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Disfunções da Coluna Vertebral Prof. Ana Paula Sousa G U I A P R Á T I C O Olá! Obrigada por ter baixado este Ebook. Para você deve ser muito importante aprender mais sobre Coluna, Movimento e suas aplicabilidades clínicas e é por isso que você está aqui. É muito notável perceber o quanto a pandemia impactou a saúde da população, principalmente afetando um estilo de vida ao modo home office. A pesquisa no Google pelo termo “dor nas costas” teve crescimento de 76% desde o início da pandemia no Brasil, de acordo com o Google Trends, serviço de análise de tendências do buscador. Juntamente com esse aumento também surgem as dúvidas de quem trabalha com o público que precisa dos serviços de saúde da coluna. Afinal, são inúmeros casos diferentes que surgem todos os dias, e que abrangem desde os desvios posturais, as alterações e disfunções até a repercussão dessas disfunções em dor e em patologias da coluna. Tem uma demanda alta de clientes chegando e você precisa estar preparada (o). Eu mesma já tive muita dificuldade quando o assunto era tratar a coluna com o movimento. Em 2012 quando me formei fui inserida no mercado de trabalho com o conhecimento básico da faculdade. Fomos treinados para tratar com inúmeros recursos eletrotermofoto e cinesioterapêuticos, e dividir os nossos atendimentos entre as aplicações desses recursos era bem mais fáceis que pensar em um programa inteiro de exercícios. Naquela época eu já recebia altas demandas de coluna, mas não entendia com clareza o que fazer com esses pacientes. Quando eu conheci o Pilates, no mesmo ano, eu vi no método uma oportunidade de oferecer mais uma ferramenta de reabilitação para esses clientes, até então um pouco desconhecida e nova para mim. No entanto, eu atuava com o Pilates, mas meus clientes demoravam para ter resultados, minha aula não era sistematizada e eu focava muito em exercícios para as patologias, como também focava muito em alongamento e fortalecimento de tronco. O resultado disso é que a rotatividade de clientes era grande e minha renda continuava baixa e apertada. Eu vi isso mudando quando me tornei especialista em coluna vertebral e suas disfunções, em 2015. Eu conheci e imergi no universo da coluna de uma forma diferente de avaliar e tratar esses alunos que vinham com problemas de coluna. O segredo está na avaliação. A minha avaliação passou a obedecer o raciocínio focado nas cascatas disfuncionais e não mais nas patologias, como é feito na forma tradicional, e uma nova visão integrativa passou a ser desenvolvida. Fui percebendo que os alunos estavam motivados porque viam resultados rápidos em um ou 2 meses, onde já era possível ver melhora postural e melhora de dores. Eles passaram a me ver como referência em coluna na região e passaram e me indicar para amigos conhecidos e uma dessas indicações me renderam novas oportunidades de emprego em Studios maiores que cobravam mais e isso possibilitou aumentar a renda sem prejuízo de tempo e horas trabalhadas. Em 2018 chegava a hora de montar meu próprio negócio e abrir meu próprio Studio, e antes que eu inaugurasse eu já havia conseguido clientes suficientes para manter os primeiros meses. Nesse mesmo ano eu resolvi ensinar minha metodologia para outros profissionais em cursos presenciais e em 2019 lancei meu próprio curso: Pilates nas Disfunções Posturais e ali nasceu minha empresa digital em Capacitação profissional: a FisioCursos. Ao iniciar meu curso de Mestrado em Ciências da Reabilitação, em 2021, aprimorei muitos conceitos de reabilitação em coluna, movimento e disfunções e transformei o curso que antes era Pilates nas Disfunções Posturais no MPI – Método Postural Integrativo pois eu via que já não era uma questão de técnica mas sim de raciocínio integrativo que leva em consideração pontos de raciocínio estratégicos e pilares que vão além do que vemos no indivíduo. Eu te contei toda essa história para te convidar a fazer essa imersão em coluna junto comigo, sob o ponto de vista do movimento, sua principal ferramenta de trabalho, do seu ambiente de trabalho que é o Studio de Pilates e olhando para a sua demanda de clientes que são os alunos que te procuram com várias disfunções. Você precisa saber como direcionar sua avaliação e planejamento dos exercícios que vai entregar para eles. Ao longo de 10 anos vivenciando e aplicando modelos de aulas que sempre caiam na visão reducionista das patologias e não na necessidade intrínsecas da coluna, desmistifiquei muitas coisas que eu havia aprendido lá atrás e que me fizeram errar. É hora de evoluir esse raciocínio e ter um olhar integrativo. Sabemos que são inúmeros os objetivos que temos para Pilates nas disfunções posturais, mas hoje vamos sair um pouco dos objetivos mais amplos como melhorar postura, melhorar flexibilidade, proporcionar ganho de amplitude de movimento, melhorar mobilidade e ganho de consciência corporal e vamos falar mais sobre como trabalhar com as disfunções propriamente ditas? Vamos nos aprofundar em objetivos mais pertinentes que atuam na melhora de fato das Disfunções da Coluna. Assim você vai conseguir ser mais objetivo ainda e conseguir alcançar resultados muito mais rápido quando o assunto for Movimento nas Disfunções Posturais. Vivemos um modelo de atuação onde buscamos incansavelmente por exercícios e mais exercícios para as patologias propriamente ditas. Quantas vezes você se viu com a necessidade de pesquisar por exercícios para “hérnia de disco”, exercícios para “espondilose”, e por aí vai. Eu chamo esse modelo de atuar nas consequências e não nas causas. Lembre-se: uma patologia é uma consequência gritante que saiu do patamar de uma disfunção e se transformou de fato em uma lesão e essa visão reducionista nos tira a visão do que tá acontecendo com todo o corpo do nosso paciente, atrapalhando os nossos resultados. A falta de evolução, ou simplesmente as recidivas de dores na coluna não é normal e nós como profissionais do movimento precisamos refinar cada vez mais o nosso olhar sobre as disfunções e saber lidar com elas de uma forma muito mais clara e objetiva. Separei aqui alguns pontos muito importantes para você desvendar as disfunções passo a passo e não se perder nos seus planejamentos. Como surgem as alterações posturais; Como abordar as disfunções em vez dos desvios posturais; Como tratar patologias da coluna com ênfase nas disfunções; Como montar um programa de exercícios para os padrões disfuncionais mais comuns; Como integrar estímulos estruturais, funcionais e neurais; Como acelerar seus resultados. O que você vai aprender neste GUIA Disfunções como bastidores cervicalgia dorsalgia hérnia de disco lombalgia hipercifose hiperlordose retificação Estenoses Primeiramente é importante dizer que as disfunções Posturais não são a mesma coisa de Desvios Posturais. Disfunções vão muito além do acentuação ou diminuição de curvas da coluna vertebral. Elas envolvem muitos outros aspectos, que são estruturais e funcionais. Para você ter uma ideia posso dizer que duas pessoas podem ter os mesmos desvios posturais, mas Disfunções distintas. E consequentemente Tratamento distintos. Trabalho com casos assim diariamente, principalmente com as Hiperlordoses e Hipercifoses, onde podemos ter dois indivíduos com os mesmos padrões de curvas, mas a abordagem com eles não é nada igual. Então qual é diferença entre Desvio e Disfunção? Quando falo em desvios estou me referindo ao aumento ou diminuição das curvas fisiológicas da coluna, e esses podem ser nomeadas de acordo com a curva em questão que compõem o plano sagital, frontal e transversal. Os principais desvios posturais que conhecemos são as hiperlordoses, hipercifoses, e as retificações. Já uma disfunção postural nem sempre quer dizer que exista uma alteração na curva da coluna. As curvas podem estar normais ao exame postural ou até mesmo no exame de imagem, e mesmo assim o indivíduo pode estarsofrendo de disfunções. Uma disfunção indica que há alteração da atividade fisiológica do organismo, e esta pode ser de tecidos moles, de estruturas mais rígidas (ossos) e estruturas de junção (articulares). Chamamos de disfunções biomecânicas aquelas que alteram a forma como o organismo se relaciona com o tempo e espaço. Para entender melhor vou listar pra você que tipos de Disfunções Biomecânicas são mais comuns: Compressões Trações Torções Bloqueios Rigidez (hipomobilidade) Estiramentos Espasmos Encurtamentos Desidratação tissular (discopatias, fascial) Atrofias Fraqueza muscular Hipermobilidade (estruturais ou dinâmicas- compensatórias) Rotações das vértebras Cisalhamento Como buscar pelas disfunções Avaliação Estática Avaliação Dinâmica Integrativa Avaliação do Ritmo Lombopélvico Quando aplicamos o movimento nas disfunções posturais estamos acostumados a trabalhar com o que vemos e buscar a correção para aquela alteração. Por exemplo, se temos uma hipercifose nossa intenção é prescrever exercícios que melhorem essa disfunção e a torne mais fisiológica possível, ou seja, dentro do padrão que conhecemos. Porém, o que realmente acontece na coluna que ocasiona uma disfunção vai mais além do vemos, e muitas vezes aquele achado pode ser apenas uma consequência de uma série de acontecimentos internos. As compensações decorrentes das alterações do CG são exemplos disso.. Nosso corpo quando em posição ortostática funciona como um polígono de sustentação, e alterações que partem do seu centro de equilíbrio repercutem em cada sistema e tecidos, na tentativa de manter o corpo o mais ortostático e funcional possível. A hipercifose por exemplo pode ser o reflexo e consequência da existência de outras alterações prévias como uma hiperlordose, ou algum bloqueio na coluna vertebral, alterações do tecido miofascial, e até mesmo patologias psicossomáticas. Por isso é importante analisar todo o contexto e buscar por fatores que estejam relacionados à causas ou à disfunções biomecânicas mais profundas da coluna, que na sua maioria podem estar relacionadas à perturbações do sistema estabilizador e com isso ajustes específicos devem ser realizados na sua conduta para sanar essas alterações. Uma das estratégias que utilizo em meus atendimentos é reposicionar esse centro, com comandos específicos, são os chamados exercícios de pelve neutra, com o objetivo de apresentar uma nova posição da pelve e criar uma nova referência para o reaprendizado motor. Pontos de interesse na Avaliação Estática Posição da cabeça Curvatura Torácica Curvatura Lombar Base dos pés Aval. Estática: 1. 2. 3. 4. O objetivo aqui é entender quais a respostas compensatórias é apresentada quando o corpo está em ortostase, mas esse não deve ser o ponto de partida para a escolha dos exercícios, mas sim o ponto de partida para a construção do seu raciocício clínico. É também um importante parâmetro de reavaliação e dá informações prévias de como o corpo está se reorganizando em torno do CG. AVALIAÇÃO DINÂMICA Mobilidade torácica Mobilidade Lombar Mobilidade de quadril Centro de Gravidade (CG) Entender como esses segmentos acima interferem biomecanicamente entre si Pontos de interesse: 1. 2. 3. 4. 5. Exemplo de duas colunas com compensações de mobilidade totalmente distintas e que levam à raciocínios diferentes. Ritmo Lombopélvico • Trata-se da avaliação da projeção da pelve e suas articulações durante a flexão do tronco, com a função de garantir o equilíbrio e alinhamento com o centro de gravidade (CG); • É possível avaliar também a mobilidade segmentar da coluna lombar e torácica e relacioná-las quanto à hipermobilidade ou hipomobilidade; • Esses achados servirão como base para a prescrição de exercícios voltados para os pilares da estabilidade da coluna e equilíbrio postural; • Disfunções primárias (apelidadas por mim assim para fins didáticos): são as zonas de hipomobilidade, chamadas assim por conta da prioridade em se trabalhar a mobilidade dessas regiões; • Disfunções secundárias: são as que geralmente surgem em resposta à hipomobilidade da anterior com mais mobilidade ainda, e pode ser estruturais ou dinâmicas. HIPERCIFOSE TORÁCICA RÍGIDA Pouca mobilidade na extensão torácica; Pouca amplitude de movimento do quadril Facilmente confundida com encurtamento de isquiostibiais; Pode apresentar abertura de base podal devido à alteração do CG; Pouca mobilidade na flexão lombar; Lombar plana e rígida; Paravertebrais tensionados; Aumento de adm do quadril para compensar a falta de mobilidade lombar Facilmente confundida com hiperflexibilidade e ausência de encurtamento de isquiostibiais; Pode apresentar abertura de base podal devido à alteração do CG; HIPERLORDOSE RÍGIDA Hiperlordose rígida Hipercifose rígida Falsa flexibilidade de isquiostibiais Falso encurtamento de Isquiostibiais A base dos pés pode ser influenciada pela projeção do CG e pelos pontos de mobilidade em disfunção das colunas torácica e lombar. Nesses exemplos aqueles que apresentavam hipercifose apresentaram também maior alteração de abertura de base podal, enquanto na hiperlordose (rígida, figura 2) a tendência foi a diminuição da base com retificação da coluna torácica. Quando você relaciona isso na sua avaliação postural dinâmica, e encontra os pontos que estão se compensando dinamicamente, em de vez de atuar nas compensações, você busca pela raiz delas. Exemplo: em vez de focar na correção dessas bases do pés abdutas, o foco deve ser corrigir o CG e mobilizar a torácica em rigidez. Teste: Identifique os disfunções abaixo com base no que viu até aqui: ( ) Hipercifose rígida ( ) Hiperlordose rígida ( ) Hipercifose rígida ( ) Hiperlordose rígida ( ) Hipercifose rígida ( ) Hiperlordose rígida Pontos importantes são necessários nesse processo: entender como está posicionada a pelve do nosso cliente, se há deslocamento do centro de gravidade anterior ou posteriormente e, diante disso, passar exercícios que estimulem o retorno do CG para a neutralidade. A mobilidade é muito importante, pois quando se tratam se disfunções mistas (e são a maioria dos casos), a coluna geralmente apresenta uma região com desvio postural acompanhada de hiper ou hipomobilidade e um segmento compensatório em também em hiper ou hipomobilidade. Mesmo sendo o Método Pilates uma abordagem integrativa, ainda assim podemos cobrar mais exercícios que foquem estabilidade de um segmento e que mobilizem mais o outro segmento da coluna. Mas para isso, devemos identificar corretamente qual das regiões da coluna precisam dessas intervenções específicas. Eu posso ter, por exemplo, uma hipercifose torácica em hipomobilidade e uma hiperlodose lombar em hipermobilidade em uma mesma pessoa. Você concorda que prescrever exercícios de extensão para corrigir o desvio pode até ajudar a melhorar, mas pode automaticamente prejudicar o outro segmento que no caso seria a hiperlodose? Como proceder? PRESCRIÇÃO ESTRATÉGICA DE EXERCÍCIOS É aí que entra a prescrição estratégica. Em vez de olharmos para o produto final da disfunção, que no caso é uma hipercifose, vamos percorrer o caminho que levou à instalação da mesma, e aqui vou te dar um dado muito importante para você considerar nas suas avaliações posturais: assim como o corpo tem um ponto central de distribuição de forças que é o CG, também podemos ter nesse mesmo ponto o início das disfunções posturais. Portanto nesse caso, a hipercifose pode ser resultado da própria alteração de CG, que levou a uma hiperlordose e consequentemente à instalação de uma padrão compensatório hipercifótico em hipomobilidade. Dessa forma, é mais interessante eu pensar em exercícios de pilates nas disfunções posturais que restaurem e normalizem esse CG, como por exemplo, exercícios que estabilizem a pelve em posição neutra, em vez de ir direto para exercícios que trabalham a redução da hipercifose, onde eu estaria tecnicamente agindo na consequência e não na causa. Veja que existeuma sucessão de disfunções, e que levam para um plano comum de ação, que também vai evoluindo ao longo das intervenções. Para isso, não é necessário apenas atenção aos detalhes, de modo que nada passe despercebido e o melhor, que você saiba o que fazer com cada achado. Este foi apenas um exemplo, mas quero que você se atente para o fato de que cada indivíduo é único e você pode encontrar inúmeras combinações de desvios + disfunções diferentes, e para lidar com esse tipo de diferença você só precisa treinar mais a sua habilidade em identificá-las, treinando, palpando e percebendo como se comportam durantes os movimentos enquanto você aplica o movimento nas disfunções posturais. PRESCRIÇÃO ESTRATÉGICA DE EXERCÍCIOS Pilares da Estabilização SUBSISTEMA ATIVO SUBSISTEMA PASSIVO SUBSISTEMA NEURAL A montagem do seu plano de exercícios vai levar em conta o sistema estabilizador da coluna, que se divide em 3 segmentos, compreendem os 3 planos e abraçam as 3 necessidades biomecânicas da coluna: pilar estrutural, pilar funcional e pilar neural. Todas funcionam como uma engrenagem. Se um desses pilares falhar, todo o resto falhará também e se compensará. ESTRUTURAL FUNCIONAL NEURAL Ativação Muscular Recrutamento de fibras Fortalecimento gradual Controle Motor Instabilidade Efeito antecipatório Realocação de CG Ritmo Lombopélvico PILARES DE PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO Mobilização: articular/fascial Decoaptação Reposicionamento Alongamento RESGATANDO A FUNÇÃO PERDIDA Nos primeiros atendimentos de disfunções posturais, após você ter identificado os pontos mais importantes de forma sequenciada, é interessante você focar primeiramente em exercícios básicos. E quando digo básico, são bem básicos mesmo. Desses de deitar o aluno e pedir para trabalhar retroversão e anteversão em busca da pelve neutra. Outro exercício básico também seria o simples fato de o colocar em uma base instável, que pode ser um disco proprioceptivo, um bosu, um rolo de EVA, um disco de rotação, ou simplesmente o apoio em um pé só (unipodal), de modo que isso desperte a instabilidade e obrigue o sistema estabilizador a agir acionado e tracionado as musculaturas da tríade da estabilização. Todos os exercícios iniciais devem apontar para esse objetivo: resgatar a função fisiológica perdida, pois se estamos diante de alterações posturais, é porque há um desequilíbrio corporal intrínseco e extrínseco. O corpo precisa apenas um breve período para entender qual é a nova postura que apresentamos para ele. Dessa forma, a evolução dos estímulos de resgate também são breves e não precisam durar meses e meses. Lembre-se: a evolução do movimento permite com que o corpo explore cada vez mais suas capacidades adaptativas e instrua os 3 sistemas a trabalharem de forma eficiente e equilibradas. Construção da prática Pilares da prescrição ÁRVORE DA PRESCRIÇÃO MAPA PARA PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIOS BASES DE EXERCÍCIOS PARA AS DISFUNÇÕES Obs: Abaixo encontram-se sugestões de como prescrever exercícios para os tipos de disfunções mais frequentes em nossos estúdios e consultórios,, independente da queixa que nos é trazida, nosso aluno geralmente vai se encaixar nesses 3 padrões posturais disfuncionais. Todavia, essas recomendações NÃO sobrepõem os achados da avaliação Física e Postural, e está totalmente sujeita à adaptações e alterações necessárias. Fonte: Reprodução própria Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Exercícios para os pilares fundamentais PILAR ESTRUTURAL PILAR NEURAL PILAR FUNCIONAL Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. EXEMPLO DE CASO 1 HIPERLORDOSE PRIMÁRIA/ HIPERCIFOSE FUNCIONAL Queixas mais frequentes: dor lombar/dor Torácica/dor cervical/dor no quadril Fundamentos dos Exercícios: Pilar Estrutural - mobilizações pélvicas/reposicionamentos/crescimento axial, alongamento de coluna Funcional – Ativação simultânea dos Pilares, musculatura de tronco, oblíquos, serrátil, quadrado lombar/Power House Neural - Exercícios de Instabilidade/Equilíbrio/Coordenação Motora/Unipodais para trabalhar a Base dos pés (muito importante) Disfunção primária - Mobilização/ Exercício para liberação de Psoas/Fortalecimento de Glúteos/ Fortalecimento de Reto do abdômen (sugestões) Se retificação: fortalecimento de psoas/ alongamentoe liberação de glúteos e piriformes/exercícios de resgate da lordose fisiológica lombar em extensão. Disfunção Secundária - Para Hipercifose funcional , exercícios de estabilização torácica/isometrias, aberturas de LSA/Extensões de torácica Exercício Específicos para a queixa - Se dor lombar/cervical/torácica, exercícios para aliviar essa região Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. PILAR ESTRUTURAL Base: Pelve neutra com over ball Mobilizações 1. 2. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 3. 4. 5. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 6. 7. 8. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 9. PILAR FUNCIONAL Estabilização torácica 1. 2. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. EXEMPLO DE CASO 2 – HIPERLORDOSE FUNCIONAL/ HIPERCIFOSE PRIMÁRIA Queixas comuns: Dor Torácica/cervical/hérnia de disco lombar/ Fundamentos dos Exercícios: Pilar Estrutural - mobilizações da coluna torácica nos 3 planos, inclusive nas rotações (muito importante)/reposicionamentos articulares/crescimento axial, alongamento de coluna/ Funcional - Ativação simultânea dos Pilares, musculatura de tronco, oblíquos, serrátil, quadrado lombar/Power House Neural - Exercícios de Instabilidade/Equilíbrio/Coordenação Motora/Unipodais para trabalhar a Base dos pés (muito importante) Disfunção primária – Mobilização em dissociação cintura escapular e cintura pélvica/ Exercício para abertura de LSA/mobilização Segmentar em crescimento/ Fortalecimento de posteriores (sugestões) Disfunção Secundária - Para hiperlordoses funcional , exercícios de estabilização fortalecimento em isometrias (exemplo: pontes, pranchas, etc sit up), obliquos/não precisa mobilizar, basta reposicionar e fortalecer. Exercício Específicos para a queixa - Se Dor lombar/cervical/torácica, exercícios para aliviar essa região Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Mobilização torácica 1. 2. 3. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 4. 5. 6. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Mobilização coxofemoral 1. 2. 3. 4. Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. 5. 6. 7. Estabilização pélvica Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. EXEMPLO DE CASO 3 HIPERCIFOSE E HIPERLORDOSE FUNCIONAIS (não tem disfunção primária/mobilidade está normal) Queixas comuns: má postura ou dores crônica Cervical/ Torácica/Lombar por questões multifatoriais. Fundamentos dos Exercícios: Os exercícios são mais livres e globais e mesclam os pilares dos casos 1 e 2 1. Automassagem diafragmática + mobilização de psoas Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Tração Lombar Mobilização global Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Ganho de espaço articular sacro ilíaca Ganho de Mobilidade sacral Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. PILAR NEURAL – Instabilidade Bases instáveis Apoio Unipodal Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. Coordenação motora Deslocamento de CG Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. PILAR FUNCIONAL - ativadores Ativadores Transverso Abd Estabilizadores Nenhuma parte desse documento pode ser reproduzida sem a autorização prévia de Ana Paula Sousa. REFERÊNCIAS BERDISHEVSKY et al. Scoliosis and Spinal Disorders (2016) 11:20. DOI 10.1186/s13013-016-0076-9 SCARIOT, V. et al. Ajustes posturais antecipatórios e compensatórios ao pegar uma bola em condição de estabilidade e instabilidade postural. Fisioter. Pesqui., São Paulo, v. 19, n. 3, p. 228-235, set. 2012. VOLPATO, C.P. et al. Exercícios de estabilização segmentar lombar na lombalgia: revisão sistemática da literatura. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa, São Paulo. 2012;57(1):35-40. PANJABI, M. M. Clinical spinal instability and low back pain. J. Electromyogr. Kinesiol., v. 13, n.4, p. 371-379, 2003. WEISS H, Moramarco M, Moramarco K. Risks and long-term complications of adolescent idiopathic scoliosis surgery vs. non-operative and natural history outcomes. Hard Tissue. 2013;2(3):27. 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