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Isadora Freire Fisiologia do Sistema Nervoso NEURÔNIOS: CÉLULAS E REDE PROPRIEDADE EMERGENTE “São processos que não podem ser previstos a partir do conhecimento que temos sobre as propriedades individuais das células nervosas e suas conexões.” • A capacidade de funcionamento não está ligada a quantidade de neurônios e sim de conexões. Consciência, inteligência e emoções Consciência: ciência do próprio corpo (tudo o que a gente sente) Inteligência: capacidade de processar, memória. Habilidade de sentir, processar o sentimento e reagir. Emoções: resposta ao meio, exteriorizar o que o cérebro recebe (forma como processamos) Recebe a informação processa baseada na memória responde baseado nas emoções Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinal) = processa, coordena (memória) Grupo de neurônios que tem memórias Memória = estímulo, sinapse (neurônio conduz sinapse) - memória voluntária - memória involuntária ESTÍMULO → receptor sensorial → sinal de entrada → CENTRO INTEGRADOR → sinal de saída → efetor → RESPOSTA • Receptores sensoriais monitoram condições internas e externas • Neurônios sensitivos enviam informações para SNC (centro integrador – processar) • Quando é necessário uma resposta … SNC usa neurônios eferentes (motores) para células “alvo” (músculos e glândulas) • Neurônios eferentes autônomos são divididos em Simpático e Parassimpático • (3º. Sistema): S. N. Entérico – rede na parede do TGI Neurônio e Glia (células suporte) • Neurônios são classificados pela suas estruturas (números de processos originados do corpo celular) ou pela suas funções • Agrupamentos de longos axônios formam nervos, podem ser nervos sensoriais, nervos motores e nervos mistos. Corpo celular (ou soma): possui núcleo (DNA - molde para síntese proteica) e organelas para atividades celulares Dendritos: recebem informações aumentando a superfície de contato Espinhos dendríticos: recebe informações de entrada e transfere para uma região integradora dentro do neurônio. No SNC podem enviar informações porque contém polirribossomos (produzem proteínas) Axônios: conduzem sinais de saída, no terminal pode conter mitocôndrias, vesículas membranosas ou junções comunicantes • Citoplasma é composto por fibras e filamentos Transporte lento: do corpo celular para terminal, componentes que serão consumidos rapidamente (enzimas e proteínas) Transporte rápido: Anterógrado: vesículas e mitocôndrias Retrógrado: componentes celulares velhos • Composto por Pré, Pós e Fenda sináptica • Podem ser químicas ou elétricas “Como neurônios encontram seus alvos e fazem sinapse?” R: sinais químicos controlam a diferenciação de células tronco em neurônios e atraem os cones de crescimento (pontas especializadas) *A extremidade em desenvolvimento do axônio (em azul) é uma região achatada, repleta de microtúbulos (em verde) e filamentos de actina (em vermelho e amarelo), que, continuamente, une as suas porções distais, entendendo a ponta do axônio enquanto ele procura o seu alvo • A formação da sinapse deve ser seguida de atividade elétrica ou química se não desaparecerá (depende de fatores neurotróficos) – “use ou perca” • O número de células e sua localização são fixas porém as sinapses não, rearranjos ocorrem por toda vida. Células da Glia (suporte aos neurônios) • Comunica-se entre si e com neurônios fornecendo suporte físico e bioquímico (tróficos) • SNP – células de Schwann e Satélites • SNC – células oligodendrócitos, microglia, astrócitos e células ependimárias Bainha de Mielina (suporte aos neurônios) • Células de Schwann (SNP) e oligodendrócitos (SNC) • Formado por várias camadas de membrana celular (fosfolipídeos) • Junções comunicantes permitem fluxo de nutrientes e informações • Suporte físico, isolante e acelera condução Bainha de Mielina • Possui duas funções: - acelera a condução de impulsos pelo axônio - isola o axônio, menor interferência Exemplo: neurônios que saem da coluna e vão contrair o dedão do pé (neurônio motor somático) - O corpo do neurônio está na medula, sai o axônio, passa pela cintura, coxa, joelho até o dedão. - Supondo que tenha feito um exercício de quadríceps (acúmulo de ácido láctico), em que o lado de fora do neurônio está cheio de H+, o axônio passa por meio desse músculo cheio de ácido láctico (muda ambiente). - Se não tem bainha de mielina, a condução é interferida (pode encher de hidrogênio o músculo) - Ausência de bainha de mielina pode gerar tremores e não movimentos SNP Células de Schwann: um axônio pode possuir mais de 500 células, formando nódulos de Ranvier (entre uma célula a outra – área não mielinizada - permite transmissão de sinais elétricos) Se enrola ao redor do axônio e forma bainha de mielina Células satélite: formam cápsulas de suporte físico, químico e eletrofisiológico ao redor dos corpos dos neurônios localizados nos gânglios (são agrupamento de corpos celulares dos neurônios fora do SNC) SNC Oligodendrócitos: formação da bainha de mielina, uma célula atua em vários axônios. - Enrola no axônio também, mas como uma forma de sustentação (estrutura para deixar ele parado) Astrócitos: cerca de metade das células do encéfalo, formam uma rede usando as junções comunicantes, várias funções. Microglia: células do sistema imune, removem células danificadas e invasoras (bom) e libera ERO (espécie reativas de oxigênio) que formam radicais livres (neurodegenerativas – restos do metabolismo que usa oxigênio, causa alterações na membrana das células, degenera) • Células ependimárias: garante a movimentação do líquido cefalorraquidiano e forma uma camada epitelial fornecedora de células-tronco. Atividades que lesionam o SNC • Atividades por aceleração: boxe, piloto fórmula 1 (repetição, acelerações e desacelerações do SNC, lesões a médio, longo prazo) *Microglia: é bom, mas se tiver que trabalhar demais (inflamações, lesões recorrentes), vai ter lesões crônicas, produzir radicais livres, neurodegenerativos, envelhece neurônios) *Pessoa que toma muito sol: pele preparada (descama, nova pele), mas a longo prazo pele mais grossa, rugas, envelhecimento (degeneração) Células tronco • Quando o corpo morre, todo neurônio morre • Quando o corpo está íntegro e o axônio rompido, o neurônio sobrevive4 - Citoplasma vaza, parte integral do axônio fica inchada, espessa (acúmulo de organelas e filamentos), Schwann informam o corpo celular através de sinapses elétricas, segmento distal do axônio lesionado se desfaz e microglia fagocitam os detritos. Exemplo: dedo amputado, corpo vai se reorganizar, fechar a lesão, novos terminais surgem, ficando sensível (membro fantasma – sensação da ponta do dedo, ter que reaprender), condução de impulso novamente (parte distal morre e o corpo se reorganiza) Cicatriz: normal: toque na mão deforma proteínas na mão, estimulam neurônios, que conduz o impulso (mão sendo apertada) Com cicatriz: não tem receptor, não tem neurônio, apenas tecido conjuntivo (não sente) • Axônio danificado: No SNP: pode ocorrer crescimento estimulado Schwann (similar ao cone de crescimento) No SNC: as células danificadas inibem o crescimento axonal *Maconha não mata célula, mas danifica, envelhece e impede que novas conexões aconteçam (diminui a plasticidade de neurônios) *Pessoas que usam entorpecentes apresentam um déficit (cérebro tem seu desenvolvimento retardado, atrapalha seu funcionamento) Célula central lesionada: não faz sentido uma célula saudável conectar com lesionada (não tem cone de crescimento), perde sua função • Existem células-tronco neurais (hipocampo – memória RAM, permitem uma regeneração – e ventrículos laterais) *AVC no hipocampo (destruição do vaso que irriga o hipocampo): perda de memória recente *Alzheimer: perda de memória antiga Sinalização elétrica nos neurônios • Todas as células tem “diferença de potencial de membrana” porque: • Potencial de membrana = carga elétrica • Distribuição desigual de íons: muito Na+, Cl+ e Ca++ fora e muito K+ dentro • Alta permeabilidade ao K+ (potássio entra e sai à vontade) Toda célula tem diferençade carga dentro e fora dentro negativo, fora positivo *Bomba trabalha, até o interior ficar -50, lança 3 sódio pra fora e coloca 2 potássio pra dentro (aumenta a concentração) Entrando muito potássio, o potássio quer sair por gradiente osmótico – canal de potássio (-50) -50 o potássio sai até atingir -70, interior mais negativo e o potássio não quer mais sair (interior da célula -70mv – potencial de repouso) Para chegar no potencial de repouso, bomba sódio potássio agiu 1) ação da bomba sódio potássio Lança 3Na+ pra fora ao mesmo tempo que coloca 2K+ dentro (muito sódio fora, dentro negativo sódio quer entrar) ATPase - gasta energia 2) permeabilidade ao K+ (canal de potássio) “Como atinge potencial de repouso? Quem são os responsáveis?” - Bomba de sódio potássio ATPase e permeabilidade ao potássio “O que faz ela agir?” Célula entrando em ação (estava em repouso) - Canais (portinha que abre e fecha) *Outro neurônio tem vesículas que tem neurotransmissores Substância liberada, se dispersou e ao acasozchegou nos canais. Célula repouso, parada. Estimulo de fora: abriu canal de sódio Muito Na+ fora, dentro negativo (-70), abriu canal de Na, sódio entra 1) Gradiente eletroquímico (carga elétrica) 2) Gradiente osmótico (concentração) *Esse canal de sódio abriu por causa do estímulo de fora, mas esse neurônio tem outros canais. Entrada de Na+ muda a carga elétrica da célula Vai de -70 (canais de sódio fechados) para -50 Em -50 próximo canal de sódio abre Vai entrando sódio, alterando a carga elétrica em volta e abrindo canais vizinhos Condução de impulso elétrico (abre primeiro canal, entra sódio, altera carga elétrica em volta desse canal, abre canal vizinho, entra sódio) Potencial limiar: quando o canal de sódio abre Após entrar muito Na+, fica +30mv (dentro) Muito sódio vai abrir o canal de cálcio no final. Cálcio vai entrar, mover as vesículas sinápticas (neurotransmissores em seu interior), libera esses neurotransmissores que vai abrir canais de sódio da célula vizinha, conduzir impulso elétrico, liberar substâncias que vão atuar, seja no músculo esquelético, liso, cardíaco, em uma glândula (acelerando, inibindo, estimulando) Isso é uma sinapse: condução do impulso entre células “Por que o cálcio entra se dentro está positivo?” - Porque tem tanto cálcio fora que ele entra mesmo contra seu gradiente elétrico. Interior muito positivo, K+ vai querer sair Após saída do potássio, vai ter muito K+ fora e muito Na+ fora, necessitando da bomba de sódio potássio. *Bomba irá devolver a célula ao repouso Movimento dos íons • Aumento na permeabilidade de Na+ permitirá sua entrada – despolariza • Aumento na permeabilidade de K+ permitirá sua saída – hiperpolariza • Aumento na permeabilidade de Cl- permitirá sua entrada – hiperpolariza *Remédio que aumenta a permeabilidade ao Na+: -70, sódio entra e vai para -50 (despolariza) *Remédio que aumenta a permeabilidade ao K+: muito potássio dentro, pouco fora, vai sair pelo gradiente osmótico. Estava -70 no repouso, quando potássio sai, vai para -90 (hiperpolariza) Polos mais distantes (positivo mais positivo e negativo mais negativo porque perdeu potássio) *Remédio que aumenta a permeabilidade ao Cl- Está em -70, com o remédio abre canal de cloro, ele entra e vai para -90 (hiperpolariza) Potencial Limiar -30: limite que, quando atingido, abre todos os canais de sódio, tem o potencial de ação, atividade cerebral aumentada e a célula conduz estímulos (neurônio conduz impulso) Remédio permeabilidade ao sódio vai abrir canais de Na+, vai para -40 (despolarizou) neurônio mais fácil de ser excitado, mais próximo ao limiar (café) “É possível subir tanto esse potencial de repouso a ponto de atingir o limiar?” Sim. Vão acontecer espasmos, contrações involuntárias, alucinações (medicamentos excitatórios) *Medicamentos que abaixam o potencial: anestésicos (xilocaína, por exemplo, joga potencial de repouso para -90, hiperpolariza), mais difícil de excitar esse neurônio. *Pico de cortisol: vai aumentar a glicose, mas também abre canais de sódio, atividade cerebral aumentada, mais fácil estimular o neurônio. *Som: -50mv estimula 10 neurônios, -90 estimula 2 (-90 o som parecerá mais baixo) - Fugiu do potencial limiar: difícil estimular - Se aproximou do potencial limiar mas não atingiu: mais fácil de ser excitado - Atingiu o potencial limiar: conduz impulso Potencial de ação: primeiro despolariza *mais terminações nervosos, mais canais de sódio (mãos e lábios, áreas mais sensíveis) Controle da permeabilidade iônica • Maneira simples: canais iônicos com portão Abre canal de sódio, potássio, cloro • Maneira lenta: inserir novos canais Pessoa que toma café direto com o tempo vai dessensibilizar, não vai fazer efeito. Estimulando sempre receptor de sódio, com o tempo o neurônio diminui o número de receptores – tem que tomar mais café, dependência • 4 tipos principais: Na+, K+, Ca++ e Cl- *Não tem medicamento que atua nos canais de cálcio, mas ele é importante porque ele que realiza a sinapse • Canais de K+ são os principais responsáveis pelo potencial de repouso Estímulo para canais • Canais controlados mecanicamente: se abrem por forças físicas, pressão ou estiramento Aperto de mão: receptores de tato (neurônios que quando se deformam, abrem os canais de sódio) Pele: tem neurônios que quando esquenta, abre canais de sódio • Canais dependente de ligante: neurotransmissores ou hormônios • Canais dependente de voltagem: respondem a mudanças de potencial - Particularidades: nos neurônios canais de Na+ abrem rápido e os de K+ são lentos - Particularidades 2: alguns canais tem o período de inativação Lei de Ohm • Corrente: direção do movimento iônico (Iíon) • Lei de Ohm: corrente é diretamente proporcional a diferença de potencial (V) e inversamente proporcional à resistência (R) I=V/R • Alterações de voltagem: potenciais graduado (perdem força) e potenciais de ação (não perdem força) Potencial Graduado • Alterações do potencial de repouso *Tomar remédio que aumenta a permeabilidade ao sódio (entram) Potencial Graduado Excitatório (aproximou do limiar) *Tomar remédio que aumenta a permeabilidade ao K+, potencial foi para -90, mais difícil de estimular *Potencial Graduado Inibitório (afastou do limiar) *Hormônios, medicamentos, presença de luz (cérebro percebe o inverno, dias mais curtos, cria no nosso cérebro potencial graduado inibitório, gastar menos energia) • Despolarização ou hiperpolarização • Neurônios do SNC ou eferentes sinais químicos abrem ou fecham canais de outros neurônios (sujeitos a aproximar ou afastar do limiar) • Estímulos químicos ou mecânicos abrem ou fecham alguns canais de neurônios sensoriais Exemplo: quando cátions se difundem no citoplasma geram o chamado “fluxo de corrente local” • A “força” de despolarização depende da quantidade e da velocidade de cargas que se movem na célula (amplitude) • Conforme se move ele perde força pois: - Vazamento da corrente: canais que estarão eventualmente abertos - Resistencia citoplasmática: resistência ao fluxo dos Íons • Potencial Graduado despolarizantes são Excitatórios • Potencial Graduado hiperpolarizantes são Inibitórios • Potencial Graduado altera o Potencial de Repouso, alterando sua capacidade de responder a estímulos Entra sódio, sódio se difunde no citoplasma. Zona de gatilho (muito canal de sódio): se a carga elétrica mudar na zona de gatilho, vai abrir um monte de canal de sódio, entrar muito e conduzir o impulso *Exemplo da piscina (citoplasma): lata de tinta azul, essa tinta vai se difundir, se espalhar, diluir e do outro lado da piscina o azul vai ser bem fraco, ou talvez essa quantidade de tinta seja suficiente para chegar lá e mudar a cor. Com uma bomba tirando a tinta azul, fica mais difícil (Entrada de sódio é a tinta azul, outro lado da piscina é o próximo canal de sódio) Estímulo entrou pouco sódio, foi pra -40, se diluindo, -55, chegou na zona de gatilho -50 (não atingiu limiar), não abriu canais de sódio, não conduziu impulso. (Muito café) Estímulo entrou muitosódio, foi pra -30, se diluindo, -40, chegou na zona de gatilho acima do limiar, abriu canais de sódio, potencial de ação, conduziu impulso. - Potencial Graduado Excitatório pode gerar potencial de ação - Potencial Graduado Inibitório nunca gera potencial de ação Potencial de Ação • Atinge o limiar • Não necessita da zona de gatilho pois a movimentação gera estímulos que são capazes de abrir uma quantidade de canais de sódio de forma sucessiva (corrente elétrica) • No final do axônio o potencial de ação, mesmo gerado pela zona de gatilho, tem a mesma amplitude (Condução de impulso é sempre a mesma, não importa como começa – contrações fortes, utilizou 10 neurônios, contrações fracas 2) • Potencial de ação é sempre supralimiar • A condução depende de dois canais: entra Na+ e sai K+, dependente de voltagem (alguns outros canais de vazamento ajudam no potencial de repouso, como cloro, cálcio bomba) • PA é dividido em 3 fases: ascendente, descendente e pós-hiperpolarização Fase Ascendente • Aumento da permeabilidade ao Na+ • Na+ entra pelos gradientes de concentração (fora tem mais, dentro tem menos) e elétrico (fora é positivo, dentro negativo) • Despolarização (-70 a +30) • Em +30mV canais de Na+ se fecham e os de K+ se abrem Fase Descendente • Aumento da permeabilidade ao K+ • K+ sai pelos gradientes de concentração e elétrico • Hiperpolariza (próximo a -90) • Em -90mV canais de K+ se fecham • Retorno ao potencial de repouso (-70mV) devido a bomba de sódio potássio Potencial de ação: atingiu limiar (-55) Não atingiu limiar: Potencial Graduado Excitatório Fase ascendente (despolariza): entrada de sódio, de -70mV, virou +30mV Fase descendente (hiperpolariza): saída de potássio, de +30mV a -90mV Fase pós-hiperpolarização: bomba de sódio potássio, para de sair K+ e atinge seu potencial de repouso “Como os canais de Na+ conseguem fechar no decorrer da despolarização?” - Canal de sódio está fechado (-70), atinge potencial limiar (-50) abre os canais de sódio, sódio entra até +30mV, depois o canal não fecha, ele fica inativo (2 milissegundos, com isso o impulso não volta), após isso o canal fecha e pronto para repetir tudo de novo (Período Refratário – um potencial de ação não pode se sobressair a outro e PA não se propaga para trás) Período Refratário Absoluto • Tempo necessário para os portões dos canais de Na+ retornarem ao repouso (2 ms após PA iniciado) • Um potencial de ação não pode se sobressair a outro e também não se propaga para trás Período Refratário Relativo • Alguns portões de canais de Na+ retornam à sua posição original • Um potencial graduado mais intenso pode abrir os canais inativos porém a despolarização não é a mesma pois os canais de K+ ainda estão abertos (sairá potássio) Velocidade de condução • Quanto maior o diâmetro – maior a velocidade (menos resistência ao fluxo de íons) • Quanto maior a resistência ao vazamento (íons para fora) – maior velocidade Bainha de Mielina • A condução é mais rápida pois o fluxo interno de íons é mais rápido do que a abertura dos canais (lenta) • Maior resistência ao vazamento de íons • Condução é igual, porém a troca iônica só ocorre nos nódulos de Ranvier (condução saltatória) *Quando entra sódio, sai potássio, não consegue alterar carga elétrica, não tem condução de impulso (Alzheimer – desmielinização) Outras alterações na condução • Bloqueio dos canais de Na+ - impede ou dificulta a despolarização • Concentração de K+ - determinante do potencial de repouso e consequentemente a excitabilidade Aumento: próximo do limiar portanto responde a potencias graduados menores Redução: distante do limiar portanto difícil de responder aos potenciais graduados *Estímulo não pode ser mais forte ou mais fraco, ele libera mais ou menos neurotransmissores • Duas partes: terminal pré-sináptico e membrana pós-sináptica • Células pós sinápticas pode ser neurônio ou não (pode ser músculo), nos neurônios podemos ter de 10mil a 150mil sinapses Dois tipos: química ou elétrica • Elétrica: comunica citoplasmas, é bidirecional e está presente no SNC e células da Glia (comunicação entre as células da Glia e neurônios) • Química: maioria, unidirecional e usa NT (mais importante) Secreções de NT • Composição química dos neurócrinos é variada e podem funcionar como: Neurotransmissor: age na sinapse e tem resposta rápida Neuromodulador: age na sinapse e fora dela, ação mais lenta Neuro-hormônio: produzido por neurônios e secretados no sangue e distribuídos pelo sangue Mistura de neurotransmissor com sistema endócrino Neuromodulador: neurônio trabalhando muito, ajuda, interferir nas células da glia Receptores Receptores de canal: canais dependente de ligante, resposta rápida, também chamados de receptores ionotrópicos Neurotransmissor estimulando abertura ou fechamento do canal, vai entrar íons (rápido) Receptores acoplados à proteína G (RPG): resposta mais lenta pois usa segundo mensageiro, quando se ligam a neuromoduladores são chamados de metabotrópicos Se ligou na proteína, proteína muda de forma e permite que a proteína G se ligue nela. Proteína G muda de forma produz substâncias que geram resposta intracelular (lenta) Neurotransmissores As moléculas neurócrinas podem ser agrupadas em sete classes: - Acetilcolina - Aminas - Aminoácido - Peptídeo - Purina - Gases - Lipídeos Síntese de neurotransmissores • Ocorre no corpo ou no terminal axonal • Polipeptídeos são sintetizados no corpo celular e junto com enzimas são empacotados em vesículas • NT pequenos (acetilcolina, aminas e purinas) são produzidas e empacotadas no próprio terminal. Término das atividades dos NTs • Remoção dos NTs ligados na fenda 1ª. NTs se difundem para longe da sinapse 2ª. NTs são inativados por enzimas 3ª. Recaptação – reabastece outra vesículas • Ligação entre neurônios: divergente ou convergente Convergir: seguir mesmo caminho Divergir: caminhos diferentes Sistema convergente: sistema sensorial - perda de especificidade (+visível, -convergente) - pele baixa convergência Sistema divergente: sistema motor • Comunicação é unidirecional, porém membranas pós sinápticas podem enviar neuromoduladores para membrana pré sináptica. Plasticidade sináptica: sinapses sofrem alterações: facilitação ou depressão - Muito estimulado: diminui receptores - Pouco estimulado: aumenta número de receptores *Infarto = dor no braço esquerdo (dor referida) Neurônios do coração e esôfago chegam na mesma área do cérebro (não sabe se é esôfago, coração ou braço esquerdo) Resposta pós sináptica • Potenciais graduados • Rápida ou lenta Potenciais sinápticos lentos: receptores acoplados à proteína G (resposta lenta, porém duração de segundos ou minutos) -Quando é preciso controle, coordenação (resposta duradoura) Potenciais sinápticos rápidos: associado à abertura de canais iônicos (resposta rápida, porém duração de milissegundos) - Quando é preciso ações imediatas • Se o potencial de ação é: - Despolarizante (PEPS): aproxima do potencial limiar - Hiperpolarizante (PIPS): afasta do potencial limiar *Ramificações para sair um impulso só Integração das informações entre neurônios • Somação espacial: vários potenciais graduados gerados em locais diferentes Diferentes neurônios estimulando ao mesmo tempo • Somação temporal: vários potenciais graduados gerados quase ao mesmo tempo Um neurônio só estimulando uma vez e outra vez • Inibição pós sináptica: NT inibidores Estímulos diferentes, de lugares diferentes, atuando de maneiras diferentes • Um neurônio só libera um tipo de neurotransmissor • Mesmo neurônio pode excitar, inibir e não fazer nada em outro tecido • Receptores podem ser canais ou proteínas de membrana • Glutamato pode ter efeito excitatório em um tecido e inibitório em outro (depende do tecido) *Glutamato em receptor ionotrópico a um canal de sódio – glutamato abre o canal de sódio (excita) *Glutamato em proteína de membrana que inibe abertura de canal de cálcio (inibindo) *No terminal pode ter uma sinapse que bloqueia canais de cálcio – não entra cálcio, nãolibera vesículas e não acontece nada Alterações na transmissão sináptica são responsáveis por muitas doenças • Doenças sinápticas envolvendo junção neuromuscular são as mais conhecidas (miastenia grave) - Desenvolve anticorpos contra os receptores de acetilcolina do músculo esquelético (quer estimular músculo, mas receptor bloqueado, não contrai – fraqueza, animal come e regurgita • Doenças envolvendo transmissão sináptica dentro do SNC (Parkinson, esquizofrenia e depressão) são menos conhecidas. Propriedades da REDE • Circuitos formados por bilhões de neurônios *Cada neurônio de 10mil a 150mil conexões • A condução de sinais nessas vias produz pensamentos, linguagem, sentimento, aprendizado e memória. • Existe a proposta de que a unidade funcional do SN são as “redes neurais” - Neurônios morrem, neurônios não aumentam, conexões aumentam, conexões são mutáveis • Computadores ainda não se equiparam com a função encefálica porque: - falta “plasticidade”: capacidade de modificar as conexões e funções dos circuitos em resposta a estímulos sensitivos (computador não cria memória) - não tem a capacidade de acrescentar novas conexões a partir das células-tronco neurais • Diferença dos computadores? - córtex frontal = permite planejamento, regras, controla as áreas do cérebro - sistema límbico = emoções (tomada de decisões, interpretação do cérebro) *Pessoas que se aposentam: redução dos números de conexões *Emoção= expressão, racionaliza o sentimento de uma maneira involuntária *Raciocínio= adquire memória para determinar o raciocínio EVOLUÇÃO • Todos animais tem a capacidade de detectar e responder a mudanças no hábitat (emoção) • Sinais elétricos na forma de potenciais de ação e sinapses são os mesmos em todos animais, o que muda é número e organização • Nos humanos, o cérebro (raciocínio e cognição) e cerebelo (equilíbrio) são a parte mais diferenciada (nos faz humanos) Anatomia do SNC • Encéfalo e medula • Padrão: tecido nervoso, cavidade central preenchida de líquido e revestida por epitélio *Grupo de neurônios, cavidades que tem líquor e revestidos por estrutura fibrosa (meninges) e óssea SNC – dividido em cinzenta e branca • SNC composto por neurônios e células da Glia Substância cinzenta: corpos celulares, dendritos e axônios de células não mielinizadas - Organizados em camadas ou grupos - Conjunto de corpos são chamados núcleos - Fora no encéfalo, dentro na medula Substância branca: axônios mielinizados (cor pálida), contém poucos corpos celulares - Feixes de axônios são chamados de tratos (processa pouco) - Fora na medula, dentro no encéfalo • Proteção: tecido ósseo, 3 camadas de tecido conectivo e fluido Ossos e tecidos de sustentação • Crânio (caixa óssea): protege encéfalo • Coluna vertebral: protege medula espinal • Meninges: - Dura-máter: mais grossa (dura), presença de veias que drenam sangue do encéfalo - Membrana aracnoide: ligação frouxa com piamáter criando o “espaço subaracnóideo” - Pia-máter: membrana fina que adere à superfície do cérebro e medula, presença de artérias que irrigam o encéfalo Líquido cerebrospinal • Crânio tem volume de 1,4 litros, 400 mL é de liquido extracelular (fora das células) • Líquido intersticial (entre os tecidos): está abaixo da pia-máter - Espaço entre as células (neurônios e células da Glia) • Líquido cerebrospinal: está nos ventrículos e espaços entre pia-máter e aracnóide • Existe comunicação entre esses espaços - Líquor produzido tem que ser renovado • Realiza proteção mecânica (encéfalo mais leve, menos pressão nos vasos) e química (pouco K+, muito H+, igual de Na+ e sem proteínas ou células, um pouco de glicose e oxigênio, baixo CO2) - Líquor é reservatório de alguns nutrientes (oxigênio, glicose), se falta glicose no corpo, corpo todo sente, mas cérebro demora mais porque tem uma reservinha garante que os neurônios funcionem por um tempo mesmo quando o sangue não está tão bom nessas concentrações - Não pressiona veias, facilita irrigação e drenagem - Líquor serve contra concussão (desaceleração, líquor protege, amortece) • Solução salina secretada pelo plexo coroide (região da parede dos ventrículos) - Plexo coroide produz células ependimárias • Consiste em capilares e epitélio de transporte (derivados do epêndima) • Células bombeiam seletivamente sódio e outros solutos do plasma para dentro dos ventrículos – gradiente osmótico que atrai água - Joga sódio para fora (espaço subaracnóideo e ventricular), onde sódio vai a água vai atrás • O líquido flui livremente para o espaço subaracnóideo, envolve todo encéfalo e medula e então é absorvido por vilosidades na membrana aracnoide • A produção de líquido permite sua renovação total 3 vezes ao dia (aproximadamente 1L de líquor cerebrospinal produzido por dia) - Produzido pelo plexo coroide e células ependimárias e drenado por vilosidades aracnóides *Coágulo no espaço subaracnóideo = espaço subarac. diminui porque foi crescendo um coágulo dentro, espremendo o resto do encéfalo e pressionando o líquor. Esse líquor saiu, encéfalo começou a se adaptar (convulsão e desmaio) · Vilosidades aracnoides = sai esse líquido drenado baseado na pressão (aumenta pressão = vaza) · Espessura grossa da dura-máter, quando tem uma vilosidade fica fininha. Se bater, é uma válvula de escape (processo inflamatório – líquor vaza porque aumenta a pressão) * Pressão no encéfalo = quadro neurológico * Traumatismo craniano = trauma com lesão óssea * Concussão = trauma mas parte óssea íntegra Barreira hematoencefálica • Protege contra substâncias nocivas e patógenos • Tecido encefálico cria a barreira por ação dos dos astrócitos (célula da Glia mais abundante) - mecânica: “pés” envolvem capilares (podócitos se enrolam nos vasos sanguíneos (além da pia-máter) - química: sinais parácrinos induzem a formação de junções oclusivas nas células endoteliais • Barreira hematoencefálica divide-se em 3: - Pia-máter - Pés dos astrócitos - Junções oclusivas (endotélio é mais junto, as células que formam os vasos unidas com mais força) • Células de defesa não atravessam barreira hematoencefálica, por isso possuem as próprias células de defesa (microglia) - É bom, mas gera problemas: medicamentos, hormônios – área que fica isolada do corpo, em termos de controles, ações de medicamentos (tem que ser lipossolúveis) • Áreas que não possuem barreira (áreas que precisam ter contato com o sangue): Hipotálamo: libera hormônios direto no sangue (prolactina) – área sensível à densidade do sangue *Desidratação (academia): sangue grosso, passa pelo hipotálamo e não percebe porque não tem barreira hematoencefálica Centro do vômito no bulbo: monitoram presença de substâncias tóxicas no sangue *Protege contra substâncias agressivas e estímulos sensitivos vindos do estômago *Mulher grávida vomita muito = Beta HCG faz com que o centro do vômito fique hipersensibilizado – qualquer cheiro, paladar que o cérebro entenda que possa causar risco ao feto, gera o vômito Medula espinal • Fluxo em ambos sentidos • Dividida em 4 regiões: - cervical - torácica - lombar - sacra • Substância cinzenta (dentro): corpos celulares • Substância branca (fora): axônios mielinizados - Raiz dorsal = saem os neurônios sensoriais - Raiz ventral = saem os neurônios motores • Embaixo da medula tem disco intervertebral (amortecer), disco herniou, lesiona neurônios motores - Perda de movimento *Perda de dor = atingiu região dorsal da medula (lesão muito pior), perda de dor profunda (neurônios motores) *Hérnia de disco = mielinizou antes da hora *Condrodistróficos = articulações deformadas Área cinzenta • Fibras sensitivas se ligam nos interneurônios dos cornos dorsais (dois núcleos – somático e visceral) - neurônios sensoriais que transmitem informações sensoriais de outras partes do corpo através da medula até o cérebro • Cornos ventrais: corpos de neurônios motores, organizados em núcleos: somáticos e autonômico - neurônios motores que transmitem informação do cérebro ou da medula para os músculos, estimulando movimento (músculos esqueléticos) Áreabranca • Substância branca = axônios mielinizados (fios de condução) Tratos: conjuntos de axônios • Trato ascendente: para o encéfalo (sensoriais) • Trato descendente: a partir do encéfalo (saem do encéfalo neurônios motores) • Trato propriospinais: permanecem dentro da medula *Hérnia de disco: lesiona trato motor (perde movimento sem perder a dor) Encéfalo • 1.400 g, 85 bilhões neurônios, cada neurônio pode fazer 200 mil sinapses Funções do cérebro Córtex cerebral (área cinzenta) • Áreas sensoriais · Percepção • Áreas motoras · Movimentos músculos esqueléticos • Áreas de associação · Integração da informação e direção do movimento voluntário *Neurônios fazem sinapse na substância cinzenta *Substância cinzenta = recebe estímulos, associa com memória, sai neurônios motores, geram reações voluntárias ou involuntárias Funções do cerebelo • Coordenação do movimento (equilíbrio) - Tudo o que fazemos passa pelo cerebelo, recebe muitos estímulos de várias partes do cérebro *Córtex = querer fazer o movimento *Cerebelo = antes de realizar passa por ele para dar uma “ajustada” Funções do diencéfalo (área branca) *Passagem de neurônios mielinizados Tálamo • Centro de integração e retransmissão para as informações sensorial e motora *Pega o que sentimos e retransmite para as áreas de raciocínio (córtex frontal), comportamento (hipotálamo – sede, fome) e área da emoção. Glândula pineal • Secreção de melatonina • Define ciclos circadianos *Sensível ao tempo de luz, cérebro detecta que os dias são mais curtos, produz mais melatonina e avisa o cérebro do inverno (deprime) – verão ou inverno *Luz que inibe pineal: azul – indica que é dia, não produz melatonina *Um dos indutores do sono Hipotálamo • Homeostasia (funcionamento normal) • Impulsos comportamentais (vontade de saciar) *Recebe estímulos e define o comportamento (fome) Hipófise • Secreção hormonal *Controla outras glândulas (tireoide, fígado) • Tronco encefálico: região mais antiga - Mesencéfalo, ponte, bulbo, medula espinal • 12 pares de nervos cranianos sensoriais e motores cabeça e pescoço - Sensorial = leva sensações para o encéfalo - Motor = traz movimento - Misto = sensitivo e motor (fibras que vão até o encéfalo e fibras que trazem movimentos para essa área) Funções do tronco encefálico Mesencéfalo • Movimento dos olhos, equilíbrio do corpo - Mantém no centro da visão o foco - Não ficar olhando para uma mesma coisa ao mesmo tempo Ponte • Estação retransmissora entre cérebro e cerebelo • Coordena a respiração - respiração pode ser voluntária também Bulbo • Controle de funções involuntárias - Respirar, coração bater, pressão arterial, dilatação de pupila - Glândulas (autônomos – simpático e parassimpático) *Estado vegetativo = funções básicas não funcionando (funções bulbares) Formação reticular • Alerta, sono, modulação da dor, tônus muscular Cerebelo e Diencéfalo Cerebelo: maior parte das células do encéfalo, processa informações sensoriais e coordena movimentos *Coreógrafo do corpo – ajuste do movimento Diencéfalo: - está entre o tronco encefálico e o cérebro - composto de duas porções principais tálamo e hipotálamo - duas glândulas: hipófise e pineal Funções do hipotálamo • Ativar sistema nervoso simpático • Manter temperatura corporal • Controlar osmolaridade corporal • Controlar funções reprodutivas • Controlar a ingestão alimentar • Interagir com o sistema límbico, influenciando os comportamentos e as emoções - exteriorização da interpretação baseada no que eu senti (memória) Sistema límbico recebe informações sensitivas, vindas do hipotálamo, tálamo • Influenciar o centro de controle cardiovascular no bulbo • Secretar hormônios tróficos que controlam a liberação de hormônios da glândula adeno-hipófise Cérebro • Composto por dois hemisférios ligados por um corpo caloso (formada por axônios que ligam os dois lados) • Hemisférios são divididos em: frontal, parietal, temporal e occipital • Presença de sulcos (ranhuras) e giros (circunvoluções) *Substância cinzenta: células, corpos celulares (geradores de impulsos) *Substância branca: axônios (passagens de fios condutores) Cérebro: substância cinzenta • Dividida em: córtex cerebral, núcleos da base e sistema límbico Córtex • Camada externa, neurônios na vertical e na horizontal responsável pelas “funções encefálicas superiores” - Memória correlacionada com outras memórias (memória voluntária) - Atividades motoras voluntárias Núcleos da base • Grupo de corpos de neurônios fora do SNC, envolvidos no controle dos movimentos Sistema límbico • Região primitiva, ligação entre funções cognitivas superiores (córtex) e emoções primitivas (áreas: amígdalas e giro do cíngulo e hipocampo) Cérebro: substância branca • Presente no interior • Feixes de fibras permitem que as regiões do córtex se comuniquem (principalmente pelo corpo caloso) • As informações e circulam pelo cérebro são conduzidas pelo tálamo - retransmissão (exceção às sensações olfatórias que vão diretamente ao cérebro) Ventrículos = espaços com LCR Sistema límbico • Giro do cíngulo - Emoção (recebe estímulos que várias áreas do córtex – contato com várias) • Hipocampo - Aprendizagem e memória de curto prazo (hipocampo guarda tudo que aconteceu hoje) • Amígdalas - Emoção e memória (“genética”) - Ver algo e trazer um bem estar (pessoas parecidas fisicamente) *Memória da evolução = felinos se sentem bem sozinhos (amígdalas), o cão de guarda tem memória de território (morder e avançar) * Filhotes cães: amígdala sabe que rosnar é algo ruim * Memória que explica certos comportamentos Função encefálica • Larry Swanson sugere 3 sistemas Sistema sensorial: monitora meios internos e externos (sensações que chegam) Sistema cognitivo (ex. cardiovascular): córtex cerebral é capaz de iniciar respostas voluntárias - Pode controlar (correr) Sistema comportamental: encéfalo é influenciado pelos ciclos sono-vigília e outros comportamentos intrínseco *As respostas motoras geram informações sensitivas que retroalimentam o sistema cognitivo e comportamental - Tudo o que fazemos, sabemos o que estamos fazendo e isso gera memória Sentir algo vai para a área de comportamento (sistema límbico - substância branca) também vai para o córtex (substância cinzenta) tudo o que sente (subst. branca e cinzenta), baseado nessa comunicação entre eles reage de uma certa maneira músculo que vai ser contraído, glândula ativada é percebida pelo sistema sensorial vai sentir Exemplo: Alguém disse algo que não gostei, usei a memória e se tornou raiva (reação ao que senti – emoção), a pupila dilata, suor, rosto quente e vermelho, coração bate mais rápido, mas ao mesmo tempo raciocino. Atitude tomada = fingir que não liga relaxar músculo, parar de suar, abrir sorriso, demonstrar tranquilidade – sobrepôs a emoção Função córtex cerebral Área sensorial: recebem estímulos sensoriais e respostas (sentir) Área motora: determinam a ativação do músculo esquelético (resposta) Área de associação: integram informações sensoriais e motoras – direcionam comportamentos voluntários (integração) Lobo parietal • Córtex somatossensorial = chegam neurônios sensitivos (tudo que sentimos – músculo e pele) • Área de associação sensorial = armazena sensações (o que pode ser feito por esse neurônio) Lobo frontal • Área de associação motora = armazena (músculos que tenho que usar para fazer algo) • Córtex motor primário = saem neurônios motores Músculos esqueléticos (somático) Lobo temporal • Córtex auditivo = do tálamo vem o que escutamos • Área de associação auditiva = armazena Lobo occipital • Córtex visual • Áreas de associação visual *Córtex gustatório e córtex olfatório = vão para as áreas de associação do paladar - Gosto e cheiro se juntam *Associação dividida em 3 grandes momentos 1- Raciocínio 2- Comportamento (reação expontânea) 3- Emoção gerada → Área mais importante na tomada de decisões do córtex = Córtex frontal (raciocínio, cognitiva) → Responsável pelo comportamento = hipotálamo, hipófise, tálamo, pineal (áreas do diencéfalo) → Responsávelpela emoção = sistema límbico *Sensação chega no tálamo (retransmissão) e é distribuída por uma rede de neurônios *Raciocínio, comportamento e emoção – em algum momento um consegue inibir o outro (vontade de ir no banheiro) • A informação sensorial só inicia após alcançar a área cortical correta - Só sente a sensação quando chega na área certa • Estímulos são integrados transformando-se em percepção - Senti algo, diferenciei se é bom ou ruim • Característica: nosso cérebro completa a informação que falta tornando a informação completa Sistema comportamental • É um importante sistema modulador dos processos cognitivos e sensoriais • São: formação reticular (tronco cerebral), hipotálamo e sistema límbico • Formação reticular: manter alerta encefálico - Mecanismo que raciocínio, comportamento e emoção “conversem” • São 4 sistemas: Noradrenérgico • Grupo de neurônios que libera noradrenalina Funções: atenção, alerta, ciclos sono-vigília, aprendizado, memória, ansiedade, dor e humor - Integra raciocínio, comportamento e emoção Colinérgico • Grupo de neurônios que libera acetilcolina Funções: ciclos sono-vigília, alerta, aprendizagem, memória, informação sensorial que passa através do tálamo - Integra raciocínio, comportamento e emoção Dopaminérgico • Grupo de neurônios que libera dopamina Funções: Controle motor, centros de “recompensa” associados a comportamentos de adição - Fiz algo e me sinto recompensado - Ligado ao humor momentâneo (comer algo com vontade) Serotoninérgico • Grupo de neurônios que libera serotonina Funções: Núcleos inferiores: dor, locomoção Núcleos superiores: ciclos sono-vigília, comportamentos emocionais e humor, comportamento agressivo e depressão - “Rede” que liga partes do cérebro - Rede de neurônios que cuida da “felicidade” - Satisfação *Lesão no córtex frontal (todos passam por ele), responsável pela cognição = perde raciocínio, guiado pela emoção ou comportamento (modo sobrevivência) SONO • Estado metabolicamente ativo • Descansar musculatura e organizar atividade cerebral • Funções: conservar energia, fugir de predadores (algumas espécies fingem de morta – dormem de forma não racional), processar memórias, limpeza de resíduos, líquido cerebrospinal entre outras • 4 estágios: - Estágio 1 - Sono REM (inibe neurônio motores) - Estágio 2 - Estágio 3 - Estágio 4 – sono de ondas lentas Duas principais fases: Sono de ondas lentas (não REM) - ondas delta (alta amplitude e baixa frequência) no encefalograma - organização de memórias - maior atividade motora, menor atividade cerebral Sono REM - EEC semelhante a uma pessoa acordada - espontânea - sonhos e é o sono mais fácil de acordar - Respiração mais profunda e redução da temperatura - Atividade cerebral assíncrona, várias áreas trabalhando de maneira independente (intensa atividade como se tivesse acordado) - Não tem atividade motora (exceção olhos e respiração) Em um ciclo de 8 horas: - 1° hora: entra em sono profundo (estágio 4) - Ciclo entre sono profundo (estágio 4), estágio 3, estágio 2 e sono REM (estágio 1) - Período final: fica em estágio 1 (REM) e 2 até despertar Indução de sono • Existem vários fatores indutores do sono • Quanto mais cansado, mais sono não REM • 1913 – líquido cerebrospinal de cães privados de sono induziu sono em cães normais • Depois disso vários fatores foram identificados • Metilxantinas: cafeína (café), teobromina (chocolate) e teofilina (chá) – antagonizam receptores da adenosina *ATP – trifosfato de adenosina, quando tira os fosfatos (utilizando energia) sobra adenosina. Adenosina se acumula no liquido extracelular durante as horas de vigília (acordado), diminuindo atividades de neurônios responsáveis pela vigília Adenosina = inibidor de neurônios (cada vez mais cansado) • Sono não é apenas descanso, é um processo ativo, necessário - Reparação de tecidos - Memória - Músculo, energia - Melhoramento do sistema imune • Quando se está doente, fatores indutores do sono aumentam, porque o sono quando está doente é uma forma de melhorar recuperação ( GH, melhora sistema imune – para combater infecções) Transtornos do sono Insônia: dificuldade adormecer ou de permanecer dormindo *Higiene do sono Apnéia do sono: acorda quando respiração é Interrompida *Aparelho relaxa a musculatura da mandíbula Sonambulismo: distúrbios do comportamento do sono que ocorre no sono profundo (estágio 4) – não REM, sonhos ocorrem no sono REM *Olhos abertos, desvia de objetos, executa tarefas *Mais comum em crianças e possui componente genético Ritmos Circadianos • Ciclos biológicos que seguem ciclos de claro- escuro de 24 horas • Rede de neurônios do Núcleo Supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo. *NSQ regula baseado em uma série de informações *Pouco peso, muito peso, muito músculo esquelético = ciclos circadianos específicos • Atividade do NSQ é regulada pelos ciclos de luz percebida pelos olhos - Justifica pálpebra ser transparente • Melatonina (pineal) é liberada a noite e ajuda a definir o ciclo - Ciclos de claro e escuro - Inverno: mais desanimado • Genes sintetizam proteínas, proteínas acumulam e inibem genes, proteínas são degradadas, genes sintetizam proteínas. *Ciclo circadiano tem pico de cortisol em determinado horário, joga glicose no sangue (atenção, energia) *Experimento que a que não engordou comendo sempre no mesmo horário EMOÇÕES • Difícil de controlar • Expressão da percepção do cérebro à uma sensação • Apresentam uma sobreposição aos sistemas comportamentais e cognitivos • Envolvem encéfalo, hipotálamo, sistema límbico e córtex cerebral • Principal: amígdalas (centro do instinto básico – memória genética) - Quando estimuladas – medo e ansiedade - Quando destruído – mansos e hipersexuados *Estímulo sensorial (senti algo) córtex cerebral integração das áreas de associação (memória) sistema límbico que gera emoção emoção que senti vai ser informada para o córtex a partir da interação entre razão e emoção, vai para o hipotálamo e tronco encefálico iniciam as respostas Motivação x Prazer Motivação: sinais internos que determinam comportamentos voluntários (vontade) *Comer fandangos = porque estou com pressão baixa *Comer um doce = porque estou com hiperglicemia • Pode ser acompanhado ou não de resposta autonômicas ou endócrina (ex. comida salgada) • Saciedade é quando o comportamento de motivação cessa quando atinge satisfação (prazer - dopamina) *Sede = bebi água • Comportamento de adição ação (drogas) que gera prazer (dopamina) mais uma “necessidade” dessa sensação - Busca do prazer pelo prazer Humor • Sentimento de bem-estar duradouro *Felicidade são picos (não duradouro) • Depressão é um distúrbio de humor - Falta de dopamina - Nada te faz feliz *Bipolaridade é excesso • Tratamento dos distúrbios ajudam a definir os responsáveis pelo humor *Tentativa e erro (antidepressivos) Aprendizado • Pode ser internalizado e não alterar comportamento • Aprendizado associativo: dois estímulos são relacionados um ao outro - Petisco para o animal sentar • Aprendizado não associativo: Habituação: diminui a resposta quando o estímulo ocorre muitas vezes - Senti prazer em tomar café de manhã (primeira vez me gerou, não gera tanto mais, mas virou hábito) - Prazer, se habitua a ele Sensibilização: estímulo nocivo causa aumento da resposta a uma exposição subsequente - Quanto mais você faz, mais te incomoda (pessoa chata) - Não gera prazer, não se habitua a ele MEMÓRIA De curta duração: armazenamento limitado - Preciso dizer algo para alguém (depois some) De trabalho: memória curta que será utilizada para uma tarefa (pré-frontal) - Senha SGA (tarefa, se não usar esquece, não é fundamental) De longa duração: “consolidação” da memória de curta duração, podem demonstrar a plasticidade do cérebro - Armazenada no córtex cerebral, nas áreas de associação, utilizar cada vez mais neurônios, fazem plasticidade para ficar mais consolidada *Estudar para prova: pode ser curta duração ou de trabalho MEMÓRIA de longo prazo • Reflexiva (amígdala e cerebelo): relacionada com a memória usada paraação do dia-dia, memória de procedimento - Dirigir carro - Automático • Declarativa (lobos temporais): memória sobre movimentos e sensações do nosso corpo, ações que precisam de atenção para serem realizadas - Focar no detalhe Fisiologia Sensorial Introdução • Câmara de privação sensorial – privação das sensações externas - Estrutura que busca combater estresse • Percepção: consciente e inconsciente • Consciente: sentidos especiais (visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio) e sentidos somáticos (tato, temperatura, dor, prurido...) - Cheiro bom, cheiro ruim • Inconscientes: comprimento muscular, pressão arterial e pH do sangue e estômago - Roupa encostando no corpo • Conscientes e Inconscientes: propriocepção - Posição do nosso corpo no espaço (consciente mas pode se tornar inconsciente) Sistema Sensorial • Energia física que atua em receptor sensorial Transdução • Órgãos dos sentidos transformam energia física em potencial de ação quando atinge o potencial limiar (abertura de canais de sódio para conduzir estímulo até o SNC) *Luz, substâncias químicas, ar comprimido, calor, pressão • Sistemas sensoriais Simples: neurônios onde dendritos são os receptores (dor e prurido) – 1 receptor Complexos: órgão sensorial multicelular Orelha (16 mil receptores) e olho (126 milhões receptores) Receptores • Receptores simples: terminação nervosa e não encapsulada - Tato • Receptores complexos: terminação envolta por cápsula de tecido conectivo • Receptores mais especializados: audição, visão - Possuem célula receptora • Receptores são divididos por tipo de estímulo: quimiorreceptor, mecanorreceptor, termorreceptor e fotorreceptor → Célula receptora especializada: quando ouvimos, o cílios vão para o lado, abrindo canais de sódio Escutei ondas sonoras usam estruturas celulares cílios se movem liberam neurotransmissores sódio para o neurônio conduz impulso Equilíbrio líquido dentro do vestíbulo inclino a cabeça cílios vão para o lado (sei que a cabeça está para o lado) Transdução e potenciais graduados • Energia: mecânica, química, térmica ou luminosa • Receptores são sensíveis preferencialmente a um tipo de energia suficiente para atingir o potencial limiar • O potencial de ação: abre ou fecha canais iônicos (canais de Na+ e K+) • Em outros receptores, o potencial influencia a secreção de NT que irá alterar o neurônio sensorial Potenciais graduados podem converter Campo receptivo: área física sensível ao estímulo Neurônio sensorial primário: está ligado ao campo receptivo Neurônio sensorial secundário: está no SNC e se liga ao primário *Lugares com maior sensibilidade = pouca convergência *Boca, visão, tato = baixa convergência (sensível) *Peito, coração e braço esquerdo = infarto (não sei diferenciar, alta convergência) SNC e as sensações • As sensações são integradas no encéfalo ou medula espinal • Sensações que são integradas no tronco ou medula geralmente não são conscientes • Encéfalo: 1. Cada receptor é sensível a um tipo de estímulo - Receptor de temperatura é temperatura, de tato é tato 2. O estímulo leva ao limiar e gera potenciais de ação - Estimula um tecido, atinge potencial limiar, conduz impulso pro neurônio 3. Intensidade e duração dependem do padrão (número e tempo) dos potenciais de ação que chegam ao SNC - Temperatura: mandou 1 estímulo (fria) 10 estímulos (morna), 100 (quente) *Perda de neurônios = menos estímulos 4. Localização e modalidade dependem de quais receptores são estimulados 5. Cada via sensorial se projeta para uma região específica do córtex assim o cérebro pode determinar a origem de cada sinal Sentidos Somáticos • Tato, propriocepção, temperatura, nocicepção (lesão, dor) • Motor somático: Pele e músculos esqueléticos • Sensorial somático: sensação pele e músculos • Ativação de receptores gera potencial de ação em neurônios primários • Na medula, neurônios primários se ligam aos neurônios secundários (interneurônios) • Neurônios secundários cruzam na medula ou bulbo • No tálamo, neurônio secundário se liga aos terciários (projetam-se ao córtex somatossensorial e cerebelo) • Tálamo faz retransmissão para várias áreas do cérebro • Córtex somatossensorial: região do corpo ligada à área do córtex TATO • Receptores mais comuns • Encontrados na pele, subcutâneo e regiões mais profundas • Alguns são terminações nervosas livres outros são encapsulados • Receptores deMerkel: pressão sustentada e textura - Segurar algo e sentir que está escorregando • O corpúsculo deMeissner: movimentos de vibração (baixa frequência) e toque leve - Mais superficial • O corpúsculo de Ru�ni: estiramento da pele - Pele estica pouco não sente, muito sente devido às terminações nervosas - Mais profundo • O corpúsculo de Pacini: vibração mais rigorosa - Mais profundo Receptores de temperatura • Sensíveis principalmente a temperaturas menores que a do corpo (acima de 45° ativa a dor) • Terminações livres, campo receptivo 1mm diâmetro e dispersos pelo corpo • 20 a 40° - adaptação lenta • Fora da faixa 20-40° - não adapta Nociceptores (estímulos nocivos) • Estímulos na pele, articulações, músculos, ossos e alguns órgãos • Dor inflamatória: nociceptores ativados por células (K+, histamina, prostaglandinas), plaquetas (serotonina) e neurônios primários DOR REFERIDA • Dor nos órgãos internos é sentida na superfície do corpo • Nociceptores de diversas localizações convergem para um único trato ascendente na medula, sinais de dor da pele são mais comuns que dor dos órgãos, encéfalo associa Olfação • Via olfatória não passa pelo Tálamo - Demora mais para gerar emoção • Ligação com gustação, memoria e emoção (amígdalas e hipocampo) • Paladar (cheiro, gosto e propriocepção – textura) • Neurônios olfatórios são substituídos a cada 2 meses • Em humanos acredita-se que não exista órgão vomeronasal (sensível a feromônios) porém experimentos mostram que podemos sofrer esse tipo de comunicação • Moléculas odoríferas devem se dissolver no muco (gland. Bowman) para chegar nas proteínas receptoras - Muco renovado tempo todo *Muco precisa existir para dissolver a substância inalada para que possa sentir um novo cheiro *Neurônio primário, sinapse, neurônio secundário, córtex olfatório – memória dos cheiros são armazenadas e percepção (bom, ruim, prazer) Como é feita a transdução? • Neurônios primários são sensíveis a substâncias químicas que se dissolvem no muco Como é a via olfatória? • Neurônio primário conduz para neurônios secundários, as sinapses são feitas no bulbo olfatório e neurônios secundários vão até o córtex olfatório Gustação • Gosto: mensuração de quanto de H+, Na+ tem no que comemos • Paladar é o conjunto de gosto, cheiro e propriocepção • Gustação é a combinação de 5 qualidades (células diferentes sensíveis à diferentes substâncias): - Azedo (ácido): presença de H+ - Salgado: presença de Na+ - Doce: presença de glicose - Umami: sabor básico, aumenta gosto do alimento - Amargo: possível componente tóxico • Botões Gustatórios estão agrupados na superfície da língua, composto por 50-150 células receptoras gustatórias (CRG) • Gustante deve se dissolver na saliva para interagir com as proteínas dos CRG • CRG ativam neurônios primários que ligam no bulbo • Do bulbo vai para o Tálamo, depois córtex gustatório Como é feita a transdução? • Substância química (ligante doce, amargo ou umami) se liga a células receptoras, ocorrendo transdução desse sinal no interior da célula, vias intracelulares, abrindo canal de cálcio, cálcio entra e libera ATP, que estimula os neurônios gustatórios primários • Na célula ácida (azedo), não tem ligação com receptor, o próprio H+ entra, abre canal de cálcio, cálcio move vesículas e libera neurotransmissor que vai estimular neurônios gustatórios primários Como é a via gustatória? • Botões gustatórios na superfície da língua com células receptoras gustatórias. Gustante deve se dissolver na saliva para interagir com as proteínas dos CRG. CRG ativam neurônio primário, que conduz para neurônios secundários no bulbo, vai para o Tálamo ese liga a neurônios terciários, indo até o córtex gustatório Audição • Orelha (externa, média e interna) • Aparelho vestibular (equilíbrio), restante (audição) • Externa: orelha e meato acústico externo • Média: tuba auditiva – colapsada isolando faringe, possui 3 ossos (martelo, bigorna e estribo) que conduzem o som para orelha interna • Interna: aparelho vestibular (com canais semicirculares) e cóclea (receptores da audição) Transdução do som • Transformar o som em potencial de ação • Som = ar comprimido que gera onda que move nossos tímpanos Como é feita a transdução? • Som vibra membrana timpânica (primeira transdução) *Vibração é transferida para martelo, bigorna e estribo (amplificação da vibração) • Estribo vibra membrana da janela oval gerando ondas (vibração) nos canais com líquido da cóclea (segunda transdução) • O movimento do ducto coclear abre canais das células ciliadas – sinal elétrico (terceira transdução) • Sinais elétricos alteram neurotransmissores (quarta transdução) • Ligação dos neurotransmissores aos neurônios sensoriais auditivos (quinta transdução) que transmite para ramo coclear de nervo vestibulococlear (n. craniano VIII) até o encéfalo Membrana tectória = som bate nela, vibração, ondas do líquido abaixa os cílios e a gente escuta *Cílios = se movem, entrou sódio, liberam vesículas, despolarizam e vão atuar no neurônio, gerando potencial de ação Como é a via auditiva? • Neurônios sensoriais auditivos do ramo coclear direito e esquerdo do nervo vestibulococlear chegam no bulbo, fazem sinapse, se cruzam para o tálamo direito e esquerdo, mas mantém de modo que a informação de cada orelha vá para ambos os lados do cérebro Orelha - equilíbrio • Células pilosas (cílios chamados de cinocílio) que revestem o aparelho vestibular (labirinto) cheio de líquido (receptores não neurais similares) • Cílios se curvam para um lado despolariza • Curvam para o outro lado hiperpolariza • São similares às células da cóclea porém sensíveis a gravidade e aceleração • Existe líquido viscoso dentro dos canais semicirculares, toda vez que movimenta endolinfa (virar cabeça, líquido fica parado), os cílios voltam ao normal devagar • Crista detecta movimentos de cabeça, cílios se movimentam, mas voltam ao normal (movimentos de não, sim, inclinação lateral) • Mácula detecta a posição da cabeça, possui otólitos que mantém os cílios inclinados (movimentos para frente ou para trás) Vias do equilíbrio • Ramo vestibular do nervo vestibulococlear vai para núcleo vestibular do bulbo, cerebelo, formação reticular, tálamo e córtex cerebral *Cerebelo = coreógrafo do corpo (torna os movimentos possíveis baseado no equilíbrio) Visão - Olhos • Olho: órgão sensitivo • Visão: tradução em imagem mental • Aumenta e diminui a entrada de luz (pupila) • Luz entra no olho (cristalino e córnea) • Fotorreceptor (retina) • Olho é uma esfera ESTRUTURAS • Cristalino: lente • Zônulas ciliares: ligamento da lente • Câmara anterior: preenchida por humor aquoso • Câmara vítrea (atrás da lente): maior câmara • Esclera: tecido conectivo • Na retina: disco óptico formam o nervo óptico (Nervo craniano II) • Córnea: transparente feita de células vivas - Irrigada pelo sangue venoso da esclera que por difusão leva oxigênio e glicose para essa célula • Luz passa, entra na pupila, chega na lente, que quando o músculo está relaxado, fica com uma forma mais plana (maior), já contraído lente mais arredondada (menor) • Fóvea central = sensíveis às cores (amarelo, verde e vermelho) - Enxerga melhor (mais cones e bastonetes) Entrada da LUZ • A luz sofre desvios pela pupila e cristalino • Reflexos pupilares: luz chega à retina – nervo óptico – tálamo – mesencéfalo – neurônios motores parassimpáticos que contraem ambos os olhos • Luz forte (parassimpático) – pupila contrai • Luz fraca (simpáticos) – pupila dilata • Profundidade de campo é criada pela constrição da pupila e pelo efeito do cristalino *Luz forte agride a retina (cones e bastonetes) Vias da visão • A luz entra no olho, nervo óptico, quiasma óptico, trato óptico, tálamo e córtex visual • Cada olho é tratado como se fosse único. - No lado direito de cada olho, os neurônios se projetam do lado direito do cérebro, no lado esquerdo do olho, os neurônios se projetam do lado esquerdo do olho *Perdeu um olho = estimula os dois hemisférios • A luz chega, estimula células fotossensíveis, centro da visão possui mais cones (cor), onde é mais precisa e detalhada, bastonetes detectam claro-escuro • Epitélio é pigmentado para que dentro do olho fique escuro. Se fosse branco a luz entraria, bateria no epitélio e refletiria. • Células sensíveis transmitem impulsos para células bipolares, bipolares para células ganglionares • Área mais sensível à luz = células estão afastadas (foco) • Cones e bastonetes são sensíveis à luz porque tem uma proteína. - Luz bate, muda essa proteína e essa mudança é reversível quando a luz desaparece. - Quando não acontece = cálcio e sódio entram, potencial de ação - Acontece = para de entrar cálcio e sódio