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Comunicação neural, sentidos somatossensoriais e especiais Prof.ª Cynthia Paes Pereira Cynthia.estacio@outlook.com @cynthiapaesnutricao Fisiologia Humana mailto:Cynthia.estacio@outlook.com Potencial de repouso de membrana e potencial graduado • Os neurônios têm a capacidade de gerar e propagar sinais elétricos por serem células lábeis ou excitáveis. • Em repouso, existe uma diferença de cargas elétricas dentro e fora da membrana celular que faz com que o seu interior seja negativo em relação ao seu exterior, ou seja, existe uma polarização. O potencial de repouso da membrana (Vm) é definido como: Vm= V int −V ext, , em que V int é o potencial no meio intracelular, e V ext é o potencial no meio extracelular. Fica em torno de -70 mV (milivolt) • A distribuição desigual na quantidade de íons de sódio, potássio e cloro dentro e fora da célula. • Do lado de fora, há mais sódio (carga positiva) e cloro (carga negativa) em relação ao lado de dentro; • Do lado de dentro há mais potássio (carga positiva) em relação ao lado de fora. Potencial de repouso de membrana: 3 principais responsáveis A bomba eletrogênica, ou bomba de sódio e potássio que, ininterruptamente, transporta três íons de sódio para o líquido extracelular e dois íons de potássio para o líquido intracelular, contra o gradiente de concentração e com gasto energético, por transporte ativo. • A incapacidade de alguns íons negativos saírem da célula, afetando a sua carga elétrica interna. • Um exemplo é o fosfato, que normalmente se une a outros dois fosfatos para formar uma molécula de ATP (adenosina trifosfato), e aminoácidos que se ligam a outros aminoácidos para formar uma grande molécula de proteína. • A entrada e a saída de íons da célula, sejam eles carregados positiva (cátions), ou negativamente (ânions), afetam a característica do potencial de repouso da membrana. • Quando esse potencial de repouso da membrana torna-se menos negativo, chama-se despolarização e, quando se torna mais negativo, chama-se hiperpolarização. Potencial graduado • Podemos definir potencial de ação como uma alteração extremamente rápida do potencial de repouso da membrana com a inversão das cargas elétricas, tornando o interior da membrana positivo e o exterior negativo. • O potencial de ação é fundamental para que o estímulo nervoso possa ser transmitido por toda a fibra nervosa. Quando o potencial de ação acaba, a situação característica de repouso é restabelecida rapidamente. • Quando a célula é estimulada, ocorre a abertura dos canais rápidos de sódio, e a membrana plasmática torna-se permeável aos íons de sódio com grande influxo (entrada) desse cátion na célula. • Esse fenômeno ocorre por retroalimentação positiva; como os íons de sódio têm carga positiva, gera uma despolarização da membrana, fazendo com que o interior que, anteriormente, encontrava-se negativo em relação ao seu exterior, fique positivo, ou seja, ocorre uma inversão das cargas elétricas. • Quase que imediatamente após essa abertura dos canais rápidos de sódio que fez com que a membrana celular ficasse permeável aos íons sódio, os canais de sódio se fecham e interrompem o influxo de sódio na célula. • Nesse momento, os canais lentos de potássio se abrem, causando o efluxo (saída) de íons de potássio(ânions) para fora da célula, iniciando a restauração do potencial de repouso da membrana. • À medida que os íons de potássio carregados positivamente saem, o interior da membrana fica mais negativo, ocorrendo uma repolarização da membrana. •Os canais lentos de potássio se abrem depois, e podem continuar abertos, mesmo após atingir o valor do potencial de repouso da membrana (-70 mV); e como cargas positivas continuam a sair da célula, a membrana poderá ficar mais negativa do que se encontrava no potencial de repouso da membrana, causando a hiperpolarização. • É possível chegar a valores de -90 mV, até que os canais de potássio voltem a se fechar e o potencial de repouso da membrana de -70 mV seja restabelecido. Para que ocorra o potencial de ação, o estímulo deve ser intenso o suficiente para atingir o limiar de excitabilidade, que fica em torno de –55 mV. Não existe potencial de ação mais forte ou mais fraco, pois, atingindo o limiar de excitabilidade, todos os potenciais de ação terão sempre a mesma amplitude de +30 mV. Lei do tudo ou nada Potencial excitatório pós-sináptico (PEPS) São os estímulos capazes de gerar o influxo de íons positivos, tornando a membrana mais propensa a despolarizar e gerar um potencial de ação. Tipos de estímulos Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS) São os estímulos capazes de gerar o influxo de íons negativos, aumentando a negatividade interior (hiperpolarizando) e tornando a membrana menos propensa a produzir um potencial de ação. Tipos de estímulos Potencial excitatório pós-sináptico (PEPS) Período refratário Potencial inibitório pós- sináptico (PIPS) •Período refratário absoluto- O estímulo é incapaz de desencadear um novo potencial de ação. Esse período ocorre durante as fases de despolarização e final da repolarização da membrana. •Período refratário relativo – o estímulo mais intenso é capaz de desencadear um novo potencial de ação, atingindo o limiar excitatório, antes que ocorra o completo retorno ao potencial de repouso da membrana. Esse período ocorre na fase de hiperpolarização da membrana. Velocidade de Condução Nervosa O neurônio com um axônio de grande diâmetro promove um potencial de ação mais rápido, pois oferece menos resistência ao fluxo de cargas elétricas. Assim, quanto maior for o diâmetro do axônio, maior será a velocidade de condução; e o contrário também é verdadeiro, quanto menor for o axônio do neurônio, menor será a sua velocidade de condução nervosa. A quantidade de mielina que envolve o axônio é outro fator importante para a velocidade de condução nervosa. A mielina é uma substância lipídica produzida pelos oligodendrócitos e pelas células de Schwann para os axônios dos neurônios localizados no sistema nervoso central e sistema nervoso periférico (SNP), respectivamente. A mielina atua como isolante elétrico, impedindo o fluxo de corrente entre o citoplasma e o líquido extracelular. Condução contínua É a transmissão nervosa em neurônios sem mielina (amielinizados). Condução saltatória É a transmissão nas fibras com mielina (mielinizadas). Um neurônio tem 1.000 conexões sinápticas e recebe mais de 10.000 conexões. Algumas células do cerebelo recebem mais de 100.000 conexões Sinapses É a passagem de um estímulo nervoso (informação) de um neurônio para outro, ou de um neurônio para uma célula efetora. É interpretada como uma forma de comunicação entre essas células. Sinapses Elétricas Químicas Sinapses Elétricas • Necessitam de estruturas proteicas denominadas canais de junções comunicantes ou junções do tipo GAP, que permitem a passagem de íons de uma célula para a outra de maneira muito rápida e estereotipada. • Interliga o citoplasma da célula pré-sináptica com o citoplasma da outra célula pós-sináptica permitindo que a corrente elétrica flua através desses canais. • A sinapse elétrica ocorre em neurônios e neuroglias, sendo também encontrada na musculatura lisa e na musculatura estriada cardíaca. Sinapses Químicas Depende de 3 fatores: • Liberação do transmissor na fenda sináptica. • Difusão do transmissor até a membrana pós-sináptica. • Ligação desse transmissor a um receptor específico na membrana pós-sináptica para que ocorra a abertura de canais iônicos. São realizadas através de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores, que atuam como mensageiros químicos, passando o estímulo nervoso de uma célula para a outra, sendo separadas completamente por um espaço que se chama fenda sináptica. Neurotransmissores São substâncias químicas sintetizadas no interior do neurônio pré-sináptico e que ficam armazenadas, no interior de vesículas secretoras ou vesículassinápticas, esperando um estímulo para que sejam secretadas na fenda sináptica por exocitose. A exocitose é ativada pela entrada de cálcio e seu acúmulo no interior das terminações axonais. . As vesículas secretoras se dirigem para a membrana plasmática, se fundem a essa membrana e rompem, liberando os neurotransmissores na fenda sináptica. Após serem secretados por exocitose na fenda sináptica, os neurotransmissores se difundem até os seus receptores específicos que estão localizados na membrana pós-sináptica. A interação do neurotransmissor com o receptor ativa esse receptor, e essa ativação poderá provocar excitação ou inibição, podendo gerar uma sinapse excitatória ou uma sinapse inibitória, ou seja, a abertura ou o fechamento de canais iônicos. Sinapses Químicas envolve 02 processos Transmissão Ocorre com a liberação (secreção) do neurotransmissor na fenda sináptica. Recepção Ocorre quando o neurotransmissor se liga ao seu receptor na célula pós- sináptica. Os neurônios são capazes de sintetizar e secretar, além dos neurotransmissores, os neuromoduladores e os neuro-hormônios Os neurotransmissores e os neuromoduladores atuam na célula-alvo próxima ao seu botão terminal. Os neuromoduladores atuam em locais não sinápticos, ao contrário dos neurotransmissores. Os neuro-hormônios são secretados na corrente sanguínea e atuam por todo o corpo humano, sendo, muitas vezes, confundidos com a ação de um hormônio endócrino Acetilcolina (Ach) É sintetizada a partir da colina e da acetil-CoA de forma bem simples nas terminações axonais. Os neurônios que sintetizam Ach e os seus receptores específicos são igualmente denominados de colinérgicos. Dopamina, Norepinefrina e Epinefrina Recebem esse nome por serem provenientes de um único aminoácido chamado de tirosina. Esses três neurotransmissores também são secretados pela medula da glândula suprarrenal. Os neurônios que sintetizam esses neurotransmissores e os seus receptores são denominados de adrenérgicos. Serotonina e a Histamina São considerados neurotransmissores amínicos. No entanto, são sintetizadas a partir dos aminoácidos triptofano e histidina, respectivamente. Fisiologia dos sentidos somatossensoriais Estímulos Estímulos Sensação e Percepção Consciente Sensações • Um estímulo. • Uma série de eventos que transformam esse estímulo em impulsos nervosos. • Uma resposta para esse estímulo na forma de experiência consciente da sensação ou percepção.Etapas Estímulos Receptores sensoriais ativados Captam • Exterorreceptores, que captam estímulos externos ao organismo humano; • Visceroceptores, que captam estímulos internos; • Proprioceptores localizados nas articulações, nos músculos e nos tendões que informam sobre a localização do corpo humano no espaço, a força e o nível de estiramento das fibras musculares. Sensações Sentidos somatossensoriais Sentidos especiais Incluem o tato, a dor (incluindo temperaturas extremas) e a propriocepção. Incluem o olfato, a gustação, a audição e a visão. Agora, vamos estudar detalhadamente cada um deles. Receptores sensoriais da pele - TATO Sentido somático Os receptores de tato são os mesmos que detectam as sensações de pressão e vibração, apesar de serem sensações diferentes. A sensibilidade tátil permite ao ser humano perceber o mundo exterior através do contato com a sua superfície corporal. Dor É um mecanismo de proteção para fazer com que a pessoa tome alguma medida em função da sensação dolorosa que ocorre sempre que um tecido é lesionado. Dor rápida Também chamada de dor pontual, dor em agulhada, dor elétrica ou dor aguda. Exemplos desse tipo de dor incluem um corte na pele, tocar uma superfície muito quente, levar um choque elétrico ou ser perfurado por uma agulha. Dor lenta Também recebe vários outros nomes como dor persistente, dor crônica, dor pulsátil, dor em queimação ou dor nauseante. Essa dor, normalmente, acontece em uma lesão tecidual e pode ocorrer em quase todas as partes do organismo humano. Receptores de dor Terminações nervosas livres localizam na pele e em vários tecidos do corpo humano.Esses receptores podem ser ativados por três tipos de estímulos, sejam mecânicos, térmicos ou químicos Os sinais de dor são transmitidos por duas vias para o SNC. A via para a dor rápida é diferente da via para a dor lenta. A transmissão da dor rápida envolve fibras mielinizadas, enquanto a transmissão da dor lenta é realizada por fibras amielínicas. Sistema Nervoso Central Tem a capacidade de suprimir as aferências de estímulos dolorosos, provocando uma analgesia pelo sistema de analgesia que funciona na medula espinal e no encéfalo. Esse sistema parece ter como principais neurotransmissores a serotonina e a encefalina, e os sinais aferentes são inibidos na região da medula espinal e/ou neurônios que secretam encefalina e/ou serotonina, que inibem a transmissão de estímulos dolorosos atuando na região da medula espinal ou do tronco encefálico. Proprioceptores O termo propriocepção é utilizado para descrever a capacidade de perceber a localização do corpo humano no espaço, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo humano. Três proprioceptores: •Fuso muscular •Órgão tendinoso de Golgi (OTG) •Receptores articulares Fuso Muscular • Posicionam paralelamente às fibras musculares esqueléticas • Prendem através de suas extremidades ao endomísio (Camada de tecido conjuntivo que reveste a fibra muscular). • A extremidade dos fusos musculares tem capacidade contrátil e é chamada de fibra intrafusal. Estiramento do músculo esquelético Estiramento do fuso muscular Envia sinais pelos neurônios aferentes Medula espinhal Faz sinapse neurônios eferentes Contração no músculo Reflexo miotático É comumente testado com um martelo batido abaixo da patela e sobre o ligamento patelar. A ausência ou diminuição desse reflexo é denominada sinal de Westphal, que pode significar a ocorrência de problemas neurais, doença de Parkinson, hérnia de disco, entre outras. A ausência desse tipo de reflexo pode ter origem no sistema nervoso central ou no nervo em si, que pode não estar funcionando corretamente ou estar danificado. Órgãos tendinosos de Golgi (OTGs) • São proprioceptores que se localizam na junção miotendinosa, espaço entre o tendão e o ventre muscular. • Os OTGs se posicionam transversalmente em relação às fibras musculares, ao contrário dos fusos musculares, que estão em paralelo com as fibras músculo esquelético se encontra sob grande tensão fibras de colágeno se esticam comprimem os OTGs, ativando-os. produz impulsos nervosos conduzidos por neurônios que penetram na medula espinal Fazem sinapse com um Interneurônios. Órgãos tendinosos de Golgi (OTGs) O Interneurônios faz sinapse com um neurônio motor, que envia sinais provocando um relaxamento muscular para proteger o músculo e se provocando um relaxamento muscular para proteger o músculo e seus tendões de uma tensão excessiva. reflexo miotático inverso Envolvendo apenas três neurônios (um neurônio aferente, um interneurônio e um neurônio eferente Receptores articulares • Localizados principalmente nas cápsulas articulares e nos ligamentos. • Todas as articulações sinoviais do corpo humano apresentam quatro tipos diferentes de receptores articulares. Receptores do tipo I – São denominados corpúsculos de Golgi e estão localizados na camada externa da cápsula articular. São de baixo limiar e de lenta adaptação. Suas funções principais são a geração da sensação cinestésica e postural, o tônus muscular e a pressão na articulação. Receptores do tipo II- São denominados corpúsculos de Paccini, estão localizados na cápsula articular, são de baixo limiar e rápida adaptação. Sua função principal é monitorar a aceleração e a desaceleração no movimento. Receptores do tipo III – São os corpúsculos de Ruffini, estãolocalizados nos ligamentos, são de alto limiar e lenta adaptação. Suas funções principais são monitorar altas tensões geradas nos ligamentos, a direção do movimento e a inibição reflexa em alguns músculos. Receptores do tipo IV- São as terminações nervosas livres e, diferentemente dos outros três receptores, não são mecanorreceptores, e sim nociceptores. Além disso, estão localizados na cápsula articular e nos coxins gordurosos da articulação, monitorando a dor. Fisiologia dos sentidos especiais Olfato • É considerado um dos sentidos especiais mais primitivos na escala evolutiva • Cada célula receptora olfatória é sensível para só um tipo de substância odorante. • o ser humano tem uma capacidade impressionante de diferenciar milhares de substâncias odorantes diferentes. • As células receptoras olfatórias são renovadas completamente a cada dois meses. • Existem milhões de neurônios sensoriais olfatórios que se estendem do epitélio olfatório na cavidade nasal superior, onde detectam as substâncias odorantes inaladas e as enviam para os glomérulos no bulbo olfatório. Sistema Límbico: • Os cílios dos neurônios olfatórios são especializados na detecção de substâncias odorantes. • Do bulbo olfatório, outros neurônios de segunda ordem são encarregados de transmitir os sinais para o córtex olfatório dos giros temporais mediais e para o hipocampo e amígdala Comumente chamada de paladar, tem algumas semelhanças com o sentido do olfato. Ambos são considerados sentidos químicos, tendo em vista que os seus respectivos receptores (quimiorreceptores) são estimulados por substâncias químicas e ambos estão intensamente ligados às emoções e à memória. Gustação A língua é o órgão da gustação, sua superfície é preenchida pequenas saliências, chamadas de papilas onde ficam os botões gustatórios que são responsáveis por hospedar os diferentes receptores gustativos. •Umami •Doce •Salgado •Azedo •Amargo Gustação •Umami •Doce •Salgado •Azedo •Amargo Audição O órgão da audição é a orelha, que também tem participação importantíssima no equilíbrio. A orelha pode ser dividida em três partes: orelha externa, média e interna. A percepção da energia transportada pelas ondas sonoras é chamada de audição As suas estruturais neurais estão bastante protegidas na orelha interna dentro da cóclea. Audição As ondas sonoras chegam à orelha externa, passam por um canal chamado de pina, se deparam com a membrana timpânica e produzem uma vibração que serão passadas para três pequenos ossos na orelha média (martelo, bigorna e estribo). O martelo é conectado à membrana timpânica, e os três ossos são conectados entre si. A cóclea se localiza na orelha interna dentro de uma concha óssea, denominada de labirinto, e está completamente preenchida por um fluido chamado de linfa. Audição No ducto coclear, fica o órgão de Corti, que é formado por células pilosas e células de suporte. É do órgão de Corti que fibras nervosas se projetam e entram nos núcleos dorsal e ventral cocleares, que ficam na região superior do bulbo no tronco encefálico. Fibras fazem sinapse com neurônios de segunda ordem e a maioria dos neurônios secundários passa para o lado oposto do tronco encefálico até chegarem ao complexo olivar superior, enquanto uma menor parte dos neurônios secundários se projeta para o complexo olivar superior pelo mesmo lado. Visão • O órgão da visão é o olho, • Por onde a luminosidade penetra e é focalizada pelo cristalino na retina, que fica no fundo do olho. • Na retina de cada olho, há aproximadamente 126 milhões de fotorreceptores e existem dois tipos de fotorreceptores. Cones: Têm alta acuidade visual e são responsáveis pela visão multicromática. Existem cones especializados para a luz vermelha, azul e verde. Bastonetes: São responsáveis pela visão monocromática e funcionam quando existem baixos níveis de luminosidade A proporção entre cones e bastonetes é de 1 para 20 Visão • Os fotorreceptores transduzem a energia luminosa em energia elétrica, que se desloca por uma via com neurônios bipolares e células ganglionares, que através de seus axônios formam o nervo. A luminosidade que entra nos olhos passa por algumas alterações antes de chegar à retina. • A alteração ocorre na pupila, que se localiza entre a córnea e o cristalino, bem no centro da íris, em uma região chamada de parte média do olho ou úvea. • A pupila é capaz de se ajustar, dilatando-se na escuridão e se contraindo na luz, alterando a quantidade de luz que chegará aos fotorreceptores na retina • Em segundo lugar, a alteração ocorre no cristalino, ou lente, que se localiza entre a pupila e o humor vítreo e é uma estrutura biconvexa, gelatinosa que possui grande elasticidade. Essa elasticidade diminui progressivamente com a idade ou a sua transparência pode ser afetada gerando uma visão “borrada” ou “opaca”, como acontece na catarata que precisa ser removida cirurgicamente. • O cristalino é capaz de alterar seu formato para focar as ondas de luz: quando o objeto se encontra distante, ele achata; quando o objeto se encontra perto, ele arredonda. Ao chegar à retina, o feixe de luz é captado pelos fotorreceptores que transformam a energia luminosa em energia elétrica, ou seja, fazem a transdução. Nas camadas da retina, ainda existem outros tipos de células. Células horizontais: Que contactam diversos receptores. Células amácrinas: Que realizam contato com as células ganglionares. Células de sustentação: Que são como os astrócitos, as micróglias e as células de Müller.