (DES) - trata-se de um 
tipo de moeda escritural criada pelo Fundo Monetário 
Internacional. O país dispõe de um fundo de recursos em DES, no 
FMI, e pode movimentá-lo se necessário. 
 
5.4.Um exemplo numérico 
 
Para facilitar a compreensão da estrutura do balanço de 
pagamentos e seus respectivos lançamentos contábeis, vamos dar 
um exemplo numérico hipotético. Assim, suponhamos que as 
operações entre residentes e não-residentes de um certo país 
foram, em determinado ano, as seguintes (valores em dólares): 
 i) o país importa mercadorias no valor de 300 milhões, 
sendo 250 milhões com pagamento à vista e 50 milhões 
financiados a longo prazo; 
ii) o país recebeu 30 milhões em investimento direto, sendo 
10 milhões sem cobertura cambial, isto é, sob a forma de 
equipamentos. 
iii) as exportações do país atingiram, no período, 350 
milhões, pagas à vista; 
iv) o país pagou, à vista, 30 milhões de fretes; 
v) o país remeteu ao exterior 60 milhões, sendo 30 milhões 
referentes a juros da dívida externa; 20 milhões de 
remessas de lucros e 10 milhões de amortizações. 
vi) o país recebeu 15 milhões como donativos, sendo que 5 
milhões foram em espécie, isto é, em mercadorias. 
vii) o FMI emprestou ao país 25 milhõespara a regularização 
do déficit do BP. 
viii) os gastos de turistas estrangeiros no país atingiram a 
soma de 5 milhões, enquanto os turistas nacionais 
gastaram no exterior 10 milhões. 
ix) o país fez empréstimos no exterior no montante de 15 
milhões. 
 
 
 10
A tabela a seguir mostra a contabilização das operações 
acima: 
Contabilização do Balanço de Pagamentos 
_____________________________________________________ 
 _____Operações________________ 
 i ! ii ! iii ! iv ! v ! vi ! vii ! viii ! ix 
--------------------------------------------------------------------------
Exportações +350 
Importações -300 -10 -5 
Fretes -30 
Juros -30 
Lucros -20 
Amortizações -10 
Transferências Unilat. +15 
Turismo de brasileiros -10 
Turismo de estrangeiros +5 
Empréstimos do exterior +15 
Empréstimos do FMI +25 
Financiamentos +50 
Investimentos diretos +30 
Haveres no exterior+250 -20 –350 +30 +60 -10 -25 -5 -15 
_____________________________________________________ 
 
 A montagem do balanço de pagamentos fica, então, assim: 
 A - Balança de Transações Correntes (= 1+2+3)..: -35 
 1. Balança comercial: +35 
 a) Exportações: +350 
 b) Importações: -315 
 2. Balança der serviços: -85 
 a) Fretes: -30 
 b) Juros: -30 
 c) Lucros: -20 
 
 11
 d) Turismo: -5 
 3. Transferências unilaterais: +15 
 B - Conta de Capitais (autônomos)..: +85 
 a) Empréstimos do exterior: +15 
 b) Financiamentos: +50 
 c) Investimentos diretos: 30 
 d) Amortizações: -10 
 C - Resultado do balanço de pagamentos (= A+B)..:+50 
 D- Demonstrativo do Resultado:-50 
 a) Empréstimos do FMI: +25 
 b) Haveres no exterior: -75 
 
5.5. Transações Sobre a Linha e Sob a Linha 
 
As transações internacionais de um país podem ser 
classificadas em duas categorias: 
a) Transações sobre (ou acima) da linha - também 
chamadas operações autônomas, são aquelas transações que se 
realizam entre residentes e não-residentes, motivadas apenas 
pelas forças de mercado, espontaneamente, sem interferência das 
Autoridades Monetárias. São exemplos das transações sobre a 
linha: as exportações, as importações, a captação de empréstimos 
por empresas nacionais, os investimentos diretos, os 
financiamentos, o pagamento de transportes, os seguros, as 
viagens internacionais1, etc.. 
b) Transações sob ou abaixo da linha - também chamadas 
de movimentos compensatórios ou induzidos de capitais, são 
aquelas operações destinadas a cobrir eventuais déficits do 
balanço de pagamentos (ou a aplicar eventuais superávits). Estas 
operações são decorrentes do saldo (positivo ou negativo) das 
transações autônomas. São exemplos de tais transações os 
empréstimos obtidos pelas Autoridades Monetárias junto ao FMI 
 
1 Embora, tecnicamente, o termo “operações autônomas” se aplique a todas essas operações de mercado, 
geralmente o termo é aplicado mais aos movimentos de capitais privados. 
 
 12
com a finalidade de financiar déficits do BP, ou ainda, as variações, 
para mais ou para menos, ocorridas nas reservas internacionais do 
país (inclusive ouro monetário). 
Note-se que esses "movimentos compensatórios ou induzidos" 
são sempre um resultado da ação das Autoridades Monetárias para 
equilibrar o BP ou mesmo para a formação de reservas 
internacionais. 
 
5.6. Conceito de equilíbrio do balanço de pagamentos 
 
Quando o BP está em equilíbrio? 
Em princípio, considera-se o BP em equilíbrio quando a soma 
do saldo da Conta de Transações Correntes com o saldo da Conta 
de Capitais (mais erros e omissões) se anulam. 
Um segundo conceito seria aquele que considera o BP sempre 
em equilíbrio, após o movimento de capitais compensatórios - isto 
é, após a Conta do Demonstrativo do Resultado. Alega-se, para 
tanto, que, por definição, o BP sempre é encerrado em equilíbrio, 
já que eventuais déficits decorrentes da soma das transações 
correntes e da conta de capitais terão que ser cobertos ou por 
empréstimos ou por variações dos havers no exterior. 
A despeito de todos esses conceitos, o que parece importar 
mesmo é o conceito de equilíbrio da Conta de Transações 
Correntes - já que é esta conta que mostra, realmente, se o país 
comprou mais mercadorias e serviços do que vendeu ao exterior - 
isto é, se o país "gastou" mais divisas do que recebeu. Isto 
porque, se houver um déficit de transações correntes, este déficit 
implicará, necessariamente, ou mais endividamento do país no 
exterior ou em mais investimentos externos no país (significando 
aumento de ativos nacionais de propriedade de estrangeiros). 
Assim considerado, é importante que o país mantenha um 
relativo equilíbrio de suas contas correntes, o que, em última 
análise, significa realizar um esforço maior para aumentar suas 
exportações de mercadorias e obter um superávit na balança 
comercial para compensar o crônico e inevitável déficit da balança 
de serviços. 
 
 13
O ajustamento do balanço de pagamentos e as principais 
políticas que se poderia adotar para se corrigir desequilíbrios 
externos da economia são descritos a seguir. 
 
5.7. O saldo em conta corrente: uma interpretação 
econômica2 
 
A balança de serviços compreende duas categorias distintas: 
i) os serviços não-fatores – que não representam 
remuneração aos fatores de produção e que são constituídos pelos 
transportes, seguros, turismo e despesas governamentais; 
ii) os serviços fatores – que representam o pagamento aos 
fatores de produção, sendo constituídos pelos juros da dívida 
externa, as remessas de lucros, os pagamentos de salários, os 
aluguéis de equipamentos, os pagamentos de assistência técnica e 
royalties. 
A balança de transações correntes, como foi visto, se 
constitui, basicamente, de vendas e de compras de bens e 
serviços ao exterior. A diferença entre os pagamentos e 
recebimentos do exterior, nessa conta, dá origem a dois conceitos 
que, embora na prática às vezes são usados como sinônimos, são 
bastante distintos do ponto de vista econômico: a transferência 
líquida de recursos e a renda líquida recebida ou enviada ao 
exterior. 
 Tecnicamente, a transferência líquida de recursos ao 
exterior corresponde à diferença entre as exportações de bens e 
serviços não-fatores e as importações de bens e serviços não-
fatores. Ou seja, corresponde ao saldo da balança comercial mais 
o saldo da balança de serviços não-fatores. A essa diferença, com 
sinal trocado, se dá o nome de hiato de recursos – que indica o 
quanto o país consome a mais sobre aquilo que produz. 
De outra parte, a renda recebida (+) ou enviada (-) ao 
exterior corresponde ao saldo de serviços fatores mais as 
transferências unilaterais. 
Assim, em síntese, tem-se: 
 
2 Vide M. H. Simonsen e R.P.Cysne – Macroeconomia – Ed. Atlas/FGV Editora, R.J., 1995, Cap. 2. 
 
 14
Saldo do BP em conta corrente = transferência líquida de 
recursos para o exterior + renda líquida recebida (ou - renda 
enviada) ao exterior. 
Tomando o exemplo do exercício numérico da seção 4.6., 
constata-se que o saldo da balança comercial era de +35; o da 
balança de serviços era igual a –85, decomposto em -35 de 
serviços não-fatores e –50 de serviços fatores (juros e lucros),enquanto as transferências unilaterais apresentaram um saldo de 
+15. Temos, assim: 
(a) Transferência líquida de recursos ao exterior: 0 
(b) Renda líquida enviada ao exterior: -35 
(c) Saldo do BP em conta corrente (= a + b): -35. 
 
Deste modo, pode-se afirmar que, no período considerado, 
este país não apresentou “hiato de recursos”, mas transferiu 35 de 
renda líquida para o exterior – que, nesse exemplo, corresponde 
ao saldo em conta corrente. 
 
Poupança externa 
Um aspecto importante a salientar é que, caso o país registre 
saldo negativo na conta corrente do BP, tal fato exigirá, 
necessariamente, uma entrada de capitais autônomos e/ou 
compensatórios para financiá-lo. Por essa razão, se diz que, 
economicamente, um saldo negativo em transações correntes 
significa que o país está poupança externa de igual valor, 
poupança esta que se destina ao financiamento de parte do 
investimento doméstico. Pela mesma razão, caso aquele saldo 
seja positivo, significa que o país está exportando poupança 
interna para financiar investimentos no exterior. 
Nesse raciocínio, se o país receber um volume de capitais 
autônomos maior que seu saldo negativo em conta corrente – 
apresentando, portanto, um saldo positivo no BP total – esse 
excesso de entrada de capitais externos não será absorvido pela 
economia, domesticamente, ficando depositado no exterior como 
reservas adicionais que poderão ser usadas no futuro. 
 
 
 15
 
II - Taxa de Câmbio 
 
5.8. Mercado cambial e taxa de câmbio: conceito 
 
Um dos aspectos que distingue o comércio internacional do 
comércio interno é o fato de que aquele envolve moedas diferentes 
de diferentes países. Quando algum brasileiro compra um aparelho 
de televisão dos Estados Unidos, ele tem de pagá-la em dinheiro 
americano, isto é, em dólar. Da mesma forma, se uma empresa 
americana desejar adquirir café brasileiro, terá que pagar sua 
transação em reais ao produtor brasileiro. É esta necessidade de 
fazer pagamentos no exterior em moedas diferentes da usada no 
próprio país que faz surgir a taxa de câmbio e o mercado cambial. 
O mercado de câmbio consiste de um grande número de 
bancos, corretores e exportadores e importadores, além do 
Tesouro Nacional e bancos centrais, interessados na compra e 
venda de divisas estrangeiras. Como todo mercado, o mercado de 
câmbio conta com uma oferta e com uma demanda de divisas ou 
moedas estrangeiras. 
Do lado dos vendedores, ou ofertadores, temos os 
exportadores, os tomadores de empréstimos no exterior, 
vendedores de serviços, turistas estrangeiros, investidores de 
capital de risco, etc.; do lado dos compradores, ou demandantes 
das divisas estrangeiras, temos os importadores, compradores de 
serviços do exterior, turistas nacionais, devedores no exterior, etc. 
Como qualquer mercadoria, a divisa estrangeira tem um preço 
(ou cotação) dado pela taxa de câmbio que pode assim ser 
definida: 
Taxa de câmbio é o preço, em termos da moeda 
nacional, de uma unidade de moeda estrangeira. 
De uma forma geral, a taxa de câmbio entre duas moedas 
quaisquer deve refletir a relação entre os preços domésticos e os 
preços praticados nos demais países, dos bens, serviços e fatores 
de produção. Neste sentido, deve-se observar que as quantidades 
de uma moeda em relação a outra, digamos, o dólar, não tem 
 
 16
qualquer significado ou implicação mais importante, pois tudo 
depende do padrão monetário interno de cada país. 
Assim, por exemplo, se a taxa de câmbio entre o iene japonês e 
o dólar americano é, hoje, de 110 ienes por dólar, isto não 
significa, em absoluto, que o iene é uma moeda “mais fraca” que a 
moeda americana. O que é, de fato, importante, é verificar se esta 
taxa ou paridade está variando e em que direção. Note-se que há 
alguns anos atrás um dólar equivalia a 220 ienes. Hoje, o iene se 
fortaleceu e o preço do dólar, na moeda japonesa, caiu a metade! 
Também é importante observar se as variações ocorridas na 
taxa de câmbio são explicadas por flutuações de mercado 
(movimentos de oferta e demanda) ou por diferenciais de inflação 
entre dois países, e se tais variações acarretam perdas ou ganhos 
reais do poder de compra da moeda nacional nas operações 
externas. Adicionalmente, não se pode classificar, a priori, tais 
variações como um mal em si, pois, às vezes, trata-se de 
correções de distorções anteriores. 
 
5.9. Sistemas cambiais 
 
A questão que, de imediato, se coloca é: como é determinado o 
valor da taxa de câmbio entre duas moedas de dois países 
diferentes? 
Isto depende de cada país. De uma forma geral, a taxa de 
câmbio ou é determinada pelo livre funcionamento das forças de 
mercado ou é fixada e administrada pela autoridade monetária, 
isto é, pelo Banco Central. No primeiro caso, temos as chamadas 
taxas de câmbio flexíveis ou flutuantes; no segundo, temos as 
taxas de câmbio fixas. Vejamos a operação de cada um desses 
sistemas. 
 
5.9.1. Taxas de câmbio fixas no padrão-ouro 
 
Para você entender melhor como são fixadas as taxas de 
câmbio, vamos relembrar um pouco como funcionava o sistema 
cambial há algumas décadas atrás. No século XIX, o sistema 
 
 17
cambial predominante era baseado no chamado “padrão-ouro”. 
Sob este sistema, as autoridades monetárias de cada nação 
fixavam o preço do ouro em termos da moeda nacional e se 
comprometiam a comprar e a vender qualquer quantidade de ouro 
a tal preço. Evidentemente, este preço era condicionado à 
quantidade de moeda circulando e à quantidade de ouro estocado 
no Banco Central do país. Dada uma certa quantidade de ouro ali 
existente, seu preço em moeda nacional seria tanto maior quanto 
maior fosse a quantidade de moeda nacional em circulação. Ou 
seja, a paridade entre a moeda nacional e o ouro dependia da 
quantidade existente de moeda e de ouro. 
A partir desta relação de preços entre o ouro e a moeda 
nacional, tornava-se fácil estabelecer a taxa de câmbio entre duas 
moedas de dois países diferentes – a chamada paridade de 
cunhagem. Uma vez assim fixada, a taxa de câmbio só podia 
variar acima ou abaixo desta paridade no montante do custo de 
embarcar ouro entre duas nações – os chamados “pontos do 
ouro”. 
Para entender melhor este sistema, suponha que a paridade 
cambial ou par metálico (no padrão-ouro) entre o dólar americano 
e o franco francês fosse a seguinte: US$ 1 = FF 5 (este valor era 
derivado do fato de que, nos Estados Unidos, um grama de ouro 
deveria custar um dólar, enquanto, na França, um grama custava 
5 francos). Caso, por qualquer razão, a demanda por dólares na 
França aumentasse, o preço da moeda americana subiria, 
digamos, para US$ 1 = FF 6, bem acima, portanto, da paridade 
metálica com o ouro. 
Vamos supor que o custo (despesas de frete, seguros, etc.) de 
se remeter ouro da França para os Estados Unidos fosse de FF 
0,50 por quantidade de ouro equivalente a um dólar. Se assim era, 
pode-se concluir que o francês preferirá comprar ouro em seu país 
e remetê-lo para pagar suas contas nos Estados Unidos, ao invés 
de trocar seis francos por um dólar. Em outras palavras, o limite 
superior de variação da taxa de câmbio de paridade era dado por 
FF 5,50 por dólar (isto é, a taxa de câmbio mais a taxa de 
transporte do ouro). Acima deste valor, era preferível trocar franco 
por ouro e remetê-lo para os Estados Unidos. 
 O mesmo raciocínio se aplicaria na hipótese de haver um 
aumento da demanda americana por franco francês, fazendo com 
 
 18
que a taxa de câmbio se reduzisse para, digamos, FF 4,00 por 
dólar. Neste caso, com o custo de enviar ouro dos Estados Unidos 
para a França situado nos mesmos FF 0,50 mencionados 
anteriormente, era preferível ao americano comprar ouro no seu 
país e remetê-lo para a França, trocando neste país um grama por5 francos. Como ele gastou FF 0,50 na remessa, receberia, 
liquidamente, FF 4,50 por um dólar (mais do que os FF 4,00 por 
dólar mencionado antes). 
 
 
$US
FF 
 S 
 (gold point) 5,50 
 (saída) 
 
 5,00 
 
 (gold point) 4,50 
 (entrada) D 
 
 US$ 
 Figura 5.1. 
 
Assim, no padrão-ouro, a taxa de câmbio entre duas moedas 
era relativamente fixa, podendo variar dentro de intervalos 
mínimos, definidos pelo custo de transporte do ouro de um país 
para outro. Estes limites superior e inferior para variação da taxa 
de câmbio de paridade metálica eram chamados de “pontos de 
ouro” (gold-points). No exemplo acima, e conforme mostrado na 
Figura 5.1., o limite superior seria FF 5,50 e o inferior seria FF 
4,50. 
Note-se que este sistema foi usado de forma generalizada na 
chamada “era dourada”, de 1870 a 1914. Já na década de 20 e 
início de 30 do século passado, seu uso foi esporádico, entrando 
em verdadeiro colapso durante a Grande Depressão. Depois da 2ª 
Grande Guerra, o Tratado de Bretton Woods (1944) criou um 
 
 19
sistema de câmbio fixo para os países-membros do Fundo 
Monetário Internacional (FMI), composto pela maioria das 
economias de mercado. Pelo novo acordo, cada nação deveria 
definir o valor da respectiva moeda em relação ao dólar que, por 
sua vez, era conversível em ouro à taxa fixa de US$ 35,00 por 
onça3. Depois de muitas idas e vindas, o Tratado de Bretton 
Woods caiu em 1971, quando o Presidente Nixon suspendeu a 
conversibilidade do dólar em ouro (ou seja, os Estados Unidos não 
mais converteriam dólares em ouro, seja para os governos 
estrangeiros, seja para as instituições financeiras estrangeiras ou 
não). Simultaneamente a esta medida, os Estados Unidos 
alteraram unilateralmente a paridade, isto é, a taxa de câmbio – 
do dólar em relação às demais moedas européias e japonesa. 
 
 Desde 1973, as principais moedas do mundo industrializado 
trabalham sob um esquema de câmbio flutuante, mas sob certo 
controle da autoridade monetária do país (a chamada “flutuação 
suja”), onde as principais moedas – dólar, marco alemão, franco 
francês, iene japonês – flutuam entre si, de uma forma quase 
livre, como se verá mais adiante, quando falarmos das taxas de 
câmbio flexíveis ou flutuantes. Antes, porém, convém falar um 
pouco sob um outro tipo de taxa de câmbio fixa ou administrada, 
usado nas economias em desenvolvimento. 
 
 
5.9.2. Taxa de câmbio fixa, pós-padrão-ouro 
 
A maioria dos países em desenvolvimento, o Brasil, inclusive, 
por não terem moeda conversível – isto é, uma moeda que seja 
aceita nas trocas internacionais – não pode se dar ao luxo de 
adotar um mercado cambial livre, sob o risco de se verem sem 
reservas em divisas estrangeiras na quantidade necessária para 
atender seus pagamentos no exterior. 
 
3 Vale observar que a conversibilidade do dólar em ouro era parcial, pois somente as instituições financeiras e 
governos estrangeiros poderiam fazê-lo. Os habitantes dos Estados Unidos não podiam possuir ouro 
monetário e a Reserva Federal não era obrigada a converter dólares em ouro para a população.. 
 
 20
Neste caso, esses países costumam adotar um regime cambial 
fixo, no sentido de que o valor da taxa de câmbio é determinado 
pela autoridade monetária nacional que, a princípio, deveria 
vender e comprar a moeda estrangeira, em qualquer quantidade, 
ao preço por ela fixado. Assim, por exemplo, se o Banco do México 
resolver fixar a taxa de câmbio peso mexicano/dólar a P$ 3 = 1 
US$, garantindo a conversibilidade a esta taxa, isto significa que o 
banco mexicano se compromete a vender 3 pesos por um dólar, 
ou a pagar um dólar por três pesos mexicanos. 
Na vida real, no entanto, em vários países em desenvolvimento, 
principalmente quando enfrentam déficits no balanço de 
pagamentos, não se consegue vender ou comprar a moeda 
estrangeira pelo valor fixado oficialmente, pelo menos na 
quantidade desejada, dado que, além de fixar o valor do câmbio, 
muitas vezes a autoridade monetária limita a quantidade a ser 
transacionada no mercado oficial, dando margem, geralmente, ao 
surgimento de um mercado paralelo de divisas – o chamado 
“mercado negro”. 
Uma observação importante é que, no caso deste regime de 
câmbio fixo, o arranjo mais comum é um país definir a taxa de 
câmbio entre a moeda nacional e uma determinada moeda 
estrangeira (podendo ser o dólar ou o iene ou o franco francês, 
dependendo da área de influência econômica a que pertence o 
país), estabelecendo, após isso, as taxas de câmbio com outras 
moedas a partir da relação entre estas e a moeda estrangeira 
escolhida como “âncora”. 
Observe-se, também, que o fato de ser “fixada” pelo Banco 
Central do país não significa que a taxa de câmbio permanece 
constante para sempre. Ao contrário, seu valor pode ser alterado – 
sempre pela autoridade monetária – seja porque está havendo 
inflação doméstica, seja por questões de balanço de pagamentos. 
No caso brasileiro, por exemplo, até 1993, devido às altas taxas de 
inflação, o câmbio era alterado diariamente – o chamado sistema 
de minidesvalorizações cambiais – de forma a manter a paridade 
real do poder de compra da taxa de câmbio. 
Por fim, vale dizer ainda que, num regime de taxas de câmbio 
fixas, quando o Banco Central compra moeda estrangeira, ocorre, 
nesse momento, um aumento da chamada base monetária. Caso o 
Banco Central venda a moeda estrangeira – para importadores, 
 
 21
turistas, etc. – a base monetária se reduz. Em outras palavras, a 
oferta interna de moeda nacional aumenta ou diminui quando as 
reservas internacionais do país aumentam ou se reduzem. 
 
5.9.3. Taxas de câmbio flexíveis ou flutuantes 
 
Num regime ou sistema cambial de taxas flexíveis ou 
flutuantes, o preço da divisa estrangeira, ou taxa de câmbio, é 
determinado pelo livre jogo da oferta e da demanda de moeda 
estrangeira. Imaginemos como seria determinada a taxa de 
câmbio entre o franco francês (FF) e o dólar americano (US$) no 
mercado de Paris: por trás da demanda da França por dólares está 
o desejo dos franceses de importar bens e serviços dos Estados 
Unidos e realizar outras transferências de pagamentos para este 
país. A demanda francesa por dólares tem inclinação negativa, 
como mostra a Figura 5.2, porque taxas de câmbio mais baixas 
significam que os franceses despenderão menos francos para 
adquirir produtos e serviços no mercado americano. Ou seja, os 
Estados Unidos se tornam, para os franceses, um lugar mais 
barato para se comprar e se investir. 
 
 
Figura 5.2. 
 
 
 22
De outro lado, por trás da oferta de dólares pelos Estados 
Unidos está o desejo dos americanos de importar bens e serviços 
franceses, ou de investir na França ou emprestar a empresas 
neste país. Quanto mais francos forem trocados por um dólar, 
mais atrativo se torna o mercado francês para os americanos – 
que, assim, ofertarão mais e mais dólares naquele mercado Isto 
nos fornece uma curva de oferta de dólares positivamente 
inclinado, como mostra na Figura 1. 
Como em qualquer mercado, a taxa de câmbio de equilíbrio é 
determinada pela intersecção das curvas de oferta e de demanda. 
No caso da Figura 8.2, a taxa de câmbio de equilíbrio será FF 5,50 
= 1 US$. Qualquer valor acima desta taxa implicará um excesso 
de oferta de dólares no mercado francês, enquanto qualquer valor 
abaixo implicaráexcesso de demanda pela moeda americana. 
Suponha, agora, que, mantida constante a demanda inicial 
(curva Do), ocorra, por qualquer razão, um aumento da oferta 
americana de dólares no mercado francês, como seria o caso de 
um aumento do fluxo turístico de americanos nos meses de verão 
europeu. Em conseqüência, a curva de oferta se deslocaria para 
S1 – o que provocará uma queda da taxa de câmbio para FF 4,00 
= 1 US$. Da mesma forma, se, por uma razão qualquer, houver 
um aumento da procura francesa por dólares, a curva de demanda 
se deslocará para a direita, para D1 – o que causará um aumento 
da taxa de câmbio para FF 6,00 = 1 US$. 
Observe-se que, num mercado cambial livre, as alterações na 
oferta e na demanda de divisas estrangeiras podem resultar tanto 
de uma variação nas transações normais realizadas com o exterior 
(aumento ou queda das exportações ou das importações, uma 
maior entrada de empréstimos ou de investimento de risco, etc.), 
como também podem ser o resultado de movimentos 
especulativos de aplicadores interessados em tirar proveito de 
diferenciais de taxas de câmbio. De todo modo, ainda que as 
flutuações cambiais não sejam incomuns, a tendência normal das 
taxas de câmbio, nos mercados livres, é a de permanecer estáveis 
a médio e longo prazos. 
Um ponto importante a observar é que, no mundo de hoje, 
praticamente inexiste um mercado onde a taxa de câmbio seja 
determinada de forma totalmente livre pelos movimentos da oferta 
e da demanda. Mesmo nos países desenvolvidos – França, Estados 
 
 23
Unidos, Inglaterra, Japão, Alemanha, Itália, etc. – o mercado 
funciona razoavelmente livre, porém sob um certo controle das 
autoridades monetárias. É a chamada “flutuação suja” dirty 
floating. O objetivo disso é o de evitar que movimentos 
especulativos provoquem distúrbios ou perturbações no mercado 
cambial internacional. 
 
5.10. Flutuações da taxa de câmbio 
 
Diversos fatores podem provocar variações rotineiras no valor 
da taxa de câmbio. Geralmente, são fatores que alteram ou 
influenciam a demanda e a oferta de divisas estrangeiras. Assim, 
por exemplo, além da taxa de câmbio, a demanda por divisas é 
afetada pelas seguintes variáveis: 
i) a expansão do produto interno (Y) do país: se o produto 
interno estiver crescendo, deve ocorrer um aumento das 
importações – o que induzirá um aumento da demanda 
por moeda estrangeira; este aumento da demanda 
provocará uma variação para mais do valor da taxa de 
câmbio; 
ii) variações do nível de preços internos (Pi) ou dos preços 
externos (Pe); caso Pi se eleve, as importações ficarão 
relativamente mais baratas – o que provocará um 
aumento das importações e, conseqüentemente, da 
demanda por divisas; caso Pe se eleve, ocorrerá o 
contrário: as importações ficarão mais caras, provocando, 
em conseqüência, uma queda nas importações e, daí, na 
demanda por divisas; 
iii) taxa de juros interna (ri) e externa (re): um aumento em ri 
certamente estimulará a entrada de mais capitais no país 
para aplicações no mercado financeiro – aumentando a 
oferta de divisas estrangeiras no mercado interno; caso a 
re se eleve, haverá um estímulo à saída de capitais para 
o exterior – o que provocará um aumento da demanda 
por divisas para esta remessa para fora. 
 Podemos resumir essas colocações afirmando que a demanda 
por divisas (Dd) pode ser representada pela seguinte equação: 
 
 24
 Dd = f(e, Y, Pi, Pe, ri, re) 
 - + + - - + 
onde, 
e = taxa de câmbio (e vem da palavra inglesa exchange, que 
significa câmbio); 
os sinais – e + querem dizer que a demanda por divisa é, 
respectivamente, crescente ou decrescente em relação à variável 
considerada. 
Essas mesmas variáveis afetam positiva ou negativamente a 
oferta de divisas, exceto que, no caso do produto, o que interessa 
não é o comportamento do produto interno (Y) e, sim, o 
comportamento do produto ou renda do resto do mundo (YRM). 
Ou seja, a oferta de divisas (Sd) pode ser assim representada: 
 Sd = f(e, YRM, Pi, Pe, ri, re) 
 + + - + + - 
 
Representação gráfica 
 
 O efeito de eventuais mudanças nessas variáveis sobre a 
demanda e a oferta de divisas pode ser visualizado graficamente 
do seguinte modo: 
 Vamos imaginar que o mercado cambial esteja em equilíbrio 
à taxa de câmbio eo, tal como mostrado na Figura 5.3 – que nada 
mais é que uma repetição da Figura 5.2. 
 e 
 Sd 
 
 eo 
 
 Dd 
 
 Qo Q 
 Figura 5.3 
 
 25
Agora, vamos supor que ocorra um aumento dos preços internos 
(Pi)– ou seja, houve inflação interna. Nesta hipótese, como já 
vimos anteriormente, a demanda por divisas deverá aumentar – o 
que, graficamente, é representado por um deslocamento da curva 
de demanda (Dd) para a direita – enquanto a oferta de divisas 
deverá diminuir – implicando um deslocamento da curva de oferta 
(Sd) para a esquerda
4. 
 Conforme se pode observar pela Figura 5.4., o resultado 
desses deslocamentos foi um aumento da taxa de câmbio de eo 
para e1. 
 e 
 Dd1 Sd1 
 Ddo Sdo 
 e1 
 eo 
 
 
 
 Q 
 Figura 5.4. 
 Deixamos para você a análise e conclusões, caso ocorresse o 
inverso, isto é, se, ao invés de um aumento dos preços internos, 
ocorresse uma elevação dos preços dos preços externos (Pe). 
 
5.11. Apreciação e depreciação da moeda nacional e 
seus efeitos sobre o balanço de pagamentos. 
Conclusões. 
 
 No caso de um sistema de taxas de câmbio flexíveis ou 
flutuantes, caso haja um aumento no valor da taxa de câmbio, diz-
se que houve uma depreciação ou desvalorização da moeda 
nacional; ou seja, serão necessários, agora, mais unidades da 
moeda nacional para se adquirir uma unidade da moeda do outro 
país. 
 
4 Se você não entendeu o por quê desses deslocamentos dessas curvas, volte lá em nossa Aula n° 2 e releia 
este tópico. 
 
 26
 Na hipótese inversa, isto é, se houve uma redução no valor 
da taxa de câmbio, diz-se que houve uma apreciação ou 
valorização da moeda nacional. 
 De outra parte, se o sistema cambial adotado pelo país for o 
de taxas de câmbio flexíveis ou flutuantes, o total de divisas 
ofertadas no mercado é, automaticamente, igualado pelo total de 
demanda por estas divisas. Isso se explica pela seguinte razão: se, 
ao preço vigente da taxa de câmbio, e por um motivo qualquer, 
houver um aumento na demanda por divisas, seu preço se elevará 
– o que deverá causar, de um lado, um aumento na oferta de 
divisas e, de outro, reduzirá, num segundo momento, uma 
redução do novo valor da taxa de câmbio, até que o mercado se 
reequilibre. 
Raciocínio inverso se aplica caso ocorra, por uma razão 
qualquer, um aumento da oferta de divisas. Nesta hipótese, o 
preço da taxa de câmbio cairá, estimulando a demanda por divisas 
e, num segundo momento, reduzindo a nova oferta de divisas (por 
que seu valor caiu) e, novamente, ao fim e ao cabo, o mercado 
achará uma nova taxa de câmbio de equilíbrio. 
 De tudo isso se conclui que, num sistema de taxas de câmbio 
flexíveis ou flutuantes, o saldo do Balanço de Pagamentos (BP) 
estará automaticamente em equilíbrio, sem necessidade de o 
Banco Central interferir ou alterar o volume das reservas 
internacionais do país, já que o total de divisas ofertadas sempre 
se igualará ao total de divisas demandadas. 
 Uma última questão antes de encerrarmos esta nossa 5ª Aula 
de Economia: Qual o sistema cambial adotado atualmente peloBrasil? 
 Até 1994 – quando da implantação do Plano Real – o Brasil 
adotava o sistema de taxas de câmbio fixas ou administradas. A 
partir do Plano Real, através de um processo de ajuste sucessivo, 
o Banco Central do Brasil foi introduzindo o sistema de taxas de 
câmbio flexíveis que nunca foi, na prática, inteiramente adotado. 
Na realidade, o Brasil, hoje, utiliza um sistema que poderia ser 
chamado de “misto”, mais conhecido como flutuação suja (dirty 
floating5). Por este sistema, o Banco Central deixa que as taxas de 
 
5 O sistema de taxas de câmbio totalmente flexíveis, onde não há qualquer interferência do Banco Central – 
ou seja, o sistema “puro” é denominado clean floating (flutuação limpa). 
 
 27
câmbio flutuem ao sabor da oferta e da demanda por divisas – 
porém, dentro de um certo intervalo, com limite máximo e mínimo 
– o chamado sistema de bandas. 
 Nesse processo, se a taxa de câmbio ameaça romper o limite 
mínimo – porque há um excesso de oferta de divisas – o Banco 
Central entra no mercado comprando divisas, provocando, em 
conseqüência, uma elevação no valor da taxa de câmbio e 
evitando, assim, que o limite mínimo seja rompido. Da mesma 
forma, se houver uma ameaça de rompimento do limite máximo, o 
Banco Central entra no mercado oferecendo divisas estrangeiras, 
derrubando, assim, o valor da taxa de câmbio. 
 
Com essas colocações, encerramos esta nossa 5ª Aula. A 
seguir, são apresentados alguns exercícios de revisão e fixação 
sobre balanço de pagamentos e taxa de câmbio. Até nossa 
próxima aula. 
 
___________________ 
 
EXERCÍCIOS DE REVISÃO E FIXAÇÃO: (gabarito ao final) 
 
 
11.. CCoomm rreellaaççããoo aaooss rreeggiissttrrooss ccoonnttáábbeeiiss nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss,, eessttããoo 
ccoorrrreettaass aass aaffiirrmmaattiivvaass aabbaaiixxoo,, eexxcceettoo:: 
aa)) ttooddaass aass ttrraannssaaççõõeess ssããoo rreeggiissttrraaddaass ccoomm dduuaass eennttrraaddaass,, uummaa aa ccrrééddiittoo ee 
oouuttrraa aa ddéébbiittoo;; 
bb)) qquuaallqquueerr ttrraannssaaççããoo ddee uumm rreessiiddeennttee nnoo ppaaííss ccoomm uumm rreessiiddeennttee nnoo eexxtteerriioorr 
ggeerraa uumm ““hhaavveerr”” ((ddiirreeiittoo)) nnoo eexxtteerriioorr;; 
cc)) ssee uumm rreessiiddeennttee nnoo ppaaííss ccoommpprraarr uummaa mmááqquuiinnaa ddee uumm rreessiiddeennttee nnoo 
eexxtteerriioorr,, eessttaa ooppeerraaççããoo ggeerraarráá uummaa ““oobbrriiggaaççããoo”” nnoo eexxtteerriioorr;; 
dd)) uummaa eexxppoorrttaaççããoo éé llaannççaaddaa aa ccrrééddiittoo,, nnoo BBaallaannççoo ddoo PPaaggaammeennttoo.. 
 
22.. AA bbaallaannççaa ccoommeerrcciiaall ccoommpprreeeennddee:: 
aa)) aass eexxppoorrttaaççõõeess ee iimmppoorrttaaççõõeess ddee bbeennss ee sseerrvviiççooss;; 
bb)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaççõõeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass ee sseerrvviiççooss;; 
cc)) ssoommeennttee aass iimmppoorrttaaççõõeess ddee bbeennss ee sseerrvviiççooss;; 
dd)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaççõõeess ee iimmppoorrttaaççõõeess ddee sseerrvviiççooss;; 
ee)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaççõõeess ee iimmppoorrttaaççõõeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass.. 
 
33.. AA ccoonnttaa ddee ttrraannssaaççõõeess ccoorrrreenntteess ccoommpprreeeennddee:: 
aa)) aass bbaallaannççaass ccoommeerrcciiaall ee ddee ttrraannssffeerrêênncciiaass uunniillaatteerraaiiss;; 
 
 28
bb)) aass bbaallaannççaass ccoommeerrcciiaall ee ddee sseerrvviiççooss;; 
cc)) aass bbaallaannççaass ccoommeerrcciiaall,, ddee sseerrvviiççooss ee ooss mmoovviimmeennttooss ddee ccaappiittaall;; 
dd)) ssoommeennttee ooss mmoovviimmeennttooss ddee ccaappiittaall;; 
ee)) bbaallaannççaass ccoommeerrcciiaall,, ddee sseerrvviiççooss ee ttrraannssffeerrêênncciiaass uunniillaatteerraaiiss.. 
 
44.. NNããoo ffaazz ppaarrttee ddaa ccoonnttaa ddee ttrraannssaaççõõeess ccoorrrreenntteess:: 
aa)) rreemmeessssaa ddee lluuccrrooss ee ddiivviiddeennddooss;; 
bb)) ppaaggaammeennttooss ddee jjuurrooss ddaa ddíívviiddaa;; 
cc)) eexxppoorrttaaççõõeess ee iimmppoorrttaaççõõeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass;; 
dd)) iinnvveessttiimmeennttooss ddiirreettooss;; 
ee)) vviiaaggeennss iinntteerrnnaacciioonnaaiiss.. 
 
55.. CCoonnssiiddeerraamm--ssee rreennddaass ddee ccaappiittaaiiss:: 
aa)) aass rreemmeessssaass ddee jjuurrooss ee aammoorrttiizzaaççõõeess ddaa ddíívviiddaa;; 
bb)) aappeennaass aass rreemmeessssaass ddee lluuccrrooss;; 
cc)) aappeennaass aass rreemmeessssaass ddee jjuurrooss;; 
dd)) aass rreemmeessssaass ddee jjuurrooss ee ddee lluuccrrooss;; 
ee)) nneennhhuummaa ddaass aalltteerrnnaattiivvaass aanntteerriioorreess.. 
 
66.. NNããoo ffaazz ppaarrttee ddaa ccoonnttaa ddee sseerrvviiççooss:: 
aa)) aass rreemmeessssaass ppaarraa aammoorrttiizzaaççõõeess ddaa ddíívviiddaa;; 
bb)) aappeennaass aass rreemmeessssaass ddee lluuccrrooss;; 
cc)) aappeennaass aass rreemmeessssaass ddee jjuurrooss;; 
dd)) aass rreemmeessssaass ddee jjuurrooss ee ddee lluuccrrooss;; 
 
77.. NNããoo ffaazz ppaarrttee ddaa ccoonnttaa ddee ccaappiittaaiiss:: 
aa)) aass aammoorrttiizzaaççõõeess ddaa ddíívviiddaa;; 
bb)) ooss iinnvveessttiimmeennttooss ddiirreettooss ((ccaappiittaall ddee rriissccoo));; 
cc)) ooss eemmpprrééssttiimmooss ee ffiinnaanncciiaammeennttooss ddee ccuurrttoo pprraazzoo;; 
dd)) aass rreemmeessssaass ddee lluuccrrooss ee ddee jjuurrooss;; 
ee)) ooss eemmpprrééssttiimmooss ddee lloonnggoo pprraazzoo.. 
 
88.. SSee hhoouuvveerr uumm ddééffiicciitt eemm ttrraannssaaççõõeess ccoorrrreenntteess,, oo eeqquuiillííbbrriioo ddoo BBaallaannççoo ddee 
PPaaggaammeennttooss:: 
aa)) eexxiiggiirráá,, oobbrriiggaattoorriiaammeennttee,, oo iinnggrreessssoo ddee ccaappiittaaiiss ddee rriissccoo;; 
bb)) ttaannttoo ppooddee sseerr oobbttiiddoo aattrraavvééss ddoo iinnggrreessssoo ddee ccaappiittaaiiss aauuttôônnoommooss,, ccoommoo 
ppoorr mmoovviimmeennttooss iinndduuzziiddooss ddee ccaappiittaall ((eemmpprrééssttiimmooss ooffiicciiaaiiss));; 
cc)) lleevvaarráá,, oobbrriiggaattoorriiaammeennttee,, aa uummaa rreedduuççããoo ddaass rreesseerrvvaass iinntteerrnnaacciioonnaaiiss ddoo 
ppaaííss;; 
dd)) nnããoo ppooddeerráá sseerr oobbttiiddoo aa ccuurrttoo pprraazzoo;; 
ee)) ffoorrççaarráá uummaa rreedduuççããoo ddaa rreemmeessssaa ddee jjuurrooss ppaarraa oo eexxtteerriioorr.. 
 
99.. AAss vveennddaass ddee oouurroo ppeelloo BBaannccoo CCeennttrraall àà iinnddúússttrriiaa nnaacciioonnaall ssããoo rreeggiissttrraaddaass:: 
aa)) nnaa ccoonnttaa ddee sseerrvviiççooss;; 
bb)) nnaa ccoonnttaa ddee ccaappiittaaiiss ccoommppeennssaattóórriiooss;; 
cc)) nnaa ccoonnttaa ““ddeessmmoonneettiizzaaççããoo”” ddee oouurroo;; 
dd)) nnaa ccoonnttaa ddee ccaappiittaaiiss,, ccoommoo ssaaííddaa ddee ddiivviissaass;; 
ee)) nnããoo ssããoo rreeggiissttrraaddaass nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss.. 
 
 29
 
1100.. AAss ttrraannssaaççõõeess aabbaaiixxoo ssããoo rreeggiissttrraaddaass nnaa ccoonnttaa ddee sseerrvviiççooss,, ccoommoo 
““ttrraannssppoorrtteess””,, eexxcceettoo:: 
aa)) aass ddeessppeessaass ccoomm ffrreetteess ddaass mmeerrccaaddoorriiaass iimmppoorrttaaddaass;; 
bb)) aass rreecceeiittaass ccoomm ffrreetteess ddaass mmeerrccaaddoorriiaass eexxppoorrttaaddaass;; 
cc)) oo vvaalloorr ddaass ppaassssaaggeennss aaddqquuiirriiddaass ppoorr rreessiiddeenntteess ààss ccoommppaannhhiiaass aaéérreeaass PPaann--
AAmméérriiccaa;; 
dd)) oo vvaalloorr ddaass ppaassssaaggeennssaaddqquuiirriiddaass ppoorr nnããoo--rreessiiddeenntteess àà VVAARRIIGG;; 
ee)) oo vvaalloorr ddaass ppaassssaaggeennss aaddqquuiirriiddaass ppoorr rreessiiddeenntteess àà VVAARRIIGG.. 
 
1111.. SSee uummaa eemmpprreessaa mmuullttiinnaacciioonnaall oobbtteevvee uumm lluuccrroo ddee CCrr$$ 33 bbiillhhõõeess,, eemm ssuuaass 
ooppeerraaççõõeess nnoo BBrraassiill,, ee ddeecciiddee eennvviiaarr ppaarraa ssuuaa mmaattrriizz,, nnoo eexxtteerriioorr,, aappeennaass 
CCrr$$ 11 bbiillhhããoo,, rreeiinnvveessttiinnddoo nnoo BBrraassiill ooss rreessttaanntteess CCrr$$ 22 bbiillhhõõeess,, oo rreeggiissttrroo 
nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss:: 
aa)) sseerráá ffeeiittoo nnoo iitteemm ““RReemmeessssaa ddee LLuuccrrooss””,, rreeggiissttrraannddoo--ssee aappeennaass oo 
mmoonnttaannttee eeffeettiivvaammeennttee rreemmeettiiddoo;; 
bb)) sseerráá ffeeiittoo nnoo iitteemm ““RReemmeessssaa ddee LLuuccrrooss””,, rreeggiissttrraannddoo--ssee oo ttoottaall ddooss lluuccrrooss 
oobbttiiddooss,, rreeggiissttrraannddoo--ssee ccoommoo ““eennttrraaddaa””,, nnoo iitteemm ““iinnvveessttiimmeennttooss ddiirreettooss”” oo 
mmoonnttaannttee ddoo rreeiinnvveessttiimmeennttoo;; 
cc)) nnããoo sseerráá ffeeiittoo qquuaallqquueerr rreeggiissttrroo nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss,, ppooiiss oo ccaappiittaall 
iinnvveessttiiddoo jjáá ffoorraa rreeggiissttrraaddoo nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss ddee aannooss aanntteerriioorreess;; 
dd)) ssóó ccoorrrreessppoonnddeerráá aa ppaarrttee ddoo lluuccrroo qquuee eeffeettiivvaammeennttee ffooii rreeiinnvveessttiiddaa nnoo 
ppaaííss;; 
ee)) nneennhhuummaa ddaass aalltteerrnnaattiivvaass.. 
 
1122.. NNuummaa eeccoonnoommiiaa aabbeerrttaa,, uumm ddééffiicciitt nnoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss eemm ccoonnttaa 
ccoorrrreennttee ccoorrrreessppoonnddee aa:: 
aa)) uummaa eexxppoorrttaaççããoo ddee ppoouuppaannççaa ddoommééssttiiccaa qquuee ssee ccaannaalliizzaa ppaarraa iinnvveessttiimmeennttooss 
nnoo eexxtteerriioorr;; 
bb)) uummaa ssaaííddaa ddee ccaappiittaaiiss ppaarraa oo eexxtteerriioorr;; 
cc)) uummaa eelleevvaaççããoo ddoo nníívveell ddee rreesseerrvvaass iinntteerrnnaacciioonnaaiiss ddoo ppaaííss;; 
dd)) uummaa iimmppoorrttaaççããoo ddee ppoouuppaannççaa eexxtteerrnnaa,, qquuee ssee ccaannaalliizzaa ppaarraa iinnvveessttiimmeennttooss 
ddoommééssttiiccooss.. 
 
1133.. NNaa ccoonnttaa ddee ccaappiittaaiiss nnããoo ssããoo rreeggiissttrraaddooss:: 
aa)) oo mmoovviimmeennttoo ddee ccaappiittaaiiss aauuttôônnoommooss;; 
bb)) ooss ffiinnaanncciiaammeennttooss ddee iimmppoorrttaaççõõeess aaddqquuiirriiddaass ppaarraa ppaaggaammeennttoo aa pprraazzoo;; 
cc)) ooss iinnvveessttiimmeennttooss ee rreeiinnvveessttiimmeennttooss ddiirreettooss;; 
dd)) aass aammoorrttiizzaaççõõeess ddaa ddíívviiddaa eexxtteerrnnaa;; 
ee)) oo mmoovviimmeennttoo ddee ccaappiittaaiiss ccoommppeennssaattóórriiooss,, iissttoo éé,, iinndduuzziiddooss ppaarraa aa 
rreegguullaarriizzaaççããoo ddooss ddééffiicciittss ddoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss.. 
 
1144.. AAss ““ccoonnttaass ddee rreegguullaarriizzaaççããoo”” rreeffeerreemm--ssee:: 
aa)) ààss ooppeerraaççõõeess ccoomm oorrggaanniissmmooss iinntteerrnnaacciioonnaaiiss ((FFMMII,, BBIIRRDD,, eettcc..)),, ccoomm oo 
oobbjjeettiivvoo ddee ffiinnaanncciiaarr ppoossssíívveeiiss ddééffiicciittss ddoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss;; 
bb)) ààss ooppeerraaççõõeess ddee aammoorrttiizzaaççõõeess ddaa ddíívviiddaa eexxtteerrnnaa;; 
cc)) ààss vvaarriiaaççõõeess ppaarraa mmaaiiss oouu ppaarraa mmeennooss ddooss hhaavveerreess ddaass aauuttoorriiddaaddeess 
mmoonneettáárriiaass nnoo eexxtteerriioorr;; 
 
 30
dd)) aaooss mmoovviimmeennttooss ddee ““oouurroo mmoonneettáárriioo””.. 
 
1155.. AAss ooppeerraaççõõeess aabbaaiixxoo ssããoo eexxeemmppllooss ddee ““ttrraannssaaççõõeess ssoobbrree ((oouu aacciimmaa)) aa 
lliinnhhaa””,, eexxcceettoo:: 
aa)) ttooddaass aass ooppeerraaççõõeess eennvvoollvveennddoo aa bbaallaannççaa ccoommeerrcciiaall;; 
bb)) ttooddaass aass ooppeerraaççõõeess eennvvoollvveennddoo aa bbaallaannççaa ddee sseerrvviiççooss;; 
cc)) ttooddaass aass ooppeerraaççõõeess mmoottiivvaaddaass aappeennaass ppeellaass ffoorrççaass ddee mmeerrccaaddoo;; 
dd)) ttooddaass aass ooppeerraaççõõeess ddaass aauuttoorriiddaaddeess mmoonneettáárriiaass ccoomm oo oobbjjeettiivvoo ddee ccoobbrriirr 
eevveennttuuaaiiss ddééffiicciittss ddoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss;; 
ee)) aass ttrraannssffeerrêênncciiaass uunniillaatteerraaiiss.. 
 
1166.. EExxiisstteemm ddiivveerrssooss ccoonncceeiittooss ddee ““eeqquuiillííbbrriioo”” ddoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss,, 
sseennddoo oo ccoonncceeiittoo mmaaiiss rreelleevvaannttee aaqquueellee qquuee:: 
aa)) ccoonnssiiddeerraa qquuee oo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss eessttáá eemm eeqquuiillííbbrriioo qquuaannddoo aa ssoommaa 
ddoo ssaallddoo ddaa CCoonnttaa ddee TTrraannssaaççõõeess CCoorrrreenntteess ccoomm oo ssaallddoo ddaa ccoonnttaa ddee ccaappiittaaiiss 
((mmaaiiss eerrrrooss ee oommiissssõõeess)) ssee aannuullaamm;; 
bb)) ccoonnssiiddeerraa oo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss sseemmpprree eemm eeqquuiillííbbrriioo,, aappóóss oo 
mmoovviimmeennttoo ddooss ccaappiittaaiiss ccoommppeennssaattóórriiooss;; 
cc)) ccoonnssiiddeerraa oo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss eemm eeqquuiillííbbrriioo qquuaannddoo oo ssaallddoo ddaa ccoonnttaa 
ddee ttrraannssaaççõõeess éé zzeerroo;; 
dd)) ccoonnssiiddeerraa oo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss eemm eeqquuiillííbbrriioo,, qquuaannddoo oo vvaalloorr ddaass 
eexxppoorrttaaççõõeess éé iigguuaall aaoo vvaalloorr ddaass iimmppoorrttaaççõõeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass.. 
 
1177.. AAss ooppeerraaççõõeess aabbaaiixxoo ssããoo eexxeemmppllooss ddee ““ttrraannssaaççõõeess ssoobb ((oouu aabbaaiixxoo)) aa lliinnhhaa””,, 
eexxcceettoo:: 
aa)) ooss eemmpprrééssttiimmooss ee ffiinnaanncciiaammeennttooss oobbttiiddooss jjuunnttoo aaooss bbaannccooss pprriivvaaddooss;; 
bb)) ooss eemmpprrééssttiimmooss oobbttiiddooss ppeellaass aauuttoorriiddaaddeess mmoonneettáárriiaass ccoomm oo oobbjjeettiivvoo ddee 
ccoobbrriirr eevveennttuuaaiiss ddééffiicciittss ddoo BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss;; 
cc)) aass vvaarriiaaççõõeess,, ppaarraa mmaaiiss oouu ppaarraa mmeennooss,, ddaass rreesseerrvvaass iinntteerrnnaacciioonnaaiiss ddoo 
ppaaííss;; 
dd)) ooss mmoovviimmeennttooss ddee ccaappiittaaiiss ccoommppeennssaattóórriiooss oouu iinndduuzziiddooss;; 
ee)) aass ooppeerraaççõõeess ddeeccoorrrreenntteess ddoo ssaallddoo ppoossiittiivvoo oouu nneeggaattiivvoo ddaass ttrraannssaaççõõeess 
aauuttôônnoommaass.. 
 
1188.. NNoo mmeerrccaaddoo ccaammbbiiaall,, nnããoo ssããoo ooffeerrttaaddoorreess ddee mmooeeddaa eessttrraannggeeiirraa:: 
aa)) ooss eexxppoorrttaaddoorreess ddee mmeerrccaaddoorriiaass;; 
bb)) ooss qquuee pprreecciissaamm ddee ddiivviissaass eessttrraannggeeiirraass ppaarraa ppaaggaarr ddíívviiddaass ccoonnttrraaííddaass nnoo 
eexxtteerriioorr;; 
cc)) ooss ttoommaaddoorreess ddee eemmpprrééssttiimmooss nnoo eexxtteerriioorr;; 
dd)) ooss ttuurriissttaass eessttrraannggeeiirrooss qquuee vviissiittaamm oo ppaaííss.. 
 
1199.. EEmm ggeerraall,, nnooss ppaaíísseess mmeennooss ddeesseennvvoollvviiddooss,, oo ggoovveerrnnoo ccoonnttrroollaaoo mmeerrccaaddoo 
ccaammbbiiaall ee aattéé mmeessmmoo ffiixxaa aa ttaaxxaa ddee ccââmmbbiioo.. IIssttoo ssee ddeevvee:: 
aa)) aaoo ffaattoo ddee qquuee eesstteess ppaaíísseess ttêêmm mmooeeddaa ““ffrraaccaa”” ee ccoonnsseeqqüüeenntteess pprroobblleemmaass 
ddee BBaallaannççoo ddee PPaaggaammeennttooss;; 
bb)) aaoo ffaattoo ddee qquuee,, nneesstteess ppaaíísseess,, aa lleeii ddaa ooffeerrttaa ee ddaa pprrooccuurraa nnããoo rreefflleettee aa 
rreeaall eessccaasssseezz ddee ddiivviissaass;; 
cc)) aaoo ffaattoo ddee qquuee aa mmooeeddaa ddeesssseess ppaaíísseess nnããoo éé ccoonnvveerrssíívveell eemm oouurroo;; 
 
 31
dd)) aaoo ffaattoo ddee qquuee eesstteess ppaaíísseess iimmppoorrttaamm mmaaiiss ddoo qquuee eexxppoorrttaamm mmeerrccaaddoorriiaass 
ee sseerrvviiççooss.. 
 
20. Taxa de câmbio de equilíbrio é aquela que: 
aa)) iigguuaallaa oo vvaalloorr ddaass eexxppoorrttaaççõõeess ccoomm oo vvaalloorr ddaass iimmppoorrttaaççõõeess;; 
bb)) iigguuaallaa oo ssaallddoo ddaa bbaallaannççaa ccoommeerrcciiaall ccoomm oo ssaallddoo ddaa bbaallaannççaa ddee sseerrvviiççooss;; 
cc)) iigguuaallaa aa ooffeerrttaa ee aa ddeemmaannddaa ppoorr ddiivviissaa eessttrraannggeeiirraa nnoo mmeerrccaaddoo ccaammbbiiaall;; 
dd)) éé ffiixxaaddaa ppeelloo ggoovveerrnnoo.. 
 
2211.. DDee aaccoorrddoo ccoomm aass eellaassttiicciiddaaddeess ddaa ddeemmaannddaa ppoorr eexxppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass,, ssee 
oo RReeaall ffoorr ddeessvvaalloorriizzaaddoo eemm 2200%% ((rreeaaiiss)) eemm rreellaaççããoo aaoo ddóóllaarr,, iissttoo ddeevveerráá 
pprroovvooccaarr:: 
aa)) uumm aauummeennttoo nnaass vveennddaass eexxtteerrnnaass bbrraassiilleeiirraass,, ssee aa ddeemmaannddaa ppoorr nnoossssooss 
pprroodduuttooss ffoorr iinneelláássttiiccaa;; 
bb)) uummaa qquueeddaa nnaass vveennddaass eexxtteerrnnaass bbrraassiilleeiirraass,, ssee aa ddeemmaannddaa ttiivveerr 
eellaassttiicciiddaaddee uunniittáárriiaa;; 
cc)) uumm aauummeennttoo nnaass vveennddaass eexxtteerrnnaass bbrraassiilleeiirraass,, ssee aa ddeemmaannddaa eexxtteerrnnaa ffoorr 
eelláássttiiccaa;; 
dd)) uummaa qquueeddaa nnaass iimmppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass,, ssee aa ddeemmaannddaa iinntteerrnnaa ppoorr 
pprroodduuttooss eessttrraannggeeiirrooss ffoorr iinneelláássttiiccaa.. 
 
2222.. UUmmaa mmaaxxiiddeessvvaalloorriizzaaççããoo ddaa ttaaxxaa ddee ccââmmbbiioo RReeaall//ddóóllaarr ddeevveerráá pprroovvooccaarr,, 
eemm pprriinnccííppiioo:: 
aa)) uumm aauummeennttoo nnaass eexxppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass ee uummaa qquueeddaa nnaass iimmppoorrttaaççõõeess;; 
bb)) uumm aauummeennttoo nnaass eexxppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass,, mmaanntteennddoo--ssee iinnaalltteerraaddaass aass 
iimmppoorrttaaççõõeess;; 
cc)) uumm aauummeennttoo ttaannttoo ddaass eexxppoorrttaaççõõeess ccoommoo ddaass iimmppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass;; 
dd)) uummaa qquueeddaa nnaass eexxppoorrttaaççõõeess bbrraassiilleeiirraass ee uumm aauummeennttoo nnaass iimmppoorrttaaççõõeess.. 
 
2233.. UUmmaa mmaaxxiiddeessvvaalloorriizzaaççããoo ccaammbbiiaall nnããoo ddeevveerráá pprroovvooccaarr ooss eeffeeiittooss eessppeerraaddooss 
((qquueeddaa ddaass iimmppoorrttaaççõõeess ee aauummeennttoo ddaass eexxppoorrttaaççõõeess)) ssee:: 
aa)) oo ppaaííss ssóó iimmppoorrttaarr pprroodduuttooss pprriimmáárriiooss ee eexxppoorrttaarr pprroodduuttooss iinndduussttrriiaalliizzaaddooss;; 
bb)) oo ppaaííss ssóó iimmppoorrttaarr pprroodduuttooss iinndduussttrriiaalliizzaaddooss;; 
cc)) oo ppaaííss iimmppoorrttaarr bbeennss eesssseenncciiaaiiss ee eexxppoorrttaarr bbeennss pprriimmáárriiooss,, qquuee ssããoo 
iinneelláássttiiccooss aa pprreeççooss;; 
dd)) oo ppaaííss eexxppoorrttaarr bbeennss iinndduussttrriiaalliizzaaddooss iinneelláássttiiccooss aa pprreeççooss;; 
ee)) uummaa mmaaxxiiddeessvvaalloorriizzaaççããoo ccaammbbiiaall sseemmpprree aauummeennttaarráá aass eexxppoorrttaaççõõeess ee 
rreedduuzziirráá aass iimmppoorrttaaççõõeess.. 
24. Numa economia hipotética, durante um determinado ano, foram efetuadas 
as seguintes transações com o exterior6: 
.Exportações de mercadorias à vista: 1.500 
.Amortizações pagas: 600 
.Doações recebidas: 100 
.Lucros remetidos para o exterior: 100 
.Importações de mercadorias à vista: 1.300 
.Empréstimos obtidos junto ao FMI: 150 
 
6 Questão retirada de Viceconti, P. e Neves, S. Introdução à Economia, Editora Frase, S.Paulo, 6ª ed. 2003. 
 
 32
.Fretes e seguros pagos 100 
.Juros pagos : 200 
.Investimentos externos no país: 500 
.Venda de ouro monetário: 50 
 Com base nesses dados, os resultados da Balança Comercial (BC), da Balança 
de Transações Correntes (BTC), para a Balança ou Conta de Capitais 
Autônomos (BKA) e para o saldo do Balanço de Pagamentos (BP) são, 
respectivamente: 
a) BC = 200; BTC = -100; BKA = 100; BP = 0. 
b) BC = 200; BTC = -100; BKA = -100; BP = -200. 
c) BC = -200; BTC = 0; BKA = -200; BP = 200. 
d) BC = 200; BTC = -100; BKA = -100; BP = 200. 
e) BC = -200; BTC = -100; BKA = -100; BP = -200. 
 
25. Suponha que o Balanço de Pagamentos do Brasil registrou, em 
determinado ano, os seguintes dados: 
. Saldo da balança comercial: 450 
. Exportações de serviços (não-fatores): 250 
. Importações de serviços (não-fatores) : 150 
.Saldo das transações correntes (déficit): 150 
. Donativos líquidos recebidos do exterior: 50 
. Movimento de capitais autônomos (entrada liquida): 100 
 Nessas condições, a renda líquida enviada ao exterior é igual a: 
a) 950; b) 750; c) 650; d) 700; e) 350. 
 
_______________ 
 
GABARITO: 
1. b; 2. e; 3. e; 4. d; 5. d; 6. a; 
7. d; 8. b; 9. c; 10. e; 11. b; 12. d; 
13. e; 14. a; 15. d; 16. c; 17. a; 18. b; 
19. a; 20. c; 21. c; 22. a; 23. c; 24. b; 
25. b.

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