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IOF0270 - Massas de Água e Frentes Oceânicas Seminário: Oceano Atlântico Thales Henrique de Carvalho Storti Victor Cesar Martins de Aguiar Massas de Água Abissais Água de Fundo Antártica •Formação; •Características; •Movimento; Figura 1: Massas d’água no Atlântico. Massas de Água Abissais •Formação: As principais áreas – fonte da AFA são o Mar de Weddell e o Mar de Ross. Além disso, há grande participação das áreas denominada polynyas. Figura 2: Mapa do continente Antártico. Massas de Água Abissais •As polynyas são, basicamente, regiões cercadas por gelo que abrigam água em estado líquido. Ou seja, um “lago” no meio do gelo. •Dois processos de formação: Calor sensível e calor latente. Figura 3: Diagrama de formação de polynyas por calor sensível e calor latente. Ocean Circulation, 2nd Edition by Open University, Butterworth-Heinemann Publishers, page 219. Massas de Água Abissais •Características: Como é de se esperar, as massas d’água apresentam padrões que refletem o local onde foram formadas. A AABW, formada na Antártica, possui temperaturas baixas (<2 ºC) e salinidade relativamente baixa, de aproximadamente 34,8. Por possuir tais temperaturas, a AABW apresenta alta densidade (a mais alta do Atlântico) e, por essa razão, tal massa d’água tende a ocupar as regiões mais profundas. Figura 4: Salinidade em aproximadamente 28ºS, no Atlântico Sul Leste. [Hogg, Siedler, and Zenk (1999)] Figura 5: Localização das maiores massas d’água do Atlântico em função da salinidade. (Descriptive Physical Oceanography: Na Introduction, sixth edition, pg. 284) Massas de Água Abissais •Movimento: Originada na Antártica, a AABW percorre rumo ao Norte, penetrando tanto a Leste quanto a Oeste da Cordilheira Meso-Atlântica; •Por preencher as camadas mais basais, o deslocamento da AABW é fortemente afetado pelo relevo; Figura 6: Dispersão da Corrente das Agulhas. Extraído da NOAA. Figura 7: Feições geológicas no Atlântico Equatorial. (Polzin, K, K. Speer, J. Toole and R. Schmitt, 1996) Figura 8: Temperatura potencial abaixo dos 4000 m e movimentos da AABW detectados por sensores de infravermelho. (Adaptado de Wüst, 1936) Massas de Água Abissais •Indicação: A evolução da água de fundo Antártica desde o último máximo glacial usando a análise OMP (Ilana Elazari Klein Coaracy Wainer) Água Profunda Atlântico Norte (APAN) •A APAN ocorre em camadas de profundidade entre 1000 e 4000 metros, é uma camada com uma salinidade relativamente elevada (acima de 34.9) e muito oxigenada (acima 5.5 ml/l). Se estende do Mar do Labrador até a Divergência Antártica Figura 1: Seção através da bacia oeste do Atlântico (a) Temperatura Potencial (°C), (b) Salinidade, (c) oxigênio (ml/L). Água Profunda Atlântico Norte (APAN) lEstudos mais detalhados mostram duas máximas de oxigênios nos subtrópicos, nas profundidades entre 2000 - 3000 m e 3500 - 4000 m, indicando a a existência de dois tipos diferentes de água profunda. l lO máximo superior pode ser rastreada até a superfície perto de 55 ° N e reflete o espalhamento da APAN formado por mistura de água do fundo do Ártico com o produto de convecção profunda do inverno no Mar do Labrador . Água Profunda Atlântico Norte (APAN) •A máxima inferior tem origem na região de transbordamento próximo a Escócia, Islândia e Groelândia indica que ocorre a formação de uma agua de fundo antes de a Aguá de Fundo Ártico chegue ao mar do Labrador, através de mistura de águas transbordantes com aguas ao redor. •Ao leste da cordilheira meso oceânica esse é o único processo de formação de agua de fundo, esta massa de água é conhecida com APAN leste, e a que tem a formação no Mar do Labrador é conhecida como APAN oeste. As duas variedades permanecem verticalmente em camadas em seu caminho para o Sul Água Profunda Atlântico Norte (APAN) •As propriedades da APAN dependem do grau de variação da interface oceano/atmosfera durante a sua formação. •Este tipo de água profunda se forma no inverno devido a convecção de fundo, esta convecção de fundo ocorre em um período de 6 a 10 anos, o que produz um intensa variedade das propriedades do Mar do Labrador. Contudo essas variações interanuais das propriedades do Mar do Labrador são transmitidas para a APAN com metade da magnitude inicial. Figura 2: Seção através do sul do Mar do Labrador, por volta de 60 °N. (a) Temperatura (°C), (b) Salinidade, (c) Oxigênio (ml/L). Água Profunda Atlântico Norte (APAN) •Outra variedade da APAN é a que se mistura com aguas de origem Euroafricana e Mediterranea. Essa massa de agua sai do Estreito de Gibraltar e, quando comparada com outras aguas de fundo de mesma densidade, possui altos índices de salinidade e temperatura. Figura 3: (a) Temperatura (°C) e (b) Salinidade no Atlantico Norte na profundidade de 1000m. Água Profunda Atlântico Norte (APAN) •A Água do Mediterrâneo é injetada na APAN sob forma de remoinhos. A rotação destes redemoinhos evita que ocorra mistura entre a AM e a APAN. •As anomalias na temperatura e salinidade podem ser vistas como um processo onde os redemoinhos formados pela Agua do Mediterrâneo viajam através da APAN, liberando lentamente a carga extra de temperatura e salinidade na agua profunda que os cerca.
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