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Quadro Sinótico - Sistema de Invalidades do Casamento com alteração pela Lei 13.146

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Dez/2015 - Material editado por Lincoln Sestito Neto, com base no CC/02 e no magistério de Flávio Tartuce (seu manual e seus artigos da web) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPEDIMENTOS CAUSAS SUSPENSIVAS CASAMENTO INEXISTENTE CASAMENTO ANULÁVEL 
Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o 
parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e 
o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais 
colaterais, até o terceiro grau (tios e sobrinhos); 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por 
homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu 
consorte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge 
falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do 
casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez 
por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses 
depois do começo da viuvez, ou da dissolução da 
sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido 
homologada ou decidida a partilha dos bens do 
casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, 
ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a 
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar 
a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as 
respectivas contas. 
 
a) casamento entre pessoas do mesmo sexo. 
Cuidado, essa hipótese não serve mais para o 
direito brasileiro (ADPF 132/RJ – info 625) 
b) ausência total de vontade. Ex.: casamento 
contraído por pessoa sedada ou hipnotizada/ 
casamento celebrado com coação física. 
c) casamento celebrado por autoridade 
absolutamente incompetente (em razão da matéria). 
I - de quem não completou a idade mínima para 
casar (abaixo de 16); 
II - do menor em idade núbil (16 a 18), quando não 
autorizado por seu representante legal; 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 
1.556 a 1.558, quais sejam: 
• Coação moral; 
• Erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
� o que diz respeito à sua identidade, sua 
honra e boa fama, sendo esse erro tal que o 
seu conhecimento ulterior torne insuportável 
a vida em comum ao cônjuge enganado; 
� a ignorância de crime, anterior ao 
casamento, que, por sua natureza, torne 
insuportável a vida conjugal; 
� a ignorância, anterior ao casamento, de 
defeito físico irremediável QUE NÃO 
CARACTERIZE deficiência ou de moléstia 
grave e transmissível, por contágio ou por 
herança, capaz de pôr em risco a saúde do 
outro cônjuge ou de sua descendência; 
� (revogado) 
 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de 
modo inequívoco, o consentimento (artigo 4º, II - 
os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e III - 
os que, mesmo por causa transitória, não puderem 
exprimir sua vontade); 
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o 
outro contraente soubesse da revogação do 
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os 
cônjuges; 
VI - por incompetência da autoridade celebrante 
(em razão do lugar). 
 
CASAMENTO NULO 
I – (revogado); 
II – contraído com impedimento. 
 
 
 
 
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar 
ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas 
suspensivas previstas nos incisos I, III e IV deste 
artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, 
respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge 
e para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do 
inciso II, a nubente deverá provar nascimento de 
filho, ou inexistência de gravidez, na fluência do 
prazo. 
 
Art. 1.524. As causas suspensivas da celebração do 
casamento podem ser arguidas pelos parentes em 
linha reta de um dos nubentes, sejam 
consanguíneos ou afins, e pelos colaterais em 
segundo grau, sejam também consanguíneos ou 
afins. 
Art. 1.522. Os impedimentos podem ser opostos, 
até o momento da celebração do casamento, por 
qualquer pessoa capaz. Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o 
casamento de que resultou gravidez. 
 
Artigo 1550, § 2º - A pessoa com deficiência 
mental ou intelectual em idade núbia poderá 
contrair matrimônio, expressando sua vontade 
diretamente ou por meio de seu responsável ou 
curador.” 
Dez/2015 - Material editado por Lincoln Sestito Neto, com base no CC/02 e no magistério de Flávio Tartuce (seu manual e seus artigos da web) 
 
Prazos prescricionais para anulação: 
PRAZO NO CASO DE CONTADOS 
4 anos Coação da celebração do casamento 
3 anos Erro da celebração do casamento 
2 anos Incompetência relativa da autoridade da celebração do casamento 
180 dias Demais hipóteses 
 
 
O casamento anulável admite convalidação em várias hipóteses: 
a) artigo 1551: motivo de idade, havendo gravidez 
b) artigo 1553: menor que não atingiu a idade núbil, havendo confirmação posterior 
c) artigo 1554: incompetência relativa, havendo publicidade e registro 
d) artigo 1559: erro ou coação, havendo coabitação posterior, com exceção de defeito físico irremediável QUE NÃO CARACTERIZE deficiência ou 
de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os incapazes e o casamento 
Artigo 3º Artigo 4º 
Caput: os menores de dezesseis 
anos 
ANULÁVEL Inciso I: s maiores de dezesseis e 
menores de dezoito anos; 
ANULÁVEL 
 Inciso II: os ébrios habituais, os 
viciados em tóxicos; 
ANULÁVEL 
 Inciso III: mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir 
sua vontade 
ANULÁVEL 
 Inciso IV: pródigos VÁLIDO

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