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Resumão 1º Semestre - Direito Civil

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DIREITO CIVIL:
Conceito, histórico e codificação
1. Conceito:
Direito Civil é o ramo do Direito que rege as relações entre os particulares disciplinando
o modo de ser e agir. (Constituição do homem comum)
Objeto de estudo: Relações pessoais patrimoniais
2. Histórico:
 ➢ Direito Romano: onde o Direito Civil teve sua origem.
 ➢ Direito Privado único: a reunião de todas as regras privadas existentes na Roma
Antiga.
 ➢ Idade média: Corpus Iurus Civilis (Roma, Individualista) x Direito Germânico
(Alemanha, Social) x Direito Canônico (Igreja católica, Espiritual)
 ➢ Idade moderna: Ocorre a racionalização do pensamento e da cultura por meio da
Revolução Francesa em 1789. Surge a ideia de sistematização do Direito.
 ➢ Século XIX: Desenvolvimento do comércio / 1850: Código Comercial.
3. Codificação:
 ➢ França, 1804: Código de Napoleão
 ➢ Alemanha, 1881: BGB - Cógigo Civil Alemão
 ➢ Brasil Colônia: Ordenações Filipinas
 ➢ Brasil (Independência), 1822: Segue obedecendo as leis portuguesas.
 ➢ Constituição de 1824: Determina a criação do Código Civil
 ➢ 1865 – Teixeira de Freitas apresentou seu Código. Ele começou a elaborar o primeiro
C.C. em 1858 com 5000 artigos.
 ➢ Brasil República, 1889 – Clóvis Beviláquia – Em 1900 seu projeto do C.C. foi
avaliado no Congresso Nacional
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 1
 ➢ Jus Civile – Direito Civil aplicado aos súditos romanos.
 ➢ Jus Gentium – Direito das Gentes / Aplicado aos estrangeiros
 ➢ Jus Naturale – Direito Natural
 ➢ Estado Absoluto: século XVII – Todo o poder concentrado nas mãos do Rei.
 ➢ Estado Liberal: após a Revolução – caracterizado pelo liberalismo econômico.
 ➢ Código Civil de 1916 – Foi aprovado em janeiro daquele ano e passou a entrar em
vigor um ano após, em janeiro de 1917.
 ➢ Microssistemas jurídicos: São leis esparsas de elevado alcance social e
abrangência. Suprem as ausências do Código Civil de 1916.
 Lei 6015/73: Lei dos Registros Públicos➢
 Lei 6515/77: Lei do Divórcio➢
 Lei 8069/90: Estatuto da criança e do adolescente➢
 Lei 8073/90: Código de defesa do consumidor➢
 ➢ CF/88 constitucionalizou o Direito Privado.
4. Código Civil de 1916: Já veio a tona defasado e ultrapassado.
 ➢ Total de artigos: 1807
 ➢ Características: Clareza, brevidade, precisão e técnica jurídica de qualidade.
5. Código Civil de 2002
O jurista Miguel Reale começa a elaborar o atual Código Civil em 1967.
 ➢ 1972: Anteprojeto é entregue.
 ➢ PL 634/75 – O trabalho de Reale vira projeto de lei e esse projeto só foi aprovado em
2002.
 ➢ Vigência: a partir de janeiro de 2003.
5.1 Estrutura: 2046 artigos / Divisão entre Parte Geral e Parte Especial (Direito
Empresarial).
5.2 Conteúdo: É chamado de Sistema Legal Civil e tem como objeto a tutela da
personalidade humana.
5.3 Princípios: Socialidade, Eficidade e Operabilidade.
LINDB (Decreto Lei nº 4657/42):
Lei de Introdução das Normas do Direito Brasileiro
1. Introdução
 ➢ Norma jurídica autônoma: A LINDB não está vinculada somente no ramo do Direito
Civil.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 2
 Objetivos:➢ Regular a elaboração e a aplicação de todas as normas do nosso sistema
legal.
2. Estrutura
 19 artigos:➢
 Arts. 1º e 2º: Vigência➢
 Art. 3º: Obrigatoriedade das normas➢
 Art. 4º: Integração normativa➢
 Art. 5º: Interpretação das normas➢
 Art. 6º: Aplicação da lei no tempo➢
 Art. 7º e seguintes: Aplicação da lei no espaço ➢ (matéria do Direito Internacional).
3. Vigência
 Conceito: ➢ Significa a capacidade da norma produzir seus efeitos e ser imposta a
todos. / Atributos: eficácia e coercibilidade
 Promulgação:➢ Quando se chega ao texto que foi aprovado de uma nova lei.
 X
 Publicação:➢ Quando a lei será conhecida por todos os cidadãos.
 Existência e validade:➢
 EXISTÊNCIA: A norma foi devidamente concebida.➢
 VALIDADE: Sua conformidade com o sistema jurídico.➢
 Validade:➢
 Formal: A formalidade deve ser obedecida no processo legislativo.➢
 Material: Essa nova lei não deve atentar contra a CF e as leis infra-➢
constitucionais.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 3
 Prazos:➢
 45 dias – Território Nacional➢
 3 meses – Estados Estrangeiros➢
 Normas de pequena repercussão: ➢ Ela tem a possibilidade de liberar o prazo de
Vacatio Legis. (Só é valida no território nacional)
 Autodeclaração:➢ Significa a possibilidade que a lei tem de definir prazo diverso.
(Válida somente no território nacional)
 Contagem de prazo:➢ Da vigência é diferente da contagem do prazo processual. Se
inclui o dia do início e o dia final da Vacatio Legis.
3.1 Modificação da lei
 Em vigor:➢ Somente poderá ser modificada por uma nova lei. - Nova publicação e
novo prazo
 Em vacatio legis: ➢ A modificação se dá por um novo texto que depende da
aprovação do Presidente da República. - Nova publicação e novo prazo
3.2 Princípio da continuidade ou permanência da norma
 Conceito:➢ A partir do momento que a norma venceu seu prazo de Vacatio Legis ela
entra em vigor e só interrompem seus efeitos quando entrar uma nova lei que a
modifique ou revogue a norma.
 Revogação:➢ Retirada da vigência da norma.
 Ab-rogação: revogação total➢
 Derrogação: revogação parcial➢
 Expressa: Consta na lei➢
 Tácita: Ocorre por incompatibilidade➢
 Critérios (Tácita)➢
a) Hierárquico: Lei superior revoga lei inferior
b) Cronológico / Temporal: Lei mais nova revoga lei mais antiga
c) Especial: Lei nova que trate especificamente de um tema revogará disposições
gerais sobre esse tema
3.3 Repristinação
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 4
 Art. 2º: ➢ Renascimento da norma – a sua restauração no ordenamento jurídico.
 Conceito: ➢ A repristinação somente ocorrerá se tiver disposição legal suspensa.
4. Obrigatoriedade
 Art. 3º: ➢ Ninguém se exclui de cumprir a lei alegando que não a conhece.
 Presunção de conhecimento: ➢ Surge da publicação da lei, quando a lei se torna
conhecida por todos através do Diário Oficial da União
5. Integração
 Art. 4º➢
 Conceito: ➢ Atividade de preenchimento de lacunas na lei, também chaamada de
colmatação.
 Premissas:➢
 1ª - O legislador não tem como abarcar todas as situações de conflito numa➢
sociedade, razão pela qual deixa lacunas aparentes na lei.
 2ª – Impossibilidade do juiz deixar de prolatar uma sentença alegando a➢
inexistência de lei específica para a situação concreta que se apresenta.
 Mecanismos:➢
a) Analogia: consiste na integração por meio da comparação com uma regra legal já
existente.
 ➢ Legis: quando o juiz compara com uma situação prevista em lei específica.
 ➢ Iuris: quando o juiz compara com uma situação trabalhada de forma genérica dentro do sistema jurídico.
b) Costumes: são normas de comportamento, modo de vida no cotidiano, regras
morais. Costume não revoga lei, é apenas método de integração.
 ➢ Contra legem: Contra a lei
 ➢ Praeter legem: A favor da lei
O costume como método integrativo nunca poderá ser contra legem, mas apenas praeter legem
pois atua no silêncio da norma.
c) Princípios gerais do Direito: são enunciados universais com remissão ao Direito
Romano utilizados para preencher as lacunas da lei.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 5
6. Interpretação
 Art. 5º➢
 Conceito: ➢ Buscar o sentido e o alcance da norma.
 Espécies:➢
a) Autêntica: É aquela realizada pelo próprio legislador no Poder Legislativo
b) Judicial: É aquela realizada pelo Poder Judiciário: juízes, desembargadores,
ministros do STF. - Origina a jurisprudência.
c) Doutrinária: É aquela realizada pela Doutrina: estudiosos do direitos, cientistas
jurídicos.
 Resultados:➢
a) Ampliativos: É aquele queamplia o alcance da norma. - Direitos e garantias
fundamentais.
b) Declaratórios: É aquela em conformidade com a vontade do legislador. - Direito
administrativo.
c) Restritivos: É aquele que restringe o alcance da norma a situação específica prevista
na lei – Direito penal
7. Lei no tempo
 Art. 6º: Aplica a lei no tempo➢
 Irretroatividade: ➢ Lei nova não retorna para alcançar fatos pretéritos a sua vigência. A
exceção é caso houver dispositivo legal neste sentido.
 Direito adquirido: ➢ Consiste naquilo que se incorporou ao patrimônio do titular.
 Ato jurídico perfeito:➢ É aquele praticado em conformidade com uma lei vigente em
determinada época.
 Coisa julgada: ➢ É a qualidade de uma decisão judicial ser imutável, ou seja,
impossibilidade de alteração por meio de recurso.
8. Lei no espaço MATÉRIA DE DIREITO INTERNACIONAL
 Arts. 7º ao 19º➢
 Territorialidade moderada: ➢ Significa que dentro do Brasil se aplicam as leis
brasileiras em razão da soberania nacional.
 Exceções ao Princípio da Territorialidade Moderada➢
1) Estatuto pessoal: Se constitui de direitos pessoais, em relação a nossa
individualidade. (Nome, capacidade, personalidade, direito de família)
 ➢ Art. 7º – Lei do domicílio: Lei de onde o indivíduo tem residência permanente.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 6
2) Bens imóveis: Conflito de bens e imóveis.
 ➢ Art. 8º – Lei do local: Lei do local onde o bem/imóvel está situado.
3) Contrato internacional: Contrato entre duas partes de nacionalidades diferentes.
 ➢ Art. 9º, §2º – Lei do domicílio do proponente: Lei de onde reside quem propôs o acordo.
4) Lei sucessória: Trata da transmissão de herança.
 ➢ Art. 10, §1º – Mais benéfica para o herdeiro brasileiro.
5) Execução de sentenças, cartas rogatórias e laudos arbitrais:
 ➢ Execução de sentenças: Fazer valer uma decisão judicial.
 ➢ Carta rogatória: Ato processual enviado do Brasil para o exterior em que se pede o cumprimento de
algo importante para o processo.
 ➢ Laudo arbitral: Decisão do árbitro.
PERSONALIDADE JURÍDICA:
1. Conceito: Aptidão genérica para ser titular de direitos e obrigações.
 Pessoa física: ente de existência visível, o ser humano sujeito de direitos e ➢
obrigações.
 Pessoa jurídica➢
2. Aquisição da personalidade jurídica:
 CC: Art. 2º, 1ª parte➢
 “Nascimento com vida”: ➢ funcionamento independente do aparelho
cardiorrespiratório.
 CC: Art. 2º, 2ª parte➢
 “Nascituro”: ➢ Ente concebido mas ainda não nascido, está no ventre materno.
 Teorias:➢
a) Natalista: Só temos personalidade jurídica a partir do nascimento com vida, sendo
que o nascituro possui apenas expectativa de direitos.
b) Personalidade formal: O nascituro possui personalidade jurídica apenas em relação
aos direitos, sendo que o Direito Patrimonial só é adquirido a partir do nascimento com
vida.
c) Concepcionista: O nascituro possui personalidade jurídica desde sua concepção.
 Natimorto: ➢ É o ente nascido morto, não possui personalidade jurídica. No entanto,
tem direito a nome, sepultura e honra.
 Código Civil do Brasil adota a teoria natalista com influência concepcionista.➢
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 7
CAPACIDADE
Capacidade de Direito (Gozo) + Capacidade de Fato (Exercício) = Capacidade plena
1. Capacidade de Direito: Capacidade que nós temos de gozar e usufruir de nossos
direitos apenas pelo fato de nós possuirmos personalidade jurídica. Toda pessoa possui
capacidade de direito.
2. Capacidade de Fato: É o exercício pessoal dos direitos e das obrigações. É a
aptidão genérica para pessoalmente praticar os atos da vida civil. Não são todas as
pessoas que possuem capacidade de fato. É a única espécie de capacidade que pode
sofrer restrição, sua ausência gera incapacidade.
3. Incapacidade:
 Absoluta (Incapacidade total), art. 3º – REPRESENTANTE➢
 Relativa (Incapacidade parcial), art. 4º – ASSISTENTE ➢
 Representante / Assistente:➢
 TUTOR: menores de 18 anos➢
 CURADOR: maiores de 18 anos➢
4. Maioridade Civil: a partir do momento que completa 18 anos. (Art. 5º)
EMANCIPAÇÃO (CC: Art. 5º, p.ú.)
1. Conceito: O instituto jurídico destinado a antecipar a capacidade civil plena.
2. Espécies:
a) Voluntária (art. 5º, p.ú. I – 1ª parte): É aquela feita voluntariamente pelo pai e pela
mãe.
Requisitos:
1- O filho deve ter no mínimo 16 anos;
2- Ambos os pais devem realizar o ato emancipatório;
3- Escritura pública. (Sem necessidade de intervenção judicial)
 ➢ Ação de suprimento de consentimento – O juiz não vai emancipar em sentença.
b) Judicial (Art. 5º, p.ú. I – 2ª parte): Ocorre por sentença do juiz, ouvido o tutor desde
que o menor tenha 16 anos de idade.
Requisitos:
1- Idade mínima de 16 anos;
2- Consentimento do tutor;
3- Ocorre através de sentença.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 8
c) Legal (Art. 5º, p.ú. II, III, IV e V): Ocorre pelo o que a lei estabelece e causa
emancipação.
Causas:
II – Casamento
 Divórcio não desfaz emancipação.➢
 Anulação do casamento desfaz a emancipação e o estado civil volta para solteiro.➢
III – Exercício de emprego público efetivo
IV – Colação de grau do ensino superior
V – Estabelecimento civil ou comercial ou relação de emprego pelos quais o menor com
16 anos tenha economia própria.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
1. Conceito: Os direitos que tem por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da
pessoa considerada em si mesma e também em suas projeções sociais.
2. Momento Aquisitivo:
 Concepção:➢ É o movimento aquisitivo dos direitos da personalidade. Não é
necessário o nascimento com vida.
 Natimorto:➢ Possui direito de personalidade. Tem direito a nome, sepultura, imagem,
corpo morto.
 Embrião laboratorial: ➢ Não possui direitos da personalidade.
 Eficácia negativa:➢
 Restringe condutas➢
 Limita o exercício de direitos➢
 Eficácia positiva:➢
 Vinculação de atitudes dos indivíduos para que os direitos sejam ampliados e ➢
preservados.
3. Momento Extintivo:
 Morte:➢ traz fim aos direitos da personalidade
 Vitaliciedade: ➢ os direitos da personalidade duram apenas durante a vida
 ➢ Direitos da personalidade não tem valor definido, o que se cobra é um ressarcimento pelo dano
causado.
 Proteção Póstuma➢
1- Sucessão processual
2- Transmissão do direito a separação do dano (art. 943)
3- Lesados indiretos (art. 12, p.ú.)
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 9
4. Fontes:
 Corrente jusnaturalista:➢ os direitos da personalidade possuem origem na própria
condição humana. Os direitos são inatos
 Corrente positivista:➢ os direitos da personalidade tem a sua origem na ordem
jurídica constituída.
5. Pessoa Jurídica: Não possui direitos da personalidade, porém pode sofrer danos
morais.
 ➢ A pessoa jurídica tem a proteção dos direitos da personalidade no que a ausência da estrutura
biopsicológica permitir (Artigo 52 do Código Civil – Súmula 227 do Supremo Tribunal Federal)
AUSÊNCIA (CC: Arts. 22 a 39)
1. Conceito: É o estado de fato em que uma pessoa desaparece de seu domicílio sem
deixar paradeiro.
 Morte presumida:➢
 Art. 6º, p.ú. - Morte presumida derivada da ausências.➢
 Art. 7º - Trata de outras situações não derivadas da ausências.➢
2. Divisões:
1) Com culpa do ausente: é aquela em que o próprio indivíduo resolveu tornar-se
ausente por livre e espontânea vontade.
2) Sem culpa do ausente: quando o indivíduo é forçado a ausentar.
2.1 Representação do ausente
 Com procurador:➢ É aquela em que o ausente deixa uma pessoa, ou seja, o
procurador, para realizar a gerência e administração de seu patrimônio.
 Sem procurador:➢ Quando na ausência não há quem cuide dos bens do ausente.
 ➢ O procurador possui 3 tipos de impedimento:
 Impedimento físico ou mental➢Impedimento jurídico (quando a procuração for insuficiente)➢
 Impedimento por manifestação de vontade (caso o procurador recuse a função)➢
3. Primeira Fase
 Curadoria dos bens do ausente – Fase de arrecadação dos bens➢
Será quando os bens do agente serão reunidos, e sua gerência e administração serão
passados para outra pessoas.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 10
 Curador: ➢ nomeado pelo juiz
 Procurador: ➢ escolhido pelo próprio agente
 Se o procurador não possui nenhum impedimento começará a exercer sua função➢
automaticamente sem necessidade de intervenção judicial.
 Caso o ausente não tenha deixado procurador ou se este estiver impedido, os➢
interessados ou o Ministério Público ajuizaram ação judicial específica requerendo que
seja nomeado curador.
Ação declaratória de ausência: ➢ pede a nomeação de um curador. Decisão interlocutória.➢
4. Segunda Fase – Sucessão Provisória
 Art. 26 – Prazos:➢
 Trabalho do curador – 1 ano➢
 Trabalho do procurador – 3 anos➢
 Art. 27 – Legitimados➢
 Art. 28 – 180 dias➢
Sentença que vai fazer a declaração de ausência e definir a sucessão provisória. ➢
Prazo de recurso: 15 dias
 Art. 30 – Garantia de restituição de bens➢
A posse dos bens é algo transitório.
 §1º Exclusão:➢ Quem não dá garantia é excluído da sucessão provisória.
 §2º Exceções: ➢ Cônjuges, ascendentes e descendentes não precisam prestar 
a garantia de restituição de bens na sucessão provisória pois eles são herdeiros 
necessários. 
 Art. 31 – Inalienabilidade➢
Você tem a posse do bem e não a propriedade. Não é permitido a venda.➢
 Art. 32 – Representação➢
Todos os herdeiros provisórios são representantes do ausente ativa e passivamente.
 Art. 33 – Frutos e rendimentos➢
O cônjuge, o ascendente e o descendente possuem direito a totalidade dos frutos e
rendimentos relativos aos bens que herdarem. Os demais herdeiros possuíram direito a
apenas metade dos frutos e rendimentos, devendo capitalizar a outra metade para
devolver ao ausente em um eventual retorno seu.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 11
Ambos possuem a mesma função.
 Morte do ausente: ➢ Se chegar a notícia nesta 2ª fase, a sucessão que era provisória
agora torna-se definitiva, isto é, quem tinha posse passa a ter propriedade.
5. Terceira fase – Sucessão Definitiva
 Art. 37 – 10 anos➢
Ocorrerá 10 anos após o trânsito em julgado da sentença que declarou a ausência e
determinou a abertura da sucessão provisória.
 Art. 38 – 80 anos / 5 anos➢
Ocorrerá também a sucessão definitiva quando o ausente contar com 80 anos de idade
ou quando completar 5 anos que não se recebe notícias do ausente.
 Retorno do Ausente➢
Se o ausente retornar na 1ª fase, nada perderá recuperando a posse de seus bens e
voltará a gerenciar e administrar seus bens.
Se o ausente retornar na 2ª fase, devemos analisar sua culpa na ausência. Se a
ausência ocorreu com culpa, ele recuperará a posse de seus bens e perderá metade
dos frutos e rendimentos que foram capitalizados. Se a sua ausência ocorreu sem
culpa, ele retoma a posse de seus bens e fica com metade dos frutos e rendimentos.
Se o ausente retornar na 3ª fase, após aberta a sucessão definitiva, o Código Civil em
seu artigo 39 ainda atribui a possibilidade de seu retorno após dez anos. Nesse caso
terá direito a restituição de seus bens, na maneira que eles se encontrarem.
 Obs.:➢ Ordem de nomeação do curador
Em 1º lugar, cônjuge
Em 2º lugar, pais
Em 3º lugar, descendentes
Em 4º lugar, qualquer pessoa que o juiz escolher. De preferência os mais próximos em
relação aos mais remotos.
Conteúdo de Introdução ao Direito Civil, 1º Semestre 12

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