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UM ESTUDO SOBRE A APLICABILIDADE DA METODOLOGIA DO MARCO LÓGICO EM UMA INSTITUIÇÃO SOCIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO PARAÍBA

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Curso de Administração – FCN 1 
 
UM ESTUDO SOBRE A APLICABILIDADE DO MÉDODO DO MARCO LÓGICO 
EM UM PROJETO SOCIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO VALE DO 
PARAÍBA 
 
 
Larissa Matos Pereira
 
Faculdade Canção Nova
 
larissa_mprosa@hotmail.com 
 
Prof Marcelo Pereira de Andrade
 
Faculdade Canção Nova
 
marcelopereiraandrade@hotmail.com 
 
 
 
Resumo 
 
O Marco Lógico é uma ferramenta para planejamento, implementação e avaliação de 
projetos que pode ser utilizado, em qualquer tipo de empresa, porém muito eficaz em 
organizações sociais. Este trabalho tem por objetivo analisar a aplicabilidade do Marco 
Lógico em uma organização social da região metropolitana do Vale do Paraíba, visando 
mensurar a responsabilidade social do projeto e a eficácia da ferramenta na organização. A 
análise se dará por meio de revisão teórica sobre as origens e funcionamento do Marco Lógico 
e conceitos de responsabilidade social e sua importância, e por meio de entrevista para coleta 
de dados, a fim de pontuar os dados coletados com os dados teóricos. 
 
Palavras-chave: Matriz do Marco Lógico, Responsabilidade Social, organização social, 
gestão de projeto social. 
 
 
Abstract 
 
The Logical Mark it is a tool for planning, implementation and evaluation of projects 
that can be used, at any kind of organization, but very effective in social organizations. This 
article aims to analyze the applicability of logical mark in a social organization at Metropoli-
tan Region of Vale do Paraiba, aiming to measure the social responsibility of the project and 
the tool effectiveness in the organization. The analysis is based in a theoretical review about 
the origins and operation of logical mark and concepts of social responsibility and its im-
portance, as well as using an interview, to point the data collected with theoretical data. 
 
Key-Words: Logical Mark Matrix, Social Responsibility, Social Organization, Social Project 
Management. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 2 
 
INTRODUÇÃO 
 
A Responsabilidade Social tem apresentado uma importância muito grande nos 
últimos anos e atingiu um crescimento considerável no Brasil e no mundo. É notável a 
expansão do tema nos dias atuais, difundido não só nas empresas, mas também nas pessoas. 
As organizações sociais, ainda que sejam filantrópicas, ganharam um vasto espaço no 
mercado, tanto que existem redes e federações sociais porque a necessidade pede e por conta 
disso, continuarão crescendo e se desenvolvendo cada dia mais. Porém as organizações 
sociais necessitam de uma gestão diferente da gestão de uma empresa comercial comum, de 
acordo com Goldstein (2007), a gestão de uma empresa social difere da gestão de uma 
empresa comum, “o grande desfio é encontrar ferramentas práticas, simples e adequadas que 
tornem a gestão transparente e eficiente, sem anular suas especificidades, sua flexibilidade e 
sua inevitável subjetividade” (GOLDSTEIN, 2007, p. 94). 
Um desafio que está sendo enfrentado por diversas organizações sociais, o qual serviu 
de motivo para a criação da nova lei do Marco Regulatório das organizações da sociedade 
civil a fim de introduzir um a aperfeiçoamento jurídico e organizacional que todas as 
instituições filantrópicas devem se adequar. 
Algumas empresas estão conhecendo e iniciando a utilização de ferramentas e 
metodologias para planejamento de projetos, porém outras ainda não o fazem. A tendência é 
que, por conta da implantação da nova lei, as organizações passem a utilizar uma das 
ferramentas para o processo de planejamento, implementação e avaliação de projetos por ser 
um processo que precisa acontecer em todos os projetos, mas exige uma profissionalização 
maior dos membros para isto, que é algo que está em débito. 
Existem algumas ferramentas/metodologias indicadas para utilização em projetos 
sociais: o método ZOPP (Planejamento de Projetos Orientado por Objetivos), o LogFRAME 
(Logical Framework), o PCM (Project Cycle Managment) e Planejamento Estratégico 
Situacional (PES) e a Metodologia do Marco Lógico, etc. A metodologia a ser apresentada 
neste artigo é a Metodologia do Marco Lógico, demonstrada em uma instituição filantrópica 
situada na região metropolitana do Vale do Paraíba, com o objetivo de analisar a 
aplicabilidade da ferramenta na organização. A relevância do tema se dá devido à sua riqueza 
e relevância para as organizações sociais do mercado atual, devido a importância que o 
mesmo tem para a sociedade e devido à obrigatoriedade da nova lei do Marco Regulatório das 
Organizações Civis, na qual todas as organizações devem se adequar, uma vez que diversas, 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 3 
 
ou a maioria das organizações sociais auxiliam no crescimento e desenvolvimento da 
sociedade, trazendo impactos positivos. 
Desta forma, será realizada uma pesquisa, por meio de entrevista, em uma organização 
social sem fins lucrativos, situada na região do Vale do Paraíba, para coleta de dados e analise, 
com o objetivo de, através dos dados, verificar se é viável ou não a utilização da ferramenta 
na gestão de um projeto social. 
 
I. A METODOLOGIA DO MARCO LÓGICO 
 
O Marco Lógico é um método utilizado para planejamento estratégico, implementação 
e monitoramento de projetos, orientado pelos objetivos, que é algo desafiador, porém 
inevitável na rotina das organizações, principalmente as organizações sociais. Ela possibilita 
uma avaliação um pouco mais profunda e detalhada de um projeto, a comunicação dos 
resultados atingidos, a alocação dos recursos necessários e o estabelecimento dos passos 
futuros. (JUNIOR, 2012, p. 30) O Banco Mundial Acrescenta: 
 
O marco lógico é uma ferramenta para facilitar o processo de conceitualização, 
elaboração, execução e avaliação de projetos. Seu objetivo é dar estrutura ao 
processo de planejamento e informação essencial relativa ao projeto. Pode ser 
utilizado em todas as etapas de preparação do projeto: programação, identificação, 
orientação, análise, apresentação perante os comitês de revisão, execução e 
avaliação ex-post. (BANCO MUNDIAL, 2004, p. 1) 
 
 O método começou a ser desenvolvido, entre os anos de 1969 e 1970, especificamente 
para aplicação em projetos de desenvolvimento social, motivado pela USAID (Agência dos 
Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional), que constatou a dificuldade em tornar 
suas iniciativas efetivas e, por meio da análise de um rol de projetos da ocasião, se deparou 
com o seguintediagnóstico (JUNIOR, 2012, p. 30). Segundo Goldstein, 
 
a) o planejamento dos projetos sociais era impreciso, com objetivos vagos e nem 
sempre relacionados às atividades previstas; b) a responsabilidade pela execução de 
cada etapa não costumava estar clara; c) e a avaliação tendia à subjetividade, já que 
não havia consenso quanto aos objetivos e responsabilidades. (Goldstein, 2007, p. 
95) 
 
Além disso, “sem um início devidamente organizado, as avaliações eram, comumente, 
causadoras de confusão em vez de conceberem medidas construtivas para melhoria dos 
projetos”. (JUNIOR, 2012, p. 31) 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 4 
 
 Desta forma, pretendendo superar essas dificuldades, a USAID contratou dois 
consultores, Leon Rosenberg e Lawrence Posner, ambos da Practical Concepts Inc, que 
apoiados em diversos métodos do MBO (Managed by Objectives – Gerenciamento por 
Objetivos), elaboraram uma metodologia de teor científico, denominada LFA – Logical 
Framework Approach, podendo ser traduzido para o Português como Método do Quadro 
Lógico. (JUNIOR, 2012) 
 Junior (2012) afirma que a grande melhoria do MQL ocorreu no final dos anos 1970, 
quando a Agência Alemã de Cooperação Técnica – Deutsche Gesellschaft Für Technische 
Zusammenarbeit (GTZ), atualmente nominada GIZ, passou a utilizar o MQL como 
ferramenta de suporte às suas iniciativas de cooperação. Os resultados foram positivos, porém 
ao mesmo tempo, observou-se a necessidade de maior participação e diálogo entre as equipes 
da empresa e entre a empresa e seus beneficiários. Desta forma, no começo dos anos 80 a 
empresa de consultoria Team Technologies, contratada pela GIZ, agregou as características 
requeridas pelo BMZ, e criou o método ZOPP (Zielorientierte Projekt Planung – 
Planejamento de Projeto Orientado para Objetivos). 
 Diversos métodos derivados foram adotados e desenvolvidos. A utilização maciça do 
MQL também se confirmou em muitas organizações, muitas dessas organizações passaram a 
utilizar o método ZOPP. A diferença entre o ZOPP e o MQL é que o MQL utiliza como 
fundamento principal a participação dos principais stakeholders, orientados por facilitadores. 
A evolução dos dois conceitos os tornou semelhantes, pois ao longo do tempo, as observações 
e inovações de um foram agregando o outro. O ZOPP é a evolução do MQL. (JUNIOR, 2012) 
O Método do Quadro lógico ou matriz de marco lógico tem sido utilizado de diversas 
maneiras por quase todas as principais agências de cooperação internacional, tais como a 
ONU (Organização das Nações Unidas), USAID (United States Agency for International 
Development), UNICEF e Banco Mundial, SIDA (Agência Sueca de Cooperação 
Internacional para o Desenvolvimento), ENAP (Escola Nacional de Administração Pública), 
entre outras mais. 
O marco lógico consiste numa matriz 4x4, quatro colunas. 1) Resumo Narrativo de 
Objetivos; 2) Indicadores para acompanhamento; 3) Fontes de dados e 4) Pressupostos 
Relevantes, e quatro linhas a) Objetivo Superior; b) Objetivo do Projeto; c) Produtos e d) 
Atividades, na qual as colunas cruzam horizontalmente com cada item das linhas. O marco 
lógico deve ser elaborado um para cada objetivo do projeto, se tiver mais de um objetivo, 
deve ser elaborado mais de um marco lógico. (PENTEADO. Www2.ufba.br) (IDALGO; 
MARIGA; NAZZARI; PARIS, Apud POSSAMAE FILHO, 2003). 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 5 
 
A descrição sumária ou resumo narrativo é a descrição geral do objetivo conforme 
cada item das linhas. Os indicadores verificáveis são formulados como metas, da mesma 
forma baseados nos itens das linhas, são indicadores de objetivos, que tornam específicos os 
resultados esperados, os indicadores dos produtos (componentes), que são descrições breves 
dos estudos, treinamento e obras físicas, gerados pelo projeto, e os indicadores de atividades, 
que se correspondem pelo orçamento do projeto. 
As fontes de verificação ou meios de verificação são o que indicam ao executor ou 
avaliador onde é possível obter informação necessária para a construção dos indicadores. 
Os pressupostos relevantes são os fatores que envolvem riscos a cada projeto em 
vários aspectos, ou seja, fatores que podem fazer com que o mesmo fracasse. 
O objetivo superior é a descrição da solução de um problema que se tenha 
diagnosticado. O objetivo do projeto é o resultado esperado ao fim de execução do projeto 
no qual cada projeto deve ter um único objetivo. Os produtos ou resultados são os 
componentes a serem produzidos para aquele objetivo, como por exemplo, os estudos a serem 
realizados, materiais para consultas, obras e treinamentos, como um método; e por fim, as 
atividades que são as tarefas que devem ser cumpridas para produzir (PENTEADO. Www2. 
ufba.br). É possível visualizar como se funciona a construção, no modelo de elaboração da 
matriz no quadro 1. 
 
Quadro 1 – Modelo de Matriz de Marco Lógico. 
___ 
___ 
___ 
 
Descrição 
Sumária 
Indicadores 
Verificáveis 
Meios de 
verificação 
Pressupostos 
Relevantes 
(fatores de risco) 
Objetivo Superior 
 
Quadro 1A Quadro 2A Quadro 3ª Quadro 4ª 
Objetivo do 
Projeto 
Quadro 1B Quadro 2B Quadro 3B Quadro 4B 
Produtos 
 
Quadro 1C Quadro 2C Quadro 3C Quadro 4C 
Atividades 
 
Quadro 1D Quadro 3D Quadro 3D Quadro 4D 
Fonte: GOLDSTEIN, 2007. PENTEADO, Www2.ufba.br. – Adaptação própria. 
 
Abaixo um exemplo de aplicação da matriz, em uma empresa de transporte, para 
melhor compreensão, na figura 1: 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 6 
 
 Figura 1. 
Fonte: Prof. Oswaldo Barbosa, 2012. (http://pt.slideshare.net/) 
 
É possível observar a importância do uso de uma linguagem específica, a fim de 
aumentar a precisão das informações e com isso, diminuir o risco de interpretações diferentes. 
Os resultados, objetivos e indicadores devem ser formulados no presente, como se já estivesse 
acontecendo. É muito importante ser realista na definição de objetivos ou resultados, 
formulando como se já tivesse sido alcançado, pois assim é mais fácil avaliar a capacidade 
que a equipe tem de produzi-los. (BARBOSA, 2012) 
A utilização do Quadro Lógico proporciona para a organização diversas vantagens em 
relação ao processo de implementação de um projeto, na qual mostram a relevância da matriz. 
Gondstein afirma: 
 
a) hierarquiza os elementos em cada coluna (a importância aumenta de baixo para 
cima); b) explicita a relação lógica dos elementos de uma mesma linha (elementos à 
esquerda condicionamaqueles à sua direita); c) prevê os riscos envolvidos em cada 
nível que precisam ser monitorados; d) valoriza o papel da avaliação do projeto; e) 
pode ser utilizada em todas as fases do ciclo de vida (planejamento, implementação 
e avaliação). (GOLDSTEIN, 2007, p. 95) 
 
O Banco Central acrescenta que a metodologia do marco lógico proporciona uma série 
de vantagens sobre enfoques menos estruturados, dentre elas: 
 
A) Provê uma terminologia uniforme que facilita a comunicação e que serve para 
reduzir ambiguidades; b) Provê um formato para chegar a acordos precisos acerca 
dos objetivos, metas e riscos do projeto, compartilhados pelo Banco, pelo tomador 
do empréstimo e pelo executor do projeto; c) Fornece um temário analítico comum 
que pode ser utilizado pelo tomador do empréstimo, pelos consultores e pela equipe 
de projeto para se elaborar tanto o projeto quanto o relatório de projeto; d) Enfoca o 
trabalho técnico nos aspectos críticos e pode reduzir consideravelmente os 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 7 
 
documentos de projeto; e) Fornece informações para organizar e preparar de forma 
lógica o plano de execução do projeto; f) Fornece informações necessárias para a 
execução, o monitoramento e a avaliação do projeto; g) Proporciona uma estrutura 
para expressar, num único quadro, as informações mais importantes sobre um 
projeto. (BANCO MUNDIAL, 2004, p. 1-2) 
 
A metodologia do marco lógico traz inúmeras vantagens ao processo de planejamento 
de projetos, por isso, o uso da ferramenta é de grande interesse para toda a organização, uma 
vez que auxilia fortemente a gestão no planejamento de projetos organizacionais, quanto mais 
efetiva é a demonstração dos projetos, mais atrairá investimentos. 
Para tanto, torna-se necessário a simulação da aplicação da ferramenta para mensurar a 
responsabilidade social da organização juntamente com o processo de planejamento de 
projetos. 
 
II. A RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
Responsabilidade Social é uma questão muito praticada pelas empresas, pois é um 
termo que atingiu uma importância considerável ao longo dos anos, perante a sociedade. De 
acordo com a autora Goldstein (2007, p. 7) “desde a década de 1980, o tema 
Responsabilidade Social vem ganhando espaço tanto no mundo corporativo quanto nos meios 
acadêmicos”, podendo citar como exemplo os estudantes e universitários, que futuramente 
gestores e diretores, trarão consigo algo que deverá ser aplicado em suas empresas, sejam elas 
de grande, médio ou pequeno porte, considerando o fato de que a sociedade cobra e espera 
isso das empresas nos dias atuais. 
As empresas são frequentemente citadas em relação ao tema da Responsabilidade 
Social, por ser algo importante e necessário em qualquer empresa do mercado atual. Percebe-
se que as pessoas valorizam mais as empresas que estão envolvidas com a RS 
(Responsabilidade Social), até porque as empresas usufruem da natureza, do espaço e da 
contribuição das pessoas para se manter, e conforme o conceito de Carrol, citado por Barbieri 
e Cajazeira (2009), “a Responsabilidade Social das empresas compreende as expectativas 
econômicas, legais, éticas e filantrópicas que a sociedade tem em relação às organizações em 
dado período” (2009, p. 53), DIAS (2012) acrescenta, 
 
A RS evoluiu e se converteu em movimento estrutural de transformação da empresa. 
É um movimento cultural que está em seu início e que apresenta um novo tipo de 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 8 
 
empresa, novas formas de ser e fazer, que é consequência de exigências da 
sociedade e que remete, também, a uma nova relação com os poderes públicos. 
Assim, a RS tem essa força derivada das novas exigências sociais, que também são 
políticas na medida em que os poderes públicos reforçam suas pressões para que 
assumam maiores responsabilidades públicas. (DIAS, 2012, p. 7) 
 
Ou seja, a RS pode ser dita como a contribuição da empresa para a sociedade, pois a 
sociedade contribui com o crescimento da empresa. Por conta disso, a RS se tornou algo 
necessário, que a empresa precisa praticar para garantir o seu lugar no mercado atual, muitas 
vezes é praticada como uma alavanca para o marketing, mas também é algo que auxilia no 
desenvolvimento de muitas regiões do país, principalmente em áreas mais pobres, como por 
exemplo, os projetos sociais da Fundação Bradesco1, espalhados por todo o Brasil, e da 
Fundação João Paulo II2, situada na região do Vale do Paraíba, que auxiliam jovens e crianças 
no aprendizado e em pequenas especializações, e abrem as portas para o emprego. É 
importante perceber que não é somente uma questão de marketing, mas uma razão de 
sobrevivência das empresas, até porque demonstra maturidade e responsabilidade por parte da 
empresa, a empresa é socialmente aceita, acarreta menos processos judiciais, menos ações 
trabalhistas, etc. 
A palavra “responsabilidade”, substantivo derivado da palavra “responder”, no 
dicionário Aurélio (2000, p. 602) significa “Responder pelos próprios atos ou pelos de 
outrem”, no qual também pode ser definida como “obrigação” ou “dever de arcar”. Logo o 
termo “Responsabilidade social” pode-se afirmar como uma “obrigação e dever de arcar com 
a sociedade”. Os autores Barbieri e Cajazeira (2009) acrescentam que em termos gerais, a 
responsabilidade de um agente refere-se à obrigação de responder pelas consequências 
previsíveis das suas ações em virtude de leis, contratos e normas de grupos sociais ou de sua 
convicção íntima. 
A norma brasileira NBR 16001 (2004, p. 3) afirma que a Responsabilidade Social é “a 
relação ética e transparente da organização com todas as suas partes interessadas, visando o 
desenvolvimento sustentável”. O Instituto Ethos acrescenta: 
 
[...] é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa 
com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas 
empresariais compatíveis com desenvolvimento sustentável da sociedade, 
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a 
 
1 Projeto EDUCA+AÇÃO, Escola Virtual, Parceiros na Aprendizagem, Cuidando do Futuro, Educar e Aprender, 
Networking Academy, Voluntariado Educativo, Informática para Deficientes Visuais, Inclusão de deficientes e 
Bradesco Esportes e Educação. 
2 Projeto Geração Nova, Centro de Atendimento Comunitário, Instituto Canção Nova e Companhia de Artes. 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN9 
 
diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. (INSTITUTO 
ETHOS, 2005, p. 25) 
 
Observando os conceitos citados acima, é possível chegar a um consenso de que 
Responsabilidade Social é o dever de arcar com a sociedade, em virtude de leis, contratos e 
normas, compreendendo as expectativas econômicas, legais, éticas e filantrópicas que a 
sociedade tem em relação às organizações, mantendo relação ética e transparente entre 
organização e suas partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável, preservando 
os recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e promovendo a redução das 
desigualdades. 
De acordo com Albuquerque (2009), os autores Quazi e O'Brien (2000) defendem a 
existência de duas vertentes da Responsabilidade Social, sendo elas: 
 
A) a responsabilidade ampla, que compreende as atividades de negócios que vão 
além das responsabilidades clássicas econômicas da empresa; b) a responsabilidade 
estreita, segundo a qual a função objetivo da empresa é basicamente maximização 
do valor para o acionista. (ALBUQUERQUE, 2009, p. 139) 
 
 Ambas podem ser detalhadas no quadro 2: 
Quadro 2 – As duas vertentes da Responsabilidade Social 
Responsabilidade 
ampla 
Visão moderna 
Prática da RS a longo prazo, contínua, benefício para a empre-
sa. 
Visão filantrópica Prática da RS mesmo que não traga retorno para a empresa. 
Responsabilidade 
estreita 
Visão socioeconômica As ações de RS ajudam na geração de valor da empresa. 
Visão Clássica 
As ações sociais não geram valor para a empresa e por isso 
não devem ser praticadas. 
Fonte: ALBUQUERQUE (2009, p. 139-140) - Adaptação própria. 
 
Barbieri e Cajazeira (2009) citam o conceito de Carrol que divide a responsabilidade 
social em quatro dimensões, denominado como a Pirâmide da Responsabilidade Social: 
 
a) as responsabilidades econômicas remetem ao fato de que a empresa deve ser 
lucrativa. Essa é a primeira e principal responsabilidade social da empresa, pois, 
como diz Carrol, antes de qualquer coisa, ela é a unidade econômica básica da 
sociedade e, como tal, tem a responsabilidade de produzir bens e serviços que a 
sociedade deseja vendê-los como lucro. Todos os demais papéis que ela vier e 
desempenhar estão condicionados por estas responsabilidades. Por isso, ela está 
representada como uma seção na qual a pirâmide se assenta; b) A responsabilidade 
legal vem em seguida. No momento em que uma sociedade aprova o sistema 
econômico, permitindo que as empresas assumam seu papel produtivo como parte 
da efetivação de um contrato social, ela coloca as regras básicas, as leis sob as quais 
devem operar. A sociedade espera que elas cumpram sua missão econômica dentro 
de uma estrutura legal. Em outras palavras, significa jogar com as regras do jogo; c) 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 10 
 
A terceira dimensão é a responsabilidade ética. Embora as duas primeiras 
responsabilidades incluam normas éticas, há comportamentos e atividades não 
cobertos por leis ou aspectos econômicos do negócio, mas que representam 
expectativas dos membros da sociedade, enquanto a responsabilidade legal se refere 
à expectativa de atuar conforme a lei, a ética se refere à obrigação e fazer o que é 
certo e justo, evitando ou minimizando causar danos às pessoas; d) A 
responsabilidade discrionatária é a quarta dimensão do modelo de Carroll que, 
diferentemente das demais, ocorre sem sinalização precisa por parte da sociedade, 
ficando a cargo de escolhas e julgamentos individuais. (BARBIERI; CAJAZEIRA. 
2009, p. 54). 
 
Desta forma, percebe-se que a pirâmide da Responsabilidade Social traz para o gestor, para o 
administrador, para as empresas e para o projeto social em si, requisitos importantes para que 
seja medida a viabilidade de um projeto social de acordo com as expectativas da sociedade, 
conforme apresentado no quadro 3: 
 
Quadro 3 - Pirâmide da Responsabilidade Social de Carrol 
Tipos de responsabilidades Obrigação 
Responsabilidades Econômicas Ser lucrativo 
Responsabilidades Legais Obedecer às leis 
Responsabilidades éticas Fazer o certo e evitar danos 
Responsabilidades Filantrópicas Empresa cidadã 
Fonte: Barbieri e Cajazeira (2009, p. 54) - Adaptação própria. 
 
 A Responsabilidade Social possui também seis características essenciais, citadas por 
Dias (2012, p. 53-54) de acordo com pesquisas realizadas pelos pesquisadores Crane, Matten 
e Spence (2008), sendo elas, 
 
A) Voluntariedade [...] diz respeito a atividades que a empresa pratica e que vão 
além daquelas prescritas pela lei; b) Gerenciamento e internalização de 
externalidades. [...]por exemplo, as empresas podem ser obrigadas a internalizar o 
cisto dessas externalizações; c) Orientação voltada para múltiplos stakeholders. 
Além da responsabilidade para com seus acionistas, as empresas, para prosperar e 
sobreviver, devem considerar sua relação com vários stakeholders[...]; d) 
Alinhamento entre as reponsabilidades sociais e econômicas.[...] uma empresa 
alinhar as responsabilidades sociais e econômicas, para não negligenciar o aspecto 
de que é uma organização que busca fundamentalmente o benefício econômico e 
que dá sustentação às demais dimensões (social e ambiental); e) Práticas e 
valores.[...] Desse modo se discute não só o que as empresas fazem na área social, 
mas também: por que fazem isso? Baseadas em que valores?; f) Ir além da 
filantropia [...] Atualmente, o conceito de RS trata do conjunto das operações 
essenciais da empresa e o seu impacto na sociedade. (DIAS, 2012, p. 53-54) 
 
A Responsabilidade Social possui uma relevância considerável, e esta é perceptível 
diante de todo o crescimento e proporção das práticas nos dias atuais. Isso justifica o 
nascimento de vários órgãos (ONGs, 3º setor), diversas normas voltadas para o tema e o 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 11 
 
nascimento da Economia Social. De acordo com os autores Barbieri e Cajazeira (2005, p. 4), 
pode-se afirmar que 
 
É inegável a importância da responsabilidade social na atualidade, tanto que existe 
um verdadeiro movimento mundial em torno do tema. Prova disso são as inúmeras 
iniciativas promovidas por empresas, entidades empresariais, ONGs e órgãos 
vinculados à ONU. O número crescente de códigos de ética e programas de 
responsabilidade social e de normas voluntárias como SA8000 AA 1000 e NBR 
16001 atestam o vigor desse movimento. Vale mencionar a construção de uma 
norma de responsabilidade social pela International Organization for 
Standardization (ISO), a entidade de normalização mais importante da atualidade. 
(BARBIERI; CAJAZEIRA, 2005.p 4). 
 
Percebe-se que a relevância do tema movimentou muitas empresas. Conforme estudos 
de Machado e outros (2006), citado por Albuquerque (2009, p. 143), os resultados confirmam 
que 
 
Em 176 empresas de grande porte e capital aberto no Brasil que utilizamrecursos 
naturais abundantes em seus processos produtivos, procuram compensar os impactos 
negativos das suas atividades fazendo mais investimentos ambientais do que 
prestação de serviços, para o mercado interno. (ALBUQUERQUE, 2009, P. 143) 
 
Assim, cabe afirmar que as empresas se conscientizam cada vez mais sobre 
sustentabilidade, e o “ser responsável” (AURELIO, 2000, P. 206), também com o meio 
ambiente. 
Além disso, as práticas da responsabilidade social podem trazer inúmeros benefícios à 
organização. Albuquerque (2009) cita alguns benefícios que a Responsabilidade Social gera 
para as empresas que aderem as práticas, exposto por Martinelli (2009), dentre eles está: 
 
A) Valor agregado à sua imagem; b) Desenvolvimento de lideranças mais 
conscientes e socialmente responsáveis; c) Melhoria do clima organizacional; d) 
Melhoria da satisfação e motivação dos funcionários; e) Aumento da autoestima de 
todos os participantes; f) Reconhecimento do orgulho pela participação em projetos 
sociais, entre outras vantagens. (ALBUQUERQUE, 2009, p. 135) 
 
DIAS (2012, p. 91) cita uma pesquisa realizada pelo Instituto de pesquisa Econômica 
Aplicada (IPEA), em 2004, que encontrou um aumento na proporção das empresas que atuam 
na área social. "Entre o final da década de 1990 e 2004, houve um crescimento generalizado 
na proporção de empresas que declaram realizar algum tipo de ação social para a comunidade. 
As grandes empresas se mantêm com a maior taxa (94%) de participação em ações sociais 
comunitárias". (IPEA 2006, DIAS, 2012, p. 91). O autor acrescenta: 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 12 
 
A pesquisa destaca a expressiva participação das microempresas (de 1 a 10 
empregados): 66% delas ou 410 estabelecimentos deram algum tipo de contribuição 
à comunidade. Na análise da evolução desse comportamento de atuação socialmente 
responsável, o crescimento mais expressivo se deu entre as microempresas e entre 
aquelas de médio porte (101 a 200 empregados), em relação à pesquisa anterior 
realizada no ano 2000. (DIAS, 2012, p. 91) 
 
De acordo com Dias (2012), mais da metade das empresas que realizam atividades 
sociais voltadas para a comunidade afirmam que o fazem por motivos humanitários e cerca de 
um quinto dos empresários informa atuar impulsionado por motivos religiosos. Por outro 
lado, cresceu significativamente a proporção de empresas que declaram atuar em função da 
demanda de entidades (governamentais ou públicas) e de campanhas públicas. 
 
Em geral as empresas realizam suas atividades sociais por meio de doações 
simultânea de recursos, quer para pessoas ou comunidades carentes (54%), quer para 
organizações que executam projetos sociais (67%). No entanto, no período 
analisado, cresce a proporção de empresas que apoiam organizações (comunitárias, 
filantrópicas ou religiosas), consolidando-se como o principal mecanismo de atuação 
das empresas privadas na área social. (DIAS, 2012, p. 91) 
 
Essa atitude das empresas é, cada vez mais, muito valorizada pela sociedade, 
conforme mencionado no texto acima. Não é praticada somente por empresas, mas também 
por cidadãos, conforme Dias (2012) cita no trecho abaixo: 
 
Entre os estabelecimentos com mais de 500 empregados, 57% declaram realizar 
parcerias para atuação na área social, enquanto entre as menores empresas (até 10 
funcionários) esse percentual foi de apenas 32%. No caso daquelas empresas que 
realizam parcerias, destacam-se que 57% atuam junto a organizações sem fins 
lucrativos, 38% tem as próprias comunidades atendidas como parceiras, 27% aliam-
se a outras empresas privadas no desenvolvimento de ações. (DIAS, 2012, p. 91) 
 
Outra pesquisa, essa realizada pelo Instituto Ethos em 2008, tendo como objeto as 
empresas participantes da rede Tear, numa estrutura baseada em nove empresas-âncora de sete 
setores da economia, que selecionaram entre 15 e 25 empresas de sua cadeia de valor 
(fornecedores ou clientes) perante as quais assumem o compromisso de ajuda-las a adotar ou 
ampliar uma gestão socialmente responsável. A pesquisa mostrou que 38% das empresas da 
rede possuem comitês de RS e 625 delas afirmaram possuir uma política formal nessa área. 
Além disso, 14% delas afirmaram possuir departamentos de responsabilidade social ou de 
sustentabilidade. (INSTITUTO ETHOS, 2009). O Instituto Ethos acrescenta: 
 
Se, no início do Ethos, o desafio era difundir o conceito de responsabilidade social 
no Brasil e sensibilizar os empresários, hoje o cenário é outro. O tema já está 
bastante conhecido. A ideia de transparência e o compromisso com a sociedade já 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 13 
 
faz parte do discurso corporativo. Hoje, 435 empresas brasileiras têm ações na 
Bovespa e, consequentemente, submetem-se aos critérios de governança e de 
transparência exigidos para a abertura de capital. (INSTITUTO ETHOS, 2008, p. 8) 
 
É satisfatório perceber o quanto as empresas prezam a importância das práticas de 
responsabilidade social no Brasil. No caso a seguir, será analisada uma organização privada 
sem fins lucrativos (filantrópica), cujo único objetivo da mesma é satisfazer a necessidade do 
público/cliente sem visar lucro, construindo uma simulação de aplicação do Marco Lógico a 
fim de obter resultados mensuráveis com a Responsabilidade Social da mesma e com o 
processo de planejamento de projetos habitual. 
 
III. PESQUISA E ANÁLISE DE DADOS - METODOLOGIA DO MARCO LÓGICO E 
A ORGANIZAÇÃO SOCIAL 
 
A fim de comprovar a aplicabilidade da metodologia do marco lógico, foi realizada 
uma pesquisa na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Guaratinguetá. A 
APAE é uma escola de educação especial, entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que se 
destina à prevenção, educação, recuperação e/ou habilitação da pessoa com deficiência, 
atendendo aproximadamente 346 crianças especiais. Atende prioritariamente a pessoa com 
deficiência mental associado ou não de outra deficiência. A organização possui parcerias com 
algumas empresas como GoodYear, Guara Motor, Basf e Atlantica Distribuição e Logística e 
também é certificada ISO 9001(requisitos para sistemas de gestão da qualidade) e está entre 
as 400 maiores Entidades Beneficentes do país (Www.apaeguaratingueta.com.br). 
No formato de entrevista, foram feitas perguntas relacionadas a projetos, objetivos e 
metas da empresa, que seguem no apêndice, com o objetivo de analisar os resultados da 
entrevista com os dados teóricos, a fim de compara-los e analisar a efetividade de uso da 
metodologia do marco lógico na elaboração dos projetos da organização. 
Os projetos da escola são elaborados de acordo com a necessidade dos educandos. 
Cada área da organização (fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, terapia) observa e percebe 
a necessidade da área para os alunos no momento, são muitos projetos, pois as necessidades 
são muitas, porém o recurso nãoé suficiente para todas, pois a escola sobrevive de doações, 
então após todas as áreas definirem as necessidades, isso é apresentado para a diretoria da 
unidade, e esta apresenta para a diretoria geral para que aí sejam filtradas as principais 
necessidades para a escola (prioridades). 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 14 
 
Essa avaliação é dada por alguns critérios para definir qual projeto é mais importante 
no momento, como por exemplo, a quantidade de alunos que serão beneficiados com 
determinado projeto. O projeto que for beneficiar maior número de alunos ficará na frente 
como prioridade para aprovação, e os que beneficiam um número menor não serão vetados, 
porém, tendo prioridade menor, ficarão guardados para uma próxima oportunidade. 
Observando os conceitos de Responsabilidade Social citados no segundo capítulo, 
percebe-se que a escola é uma organização socialmente responsável, pelo fato de que a 
mesma se preocupa em atingir as necessidades da sociedade, os portadores de necessidades 
especiais representam cerca de 23,9% da população brasileira, segundo censo demográfico de 
2010 do IBGE. A organização se preocupa e se dedica a essa parcela da população, visando 
sempre suprir as necessidades deles e proporcionar uma vida melhor com chances de maior 
inclusão social para eles. A organização arca com a sociedade partindo do princípio de que a 
mesma promove a redução de desigualdades. A organização está em virtude de leis, contratos 
e normas, e busca compreender as expectativas econômicas, legais, éticas e filantrópicas, 
mantendo relação ética e transparente entre organização e suas partes interessadas. 
Após a validação do projeto a organização busca financiamentos por parte de 
parceiros ou inicia a arrecadação de fundos através de doações. De acordo com os dados da 
pesquisa, uma das dificuldades do projeto é a questão financeira, e um grande fator que 
influencia essa questão é a atual situação econômica do país que por estar em fase de crise, 
dificulta as doações que são o principal meio para a efetivação dos projetos. Ainda assim é 
perceptível a capacidade da organização de se manter, devido à organização (tanto física como 
dos processos) e profissionalismo, a diversidade e qualidade nos atendimentos que a fazem se 
destacar das demais unidades da região, atributos que atraem os investidores. 
Outra dificuldade apresentada é a dificuldade na profissionalização da elaboração de 
projetos no aspecto administrativo, decorrente do fato de que a maior parte dos colaboradores 
da organização é de formação pedagógica e possuem maior bagagem e conhecimento 
pedagógico do que administrativo. Por conta disso, existe dificuldade no planejamento de 
projetos em relação a processos administrativos atualmente, em contrapartida, surgiu uma 
preocupação com este ponto por parte da administração, impulsionada pela nova lei federal n. 
13.019, de 31 de julho de 2014 que entrou em vigência em 22 de julho de 2015, nomeada 
como “Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil”, na qual todas as entidades 
privadas sem fins lucrativos devem se adequar. 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 15 
 
O Marco Regulatório tem o objetivo de aperfeiçoar o ambiente jurídico e institucional 
relacionado às organizações e suas relações parcerias com o estado, na qual se definiu três 
eixos orientadores: contratualização, sustentabilidade econômica e certificação. Esses temas 
são trabalhados tanto na dimensão normativa (projetos de lei, decretos, portarias) quanto na 
dimensão do conhecimento (estudos e pesquisas, seminários, publicações, cursos de 
capacitação e disseminação de informações sobre o universo das Organizações da Sociedade 
Civil). Em virtude disso, estão sendo proporcionados para toda a equipe cursos para 
planejamento de projetos e outros, e a equipe está buscando este aprendizado com afinco. 
Neste ponto pode-se observar a necessidade do uso da matriz do marco lógico, 
somado aos conhecimentos adquiridos nesta adequação, pois assim a equipe que participa 
ativamente do processo de planejamento de projetos será fortificada, eliminando as 
dificuldades. 
A questão tratada na problemática, encontrada nas empresas envolvidas no início da 
criação do Marco Lógico, tratando-se de problemas que projetos sociais sofrem com a falta de 
clareza na definição dos objetivos (GOLDSTEIN, 2007) (COEP, 2002), não ocorre no caso da 
organização pesquisada, pois conforme os dados da pesquisa, é possível afirmar que os 
membros da organização reconhecem e entendem claramente qual é objetivo principal que é 
atender à necessidade dos educandos e os processos para isso são corriqueiros. Muitas vezes 
ocorre divergência de opiniões quando se trata de aprovações de projetos, ainda assim todos 
possuem total consciência de que tudo que é decidido traz benefícios a todo o projeto, ou seja, 
todos que fazem parte do corpo da organização são beneficiados porque o objetivo principal 
está sendo cumprido. 
De acordo com a pesquisa, a organização não possui conhecimento e não faz uso da 
metodologia do marco lógico, porém a elaboração de projetos ocorre da mesma forma, porque 
é algo natural que precisa acontecer mesmo não desfrutando de ferramentas. Percebe-se que o 
processo de elaboração de projetos da organização passa por algumas etapas. Por exemplo: a 
reunião de cada área para definição de necessidades; posteriormente a reunião de todas as 
áreas juntas para definição da prioridade; apresentação para a diretoria geral; obtenção de 
financiamentos e doações, conforme exposto na entrevista. É possível perceber que essas 
etapas se encaixam dentro de um marco lógico, como por exemplo, o projeto citado na 
entrevista, para compra da máquina de fazer caixa de pizza para inserção dos alunos no 
mercado de trabalho, conforme apresentado na matriz do marco lógico a seguir, no quadro 4: 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 16 
 
Quadro 4 - Projeto transcrito na matriz do marco lógico. 
Descrição sumária Indicadores verificá-
veis 
Meios de verificação Pressupostos e fa-
tores de risco 
Objetivo geral 
 
 Proporcionar aos 
alunos atuação 
no mercado de 
trabalho 
 
 
 Os alunos estão 
no mercado de 
trabalho até 
março de 2015. 
 
 
 Relatórios da 
empresa 
 
Objetivos específicos 
 
 Compra da má-
quina de fazer 
caixa de pizza 
 Máquina está 
pronta para uso 
até novembro 
de 2015. 
 Pesquisas de 
novas 
tecnologias 
 As 
manutençõe
s são 
realizadasperiodicame
nte 
Resultados imediatos 
 
 Professores são 
capacitados 
 Número de 
alunos atingidos 
é considerável 
 O orçamento é 
suficiente 
 Salários são 
aumentados em 
20% até 
novembro de 
2015 
 O número de 
alunos que 
necessitam 
desta atividade 
é o mais 
elevado de 
todos os 
projetos 
 A empresa 
conseguiu 
arrecadar verba 
suficiente para 
iniciar o projeto 
 
 Relatórios da 
empresa 
 Relatórios e 
levantamento
s da empresa 
 Relatórios e 
levantamento
s da empresa 
 Os 
professores 
permanecem 
na empresa 
 Não haverá 
desistência 
dos alunos 
 Os parceiros 
que 
financiarão 
projeto já 
aprovaram o 
mesmo 
Atividades 
 
 Treinamento dos 
professores para 
aplicação desta 
nova atividade 
 A turma está 
fechada 
 Construção do 
espaço iniciada 
 Arrecadação de 
fundos 
 
 
 Espaço é 
construído até 
dezembro 2015 
 
 
 O 
treinamento 
é de 
qualidade e 
aplicado por 
empresa de 
confiança 
 Com o 
orçamento 
bem feito 
não há 
sobras ou 
faltas na 
construção 
do espaço 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 17 
 
Algumas APAEs3 já utilizam ferramentas de planejamento de projetos para a captação 
de recursos, como o Marco Lógico, o ZOPP (Planejamento de Projetos Orientado por 
Objetivos), o LogFRAME (Logical Framework), o PCM (Project Cycle Managment) e 
Planejamento Estratégico Situacional (PES), etc. Talvez a adequação que as organizações 
estão passando por conta do Marco Regulatório, traga futuramente um leque de ferramentas e 
métodos para implementação nas organizações que ainda não utilizam, incluindo a matriz do 
marco lógico, por ser uma necessidade das organizações sociais. 
Seria muito interessante se a organização ousasse experimentar o uso da ferramenta, 
aproveitando este período de mudanças e novos aprendizados. A ferramenta mostra-se muito 
eficaz já que diversas grandes empresas já a utilizam, e assim, ajudaria muito no 
melhoramento da gestão (planejamento/implementação) de projetos, considerando a 
dificuldade que a organização tem, e com projetos melhor planejados, isso trará bons 
resultados organizacionais (equipe coesa, metas concretas, redução de falhas, redução de 
imprevistos, credibilidade e confiança para a organização) e bons resultados financeiros 
(arrecadações, financiamentos) que refletirão no trabalho e na qualidade do serviço. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No primeiro capítulo percebe-se a importância do uso da ferramenta Marco Lógico 
nas organizações sociais, uma vez que a ferramenta proporciona o planejamento estratégico e 
eficaz para a gestão dos projetos possibilitando a visão do todo, o uso desta traz melhoras que 
refletem diretamente no trabalho de toda a equipe e consequentemente na qualidade do 
serviço prestado, trazendo assim credibilidade para a organização. 
No segundo capítulo vimos que as organizações sociais exercem um papel muito 
importante na sociedade atualmente. É importante reconhecer a responsabilidade social que 
essas empresas carregam e é importante se atentar também às dificuldades enfrentadas 
diariamente. 
As organizações sociais necessitam de uma gestão eficaz, capaz, e que leve a 
organização ao crescimento, à evolução, pois estas provocam um desenvolvimento para a 
sociedade, sem cobrar por isso. Desta forma, é preciso dar maior importância para a 
Responsabilidade Social, considerando todos os órgãos estendidos por esta. 
 
3 Federação das Apaes do Estado do Rio Grande do Sul, Federação das Apaes do Estado do Rio de Janeiro e 
Federação das Apaes do Estado do Espírito Santo. 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 18 
 
Diante dos resultados apresentados, a utilização da Metodologia do Marco Lógico na 
organização na APAE é viável. Percebe-se que a utilização da matriz trará notáveis resultados 
para a organização, auxiliando fortemente em um ponto que atualmente apresenta 
dificuldades, mas também é importante que a organização utilize a metodologia, devido às 
mudanças e adequações que estão ocorrendo por conta do Marco Regulatório, uma vez que as 
outras empresas da mesma rede já estão utilizando métodos para planejamento de projetos, 
entende-se que o marco regulatório pode trazer como padrão e norma a utilização de 
ferramentas e metodologias, como Marco lógico e o ZOPP, por exemplo, e outras mais que 
existam, ou seja, algo que para a organização citada na pesquisa pode parecer novo e distante 
da realidade, mas pode estar mais perto do que se imagina. 
Assim propõe-se que a organização utilize a metodologia do marco lógico em seu 
processo de planejamento e execução de projetos, pois, conforme demonstrado no presente 
artigo, o processo já ocorre na organização da mesma forma como o desenvolvimento da 
matriz, desta forma facilitará o uso e a organização se adaptará com facilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 19 
 
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MARKUS BROSE - Participação no Desenvolvimento Local. Metodologia Participativa, 
desconstruindo Mitos, Entendendo Potenciais e Limites, Além da sua Aplicação na Gerencia 
de Projetos. Disponível em: <http://www.markus.brose.nom.br/pagina.php?id=12>. Acesso 
em: 30 Out, 2015. Hora de acesso: 18:18. 
 
 
 
 
 
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Curso de Administração – FCN 22 
 
MARIGA, Jandira Turatto; PARIS, Roseli Aparecida Valera; ADALGO, Silvia Inês; 
NAZZARI, Rosana Kátia. O Uso do marco Lógico na Gestão do Conhecimento e do Capital 
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Curso de Administração – FCN 24 
 
APÊNDICE A - ENTREVISTA COM A COORDENADORA PEDAGÓGICA E A DI-
RETORA DA INSTITUIÇÃO 
 
Tempo de gravação: 00:26:38 
Entrevista realizada em: 29 de outubro de 2015. 
 
1) Como funciona o processo de estabelecimento de metas da instituição? 
Coordenadora pedagógica: É elencado pela equipe diretiva juntamente com os colaborado-
res um processo de prioridades, o que seria melhor para o funcionamento da nossa escola 
dando retorno para os alunos, então se é uma parte de fisioterapia, junta a equipe clínica e 
pensa em um projeto que venha de acordo com a parte de movimento, a reabilitação, e encima 
disso esses clínicos sentam e elaboram esses projetos, depois tem várias vertentes que a gente 
pode estar encaminhando, ou é com recurso próprio da instituição, ou então nós podemos es-
tar mandando para o Fundicad, parceiros, empresas que queiram financiar, então a gente vê o 
que nos momentos nós estamos precisando. No momento nós estamos com a pretensão de 
uma compra, foi até feito um projeto, de uma compra de uma máquina para a oficina de car-
tonagem que nós já confeccionamos caixas, mas nós queremos implementar, trazer um novo 
recurso, em pensou-se uma caixa de pizza, seria mais uma forma de renda, de captação de 
recurso para a instituição que acaba retornando para os alunos, foi elaborado todo um projeto 
em cima, foi apresentado para a empresa, na qual nós estamos esperando que eles façam o 
reembolso desse recurso para que a gente possa adquirir esta ferramenta. 
 
P.: Entendi, então cada área planeja o seu projeto de acordo com necessidade e prioridade? 
 
R.: Sim, porque é claro que sempre nós estamos precisamos de algo, mas não é sempre que 
nós vamos ter o recurso disponível, então muitas vezes fica na gaveta, nós temos muitos so-
nhos, por exemplo, a brinquedoteca, também é um projeto que faz tempo que nós queremos 
uma brinquedoteca, até que então elaborou-se o projeto, teve uma ação social muito bacana da 
senhora Bete Sampaio que é nossa conselheira que escreveu um livro, e com a renda deste 
livro ela está dando praticamente mais da metade do que vai custar a brinquedoteca, na con-
trapartida a escola achou por bem destinar o recurso para complementar esse projeto, já temos 
o espaço e tudo. 
 
P.: E essa aprovação desse projeto que você disse, por exemplo, vocês aprovação aqui, mas 
tem outra aprovação, pelo que eu entendi? 
 
R.: É, a equipe diretiva junto com os colaboradores sonda a realidade e a necessidade do nos-
so educando, nisso a diretora apresenta para a diretoria. A diretoria tem uma reunião que acon-
tece mensamente e ali se discute entre os membros, e aí batem o martelo, - "ah tem esse proje-
to, musicoterapia, brinquedoteca, compra da máquina. O que é mais importante agora? A 
Compra da máquina", então une os esforços, algumas empresas, Fundicad, aonde a gente po-
de bater na portinha para ver o que a gente pode conseguir, tem até o Flavinho que é da Can-
ção Nova, deputado, ele está com três emendas nossas, que se der tudo certo ele vai colaborar 
com três projetos, foi de uma van, a adaptação do espaço para a musicoterapia que nós vamos 
construir o espaço, então estamos nesse aguardo para a musicoterapia se vier essa verba, vai 
ser um espaço até melhor porque aqui, musicoterapia vai atrapalhar a sala de aula, mas é o 
que nós temos no momento, e o outro é a lousa digital se não me engano, que também é um 
do Flavinho. Então é mais nesse sentido, é visto o que é prioridade no momento, porque coi-
sas para comprar o que mais a gente precisa. 
 
 
 
 
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2) Existe alguma dificuldade no processo de estabelecimento das metas? Quais são essas 
dificuldades? 
 
R.: Acabamos encontrando porque nós queremos adquirir tudo, mas nem sempre é possível, 
ainda mais na atual situação do nosso país este ano, que piorou muito a situação, então a gente 
vai de portinha a portinha, quem pode colaborar com R$5, Deus lhe pague, quem pode com 
R$10, com R$1. 
P.: Então esse é um fator que influencia totalmente né... 
R.: A situação do país esse ano está influenciando muito nas colaborações. 
 
3) Seria possível um exemplo positivo e negativo em relação ao estabelecimento das me-
tas? 
 
R.: Às vezes o confronto de opiniões. É positivo, porque se trocam muitas ideias, mas quando 
não consegue chegar num consenso se torna negativo. Para todo mundo tudo teriaque aconte-
cer, mas não é sempre que pode acontecer em determinado momento, então a gente em que 
ver. Essa máquina, por exemplo, de caixa, vou conseguir atender quantos alunos? 30, já a mu-
sicoterapia 248, o que é melhor fazer? Atender os 248, então vai passando na frente aqui que é 
melhor, se eu puder atingir mais nossa clientela, no caso hoje, nós temos 248 alunos, então, é 
bacana, é importantíssima essa máquina porque com essa máquina nós vamos trabalhar com 
parte laboral dos alunos, eles vão conseguir colocar em prática essa prontidão para o trabalho, 
que muitas vezes as famílias não deixam eles serem inseridos no mercado de trabalho, mas 
aqui dentro eles acabam tendo oportunidade de confeccionar caixas, essas caixas são vendidas 
tanto no comercio local tanto na região, ali eles estão produzindo sabonete, tem outras coisas 
que eles conseguem fazer, mas aqui dentro da organização. 
 
4) A instituição utiliza alguma ferramenta para planejamento de projetos e definição de 
objetivos? 
 
R.: Agora que nós estamos vivendo essa mudança do marco regulatório que é uma lei nova, 
para as organizações sociais que é a lei 13019, acredito que até a Canção Nova terá que se 
estruturar, nós também, nós passamos por uma formação no mês de setembro, veio a Carol 
Zanet, pela editora Diálogo, de filantropia, fez um curso conosco sobre elaboração de proje-
tos, o nosso presidente está com contato com a Fatec, onde lá tem uma professora Thais que 
domina a área de projetos, então a intenção da instituição, da nossa organização, do presidente 
no caso, é montar uma equipe porque hoje nós somos falhos na questão de elaboração de pro-
jetos, a verdade é essa, nós teríamos que ter muito mais projetos perto do que nós temos, só 
que como elaborar esse projeto? Você está fazendo faculdade de Administração, lá com certe-
za você deve ter uma disciplina que fala de projetos, e daí você chega aqui nós temos a maio-
ria do nosso quadro são pedagogos, nós tivemos a formação de metodologia de projetos, mas 
projetos voltados para a área educacional, já um projeto social, ali precisa ter no corpo dele, a 
captação de recursos, aonde você vai usar, quantos meses etc., então é muito mais informação 
que para professor essa foi sempre a nossa dificuldade aqui na escola. 
P.: precisa de elaboração de projeto mais voltado para a área administrativa, mais para a ges-
tão. 
R.: Isso, e esse é o nosso dificultador que até então, as administrações anteriores não tiveram 
essa preocupação, eles resolviam entre eles e tudo bem. Nessa atual administração que está 
finalizando agora o mandato, passou-se a ter um olhar mais voltado para colocar a equipe 
junto, porque nada melhor do que quem faz o serviço no dia a dia para dizer que precisa dessa 
maca para esse aludo que fica sentado ou deitado o dia inteiro, e que com esse equipamento, 
 
 
 
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esse aluno vai conseguir ficar na posição de pé e vai visualizar, vai conseguir jogar um video-
game, um programa utilizado, para esse aluno será um ganho, já pensou, ele só vê o mundo 
sentado e vai ter a possibilidade de ficar em pé... Foi uma alegria no dia que posicionou o 
primeiro aluno e ele disse que estava vendo, foi outra situação para ele, que até então ficava 
num apoio, e ele sozinho travava numa máquina e ficava podendo brincar, para ele o ganho 
foi muito grande, então essa diretoria teve esse olhar de caminhar junto conosco, quando nós 
não tínhamos ferramenta, nós não tínhamos conhecimento, e tudo custa dinheiro, Esse ano 
que conseguiu-se trazer a moderação da APAEs, o curso, estamos correndo atrás deste apren-
dizado para elaborar melhor um projeto, estamos aprendendo, buscando. 
 
Diretora: É daqui para a frente vai ser só projetos, então temos que aprender a fazer. Tanto o 
estado, o município, federal, tudo vai ser de projetos. 
 
5) A instituição realiza algum tipo de avaliação ou estudo na formulação dos objetivos? 
Já respondido acima. 
 
6) Existe alguma variável que possa interferir nos objetivos da instituição? 
Já respondido acima. 
 
7) Como os membros da equipe/colaboradores respondem aos objetivos? 
 
Coordenadora pedagógica: Sim, participam, tanto na indicação quanto na elaboração do 
projeto. A maioria deles, por exemplo, dessa maca, nosso fisioterapeuta tinha o inglês e apre-
sentou-nos para empresa daqui de guará, mas precisou que levasse para os Estados Unidos, já 
aí precisou traduzir para inglês e português o projeto. 
P.: Quando vocês estão trabalhando em alguma implantação de algum projeto, todo mundo 
anda junto, corre atrás daquele mesmo objetivo, os colaboradores, os membros da equipe, da 
gestão, nunca houve nenhum problema de pessoas não colaborando, de a maioria sim e algu-
ma parte não. 
R: Sempre tem porque somos diferentes, não é tudo que todo mundo vai concordar, acaba 
tendo dificuldade, claro que a área, por exemplo, agora o momento é a alegria da fonoaudió-
loga, porque a musicoterapia está para sair, então atingiu a fonoaudiologia, então os outros 
colaboram sabendo que dessa o momento foi da fonoaudiologia com a musicoterapia. 
P.: Então existe essa consciência de que o momento agora não é o meu, é do outro, mas preci-
so ajudar porque sou do corpo. 
R.: Sim, porque a musicoterapia vai ajudar o todo, não vai ajudar somente a área de fonoau-
diologia, se a pessoa tiver feliz ela vai conseguir ajudar na parte de fisioterapia, na parte pe-
dagógica, e por aí vai. 
 
Entrevistador: Eu quero mostrar algo para vocês, como vocês disseram que estão introdu-
zindo mais a parte de elaboração de projetos, o meu artigo pertente mostrar a efetivação do 
uso da matriz do marco lógico, que é uma metodologia de planejamento de projetos. Ela fun-
ciona assim, fazendo um planejamento de objetivo para objetivo, é construído uma matriz 
para cada objetivo do projeto, mas essa matriz é uma matriz que encontramos por vários auto-
res internacionais que falam dela, no Brasil não tem nenhum exemplo dela. Ela é muito usada 
no México, e eu a escolhi para saber se seria possível a efetividade dela na APAE, e acredito 
que sim, vou explicar um pouco de como funciona para vocês, ela é meio complexa. 
Eu peguei um exemplo como se fosse usada numa empresa de transporte, ela tem a descrição 
sumária de cada objetivo, tem o objetivo geral que se coloca da forma geral, resumido, o obje-
tivo do projeto é mais delimitado que se descreve, os resultados são descrito tanto como resul-
 
 
 
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tado quanto como produto, que é o que você vai produzir para chegar nesse projeto ou o que 
você vai usar, por exemplo, vai realizar algum estudo ou fazer algo para realizar esse projeto, 
então resultado ou produto dá no mesmo. Nas atividades pede quais são as atividades realiza-
das para esse projeto. Com certeza na prática já é feito isso, mas aqui é uma matriz no papel, 
mais detalhado, porque alguns

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