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Prévia do material em texto

Disfunções da
Coluna Vertebral
Prof. Ana Paula Sousa
G U I A P R Á T I C O
Olá!
 Obrigada por ter baixado este Ebook. Para você deve ser muito
importante aprender mais sobre Coluna, Movimento e suas
aplicabilidades clínicas e é por isso que você está aqui.
 É muito notável perceber o quanto a pandemia impactou a saúde
da população, principalmente afetando um estilo de vida ao modo
home office. A pesquisa no Google pelo termo “dor nas costas” teve
crescimento de 76% desde o início da pandemia no Brasil, de acordo
com o Google Trends, serviço de análise de tendências do buscador.
 Juntamente com esse aumento também surgem as dúvidas de
quem trabalha com o público que precisa dos serviços de saúde da
coluna. Afinal, são inúmeros casos diferentes que surgem todos os
dias, e que abrangem desde os desvios posturais, as alterações e
disfunções até a repercussão dessas disfunções em dor e em
patologias da coluna.
Tem uma demanda alta de clientes chegando e você precisa estar
preparada (o).
 Eu mesma já tive muita dificuldade quando o assunto era tratar a
coluna com o movimento. Em 2012 quando me formei fui inserida no
mercado de trabalho com o conhecimento básico da faculdade.
Fomos treinados para tratar com inúmeros recursos eletrotermofoto
e cinesioterapêuticos, e dividir os nossos atendimentos entre as
aplicações desses recursos era bem mais fáceis que pensar em um
programa inteiro de exercícios.
 Naquela época eu já recebia altas demandas de coluna, mas não
entendia com clareza o que fazer com esses pacientes.
 Quando eu conheci o Pilates, no mesmo ano, eu vi no método
uma oportunidade de oferecer mais uma ferramenta de
reabilitação para esses clientes, até então um pouco desconhecida
e nova para mim. No entanto, eu atuava com o Pilates, mas meus
clientes demoravam para ter resultados, minha aula não era
sistematizada e eu focava muito em exercícios para as patologias,
como também focava muito em alongamento e fortalecimento de
tronco. O resultado disso é que a rotatividade de clientes era
grande e minha renda continuava baixa e apertada.
 Eu vi isso mudando quando me tornei especialista em coluna
vertebral e suas disfunções, em 2015. Eu conheci e imergi no
universo da coluna de uma forma diferente de avaliar e tratar esses
alunos que vinham com problemas de coluna.
 O segredo está na avaliação. 
 A minha avaliação passou a obedecer o raciocínio focado nas
cascatas disfuncionais e não mais nas patologias, como é feito na
forma tradicional, e uma nova visão integrativa passou a ser
desenvolvida.
 Fui percebendo que os alunos estavam motivados porque viam
resultados rápidos em um ou 2 meses, onde já era possível ver
melhora postural e melhora de dores. Eles passaram a me ver
como referência em coluna na região e passaram e me indicar
para amigos conhecidos e uma dessas indicações me renderam
novas oportunidades de emprego em Studios maiores que
cobravam mais e isso possibilitou aumentar a renda sem prejuízo
de tempo e horas trabalhadas.
 Em 2018 chegava a hora de montar meu próprio negócio e abrir
meu próprio Studio, e antes que eu inaugurasse eu já havia
conseguido clientes suficientes para manter os primeiros meses.
 Nesse mesmo ano eu resolvi ensinar minha metodologia para
outros profissionais em cursos presenciais e em 2019 lancei meu
próprio curso: Pilates nas Disfunções Posturais e ali nasceu minha
empresa digital em Capacitação profissional: a FisioCursos.
 Ao iniciar meu curso de Mestrado em Ciências da Reabilitação,
em 2021, aprimorei muitos conceitos de reabilitação em coluna,
movimento e disfunções e transformei o curso que antes era Pilates
nas Disfunções Posturais no MPI – Método Postural Integrativo pois
eu via que já não era uma questão de técnica mas sim de
raciocínio integrativo que leva em consideração pontos de
raciocínio estratégicos e pilares que vão além do que vemos no
indivíduo.
 Eu te contei toda essa história para te convidar a fazer essa
imersão em coluna junto comigo, sob o ponto de vista do
movimento, sua principal ferramenta de trabalho, do seu ambiente
de trabalho que é o Studio de Pilates e olhando para a sua
demanda de clientes que são os alunos que te procuram com
várias disfunções. 
 Você precisa saber como direcionar sua avaliação e
planejamento dos exercícios que vai entregar para eles.
 Ao longo de 10 anos vivenciando e aplicando modelos de aulas
que sempre caiam na visão reducionista das patologias e não na
necessidade intrínsecas da coluna, desmistifiquei muitas coisas
que eu havia aprendido lá atrás e que me fizeram errar. É hora de
evoluir esse raciocínio e ter um olhar integrativo.
 Sabemos que são inúmeros os objetivos que temos para Pilates
nas disfunções posturais, mas hoje vamos sair um pouco dos
objetivos mais amplos como melhorar postura, melhorar
flexibilidade, proporcionar ganho de amplitude de movimento,
melhorar mobilidade e ganho de consciência corporal e vamos
falar mais sobre como trabalhar com as disfunções propriamente
ditas?
 Vamos nos aprofundar em objetivos mais pertinentes que
atuam na melhora de fato das Disfunções da Coluna. Assim você
vai conseguir ser mais objetivo ainda e conseguir alcançar
resultados muito mais rápido quando o assunto for Movimento nas
Disfunções Posturais.
 Vivemos um modelo de atuação onde buscamos
incansavelmente por exercícios e mais exercícios para as
patologias propriamente ditas. Quantas vezes você se viu com a
necessidade de pesquisar por exercícios para “hérnia de disco”,
exercícios para “espondilose”, e por aí vai.
Eu chamo esse modelo de atuar nas consequências e não nas
causas.
 Lembre-se: uma patologia é uma consequência gritante que
saiu do patamar de uma disfunção e se transformou de fato em
uma lesão e essa visão reducionista nos tira a visão do que tá
acontecendo com todo o corpo do nosso paciente, atrapalhando os
nossos resultados.
 A falta de evolução, ou simplesmente as recidivas de dores na
coluna não é normal e nós como profissionais do movimento
precisamos refinar cada vez mais o nosso olhar sobre as
disfunções e saber lidar com elas de uma forma muito mais clara e
objetiva. Separei aqui alguns pontos muito importantes para você
desvendar as disfunções passo a passo e não se perder nos seus
planejamentos.
Como surgem as alterações posturais;
Como abordar as disfunções em vez dos desvios
posturais;
Como tratar patologias da coluna com ênfase nas
disfunções;
Como montar um programa de exercícios para os
padrões disfuncionais mais comuns;
Como integrar estímulos estruturais, funcionais e neurais;
Como acelerar seus resultados.
O que você vai aprender neste GUIA
Disfunções como
bastidores
cervicalgia
dorsalgia
hérnia de disco
lombalgia
hipercifose
hiperlordose
retificação
Estenoses
 Primeiramente é importante dizer que as disfunções Posturais
não são a mesma coisa de Desvios Posturais.
Disfunções vão muito além do acentuação ou diminuição de
curvas da coluna vertebral. Elas envolvem muitos outros
aspectos, que são estruturais e funcionais.
 Para você ter uma ideia posso dizer que duas pessoas podem
ter os mesmos desvios posturais, mas Disfunções distintas. E
consequentemente Tratamento distintos. Trabalho com casos
assim diariamente, principalmente com as Hiperlordoses e
Hipercifoses, onde podemos ter dois indivíduos com os mesmos
padrões de curvas, mas a abordagem com eles não é nada
igual.
Então qual é diferença entre Desvio e Disfunção?
Quando falo em desvios estou me referindo ao aumento ou
diminuição das curvas fisiológicas da coluna, e esses podem
ser nomeadas de acordo com a curva em questão que
compõem o plano sagital, frontal e transversal.
Os principais desvios posturais que conhecemos são as
hiperlordoses, hipercifoses, e as retificações.
Já uma disfunção postural nem sempre quer dizer que exista
uma alteração na curva da coluna.
As curvas podem estar normais ao exame postural ou até
mesmo no exame de imagem, e mesmo assim o indivíduo pode
estarsofrendo de disfunções.
Uma disfunção indica que há alteração da atividade fisiológica
do organismo, e esta pode ser de tecidos moles, de estruturas
mais rígidas (ossos) e estruturas de junção (articulares).
Chamamos de disfunções biomecânicas aquelas que alteram a
forma como o organismo se relaciona com o tempo e espaço.
Para entender melhor vou listar pra você que tipos de
Disfunções Biomecânicas são mais comuns:
Compressões
Trações
Torções
Bloqueios
Rigidez (hipomobilidade)
Estiramentos
Espasmos
Encurtamentos
Desidratação tissular (discopatias, fascial)
Atrofias
Fraqueza muscular
Hipermobilidade (estruturais ou dinâmicas-
compensatórias)
Rotações das vértebras
Cisalhamento
Como buscar pelas disfunções
Avaliação Estática
Avaliação Dinâmica Integrativa
Avaliação do Ritmo Lombopélvico
Quando aplicamos o movimento nas disfunções posturais
estamos acostumados a trabalhar com o que vemos e buscar
a correção para aquela alteração. Por exemplo, se temos uma
hipercifose nossa intenção é prescrever exercícios que
melhorem essa disfunção e a torne mais fisiológica possível, ou
seja, dentro do padrão que conhecemos.
Porém, o que realmente acontece na coluna que ocasiona uma
disfunção vai mais além do vemos, e muitas vezes aquele
achado pode ser apenas uma consequência de uma série de
acontecimentos internos.
As compensações decorrentes das
alterações do CG são exemplos disso..
Nosso corpo quando em posição
ortostática funciona como um polígono
de sustentação, e alterações que
partem do seu centro de equilíbrio
repercutem em cada sistema e tecidos,
na tentativa de manter o corpo o mais
ortostático e funcional possível.
 
A hipercifose por exemplo pode ser o
reflexo e consequência da existência de
outras alterações prévias como uma
hiperlordose, ou algum bloqueio na
coluna vertebral, alterações do tecido
miofascial, e até mesmo patologias
psicossomáticas.
Por isso é importante analisar todo o contexto e buscar por fatores que estejam
relacionados à causas ou à disfunções biomecânicas mais profundas da coluna,
que na sua maioria podem estar relacionadas à perturbações do sistema
estabilizador e com isso ajustes específicos devem ser realizados na sua conduta
para sanar essas alterações.
Uma das estratégias que utilizo em meus atendimentos é reposicionar esse
centro, com comandos específicos, são os chamados exercícios de pelve neutra,
com o objetivo de apresentar uma nova posição da pelve e criar uma nova
referência para o reaprendizado motor.
Pontos de interesse na Avaliação
Estática
 Posição da cabeça
 Curvatura Torácica
 Curvatura Lombar
 Base dos pés
Aval. Estática:
1.
2.
3.
4.
O objetivo aqui é entender quais a
respostas compensatórias é
apresentada quando o corpo está
em ortostase, mas esse não deve
ser o ponto de partida para a
escolha dos exercícios, mas sim o
ponto de partida para a construção
do seu raciocício clínico.
É também um importante
parâmetro de reavaliação e dá
informações prévias de como o
corpo está se reorganizando em
torno do CG.
AVALIAÇÃO DINÂMICA
Mobilidade torácica
Mobilidade Lombar
Mobilidade de quadril
Centro de Gravidade (CG)
 Entender como esses segmentos acima interferem
biomecanicamente entre si
Pontos de interesse:
1.
2.
3.
4.
5.
Exemplo de duas colunas com compensações de mobilidade
totalmente distintas e que levam à raciocínios diferentes.
Ritmo Lombopélvico
• Trata-se da avaliação da projeção da pelve e suas articulações
durante a flexão do tronco, com a função de garantir o equilíbrio e
alinhamento com o centro de gravidade (CG);
• É possível avaliar também a mobilidade segmentar da coluna lombar e
torácica e relacioná-las quanto à hipermobilidade ou hipomobilidade;
• Esses achados servirão como base para a prescrição de exercícios
voltados para os pilares da estabilidade da coluna e equilíbrio postural;
• Disfunções primárias (apelidadas por mim assim para fins didáticos):
são as zonas de hipomobilidade, chamadas assim por conta da
prioridade em se trabalhar a mobilidade dessas regiões;
• Disfunções secundárias: são as que geralmente surgem em resposta à
hipomobilidade da anterior com mais mobilidade ainda, e pode ser
estruturais ou dinâmicas.
HIPERCIFOSE TORÁCICA RÍGIDA
Pouca mobilidade na extensão
torácica;
Pouca amplitude de movimento do
quadril
Facilmente confundida com
encurtamento de isquiostibiais;
Pode apresentar abertura de base
podal devido à alteração do CG;
 
Pouca mobilidade na flexão lombar;
Lombar plana e rígida;
Paravertebrais tensionados;
Aumento de adm do quadril para compensar a falta de
mobilidade lombar
Facilmente confundida com hiperflexibilidade e ausência
de encurtamento de isquiostibiais;
Pode apresentar abertura de base podal devido à
alteração do CG;
 
HIPERLORDOSE RÍGIDA
Hiperlordose rígida
Hipercifose rígida
Falsa flexibilidade de isquiostibiais
Falso encurtamento de Isquiostibiais
 
A base dos pés pode ser influenciada pela projeção do CG e pelos
pontos de mobilidade em disfunção das colunas torácica e lombar.
Nesses exemplos aqueles que apresentavam hipercifose
apresentaram também maior alteração de abertura de base podal,
enquanto na hiperlordose (rígida, figura 2) a tendência foi a
diminuição da base com retificação da coluna torácica.
Quando você relaciona isso na sua avaliação postural dinâmica, e
encontra os pontos que estão se compensando dinamicamente, em
de vez de atuar nas compensações, você busca pela raiz delas.
Exemplo: em vez de focar na correção dessas bases do pés
abdutas, o foco deve ser corrigir o CG e mobilizar a torácica em
rigidez.
Teste: Identifique os disfunções abaixo com base no que viu até aqui:
( ) Hipercifose rígida
( ) Hiperlordose rígida
( ) Hipercifose rígida
( ) Hiperlordose rígida
( ) Hipercifose rígida
( ) Hiperlordose rígida
Pontos importantes são necessários nesse processo: entender
como está posicionada a pelve do nosso cliente, se há
deslocamento do centro de gravidade anterior ou
posteriormente e, diante disso, passar exercícios que
estimulem o retorno do CG para a neutralidade.
A mobilidade é muito importante, pois quando se tratam se
disfunções mistas (e são a maioria dos casos), a coluna
geralmente apresenta uma região com desvio postural
acompanhada de hiper ou hipomobilidade e um segmento
compensatório em também em hiper ou hipomobilidade.
Mesmo sendo o Método Pilates uma abordagem integrativa,
ainda assim podemos cobrar mais exercícios que foquem
estabilidade de um segmento e que mobilizem mais o outro
segmento da coluna. Mas para isso, devemos identificar
corretamente qual das regiões da coluna precisam dessas
intervenções específicas.
Eu posso ter, por exemplo, uma hipercifose torácica em
hipomobilidade e uma hiperlodose lombar em
hipermobilidade em uma mesma pessoa.
Você concorda que prescrever exercícios de extensão para
corrigir o desvio pode até ajudar a melhorar, mas pode
automaticamente prejudicar o outro segmento que no caso
seria a hiperlodose? Como proceder?
PRESCRIÇÃO ESTRATÉGICA DE
EXERCÍCIOS
É aí que entra a prescrição estratégica. 
Em vez de olharmos para o produto final da disfunção, que no caso é
uma hipercifose, vamos percorrer o caminho que levou à instalação da
mesma, e aqui vou te dar um dado muito importante para você
considerar nas suas avaliações posturais: assim como o corpo tem um
ponto central de distribuição de forças que é o CG, também podemos ter
nesse mesmo ponto o início das disfunções posturais.
Portanto nesse caso, a hipercifose pode ser resultado da própria
alteração de CG, que levou a uma hiperlordose e consequentemente à
instalação de uma padrão compensatório hipercifótico em
hipomobilidade.
Dessa forma, é mais interessante eu pensar em exercícios de pilates nas
disfunções posturais que restaurem e normalizem esse CG, como por
exemplo, exercícios que estabilizem a pelve em posição neutra, em vez
de ir direto para exercícios que trabalham a redução da hipercifose,
onde eu estaria tecnicamente agindo na consequência e não na causa.
Veja que existeuma sucessão de disfunções, e que levam para um
plano comum de ação, que também vai evoluindo ao longo das
intervenções. Para isso, não é necessário apenas atenção aos detalhes,
de modo que nada passe despercebido e o melhor, que você saiba o
que fazer com cada achado.
Este foi apenas um exemplo, mas quero que você se atente para o fato
de que cada indivíduo é único e você pode encontrar inúmeras
combinações de desvios + disfunções diferentes, e para lidar com esse
tipo de diferença você só precisa treinar mais a sua habilidade em
identificá-las, treinando, palpando e percebendo como se comportam
durantes os movimentos enquanto você aplica o movimento nas
disfunções posturais.
PRESCRIÇÃO ESTRATÉGICA DE
EXERCÍCIOS
Pilares da Estabilização
SUBSISTEMA ATIVO
SUBSISTEMA PASSIVO
SUBSISTEMA NEURAL
A montagem do seu plano de exercícios vai levar em conta o sistema
estabilizador da coluna, que se divide em 3 segmentos, compreendem os 3
planos e abraçam as 3 necessidades biomecânicas da coluna: pilar estrutural,
pilar funcional e pilar neural. Todas funcionam como uma engrenagem. Se um
desses pilares falhar, todo o resto falhará também e se compensará.
ESTRUTURAL
FUNCIONAL
NEURAL
Ativação Muscular
Recrutamento de fibras
Fortalecimento gradual
Controle Motor
Instabilidade
Efeito antecipatório
Realocação de CG
Ritmo Lombopélvico
PILARES DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO
Mobilização: articular/fascial
Decoaptação
Reposicionamento
Alongamento
RESGATANDO A FUNÇÃO PERDIDA
Nos primeiros atendimentos de disfunções posturais, após você
ter identificado os pontos mais importantes de forma
sequenciada, é interessante você focar primeiramente em
exercícios básicos. 
E quando digo básico, são bem básicos mesmo. Desses de
deitar o aluno e pedir para trabalhar retroversão e anteversão
em busca da pelve neutra.
Outro exercício básico também seria o simples fato de o colocar
em uma base instável, que pode ser um disco proprioceptivo,
um bosu, um rolo de EVA, um disco de rotação, ou
simplesmente o apoio em um pé só (unipodal), de modo que
isso desperte a instabilidade e obrigue o sistema estabilizador a
agir acionado e tracionado as musculaturas da tríade da
estabilização.
Todos os exercícios iniciais devem apontar para esse objetivo:
resgatar a função fisiológica perdida, pois se estamos diante de
alterações posturais, é porque há um desequilíbrio corporal
intrínseco e extrínseco.
O corpo precisa apenas um breve período para entender qual é
a nova postura que apresentamos para ele. Dessa forma, a
evolução dos estímulos de resgate também são breves e não
precisam durar meses e meses.
Lembre-se: a evolução do movimento permite com que o corpo
explore cada vez mais suas capacidades adaptativas e instrua
os 3 sistemas a trabalharem de forma eficiente e equilibradas.
Construção
da prática
Pilares da prescrição
ÁRVORE DA PRESCRIÇÃO
MAPA PARA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS
BASES DE EXERCÍCIOS PARA AS DISFUNÇÕES
Obs: Abaixo encontram-se sugestões de como prescrever exercícios para os
tipos de disfunções mais frequentes em nossos estúdios e consultórios,,
independente da queixa que nos é trazida, nosso aluno geralmente vai se
encaixar nesses 3 padrões posturais disfuncionais. Todavia, essas
recomendações NÃO sobrepõem os achados da avaliação Física e Postural, e
está totalmente sujeita à adaptações e alterações necessárias.
Fonte: Reprodução própria
 
Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 
 
 
 
 
Exercícios para os pilares 
fundamentais 
 
 
 
 
PILAR ESTRUTURAL 
PILAR NEURAL 
PILAR FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
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EXEMPLO DE CASO 1 
 
HIPERLORDOSE PRIMÁRIA/ 
HIPERCIFOSE FUNCIONAL 
 
 
Queixas mais frequentes: dor lombar/dor Torácica/dor cervical/dor no quadril 
 
Fundamentos dos Exercícios: 
Pilar Estrutural - mobilizações pélvicas/reposicionamentos/crescimento axial, 
alongamento de coluna 
Funcional – Ativação simultânea dos Pilares, musculatura de tronco, oblíquos, 
serrátil, quadrado lombar/Power House 
Neural - Exercícios de Instabilidade/Equilíbrio/Coordenação Motora/Unipodais para 
trabalhar a Base dos pés (muito importante) 
Disfunção primária - Mobilização/ Exercício para liberação de Psoas/Fortalecimento 
de Glúteos/ Fortalecimento de Reto do abdômen (sugestões) 
Se retificação: fortalecimento de psoas/ alongamentoe liberação de glúteos e piriformes/exercícios de 
resgate da lordose fisiológica lombar em extensão. 
Disfunção Secundária - Para Hipercifose funcional , exercícios de estabilização 
torácica/isometrias, aberturas de LSA/Extensões de torácica 
Exercício Específicos para a queixa - Se dor lombar/cervical/torácica, exercícios 
para aliviar essa região 
 
 
 
 
 
 
 
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PILAR ESTRUTURAL 
 
Base: Pelve neutra com over ball 
 
 
 
 
 
 
Mobilizações 
1. 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
 
 
 
 
 
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6. 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
 
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9. 
 
 
 
 
 
 
 
PILAR FUNCIONAL 
 
Estabilização torácica 
1. 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
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EXEMPLO DE CASO 2 – 
 
HIPERLORDOSE FUNCIONAL/ 
HIPERCIFOSE PRIMÁRIA 
 
Queixas comuns: Dor Torácica/cervical/hérnia de disco lombar/ 
Fundamentos dos Exercícios: 
Pilar Estrutural - mobilizações da coluna torácica nos 3 planos, inclusive nas 
rotações (muito importante)/reposicionamentos articulares/crescimento axial, 
alongamento de coluna/ 
Funcional - Ativação simultânea dos Pilares, musculatura de tronco, oblíquos, 
serrátil, quadrado lombar/Power House 
Neural - Exercícios de Instabilidade/Equilíbrio/Coordenação Motora/Unipodais para 
trabalhar a Base dos pés (muito importante) 
Disfunção primária – Mobilização em dissociação cintura escapular e cintura 
pélvica/ Exercício para abertura de LSA/mobilização Segmentar em crescimento/ 
Fortalecimento de posteriores (sugestões) 
Disfunção Secundária - Para hiperlordoses funcional , exercícios de estabilização 
fortalecimento em isometrias (exemplo: pontes, pranchas, etc sit up), obliquos/não 
precisa mobilizar, basta reposicionar e fortalecer. 
Exercício Específicos para a queixa - Se Dor lombar/cervical/torácica, exercícios 
para aliviar essa região 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mobilização torácica 
 
1. 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. 
 
 
5. 
 
 
6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mobilização coxofemoral 
1. 
 
 
2. 3. 
 
 
 
4. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
7. Estabilização pélvica 
 
 
 
 
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EXEMPLO DE CASO 3 
HIPERCIFOSE E HIPERLORDOSE 
FUNCIONAIS 
 
(não tem disfunção primária/mobilidade está normal) 
Queixas comuns: má postura ou dores crônica Cervical/ Torácica/Lombar por 
questões multifatoriais. 
Fundamentos dos Exercícios: 
Os exercícios são mais livres e globais e mesclam os pilares dos casos 1 e 2 
 
1. 
 
 
 
 
 
Automassagem diafragmática + mobilização de psoas 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Tração Lombar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mobilização global 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ganho de espaço articular sacro ilíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ganho de Mobilidade sacral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PILAR NEURAL – Instabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bases instáveis 
 
 
 
 
 
 
Apoio Unipodal 
 
 
 
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Coordenação motora 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deslocamento de CG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PILAR FUNCIONAL - ativadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ativadores Transverso Abd 
 
 
 
 
 
 
 
Estabilizadores 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
BERDISHEVSKY et al. Scoliosis and Spinal Disorders (2016) 11:20. DOI 
10.1186/s13013-016-0076-9 
 
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