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Anna Freud - Ed. 43 - Página 56

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Anna Freud, pioneira na psicanálise 
 infantil
		
		Foto Ilustrativa
		
Conhecida como uma das personalidades mais importantes 
 da psicanálise infantil, Anna Freud a mais nova dos três 
 filhos de Martha e Sigmund Freud foi a única a seguir os 
 passos do pai no campo da psicanálise, sendo intérprete e 
 defensora constante de suas 
teorias.
		
 		
 		 
		
 		
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 		Edição 43 - Dezembro de 2003
		
		Por ter vivido durante praticamente todo o 
 século XX, Anna Freud pôde observar as mudanças no mundo e, 
 conseqüentemente, no comportamento da sociedade. Nasceu em Viena, em 
 3 de dezembro de 1895, justamente o ano ao qual Freud - que apenas 
 iniciava sua carreira de médico - atribuiu sua descoberta sobre o 
 inconsciente e o significado dos sonhos. Seu nome foi uma homenagem 
 a Anna Lichtein, filha de um professor que, mais tarde, se tornou 
 grande amigo de seu pai. Freud nunca escondeu seu desapontamento por 
 ter tido uma menina, ao invés de um filho varão. Um lacônico 
 telegrama foi o suficiente para comunicar o nascimento da criança a 
 Wilhelm Fliess, amigo íntimo e médico com o qual se correspondia 
 constantemente.
Anna cresceu tendo que dividir a atenção do 
 pai com a psicanálise e mais os seus cinco irmãos mais velhos, com 
 os quais não tinha um relacionamento muito bom. Sua maior disputa em 
 criança foi com a irmã Sophie, dois anos e meio mais velha do que 
 ela. Tentou, de todas as formas, equiparar-se à bela imagem 
 projetada pela irmã, mas não conseguiu levar vantagem em nenhuma das 
 tentativas, qualquer que fosse a área. A família costumava 
 referir-se às duas como “a bela e o cérebro”. Ao se casar Sophie, em 
 1913, Anna teria escrito ao pai: “Estou feliz com o casamento de 
 Sophie. Nossa eterna disputa era um tormento para 
 mim”.
Tampouco com a mãe Anna conseguiu estabelecer um 
 vínculo afetivo forte, muito ao contrário do forte relacionamento 
 criado entre ela e o pai. À medida que ela crescia, ele foi-se 
 orgulhando dos abrangentes e profundos interesses intelectuais da 
 filha. Em 1913, quando Anna tinha 18 anos, Freud, já com 57, 
 escreveu a um colega: “Meu companheiro mais próximo será minha filha 
 mais nova, que, no momento, está-se desenvolvendo muito bem”. Anna 
 se tornou sua companhia mais constante, sua confidente e 
 colaboradora profissional. Passou a estudar com o pai e a se dedicar 
 com afinco à psicanálise. Era uma aluna brilhante, participava de 
 todos os encontros da sociedade psicanalítica de Viena, sempre 
 acompanhada pelo eminente pai.
Apesar de ter tido admiradores 
 que lhe juravam “amor eterno”, Anna nunca se casou. Dedicou-se ao 
 pai e à psicanálise. Cuidou dele com devoção, principalmente em seus 
 últimos anos de vida, quando Freud lutava contra um câncer de 
 mandíbula. Seguidora de suas teorias e do movimento psicanalítico, 
 tornou-se, após a morte dele, a principal guardiã de sua memória e 
 de suas descobertas científicas. Foi a partir daí que sua carreira 
 ganhou ímpeto. 
 Sua vida
 Anna começou, desde cedo, a fazer parte do mundo da psicanálise. 
 Quando tinha apenas 19 meses de vida, teve um sonho que acabou 
 ficando famoso, pois seu pai o usou para ilustrar a teoria da 
 “realização do desejo”. Os comentários apareceram mais tarde em seu 
 renomado livro, “Interpretação dos Sonhos” (1900), onde Sigmund 
 Freud fez sua primeira tentativa de construir o que poderia ser um 
 modelo do aparelho psíquico. Anna, bebê, após uma indisposição 
 digestiva, havia sido colocada na cama ainda com fome. Nessa noite, 
 aparentemente sonhando, gritou pedindo “morangos” e outras 
 guloseimas.
Cresceu no famoso endereço da rua Berggasse, 19, 
 onde ficou até que a família, por ser judia, foi forçada a fugir da 
 ocupação nazista, em 1938, refugiando-se em Londres, na Inglaterra. 
 Em criança, Anna só se interessava por histórias e contos 
 relacionados a fatos verídicos. Caso contrário, sua atenção se 
 dispersava, relataria mais tarde em seus trabalhos. Aos 6 anos de 
 idade, em 1901, começou a freqüentar uma escola particular, o 
 “Cottage Lyceum”, em Viena. Não gostava da escola, aborrecia-se nas 
 aulas, a ponto de sua inquietação lhe valer o apelido de “diabrete 
 negro”. Anna sempre afirmou que a escola de pouco lhe servira. O que 
 aprendera na infância e adolescência tinha sido em sua casa e, em 
 particular, nas visitas de seu pai. Aprendeu várias línguas 
 hebraico, alemão, inglês, francês e italiano. Formou-se aos 17 anos. 
 Por ser ainda muito jovem, não se tinha decidido pela carreira que 
 desejava seguir, indo à Itália para descansar. Três anos mais tarde, 
 Anna se torna professora primária. Durante longo tempo, lecionou no 
 “Cottage Lyceum”, onde estudara, trabalhando com alunos de 3ª, 4ª e 
 5ª séries. Segundo a direção da escola, Anna tinha “um talento 
 especial para o magistério”. Queriam que ela assinasse um contrato 
 de 4 anos, a partir de setembro de 1918, e ela o fez. No entanto, em 
 janeiro de 1917, contraiu o bacilo da tuberculose. Isto fez com que 
 ficasse três semanas de licença, deixando-a muito suscetível a 
 outras várias enfermidades que, no futuro, afetariam sua tão 
 auspiciosa carreira de professora.
Tinha acesso irrestrito ao 
 trabalho de Freud,
pois era quem traduzia seus artigos. Sua infinita 
 devoção e grande admiração intelectual pelo pai aproximou-a da 
 psicanálise, particularmente da psicologia infantil. Foi nessa época 
 a década de 1920 que os psicanalistas davam os primeiros passos 
 sistemáticos na observação do comportamento infantil, estudando 
 detalhadamente todas as suas formas. Anna, muito interessada na 
 área, tornou-se psicanalista mesmo sem possuir um diploma em 
 Medicina, fato raro na época. Em dezembro de 1920, a família cai 
 vítima da epidemia de gripe espanhola, que ceifou a vida de Sophie, 
 sua irmã mais velha. Foi então que Anna abandonou definitivamente o 
 magistério, para não contaminar os demais membros da escola. Com 
 isso, teve tempo para se aprofundar, de corpo e alma, em sua 
 formação analítica. 
Após ter recebido alta da análise, tendo 
 seu pai como psicanalista entre 1918-1922, apresentou-se como 
 voluntária no Lar de Crianças “Baumgarten Home”, que cuidava de 
 órfãos judeus ou crianças carentes e sem um lar em decorrência da 1a 
 Guerra Mundial. Foi nesse Lar que Anna passou a se reunir com 
 colegas e vários dirigentes de entidades para intercambiar 
 informações sobre as experiências com tais crianças, em sua maioria, 
 vitimadas por acontecimentos traumáticos.
O câncer do pai, em 
 abril de 1923, e a longa série de operações que se seguiriam, 
 fizeram-na renunciar ao projeto de mudança para Berlim, começando a 
 tratar de crianças, tarefa à qual, a partir de então dedicaria 
 essencialmente a sua existência. Anna sentiu que devia permanecer ao 
 lado do pai, pois, além de este estar contraindo empréstimos entre 
 os amigos, sua enfermidade era séria. Escreveu em seus diários, 
 “agora, nada me faria sair de seu lado”. E foi então que começou a 
 atender alguns dos pacientes do pai, adultos e crianças, além de 
 traduzir suas obras e ajudá-lo a melhor articular os trabalhos novos 
 em que se envolvera.
Em 1925 abriu, juntamente com Dorothy 
 Burlingham - uma psicanalista americana que descobriu sua própria 
 vocação quando entregou os filhos aos cuidados analíticos de Anna - 
 uma primeira creche para crianças com problemas emocionais. Juntas, 
 fundaram duas escolas experimentais: a Jackson Nursery, em Viena, e, 
 posteriormente, a Hampstead War Nursery, em Londres.
Com a 
 subida de Hitler ao poder, Freud e vários outros psicanalistas 
 judeus tiveram suas obras publicamente queimadas na Alemanha, em 
 1933. Nos anos que se seguiram, a ameaça nazista provocou a 
 emigração em massa dos membros da comunidade psicanalítica de Viena, 
 que era, em sua grande maioria, judia. Enquanto todos procuravam 
 escapar da cidade, os planos de Anna e do pai eram manter o Centro 
 de Orientação Infantil da Sociedade Psicanalítica de Viena em 
 funcionamento, tentando manter a normalidade até onde isso fosse 
 possível. A Anna preocupava a idéia de que seu pai pudesse ser 
 submetido a ofensas à sua dignidade, como um mandado de busca e 
 apreensão, em casa, ou coisas do gênero. Na época, filiou-se ao 
 conselho editorial do American Journal Psychoanalytic 
 Quarterly onde publicou, em 1935, uma edição dedicada a seu 
 trabalho em Viena, intitulada “Uma análise da criança”. 
Mas 
 a família Freud permaneceu em Viena até o dia da Anschluss, a 
 anexação: em 12 de março de 1938, Hitler invadia a Áustria. Logo no 
 dia 15, a polícia realizou buscas na casa de Freud. No dia 22, Anna 
 foi detida durante algumas horas pela Gestapo. Conseguiu 
 convencê-los a deixar que a família abandonasse Viena. Em 4 de 
 junho, pôde enfim deixar a cidade com seu pai, encontrando refúgio 
 em Londres, em Maresfield Gardens, n º 20. Em 23 de setembro de 
 1939, já bastante doente e idoso, aos 83 anos, Freud morre do mesmo 
 câncer de mandíbula que o fizera padecer durante 16 anos.
Foi 
 no bairro londrino de Hampstead que, em 1940, Anna retomou suas 
 atividades com Dorothy Burlingham, na Hamps-tead Nursery, que, 
 depois do fim das hostilidades, seria substituída pela Hampstead 
 Clinic. A carreira de Anna floresceu e acabou dando origem a um 
 movimento neo-freudiano, denominado a “Psicologia do ego”. Os 
 “annafreu-dianos” - como ficaram conhecidos seus seguidores - 
 aceitam as premissas básicas da psicanálise, apenas modificando ou 
 ampliando alguns dos aspectos da teoria e técnica psicanalítica 
 tradicional.
Delicada e humana, Anna Freud possuía uma 
 “encantadora sobriedade”. Sempre ativa, promoveu, na década de 1960, 
 ciclos de conferências sobre a criança e publicou, em 1965, 
 Infância normal e patológica. Morreu em Londres, em 1982. 
 Abandonara, desde 1970, suas responsabilidades frente à Hampstead 
 Clinic, que depois de sua morte teve o nome mudado para “Centro Anna 
 Freud”.
De 1950 até falecer, Anna Freud publicou uma série de 
 livros, proferiu palestras e cursos pela Europa e Estados Unidos, 
 recebendo homenagens, condecorações, placas e títulos. Segundo ela, 
 porém, sua vida nunca estimularia livros biográficos, “uma vez que 
 não teve muita ação”, como costumava dizer. E Anna Freud concluiria, 
 em um de seus discursos: “E tudo o que vivi poderia ser resumido em 
 uma só frase: passei a vida entre crianças”.
 Um início promissor
 A vida profissional de Anna começou em 1914, quando iniciou sua 
 formação para o magistério primário. Embora curta, sua carreira 
 nessa área foi de extrema importância, por ter servido de base para 
 o trabalho pioneiro que iria desenvolver no campo da psicologia 
 infantil. Quando, em 1918, começou sua formação psicanalítica, tendo 
 por analista seu pai, era uma jovem insatisfeita com a profissão e 
 consigo mesma. Analisar a própria filha era uma conduta inusitada, 
 já que o terapeuta deveria ser neutro e objetivo. Este fato chocou 
 os colegas de Sigmund Freud, pois, de acordo a suas próprias 
 teorias, o “pai-analista-da-filha” não podia ser objetivo. Como se 
 sabe, para a psicanálise, a teoria do interesse sexual de uma 
 criança pelo genitor do sexo oposto é considerada ocorrência normal. 
 Mas, quando em 1922, Anna publicou sua primeira tese: Lutando contra 
 fantasias e sonhos diários, seus colegas começam a levá-la a sério. 
 No ano seguinte, assume oficialmente as responsabilidades de 
 secretária e representante do pai, além de secretariar o 
 recém-criado Instituto de Formação Psicanalítica de Viena. Começou, 
 também, a clinicar em psicoterapia, numa época em que as teorias de 
 Freud ainda provocavam uma forte oposição entre médicos e psicólogos 
 mais acadêmicos e conservadores.
Em 1925, como vimos acima, 
 começa a trabalhar com Dorothy Burlingham em creches especiais para 
 crianças com problemas emocionais. À medida que Anna analisava um 
 número crescente de crianças, ficou patente que sua técnica de
terapia infantil era diferente da que o pai usava com adultos. Isto 
 muito o agradou. Ela recorria a técnicas muito diferenciadas, 
 refutando a análise paterna do “Pequeno Hans”. Sigmund Freud dizia 
 que os “sintomas nos dão a orientação e a segurança ao fazer os 
 diagnósticos”. Mas, como observava Anna, os sintomas infantis não 
 são iguais aos dos adultos.
Em 1927 publicou Introdução à 
 Técnica da Análise da Criança. Começava a se opor a Melanie 
 Klein, líder da escola inglesa, dizendo acreditar que a terapia das 
 crianças devia ser mantida dentro de uma dinâmica “pedagógica”. Seu 
 trabalho mais notável foi O Ego e os Mecanismos de Defesa, publicado 
 em 1936. Foi nessa obra que sua visão da psicanálise infantil começa 
 a caminhar para a adolescência. Esse livro tinha três propósitos. 
 Primeiro, analisar e rever, de forma geral, as descobertas técnicas 
 e teóricas que ensinavam os psicanalistas a dar igual consideração 
 clínica ao id, ao ego e ao superego. Em segundo lugar, rever os 
 mecanismos que seu pai isolara e descrevera, elaborando-os e os 
 resumindo. Por último, incorporar os mecanismos de defesa à 
 experiência que acumulara, até então. Ela consegue terminar o livro 
 a tempo de apresentá-lo ao pai, em seu 80º aniversário.
Nesse 
 livro Anna expõe sua teoria dizendo que o foco da psicanálise não 
 deveria ser os conflitos do inconsciente, mas sim a pesquisa do ego, 
 também chamado de “sede de observação”. Na psicanálise, o ego é a 
 parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade 
 externa. Serve de mediador entre os impulsos instintivos e a 
 realidade. No livro, Anna elaborou sobre uma variedade de mecanismos 
 de defesa psicológicos, sendo, os principais, repressão, negação, 
 racionalização, comportamento reacionário, isolamento, projeção, 
 regressão e sublimação. Estes permitem ao ego eliminar a ansiedade e 
 habilitam o funcionamento psicológico original do indivíduo. Sem 
 dúvida, esta obra foi uma contribuição pioneira no campo da 
 psicologia do ego e de grande utilidade para a compreensão mais 
 profunda do adolescente.
Para Anna, as crianças sempre foram 
 sua razão de ser. Ela desenvolveu o modelo de estudo sistemáti-co de 
 sua vida emocional e mental. Em 1947, fundou em Londres a Clínica de 
 Terapia Infantil Hampshead, importante centro de pesquisas e 
 treinamento para psicanalistas, dirigindo-a até sua morte. Lá, logo 
 começou a trabalhar no berçário de Hampshead, como psicanalista de 
 crianças. Durante a 2ª Guerra Mundial, Anna Freud e sua colega, 
 Dorothy Burlingham, escreveram três livros baseados em seu trabalho 
 nos berçários, que consideravam verdadeiro laboratório para o 
 desenvolvimento infantil. Na realidade, era um abrigo para 80 
 crianças, a maioria separadas dos pais, que haviam perdido casas e 
 pertences nos bombardeios nazistas. Os três livros eram “Jovens em 
 tempo de guerra” (1942), “Crianças sem família” (1943) e “Guerra e 
 crianças” (1943). As duas colegas descreveram o tratamento adequado 
 para crianças separadas de suas famílias e submetidas às condições 
 estressantes da guerra. Em 1943, Anna Freud fundou a famosa “Clínica 
 Hampshead”, na Grã-Gretanha, onde planejava estudar o efeito da 
 guerra sobre as crianças. Foi pioneira no diagnóstico do 
 desenvolvimento da criança sob estresse, que acarreta distúrbios 
 mentais. Anna visava adaptar a criança à realidade, mas não 
 necessariamente como uma revelação do conflito inconsciente. 
 Trabalhava junto aos pais e acreditava que a terapia devia ter uma 
 influência educacional positiva na criança.
Em 1951, 
 fecharam-se os berçários de Hampshead. Dois anos mais tarde, Anna 
 fundou a “Terapia Infantil de Hampshead”, que se tornou o maior 
 centro do mundo para tratamento psicanalítico infantil, mudando e 
 talvez salvando a vida de inúmeros jovens problemáticos, com 
 distúrbios mentais. Treinou muitos profissionais competentes em 
 terapia infantil e teve muita notoriedade e influência na 
 psiquiatria, de modo geral. Muitos colegas a consideravam a 
 sucessora do pai; psicanalistas americanos a elegeram “a maior, em 
 expe-riência clínica, de seu tempo”.
Anna Freud questionava 
 velhas teorias que se baseavam na noção de que o desenvolvimento 
 saudável de uma criança dependia de uma rígida disciplina. Através 
 das ferramentas da psicanálise, tratava as neuroses infantis 
 interpretando seus sonhos e suas brincadeiras. Seu livro, 
 “Normality and Pathology in Children” (Normalidade e 
 Patologia nas Crianças), de 1965, é um resumo abrangente de seu 
 pensamento, estudo e método de tratamento.
Sua contribuição à 
 terapia e à psicologia infantil foi, sem sombra de dúvida, imensa. 
 Ela demonstrou quão válidas eram as reconstruções que seu pai fizera 
 sobre o desenvolvimento e a patologia infantil, através de suas 
 sessões de análise, mas foi muito além disso. Acrescentou muito ao 
 que já se sabia, através da observação direta das crianças. Anna 
 influenciou muito a atenção futura que seria dada a estas, 
 principalmente à criança e ao adolescente institucionalizados, 
 separados de seus pais e desprovidos de laços afetivos. Não gostava 
 de publicidade, recusando vários convites para ser entrevistada. Seu 
 maior receio era que talvez pudessem afetar seus pacientes e 
 interferir em seu tratamento. Seu trabalho vinha em primeiro lugar e 
 sua dedicação a este era absoluta.
Anna Freud teve um papel 
 revolucionário na psicologia infantil, tanto quanto seu pai o teve 
 na de adultos. Foi condecorada com um certificado de honra pela 
 Universidade Hebraica de Jerusalém, no “Bedford College”, em 14 de 
 julho de 1976.
 Bibliografia:
• Slater, Elinor & Robert, 
 Great Jewish Women
• Lyman, Darryl, Jewish Heroes and 
 Heroines
 		 
		
		
 		 
 		
 				Cartas
		•		Cartas
				Personalidade
		•		Ben-Gurion
 				Brasil
		•		A Hebraica: 50 anos de 
 sucessos
 				Destaque
		•		Dezessete anos à espera de Ron 
 Arad
 				Comunidade
		•		Curaçao: a "Comunidade-mãe das 
 Américas"
 				Tradição
		•		O Shabat em Salônica
 				Tanach
		•		Noé: O Pai da Humanidade
 				Sabedoria
		•		O que é o Talmud?
 				Nossas Festas
		•		Celebrando Chanucá
		•		Os milagres de Purim
 				Shoá
		•		"Kristallnacht" - Novembro de 1938: inicia-se o 
 pesadelo
		•		Yad Vashem - 50 anos
Sua Missão: não esquecer 
 jamais
 				Personalidade
		•		Levi Strauss: uma idéia de 
 ouro
 		•		Anna Freud, pioneira na psicanálise 
 infantil
				Livro
		•		Stalin: seu último crime
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				Congregação
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}
function MM_swapImage() { //v3.0
 var i,j=0,x,a=MM_swapImage.arguments; document.MM_sr=new Array; for(i=0;i<(a.length-2);i+=3)
 if ((x=MM_findObj(a[i]))!=null){document.MM_sr[j++]=x; if(!x.oSrc) x.oSrc=x.src; x.src=a[i+2];}
}
// Show Hide Indice completo
function MM_reloadPage(init) { //reloads the window if Nav4 resized
 if (init==true) with (navigator) {if ((appName=="Netscape")&&(parseInt(appVersion)==4)) {
 document.MM_pgW=innerWidth; document.MM_pgH=innerHeight; onresize=MM_reloadPage; }}
 else if (innerWidth!=document.MM_pgW || innerHeight!=document.MM_pgH) location.reload();
}
MM_reloadPage(true);
function MM_findObj(n, d) { //v4.01
 var p,i,x; if(!d) d=document; if((p=n.indexOf("?"))>0&&parent.frames.length) {
 d=parent.frames[n.substring(p+1)].document; n=n.substring(0,p);}
 if(!(x=d[n])&&d.all) x=d.all[n]; for (i=0;!x&&i<d.forms.length;i++) x=d.forms[i][n];
 for(i=0;!x&&d.layers&&i<d.layers.length;i++) x=MM_findObj(n,d.layers[i].document);
 if(!x && d.getElementById) x=d.getElementById(n); return x;
}
function MM_showHideLayers() { //v6.0
 var i,p,v,obj,args=MM_showHideLayers.arguments;
 for (i=0; i<(args.length-2); i+=3) if ((obj=MM_findObj(args[i]))!=null) { v=args[i+2];
 if (obj.style) { obj=obj.style; v=(v=='show')?'visible':(v=='hide')?'hidden':v; }
 obj.visibility=v; }
}
// Funcao abre janela
function abre_janela(theURL,winName,features) {
	window.open(theURL,winName,features);
}

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