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Planejamento de carreira e sucesso 
TEMA 1 MODULO 1 
Instituições de Ensino 
São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os de pós-graduação. As IES podem ser classificadas como Universidades, Centros Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre essas três denominações? Vejamos: 
FACULDADE 
Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos de gestão, ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino sem a autorização do MEC. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO 
Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários não preencheram todos os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e costumam ser de tamanho menor que elas. 
UNIVERSIDADE 
O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas finalidades e criar seus cursos. 
A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo três mestrados e um doutorado. 
Resumindo: 
As diferenças entre Faculdade, Centro Universitário e Universidade não estão diretamente relacionadas com a qualidade dos cursos ofertados, mas sim com a autonomia e a complexidade institucional, como no quadro ao lado. 
 
 
Saiba mais 
Está prevista na legislação brasileira a possibilidade de outras instituições, públicas ou 
privadas, ministrarem a Educação Superior, como as faculdades, os centros universitários e os institutos superiores. 
Abaixo, apresentamos os tipos de cursos oferecidos pelas Instituições de Ensino: 
Cursos de Graduação 
Bacharelado: Graduação que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o exercício de alguma atividade profissional. 
Licenciatura ; Tipo de graduação que prepara o indivíduo para atuar como professor na Educação Básica dentro da área escolhida. Tanto a Licenciatura quanto o Bacharelado possuem uma base comum, por isso, normalmente, eles têm o mesmo peso. 
Tecnólogo : Já esse tipo de curso possui carga horária menor que o Bacharelado e a Licenciatura, e apresenta como principal característica a preparação em caráter prático, em um nicho mais específico que o Bacharelado, como Logística e Design Gráfico, por exemplo. 
Cursos de Pós-graduação 
Lato sensu: Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, com objetivo de aprofundar o conhecimento ou qualificar o egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas. São inclusos nesta categoria também os cursos de tipo MBA e MFA. 
Stricto sensu ; Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e pesquisa acadêmica. Existem nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois e dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. Já o doutorado, tem duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese. 
Especificidades acadêmicas 
Concepção de um curso superior 
As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios (disciplinas) e os tempos mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular ou trabalho de conclusão de curso, por exemplo. 
De forma geral, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma matriz curricular que serve ao aluno como uma espécie de guia, contendo todas essas informações. 
A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática: 
O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do Curso, e junto com ele, a matriz curricular. 
Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular. 
Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga horária, créditos etc. 
Espaços comuns 
 
O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira e uma mesa, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar os espaços oferecidos pela IES que você deverá utilizar com frequência durante sua jornada acadêmica: 
SALAS DE AULA 
Onde acontecem as aulas (geralmente teóricas), que contam com a presença física do professor e dos estudantes. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados em exposições feitas pelo professor. 
LABORATÓRIOS 
Ambientes específicos voltados para aulas práticas de alguns cursos (podendo, por exemplo, ser um laboratório de fotografia, de química, informática etc.). A aula prática utiliza métodos de ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante. 
AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM 
Nesse ambiente, o professor atua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante papel de impulsionar os estudos. Além das aulas, há discussões realizadas nos fóruns, ferramentas de interação, chats, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas etc. 
 
BIBLIOTECA 
A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na Internet e cursos sobre as normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. 
Geralmente, ao falarmos de biblioteca estamos nos referindo à biblioteca presencial, mas em muitas universidades já existe a biblioteca virtual. 
Recomendação 
A unidade em que você estuda possui várias instalações, explore-as. 
Atividades curriculares 
A exigência de Atividades Curriculares deve variar de acordo com as características do curso que você escolheu. 
 
Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns: 
Atividade estruturadas : São atividades pertinentes que integram a carga horária de algumas disciplinas. Devem ser desenvolvidas e propostas pelos professores e executadas pelos alunos, de forma individual ou coletiva, dependendo da atividade. 
Atividade acadêmicas complementares: Para se formar, o aluno deve ter uma carga horária mínima de horas de Atividades Acadêmicas Complementares de acordo com o exigido na sua Matriz Curricular. São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho. 
Estagio curriculares supervisionado : O Estágio é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior (especialmente para os cursos de Licenciatura). Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia conforme o curso. Consulte a Estrutura Curricular do seu curso para mais informações. 
Extensão: As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade o estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando estudantes, professores e comunidade em projetos consistentes e de relevância social, geralmente valendo algumas horas AAC. 
Iniciação cientificae pesquisa: A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa. 
Trabalho de conclusão de curso : É um componente curricular presente ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contempla a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso. Consulte a matriz curricular do seu curso para saber se o TCC é obrigatório. 
Procedimentos de avaliação 
Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto de acordo com a IES quanto para a modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas avaliações, sendo a cada uma delas atribuído uma nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Em relação à prova em si, os instrumentos para avaliação da aprendizagem podem ser construídos a partir de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos. 
Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a uma média, que costuma ser gerada a partir de todas as notas dessa disciplina em particular. 
 
É importante que você procure saber qual a média da sua Instituição de Ensino e que pergunte para cada professor sobre a forma de avaliação. 
Estabelecendo contatos 
Vestibular concluído, aprovação no curso, matrícula feita. 
 
E agora? 
A partir desse momento, você conviverá presencial ou virtualmente com diversos membros dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá com você uma rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais interlocutores: 
 
Lembre-se: seu comportamento, sua personalidade e sua imagem serão lembrados por essas pessoas. 
Modulo 2 
Administração do tempo 
Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o assunto principal deste módulo. Iniciaremos com algumas reflexões: 
 
Imagine a situação a seguir: 
Quando estamos no trânsito e o sinal vermelho nos impede de prosseguir, nossa percepção de tempo se dá de duas formas: se estamos com pressa, o sinal demora; se não temos urgência, sequer percebemos que ele mudou para verde. 
Uma constatação é: nunca teremos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos. 
Durante toda nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões a tomar, mas nem sempre sabemos lidar com isso. 
Saber administrar o tempo é identificar, dentre as várias coisas que precisam ser feitas, o que é prioritário para você. 
Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridades é uma necessidade. 
Sendo assim, ele pode ser visto como um projeto. Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina, aumentando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. 
A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser desorganizado pode trazer prejuízos emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o tempo é saber o que é prioritário dentre as várias atividades da sua rotina. Estabelecer prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso, precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida. 
Recomendação 
É de extrema importância que você tenha uma agenda pessoal como ferramenta. Atualmente temos várias alternativas, seja de agenda física, tradicional, ou de aplicativos que cumprem esse papel. O fundamental, seja no trabalho ou nos estudos, é que você escolha uma boa agenda, onde você possa marcar todos os compromissos. Você poderá consultá-la sempre ou, no caso do aplicativo, configurá-la para enviar notificações de compromissos com minutos, horas ou dias de antecedência. 
Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte forma: 
 
Confira, a seguir, orientações para que você execute cada uma dessas etapas de acordo com suas prioridades. 
1 - Estabelecer Prioridades 
Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das demandas a serem cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para o campo pessoal. Você pode definir quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim, evitar sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local. 
1 - Listar atividades 
Liste todas as suas atividades para que você enxergue com mais clareza tudo o que tem para fazer diariamente. 
2 - Estabeleça ordem de prioridade 
A partir da lista, estabeleça sua ordem de prioridades, respeitando a importância e a relevância de cada atividade, seus valores, impactos e prazos. 
2 - Planejar Rotina 
Você deve organizar o seu dia de acordo com a relação atividades/tempo, sempre utilizando a lista de prioridades como referência. 
Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se conheça a fundo, isto é, que identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração, sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai encontrar seu melhor momento para fazer cada atividade. 
Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer, dormir, fazer exercícios e trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno o máximo possível. 
 
Recomendação 
Se você é daquelas pessoas cujos trabalhos criativos são melhor produzidos à noite, tente evitar afazeres criativos durante o dia e agende mais tarefas administrativas e analíticas para a manhã. Se você acha que exercitar-se é melhor no meio do dia, tente fazer isso durante seu intervalo para o almoço ou faça uma pausa no trabalho à tarde e retorne no início da noite. 
3 - Estipular Metas 
Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa dica é estabelecer metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que a meta é um ponto aonde se quer chegar. 
Vamos destacar quatro possíveis metas relacionadas à sua formação superior: 
4 - Elaborar Plano de Ação 
Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação: 
1 Primeiro movimento 
2 Organizar as ações 
3 Monitorar as ações 
4 Apurar dos resultados 
5 Atingir meta 
 
1. Primeiro movimento: 
Aqui, vamos determinar as ações do semestre. Neste caso, levantamos três passos: obter presença no máximo de aulas possível, estudar cada disciplina duas horas a mais por semana e obter aprovação nas avaliações. 
Recomendação 
Neste plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras. Procure aprimorar esta organização incluindo uma coluna de comentários/observações, por exemplo, ou uma coluna de prazo para cumprimento, e outras que achar necessário. No semestre seguinte, repita a operação. 
Técnicas de estudo 
As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que pensar em como melhorar os três pontos abaixo: 
 
Com a aplicação de técnicas de estudo, você pode melhorar o seu ofício ou rendimento acadêmico. 
Fichamento : A primeira técnica de estudo serve para trabalhar concentração e memória. É o fichamento ou resumo. Uma coisa muito importante ao ler é que você tenha uma caneta ou um tablet para anotar as informações mais importantes do texto. Isso ajuda você a reter essa informação, melhorando suaatenção e sua memória. Então, todas as vezes que estiver lendo um texto, você pode e deve escrever no papel frases ou palavras-chaves que sejam importantes. 
Se você for fazendo isso ao longo de todo o texto, ao terminar de lê-lo, você verá que o seu fichamento está pronto. A partir disso, o que você pode fazer é deixar as anotações ali naquele papel ou transcrever as palavras para o seu Word, ou para uma agenda (física, eletrônica), porque você já terá os pensamentos básicos principais todas as vezes que quiser usar aquele texto. Então, o fichamento ou o resumo podem ser feitos dessa maneira de forma prática. 
Mapa mental: A segunda atividade ou técnica que você pode fazer para melhorar sua memória e sua atenção é o mapa mental. É muito parecido com o fichamento, mas você coloca esse texto (ou atividade, filme, livro etc.) em palavras, em temas, então destaca o tema daquele texto que você está lendo. 
A partir daquele tema, você vai encontrar no texto quais são as palavras que são relacionadas àquele tema e que são importantes. O mapa mental é formado por temas que vão se conectando por linhas para formar diagramas. Isso é uma técnica mnemônica, ou seja, uma técnica que faz você lembrar o que fez, o que leu, de forma bastante rápida e eficiente. 
Tabela: Outra técnica que também pode ser utilizada é a construção de tabelas. Algumas pessoas preferem utilizar a tabela para resgatar o texto ou o trabalho que está fazendo de maneira rápida, então basta construir uma tabela com as colunas que achar necessárias e aí se colocam os temas, as palavras-chaves ou os assuntos pertinentes e importantes daquele texto. É uma ótima forma de resumir. 
Autoexplicação: Por fim, falaremos da autoexplicação. Algumas pessoas têm dificuldades de ler em voz baixa, dizem assim: “quando eu leio baixo, não entendo que eu li”, então é preciso ler alto. Essas pessoas vão se dar muito bem com a técnica da autoexplicação, ou seja, elas leem o texto e explicam para si próprias e, durante essa explicação, as dúvidas vão surgir e a própria pessoa vai explicá-las. 
Gravação em áudio : Uma outra técnica que pode ser aliada a essas outras é a gravação em áudio. Quem, nos dias atuais, não tem um celular na mão? Então, com o gravador do seu celular você pode gravar um texto que você está estudando, ou uma matéria que esteja escrevendo. Depois, você pode ouvir no , no trem, no ônibus, onde você estiver. É uma ótima forma de você relembrar, logo, uma técnica mnemônica. 
Tipos de aprendizado 
Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se diferenciam no processo de educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida, você poderá descobrir qual dos perfis mais se assemelha às suas características. 
Internet como aliada 
A Internet, revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das Instituições de Ensino, costumam ter características similares, como fóruns de discussão, por exemplo. 
Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar ideias, imagens, vídeos, textos, músicas e estimulam a criação coletiva, colaborativa. 
Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da intenet em trabalhos acadêmicos como se fossem de sua autoria. Isso é uma questão de Ética na rede! 
 Modulo 3 
Diversidade 
Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual, cultura, classe social, geração distintas, isto é, de variadas identidades sociais/culturais; chamamos esse fato de diversidade. É a condição de ser composto de diferentes elementos. 
Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entender o que é alteridade. Esse é um conceito filosófico, resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro” diferente, isto é, aqueles que são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência. 
Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquizá-los, separá-los, classificá-los, dominá-los. A partir da distinção entre o “eu” e o “outro” são construídas identidades, tanto individuais quanto sociais. 
Resumindo: 
O conceito de identidade se refere a uma parte mais individual do sujeito, mas que, ainda assim, é totalmente dependente da convivência social. 
Identidade social é o conjunto das características atribuídas a um indivíduo pelos outros, uma espécie de categorização realizada pelos demais para identificar o que uma pessoa é em particular. 
Exemplo 
A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem tal ofício. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos. 
Diversidade e História 
A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes. 
Ao longo da história, cada sociedade se autodefiniu em uma relação de contraposição em relação a outras culturas. Vejamos, por exemplo a resistência europeia em relação à culturas “menores”: 
Roma - 27 a.C. 
Podia ocorrer, por vezes, que, em um amplo território como o império Romano, existissem culturas formadas pelos povos dominados. 
 
Roma - Séc. IV 
O dominador romano designava sob o nome de bárbaro tudo o que não participava da cultura e, para civilizá-los, impunham sua língua, seus costumes principais, seus deuses, sua crença, de forma oficial. 
Europa - Séc. XVII 
Na época do Renascimento as pessoas da floresta eram chamadas de naturais ou de selvagens. 
 
Europa - Séc. XIX 
O termo “primitivo” designava os grupos tribais. O que não se parecesse ao mundo europeu deveria ser considerado inferior e atrasado. Não existia diversidade religiosa, apenas fiéis e infiéis, crentes e hereges; não havia diversidade étnica, somente brancos civilizados e negros, índios selvagens e bárbaros. 
Importante 
Desse modo, o ocultamento da diversidade servia, e ainda serve, para consolidar a ideia de um mundo homogêneo, no qual a diferença é considerada perigosa e ruim, condição que devia ser superada para a conformação dos modernos estados nacionais. 
No mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade. 
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros. 
Saiba mais 
Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros.. 
Desigualdade social 
A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Essesprivilégios podem ser observados tanto pelo acesso diferenciado às oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão individual e coletivamente. 
A diferença torna-se uma desigualdade apenas se provocar uma desvantagem ou uma vantagem. 
Existem diferentes tipos de desigualdade: social, econômica, política, cultural e de gênero, por exemplo. É importante não confundir as desigualdades com as diferenças. 
Há diferenças relacionadas a diversos gêneros, idades, religiões, etnias etc. No entanto, uma desigualdade é uma diferença que se traduz com vantagens e desvantagens. 
Resumindo: 
DIFERENÇA 
Um indivíduo ser lido como homem pela sociedade e outro indivíduo ser lido como mulher. 
DESIGUALDADE 
Ocorre quando o resultado de diferença de gênero culmina em desigualdade salarial em uma empresa. 
Importante 
O racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia, entre outras ideologias discriminatórias, vincularam e vinculam determinadas pessoas a características coletivas e pejorativas, que as impedem de receber prestígio, respeito e valoração social como um indivíduo qualquer, por meio de discriminações, que, na maioria das vezes, são executadas indiretamente. 
Exclusão 
No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública 
Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira. 
Saiba mais 
O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo recentes dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018), revelado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre 189 nações no ranking de IDH pelo terceiro ano seguido, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, de acordo com o relatório de desenvolvimento humano. 
Casa de taipa no interior do Brasil. 
É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou relacionadas à escassez de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida. Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso de bens e serviços, mas também à segurança, à justiça, à cidadania. 
Resumindo: 
Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos. 
 
Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais. 
 
A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas. 
Importante 
Os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material, mas também os que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados, considerados nefastos ou perigosos à sociedade. Como, por exemplo: a impossibilidade dos homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus companheiros ou companheiras. 
	Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (2006), se apresentam como: 
Exclusão estrutural 
Exclusão absoluta 
Exclusão relativa 
Exclusão da possibilidade de diferenciação 
Exclusão da representação 
Exclusão integrativa 
Inclusão 
A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, orientação sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a valorização da diversidade. 
Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes. 
Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual. 
Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. 
A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes quesitos: 
Autonomia 
Qualidade de vida 
Desenvolvimento humano 
Equidade 
Cidadania 
Democracia 
Felicidade 
Políticas Públicas 
A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da igualdade, quando reza no seu artigo 5º que: 
“[...] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” 
Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais). 
O QUE ISSO SIGNIFICA? 
Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real. 
 
O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade permite à lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. 
O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas. 
Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988 traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade. 
Quem regula? 
A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil, organizada ou não, e a iniciativa privada. 
As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância federal, estadual ou municipal, para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal republicano. 
Por que participar? 
Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de pertencimento, e de corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social. 
Como é a participação das empresas privadas nesse processo?As empresas privadas têm sido também fortes parceiras nos programas de inclusão social uma vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de conduzir os negócios e que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. 
Saiba mais 
As políticas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e programas sociais. 
Planejamento financeiro e sustentabilidade 
Tema 2 
Modulo 1 
Introdução 
Desde que nascemos, estamos sempre projetando metas para a nossa vida. Seja de forma consciente ou inconsciente, precisamos nos organizar e pensar qual o caminho a ser traçado para alcançar um objetivo. 
Na realização de um curso ou na compra de um produto, precisamos desenvolver um conhecimento sobre a nossa própria situação financeira, gerindo nossos gastos e rendas de forma eficaz. 
Mas você sabe o que é Gestão Financeira? 
Como você pode perceber no vídeo Gestão Financeira, a relação que temos com o dinheiro impacta diretamente no sucesso e alcance dos nossos objetivos e sonhos. 
Gestão financeira 
A gestão financeira é a metodologia com a qual o indivíduo administra recursos, buscando a otimização deles através da maximização das receitas e minimização dos gastos. 
Quando não conseguimos realizar uma gestão eficaz dos gastos, a nossa vida financeira pode ficar confusa e nossos sonhos cada vez mais distantes de serem realizados. 
A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregar valor à vida das pessoas e não destruir seus sonhos e desafios. Por isso, devemos, antes de tudo, pensar sobre nossas escolhas para o equilíbrio financeiro. 
 
1. O QUE EU DESEJO? 
As escolhas devem levar em consideração o quanto há disponível. Não adianta criar metas que não sejam alcançáveis, que não correspondam à sua situação atual de vida. Isso não quer dizer que você não possa ter sonhos grandes, mas precisa pensar nas etapas a cumprir até chegar à meta, identificando se elas poderão ser realizadas. 
2. EU POSSO? 
Por mais que a aquisição de um certo item faça a diferença na sua vida, reflita se você realmente pode, nesse momento, adquiri-lo e, caso seja indispensável realizar uma compra, avalie se algum outro gasto menos prioritário pode ser reduzido. 
3. EU DEVO? 
Como dizia o ditado, “querer não é poder”. Ao realizar suas escolhas financeiras, pense se realmente necessita de determinado produto e o quanto ele pode afetar a sua rotina ou seu estilo de vida. Será que você realmente deve realizar uma determinada compra? Você sofrerá algum impacto negativo ao escolher realizar essa compra? Se sim, será possível conviver com esse impacto? 
4. EU PRECISO? 
Ao realizar uma compra, reflita se realmente precisa desse determinado produto. Qual será a diferença para a minha vida e no meu dia a dia? Será que esse consumo é uma necessidade? Trará alguma vantagem ou melhora no seu estilo de vida? 
Ter um equilíbrio orçamentário é fundamental para realizar a gestão de seus recursos e a concretização dos sonhos, mas, para avaliar e direcionar medidas certas para esse equilíbrio, é importante que conheça alguns conceitos: 
Receita: São todas as entradas de recursos financeiros que você recebe. Esses recursos podem ser provenientes de uma prestação de um serviço, de vendas de uma determinada mercadoria ou até rendimento de um aluguel ou aplicação financeira. 
As receitas podem ser divididas em bruta e líquida. 
Receita bruta 
Entradas de dinheiro sem quaisquer descontos. O valor total do salário, por exemplo, antes da dedução de impostos, contribuições e coparticipações. 
Receita líquida 
Entradas de valores financeiros após os descontos de imposto e coparticipações como INSS, imposto de renda etc. 
Gastos: São todas as despesas que você possui, fixas ou não, ou seja, os desembolsos de dinheiro realizados. Quando um gasto é realizado com objetivo de gerar algum tipo de receita futura, ele passa a ser conhecido como custo. 
Para que possa fabricar um produto, por exemplo, será necessário comprar matériaprima, equipamentos etc. 
Atenção 
Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à frente na busca pelos seus objetivos. Ao termos conhecimento detalhado sobre nossa receita e gastos mensais, conseguimos agir sobre essa informação e adotar iniciativas para viabilizar o alcance dessas metas, independentemente do agente econômico em que nos enquadramos. 
Agentes econômicos 
Ao pensarmos em gestão financeira, é fundamental entender o tipo de agentes econômicos existentes e a qual pertencemos. Eles podem ser divididos em pessoa física e pessoa jurídica. 
Apesar de os dois conceitos serem utilizados nos artigos 1, 2 e 44 do Código Civil Brasileiro para se referir ao ser humano, eles possuem semelhanças e diferenças na hora de tratar do gerenciamento econômico, como os tipos de receita, gastos investimentos etc. 
 
PESSOA FÍSICA 	PESSOA JURÍDICA RECEITA 
Salários, aluguéis a receber, serviços 	É o faturamento, ou seja, os valores de venda e prestados, entre outros. 	serviços prestados pela empresa. 
DESPESA 
Também conhecido como opex, é todo o gasto 
Gastos de caráter geral (pagamento de relacionado à administração e às vendas, como contas de água, luz, telefone, aluguel juros, multas, pagamentos de funcionários, etc.). 
despesas de escritório etc. 
INVESTIMENTO 
Conhecido como capex, é aquisição de 
	Recursos que possibilitam retornos, elementos que ajudarão a ampliar o lucro da como poupança, fundos de renda fixa empresa, como compra de ativos aluguel e 
	etc. 
FINANCIAMENTO 
	terceirizações. 
	Recursos obtidos em instituições financeiras (bancos, por exemplo) com destino definido, como compra de imóvel, veículo etc. 
EMPRÉSTIMO 
	Também obtidos em instituições financeiras, seus recursos podem ser solicitados para aquisição de crédito a fornecedores, aquisição de bens de consumo duráveis etc., porém é necessário comprovar a aplicação desse dinheiro. 
	Dinheiro concedido por instituições financeiras sem direcionamento, ou seja, pode-se utilizar o dinheiro para qualquer fim. Ele pode ser pessoal, 
	Não está vinculado a um investimento específico e possui modalidades como empréstimo consignado, antecipação de recebíveis etc. 
consignado, por penhor etc. 
.Independentemente de qual agente econômico somos, físico, jurídico ou ambos, é importante termos noção da situação financeira em que nos encontramos. 
Quando a nossa situação financeira está equilibrada, a entrada de recurso (receita) é capaz de gerir os custos (gastos) diários, permitindo, através de um gerenciamento financeiro consciente, o investimento do saldo positivo gerado. Como, por exemplo, manter o valor a título de aprovisionamento para despesas inesperadas, não previstas, ou a aquisição de algum bem. 
Quando temos uma situação desequilibrada, na qual os custos estão em elevação, embora a receita esteja inalterada, precisamos rever nossos gastos e começar a se planejar para que não ocorra um endividamento negativo. Por isso, é fundamental planejar, como veremos no próximo módulo. 
Modulo 2 
Planejamento financeiro pessoal 
Fazer planejamento financeiro é preparar-se para o futuro, com a previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro. 
Com uma saúde financeira saudável, você terá condições de realizar investimentos, captar recursos e alcançar seus objetivos e metas. Mas, antes de começarmos a nos planejar, precisamos traçar qual é o nosso objetivo. 
PLANEJAR É DEFINIR 
Os nossos objetivos podem ser de três naturezas: profissional, pessoal e patrimonial. 
 
PROFISSIONAL 
Onde você deseja trabalhar e quando esperar ocupar essa posição (tempo), qual a sua intenção de receita (renda.) 
PESSOAL 
O que deseja sobre seus relacionamentos, grau de instrução, lazer. 
PATRIMONIAL 
O que você deseja adquirir: carro, moradia, aplicar em um investimento etc. 
Agora que já descobrimos a natureza do seu objetivo, chegou a hora de organizar o orçamento. Para isso, é necessário analisarmos como anda, no presentemomento, seu fluxo de entrada e saída de recursos. 
Organizando o orçamento 
Com o controle orçamentário, temos como perceber quais gastos consomem a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Quando temos um controle efetivo de tudo que ganhamos, recebemos e gastamos, conseguimos aferir se, em nossa renda, há um saldo positivo, com uma receita maior dos gastos que incorrem, ou se estamos em um processo negativo, com um custo financeiro muito elevado de gastos. 
A partir do momento que temos uma visibilidade orçamentária, é possível cortar alguns gastos supérfluos e nos prepararmos para a concepção dos objetivos futuros, pessoais, patrimoniais e profissionais. 
Todo planejamento orçamentário pessoal deve possuir a origem de recursos financeiros, as características do tipo de despesas e a descrição de valores de custo dos recursos utilizados no dia a dia. Esses dados coletados auxiliarão no controle, determinando o limite de gasto com base na receita, como exposto a seguir. 
 
Dica 
Que tal utilizar esse controle financeiro na sua vida? 
Baixe a tabela orçamentária que preparamos especialmente para você e tenha cada vez mais controle sobre seus gastos. 
Com o orçamento pronto, você terá a transparência necessária da sua vida financeira para decidir sobre o seu futuro. Vamos ver, na prática, com o caso da Maria. 
Maria conseguiu sua tão sonhada aprovação em um vestibular de uma prestigiada universidade particular. 
Quando soube da aprovação, o primeiro dilema que Maria encontrou foi como programar seus gastos mensais para arcar com o investimento em educação que está prestes a realizar. Ela atualmente trabalha como atendente em uma agência de publicidade. 
Gastos Mensais de Maria Amélia: 
Aluguel: R$ 300 
Telefones: R$100 
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido) 
TV a cabo: R$ 50 
Internet: R$ 50 
Supermercado: R$ 100 
Despesas pessoais: R$500 Lazer: R$100 
Qual dos gastos de Maria gera um retorno financeiro para ela? 
Você já deve saber a resposta: NENHUM! 
A partir de agora, entretanto, Maria terá um gasto mensal que, na verdade, é um investimento, com retorno financeiro em médio e longo prazos. 
Após o controle orçamentário, Maria verificou que necessitará de uma revisão em seus gastos para incorporar a eles o investimento em educação. Assim, ela poderá identificar quais são gastos supérfluos e remanejar parte do valor para o pagamento da mensalidade da faculdade. Neste caso, Maria identificou que precisará diminuir parte das despesas pessoais para pagar a faculdade. 
Gastos Mensais de Maria Amélia: 
Aluguel: R$ 300 
Telefones: R$100 
Luz/Gás/IPTU: (pagos pelo marido) 
TV a cabo: R$ 50 
Internet: R$ 50 
Supermercado: R$ 100 
DESPESAS PESSOAIS: R$200 
Lazer: R$100 
FACULDADE: R$ 300 
 
Como você viu, com o planejamento orçamentário, Maria percebeu que o valor que possui só pagará parte da mensalidade do curso desejado. Para que ela consiga realizar esse objetivo, precisará traçar um plano de ação com algumas ações necessárias. Para isso, vamos falar sobre a técnica 5W2H. 
O 5W2H é um conceito de planejamento que pode ser utilizado em qualquer atividade. Através dessa forma de se planejar, é possível ter uma visão macro do processo para o alcance do objetivo traçado. Além disso, o 5W2H permite um alinhamento das expectativas, minimizando dúvidas e garantindo um gerenciamento eficiente para a concretização da meta. 
 
Viu como é simples? O 5W2H mostra as etapas para o alcance do seu propósito. Para ficar mais claro, vamos ver, na prática, o método baseado nos planos de Maria. 
 
5W2H 
What – O que você deseja? 	Cursar uma faculdade 
Why – Por que? 	Para crescimento profissional e aumento de renda 
When – Quando? 	Iniciar em até 1 ano 
Who – Por quem será feito? Maria 
Where – Onde? 	Universidade 
How – Como será feito? 	Através de um financiamento 
How much – Quanto custará? R$ 300 
Maria, através do planejamento estratégico 5W2H, elaborou um plano de ação para alcançar o seu objetivo e descobriu que a melhor opção seria um endividamento através de um financiamento. 
Endividamento 
Recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que quiser. 
Seu custo é mais elevado do que o de um financiamento, pois não exige vínculo, uma garantia tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação que está realizando. 
Empréstimo 
Recurso que uma instituição financeira concede para você gastar do jeito que quiser. 
Seu custo é mais elevado do que a de um financiamento, pois não exige um vínculo, uma garantia tão formal e direta do bem adquirido com relação a operação se está realizando. compare_arrows 
Financiamento 
O valor concedido pela instituição fiduciária é diretamente vinculado à operação, ou seja, só pode ser utilizado no destino determinado e autorizado pelo banco. Como essa operação tem menos riscos que o empréstimo, o custo financeiro e a taxa de juros também são menores. 
O empréstimo e o financiamento comprometem parte da renda e causa endividamento. Por isso, devemos ter atenção e cuidado ao realizar essas operações. 
Solicitar financiamentos e empréstimos para adquirir bens e alcançar as suas metas não é um problema. O problema está em como esse valor será aplicado e quais são as suas condições de utilização. 
Por isso, lembre-se sempre de: 
1. Ir ao site do banco de sua escolha e pesquisar sobre os juros, taxas e condições detalhadamente. 
2. Verificar se o site possui um simulador financeiro e realize diferentes combinações (pagar em prazos diferentes, utilizar diferentes valores de entrada etc.). 
3. Comparar as taxas praticadas em cada modalidade com outros bancos e fiduciárias. 
4. Procurar sempre instituições confiáveis e cadastradas no Banco Central do Brasil. 
Modulo 3 
Investimento 
No módulo anterior, vimos que o endividamento é a quantificação das dívidas que comprometem a receita, mas nem todo endividamento é negativo: 
"A renda de quem concluiu o Ensino Superior é praticamente o triplo daqueles que têm apenas o ensino médio, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua." 
Quando o endividamento é consciente, controlado e traz perspectivas futuras de retorno, ele pode apresentar um caráter positivo, mesmo comprometendo uma parte do seu saldo por um longo tempo. Neste caso, o endividamento para um financiamento estudantil, por exemplo, apresenta futuras perspectivas de aumento de receita, já que o diploma pode garantir uma melhor recolocação profissional e, consequentemente, um salário superior a um profissional que possui apenas o Ensino Médio como escolarização. 
Além disso, nem todo processo de endividamento é eterno. Quando contraímos uma dívida positiva e nos planejamos, chegará um momento em que os custos financeiros (gastos) estarão em queda, e a receita ficará inalterada ou até maior. No caso do endividamento educacional, por exemplo, ao término do pagamento das mensalidades ou do financiamento estudantil, haverá uma sobra de recursos e a perspectiva do aumento de salário que a nova profissão proporcionará. 
Nesses casos, é hora de estabelecer planos para essa nova receita, utilizando o saldo financeiro para aplicações. Investir é a melhor forma de aumentar suas reservas financeiras. Mas você sabe como funciona a lógica do investimento? 
 
O investidor é a pessoa que disponibiliza recursos financeiros para que os bancos façam movimentações. Em troca, o banco repassa ao investidor uma parte dos juros realizados nessas transações através de spread. 
 
Atenção 
O banco é responsável por captar os recursos financeiros com outros investidores, emprestar a tomadores e, até mesmo, investir grandes volumes de dinheiro na busca de maior receita. Por isso, é extremamente importante identificar o perfil de investidor para, posteriormente, conhecer os principais tipos de investimentos presentes no mercado. 
Tipos de investidor 
O investidor é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para serem aplicados. Mas nem todos são assim. O perfil de investidor é classificadoconforme suas características predominantes, podendo ele ser: 
Agressivo 
 
Não tem medo de perda expressiva de capital. Acompanha constantemente o mercado financeiro e busca sempre maior retorno de seus investimentos. 
Moderado 
Deseja segurança em seus investimentos, mas está disposto a correr mais riscos. 
Analisa, dentre as opções de médio risco, aquelas que podem trazer mais rentabilidade. 
Conservador 
Realiza seus investimentos de forma segura e não gosta de correr riscos. Prefere investimentos com garantia de retorno, mesmo que o percentual seja baixo. 
Agora que vimos os tipos de investidor existentes, que tal descobrir em qual tipo de investidor você se enquadra? Analise as afirmativas a seguir e identifique o seu perfil respondendo sim ou não para as perguntas. 
 
Como podemos perceber, o tipo de investidor se relaciona diretamente com as escolhas que serão feitas nas aplicações financeiras. 
É através dessas características pessoais que podemos avaliar e escolher o investimento que melhor se adequa a sua realidade. Agora que descobriu seu tipo de investidor, veja alguns tipos de investimentos mais conhecidos. 
Tipos de Investimentos 
Os investimentos financeiros podem ser de renda fixa ou variável. 
Os investimentos de renda fixa são aqueles em que há uma previsibilidade do retorno, ou seja, são mais seguros, pois possuem baixo risco de perda e taxas fixas de juros para as aplicações. 
Já os investimentos de renda variável são aqueles que não possuem uma previsibilidade de retorno, podendo trazer rendimentos maiores do que a renda variável fixa, mas também podem causar prejuízos quando não bem acompanhados. 
Conheça os tipos de investimentos mais comuns: 
Poupança: Investimento fixo mais popular, que possui a menor taxa de juros. Nessa modalidade, o banco investe o dinheiro em aplicações do governo federal com o intuito de arrecadação de recursos. A poupança possui uma rentabilidade de até 0,5% ao mês e é protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 
Tesouro direito: Título emitido pelo Tesouro Nacional, que atua como um empréstimo ao Governo Federal. Com rendimento superior à poupança, o tesouro direto tem como objetivo impulsionar a economia e controlar a inflação do país. Também é considerado um investimento fixo, pois possui valor de juros definidos previamente. 
Certificado de deposito bancário: Títulos são emitidos pelos bancos com o objetivo de captar dinheiro nessa modalidade de investimento, ou seja, você empresta o seu dinheiro ao banco que, por sua vez, te devolve esse dinheiro com juros pelo valor que foi investido. A taxa de juros geralmente é acordada no momento da aplicação, já tendo, assim, o valor de juros definidos, mas há casos em que o CDB pode variar com de acordo com a inflação. 
Fundo imobiliário: Também conhecido como FII, este fundo variável consiste em investir em imóveis de fim comercial. Ao aplicar seu dinheiro no FII, você passa a ser uma espécie de dono do empreendimento, recebendo parte dos alugueis. 
Fundo ações: Nesse tipo de investimento variável, ocorre a compra de ações e você passa a ser um sócio da empresa. Assim, o lucro vem através dos dividendos, ou seja, uma parte dos lucros são repassados aos acionistas proprietários das ações. 
Fundo garantidor de credito: Fundo que administra os mecanismos de proteção ao crédito. Ele não é uma instituição financeira, ou seja, não atua na concessão ou intermediação de empréstimos ou financiamentos. No entanto, é sua responsabilidade garantir o funcionamento e a proteção dos investidores. 
O FGC possui como missão: 
· Proteger depositantes e investidores no âmbito do Sistema Financeiro Nacional até os limites estabelecidos pela regulamentação; 
· Contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; 
· Contribuir para a prevenção de uma crise bancária sistêmica. 
Atualmente, uma nova modalidade de investimento tem surgido expressivamente, o investimento sustentável. Seu objetivo é o mesmo do demais: garantir um bom retorno financeiro, mas também injetar dinheiro em empresas preocupadas com os impactos socioambientais. 
• Investimento sustentável 
· O investimento sustentável, assim como as demais formas de investimento, busca um retorno financeiro positivo nas movimentações. A diferença é que, neste tipo de investimento, as empresas envolvidas atuam em um negócio sustentável, ou seja, se preocupam para que a forma como operam no mercado não cause danos ao meio ambiente e tenha responsabilidade social. 
· As empresas sustentáveis entendem que, ao adotar práticas de preservação do meio ambiente, apresentam ao seu consumidor final um modelo de negócio consciente e transparente e, ao mesmo tempo, concebem melhores resultados com suas ações em prol dos impactos ambientais e sociais. 
	• 
	Mas você deve estar se perguntando: por que eu devo cogitar o investimento sustentável entre tantos tipos de investimento? 
Bom retorno financiamento: Uma empresa responsável socialmente é uma organização que cuida do meio ambiente e, dessa maneira, se destaca nas relações de mercado. Ser ambientalmente correto gera lucros e rendimentos. 
Atualmente, os consumidores procuram por empresas com ética e responsabilidade socioambiental para comprar seus produtos, ou seja, procuram por organizações que apresentem uma preocupação com a qualidade de vida da população e a sustentabilidade. Além disso, esse tipo de empresa consegue diminuir consideravelmente seus valores de opex, já que adotam práticas autossustentáveis e econômicas, como a troca de copos descartáveis por reutilizáveis, aquisição de placas solares etc. 
Assim, consequentemente, as empresas sustentáveis têm apresentado uma grande expressividade de cotação de suas ações e espaço no mundo dos negócios. 
Auxilio na preservação do planeta e no seu futuro e de sua família: Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo pode viver uma "catástrofe ambiental" em 2050. Devido às grandes taxas de poluição emitidas na atmosfera, as mudanças climáticas e as pressões sobre o ecossistema têm aumentado consideravelmente. Consequentemente, estamos sofrendo o esgotamento das nossas fontes naturais de água potável e corriqueiros desastres naturais que causam perdas econômicas e humanas. 
Quando investimos em empresas que se preocupam com as emissões de gases à atmosfera e com o desenvolvimento de tecnologias limpas, estamos investindo também no nosso bem estar, na nossa comunidade e no nosso planeta. 
Saiba Mais 
Se quiser entender um pouco mais sobre como ocorre a atuação dessas empresas socialmente responsáveis, leia o artigo Inovação, Sustentabilidade e 
Responsabilidade Social: análise da experiência de uma empresa de equipamentos pesados e aprofunde os seus conhecimentos. 
O investimento financeiro traz vantagens para as empresas, para o investidor e para toda a sociedade. Assista à entrevista com um CEO de uma empresa de consultoria ambiental e soluções sustentáveis para entender como ocorre o investimento sustentável na prática e seus benefícios sociais. 
Modulo 4 
Sustentabilidade 
Como vimos no módulo anterior, consumidores e investidores procuram por empresas éticas, preocupadas com a qualidade de vida da população e com a sustentabilidade. A população, de maneira geral, está cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos que compra, com a política da empresa e com o seu papel socioambiental. 
Como nos aponta Rattner: 
“Em todo o mundo, as sociedades civis estão se organizando e oferecendo resistência crescente, não apenas à poluição ambiental e à degradação dos recursos naturais, mas também aos abusos de poder político e econômico. [...] Neste processo de mobilização de cidadãos a agirem em busca de crescente produtividade econômica, um meio ambiente limpo e bem-estar social, o fator central não é um sistema democrático formal, mas a construção e o esforço contínuo de instituições democráticas específicas. A questão principal que surge é como criar instituições democráticas capazes de induzir um processo de desenvolvimentosocialmente equitativo e ecologicamente sustentável e ao mesmo tempo manter o controle e definir os limites políticos que estabelecem relações de mercado desiguais e desestabilizantes.” 
Como as discussões dos novos negócios tratam de sua ética, da sua relação com o meio ambiente, é absolutamente condenável alguém pensar um negócio, uma empresa ou no seu desenvolvimento financeiro pessoal sem perceber o mundo em volta e sua relação com ele. Pensando numa sustentabilidade humana, não é mais aceitável a condição egoísta do enriquecimento às custas da fragilização do meio em que nós vivemos. 
Refletindo sobre essas perspectivas, alguns estudiosos consideram que a sustentabilidade é composta, atualmente, por três dimensões conhecidas como Triple Bottom Line, que se relacionam da seguinte forma: 
Dimensão econômica 
Inclui a economia formal e as atividades informais que provêm serviços para os indivíduos e grupos, aumentando, assim, a renda monetária e o padrão de vida dos indivíduos. 
Dimensão ambiental 
Também conhecida como ecológica, estimula as empresas a considerarem o impacto de suas atividades sobre o meio ambiente, a forma de utilização dos recursos naturais e contribui para a integração da administração ambiental na rotina de trabalho. 
Dimensão social 
Aspecto social relacionado às qualidades dos seres humanos, como suas habilidades, dedicação e experiências, abrangendo os ambientes interno e externo da empresa. 
Assim, falar em sustentabilidade deixou de ser uma questão política e passou a fazer parte da composição social cotidiana das pessoas, se manifestando nas escolhas e valorizações individuais de cada um. Não basta buscar o equilíbrio e o sucesso financeiro, mas entender que nossas práticas só fazem sentido quando fomentam o bemestar e o equilíbrio nas sociedades através de práticas de responsabilidade social. 
Mas você sabe o que responsabilidade social significa? 
Responsabilidade social 
A responsabilidade social pode ser definida como ações, posturas e práticas que visam o bem-estar de toda uma sociedade. Pessoas físicas e jurídicas adotam uma postura responsável e transparente, não visando seus interesses exclusivos, mas o engajamento em projetos de ações sociais, culturais e ambientais. 
Uma responsabilidade social atuante e contínua promove a melhoria constante e exerce a cooperação e a ética social. Por isso, a preocupação ambiental mundial tem sido marcada por conferências e encontros, visando demonstrar os cuidados com os recursos naturais e com a sustentabilidade, bem como estabelecer a responsabilidade social dos empreendimentos industriais. 
Vamos entender, agora, como a ideia de responsabilidade social chegou em nosso país e os impactos dessa nova visão. 
Responsabilidade social no Brasil 
 
1950 
O conceito de responsabilidade social é antigo, mas teve uma arrancada significativa na década de 1950, com Howard Bowen e sua perspectiva de que as empresas e seus negócios são centros vitais de poder e decisão. As empresas precisam compreender suas responsabilidades e os impactos oriundos de suas ações, ou seja, incluir a responsabilidade social na gestão de seus negócios. 
 
1960-1970 
Nas décadas de 1960 e 1970, é reforçado um novo entendimento em que o compromisso das organizações vai além da lucratividade. A influência de várias correntes de pensamento e propostas alternativas pela competitividade capitalista fizeram com que as organizações percebessem a importância de seu papel na sociedade. 
1990 
Nos anos 1990, o conceito de responsabilidade social começa a ser inserido no Brasil, impulsionado pela crise social do Estado. A crise teve como consequência a convocação das empresas a assumir suas responsabilidades com a sociedade e com o meio ambiente. Além da crise, outros fatores impulsionaram o movimento da responsabilidade social, como o avanço democrático, maiores exigências da sociedade, demandas do comércio internacional etc. 
2005-2010 
Ocorre a criação da ISO 26000 pelo Working Group on Social Responsibility após cinco anos de debate entre especialistas oriundos de quase uma centena de países e de seis segmentos sociais (trabalhadores, governos, empresas, consumidores, organizações não governamentais, 40 organizações internacionais, entre outros), com o objetivo de reconhecer a importância da responsabilidade social, o entrosamento das partes interessadas e os temas essenciais. A participação dos trabalhadores ocorreu por meio de especialistas vinculados às centrais sindicais de vários países, liderados pela Confederação Sindical Internacional (CSI). 
ISO 26000 
O nosso país participou de forma ativa na elaboração da norma ISO 26000, a começar pela composição da presidência do grupo de trabalho, dividido entre os representantes da ABNT e do Instituto de Normalização da Suécia - Swedish Standard Institute (SIS). 
Através dessa norma, houve o reconhecimento da autoridade de governos e organismos intergovernamentais para a fixação dos requisitos de responsabilidade social para as organizações e as contribuições de especialistas brasileiros em todas as etapas do processo permitiram incorporar, ao conteúdo da norma, inúmeras sugestões e propostas vindas do Brasil. 
Vamos conhecer mais sobre essa norma tão importante? 
A norma ISO26000 tem como objetivo fornecer orientações sobre princípios e práticas de responsabilidade social dirigidas a organizações de qualquer natureza, não apenas para empresas. Ela toma por base as normas, tratados, convenções e outros documentos intergovernamentais, inclusive as convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para a definição das suas recomendações de conteúdo. Desse modo, procurou respeitar as normas obrigatórias adotadas por amplo consenso entre nações e representantes da sociedade internacional. 
Talvez você esteja fazendo as seguintes perguntas: como eu me encaixo nisso e por que devo pensar nas práticas sociais, em especial nas socioambientais? 
Poderíamos contar toda uma história das questões ambientais, leis e conferências que estruturaram a história da humanidade e repensaram, de maneira crítica, os caminhos irreversíveis de modificação de nosso ambiente. Nesse momento, entretanto, queremos chamar a sua atenção para o outro lado essa moeda. 
Mais do que a percepção de um país dentro do processo de responsabilidade social, é importante difundirmos a lógica da percepção individual, pois nós somos os agentes de todas as práticas e iniciativas e as nossas escolhas de como vivemos podem influenciar e afetar toda uma sociedade. 
Tema 3 
Modulo 1 
Breve histórico do trabalho 
Antes de conhecer as características do mercado de trabalho e suas possibilidades de atuação, veja como o trabalho, ao longo do tempo, passou por várias mudanças. 
 
Você viu três diferentes faces de uma produção, com uma evolução constante. E no cenário atual, o que mudou? 
Vivemos na Era da Informação e do Conhecimento: 
Menos marcada pelas habilidades manuais de trabalho. 
Evolução exponencial de novas tecnologias e estruturas. 
Portanto, temos novos personagens que atuam de forma extremamente dinâmica e competitiva. Nesse cenário, algumas características são importantes, como: 
• 	Adaptação aos meios e às mudanças constantes; • 	Absorção de novas competências. 
 
 
O que podemos entender por mercado de trabalho? 
Para começar, você deve saber que mercado, tradicionalmente, é o espaço em que compradores e vendedores se encontram para realizar operações comerciais. 
O mercado de trabalho, assim como os mercados tradicionais, é um local de trocas, em que contratantes e contratados são os principais atores. 
A partir dessa definição, entende-se que esse espaço reúne pessoas que oferecem vagas de emprego e outras que buscam por tais oportunidades em diferentes possibilidades de atuação: 
 
 
 
 
Você sabia que há diferença entre emprego e trabalho? 
Mesmo que todo emprego exija algum tipo de trabalho, os dois não são sinônimos. 
O trabalho remonta aos primórdios da evolução humana, veio da necessidade do homem de sobreviver e perpetuar a espécie.O emprego pressupõe uma relação entre dois ou mais indivíduos, em que um organiza as ações e o outro as executa. Atuam nesse cenário, contratante e contratado. 
Possibilidades de mercado de trabalho 
Iniciativa privada 
Corresponde ao conjunto de organizações constituídas sem participação do setor público, que exercem uma atividade econômica com a articulação dos fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de serviços. 
Uma empresa pode ser formada por um indivíduo, de maneira autônoma, ou por centenas de trabalhadores. Juridicamente, ela pode ter uma variedade de opções organizacionais, como sociedade limitada, sociedade anônima etc. 
 
Veja alguns pontos importantes da iniciativa privada: 
 
Setor público 
O setor público tem uma multiplicidade de funções. O servidor público possui características específicas dentro de cada órgão. Ele pode ser contratado por concurso, se tornar membro de autarquias ou ocupar cargos eletivos e comissionados 
Hoje, é comum ouvirmos diversas críticas referentes ao funcionalismo público. Entretanto, é importante lembrar que são eles que mantêm diversos serviços em funcionamento, como hospitais, escolas, polícia etc. 
Em situações específicas, o modelo de contratação pode variar: é o caso dos empregados públicos, que também são concursados, mas seguem as regras da CLT. 
Veja essa e mais algumas particularidades dos cargos de servidores e empregados públicos: 
 
Terceiro setor 
A ideia de uma sociedade dividida em setores surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970. O primeiro é o governo, o segundo, instituições privadas, e o terceiro corresponde às instituições sem fins lucrativos e não comerciais (ONG, instituições filantrópicas e de caridade), com o objetivo de atuar nos espaços em que o Estado e a iniciativa privada não estão presentes. 
Essa atuação pode se dar através da filantropia, assistencialismo, proteção social e ambiental, cuidados médicos, geração de emprego e renda etc. 
Atenção 
Apesar das instituições do Terceiro setor serem independentes, elas podem receber financiamento, desde que a finalidade seja social. 
Terceiro setor no Brasil: casos de atuação 
Existem grandes trabalhos prestados por organizações do terceiro setor. Eles atuam em favor da sociedade, por ações voluntárias, em parcerias para auxiliar o serviço público ou em convênios com empresas do setor privado, como, por exemplo, os projetos: 
Projeto de implantação de programas ambientais realizados pela SOS Mata Atlântica. 
Projeto de auxílio a empresas que buscam uma gestão socialmente responsável, realizado pelo Instituto Ethos. 
Projeto de difusão de educação e cultura realizado pela Inspetoria São João Bosco. 
Modulo 2 
Carreira 
O conceito de carreira costuma ser associado a uma trajetória de trabalho, que é construída a partir de um planejamento das possibilidades concretas de crescimento. De certa forma, o trabalhador tem a expectativa de ascensão de carreira a partir do momento que ele corresponda satisfatoriamente às funções e obrigações determinadas por seu empregador. 
Veja um exemplo de como é a expectativa idealizada em relação à carreira: 
 
1 Solange conseguiu um emprego de recepcionista. Ela possui Ensino Médio incompleto. 
 
 
 
2 Algum tempo depois, ela foi promovida à secretária por seu desempenho anterior e por ter concluído o Ensino Médio. 
 
3 Depois de entrar na faculdade, Solange foi aprovada para uma vaga de assistente administrativo. 
 
4 Após de formar, ela ocupou o cargo de analista em um setor gerencial da empresa. 
 
5 Quando completou cinco anos como analista, Solange foi promovida à gerência do mesmo setor em que começou como recepcionista. 
Cenário evolutivo da carreira 
Antigamente, as empresas eram estáveis, tradicionais, e a concorrência praticamente não existia. Os cargos eram igualmente estáveis e previsíveis. Havia pouca mobilidade, pois uma pessoa trabalhava a vida inteira no mesmo lugar e, em alguns casos, na mesma função. No exemplo que vimos, a carreira da Solange teve um crescimento gradual e sistemático, mas hoje isso não é mais a realidade. 
Com a abertura de novos mercados, evolução da tecnologia e aumento da concorrência, surge a necessidade de adaptação das empresas e dos profissionais às novas metodologias de trabalho. 
Mas quais foram as principais mudanças? 
Com o mercado de trabalho cada vez mais exigente, torna-se imprescindível que os profissionais assumam a responsabilidade pelo seu plano de carreira e invistam em sua qualificação e especialização profissional por conta própria. Surge uma nova concepção de carreira caracterizada pelo aumento da responsabilidade individual do profissional. 
Saiba mais 
A empresa não é mais a única detentora de poder sobre a carreira de seus funcionários, hoje cada pessoa precisa pensar na construção de sua trajetória profissional. Se você quiser aprofundar esse conhecimento, sugerimos a leitura do livro “A era do Eu S.A.”, de Marlene Theodoro. Nele, a autora discute a importância de saber como encontrar os caminhos para prosperar e manter-se em um mercado de trabalho em constante transformação, que exige cada vez mais novos conhecimentos, novas habilidades, competências e a projeção de uma personalidade forte e marcante. 
Você já deve ter lido ou escutado que, para ingressar no mercado de trabalho, precisa desenvolver algumas habilidades e competências, certo? 
 
De fato, elas são exigências das empresas atualmente, por isso, é preciso realçar as atividades que você desempenha melhor, assim como os conhecimentos técnicos adquiridos para uma determinada função. 
Estamos falando das hard skills e soft skills. 
Vamos entender melhor esses conceitos. 
Hard skills 
São modelos clássicos de desenvolvimento de aptidões, ou seja, tudo aquilo que você prepara e estuda para dominar perfeitamente uma técnica. 
Em um processo seletivo essas competências tendem a ser observadas por meio de testes específicos. 
Veja alguns exemplos de hard skills: 
· Mestrado e doutorado; 
· Conhecimento em uma língua estrangeira; 
· Experiência. 
Soft skills 
São competências comportamentais, difíceis de ensinar e medir, pois dizem respeito à personalidade e ao comportamento do profissional. Estão relacionadas à capacidade de interagir com pessoas no ambiente de trabalho. Por isso, podem afetar os relacionamentos e, por consequência, a produtividade. Muitas vezes, os empregadores preferem candidatos que possuam as soft skills, pois já oferecem treinamentos internos para as hard skills. 
Em um processo seletivo, essas competências tendem a ser observadas por meio de testes comportamentais e psicológicos, com dinâmicas focadas em alguma competência específica. 
Veja alguns exemplos de soft skills: 
· Proatividade; 
· Resolução de conflitos; 
· Criatividade. 
Vamos entender melhor a diferença entre os conceitos que acabamos de ver analisando duas situações ocorridas na mesma empresa. 
CASO 1 
Em uma equipe de 8 pessoas, o colaborador Roberto foi designado a fazer um treinamento sobre o novo software que será implementado no processo de controle de produção. Como os custos de treinamento são grandes, o gestor da equipe selecionou apenas esse colaborador, considerando que, após o treinamento, ele multiplicaria o conhecimento para o restante da equipe. Entretanto, passado o treinamento, os demais colaboradores fizeram queixa, dizendo que Roberto não sabia ensinar os outros e disse que só ele iria operar o sistema. 
CASO 2 
O gerente Alexandre precisava quantificar as vendas no Natal. Apesar de liderar e despertar a confiança dos funcionários, ele não tinha domínio técnico do software adotado recentemente pela empresa para poder registrar as entradas de venda no sistema. Entretanto, um de seus funcionários possui diversas certificações em softwares contábeis e mostrou-se capaz de trabalhar com o software novo. Dessa maneira, tendo um colaborador com competência técnica específica, será possível utilizar o novo recurso sem comprometer os lançamentos contábeis. 
Nos dois casos apresentados, respectivamente, você acha quetemos questões (ou problemas) relacionadas a: 
Você já parou para pensar quais são as competências exigidas em sua área de atuação? 
Veja algumas reflexões que devemos fazer sobre as nossas competências: 
 
Hoje, uma das exigências do mercado é a inteligência emocional, requisito para cargos de liderança e trabalhos em equipe, por exemplo. Ela possibilita compreender a si mesmo e aos outros com mais empatia e motivação para alcançar melhores resultados para os negócios, como explica o especialista em RH, Antônio Batist. 
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Conheça as soft skills listadas no Relatório do Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial 2019, mencionado por Batist no vídeo: 
 
Resolução de problemas complexos 
“[...] nos próximos quatro anos, 36% das atividades em todos os setores da economia deverão exigir habilidade para solução de problemas complexos”. Pensamento crítico 
“Uso da lógica e da racionalização para identificar forças e fraquezas de soluções alternativas, conclusões e abordagens a problemas”. Criatividade 
A robotização não supera a criatividade humana. Criatividade na busca de soluções, no estabelecimento de diálogos para melhorar e atender demandas. 
Gestão de Pessoas 
A capacidade de motivar, desenvolver pessoas e de identificar talentos é a parte da função de um gestor mais destacada pelo relatório. 
Coordenação 
Corresponde à “capacidade de coordenar as próprias ações de acordo com as ações de outras pessoas”. 
Capacidade de julgamento e tomada de decisões 
Um bom líder será sempre bom na tomada de decisões em ambientes de alta complexidade, contexto mais frequente na rotina corporativa. Acertar em soluções neste ambiente é meio caminho para o sucesso no mundo dos negócios de acordo com o especialista.” 
Orientação para servir 
Postura colaborativa e inclinação para ajudar os outros. 
Negociação 
Relacionar-se com o outro é estar em permanente negociação, assim, “habilidades de negociação e conciliação de diferenças são importantes para todos os profissionais. Mas o relatório do Fórum Econômico Mundial destaca as áreas de computação, matemática, artes e design como as que mais vão exigir bons negociadores até 2020”. Flexibilidade cognitiva 
“Capacidade de criar ou usar diferentes conjuntos de regras para combinar ou agrupar as coisas de diferentes maneiras [...] O relatório cita os setores de bens de consumo, comunicação e tecnologia da informação como aqueles que mais vão exigir esta capacidade de seus profissionais.” 
Agora que você já sabe quais são as habilidades e competências necessárias para entrar no mercado de trabalho, é hora de aprender como colocá-las no seu currículo. Esse será o primeiro contato que o recrutador terá com você. 
Depois de ter o currículo selecionado, é hora da entrevista! 
Tema 4 
Modulo 1 
Mas, afinal, o que é o empreendedorismo?
Observe as definições:
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades.
(DORNELAS, 2008)
[...] empreendedorismo não trata apenas de pequenas empresas e novos empreendimentos. Não aborda apenas a criação de novos produtos ou serviços, mas, sim, inovações em todos os âmbitos do negócio.
(CHIAVENATO, 2007)
O empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias.
(Schumpeter apud CHIAVENATO, 2004)
É a busca incansável por oportunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
(Harvard Business School, 2013)
LEITURA
Empreendedorismo é um conceito de longa data, que trouxe contribuições importantes para a sociedade. Existem diversas formas de empreender, que vão muito além da vontade de ganhar dinheiro. Você pode, inclusive, empreender sem abrir um negócio.
Vamos ver como João, personagem do vídeo, pode atuar no mercado?
Empreendedor Informal: É o tipo de pessoa que, diante de uma necessidade, tem o movimento empreendedor para sobreviver. 
Empreendedor Cooperador: Trabalhar sozinho faz com que seja mais difícil vender sozinho, mas, ao unir-se a um coletivo, o produto ganha condições de venda.
Empreendedor Social: As pessoas que querem ajudar o próximo criam uma organização sem fundos lucrativos. Nesse mercado, o trabalho em equipe é primordial e o objetivo é mudar o mundo e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Empreendedor Corporativo: Também chamado de intraempreendedor, é o sujeito que promove novos projetos dentro da própria empresa. Seu principal objetivo é focado em sua carreira, não em uma empresa, no seu desenvolvimento pessoal.
Empreendedor Público: Próximo ao intraempreendedor, mas focado em garantir processos mais eficientes, que atendam melhor à sociedade dentro da dinâmica do serviço público.
Empreendedor do Conhecimento: Usa o seu conhecimento específico e o transforma em um produto que pode ser oferecido de formas diferentes para públicos diversos.
Empreendedor do Negócio Próprio: Modelo mais clássico, aquele que opta por criar algo novo, que se arrisca, mas que tem uma visão de tomar para si o controle pleno de sua estrutura e fundamentação.
Como vimos, empreender não é sinônimo de abrir uma empresa ou o próprio negócio. O ato de empreender pode ser observado em diferentes ambientes e formas. Atualmente, o empreendedorismo está relacionado à inovação.
Podemos imaginar que muitas pessoas gostem de brigadeiros. Quem decidir abrir uma loja desses doces, certamente terá lucro se escolher um modelo de negócios adequado. Mas isso não é empreender.
Empreender é pensar um pouco além disso, é buscar uma solução inovadora que agregue valor à ideia de simplesmente vender brigadeiros.
Veja a diferença entre empreender e abrir um negócio.
Todo o trabalho é desenvolvido com foco nos resultados, no alcance de metas e na solução de um problema que existe para determinados tipos de consumidores.
Portanto, enquanto o empresário vende brigadeiros o empreendedor enxerga uma oportunidade de mercado e inova essa prática.
O empreendedor e suas características
Conceitualmente, o empreendedor é um sujeito que busca soluções: atento às novas tendências, preocupado com soluções inéditas e que busca explorar campos de atuação carentes de atendimento e com excesso de demanda.
Empreender, portanto, é produzir novas ideias que combinem criatividade e imaginação.
Aquele capaz de deixar os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas ideias, produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro, transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para guiá-las em direção às suas ideias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe e está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades com a preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se nas necessidades do mercado.
(FELIPPE, 1996)
Mas uma pessoa nasce empreendedora ou ela se torna ao longo do tempo?
Diversos estudos apontam que uma pessoa não nasce empreendedora, mas existem fatores que contribuem para sua formação: família, amigos, trabalho, meio social etc.
Portanto, a ideia do empreendedor como alguém com um determinado dom ou capacidade especial é ilusória.
Empreendedorismo tem que ser entendido como uma prática necessária para nos adequarmos aos tempos atuais.
O espírito empreendedor é fomentado pela sucessão das gerações, pelas relações familiares, sociais, pela necessidade, mas, hoje, cada vez mais, pela crença de encontrar soluções que permitam uma melhora da qualidade de vida, longe da antiga métrica do dinheiro pelo dinheiro.
SAIBA MAIS
Confira um trecho elaborado pelo Sebrae sobre as características e desenvolvimento da atitude empreendedora. 
A mídia sempre conta a história do empreendedor como um super-homem, que teve uma ideia maravilhosa e brilhante, que gera faturamento de milhões.
Mas ele trabalha muito, faz seu planejamento, estabelece metas e batalha até conseguir alcançar seus objetivos.
O sucesso

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